Brazilian Business 302

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Segurança pública - Instituições buscam soluções para o Rio

REVISTA DA CÂMARA DE COMÉRCIO AMERICANA DO RIO DE JANEIRO DESDE 1921 Nº302 OUT/NOV/DEZ 2017

PERSPECTIVAS

2018 Reformas, recuperação de consumo e investimentos serão decisivos para a economia deslanchar

People Connections Em debate, cultura e diversidade nas empresas

Brazil Energy and Power Conferência discute rumos do setor energético


artplan

P R O VA R A C O M I D A C O M

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2_Edição 287_jul/ago 2014


EDITORIAL

SUMÁRIO

O

Brasil volta a atrair investimentos após dois anos de recessão, e as expectativas agora são em torno de 2018, quando o País passará novamente pelo teste das urnas. As perspectivas positivas para o ano que vem estão relacionadas com a aprovação de reformas econômicas no Congresso e a recuperação do consumo, afirmam especialistas na matéria de CAPA desta edição, assinada por Chico Santos.

Comunicação AmCham Rio Allan Rabelo, Vanessa Barros e Veriza Duca Edição Nau Comunicação Jornalistas responsáveis Cristina Alves MTB 19.683

Na Carta do Presidente, Pedro Almeida fala do êxito dos eventos realizados pela Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio), como a terceira edição do People Connections; o Brazil Energy and Power – BEP, que reuniu as principais lideranças do setor; e o 13º Prêmio Brasil Ambiental – PBA. Ele revela também os planos da atual diretoria para o ano que vem.

MARCELO CORTEZ

Natanael Damasceno aborda os desafios enfrentados pela indústria de óleo e gás e de energia elétrica no País, em reportagem sobre a 13ª edição do BEP, realizado, pela primeira vez, em parceria com a Fundação Getulio Vargas FGV. Na cobertura do People Connections, Cecilia Barroso mostra como a diversidade está ganhando espaço dentro das empresas, com novos modelos de gestão de pessoas.

Regina Eleutério MTB 17.858

06 CARTA DO PRESIDENTE

24 BEP

Pedro Almeida faz um balanço das realizações da AmCham Rio em 2017 e anuncia as prioridades para o ano que se inicia

A retomada dos investimentos em óleo e gás e energia elétrica e o novo marco regulatório foram temas da conferência, em parceria com a FGV

Em Conexão Global, o cônsul-geral dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, James Story, aponta as vantagens que a adoção da política de céus abertos pode trazer para o turismo no Brasil e na cidade do Rio. Em entrevista, o presidente da Embratur, Vinícius Lummertz, fala sobre os desafios para atrair mais turistas ao País, movimentando a economia.

08 PEOPLE CONNECTIONS

30 ENTREVISTA

O médico Gilberto Ururahy, da Med-Rio e presidente do Comitê de Saúde da AmCham Rio, também foi entrevistado pela Brazilian Business e afirma que o estilo de vida inadequado está diretamente relacionado a 73% das mortes no mundo.

12 PRÊMIO BRASIL AMBIENTAL

Em Foco, mostramos como os investimentos da Eneva no Complexo do Parnaíba estão transformando o Estado do Maranhão em um dos maiores produtores de gás natural do Brasil. Na seção Perfil, entrevistamos o executivo Fabio Camargo, que fala dos 20 anos da Delta Air Lines no Brasil e de como a companhia cultiva a fidelidade dos clientes. Os resultados dos debates promovidos sobre segurança pública, avanços da Operação Lava Jato e reforma trabalhista são apresentados em Amcham News. A todos, ótima leitura e feliz ano novo!

amchamrio.com + CONTEÚDO 13º Prêmio Brasil Ambiental. Confira a cobertura completa. http://bit.ly/ premiobrasilambiental Reforma trabalhista permite redução de custos e segurança jurídica. http://bit.ly/ reformadebate

Mercado de trabalho se adapta ao aumento da expectativa de vida do brasileiro. http://bit.ly/impactoslongevidade

Terceira edição do evento abordou diversidade nas companhias e novos modelos de gestão e liderança

32 CONEXÃO GLOBAL

Câmara premia as empresas com melhores práticas em sustentabilidade na 13ª edição do PBA

14 ENTREVISTA Vinícius Lummertz, da Embratur, defende parcerias com o setor privado para estimular o turismo no Brasil

18 CAPA

Reformas econômicas e recuperação do consumo definirão os rumos do País em 2018, ano de eleições

Gilberto Ururahy, da Med-Rio, fala da importância da medicina preventiva e do estilo de vida saudável

O cônsul-geral dos EUA no Rio, James Story, fala dos benefícios que a política de céus abertos pode trazer para o Brasil e a cidade

34 PERFIL

Delta completa 20 anos de atuação no Brasil com foco no cliente e nos colaboradores

contato@naucomunicacao.com

Colaboraram nesta edição: Fabio Matxado (edição de arte), Bianca Gens e Marcelo Cortez (foto), Luciana Maria Sanches (revisão), Cecília Barroso, Chico Santos, Natanael Damasceno e Yasmin Pires (texto) Os artigos assinados são de total responsabilidade dos autores, não representando, necessariamente, a opinião dos editores e a da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro

Publicidade Felipe Tavares felipetavares@amchamrio.com

A tiragem desta edição da Brazilian Business é de 2 mil exemplares Impressão: Walprint Uma publicação da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro

36 AMCHAM NEWS

AmCham Rio promove debates sobre segurança pública, Lava Jato e reforma trabalhista

Correção: diferentemente do que foi publicado na edição 300, na página 9, a proposta de eliminação de tarifas comerciais entre Brasil e Estados Unidos, em parceria com CNI e U.S. Chamber of Commerce, foi da Amcham Brasil e não da AmCham Rio.

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Confira as fotos do 13º Brazil Energy and Power e VII Fórum Nacional de Energia. http://bit.ly/seminarioe13BEP

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AmCham Rio reúne associados em Networking Coffee na Barra. http://bit.ly/coffeenet

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Mudanças no Repetro impactam contabilidade de empresas. http://bit.ly/repetrocurso

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CARTA DO PRESIDENTE

PEDRO ALMEIDA, PRESIDENTE DA CÂMARA DE COMÉRCIO AMERICANA DO RIO DE JANEIRO

O tom da próxima década

C

hegando ao fim de 2017, podemos afirmar que este foi um ano de muitas realizações para a Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio). De acordo com a agenda de prioridades definida pelos comitês, promovemos importantes eventos, estimulando o debate sobre temas cruciais para o País neste momento.

