Anfamoto em Revista - Edição

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DENGUE

Combater o Aedes aegypti é dever de todos Casos de dengue aumentam no País e o mosquito ainda é responsável pela transmissão do perigoso zika vírus

Ele parece insignificante de tão pequeno, mas tem provocado terror no País inteiro. Trata-se do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chicungunya, zika vírus e febre amarela. Não é para menos, segundo noticiado na Agência Brasil, somente no período de 3 a 23 de janeiro deste ano foram registrados 73.872 casos prováveis de dengue em todo o Brasil. Para se ter ideia, no mesmo período de 2015, o número era de 49.857 registros, ou seja, houve avanço de 48% nas infecções de dengue. Vale ressaltar que esses números não são exatos porque o governo federal tem atrasado o envio de kits para testes de dengue aos municípios. Ou seja, muitos casos são

notificados como prováveis ou nem ao menos registrados porque não havia como confirmar. Em outras palavras, a situação deve ser muito pior do que os dados oficiais indicam. E como se não bastasse, o mosquito transmite o zika vírus, doença que no início ninguém deu atenção por acreditar que era inofensiva, mas que depois foi relacionada a milhares de casos de nascimento de crianças com microcefalia. Ocorre que o Aedes aegypti é um mosquito totalmente adaptado ao ambiente urbano e capaz de se reproduzir em qualquer poça d’água. Uma tampinha de garrafa cheia de água é suficiente para ele se reproduzir. Daí a dificuldade imensa de controlar essa praga. Seu ciclo de reprodução demora de 7 a 12 dias, conforme a temperatura ambiente: quanto mais quente, melhor para ele. Por esta razão, o combate é um dever de todos. É preciso que cada cidadão faça sua parte. Não se deve deixar aqueles pratinhos para segurar a água de plantas, recipientes como garrafas, utensílios devem ser armazenados em lugar coberto ou pelo menos com a boca virada para baixo. Verifique se a caixa d’água está bem fechada. Se houver acúmulo de água em calhas ou lajes, convém secar.

Empresários também devem ficar atentos. Observe, no pátio da empresa se há algum material exposto que possa juntar água. É comum material de descarte ficar a céu aberto. Proprietários de oficinas mecânicas em especial devem ficar de olho porque é comum uma peça trocada e que não tem mais uso ficar armazenada em um lugar que não atrapalhe a movimentação dos profissionais. O problema é que, muitas vezes, esse lugar é aberto. Pneus e qualquer peça curva que possa armazenar a chuva se transforma em criadouro para o mosquito. “A dengue é um problema gravíssimo que atinge todo o País. Já que nosso governo não fez a lição de casa, a população tem que se envolver diretamente para ajudar nesse combate que deve ser ininterrupto, não deve haver campanha de combate ao mosquito só na crise. Esse se tornou um problema de todos e é obrigação de todos nós lutarmos nesse combate”, alerta Orlando Leone, presidente da ANFAMOTO. Lembre-se: se o mosquito nascer em seu próprio quintal, antes de picar os outros ele picará você mesmo e sua família por uma questão de proximidade. Combater o Aedes aegypti é, acima de tudo, cuidar do bem-estar da própria família e, de quebra, ajudar toda a sociedade. | ANFAMOTO em Revista | Edição 132 | 39 ||||


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