Strada Truck #097 SE NewDaily2012

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Nuno Almeida - Jornal Strada

TEST-DRIVE

3 O teste e a conclusão O “nosso” veículo era o novo IVECO Daily 35S21L V furgão. Motor: 4 cilindros com 16 válvulas 3.0 HDT de 2.998 cc e 205 CV (150 kW) de 3.000 a 3.500 rpm de potência, com um binário de 470 Nm entre as 1.400 e as 3.050 rpm. Injecção directa de alta pressão common-rail. Aspiração: sobrealimentada com two-stage turbo e intercooler. Emissões: Euro 5. O teste foi rápido, mas como de costume, gosto sempre de ficar uns tempos com o veículo para o poder apreciar mais minuciosamente em vários cenários e assim foi. Andámos durante quase uma semana. Do alto desta fantástica cabina, pudemos apreciar a linda paisagem portuguesa, mas infelizmente, não podíamos evitar de constatar a falta de segurança que há nas nossas estradas – desde o mau estado das vias, até à falta de civismo de muitos condutores que nelas circulam. Nos circuitos citadinos, em algu~ns casos (não muitos, felizmente), as vias estão de tal modo cheias de buracos e remendos, que poderíamos até dizer que estávamos a circular em buracos com asfalto. Por minha sorte estava a conduzir o Daily e, graças ao rodado grande, à boa suspensão e ao bom banco de condução, podia suportar melhor os solavancos, enquanto a

óptima e sensível direcção permitia-me reagir facilmente para evitar as “crateras” mais profundas. Ao contrário, as autoestradas são boas e o cruise-control tornou-se imprescindível, permitindo-me manter uma velocidade de cruzeiro mais adequada para conseguir efectuar consumos reduzidos. Volto a repetir que as vias a pagamento, são demasiado caras, não se admite que um veículo ligeiro tenha que pagar uma exorbitância como acontece no nosso país — o combustível é caríssimo e as portagens das autoestradas, bem como as portagens das SCUTS estão tornando insustentável a vida de quem ganha o seu pão no transporte. Como já fiz no passado, volto a defender a minha teoria (não sou o único) e comprovo, que não é necessário utilizar este tipo de veículo (comerciais ligeiros) com velocidades superiores aos 100 Km/h, como muitas vezes constatamos nas nossas autoestradas, onde alguns “experts”, ao volante de veículos comerciais, não se cansam de viajar com o pedal do gás calcado ao fundo (o combustível não custa nada, é a empresa que o paga). Mais uma vez, volto a repetir que era hora de instalar um tacógrafo nos comerciais ligeiros como também um limitador de velocidade, muitos acidentes com este tipo de veí-

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Junho 2012


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