Brazilian Business 307

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MERCADO - PPP’s: uma janela de oportunidades para a economia brasileira

REVISTA DA CÂMARA DE COMÉRCIO AMERICANA DO RIO DE JANEIRO Desde 1921 nº 307 jan/fev/mar 2019

O Rio AINDA MAIS conectado ao Brasil AmCham Rio se incorpora a Amcham Brasil, conectando o empresariado carioca à maior plataforma de negócios do País



PERFIL

Foco Foco A CLARO É UMA DAS LÍDERES EM TELEFONIA MÓVEL NO BRASIL, COM MAIS DE 60 MILHÕES DE LINHAS DE TELEFONES CELULARES. LÍDER EM COBERTURA E PRESENTE EM MAIS DE 4.000 CIDADES COM TECNOLOGIAS 2G, 3G E 4G. A OPERADORA É PIONEIRA NA IMPLANTAÇÃO DE TODAS AS GERAÇÕES DE INTERNET MÓVEL NO PAÍS. FOI A PRIMEIRA A TER A REDE MAIS MODERNA E RÁPIDA COM TECNOLOGIA 4.5G, QUE PERMITE VELOCIDADES ATÉ 10 VEZES MAIORES QUE O 4G TRADICIONAL. FOTO: GETTYIMAGES-847978026

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SUMÁRIO Comunicação AmCham Rio Aléxia Costa, Juliana Botelho e Veriza Duca Edição Grupo Zoom Out de Comunicação Corporativa Jornalista responsável Bianca Gomes MTB 25.098 bianca@zoomout.com.br

Colaboraram nesta edição: Felipe Daniel e Felipe Teixeira (edição de arte), Marcelo Cortez, Renata Mello, Valéria Ricci (foto), Fernanda Falcão e Nadia Stanzig (coordenação) e Francisco Aguiar (revisão) Os artigos assinados são de total responsabilidade dos marcelo cortez

autores, não representando, necessariamente, a opinião dos editores e a da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro

06 CARTA DO PRESIDENTE Pedro Almeida fala das perspectivas com a união entre a AmCham Rio e a Amcham Brasil

08 PBA

14ª edição do Prêmio Brasil Ambiental reconheceu iniciativas pelo viés da inovação

12 1º FÓRUM BRASILEIRO DE TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

Players do setor discutiram transição energética e mercado de carbono no Brasil

18 MERCADO

PPPs podem movimentar a economia e gerar milhares de empregos no estado

22 LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS

Saiba mais sobre a nova lei brasileira que obriga as empresas a fazerem a gestão adequada de dados pessoais adquiridos no País

24 CAPA

AmCham Rio agora é Amcham Brasil, dando origem à maior potência brasileira de negócios

32 OPINIÃO

O mercado de seguro de vida no Brasil é promissor. Entenda por quê

34 DIRETORIA EM FOCO

A incorporação da AmCham Rio pela Amcham Brasil na visão dos diretores

36 OPINIÃO

Uma reflexão sobre o RH do futuro

38 CONEXÃO GLOBAL

O futuro que se desenha com a maior aproximação entre o Brasil e os EUA

40 PERFIL

No ano em que completa 40 anos, a Amil apresenta o seu novo posicionamento de mercado

42 AMCHAM NEWS Conheça os comitês setoriais da Câmara e em que frentes irão atuar em 2019

44 AMCHAM NEWS Evento apresentou as tendências de Marketing que irão predominar nos próximos anos

Publicidade Felipe Tavares felipetavares@amchamrio.com

Giuliana Sirena giulianasirena@amchamrio.com

A tiragem desta edição da Brazilian Business é de 2 mil exemplares Impressão: Walprint Uma publicação da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro

Praça Pio X, 15, 5º andar 20040-020 Rio de Janeiro RJ

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Retrospectiva 2018: Debates de grande relevância, fortalecimento das relações bilaterais, e muitos eventos http://bit.ly/retrospectiva-2018-amchamrio

Acesse mais fotos do evento de Marketing e Inovação: http://bit.ly/marketing_e_inovacao

Competência e liderança tem gênero? Artigo escrito por Tessa Major, da Porto do Açu Operações http://bit.ly/artigo-tessa-major Exclusiva com a Michael Page sobre as habilidades mais buscadas por empregadores em 2019, tendência para R&S e mais. http://bit.ly/entrevista-michaelpage

Tel.: (21) 3213-9200 Fax: (21) 3213-9201 amchamrio@amchamrio.com www.amchamrio.com

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CARTA DO PRESIDENTE INCLUSÃO

Pedro almeida, presidente da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro

O

Marcelo piu

2019: um marco para a força e a representatividade da Câmara

ano de 2019 começou intenso e promissor para nós da AmCham Rio. Somada ao sentimento de renovação que surge a cada novo ano e a cada novo governo, a perspectiva positiva aumenta ainda mais com a incorporação da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio) pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), dando origem a uma única Câmara Americana no País. Traduzindo em números, a nova entidade vai congregar mais de 5 mil empresas associadas e oferecer seu portfólio de serviços a um grupo de cerca de 90 mil executivos brasileiros, representantes das principais empresas com operações no Brasil. Só em 2018, foram quase 2 mil atividades promovidas pelas duas associações em território nacional. Com uma Câmara ainda mais potente e representativa, acreditamos que nossos pleitos terão mais força e nossas ações ganharão mais amplitude. Isso facilitará o alcance em dois pilares fundamentais do nosso trabalho: melhorar o ambiente de negócios e contribuir para a cooperação bilateral entre Brasil e Estados Unidos, além de ajudar a manter o foco no nosso mais novo objetivo: conectar a economia do Rio e a liderança carioca ao universo de empresas da Amcham Brasil. Utilizaremos a força da nossa parceria para gerar negócios produtivos e promover o desenvolvimento do País. Ao avançar as páginas da revista, vamos mostrar por que o poder da colaboração pode ser vantajoso para a economia do Rio de Janeiro. Para corroborar essa afirmação, destacamos o estudo realizado pela Firjan, que mostra que a aplicação de 127 projetos de concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs) poderia gerar R$ 41 bilhões em investimentos para o estado do Rio de Janeiro, fora os recursos advindos de arrecadação, além de milhares de empregos diretos e indiretos. Outros benefícios da parceria entre entidades públicas e privadas trariam reflexos positivos e imediatos à população com a competitividade entre fornecedores e a especialização dos serviços prestados. Nosso conteúdo traz ainda uma matéria sobre a nova lei, criada em agosto do ano passado, com o objetivo de regulamentar o uso de dados pessoais. A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) está motivando organizações a reverem a forma como administram e utilizam as informações dos seus clientes, e isso traz reflexos positivos quanto à proteção de dados das pessoas e das empresas, além de figurar como uma excelente oportunidade para fortalecer a relação de confiança entre empresas e clientes, marcas e consumidores, e plataformas e usuários. Nas páginas 8 a 15, veja a cobertura de dois importantes eventos que realizamos na Câmara no último ano. O Prêmio Brasil Ambiental (PBA), que há 14 anos reconhece e premia ações robustas de empresas voltadas para a sustentabilidade; e o 1º Fórum Brasileiro de Transição Energética, que convidou expoentes no assunto para debater o futuro e as oportunidades do Brasil na era da energia limpa. Finalizo convidando os leitores da Brazilian Business a conhecerem os assuntos prioritários dos nossos comitês; e a agenda Premium de eventos, que começa com a cerimônia de Posse, em junho, e vai até outubro, reforçando as ações da Câmara junto aos seus associados no que diz respeito a conteúdo, networking e advocacy. Boa leitura. 

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14º PRÊMIO BRASIL AMBIENTAL

Debates sobre a adoção de tecnologia na área de desenvolvimento sustentável mobilizaram grande público ao evento marcelo cortez

Tecnologia em benefício do meio ambiente, das empresas e da sociedade Inovação em sustentabilidade é tema central de Conferência e motivo de reconhecimento no 14º Prêmio Brasil Ambiental Bianca Gomes

comunicacao@amchamrio.com

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m tempos em que a sustentabilidade é vista como pilar estratégico de muitos negócios, a adoção de tecnologia nessa área vem contribuindo para a competitividade, a lucratividade e até mesmo a sobrevivência de muitas empresas. Para falar sobre a importância da inovação para o desenvolvimento sustentável e reconhecer empresas que se destacaram com projetos nesse âmbito, a Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio) realizou, no dia 6 de dezembro, a Conferência de Sustentabilidade e a 14ª edição do Prêmio

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Brasil Ambiental – patrocinado pela Iuperj e pelo Hotel Hilton com apoio da ExecutiveOne. Paulo Mário Correia de Araújo, presidente da Ecology Brasil, foi convidado para moderar a mesa-redonda. A palestra de abertura da conferência foi realizada por Antonio Junqueira, coordenador-geral de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos Marinhos e Costeiros do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). De acordo com Junqueira, em 2018, o órgão licenciou mais de 300 poços offshore a partir de proje-

tos regionais voltados para as bacias e para o pré-sal, gerando economia para empreendedores, além de agilização dos processos. “Sabemos da importância da nossa atividade. Queremos nos reinventar e fazer uso de novas tecnologias para superar nossos desafios”, salientou o especialista. Tecnologia e inovação a favor de um futuro mais sustentável foi o tema da palestra de Fernando Senna, fundador da Órbita – startup focada em energia inteligente a partir do uso de energia solar. Para responder à demanda global da sociedade em 2050,

ele informou que o consumo de energia do planeta será 70% maior, e, por isso, deve haver uma mudança na forma de consumir esse bem intangível. “O novo conceito deve ser mais humano e amigável ao meio ambiente, baseado na utilização de tecnologias, para a garantia de um futuro mais sustentável”, disse o empreendedor. Luis Sabbado, gerente de Geoinformações e Desenvolvimento Florestal da Fibria, apresentou o case Floresta Inteligente, que utiliza Big Data, inteligência artificial, drones, satélites, entre outros adventos, para auxílio na gestão das operações florestais. Para ele, a tecnologia aplicada à floresta traz ganhos ambientais, sociais e garante economia e sustentabilidade ao negócio. “Por meio dela, temos conseguido reduzir o custo dos nossos processos e gerar valor para a empresa. As informações extraídas em campo são utilizadas para diversos fins, sobretudo na gestão de ativos de comportamento – com viés em segurança – e de insumos”, explicou. Entre os resultados apontados pelo executivo, a Fibria diminuiu em 12% os custos de monitoramento de geoprocessamento, em sete anos,

e houve redução de 94% das áreas queimadas entre 2015 e 2017. Para falar de economia circular, a convidada foi Beatriz Luz. Ela explicou porque os modelos de negócios atuais não se encaixam mais em uma era de consumidores bastante conscientes e exigentes. “Temos hoje um sério problema para a humanidade, que é a geração de resíduos. Em 2050, seremos aproximadamente 9,8 bilhões de pessoas. Se não dá para parar de consumir, temos que mudar a forma como consumimos. A economia circular – que amplia o uso dos recursos por meio de iniciativas como remanufatura, reúso, reutilização e reciclagem – pode trazer avanços significativos para a agenda da sustentabilidade”, disse a fundadora do Exchange 4 Change Brasil. Ela mostrou, ainda, que a economia circular pode adicionar US$ 4,5 trilhões à economia global até 2030, segundo dados da Accenture Strategy. A convidada especial, Daniela Baccas, realizou a palestra de encerramento. A chefe do departamento de Meio Ambiente e Gestão do Fundo Amazônia do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e

Social (BNDES) destacou o Acordo de Paris e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), como dois importantes norteadores da instituição. Ela citou as práticas adotadas pelo banco para fortalecer o compromisso com o meio ambiente e o desenvolvimento nacional. Entre as medidas mais fortes, destacam-se a suspensão do financiamento de projetos em energia térmica e a redução das taxas de juros nas linhas de crédito voltadas para política de sustentabilidade. “O apetite para investimentos em negócios sustentável no País é imenso. Na nossa carteira de clientes, 20% são exclusivamente focados nesse nicho. Temos, hoje, 90 projetos dedicados à energia eólica”, contou. Na opinião de Daniela, os bancos precisam considerar a questão da transição para uma economia de baixo carbono em seus projetos de financiamentos. “O Acervo florestal do Brasil tem muito a contribuir para o mundo. E as instituições financeiras têm que estar interconectadas a essa agenda”, concluiu.