DIVULGAÇÃO

Na área de petróleo e gás, realizamos o Brazil Energy and Power – BEP, pela primeira vez em parceria com a Fundação Getulio Vargas – FGV, em dois dias de debates, com a presença das principais lideranças do setor. O tema segurança jurídica, outra prioridade, foi debatido sob diversos ângulos, incluindo um encontro sobre reforma trabalhista e outro, sobre os rumos da Operação Lava Jato. No setor de turismo, a AmCham Rio desenhou uma parceria com a Riotur e o Rio Convention & Visitors Bureau – Rio CVB, a fim de promover o potencial do Estado e da cidade nessa área. Estamos fechando o ano com a realização do 13º Prêmio Brasil Ambiental – PBA e também com um debate sobre segurança pública – tema em que a AmCham Rio está engajada e que, ao longo de 2018, será tratado de forma ainda mais abrangente. Em todas as nossas ações, o foco nas pessoas é preocupação constante. Isso ficou claro na terceira edição do People Connections, com debates sobre promoção do bem-estar no ambiente de trabalho e uma reflexão sobre como garantir a diversidade nas empresas, fazendo com que cada um contribua com o seu melhor. O evento teve repercussão tão grande que ganhará ainda mais relevância no ano que vem: estamos trabalhando na melhor maneira de valorizar companhias que contribuem com projetos significativos na área de RH, pois o maior valor que podemos ter são pessoas e o conhecimento que trazem. Além do PBA – que este ano teve uma conferência sobre meio ambiente – e do tema de tecnologia e inovações, o BEP terá destaque na nossa pauta de 2018. Os leilões de petróleo e gás foram um sucesso, o que aumentará a demanda por debates em torno do aperfeiçoamento do ambiente regulatório no País. O mesmo se dará na área de energia, com a desregulamentação e novos projetos a serem executados. Por isso, daremos prioridade à agenda positiva de energia para o Rio. Em relação à segurança pública, elaboramos uma pauta com sete temas prioritários, a serem defendidos com os governos municipal, estadual e federal. Esses pleitos e recomendações foram discutidos com parceiros importantes, como outras câmaras de comércio, Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – Firjan, Rio Negócios e Rio CVB. Estamos convencidos de que o ano de 2018 dará o tom da próxima década. Teremos eleições em um ambiente político transformado, e é fundamental fazer as escolhas certas. Só assim, tudo o que tem acontecido no País será um aprendizado válido para o futuro. A AmCham Rio estará muito ativa, representando pleitos de empresas associadas para os possíveis candidatos, para que incluam em pautas e ações futuras os anseios da sociedade civil. As escolhas certas serão fundamentais para o País. Feliz 2018! 

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EVENTO Luís Fernando Magrin e Keuri Gianetti, da American Airlines; Aline Klein, do Great Place To Work; e o estilista Carlos Tufvesson

Ambiente que faz a diferença

People Connections discute novos modelos de gestão

comunicacao@amchamrio.com

D

iferentes estilos de liderança, respeito à diversidade, engajamento e desafios da gestão de recursos humanos nas empresas estiveram entre os temas da terceira edição do People Connections, promovida pela Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio), em 29 de setembro. O evento foi apresentado pelo UnitedHealth Group e teve patrocínio da Prudential. A edição deste ano reuniu cerca de 120 pessoas no hotel Vila Galé, na Lapa, e teve por objetivo mostrar como as empresas estão lidando com o atual cenário de mudanças, a quebra de paradigmas e a geração de novos conhecimentos. Segundo Claudia Danienne Marchi, presidente do Comitê de Recursos Humanos da AmCham Rio, o People Connections é um misto de seminário e networking. “É um grande desafio reunir nomes de grande relevância intelectual, ligados às práticas organizacionais, para um público formador de opinião”, explica.

"TEMOS 18 COMITÊS, FORMADOS POR FUNCIONÁRIOS DO MUNDO TODO, QUE DISCUTEM E PROMOVEM A DIVERSIDADE NA COMPANHIA" KEURI GIANETTI, DA AMERICAN AIRLINES

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A executiva conta que a Reserva estimula o empreendedorismo de vendedores, caixas e pessoal do estoque. “Anualmente, temos uma premiação em que realizamos sonhos dos funcionários. Cada um indica três sonhos possíveis. Os gestores só podem indicar pessoas de outros departamentos, de modo a democratizar e dar transparência à escolha de quem terá seu sonho concretizado.” >

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Cecília Barroso

Na palestra “A mente humana em contextos profissionais: contribuições das neurociências”, o sócio-diretor da NeuroVox e pesquisador do Laboratório Interdisciplinar de Neurociências Clínicas, da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, Pedro Calabrez, destacou que existem dois tipos de liderança nas empresas: a dissonante e a ressonante. “A primeira faz uso do autoritarismo e da distância emocional, ou seja, é uma gestão que se dá por meio do medo e é pouco voltada às relações interpessoais, em uma postura eminentemente racional. Já a segunda tem mais inteligência emocional, criatividade e privilegia o engajamento e a colaboração”, disse. Calabrez destacou que a maioria das empresas, ao contratar, prefere talento a esforço, quando, na verdade, não existe um sem o outro. “Está comprovado que as habilidades aumentam mediante o esforço. E talento sem esforço é desperdício. Garra nada mais é do que paixão e perseverança, é a busca consistente pelo melhor”, comentou o pesquisador. Para ele, o grande problema está no excesso de possibilidades, que provoca um caos no cérebro. “Muitas opções acabam tirando o foco do que realmente importa. As pessoas têm grandes objetivos, mas não sabem como chegar lá. Por isso, é preciso se encantar e reencantar com suas metas para torná-las realidade”, observou, acrescentando que as novas gerações buscam um propósito que as permita perceber que fazem parte de algo maior.

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Terceira edição do evento abordou diversidade, estilos de liderança e estratégias em cenário de mudanças

Simone Grossmann, da OLX; Luciana Rosas, da Reserva; e Guilherme Brandão, sócio da 2Get

FOTOS MARCELO CORTEZ

No painel “Cultura: caminhos para construir o novo”, a diretora de Recursos Humanos da OLX, Simone Grossmann, falou da importância de um ambiente integrado, inovador e que leve os funcionários a entender e vivenciar os valores e o propósito da empresa. A OLX tem 530 empregados. “Investimos em um ambiente leve, bem-humorado, que respeita a diversidade e estimula criatividade, inovação e colaboração. Em qualquer empresa, são necessárias conexão e sinergia entre workplace e cultura, uma alimenta a outra”, explicou. Segundo Simone, além do ambiente, o papel da liderança, o envolvimento dos funcionários e a comunicação são importantes fatores para manter a cultura da empresa viva. “Culturas são diferentes. Cada companhia tem que buscar sua identidade e entender o que o cliente ou usuário quer. Toda empresa é feita de gente, e isso jamais pode ser esquecido”, enfatizou. O painel teve participação de Guilherme Brandão, sócio da 2Get, e da diretora de Marketing da Reserva, Luciana Rosas. Segundo ela, a organização é uma marca de pessoas que vendem roupas, e não o contrário. “Investimos no ambiente das lojas, que funcionam como ponto de encontro, buscando aprimorar a relação com o cliente. A estratégia é viver nosso propósito todos os dias, e a venda acontece em consequência dessa postura”, disse.

