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PRR vai ter 520 milhões para investimentos rodoviários

Plano de Recuperação e Resiliência vai ter 520 milhões para investimentos rodoviários

"Quero expressar a minha confiança na Infra-estruturas de Portugal porque o que está a ser pedido é um esforço imenso e porque há muitos anos não havia um investimento tão grande na rodovia - 520 milhões de euros -, na elaboração de projectos, na realização de concursos, no início de obra e na conclusão de obra”, afirmou António Costa, na apresentação da Componente de Infra-estruturas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que se realizou na sede da Infra-estruturas de Portugal (IP), em Almada.

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O Ministro das Infra-estruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, destacou que “o primeiro grande desafio foi a identificação dos projectos exequíveis dentro dos prazos definidos, com o maior impacto no estímulo da economia e do emprego, e mais adequados face aos desafios da dupla transição, ecológica e digital”, assegurando que apesar da forte aposta na ferrovia como o principal motor da transferência modal para modos de transporte mais sustentáveis, “não é possível ignorar que o comboio não pode chegar a todo o lado, e que há ainda muito a fazer na optimização da rede rodoviária nacional”, sendo “fundamental a articulação entre a rede rodoviária e ferroviária”.

O responsável governativo afir mou que “Portugal conta com um muito bom grau de desenvolvimento da rede nacional fundamental, mas a rede complementar ainda não foi totalmente implementada, resultando na ausência de fechos de malha que impedem o retorno total do investimento já realizado”.

Pedro Nuno Santos explicou ainda que o grande objectivo é retirar “os veículos das zonas urbanas ou encaminhando-os para corredores de elevada capacidade” e, com isso, “aumentar a capacidade e a segurança de troços de via com elevado grau de congestionamento e nível de serviço degradado - como a EN14, onde o tráfego médio diário se aproxima dos 22 000 veículos por dia, ou a ligação a Sines, onde 11% do volume de tráfego corresponde a veículos pesados”.

Salientou também “a importância dos diversos projectos rodoviários que ligam directamente a portos ou a vias ferroviárias”, contribuindo para a transferência modal para modos ambientalmente mais sustentáveis, como o ferroviário ou o marítimo, de que são exemplo “o IP2, com a construção da variante nascente de Évora, promovendo um melhor acesso ao transporte ferroviário através do Corredor Internacional Sul Évora-Elvas, o IP8, beneficiando o acesso ao terminal de Sines, porto e ferrovia, e a Beja, bem como o projecto ferroviário Beja-Casa Branca, consagrado no PNI 2030 ou o Eixo Aveiro Águeda, melhorando o acesso ao Porto de Aveiro”, concluiu.

O plano de Recuperação e Resiliência pretende, com a sua implementação, alavancar o desenvolvimento económico e social do país, com o reforço da resiliência e da coesão territorial, através do aumento da competitividade do tecido produtivo permitindo uma redução de custos, sendo uma iniciativa europeia que decorre do contexto da pandemia e das suas consequências a nível das desigualdades sociais e territoriais.

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