Prêmio Brasil Ambiental: 14 anos de fomento às melhores práticas sustentáveis A 14ª edição do Prêmio Brasil Ambiental este ano recebeu mais de 45 projetos inscritos e foi dividido em sete categorias: água, ecossistemas, emissões atmosféricas, empreendedorismo sustentável, inovação, resíduos sólidos e responsabilidade socioambiental. Um time de especialistas, representando diversas instituições engajadas ao tema, compôs voluntariamente a banca de jurados, indicando os projetos inovadores com maior potencial para o desenvolvimento sustentável no Brasil.

marcelo cortez

Parte do júri compareceu ao local para prestigiar os projetos vencedores

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14º PRÊMIO BRASIL AMBIENTAL

por objetivo reconhecer e premiar projetos socioambientais de empresas que tenham sido concluídos ou que estejam em fase final de imple-

mentação. Ao longo dessa história, já foram premiados 105 projetos de mais de 58 empresas que se submeteram a essa avaliação. 

FOTOS DE marcelo cortez

Criado em 2005 pelo comitê de Meio Ambiente da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio), a premiação tem

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marcelo cortez

Banca avaliativa Adilson Gil, superintendente substituto do Ibama no Rio de Janeiro; Cláudio Fernando Mahler, coordenador do Grupo de Estudo em Tratamento de Resíduos Sólidos da UFRJ; Renato Paquet, diretor do Comitê de Cleantechs da Associação Brasileira de Startups e CEO e fundador da Polen; José Carlos Pinto, diretor-executivo do Parque Tecnológico da UFRJ; Daniel Miorando Morita, analista de Projetos da FINEP; João Gabriel Hargreaves, diretor do Instituto Gênesis da PUC-Rio; Telmo Borges, superintendente de Planejamento Ambiental e Gestão Ecossistêmica da Secretaria de Estado do Ambiente;

Vandré Brilhante, diretor-presidente do Cieds; Simone Siag Oigman Pszczol, diretora-executiva do Instituto Br Bio; Luciana Freitas, gerente do Setor de Logística Reversa na BVRio; Natalie Unterstell, secretária-executiva adjunta do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima; Sérgio Besserman Vianna, presidente do Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro; Maria Aparecida Borges Pimentel Vargas, presidente do Conselho Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Rio de Janeiro (CERHI-RJ); Ricardo Novaes, especialista em Recursos Hídricos do WWF-Brasil

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1º FÓRUM BRASILEIRO DE TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

A primeira edição do evento contou com a presença de representantes das principais operadoras internacionais e da Petrobras, trazendo a visão de cada uma sobre a pauta da transição energética no País

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Transição energética e mercado de carbono: Brasil tem alto potencial e pode ser referência

Epbr

Evento promovido pela AmCham Rio e epbr reúne público estratégico para debater a transição energética e o mercado de carbono. Vantagens competitivas do Brasil são claras, mas dependem de marco regulatório específico e adequado Bianca Gomes

comunicacao@amchamrio.com

O

setor de energia é o maior contribuinte, em âmbito global, para a emissão de gases de efeito estufa. Em 2010, ele foi responsável por aproximadamente 35% do total de emissões, segundo Análise Comparativa da Transição Energética de 2016, publicada pela FGV Energia. Cientes do papel preponderante na mudança do cenário climático global, as petroleiras iniciaram um movimento ambicioso de consolidação como empresas integradas de energia. Para abarcar um espectro mais amplo dessa cadeia, incluindo renováveis em seu negócio, elas estão mudando de nome, diversificando o portfólio e adotando estratégias voltadas à transição energética sustentável para uma economia de baixo carbono. A fim de debater sobre os principais movimentos provocados pela

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transição energética, o mercado de carbono e os avanços obtidos no País a partir do Acordo de Paris, a Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio) e a epbr promoveram, no dia 14 de dezembro, o 1º Fórum Brasileiro de Transição Energética. Mediado por Alejandro Duran, diretor regional da BHGE e da AmCham Rio, e líder do comitê de Petróleo e Gás da entidade, o encontro contou com a presença de grandes nomes do segmento de energia. Luiz Barroso, presidente da PSR, abriu o painel com uma explanação sobre o problema do aquecimento global e o papel do setor de energia na descarbonização da economia. Ele falou da vantagem do Brasil sobre outros países, e de como o País pode ser referência e se beneficiar nesse contexto global de transição energética. “A diversidade da matriz energética bra-

sileira faz com que a transição para fontes mais limpas no Brasil seja um caminho natural. As renováveis são o nosso diferencial competitivo, mas qualquer retorno nessa área dependerá de um marco regulatório eficiente, com políticas públicas desenvolvidas especialmente para essas indústrias”, alertou. Para discorrer sobre o cenário de investimentos na área de energia, a convidada foi Lavinia Hollanda, diretora e sócia-fundadora da Escopo Energia. “As estratégias das empresas começaram a mudar quando elas identificaram os riscos que a tendência global da descarbonização oferecia ao seu portfólio de serviços e ativos. Isso aumentou a cobrança de investidores, acionistas e de outros stakeholders para a criação de metas de redução de emissões”, contou a executiva, que acredita que as oportunidades apresentadas no setor de Edição 307 Brazilian Business_13


1º FÓRUM BRASILEIRO DE TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

energia estão despertando no regulador a vontade de implementar ações para atrair investimentos. “Países em desenvolvimento tendem a aumentar suas emissões. Ainda que se encaixe nesse perfil, o Brasil pode estar em dia com a agenda da sustentabilidade energética e cumprir com metas ambiciosas com a existência de uma regulação que favoreça a competitividade a partir das características do mercado e da renda brasileira”, defendeu Giovani Machado, superintendente de Gás Natural e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), notando que, ainda que a tendência de descarbonização esteja focada na mobilidade, o perfil do brasileiro e o preço elevado dos carros elétricos impõem desafios para que o Brasil se favoreça com essa tecnologia. Para falar sobre os investimentos das operadoras em renováveis, Felipe Maciel, editor-chefe da epbr, mediou um diálogo entre Haroldo Prates, superintendente da área de Energia do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Renata Nascimento, gerente de Estudos de Mercados e Negócios da Petrobras, e Veronica Coelho, vice-presidente da Equinor. Eles discorreram sobre as estratégias de cada empresa nessa área e as medidas adotadas para ajudar a limpar a matriz energética. Atentos

Alejandro Duran, diretor regional da BHGE e da AmCham Rio, recebeu os convidados e abriu o evento pontuando a transição como um caminho natural do Brasil Epbr

às novas exigências do mercado e da sociedade, eles opinaram que a atividade de exploração de petróleo deve ser resiliente e sustentável do ponto de vista ecológico e do negócio, e concordaram sobre a necessidade de um marco regulatório específico para o fomento das novas energias, para torná-las mais competitivas e aumentar sua escala. Verônica Coelho destacou o Memorando de Entendimentos (MoU), assinado em parceria com a Petrobras em projetos de eólica offshore no Brasil, e falou da meta global da Equinor até 2030, na qual 15 a 20% do Capex – despesas de capital – da empresa deve ser dedicado à energia

renovável. Por sua vez, Renata Nascimento informou que a operadora está investindo em projetos de gás e energias renováveis, sobretudo na formação de parcerias com empresas que tenham expertise e tecnologia avançada nessa área, e anunciou que a Petrobras estabeleceu metas e, pela primeira vez, vai controlar as emissões das suas atividades de exploração e produção. Haroldo Prates disse que o BNDES tem sido bastante procurado por organizações que incorporaram as renováveis, seja como estratégia de negócio ou para ganhar eficiência energética, e salientou a demanda potencial para a geração distribuída no Brasil.

leira na transição para uma economia de baixo carbono. “É importante que a precificação do carbono seja contemplada nas ações do novo governo, que deve estabelecer políticas adequadas às características da economia e ao nosso perfil de emissão. Isso vai garantir a competitividade das empresas, além de estimular investimentos e o desenvolvimento de tecnologia de baixa emissão no País”, pontuou Marina. Em seguida, um diálogo entre líderes e especialistas mediu a receptividade do mercado de créditos de carbono

entre os players da indústria de óleo e gás. Suzana Kahn, presidente do Comitê Científico do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), iniciou salientando que as vantagens competitivas do País são grandes e isso fará com que o governo perceba que o tema mudança climática no Brasil é um excelente negócio. André Araújo, presidente da Shell, que detém 50% da Raízen, maior investimento da empresa no mundo em energia renovável, disse que a precificação de carbono é crucial e que o

governo tem o importante papel de liderar essa iniciativa, buscando o desenvolvimento do País. Gil Maranhão, diretor de Estratégia, Comunicação e Responsabilidade Social Corporativa da Engie Brasil, disse se tratar de um recurso que pode trazer riquezas para o País e alertou para as fragilidades que surgem com o crescimento não convencional das renováveis, dentre elas a judicialização, que pode ocorrer se a regulação não acompanhar a rápida evolução desse segmento no Brasil e no mundo.

Secretário defendeu o uso da diversidade de fontes Convidado especial para o encerramento, Márcio Félix, que na ocasião era secretário-executivo e a partir deste ano volta a assumir a secretaria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), disse que embora a eletrifica-

ção seja o caminho natural de diversas nações, sobretudo nas grandes cidades, o sincretismo energético é uma característica própria do Brasil. Ele fez referência ao mix de fontes energéticas que coloca o País em situação de vantagem e alertou: “Não é

porque estamos em uma posição confortável que não devemos olhar para o futuro. O País pode ser referência, buscando soluções adequadas a cada região, seja por meio da geração distribuída ou da comercialização de energia”, resumiu.  Epbr

“Não é porque estamos em uma posição confortável que não devemos olhar para o futuro” Márcio Félix, Secretario de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME)

Precificação de carbono: grande potencial de negócio para o País Na palestra especial, a convidada Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), levou ao conhecimento do público os esforços da instituição para incorporar o mercado de créditos de carbono na agenda de finanças sustentáveis do Brasil. Ela explicou que o mecanismo pode dar agilidade e flexibilidade para o cumprimento das metas estabelecidas 14_Edição 307_ jan/fev/mar 2019

no Acordo de Paris e dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, além de contribuir para a liderança brasi-

Epbr

“É importante que a precificação do carbono seja contemplada nas ações do novo governo...” Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS)

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MERCADO

Parcerias de valor

tência do Estado – com potencial de R$ 22,4 bilhões – e 93 projetos de competência dos municípios – com potencial de R$ 18,7 bilhões – o que poderia gerar R$ 41 bilhões em investimentos com o olhar atencioso de governantes. O documento ainda verificou o potencial de criação de 50 mil novos postos de trabalho diretos a partir dos novos empreendimentos e 117 mil indiretos.

O documento indica em que áreas o governo poderia transferir gestões para a iniciativa privada. Foram citadas a concessão de rodovias (RJ081, RJ-102, RJ-106 e RJ-140), que geraria uma economia de R$ 14,1 bilhões para o estado em 25 anos; a concessão da distribuição de água e tratamento e coleta de esgoto – serviços realizados pela Companhia Estadual de Águas e Esgoto do Rio

de Janeiro (Cedae) – que renderia R$ 7,5 bilhões em três décadas. A lista também inclui centros logísticos industriais de diversas cidades, o que renderia R$ 1 bilhão, e a expansão da linha 2 do metrô da Praça Quinze ao Estácio, o que significaria R$ 450 milhões em investimentos privados. Os cálculos não incluem outorgas e impostos arrecadados pelo governo com as concessões.