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Pedro Calabrez, sócio-diretor da NeuroVox e pesquisador da Unifesp

Luís Fernando Magrin, analista de Vendas Corporativas da American Airlines

Jorge Forbes, psiquiatra e um dos criadores da série Terradois, na TV cultura

O painel teve ainda a participação de Beatriz Bottesi, diretora de Marketing da Coca-Cola Brasil e vice-presidente do Comitê de Marketing da AmCham Rio. Segundo ela, é difícil mudar a cultura de uma multinacional tradicional, mas é possível evoluir nessa cultura, conforme o momento histórico do país. “A Coca-Cola tem 135 anos no mundo e 75 no Brasil, não dá para jogar isso fora. O grande desafio é saber como evoluir a forma de agir para ser, a cada dia, uma empresa melhor”, ressaltou.

O painel “Inclusão: diversidade de verdade” abordou o avanço da diversidade no mercado de trabalho e a importância de apoiar o tema nas empresas. Teve presença de Carlos Tufvesson, estilista e militante de direitos civis e humanos; Luís Fernando Magrin, analista de Vendas Corporativas da American Airlines; e Keuri Gianetti, International Human Resources business partner da companhia aérea norte-americana.

Liderança para o futuro

Respeito à diversidade

Beatriz explicou que a Coca-Cola criou, recentemente, um Comitê de Liderança Para o Futuro, com objetivo de identificar os próximos líderes. “Trata-se de um comitê multidisciplinar, e não de RH, formado por voluntários engajados com a causa e que investem tempo pessoal na transformação da cultura interna da companhia, de forma a construir a Coca-Cola do futuro”, comentou, ressaltando que a empresa busca pessoas com pensamentos diversos, que questionem e tornem a organização cada vez mais inovadora. O psiquiatra e psicanalista Jorge Forbes participou do stand-up talk “Profissionais incompletos e suas relações com o trabalho em Terra 2”. Ao traçar as diferenças entre líder moderno e pós-moderno, explicou que o primeiro é hierárquico e vertical, enquanto o segundo compartilha e é horizontal. “O líder moderno controla, dirige, vale-se da razão asséptica, acredita que o cliente é rei, está atento ao principal, estimula eficiência e busca o lucro. Já o pós-moderno inspira, entusiasma, vale-se da razão sensível, enxerga o cliente como cidadão, é conectado ao geral, estimula a diversidade e associa o lucro à construção de um mundo melhor”, afirmou. "É UM GRANDE DESAFIO REUNIR NOMES DE GRANDE RELEVÂNCIA INTELECTUAL, LIGADOS ÀS PRÁTICAS ORGANIZACIONAIS, PARA UM PÚBLICO FORMADOR DE OPINIÃO" CLAUDIA DANIENNE, PRESIDENTE DO COMITÊ DE RECURSOS HUMANOS DA AMCHAM RIO

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Tufvesson lamentou o crescimento da intolerância às diferenças no País. “A Constituição diz que a lei é igual para todos, que o estado de direito é pleno quando todos têm os mesmos deveres e direitos. É preciso tratar como iguais os diferentes”, afirmou. Segundo ele, as empresas têm que aceitar, entender e criar mecanismos e ambiente propício para lidar melhor com a diversidade. “Vale a pena estimular o engajamento dos funcionários na busca de um mundo melhor, que respeite a individualidade e exercite a solidariedade, característica natural do ser humano.” Com 91 anos de aviação comercial e presente há 27 anos no Brasil, a American Airlines realiza anualmente o World Diversity Day (Dia Mundial da Diversidade), concurso que premia a imagem que melhor representa a diversidade, em 20 de maio. “Todos os escritórios entram no clima. Além disso, temos 18 comitês, formados por funcionários do mundo todo, que discutem e promovem a diversidade na companhia. É importante ser uma empresa que respeita o seu jeito de ser e entende que orientação sexual e de gênero não afetam a produtividade”, ressaltou Keuri. Magrin contou que o clima inclusivo da American Airlines contribuiu para a criação de sua personagem, Mama Darling, que participa de eventos da empresa e alegra o Carnaval de São Paulo. “Sinto-me à vontade na companhia para ser quem sou. Tanto que estou lá há anos. É fundamental que as empresas desenvolvam políticas globais de acolhimento ao público LGBT e que melhorem o engajamento e a produtividade dos funcionários”, concluiu. ★

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Beatriz Bottesi, diretora de Marketing da Coca-Cola Brasil

FOTOS MARCELO CORTEZ

EVENTO


Robson Barreto, vice-presidente da AmCham Rio; José Roberto de Souza, da United Airlines; Thais Soares, da Energia Sustentável do Brasil; José Lourival Magri, da Engie Brasil Energia; Elizabeth Teles, da Eneva; e João Eustáquio Nacif Xavier, do Ibama

Caminhos possíveis para o futuro do Rio Na 13ª edição, Prêmio Brasil Ambiental leva ao Palácio Itamaraty conferência sobre sustentabilidade Natanael Damasceno

comunicacao@amchamrio.com

O

valor econômico do crescimento com sustentabilidade, a importância da Baía de Guanabara para o Rio de Janeiro e a construção da sua marca, a questão da destinação correta dos destinos sólidos e o papel da agricultura familiar no abastecimento das cidades. Esses temas, fundamentais para discutir o futuro do Rio, estiveram em pauta na cerimônia de entrega da 13ª edição do Prêmio Brasil Ambiental – PBA, iniciativa da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio) para reconhecer e incentivar ações do setor privado na preservação do meio ambiente. Realizado desde 2005, o evento teve, este ano, a 1ª Conferência de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Patrocinada pela Ecology Brasil e pelo Instituto Souza Cruz, a premiação ocorreu no dia 30 de novembro, no Palácio Itamaraty, no Centro. Renata Chagas, presidente do Comitê de Sustentabilidade da AmCham Rio, responsável pela organização do evento, explicou que o objetivo era contrapor as iniciativas de empresas e do poder público, enriquecendo o debate e contribuindo para o surgimento de parcerias. Além disso, ela chamou a atenção para o caráter inspirador do PBA. “A ideia é disseminar o conhecimento e compartilhar boas práticas, para que elas inspirem pessoas e empresas. Por esse motivo, criamos, este ano, uma nova categoria, Empreendedorismo Sustentável, voltada para pequenas empresas e startups. Queríamos dar voz a esses empreendedores que fazem muita diferença no esforço pela sustentabilidade”, afirmou Renata. Ao todo, 27 projetos foram inscritos nas categorias Ecossistemas, Inovação, Emissões Atmosféricas, Responsabilidade Socioambiental e Empreendedorismo Sustentável. Ao longo dos últimos anos, o PBA reconheceu mais de 60 iniciativas realizadas por empresas, instituições de pesquisas e entidades sem fins lucrativos, sempre associadas a uma ação corporativa. Vice-presidente da AmCham Rio, Robson Barreto destacou não só a importância do prêmio, como a pertinência da conferência e dos temos abordados nela. “Existem muitos prêmios ambientais, mas nenhum tão ligado ao Rio, com o foco nos problemas e desafios que enfrentamos aqui, como é o caso da Baía de Guanabara.”