Outro estudo do Sistema Firjan – o Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro 2016-2025 – também destaca esses modelos de parceria. O mapeamento considera o ponto de vista do empresariado, obtido a partir de debates em que investidores expõem suas ideias sobre temas de impacto para o ambiente de negócios. “A Firjan vem realizando reuniões com investidores, agentes financiadores de projetos e representantes do poder público, promovendo debates e apresentando o potencial. Observamos que as concessões e PPPs são assunto recorrente, principalmente no Conselho Empresarial de Infraestrutura.

Isso evidencia o forte interesse, por parte do setor privado, em investir em setores-chave da economia por meio de parcerias com o poder público”, destaca Figueiredo. O governador do estado, Wilson Witzel, reiterou que programas apoiados em concessões e PPPs integram o rol de propostas para o desenvolvimento socioeconômico do Rio de Janeiro. O Plano de Recuperação Fiscal do Estado do Rio de Janeiro (PRF) também aponta tais medidas para ajudar o governo do estado na contenção de despesas e no aumento da arrecadação para melhor equilíbrio fiscal. No PRF, há destaque para a concessão de

linhas de ônibus intermunicipais e a renovação antecipada da concessão da Companhia Distribuidora de Gás Natural do Rio de Janeiro (CEG), o que proporcionará o recebimento de novas outorgas pelo governo estadual. A Lei de PPPs foi editada no início dos anos 2000 e o número de contratos celebrados no País, considerando todos os níveis federativos, não chega a cem atualmente. Este é um recurso que ainda pode ser bastante explorado no Brasil, sobretudo em âmbito federal, gerando bons frutos em diversos setores. O cardápio é amplo e a necessidade do País, ainda maior.

Os investimentos privados, feitos por meio de concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs), representam uma boa oportunidade para o Brasil

Bianca Gomes

N

um cenário em que vários municípios brasileiros tentam recuperar a saúde financeira ainda abalada pela crise, de governos recém-empossados e de baixa capacidade orçamentária para investimentos públicos a nível federal, estadual e municipal, a perspectiva de retomada de crescimento soa como algo desafiador para o Brasil. Isso aumenta a necessidade de líderes atentos a novos parceiros e com força de vontade para criar sinergias fora do meio político a fim de impulsionar a economia local e melhorar a qualidade de vida de seus habitantes. Os investimentos privados – feitos por meio de concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs) – podem configurar uma boa oportunidade quando que é preciso destravar investimentos e gerar empregos e renda, promovendo a competitividade e o consequente aumento da qualidade dos serviços

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oferecidos à população. “As PPPs são um instrumento recente no Brasil e ganharam força nos últimos anos. Atualmente, o foco da discussão está no aperfeiçoamento dos mecanismos necessários para sua implantação e bom funcionamento, aumentando a celeridade e destravando investimentos”, explica William Figueiredo, coordenador de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). De acordo com a entidade, o Rio tem hoje oito PPPs ativas em seis setores, com investimentos que somam R$ 13,2 bilhões. Em abril de 2017, a Firjan mapeou 127 projetos de curto prazo com viabilidade para concessões e PPPs no estado e nos municípios do Rio de Janeiro, incluindo segmentos como saneamento, resíduos sólidos, iluminação pública, mobilidade urbana e logística. De acordo com o estudo, são 33 projetos de compe-

Renata Mello

comunicacao@amchamrio.com

“As PPPs são um

instrumento recente no Brasil e ganharam força nos últimos anos” William Figueiredo, coordenador de Estudos Econômicos da Firjan

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MERCADO

Pablo Sorj, sócio do Mattos Filho e especialista em Infraestrutura e Project Finance, explica que o modelo de PPPs brasileiro é pautado em um conceito utilizado internacionalmente para viabilizar projetos de longo prazo: o Private Finance Initiatives – modalidade de financiamento por meio do qual o fluxo de caixa do projeto é utilizado para o repagamento do financiamento e os ativos do projeto são dados em garantia para os credores. Na visão do advogado, a experiência brasileira é relativamente recente, em termos temporais e de número de projetos, e pode ser aprofundada. Embora a legislação relativa à cele-

bração de concessões e de parcerias entre estado e iniciativa privada seja bastante estável e consolidada, ele diz que existem formas de minimizar os anseios que ainda permeiam esse tipo de acordo. “As obrigações de pagamento pelo Estado em âmbito de contratos de PPPs devem ser acompanhadas de boas garantias públicas para atrair a iniciativa privada e o adequado financiamento do projeto, por exemplo”. Para a dinamização dos processos, ele sugere o aprimoramento do modelo brasileiro, no sentido de diminuir a burocracia nas licitações e maior facilidade para a outorga de projetos para os agentes interessados.

“As obrigações de pagamento pelo Estado em âmbito de contratos de PPPs devem ser acompanhadas de boas garantias públicas ...”

arcevo mattos filho

Apesar de nova e consolidada, legislação tem espaço para aprimoramentos

Pablo Sorj, sócio do Mattos Filho

Para a Souza Cruz, a parceria com poderes públicos sempre foi estratégica no sentido de impulsionar o alcance e a capilaridade da sua atuação. Desde 2000, a empresa mantém o Instituto Souza Cruz – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), trabalhando de forma colaborativa com outras organizações. Batizado de Novos Rurais, o programa em parceria com escolas rurais capacita jovens estudantes, contribuindo para um modelo sustentável de agricultura familiar, e estimula a permanência do jovem no campo por meio da criação de novos negócios. Nele, os estudantes são incentivados a desenvolverem um plano de negócios, que é avaliado tecnicamente. Os melhores planos recebem aporte financeiro para que se tornem negócios de verdade. Só em 2018, o Instituto Souza Cruz apoiou 130 projetos a partir de parcerias com 17 escolas, distribuí20_Edição 307_ jan/fev/mar 2019

das pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e no Rio de Janeiro, onde, especificamente desde a sua implementação em 2012 até agora, foram criados 53 novos empreendimentos nas zonas rurais de Nova Friburgo e Vargem Alta. “É importante lembrar que 70% dos alimentos produzidos vêm da agricultura familiar. Quando a nova geração acaba o ciclo escolar, muitas vezes decide ir embora do campo, deixando para trás o conhecimento na produção de alimentos e, consequentemente, uma lacuna que pode vir a impactar a subsistência da população como um todo. Por isso a importância de criar boas condições de vida no campo para que a atividade seja valorizada e as novas gerações optem por permanecer, atuando como agentes de mudança, trazendo melhorias e inovação, seja na agricultura ou em outras áreas”, destaca Regina Maia, presidente do Instituto Souza Cruz.

arcevo souza cuz

Parcerias estratégicas

Na cidade do Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Educação utiliza o poder de parcerias e concessões para ampliar a sua rede de creches e pré-escolas. Em setembro de 2018, o órgão realizou, juntamente com a Subsecretaria de Projetos Estratégicos, uma audiência pública para a delegação, por meio de concessão administrativa, de obras de construção e manutenção administrativa de novas unidades escolares. Quando o projeto foi concebido, a ambição era criar 20 mil novas vagas em creches e 40 mil em pré-escolas até o final de 2020. Em âmbito estadual, uma mobilização parecida ocorre entre a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), instituições públicas e gigantes do setor privado, mas com foco na oferta de cursos técnicos, de idiomas para estudantes e de capacitação para professores. Instituto Net Claro Embratel; Grupo Pão de Açúcar; Grupo PSA

Peugeot Citroën; Lojas Americanas; Lafarge; Instituto Ayrton Senna; ThyssenKrupp; Embaixada dos Estados Unidos e Instituto Oi Futuro são exemplos de organizações envolvidas nos projetos. Em segurança pública, o governo federal pode contar agora com o uso de capital da iniciativa privada em ações de interesse público. A governança desses recursos será feita com o auxílio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Aspectos legais impediam a participação de empresas privadas nesse setor, mas com a sanção da Lei dos Fundos Patrimoniais (13.800/2019), fato ocorrido em janeiro deste ano e que contou com o firme engajamento do BNDES, as parcerias devem finalmente acontecer. “O estabelecimento do marco legal representa um estímulo à doação privada e facilita o papel do Banco de indutor na constituição

de fundos voltados à segurança. As tratativas para a estruturação de projetos de PPPs, para construção e gestão de presídios e penitenciárias que possam ser replicados nos estados, já estão em vigor. A nova gestão do Banco no momento avalia as ações em curso, a fim de aprimorá-las, adequálas às novas diretrizes do governo federal e, eventualmente, estruturar novas iniciativas na área”, informa a Assessoria de Comunicação do BNDES. Outro avanço recente nesse sentido foi a assinatura de um acordo de cooperação técnica com o então Ministério da Segurança Pública (atual Ministério da Justiça e Segurança Pública), que prevê, entre outras ações, estruturar mecanismos para financiamentos públicos e privados, mapeamento e desenvolvimento de ações de apoio e recursos à segurança e promoção da integração operacional e tecnológica em conjunto com atores envolvidos direta ou indiretamente com o tema.

PPP em energia solar pode servir de modelo para outros estados Uma iniciativa, que prevê a instalação de oito usinas para a produção de energia solar fotovoltaica em seis municípios, com capacidade instalada de 5 MW, deve trazer uma economia de R$ 7 milhões ao ano ao governo do estado do Piauí. De acordo com o que foi divulgado, as usinas fazem parte de um programa de Parceria Público-Privada para a implantação, operação e gestão de miniusinas de produção de energia fotovoltaica, que vai

possibilitar ao estado produzir sua própria energia e lançar na rede de distribuição para que seja consumida pelos órgãos do governo, representando economia inicial de energia de 14%. Atualmente, são gastos R$ 3,8 milhões por mês com energia elétrica. Com o empreendimento, o estado deve economizar cerca de R$ 580 mil por mês, quase R$ 7 milhões por ano. A Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar) diz que esse

trabalho em parceria com empresas do setor privado serve de exemplo para que outros estados brasileiros, municípios e até mesmo o governo federal possam reduzir seus gastos, sem precisar de recursos próprios. Atualmente, o Piauí é um player importante em energia solar nas usinas de grande porte. É o terceiro do País com praticamente 700 MW contratados e receberá investimentos na ordem de R$ 3 bilhões ao longo dos próximos anos. 

Regina Maia, presidente do Instituto Souza Cruz: desde 2000 a instituição mantém um projeto, com outras organizações, voltado para jovens de zonas rurais

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de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio). O entendimento é de que a lei é fundamental para o fortalecimento do ambiente de inovação do País e o progresso de assuntos transversais aos mais diversos setores da economia. “Iniciamos os debates e a troca de informação sobre a LGPD entre os associados antes mesmo de sua aprovação. Acreditamos que, com a lei, o Brasil se alinha às principais economias globais e cria regras que fortalecem a proteção dos dados pessoais do cidadão, bem como o desenvolvimento e o fomento de novos modelos de negócios”, diz Fernanda Magalhães, líder do subcomitê de Propriedade Intelectual da AmCham Rio e sócia da Kasznar Leonardos Propriedade Intelectual.

Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais impõe novas regras

Bianca Gomes

comunicacao@amchamrio.com

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22_Edição 307_ jan/fev/mar 2019

publicação da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que recai sobre as responsabilidades das empresas – públicas ou privadas, brasileiras ou estrangeiras que utilizem dados coletados no Brasil – de realizar a boa governança dos dados pessoais de seus clientes (incluindo a coleta, o armazenamento, o tratamento ou o compartilhamento destes). Em 27 de dezembro do mesmo ano, a lei registrou seu primeiro avanço com a Medida Provisória (MP) 869, que instituiu a Autorida-

“Iniciamos os debates sobre a LGPD entre os associados antes mesmo de sua aprovação” Fernanda Magalhães, líder do subcomitê de Propriedade Intelectual da AmCham Rio e sócia da Kasznar Leonardos

A nova regulamentação terá impacto principalmente nas operações de áreas como Recursos Humanos, Marketing, Financeiro, Comercial, entre outras, e não somente nas áreas Jurídicas ou de Tecnologia da Informação. “Desde a simples gestão do processamento de dados de funcionários, seus dependentes e candidatos a vagas de emprego, até o uso de ferramentas de monitoramento de preferências e comportamentos online de clientes ou a transferência de dados a parceiros comerciais ou prestadores de serviços, todas essas práticas serão afetadas pelas novas regras”, cita Fernanda, alertando que a revisão dos modelos de negócio com base nas atuais práticas pode trazer conformidade e evitar multas e sanções.

Adequação pode aumentar a competitividade

Normas irão exigir que empresas brasileiras façam boa gestão e uso adequado de informações

esde que a apropriação de dados foi tema central em um dos escândalos da Internet de maior notoriedade, amplitude e repercussão, o movimento global que gira em torno da ética no uso de dados pessoais e direitos das pessoas quanto às informações que disponibilizam para as empresas não parou mais de progredir. No Brasil, o marco fundamental das regras de utilização desse tipo de informação foi efetivado recentemente, em agosto de 2018, com a

divulgação Kasznar Leonardos

LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS

de Nacional de Proteção de Dados (ANDP) – órgão governamental com autonomia técnica para tomar decisões que garantam o cumprimento da lei. Inspirada na General Data Protection Regulation (GDPR), da União Europeia, a versão brasileira da lei começa a vigorar no Brasil em 2020, permitindo que as empresas nacionais busquem melhor entendimento e se preparem. A preocupação com a privacidade de dados é uma pauta que vem sendo trabalhada ativamente pela Câmara

Em tempos em que a comunicação e os negócios das empresas são cada vez mais globais, as práticas relacionadas ao uso das informações precisam ser revistas e, muitas vezes, adequadas ao uso pela maioria das organizações. O professor do Data Privacy Brasil, que coordena a área de Proteção de Dados, Renato Leite Monteiro, diz que nesse caso o passo inicial é a conscientização. Para ele, o corpo diretivo da empresa precisa se convencer de que é necessário fazer ajustes, não apenas por implicações que possam levar à penalização, mas para que o processo possa gerar algum valor ou uma vantagem competitiva. “Empresas que conhecem os dados pessoais que possuem e lidam de forma adequada com eles conseguem obter inclusive insights para novos produtos”, alerta Monteiro, que orienta companhias de todo porte na preparação de road maps que levam à conformidade. “A metodologia utilizada é com base no Relató-

rio de Impacto à Proteção de Dados, uma avaliação de risco que verifica os processos e a forma como os dados são utilizados. É obtida uma fotografia do real estado de conformidade da empresa para a identificação de medidas que possam melhorar as práticas”, explica o especialista. Ele cita a revisão de contratos, a limitação de uso de dados e a criação de novas políticas e processos como soluções frequentemente aplicadas. Em um cenário em que o vazamento de dados está ocupando cada vez mais espaço na mídia, a LGPD pode abrir uma janela de oportunidades para as empresas que se mostram preocupadas com a privacidade e o uso adequado de informações de clientes, colaboradores e fornecedores. Estar em adequação com a lei pode ajudar a melhorar a reputação ou a imagem, ou a construir e fortalecer uma relação de confiança entre empresas e clientes, marcas e consumidores, e plataformas e usuários. “Uma organização se torna

ainda mais competitiva no mercado quando ela mostra transparência e responsabilidade no uso das informações”, reforça Monteiro.  arquivo pessoal

“Uma organização se torna ainda mais competitiva no mercado quando ela mostra transparência e responsabilidade no uso das informações” Renato Leite Monteiro, professor do Data Privacy Brasil

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CAPA

O Rio ainda mais conectado ao Brasil Incorporação da AmCham Rio pela Amcham Brasil origina uma única Câmara Americana no Brasil. Fato amplia o campo de atuação do empresariado carioca e fortalece o ambiente de negócios do País

divulgação amcham rio

Bianca Gomes

comunicacao@amchamrio.com

A

s perspectivas das empresas associadas à Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro se abrem e se multiplicam em 2019 com a incorporação da AmCham Rio pela Amcham Brasil – movimento que resulta em uma única e ainda mais forte Câmara Americana a serviço do País. O fato, anunciado no final do ano passado, pavimenta o caminho para o fortalecimento do ambiente de negócios brasileiro, com a ampliação da oferta de produtos e serviços a associados e a promoção de ações que garantam maior competitividade às organizações, sem mencionar o aumento da interatividade das empresas cariocas com o mercado brasileiro e o fomento das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. “Ao longo dos nossos 103 anos de história no Rio de Janeiro, trabalhamos ativamente para trazer o melhor em conteúdo para benchmarking entre empresas, levar os principais pleitos às esferas governamentais e fortalecer as relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos. Continuaremos atuando, agora com ainda mais abrangência, como uma única Câmara Americana no Brasil. Nossa expectativa é somar forças para um melhor ambiente de negócios para o Rio de Janeiro e para o Brasil. Acreditamos que a união de duas entidades centenárias representa um marco importante para a retomada da economia e crescimento do País”, declara Pedro Almeida, Presidente da AmCham Rio. A integração também amplia consideravelmente a rede de relacionamento dos associados à regional Rio, por meio da sinergia com mais de 5 mil empresas associadas à Amcham Brasil. As organizações terão acesso

“Acreditamos que a união de duas entidades centenárias representa um marco importante para a retomada da economia e crescimento do País” Pedro Almeida, Presidente da câmara de comércio americana do rio de janeiro AmCham Rio

ilimitado à plataforma digital nacional Amcham Connect para interagir de diversas formas, seja fazendo negócios e complementando serviços para ampliar portfólio, até buscando tendências e conhecimento sobre sua área de atuação. São mais de 15 estados cobertos pela ferramenta digital, atuando juntos em prol do seu próprio desenvolvimento e o do País. Desde as suas respectivas fundações, no século passado, as duas entidades sempre trabalharam de forma independente. A AmCham Rio foi a primeira Câmara Americana criada na América Latina e sua atuação limitava-se aos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, nos quais reunia um portfólio de 200 empresas. Com a integração com a Amcham Brasil, surgem novas possibilidades para uma imensa colaboração. “O trabalho realizado pela AmCham Rio nos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, ao longo de sua existência, é de grande valor. Temos a certeza de que muitas sinergias podem ser exploradas com a Amcham Brasil e suas 14 Unidades Regionais e 5.000 empresas associadas, fazendo das duas entidades uma associação ainda mais forte e representativa na América Latina e entre as 114 Câmaras Americanas existentes fora dos EUA. A união da AmCham Rio ao nosso conjunto cria um marco histórico para a celebração de 100 anos de atuação da Amcham Brasil, somando a experiência de duas entidades centenárias”, enfatiza Hélio Magalhães, ex-Presidente do Conselho de Administração da Amcham Brasil e um dos líderes do processo de integração. A Amcham Brasil é a maior plataforma multissetorial de relacionamento, conteúdo e aproximação comercial entre empresas dos mais “A união da AmCham Rio ao nosso conjunto cria um marco histórico para a celebração de 100 anos de atuação da Amcham Brasil...” Hélio Magalhães, ex-Presidente do Conselho de Administração da Amcham Brasil e um dos líderes do processo de união da Amcham Brasil e Rio de Janeiro divulgação amcham brasil

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“A incorporação da AmCham Rio trará mais expertise em setores como petróleo e gás, entretenimento e seguros” Luiz Pretti, Presidente do Conselho de Administração da Amcham Brasil para o biênio 2019/2020

variados portes, segmentos e nacionalidades – atributos que vêm para somar ao ambiente de negócios carioca, abrindo possibilidades para a diversificação de investimentos, já que o estado tende a concentrar negócios em determinados setores, podendo, no entanto, expandir em áreas igualmente vantajosas do ponto de vista econômico. Por outro lado, a AmCham Rio pode agregar trazendo mais competitividade e know-how nas áreas em que tem maior atuação. “A incorporação da AmCham Rio trará mais expertise em setores como petróleo e gás, entretenimento e seguros. O grande benefício dessa união é conectar a economia do Rio de Janeiro ao universo das empresas associadas da Amcham Brasil em todo o País, somando esforços para a retomada”, observa Luiz Pretti, Presidente do Conselho de Administração da Amcham Brasil para o biênio 2019/2020. O modelo de atuação após a incorporação permanece o mesmo, a

partir da atuação de comitês setoriais, com foco nos principais segmentos da economia brasileira, e formados por especialistas de empresas associadas. A articulação dos assuntos é feita com base em business plans que abrangem temas e ações prioritárias, e que serão trabalhados ao longo de todo o ano de 2019, de forma independente ou transversal, em cooperação com outros comitês que estejam desenvolvendo pauta no mesmo assunto. A Amcham Brasil mantém mais de 100 comitês em funcionamento regular, os quais a partir de agora serão ampliados com a entrada da AmCham Rio, aumentando as possibilidades de benchmarking e troca de experiências. A aproximação e o diálogo entre os setores privado e público também ganham força, com o trabalho já desenvolvido pelas duas Entidades, contribuindo para que o desenho de políticas públicas leve em consideração a realidade das empresas de diferentes setores, tamanhos e localidades.

Este ano, a Amcham Brasil comemora o centenário. Saiba mais sobre as datas marcantes de sua história

Movimento é visto com olhar positivo pelos associados A iniciativa de juntar duas organizações centenárias, cujas trajetórias estiveram sempre pautadas no incremento dos negócios e na defesa da livre iniciativa no País, é vista com olhar bastante positivo pelos associados de ambas as entidades. “Gostaríamos de registrar aqui nossos elogios e efusivos parabéns aos presidentes de ambas as instituições – bem como aos respectivos conselhos e comitês executivos e a todos os envolvidos – pela grandeza de espírito e iniciativa de levar adiante este movimento, que representa um marco importantíssimo para o futuro das duas Câmaras, agora consolidadas em uma única organização”, ressalta Ronaldo Veirano, sócio-fundador do escritório de advocacia Veirano Advogados. Para ele, a união de esforços fortalece a Amcham Brasil, que passa a ter um peso ainda maior como entidade

acervo veirano advogados

divulgação amcham brasil

CAPA

“Acreditamos que da maneira como foi concebida a incorporação, ambas as entidades só têm a ganhar” Ronaldo Veirano, sócio- fundador do Veirano Advogados

nacional, e possibilita à AmCham Rio uma atuação mais ampla e efetiva na consecução dos seus objetivos, uma vez que contará com o respaldo de uma entidade de grande porte e vasta abrangência nacional. Ele destaca que, do ponto de vista da eficiência operacional, dadas as economias de escala e o sinergismo provocado pela eliminação da duplicidade de esforços em vários setores de atuação em comum, unir as atividades será de grande valia. “Acreditamos que da maneira como foi concebida a incorporação, ambas as entidades só têm a ganhar. A AmCham Rio passa a ter acesso a toda a infraestrutura da Amcham Brasil, que, por sua vez, ao se juntar à entidade carioca, consolida sua posição de representante exclusiva na esfera privada dos interesses econômicos, comerciais e culturais da relação bilateral Brasil-Estados Unidos.”

Integração amplia o portfólio de produtos e serviços Os benefícios da incorporação se estendem à oferta de produtos e serviços para associados. As empresas sócias do Rio passarão a contar com grande infraestrutura, além de programas e ferramentas da Amcham Brasil já uti-

lizados e reconhecidos nacionalmente. Grandes eventos, como CEO Fórum e Amcham Arena, serão inclusos a partir desse ano à agenda premium no Rio de Janeiro e o público do estado será convidado a discutir temas

nacionais de grande relevância, que serão trabalhados em outras unidades como inovação e legado, formando, assim, uma grande rede de conhecimento e empoderamento dos executivos brasileiros. 