“A IDEIA É DISSEMINAR O CONHECIMENTO E COMPARTILHAR BOAS PRÁTICAS, PARA QUE ELAS INSPIREM PESSOAS E EMPRESAS” RENATA CHAGAS, PRESIDENTE DO COMITÊ DE SUSTENTABILIDADE DA AMCHAM RIO

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Barreto abriu a conferência convidando o diretor do documentário Baía Urbana, Ricardo Gomes, a falar da necessidade de se preservar a biodiversidade da Baía de Guanabara. Em seguida, Sérgio Besserman Vianna, presidente do Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Flávia Beatriz Carloni, coordenadora de Sustentabilidade e Resiliência da Prefeitura do Rio, e Leonardo Marques da Cruz, sócio-diretor da ProOceano, falaram sobre a importância da discussão da sustentabilidade para a Baía de Guanabara e o futuro da cidade em um painel moderado por Alfredo Tolmasquim, diretor de conteúdo do Museu do Amanhã. “O Rio é dono de uma marca única, um ativo intangível que é o que temos de mais valioso. A despeito de toda a besteira que já fizemos, se não encontrarmos soluções para o futuro, essa marca será destruída e a cidade perderá em competitividade e soft power. Trata-se, portanto, de uma escolha definitiva do grau de competitividade que a cidade quer ter”, alertou Besserman. Aline Almeida, do Instituto Souza Cruz, apresentou os programas da empresa para incentivar a agricultura familiar. Além dela, discorreram sobre o tema Sebastião Rezende, secretário executivo estadual do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar, e Danielle Barros, delegada federal da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário. Ambos falaram sobre a importância da agricultura familiar para o abastecimento das cidades e deram um panorama do que tem sido feito para incentivar essa modalidade de produção no Estado. "Não dá para pensar em sustentabilidade sem pensar nos pequenos agricultores", afirmou Danielle. Por fim, João Gianesi Netto, presidente da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública, José Henrique Penido, técnico da Comlurb, e Letícia Feire, engenheira ambiental do Rock in Rio falaram sobre a importância da gestão de resíduos sólidos e fizeram um balanço dos sete anos da legislação que aborda o tema em um painel moderado por Yara Valverde, gerente da área de Cidades Sustentáveis da Conservação Internacional. O evento teve ainda a presença do secretário municipal de Meio Ambiente e Conservação do Rio, Jorge Felippe Neto; do presidente da Comlurb, Rubens Teixeira; e dos convidados especiais Hugo Bethlem, diretor-geral do Instituto Capitalismo Consciente Brasil; e de João Eustáquio Nacif Xavier, superintendente do Ibama no Rio de Janeiro. ★

MARCELO CORTEZ

PBA

CONHEÇA OS PROJETOS VENCEDORES POR CATEGORIA: ECOSSISTEMAS Engie Brasil Energia S. A. "Conservação de espécies endêmicas de ictiofauna no Rio Iguaçu"

EMISSÕES ATMOSFÉRICAS United Airlines "Programa de lavagem de motores aeronáuticos da United Airlines Brasil"

EMPREENDEDORISMO SUSTENTÁVEL Eco Panplas Indústria e Comércio de Plásticos Ltda. "Uma solução sustentável para a reciclagem de embalagens plásticas contaminadas”

INOVAÇÃO Energia Sustentável do Brasil S. A. “Biomarcadores de toxicidade do mercúrio aplicados ao setor hidrelétrico da Amazônia”

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL Eneva S. A. "Projeto de realocação da Vila Canaã: modelo de produção agroecológica"


“Continuamos a patinar, enquanto países vizinhos avançam”

EMBRATUR

ENTREVISTA

Presidente da Embratur defende transformação da autarquia em serviço social autônomo para alavancar turismo

Regina Eleutério

comunicacao@amchamrio.com

D

ono de imenso potencial turístico, o Brasil está longe dos principais destinos internacionais. No ano em que sediou os Jogos Olímpicos, atraiu apenas 6,6 milhões de turistas estrangeiros, não muito distante dos 5,7 milhões que visitaram a Argentina em 2015. O presidente da Embratur, Vinícius Lummertz, não tem dúvida em apontar a falta de recursos como o maior desafio para a divulgação no exterior. “Em 2016, o orçamento não passou de 20% do total destinado há sete anos”, diz, ressaltando que o País está na contramão dos vizinhos, que investem cada vez mais em promoção. A solução, segundo ele, é transformar a autarquia em serviço social autônomo, o que permitiria parcerias com a iniciativa privada. A proposta está em análise no Congresso Nacional. Lummertz afirma que a meta da nova Embratur, até 2022, é atrair, anualmente, 12 milhões de turistas estrangeiros, que deverão injetar US$ 19 bilhões na economia brasileira. Outra aposta, em âmbito estadual, é o calendário Rio de Janeiro a Janeiro, com grandes eventos ao longo do ano e potencial para gerar R$ 6 bilhões para a economia em 2018. 14_Edição 302_out/nov/dez 2017

Brazilian Business: O Brasil recebeu 6,6 milhões de turistas em 2016, ano em que o Rio de Janeiro sediou a Olimpíada. Apesar do imenso potencial turístico, o País ainda está longe dos principais destinos mundiais – como a França, com 84,5 milhões de visitantes em 2015 – e bem próximo da Argentina, que recebeu 5,7 milhões de turistas em 2015. O que falta para o Brasil melhorar a posição no ranking mundial? Quais os maiores desafios? Vinícius Lummertz: Com a missão de promover internacionalmente

a imagem do Brasil, a Embratur tem uma única fonte de recursos, o Orçamento da União, que vem sofrendo cortes e contingenciamentos. Em 2016, o valor não passou de 20% do total que era destinado há sete anos. Enquanto países vizinhos gastam cada vez mais em promoção internacional e modernizam as estruturas das instituições, atuamos na contramão dessa história. A Argentina investiu, ano passado, US$ 36 milhões; a Colômbia, cerca de US$ 48 milhões; e o México, mais de US$ 400 milhões. Todos apresentam fluxos turísticos internacionais sólidos e crescentes. Em 2016, sobraram menos de US$ 17 milhões para a Embratur aplicar em promoção internacional (campanhas de mídia, feiras, press trips). Com isso, não superamos a faixa de 6,6 milhões de turistas internacionais anuais, enquanto os países vizinhos avançam. Uma solução está prestes a ser analisada pelo Congresso Nacional, o Projeto de Lei nº 7.425/2017, que propõe a transformação da Embratur em serviço social autônomo. Como autarquia, não há possibilidade, por exemplo, de contratar pessoal qualificado no exterior, nem firmar convênios ou parcerias com a iniciativa privada. Os parlamentares estão sensibilizados sobre a importância dessa mudança, que transformaria a autarquia em serviço social autônomo. O nome da instituição passaria a ser Agência Brasileira de Promoção do Turismo.