Conheça os Produtos e Serviços da Amcham Brasil agora disponíveis no Rio de Janeiro • Amcham Connect – Plataforma de integração de negócios, relacionamento corporativo e conteúdo

criado para conectar, em ambiente digital, a rede de empresas e executivos da Amcham em todo Brasil

• Programação digital através de webinários e com transmissão online – Agenda de webinários mensais e transmissão ao vivo para todo o País dos eventos mais importantes da Amcham Brasil. Além disso, no site da Amcham Brasil você acessa a Amcham TV com uma biblioteca de reportagens de conteúdo empresarial de primeira linha • Programa Amcham de Capacitação Empresarial (PACE) – Idealizado para atender as necessidades de conhecimento, atualização e capacitação de gestores e, assim, proporcionar um conteúdo direcionado e completo com temas aplicáveis ao cotidiano das empresas. São cursos de curta duração com o selo de qualidade da Amcham Brasil 28_Edição 307_ jan/fev/mar 2019

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CAPA

• Serviços de Comércio Exterior – Realização de diversas atividades para promoção do comércio e do investimento entre Brasil e EUA, incluindo estudos de mercado, projeto de internacionalização, missões empresariais, entre outros • Centro de Arbitragem e Mediação Amcham (CAM) – Ferramenta para resolução de conflitos empresariais com estrutura para oferecer maior segurança, transparência, agilidade e redução de custos face ao prazo de resolução no sistema judiciário. O CAM é o terceiro maior Centro de Arbitragem e Mediação do Brasil • Business Center – Locação de salas do Amcham Business Center para eventos de associados ou não associados, com oferta de desconto para associados

• Missões Internacionais – Missões de empresas americanas ao Brasil e Missões de empresas brasileiras aos Estados Unidos com o intuito de fomentar os negócios, a troca de conhecimento ou os investimentos, entre outros objetivos

Agenda antecipa um ano promissor para o Rio de Janeiro, com eventos regionais e nacionais de grande porte

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opinião

Aura Rebelo, Vice-presidente de Marketing & Digital da Prudential do Brasil

2019: um ano promissor para o seguro de vida Na contramão do moderado crescimento econômico do País visto no ano passado, o mercado de seguro de pessoas* segue em ritmo consistente de expansão – em especial o ramo de seguro de vida individual e em grupo. Nesse segmento, o aumento da arrecadação de prêmios (contratos de seguros) foi de 10%, até novembro de 2018, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Se levarmos em conta que a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), para 2018, foi de cerca de 1,3%, pode se concluir que o desempenho do seguro de pessoas é muito significativo. Além disso, para 2019, a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) prevê um crescimento na ordem de 8,4% para o segmento de seguro de pessoas, o que nos deixa muito otimistas. Olhando para o futuro, outros fatores podem impactar esse mercado e ajudar a tornar o cenário ainda mais favorável para a área de seguro de vida, tais como a mudança da pirâmide demográfica brasileira e o aumento da longevidade da população. As pessoas vão viver mais e, logo, necessitarão de produtos e serviços vol“As pessoas vão viver mais e, logo, necessitarão de produtos e serviços voltados para qualidade de vida, saúde e proteção financeira para o futuro” *Não inclui VGBL

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tados para qualidade de vida, saúde e proteção financeira para o futuro. Além disso, o tema planejamento financeiro está cada vez mais presente na vida dos brasileiros que, aos poucos, estão entendendo a sua relevância. Em paralelo, nota-se que a sociedade está também percebendo a importância do seguro de vida como o pilar fundamental dessa estratégia, já que é uma ferramenta essencial para proteger a própria vida e a capacidade financeira das famílias em momentos críticos como doenças graves, acidentes e até falecimento. Essa mudança de mindset tem vindo, principalmente, dos jovens (até 30 anos) que, em 2018, já representavam mais de 15% da base ativa dos clientes da Prudential do Brasil. Simultaneamente, mudanças já começam a ocorrer por conta da quarta revolução industrial, que tem como principal característica a convergência de dados. Essa transformação também impacta o mercado de seguros com as infinitas possibilidades de utilização do Big Data. Estamos prestes a prever, por exemplo, a prédisposição física para doenças e sermos mais assertivos em relação à subscrição de riscos e precificação apoiados na evolução da medicina. Seja no curto ou no longo prazo, o mercado de seguro de vida no Brasil é de fato um terreno fértil e com vasta área a ser explorada e desenvolvida. Seja pelo histórico de crescimento e o novo momento de otimismo econômico, com o qual estamos olhando 2019, ou pelas novas tecnologias que nos ajudam a oferecer produtos cada vez mais bem ajustados às necessidades de nossos clientes e às novas demandas da sociedade. O sentimento é de que, em meio a muitos desafios e mudanças, teremos um ano promissor.

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DIRETORIA EM FOCO

O que a sinergia entre a AmCham Rio e Amcham Brasil traz de novas perspectivas e como contribui para ampliar o networking, o advocacy e as relações bilaterais – pilares da AmCham Rio? Carlos Francisco Picini

Diretor-executivo da Bradesco Seguros

As duas Câmaras de Comércio têm propósitos semelhantes e combinam na forma de atuar e cooperar com ações que promovam um ambiente favorável aos negócios, dedicando-se ao crescimento econômico e à geração de oportunidades. Juntas, representam o maior grupo multissetorial de empresas de diversas nacionalidades, uma fusão importante que direciona as perspectivas com otimismo, valendo-se também do legado construído pelas duas Casas. Desde a sua criação, em 1916, a AmCham Rio – primeira Câmara Americana da América Latina – mantém seu compromisso com iniciativas de vanguarda e com o Brasil. Creio que teremos um ganho de sinergia com as trocas de experiências entre seus representantes, possibilitando ainda mais oportunidades. Deixo meu voto de sucesso, e que juntos possamos contribuir para o desenvolvimento econômico e social do nosso País.

Alejandro Duran

Diretor regional da BHGE e líder do comitê de Petróleo e Gás da AmCham Rio

independente.

A retomada das atividades no setor de Petróleo e Gás no Brasil vai ter uma abrangência muito maior que no passado, quando as interações e as atividades eram muito concentradas no estado do Rio de Janeiro. A pluralidade dos operadores, o retorno das atividades em campos maduros e a flexibilidade introduzida pelas novas regras de Conteúdo Local vão criar uma rede muito mais ampla de empresas que desejam expandir sua atuação em território nacional. Nessa ótica, minha expectativa é de que, uma AmCham Rio renovada – mais representativa e presente em todo território – possa trazer inúmeros benefícios para as empresas que visam aproveitar o momento para crescerem juntas com o País.

m u l t i d i s c i p l i n a r. completo. Desde 1942 traduzindo o ambiente legal brasileiro em benefício dos nossos clientes.

Maria Paula Comaru

Diretora de Vendas e Marketing dos hotéis Hilton Barra e Copacabana e líder do comitê de Turismo da AmCham Rio

Acredito que a união trará benefícios mútuos. A troca de experiências, as boas práticas e o conhecimento vão contribuir na evolução de temas convergentes, para que ganhemos mais força e relevância em nossos pleitos. Temos empresas e membros muito competentes e conhecedores de suas áreas na AmCham Rio, e tenho certeza de que todos estão dispostos a contribuir para o sucesso dessa união. Na área em que respondo, o Turismo, vejo de forma positiva essa incorporação. O Rio de Janeiro, assim como todo o Brasil, tem potencial para estar no topo do ranking dos locais mais visitados do mundo e acredito que a parceria de trabalho que haverá entre as duas entidades, além de agregar valor às ideias e ao planejamento, com o objetivo de alavancar o setor turístico em todo o Brasil, trará muita motivação e força ao nosso engajamento.

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Pinheiro Neto


opinião

Cláudia Danienne Marchi, Líder do comitê de Recursos Humanos da AmCham Rio e CHRO & Partner da Degoothi Consulting

O futuro do RH & o RH do futuro: uma reflexão atemporal sobre ATITUDE Quantas vezes você já leu, pesquisou ou ouviu falar sobre este tema? Se centenas, muito bom. Você está antenado com uma discussão que não pode e não deve se esgotar. É estratégica. Nos leva a pensar e agir, sobre atitude, experiências de valor e compromissos. Se poucas vezes, qual o motivo? Ainda dá tempo de mudar de perspectiva. Convido você a refletir sobre um olhar plural e não limitante ou departamental – foco em pessoas, relações, tendências, etc. Todos devemos ter o DNA RH. Independentemente da atuação e formação, gestão de pessoas é promoção de desenvolvimento contínuo, mentoria, desafiar a entregar um resultado superior, ser hábil para criar registro emocional por meio das experiências proporcionadas, “Quer fazer a diferença? Atitude no presente. Tenha claro um propósito. Seja agente de experiências transformadoras para você e para os outros.”

criando engajamento, satisfação e aderência a propósito. Penso que a primeira reflexão a ser feita e praticada é a necessidade de construir hoje um presente que já faça a diferença. Um hoje com mais compaixão e empatia genuína nas relações; com mais colaboração nas parcerias do que interesse unilateral; com mais senso de excelência nas entregas; com entendimento sobre cultura e processos; com mais inclusão e diversidade; mais consistência em conteúdo do que superficialidade, mais formação do que

informação. Exercitar no hoje, para a construção do futuro, a partir de mentes inquietas e inconformadas com o presente. Às vezes, tenho a sensibilidade – e comprovo – de que há uma atmosfera com muita pirotecnia e modismos corporativos, quando a ênfase deveria estar no que parece ser básico, mas, não é. Cadê a inteligência emocional? Princípios? Resiliência? Diálogo? A forma em equilíbrio com o conteúdo? O EBITDA pode e deve ser obtido sem deixar um rastro de mentes dilaceradas no caminho. Digo isso com a lucidez de quem vive em um mundo VUCA, com forte impacto da geração Z, com graves problemas sociais, econômicos, portanto, cônscia da realidade de que todos vivemos no mundo real. Mas, persevero na crença de um futuro melhor, onde temos que assumir a responsabilidade das ações ou das omissões do hoje. Não dá para adiar discussões, perder oportunidades e faltar com decisões, por paralisia do medo ou desconhecimento. Seja você um líder ou um aprendiz, empodere-se para o futuro. Faça! Compromissado com a construção do amanhã, tenha a humildade de ouvir outras gerações, os mais seniores podem aportar uma mentoria valiosa. Outra dica: reconheça o legado. Não há nada pior que a soberba. Mediocridade não constrói o futuro. Seja hoje um catalisador de boas práticas. Pessoas com o mindset no futuro querem, em síntese, um mundo melhor. Desenvolva a quem puder hoje, para que sejam melhores que você logo e, assim, o amanhã será diferente e melhor, ouso afirmar. Quer fazer a diferença? Atitude no presente. Tenha claro um propósito. Seja agente de experiências transformadoras para você e para os outros. O futuro do RH e o RH do futuro dependem de você!

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CONEXÃO GLOBAL

Aproximação entre Brasil e EUA pode dar fôlego à agenda bilateral Bianca Gomes

comunicacao@amchamrio.com

O

possível estreitamento entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos pode oxigenar o relacionamento dos dois gigantes das Américas, dando fôlego à agenda de negócios bilateral. A proximidade entre os dois países é bastante positiva para o Brasil, pelo aspecto da continuidade dos diálogos de cooperação em áreas estratégicas e pela perspectiva de novos entendimentos. “Vemos potencial exponencial em uma ampla gama de setores para fortalecer ainda mais a excelente cooperação que temos com o Brasil e os brasileiros. Em janeiro, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, deu início ao que será uma relação de trabalho produtiva com a equipe do presidente Bolsonaro. Como as duas maiores economias do nosso hemisfério, queremos expandir a relação comercial e a competitividade dos dois países em nível mundial”, diz Scott Hamilton, cônsul-geral dos Estados Unidos no Rio de Janeiro. A maior abertura e flexibilidade no setor de óleo e gás deverá despertar mais interesse e investimentos de empresas americanas e, de acordo com o representante do país americano, intercâmbios entre pessoas e parcerias estratégicas continuam florescendo em áreas como defesa, educação, turismo e segurança. “A partir dos nossos interesses e valores compartilhados, trabalharemos com o Brasil para promover a segurança, a democracia, a prosperidade

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Deborah Vieitas, CEO da Amcham Brasil DIVULGAÇÃO AMCHAM BRASIL

econômica, os direitos humanos e o estado de direito”, reforça Hamilton. Uma pesquisa realizada pela Amcham Brasil em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, em 2016, revelou que 56% dos executivos entrevistados gostaria que o governo brasileiro adotasse uma postura mais ativa nas relações bilaterais com os EUA, buscando um horizonte de negociação mais concreto. O que todos esperam é que a identificação entre os dois países seja um instrumento efetivo de negócios, motivando ações de interesse das duas nações. No lado brasileiro da lista, constam desde itens mais abrangentes, como os que visam ampliar o acordo de livre comércio, até medidas mais específicas, como a participação do Brasil no programa Global Entry, que facilita a entrada de brasileiros que viajam com frequência aos EUA.