BB: Na sua avaliação, qual o peso que o turismo pode vir a ter na economia brasileira? E no Rio de Janeiro? VL: Pleito antigo do setor turístico, a nova Embratur

tem como meta, até 2022, praticamente dobrar o fluxo turístico para 12 milhões de turistas estrangeiros anuais, que deverão injetar US$ 19 bilhões na economia brasileira. Já o calendário Rio de Janeiro a Janeiro, com realização de grandes eventos durante todo o ano, pode gerar R$ 6 bilhões à economia do Estado em 2018.

BB: Qual o impacto que a implantação do visto eletrônico terá para o turismo no Brasil? Está prevista uma campanha de divulgação nos Estados Unidos e em alguns países (Canadá, Austrália e Japão) cujos cidadãos poderão obter o visto on-line de forma bem mais rápida? VL: No dia 17 de no-

vembro, a Embratur “A PROJEÇÃO DA ORGANIZAÇÃO e o Ministério do MUNDIAL DO TURISMO É DE Turismo estiveram QUE O VISTO ELETRÔNICO na Austrália para AUMENTARÁ EM ATÉ 25% AO anunciar a medida, ANO O FLUXO DE VISITANTES, que entrará em viINJETANDO R$ 1,4 BILHÃO NA gor até o fim deste ano. A projeção da ECONOMIA BRASILEIRA” Organização Mundial do Turismo é de que o visto eletrônico aumentará em até 25% ao ano o fluxo de visitantes, injetando R$ 1,4 bilhão na economia brasileira. Adotada nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, a flexibilização de vistos beneficiou 74% dos 163 mil turistas da Austrália, do Canadá, dos EUA e do Japão, que deixaram mais de US$ 167 milhões na economia. Mais de 85% desses visitantes disseram que a manutenção do benefício facilitaria o retorno ao País. BB: O Governo Federal apoia o movimento Rio de Janeiro a Janeiro. Qual a expectativa em relação às ações previstas? O que pode ser feito para incrementar a atração de congressos, feiras e exposições para o Rio? O incentivo fiscal é uma possibilidade? VL: Turismo vive de novidades. E o que há de mais

moderno para a promoção do Rio é o calendário. Dos R$ 200 milhões que a União se comprometeu a investir na programação do Rio de Janeiro a Janeiro até o fim de 2018, R$ 50 milhões serão em propaganda, a cargo do Ministério do Turismo, dentro do Brasil, e da Embratur, no exterior. Os outros R$ 150 milhões serão em patrocínio de eventos por estatais e incentivos fiscais.

BB: Mesmo após o Rio sediar jogos da Copa e a Olimpíada, a rede hoteleira vive uma crise, com baixas taxas de ocupação. A que atribuir essa queda? Estão previstas ações para aumentar a divulgação do Rio no exterior?

VL: O Rio deverá ter grande destaque nas ações da Embratur e do Ministério do Turismo nos próximos anos. Já foi contemplado com o programa Mais Rio Mais Brasil, uma portaria da Embratur, dentro do programa Brasil Mais Turismo, criado, este ano, pelo Ministério do Turismo. A cidade terá prioridade nas estratégias de promoção e apoio à comercialização da Embratur, de 2018 a 2022.Também será garantida a presença do Rio – Estado e município – nas feiras internacionais de que a Embratur participar, por meio de um posto de trabalho nos estandes do Brasil/Embratur, sem pagamento de inscrições.

BB: Qual o impacto da violência no potencial turístico do Rio? Grandes metrópoles europeias e americanas também sofrem com a insegurança, mas o turismo continua sendo uma fonte importante de receita. VL: As cidades brasileiras são seguras para o turismo. O Brasil

viveu recentemente um ciclo de grandes eventos, e a eficiência da integração da segurança pública foi testada e aprovada. Em agosto, fizemos uma pesquisa com mil turistas no Rio: 95% pretendem voltar e 92% recomendariam a cidade. Podemos afirmar que a experiência turística na capital fluminense é extremamente satisfatória, assim como nas demais cidades preferidas por turistas internacionais. Não há levantamento oficial sobre violência específica contra estrangeiros. Os casos são investigados individualmente e analisados em conjunto por forças de segurança local, Itamaraty e Governo Federal. De acordo com o Euromonitor, instituto de inteligência de mercado, as cidades brasileiras estão na média dos demais destinos da América Latina quando se analisa o item "percepção de segurança". A revista Condé Nast Traveler, dirigida ao turismo de alto padrão, elegeu o Brasil o país mais bonito do mundo. O canal de notícias CNN escolheu o povo brasileiro como o mais cool do planeta. A respeitada Wanderlust, publicação inglesa especializada em ecoturismo, fez uma enquete com celebridades, e o chef Michel Roux Jr., apresentador da rede televisiva BBC, foi categórico: destaque na gastronomia é o Brasil.

BB: Segundo dados do Ministério do Turismo, a Argentina é o país que mais envia turistas ao Brasil (2,1 milhões no ano passado). Os EUA estão em segundo lugar, com 600 mil visitantes. O que pode ser feito para melhorar a promoção do Rio nos EUA? É possível pensar em ações integradas de órgãos nacionais, estaduais e municipais? VL: A Embratur participa, todos os anos, de uma das principais

feiras de turismo do mundo: a Imex America. Atrair grandes grupos de turistas dos EUA ficará mais fácil com o visto eletrônico, já em janeiro. Além disso, o novo calendário anual de eventos no Rio e o potencial brasileiro para sediar grandes encontros e eventos multiculturais foram destaques no estande brasileiro na Imex, em outubro deste ano. Mostramos aos organizadores e compradores de grandes eventos internacionais que estamos preparados, receptivos, com infraestrutura e rompendo barreiras, assegurando que o turismo está cada vez mais na agenda política e econômica do Brasil. Temos uma vantagem competitiva grande, em comparação com outros destinos, por conta da infraestrutura moderna já instalada, legado dos megaeventos.★ Edição 302 Brazilian Business_15


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CAPA

Recuperação do consumo e reformas são fatores positivos, mas capacidade ociosa freia investimentos Chico Santos

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Q

uando o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa ultrapassou, pela primeira vez, os 76 mil pontos no dia 20 de setembro, ficou claro que os mercados domésticos experimentavam certo clima de otimismo com a conjuntura econômica se deslocando da ainda conturbada cena política. Em agosto, o IBGE confirmara que a recessão que exauriu o País em 2015 e 2016, acumulando queda de 7,6% no Produto Interno Bruto – PIB, estava tecnicamente encerrada: após crescimento de 1% no primeiro trimestre, houve alta de 0,2% no segundo, na comparação com os trimestres imediatamente anteriores. Projetado para o fim deste e do próximo ano, o cenário percebido pelos agentes econômicos se traduz em crescimento do PIB em torno de 0,7% em 2017 e 2,5% em 2018. A projeção para este ano corresponde somente a uma tomada de fôlego, uma vez que, em termos per capita, o crescimento ficará em torno de zero; mas, para 2018, o número estimado representará a maior taxa de crescimento do País desde 2011, quando o Brasil registrou 2,3%. Apesar de positivos, os números ainda estão longe do desejável. O desemprego está em queda e a taxa de juros básica fechará 2017 em 7% nominais, ou bem perto disso. Com a inflação do ano próxima a 3%, os juros reais ficam em torno de 4% ao ano, número inusitado para os padrões brasileiros. Para o Rio de Janeiro, a volta dos leilões de áreas de óleo e gás, lembra Pedro Almeida, presidente da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio) e vice-presidente América Latina da IBM Brasil, é alvissareira, uma vez que o setor é o carro-chefe da economia fluminense e também de importância decisiva para o País.