Há muito a ganhar em todos os aspectos. Os EUA estão em segundo lugar no ranking de parceria comercial com o Brasil e é onde há maior investimento brasileiro no exterior – as empresas brasileiras, cada vez mais, investem nos EUA para ganhar escala, competitividade e absorver tecnologia. Eles também são os principais investidores em projetos brasileiros, com um estoque estimado em mais de US$ 103 bilhões. Dados da Balança Comercial de outubro do ano passado, segundo a SECEX/MDIC, indicam que a participação dos Estados Unidos nas exportações brasileiras atingiu o percentual de 14%, atrás somente da China. “O mercado americano é o maior para a exportação de produtos manufaturados e semimanufaturados. Uma maior aproximação entre os dois países pode beneficiar o Brasil, contribuindo para aumentar sua participação no comércio internacional, que hoje é de apenas 1,2% do total”, disse a CEO da Amcham Brasil, Deborah Vieitas. Ela lista outras vantagens, como, por exemplo, as obtidas com a compra da Embraer pela Boeing. “Essa operação é uma demonstração clara de que parcerias com grandes atores globais em mercados específicos acabam sendo benéficas para empresas brasileiras. No caso da Embraer, vai possibilitar à fabricante de aeronaves o acesso privilegiado a tecnologias e mercados a partir dos Estados Unidos”, destaca a executiva.

Pesquisas posicionam o Brasil na relação Estudo encomendado pela Amcham Brasil e elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado em 2016, aponta que a realização de um amplo acordo comercial entre o Brasil e os Estados Unidos poderia elevar o PIB brasileiro em 1,4% até 2030 e impactaria positivamente na geração de empregos em ambos os países.

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Outro dado obtido na pesquisa é que a eliminação de 100% das tarifas aumentaria as exportações do Brasil em 6,5% até 2013, enquanto as importações cresceriam 4,7% no mesmo período, representando um acréscimo de 0,44% no PIB até 2030, ou algo equivalente a US$ 13 bilhões. Ainda conforme o estudo, se 40% das barreiras não tarifárias fossem eliminadas,

o impacto no PIB até 2030 seria de 1,4%, equivalente a US$ 32 bilhões. Outro estudo divulgado pela FGV mostrou que o nível de abertura comercial do Brasil é baixo se comparado ao de outros países latino-americanos, emergentes ou desenvolvidos. O Brasil é a 9ª economia do mundo em termos de PIB, o 21º do mundo em nível de exportações e o 27° em importações. 

ENTREVISTA

visita de Bolsonaro aos Estados Unidos é a primeira de caráter bilateral do Presidente ao exterior e representa novo marco na relação bilateral. Entrevistamos o Diretor de Américas do Ministério das Relações Exteriores, Embaixador Pedro Miguel da Costa e Silva, para saber quais são as percepções e os planos do novo governo acerca da relação entre os dois países.

travas dos dois lados, e pretendemos também olhar o longo prazo, fortalecendo mecanismos de diálogo com o intuito de avançar numa agenda concreta de acordos mais ambiciosos na área de comércio e investimentos, convergência regulatória e criação de ambiente de negócios propício aos investimentos. BB: A iniciativa privada será um parceiro no desenvolvimento das pautas?

Brazilian Business: Qual é a importância da agenda bilateral para o Brasil? Pedro Miguel da Costa e Silva: A agenda bilateral é um importante dínamo do desenvolvimento, da geração de oportunidades e da promoção da prosperidade. Os EUA são nosso segundo parceiro comercial, com um intercâmbio total no ano passado de cerca de US$ 58 bilhões. Mais importante do que o volume, porém, é a qualidade desse comércio. Apesar da base sólida do relacionamento, há uma percepção de que podemos fazer muito mais para destravar investimentos, desburocratizar o comércio e incrementar a integração de nossas cadeias de valor. Os EUA continuam sendo a locomotiva da economia internacional e o grande polo da inovação e da economia do conhecimento. Faz todo sentido, no atual cenário de acirramento da competição econômica, apostar num relaciona-

Embaixador Pedro Miguel da Costa e Silva, Diretor de Américas do Ministério das Relações Exteriores VALÉRIA rICCI/ mre

mento que favorece a competitividade sistêmica de nossa economia. Temos muito a ganhar com uma relação mais profunda com os Estados Unidos. BB: Que áreas são mais estratégicas para o Brasil nos futuros acordos? PMCS: Com a visita do Presidente Bolsonaro, o objetivo é avançar em acordos ou iniciativas nas áreas de comércio, investimentos, defesa, energia, cooperação espacial, tecnologia, inovação, entre outras, para aproveitar todo o potencial do relacionamento. Tratamos de questões específicas de acesso a mercado com vistas a superar

PMCS: O setor privado terá papel central nesses esforços. Por isso, a ideia é reativar, no prazo mais breve possível, o Fórum de CEO’s. Há outros campos promissores em que é possível reproduzir o exemplo de sucesso da parceria em aviação civil, que envolveu governos e setores privados numa agenda de cooperação em temas de interesse comum. Essa parceria gerou, entre outros produtos, investimentos em pesquisa para o desenvolvimento de biocombustível para aviação. Importante reproduzir esse tipo de parceria em que governos e setores privados dialogam, identificam barreiras e articulam soluções conjuntamente. Esse modelo poderia funcionar bem em áreas intensivas em tecnologia, inclusive em setores como economia digital, energia, tecnologia da informação e comunicação, manufatura avançada e saúde.  Edição 307 Brazilian Business_39


PERFIL

evita procedimentos desnecessários e ajuda o sistema de saúde a funcionar melhor para todos. A Amil foi a primeira operadora de saúde a introduzir, em larga escala, um modelo baseado em atenção primária e coordenação do cuidado no Brasil.

“Queremos ajudar nosso cliente a ser cada vez mais saudável, dando a opção de contar com um médico de família e melhor coordenação do cuidado”

BB: Quais os resultados positivos desse conceito e o que ele traz de benefício direto aos clientes e à população? CL: A falta de coordenação do cuidado é um dos principais motivos de desperdício na saúde suplementar. Hoje, 89% dos beneficiários atendidos por médicos de família nas nossas unidades têm seus problemas de saúde solucionados sem necessidade de encaminhamento para especialistas. Isso reduziu em 30% a hospitalização desses pacientes.

Uma das pioneiras a investir em gestão de saúde, Amil se reposiciona aos seus 40 anos com a filosofia de que o olho no olho, o médico de família e a coordenação do cuidado compõem o diferencial do seu conceito de inovação

Bianca Gomes

BB: A Amil se associou ao UnitedHealth Group, a maior empresa norte-americana do setor de saúde. Que benefícios essa aliança trouxe ao brasileiro?

divulgação amil

comunicacao@amchamrio.com

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o ano em que completa 40 anos, a Amil, uma das maiores operadoras de saúde do Brasil, está se reposicionando no mercado. O movimento, que começou há dois anos, consolida uma série de esforços que a empresa vem realizando para atender às novas demandas dos clientes e alcançar a ambição de modernizar o sistema de saúde brasileiro. Em entrevista, Claudio Lottenberg, presidente do UnitedHealth Group Brasil, gigante norte-americana do setor de saúde e grupo controlador da Amil, fala sobre a nova marca e os projetos que oferecem apoio e orientação aos seus clientes, além de contar como a empresa tem gerado eficiência e valor com a adoção de um modelo de atendimento baseado na combinação de atenção primária, coordenação do cuidado e diálogo constante.

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Brazilian Business: O que é a nova Amil e como a empresa deseja se apresentar daqui em diante para o mercado e seus clientes? Claudio Lottenberg: Cuidado certo para você viver o seu melhor. Com essa proposta, a Amil apresenta um novo posicionamento de mercado, que começa na marca e vai muito além. O novo logo reflete a postura de simplicidade e proximidade. E a identidade visual traz elementos gráficos que envolvem as pessoas, colocando os clientes no centro de tudo. Esse conceito nasce da combinação entre as novas demandas dos clientes e a visão de futuro para o sistema de saúde. A atenção primária, a coordenação do cuidado e o diálogo formam o tripé promovido pela nova Amil. BB: Uma das ambições hoje da marca é “ajudar o sistema de saúde a funcionar melhor”. Como a Amil pretende dar amplitude a essa iniciativa? CL: Queremos ajudar nosso cliente a ser cada vez mais saudável, dando a opção de contar com um médico de família e melhor coordenação do cuidado. O conceito do cuidado certo

CL: A integração com o UnitedHealth Group nos permitiu ter acesso à expertise de uma companhia de saúde com 85 milhões de clientes. A parceria viabilizou a criação de grupos de trabalho binacionais, visando aperfeiçoar nossas soluções de saúde, e a entrada de capital para ampliação de rede. Fortalecemos nossa operação por meio do conhecimento das forças de cada empresa, iniciando um intenso intercâmbio de melhores práticas. Hoje, o aporte da matriz é fundamental para intensificação dos investimentos, fortalecimento dos serviços ao cliente, diversificação de produtos e implementação de modelos de gestão de saúde. BB: Fale sobre alguns registros pioneiros da empresa nesses 40 anos. CL: Não teria como falar desses 40 anos sem falar de inovação – característica marcada no DNA do fundador da empresa, Edson de Godoy Bueno. A Amil foi a primeira operadora do Brasil a instituir uma central de atendimento 24 horas com médicos de plantão e a lançar, com robustez, agências para atendimento presencial aos clientes. Foi uma das primeiras a investir em gestão de saúde. Em 1993, lançou o Amil Resgate Saúde, unidade especializada em transporte de pacientes em estado crítico, que até hoje é referência no Brasil. Em 1999, criou centros de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças crônicas, batizados como Total Care. Em 2012, veio a integração com o UnitedHealth Group,

a mais diversificada do setor de saúde no mundo. Hoje, completando 40 anos, queremos trazer o olho no olho de volta e estamos conseguindo isso em nossas unidades Amil Espaço Saúde. BB: Entre os projetos da Amil, destaque dois e fale sobre a relevância deles para a sociedade brasileira. CL: Nos últimos dois anos, a Amil implementou uma série de esforços no sentido de tornar o mercado mais acessível e sustentável. Destaco, primeiramente, a consolidação de um modelo de coordenação do cuidado com as clínicas Amil Espaço Saúde – que contam com médicos de família, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos – e oferecem programas de prevenção e de promoção da saúde, como combate ao tabagismo, planejamento familiar e emagrecimento. Outro ponto que destaco é nossa luta, cada vez maior, contra as fraudes no sistema de saúde, um dos grandes desafios do setor. Estima-se que cerca de R$ 27,8 bilhões dos gastos das operadoras de planos de saúde do País com contas hospitalares e exames, em 2017, foram gerados indevidamente – aponta o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Para combater essas más práticas, nos últimos dois anos, a Amil instituiu medidas como o lançamento de canais oficiais de denúncia, a criação de um token de segurança, investimentos em inteligência artificial e Big Data para parametrização de ações suspeitas, além da abertura de processos civis e criminais. BB: Por que a Amil está engajada no combate à obesidade infantil no Brasil? CL: A obesidade infantil já é uma epidemia mundial. Só no Brasil, uma em cada três crianças está acima do peso. E crianças com sobrepeso e obesidade tendem a permanecer obesas na idade adulta, sendo mais propensas a desenvolver diabetes e doenças cardiovasculares. Como operadora de saúde, a Amil abraçou essa causa e decidiu mobilizar a sociedade e tomar a dianteira nessa luta. Queremos alertar a sociedade para os números da doença no País, mostrando que há como reverter esse quadro com a ajuda de toda a família.  “Hoje, 89% dos beneficiários atendidos por médicos de família nas nossas unidades têm seus problemas de saúde solucionados sem necessidade de encaminhamento para especialistas. Isso reduziu em 30% a hospitalização desses pacientes ”

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AMCHAM NEWS

Comitês da AmCham Rio: confira as lideranças e os assuntos prioritários para 2019

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rganizados por setores ou assuntos considerados estratégicos para a agenda de negócios do Rio de Janeiro, os comitês da AmCham Rio atuam como fóruns de discussão e trabalham para desenvolver ações em consonância com os principais pleitos do público empresarial que ele representa e as prioridades da Câmara. O objetivo final dessa combinação é

sempre melhorar o ambiente de negócios, criar oportunidades comerciais e fortalecer o networking. Para 2019, os grupos de trabalho já definiram seu business plan, identificando prioridades e como serão suas articulações. Veja abaixo o perfil e a liderança de cada comitê e saiba quais assuntos são prioritários em suas pautas.