18_Edição 302_out/nov/dez 2017

“A CONJUNTURA INTERNACIONAL ESTÁ ATUANDO A FAVOR DO BRASIL” ARMANDO CASTELAR, DA FGV

BIANCA GENS

PARA O ANO, UMA DOSE DE CRESCIMENTO E MUITOS DESAFIOS PELA FRENTE

A ensaiada recuperação econômica, no entanto, não afasta as incertezas de um ano de eleições e de muitas reformas por fazer para colocar o Brasil de volta aos trilhos. A Brazilian Business foi a campo ouvir especialistas sobre o comportamento da economia neste fim de ano e as projeções para 2018. O economista Armando Castelar, pesquisador da Fundação Getulio Vargas – FGV, disse que já esteve “mais otimista” com os rumos da economia brasileira em 2018, mas vê com bons olhos a redução do nível de endividamento das famílias, o que favorece a retomada da expansão do consumo de bens e serviços. “A conjuntura internacional está atuando a favor do Brasil”, lembrou Castelar, citando o relatório do Fundo Monetário Internacional – FMI sobre as perspectivas econômicas globais, divulgado no começo de outubro, no qual a instituição multilateral eleva as projeções para o crescimento econômico mundial de já alentadores 3,5% e 3,6% para 3,6% e 3,7%, em 2017 e 2018. O FMI atribui essa revisão aos bons sinais emitidos pelas principais economias globais: Estados Unidos, Europa, China e Japão. Embora o endividamento das empresas ainda seja elevado, Castelar argumenta que a retomada do consumo e a redução dos custos financeiros expressa na queda dos juros abrem espaço para expansão dos negócios e consequente diminuição da alavancagem. Raciocínio semelhante vale para o complicado problema da dívida pública. Mesmo sem descartar a indispensável concretização das medidas de ajuste fiscal, incluindo a Reforma da Previdência, o pesquisador da FGV destaca que a retomada do crescimento, ampliando a arrecadação, e os juros mais baixos, reduzindo as despesas financeiras, proporcionam alívio nas contas públicas. Se o quadro é tão favorável, por que menos otimismo? No plano internacional, Castelar destaca a proposta de reforma tributária do governo dos Estados Unidos, que prevê, entre outras coisas, redução de impostos para as empresas. A renúncia tende a gerar problemas fiscais no país e a necessidade de elevação da taxa de juros no mercado americano, atraindo capitais para financiar o déficit, provocando a valorização do dólar ante as demais moedas e elevando riscos inflacionários, que, por sua vez, exigirão juros mais altos e influenciarão negativamente as demais economias. > Edição 302 Brazilian Business_19


CAPA

20_Edição 302_out/nov/dez 2017

“O DESCONHECIMENTO SOBRE QUAL VAI SER A POLÍTICA ECONÔMICA A PARTIR DE 2019 TRAVA AS PRINCIPAIS DECISÕES DE INVESTIMENTOS” BRÁULIO BORGES, DA LCA

O problema, ressalva Souza, é que essa pequena recuperação do investimento ainda está totalmente assentada sobre o segmento de máquinas e equipamentos, uma vez que a construção civil segue travada pelo excesso de imóveis disponíveis. E, mesmo no setor de máquinas e equipamentos, pondera o economista, a retomada segue concentrada em reposições e alguma modernização, uma vez que as fábricas permanecem com elevada capacidade ociosa – à exceção do setor agrícola – e o nível de incerteza permanece alto. Essa incerteza segura também as decisões de consumo da sociedade, projeta o Ipea. A previsão é de que o crescimento do consumo não deva passar de 0,8% em 2017 e 2,7% em 2018. Do ponto de vista da produção, o instituto espera crescimento de 3,4% na indústria e 2,2% nos serviços. Já para a agropecuária, que tinha projeção de crescimento de 3,5% no próximo ano, o Ipea está revendo os números baseado nas projeções de que as safras de soja e milho serão menores em 2018, cumprindo um ciclo natural após a colheita recorde de 2017. Souza credita boa parte do descolamento entre a situação econômica e a conjuntura política brasileira aos ventos favoráveis que sopram do exterior. Mas pondera que, como o futuro do País vai ser debatido no processo eleitoral de 2018, é possível que esse elemento traga impacto negativo sobre a economia, apesar de a equipe econômica ser comprometida com uma agenda positiva. “Dependendo dos resultados dos debates, o risco país pode ser aumentado, de forma exagerada ou não”, avalia. >

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José Ronaldo Souza: recuperação ainda está centrada no setor de máquinas e equipamentos

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No plano doméstico, o economista enfatiza que a conjuntura atual favorece uma recuperação cíclica, mas diz que, para uma evolução positiva de médio e longo prazos, ainda há muitos obstáculos a vencer, sejam de caráter estrutural ou conjuntural. Os estruturais estão na contínua necessidade de reformas para que se tenha um quadro estável das contas públicas e de expansão dos investimentos, que tendem a permanecer baixos, uma vez que as empresas estão com grande capacidade ociosa. E há a incerteza sobre o que acontecerá nas eleições gerais de outubro, os constantes conflitos entre os poderes e o clima de insegurança jurídica para os negócios, com constante mudança de regras. Castelar é cético quanto à perspectiva de o atual governo, enfrentando instabilidades frequentes e com apenas mais um ano pela frente, reunir o apoio necessário para efetivar medidas “que façam diferença a partir de 2019 e tenham, dessa forma, influência sobre decisões de investimentos”. Henrique Rzezinski, diretor da Câmara de Comércio Americana do Rio (AmCham Rio) e de Relações Institucionais da Eneva, destaca a necessidade de se continuar avançando nas investigações de corrupção e no arcabouço jurídico que permite punir os culpados: “O Brasil avançou de maneira extremamente importante na questão ética, do combate à corrupção. A sociedade ansiava por isso”, afirma, acrescentando que há necessidade também do avanço das reformas econômicas, principalmente a da Previdência, para 2018. “Sem isso, não conseguiremos ter investimentos em infraestrutura, área social e educação", frisa Rzezinski. O diretor de Macroeconomia do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea, José Ronaldo de Castro Souza Júnior, até vê sinais de retomada dos investimentos, destacando que o Indicador Ipea constatou a primeira alta (0,8%) dessa variável na comparação com o mesmo mês do ano anterior após 13 meses de queda. Foi apenas a segunda alta em 42 meses, levando o economista a concluir que, em 2017, o investimento fechará negativo, mas deverá crescer, segundo as estimativas do Ipea, 4,2% em 2018, mais do que o PIB, que cresceria 2,6%.

DIVULGAÇÃO

Insegurança jurídica preocupa

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CAPA

Bráulio Borges, economista-sênior da LCA Consultores, chama a atenção para certo descolamento entre as previsões da maioria dos economistas, de crescimento de 2,5% do PIB para 2018, e as dos operadores do mercado financeiro, que chegaram a estimar 4%. Para Borges, esses operadores estão subestimando a força dos obstáculos à frente, sobretudo a incerteza eleitoral. “O desconhecimento sobre qual “2018 SERÁ MELHOR DO QUE 2017” vai ser a política econômica a PEDRO ALMEIDA, PRESIDENTE DA AMCHAM RIO, ELOGIA partir de 2019 trava as princiA RETOMADA DOS LEILÕES NO SETOR DE ÓLEO E GÁS, pais decisões de investimenMAS ALERTA PARA O DESAFIO DA SEGURANÇA PÚBLICA tos”, pondera. Borges afirma que a recuperação econômica é “cíclica” e que para elevar o PIB potencial do País é necessário, além de se fazer as reformas de médio prazo, como a da Previdência, cuidar das questões de longo prazo. A educação em primeiro plano, cujo retorno só vem com defasagem de até três décadas, e os investimentos em infraestrutura, com retorno um pouco mais rápido. O economista entende que imprimir um ritmo mais forte às concessões pode ser “uma bala de prata” para resolver o problema da infraestrutura, mas ressalva que, no ritmo que elas estão andando, não irão gerar efeitos em 2018. Para Rafael Cagnin, do Instituto de Estudos Para o Desenvolvimento Industrial – Iedi, o ano de 2018 será o de recuperação econômica, a partir da redução dos níveis de capacidade ociosa. No entender do economista, a definição eleitoral terá papel decisivo para “desanuviar” o clima de incerteza persistente. “O ano de 2017 acabou e 2018 é eleição. A mudança virá após a eleição”, resume. Para além de aspectos mais estritamente econômicos, como o fato de as empresas estarem descapitalizadas para bancar grandes investimentos – 70% deles são feitos com recursos próprios, ressalta Cagnin – o economista do Iedi avalia que o maior obstáculo à retomada dos investimentos é a falta de previsibilidade. Em um nível mais profundo, ele vê a dificuldade brasileira para manter uma “continuidade de pensamento como fazem os países ricos”. A insegurança jurídica, por exemplo, trava os negócios. “As mudanças estruturais precisam ser escalonadas no tempo para que os agentes possam se adaptar.” O cientista político Thiago Vidal e o economista Guilherme Klein, ambos da Prospectiva Consultoria, como os demais entrevistados, mesclam expectativa de alguma retomada em 2018 com cuidado em relação ao futuro. Eles veem o otimismo dos mercados como efeito de uma interpretação de que o quadro eleitoral será resolvido pela via centro-direita, a favor das reformas, mas advertem que mesmo um governo reformista terá enormes dificuldades para concretizar a agenda necessária e promover o equilíbrio das contas públicas, retomando a capacidade de investimento do Estado.

22_Edição 302_out/nov/dez 2017

O drama da segurança pública

ANTONIO SCORZA

Disputa eleitoral gera incertezas

Para além da economia, a crise na segurança pública, sobretudo no Estado do Rio de Janeiro, é um fator preocupante, adverte a antropóloga Jacqueline Muniz, especialista da Universidade Federal Fluminense – UFF. Como ela ressalta, ações pontuais se revelam inócuas diante de cidadãos cada vez mais assustados e investidores, especialmente estrangeiros, reticentes. “Não se tem uma política de segurança pública nacional, temos um conjunto de ações desbaratadas”, afirma a professora, acrescentando que “qualquer ação de força tem efeito limitado no tempo e no espaço”. Segundo a antropóloga, a falta de uma política estruturada faz com que se gaste “muito e mal”, e ela acrescenta que, somente para os grandes eventos desta década (Copa do Mundo, Jogos Olímpicos, Jornada da Juventude etc.), concentrados especialmente no Rio de Janeiro, foram gastos cerca de R$ 20 bilhões sem nenhum efeito estrutural. “Quando se maximiza o temor, a primeira coisa que vai embora é a capacidade de produção e distribuição de riqueza”, sentenciou. “A segurança pública afeta diretamente as decisões das empresas”, completa o presidente da AmCham Rio, Pedro Almeida. Apesar do alerta e da consciência quanto às dificuldades políticas, Almeida procurou transmitir uma mensagem de alento. “A economia do País melhora, as reformas avançam, apesar do cenário político, e existe um consenso de que elas são necessárias”, avalia. Para o executivo, “2018, sem dúvida, será melhor do que 2017”, mas ele, como os demais analistas, não solta foguetes: “Não acredito que chegaremos ao fim de 2018 em uma situação tão favorável como tínhamos em 2013”. Trazendo o foco para o Rio de Janeiro, Almeida destacou que o fechamento da renegociação da dívida do Estado é outro fator de alento e ressaltou que, para além da recuperação do setor de óleo e gás, a economia fluminense precisa não perder a perspectiva da diversificação, reduzindo a dependência dos hidrocarbonetos. Nesse contexto, ele destaca as vocações históricas do setor de turismo e entretenimento e da indústria criativa, nos segmentos de mídia, tecnologia, moda e audiovisual.★

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ex•pe•ri•ên•ci•a

Décio Oddone, Márcio Félix, Nelson Narciso, Jorge Camargo e Maxime Rabilloud: mudanças regulatórias necessárias

BEP

(substantivo feminino)

Do latim EXPERIENTIA. Conjunto de conhecimentos, aprendizados e habilidades adquiridos com o exercício constante, que constituem aquisições vantajosas por meio da prática ou vivência, aprimorando-se com o passar do tempo. 2 Profundo conhecimento de práticas de mercado com capacidade de reflexão e criação de novas soluções, transformando dados confiáveis em oportunidades de negócio, promovendo experiências únicas para cada cliente, consumidor, parceiro e colaborador e, principalmente, gerando mais valor para sua marca.