Comitê de Assuntos Jurídicos Líderes: Luiz Claudio Salles Cristofaro (Chediak advogados) e Bruno Tocantins (Tocantins Advogados) Tem como principal objetivo contribuir para a melhoria do ambiente de negócios no Estado do Rio de Janeiro a partir da identificação de temas relevantes, da transmissão de informações e do desenvolvimento de ações referentes a assuntos da área Jurídica ligadas ao capital privado. Business Plan 2019: • Segurança jurídica • Questões trabalhistas • Lei Geral de Proteção de Dados

Subcomitê de Propriedade Intelectual Líder: Fernanda Magalhães (Kasznar Leonardos) Vinculado ao comitê de Assuntos Jurídicos da AmCham Rio, aborda, entre seus principais debates, situações relacionadas a marcas, patentes e transferência de tecnologia. Formado por experientes advogados, também dissemina informações importantes sobre propriedade intelectual nas organizações como vetor de competividade, inovação e segurança jurídica para os setores produtivos. Business Plan 2019: • Indústria criativa • Publicidade e novas mídias • Lei Geral de Proteção de Dados • Protocolo de Madri • PatentProsecutionHighway

Subcomitê Tributário Líder: Gerson Stocco (Gaia, Silva, Gaede & Associados) É parte integrante do comitê de Assuntos Jurídicos e tem como missão promover, de modo transparente, a discussão de temas relevantes para a área tributária, buscando alcançar a simplificação das obrigações acessórias, a estabilidade das relações jurídicas entre fisco e contribuinte, o aprimoramento do sistema jurídico-tributário e a aproximação entre entidades fiscais e contribuintes. Business Plan 2019: • Reforma tributária • Relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos • Incentivos fiscais • Responsabilidades dos administradores por dívidas de empresas • Tributação internacional

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Comitê de Marketing Líderes: Noel De Simone (Savvy Serviços Financeiros) e Dyene Galantini (IHS Markit) Prioriza a troca de informações, a realização de debates, a apresentação de cases e a identificação de novas oportunidades de negócios relacionados a marketing no Rio de Janeiro. Empenha-se em atrair eventos da área, impulsionando a imagem do Estado do Rio de Janeiro como referência no setor. Business Plan 2019: • Métricas, tratamento de dados e growth hacking • LGPD aplicada ao marketing • Transformação digital na prática, seu impacto no marketing e como as empresas estão se preparando • Rebranding

Comitê de Recursos Humanos Líder: Cláudia Danienne Marchi (Degoothi Consulting) Tem por objetivo impulsionar a troca de informações entre associados e profissionais da área de RH, de modo a disseminar melhores práticas nas relações empresariais e evidenciar temas relativos ao setor. O grupo promove reuniões, seminários, debates e palestras. Business Plan 2019: • Novos modelos organizacionais e práticas disruptivas • Employee experience • Diversidade nas empresas Comitê do Setor Elétrico Líderes: Alessandra Amaral (Energisa Comercializadora) e Jorge Alcaide (Wärtsilä) Atua como fórum de discussões sobre o setor de energia no Rio de Janeiro. Debates sobre desafios determinantes da área são promovidos pelos membros do grupo, possibilitando diálogos estratégicos e a idealização de ações que visem o aprimoramento setorial. Business Plan 2019: • Geração distribuída • A relação entre o gás e o setor elétrico • Sustentabilidade aplicada ao setor elétrico Comitê de Sustentabilidade Líder: Eduardo Kantz (Prumo Logística) Tem como objetivo promover a troca de experiências entre o grupo, identificando as diferentes visões e aplicações da sustentabilidade nas organizações, buscando destacar a relevância do tema e a importância de trabalhar para que a responsabilidade socioambiental seja parte essencial das estratégias de negócios das empresas e de políticas públicas. Business Plan 2019: • Inovação e tecnologia em favor de negócios mais sustentáveis • Cidades e mudanças climáticas • Diversidade e inclusão • Responsabilidade social Comitê de Tecnologia e Inovação Líder: Bruno Augusto dos Santos (Algar Telecom) Idealizado com o propósito de criar um ambiente propício para o desenvolvimento de TIC no Rio de Janeiro. O grupo promove discussões em torno dos assuntos em destaque na área, estabelecendo o envolvimento entre as esferas pública e privada, em busca de oportunidades de investimentos em infraestrutura tecnológica.

Business Plan 2019: • Incentivos para inovação (Lei do Porto 21, Lei do Bem e Lei de Inovação) • Lei geral de proteção de dados • Tecnologia para segurança pública • Segurança cibernética Comitê de Turismo e Negócios Líder: Maria Paula Comaru (Hilton Rio de Janeiro) Atua com o objetivo de reunir empresas de distintos setores e ser um espaço voltado à troca de informações, debates, novas oportunidades e ao fomento do desenvolvimento e expansão do turismo e do negócio no Estado do Rio de Janeiro. Business Plan 2019: • Segurança pública • Promoção do Rio de Janeiro • Entraves para realização de grandes eventos Comitê de Saúde Líderes: Gilberto Ururahy (Med-Rio Check-Up) e Thais Jorge (Bradesco Seguros) O Comitê de Saúde tem como principal objetivo contribuir para transformar o Rio de Janeiro em referência para serviços de saúde de excelência no Brasil. O grupo reúne grandes empresas da área de saúde, entre hospitais, seguradoras e indústrias farmacêuticas. Periodicamente, promove debates sobre temas relevantes da área, com o intuito de compor propostas para apresentação a gestores públicos do Estado. Business Plan 2019: • eSocial e seus impactos no segmento de saúde • Inovação e tecnologia na saúde • Medicina preventiva • Lei Geral de Proteção de Dados e suas implicações no setor de saúde Comitê de Petróleo e Gás Líder: Alejandro Duran (BHGE) O Comitê, formado por grandes empresas de E&P e as maiores empresas que compõem a cadeia de fornecedores, reuniu os temas considerados essenciais para estimular o desenvolvimento do setor, atrair novos investidores e, consequentemente, retomar o crescimento econômico. Business Plan 2019: • Pesquisa, desenvolvimento & inovação • Ambiente institucional do gás natural • Licenciamento ambiental

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AMCHAM NEWS

Marketing e inovação: como você está se preparando para dominar as tendências do mercado em 2019? Atualização constante, experiência do cliente e Brand Publishing foram temas do Ideas Exchange e workshop sobre Marketing e Inovação Aléxia Costa

comunicacao@amchamrio.com

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s avanços na área de marketing estão transformando a forma como as organizações se comunicam com seu público e o modo de fazer negócios. Em uma era cada vez mais digital, as empresas precisam buscar e se adaptar a novas ferramentas existentes no mercado. Tendo em vista esse cenário, no dia 21 de fevereiro, especialistas da área e interessados no tema participaram do Ideas Exchange e workshop Marketing e Inovação – o que está por vir? O evento, idealizado pelo comitê de Marketing da AmCham Rio, buscou aprofundar o público sobre as principais tendências da área, além de proporcionar o passo a passo para colocá-las em prática e obter melhores resultados. A abertura e as boas-vindas foram realizadas por Noel De Simone, líder do comitê de Marketing e diretor da AmCham Rio. O evento contou com palestras de grandes speakers como Bruno Mello, fundador e editor-executivo do Mundo do Marketing; Éber Gonçalves, Watson Marketing Leader da IBM Brasil; Paulo Henrique Ferreira, diretor-executivo da Barões Digitais Publishing, e João Vitor Rodrigues, consultor, pesquisador e professor da ESPM. Bruno Mello trouxe uma apresentação sobre a importância da atualização constante para o profissional de marketing, além dos entraves para a mudança de mindset nas organizações. Em seu discurso de abertura, o especialista citou as principais tendências para 2019, entre elas, medição 360º; matemarketing; data driving e relacionamento entre grandes empresas e startups. O especialista buscou engajar o público sobre a necessidade de desenvolver e desenhar uma estratégia a partir da jornada do cliente, otimizando ações e gerando resultados inovadores. “Tudo hoje depende da jornada do cliente, inclusive o sucesso das empresas. Elas devem redesenhar os seus processos de marketing, vendas e serviço de acordo com a jornada dos clientes”, declarou. Para Bruno, a dificuldade das organizações é somente 44_Edição 307_ jan/fev/mar 2019

divulgação amcham rio

Os palestrantes Éber Gonçalves, Watson marketing leader da IBM Brasil; Bruno Mello, fundador e editor executivo do Mundo do Marketing; e João Vitor Rodrigues, consultor, pesquisador e professor da ESPM divulgação amcham rio

Público interessado buscou aprofundar o conhecimento no tema

em dar o primeiro passo. “Há ideias e até estratégias ótimas. O que carece é ação, muitas vezes o problema é não começar, dar o primeiro passo ou terminar um trabalho iniciado”, pontuou. ‘Como melhorar a experiência do cliente com Inteligência Artificial (IA)’ foi o tema da palestra de Éber Gonçalves. Segundo o líder da IBM, o relacionamento com o cliente se modificou durante os últimos anos. Ele destacou as principais características da IA e exemplificou como podem ser utilizadas estrategicamente pelo marketing para fins como mapeamento da audiência correta, personalização em escala e melhora da experiência do cliente. “A relação entre empresas e clientes mudou consideravelmente. Seja no ramo do B2B ou B2C, as

pessoas estão cada vez mais pesquisando sobre os produtos que desejam consumir. Sai na frente quem está focado em ajudar os clientes nesse processo”. O especialista também apresentou dados que comprovam que as pessoas anseiam experimentar flexibilidade, personalização e praticidade através da IA. “Segundo o Gartner, até 2020 os clientes gerenciarão 85% de seu relacionamento com a empresa sem interagir com um humano. Outros estudos apontam que, em 2020, a experiência do cliente vai ultrapassar preço e produto como principais diferenciais”. Após o Ideas Exchange, os participantes foram convidados a assistir a um workshop sobre o tema:

‘Transformando dados em inteligência com Brand Publishing’, ministrado por Paulo Henrique Ferreira, diretor-executivo da Barões Digitais Publishing, que conduziu uma apresentação sobre análise de dados, roadmap e resultados esperados de um projeto de Brand Publishing. O diretor trouxe cases implementados pela Barões em organizações. De acordo com ele, é importante que as empresas iniciem uma mudança de mindset e passem a agir como publishers, buscando o compromisso de entregar um conteúdo relevante e atraente para construir valor e relacionamento com seus leitores. “Brand Publishing é ter um plano de ação, ser curador, produtor e distri-

buidor de conteúdo. Ser um publisher requer atualização constante e promove o aumento do mindshare da sua marca”, afirmou. Durante o encontro, o executivo deixou uma reflexão ao público: “para se tornar um publisher é preciso criar um senso de realidade de que sua preocupação está na performance, no conteúdo, na distribuição e nos resultados, é preciso um framework onde a organização seja percebida como curadora de conteúdo”. Ao final do evento, os participantes puderam conhecer os sete passos para se tornar um publisher consistente, que são: planejamento; plataforma; conteúdo; distribuição; uso de dados; gestão de área e integração.  Edição 307 Brazilian Business_45


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POR DENTRO DA CÂMARA

Novos Sócios

Rio recebe título de primeira Capital Mundial de Arquitetura pela Unesco O Rio de Janeiro foi escolhido pela Unesco como a primeira Capital Mundial da Arquitetura. A cidade será sede do 27º Congresso Mundial de Arquitetos em 2020, promovido pela União Internacional dos Arquitetos (UIA), onde arquitetos e urbanistas estarão reunidos para sugerir temas de mudanças para o Rio, tais como planejamento urbano, cultura, mobilidade, obras públicas e construção de uma cidade mais inclusiva. O presidente do Instituto de Arquitetos Brasileiros, Nivaldo Andrade, declarou que a cidade é uma referência arquitetônica por abrigar obras de Oscar Niemeyer, Roberto Burle Marx e Lúcio Costa.

Pesquisa da McKinsey revela os principais temas para os CEOs em 2019

Um estudo, promovido pelo Conselho Global de Clientes da McKinsey, ouviu cerca de 200 CEOs com o objetivo de entender suas principais preocupações. O documento aponta que o crescimento mundial aumentou as expectativas dos Conselhos, gerando a necessidade de rápida atuação quanto aos principais entraves. Os líderes elencaram como temas prioritários: velocidade nas transformações e realocação de capital; maior ênfase no crescimento; luta por talentos qualificados; eficiência operacional; aumento de ativismo e mercado de capitais focado nas transformações de longo prazo; equilíbrio entre a agenda social e a de negócios; implicações geopolíticas e regulatórias globais em todos os negócios.

IBM anuncia centro de pesquisa em Inteligência Artificial no Brasil

A IBM, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), anunciou a criação de um centro de pesquisa em Inteligência Artificial no País. Por cerca de 10 anos, o laboratório receberá investimento de US$ 20 bilhões, dos quais 50% serão da IBM e da Fapesp e o restante de universidades parceiras. O projeto reunirá conhecimentos de cientistas, professores e estudantes, e o objetivo é colaborar com o avanço científico a partir de um sistema de inovação aberto, possibilitando o desenvolvimento de áreas como a de meio ambiente, agronegócio, finanças e saúde.

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FMI prevê crescimento para economia brasileira

O Fundo Monetário Internacional (FMI) projetou o aumento de 2,5% para a economia brasileira em 2019, dado relativamente positivo comparado às sucessivas rebaixas dos últimos anos. De acordo com o Panorama Econômico Mundial, o crescimento global será de 3,5% este ano e de 3,6%, em 2020. O FMI prevê uma retomada gradual da economia brasileira.

Nível maior de escolaridade da população brasileira eleva renda média em 12%

Um estudo realizado pelo Banco Central (BC) mostra que o aumento da escolaridade da população brasileira fez crescer a parcela de trabalhadores com mais anos de estudo no mercado de trabalho, elevando a renda média para 12%. No período de 1992 a 2018, subiu de 5,8 para 9,9 a média de anos de estudo da população brasileira. Os indicadores também mostram um aumento de 15% em 2012 para 20,1% em 2018, da taxa da população que tem ensino superior completo, e 35,6% para 39,3% da população somente com ensino médio, enquanto o fundamental completo caiu de 17,2% para 14,7%.

White Martins é premiada por iniciativa de desenvolvimento do Rio

A White Martins foi reconhecida pelo Prêmio Faz Diferença, promovido pelo jornal O Globo em parceria com a Firjan. A companhia modernizou sua unidade em Duque de Caxias e está construindo um laboratório de gases para soldagem. Buscando ampliar seus investimentos no Rio de Janeiro, a empresa está dedicada em produzir utilizando Inteligência Artificial e Internet das Coisas com foco para automação industrial, logística e eficiência operacional. Para 2019, a White Martins pretende implementar novo sistema, adquirido na Alemanha, para aumentar a eficácia de seus serviços com gases na forma líquida para cerca de 4,5 mil clientes em todo o Brasil.

AGGREKO BRASIL Ângela del Pino – Gerente Regional de Vendas Ladeira da Glória, 26 – Bloco 3 – Estúdio 234 – Glória 22211-120 – Rio de Janeiro, RJ +55 (21) 9 9527 3471 angela.delpino@aggreko.com.br www.aggreko.com.br

ALVAREZ & MARSAL Rodrigo Osegueda Mattos – Managing Director Rua da Quitanda, nº 59 – 2º andar 20011-030 – Rio de Janeiro, RJ +55 (11) 5506-4059 rmattos@alvarezandmarsal.com www.alvarezandmarsal.com

BR INNOVA Gabriel Filistoffa de Campos – CEO Av. Vice Presidente José Alencar, 1500 – Bloco 6 602 – Jacarepaguá 22775-033 – Rio de Janeiro, RJ +55 (21) 97168-8831 gabriel.campos@brinnova.com.br www.brasun.com


QUEM SOMOS COMITÊ EXECUTIVO

DIRETORES

PRESIDENTE Pedro Paulo Pereira de Almeida_Sócio-Diretor, Grupo Case Benefícios e Seguros

Alejandro Duran_Brazil Country Manager, BHGE

1º. VICE-PRESIDENTE Robson Barreto_Sócio, Veirano Advogados 2º. VICE-PRESIDENTE Luiz Fernando Bertoncello_Vice-Presidente Sênior de Operações e COO, Prudential do Brasil DIRETOR-SECRETÁRIO João César Lima_Co-CEO, Grupo Case Benefícios e Seguros DIRETOR FINANCEIRO Carlos Affonso S. d’Albuquerque_CEO, Valid CONSELHEIRO JURÍDICO Julian Chediak_Sócio, Chediak Advogados EX-PRESIDENTES Rafael Sampaio da Motta; Roberto Ramos; Henrique Rzezinski

PRESIDENTES DE HONRA

Alexandre de Botton_Sócio-Diretor, Korn Ferry Antonio Carlos Worms Till_Presidente, Vita Check-up Center Bruno Tocantins_Sócio, Tocantins Advogados Carlos Affonso S. d’Albuquerque_CEO, VALID

DIRETORES EX-OFÍCIO Andres Cristian Nacht | Carlos Augusto C. Salles | Gabriella lcaza | Gilberto Duarte Prado Gilson Freitas de Souza | Henrique Rzezinski Ivan Ferreira Garcia | João César Lima |

Joel Korn | José Luiz Silveira Miranda | Luiz Carlos Eduardo Caruso Ferreira_CEO, Sisu Venture Partners Fernando Teixeira Pinto | Peter Dirk Siemsen Carlos Francisco Picini_Diretor Executivo, | Rafael Sampaio da Motta | Roberto Prisco Bradesco Seguros Carlos Otavio Quintella_Diretor Executivo do Centro Paraíso Ramos | Robson Goulart Barreto | de Estudos de Energia, FGV Energia Fernanda Leitão_Tabeliã, 15º Ofício de Notas Fernando Bomfiglio_Diretor de Relações Institucionais, Souza Cruz

Ronaldo Camargo Veirano | Rubens Branco da Silva | Sidney Levy

Gerson Stocco_Sócio, Gaia Silva Gaede Advogados Gilberto Ururahy_Diretor-Médico, Med-Rio Check-Up

DIRETORIA AMCHAM ESPÍRITO

Italo Mazzoni_Presidente, Instituto Brasil-Estados Unidos (IBEU)

SANTO

P. Michael McKinley_Embaixador dos EUA no Brasil

João César Lima_Co-CEO, Grupo Case Benefícios e Seguros

PRESIDENTE

LIDERANÇAS DE COMITÊS

José Firmo_Vice-Presidente Sênior, Seadrill

Assuntos Jurídicos – Luiz Claudio Salles Cristofaro_Sócio, Chediak Advogados e Bruno Tocantins_Sócio, Tocantins Advogados

José Magela Bernardes_Diretor-Presidente, Prumo Logística

Sergio Amaral_Embaixador do Brasil nos EUA

Propriedade Intelectual– Fernanda Magalhães_Sócia, Kasznar Leonardos Propriedade Intelectual Tributário – Gerson Stocco_Sócio, Gaia Silva Gaede Advogados Marketing – Noel De Simone_Sócio, Savvy Serviços Financeiros e Dyene Galantini_ Global Marketing Programs Director, IHS Markit

Julian Chediak_Sócio, Chediak Advogados

Otacílio José Coser Filho_Membro do Conselho de Administração, Coimex Empreendimentos e Participações Ltda.

Luiz Fernando Bertoncello_Vice-Presidente Sênior de Operações e COO, Prudential do Brasil

DIRETORES

Luiz Ildefonso Simões Lopes_Senior Managing Partner, Brookfield Brasil

Bruno Moreira Giestas_Diretor de Marketing,

Manuel Domingues e Pinho_Presidente, Domingues e Pinho Contadores - DPC

Realcafé Solúvel do Brasil S/A

Manuel Fernandes_Sócio, KPMG

Carlos Fernando Lindenberg Neto_Diretor,

Petróleo e Gás – Alejandro Duran_Brazil Country Manager, BHGE

Maria Paula Comaru_Diretora de Vendas e Marketing, Hilton Copacabana e Barra

Rede Gazeta

Recursos Humanos – Cláudia Danienne Marchi_ CHRO&Partner, Degoothi Consulting

Mariano L. Vela_Presidente, Chevron Brasil

Saúde – Gilberto Ururahy_Diretor-Médico, Med-Rio Check-Up e Thais Jorge_Diretora de Rede Referenciada, Bradesco Seguros Setor Elétrico – Alessandra Amaral_DiretoraPresidente, Energisa Comercializadora e Jorge Alcaide_Diretor Regional, Wärtsilä Seguros, Resseguros e Previdência Sustentabilidade– Eduardo Kantz_ Diretor de Sustentabilidade & Jurídico, Prumo Logística Tecnologia e Inovação – Bruno Augusto dos Santos_Coordenador Regional Rio de Janeiro, Algar Telecom Turismo e Negócios – Maria Paula Comaru_ Diretora de Vendas e Marketing, Hilton Iniciativas Grupo de Estudos de Licenciamento Ambiental – Luiz Gustavo Bezerra_Sócio, Mattos Filho Advogados Indústria Criativa e Cultura – Steve Solot_ Presidente, Latin American Training Center – LATC Relações Governamentais – João César Lima_ Co-CEO, Grupo Case Benefícios e Seguros

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Mauricio J. Vianna e Silva_CEO, MJV Technology & Innovation

um escritório único um único escritório

Márcio Brotto Barros_Presidente, Bergi Advocacia

Noel De Simone_Sócio, Savvy Serviços Financeiros Patrício Marques Roche_Sócio, PwC

Maria Alice Paoliello Lindenberg_Relações

Pedro Paulo Pereira de Almeida_Sócio-Diretor, Grupo Case Benefícios e Seguros

Governamentais, Rede Gazeta

Roberto Blyth_Líder, Citibank

Rodrigo Loureiro Martins_Advogado, Sócio

Roberto Lopes Pontes Simões_CEO, Ocyan S.A Robson Goulart Barreto_Sócio, Veirano Advogados Solange Zaquem_Diretora Comercial, SulAmérica Seguros Steve Solot_Presidente & CEO, Latin American Training Center – LATC

Principal, Advocacia Rodrigo Loureiro Martins Victor Affonso Biasutti Pignaton_Diretor, Centro Educacional Leonardo da Vinci

LINHA DIRETA COM A AMCHAM RIO

Administração e Finanças: Liliane Ponte (21) 3213-9212 | liliane@amchamrio.com Comitês e Eventos: Myllena Fernandes (21) 3213-9235 ou Nathannie Gomes (21) 3213-9234 | comites@amchamrio.com Comunicação: Juliana Botelho (21) 3213-9230 | julianabotelho@amchamrio.com Novos Negócios: Felipe Tavares (21) 3213-9294 | felipetavares@amchamrio.com Relacionamento: Giuliana Sirena (21) 3213-9227 | giulianasirena@amchamrio.com

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Diretor Executivo: Luiz Fernando Mello Leitão (27) 99972-5933 | leitao@amchames.com

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Direito Administrativo, Regulação e Infraestrutura

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