BIANCA GENS

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Novas perspectivas para o setor energético brasileiro Realizada pela primeira vez em parceria com a FGV, conferência Brazil Energy and Power reúne especialistas e lideranças políticas e empresariais Natanael Damasceno

comunicacao@amchamrio.com

24_Edição 302_out/nov/dez 2017

A

retomada do setor petrolífero no Brasil, as perspectivas da produção e oferta de gás natural no País, o aprimoramento regulatório do setor elétrico e a integração energética da América Latina. Esses e outros temas relacionados ao panorama do setor energético brasileiro foram discutidos nos dias 30 e 31 de outubro, no Centro Cultural da Fundação Getulio Vargas. O evento foi realizado pela Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio) e FGV Energia, que, pela primeira vez, concentraram em um só espaço a 13ª conferência internacional Brazil Energy and Power e o Fórum de Energia – VII Seminário Sobre Matriz e Segurança Energética Brasileira, unindo especialistas e lideranças políticas e empresariais para debater perspectivas para a área. Pedro Almeida, presidente da AmCham Rio, abriu o evento afirmando que um dos principais objetivos da câmara é assegurar o desenvolvimento contínuo do setor de energia, dada a importância da área para a retomada do crescimento econômico do Rio e do País. “Empresas nacionais e estrangeiras com atuação no Rio têm grande interesse em investir no pré-sal e recursos necessários para fazê-lo. Mas tal decisão está diretamente ligada à melhoria do arcabouço regulatório. Precisamos de um comprometimento dos governantes em dar continuidade e ir além das iniciativas implantadas.” O secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix Carvalho Bezerra, comemorou o resultado das rodadas de leilões, especialmente a mais recente, do pré-sal, realizadas ao longo do ano pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP. Segundo ele, o desempenho do setor foi tão favorável que levou a Organização dos Países Exportadores de Petróleo – Opep a pedir uma audiência com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. >

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Ministro Fernando Coelho Filho, de Minas e Energia: "Temos um modelo que, com as adequações feitas pelo governo, mostrou-se exitoso”

“Dado o avanço do País, que exporta cerca de um milhão de barris por dia, a Opep quer que façamos parte do grupo. O Brasil já é protagonista, por ser uma das nações que mais têm crescimento de produção”, disse o secretário. Ele explicou, entretanto, que não é possível aderir à organização, pois o governo brasileiro não tem poder de limitar a produção, como os países da Opep. Além de Félix, participaram do primeiro painel, “Retomada do setor petrolífero brasileiro e as mudanças regulatórias necessárias”, o presidente da Total, Maxime Rabilloud; o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis – IBP, Jorge Camargo; e o diretor-geral da ANP, Décio Oddone. A mesa teve moderação de Nelson Narciso, da FGV Energia. “Este é um momento novo e desafiador. As mudanças que realizamos no setor de óleo e gás e biocombustíveis possibilitaram o sucesso dos últimos leilões e terão relevância fundamental para Rio e São Paulo. São alterações no setor energético, no setor elétrico, ouvindo associações e empresas, resolvendo passivos e desafios do passado e problemas atuais e para o futuro”, disse o ministro de Minas e Energia, Coelho Filho, em vídeo transmitido no evento. O ministro almoçou com empresários presentes ao seminário e falou sobre perspectivas para o setor e a proposta do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de acabar com o regime de partilha da produção. "Temos um modelo que, com as adequações feitas pelo governo, mostrou-se bastante exitoso. Todo modelo e todo ambiente podem sempre ser melhorados, mas uma mudança de regras ainda está distante. Ainda há muito debate e discussão a serem feitos”, disse Coelho Filho. Pedro Almeida, presidente da AmCham Rio

“EMPRESAS NACIONAIS E ESTRANGEIRAS COM ATUAÇÃO NO RIO TÊM GRANDE INTERESSE EM INVESTIR NO PRÉ-SAL E RECURSOS PARA FAZÊ-LO” PEDRO ALMEIDA, PRESIDENTE DA AMCHAM RIO

26_Edição 302_out/nov/dez 2017

FOTOS BIANCA GENS

BEP

Urgência e conciliação

Jorge Camargo, do IBP, destacou a urgência das mudanças no setor. “Não podemos perder mais tempo, pois a janela do petróleo está encurtando. Os ativos que o Brasil tem vão perder valor com o tempo. Temos muita pressa nessa nova agenda para aproveitar as grandes oportunidades à frente. E é urgente uma conciliação entre as várias entidades e segmentos: petroleiras, fornecedores, academia, governo.” Camargo defendeu não só simplificação das regras para o setor como revisão da estrutura tributária; aperfeiçoamento do licenciamento ambiental, de modo a deixá-lo mais ágil, qualificado e previsível; política industrial que privilegie pesquisa, desenvolvimento e inovação; e fim dos monopólios remanescentes. “Se desenvolvermos o pré-sal e não formos capazes de levar a indústria a outro patamar, teremos perdido a oportunidade de uma geração.” Já o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, que traçou um panorama da indústria petrolífera brasileira a partir das mudanças implantadas nos últimos meses, fez um prognóstico otimista. Segundo ele, a arrecadação do governo com a produção nas áreas do pré-sal leiloadas em outubro alcançará cerca de R$ 600 bilhões ao longo de 30 anos após o início da produção. O montante, que inclui a parcela do petróleo que cabe à União, o pagamento de royalties e os tributos devidos pelas operadoras, ultrapassa as estimativas do governo em R$ 200 bilhões. “Estamos vivendo a maior transformação na indústria do petróleo no Brasil. Nossa agenda é extensa, mas só com a produção do pré-sal, que pode chegar a 5 milhões de barris diários em 2027, o Brasil pode se converter na maior fonte de petróleo adicional do planeta nos próximos dez anos”, afirmou Oddone. Diretora do Departamento de Gás Natural do Ministério de Meio Ambiente, Symone Christine Araújo falou sobre o programa Gás Para Crescer, lançado, em 2016, para redefinir as diretrizes do segmento. O objetivo é aprimorar o arcabouço normativo que regula a indústria. Ela foi uma das convidadas do segundo painel, “Ambiente de gás natural no Brasil”, com temas como competitividade e diversificação dos atores na distribuição, perspectivas de produção e oferta de gás e investimentos do setor privado. Para Symone, o programa dará ao mercado de gás a oportunidade de crescer de forma consistente, atraindo investimentos de até R$ 50 bilhões até 2030. Também participaram da mesa o engenheiro Marcelo Mendonça, diretor de Planejamento da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado – Abegás; José Mauro Coelho, diretor de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética – EPE; Álvaro Tupiassú, gerente-geral de Comercialização de GN e GNL da Petrobras; e Damian Popolo, gerente de Regulação e Relações Governamentais da Eneva. A mesa foi moderada por Emmanuel Delfosse, chefe de Infraestrutura de Gás da Engie. >


BEP

Conteúdo local e inovação

A importância da inovação na retomada do setor petrolífero também foi discutida. No painel “PDI e conteúdo local como ferramenta de política industrial”, Telmo Ghiorzi, diretor da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo; Elói Fernandez, professor da PUC-Rio; Humberto Quintas, vice-presidente jurídico da BP; e José Mauro Ferreira, vice-presidente comercial da TechnipFMC falaram sobre o papel das políticas públicas no desenvolvimento do setor. A professora Magda Chambriard, da FGV Energia, moderadora do painel, lembrou que é preciso levar em conta uma série de questionamentos ao se adotar políticas protecionistas. “O conteúdo local, conforme aplicado, pode ser, no máximo, instrumento de política industrial, mas nunca a política industrial. Faltam objetivos claros. O que é proteger? Por quanto tempo? Qual o benefício para a sociedade? Precisamos de um planejamento estratégico para equilibrar as necessidades da política e a realidade de mercado.” Três apresentações encerraram o primeiro dia do seminário. O advogado Luiz Gustavo Bezerra, líder do Grupo de Estudos de Licenciamento Ambiental da AmCham Rio, falou do trabalho que tem conduzido para apontar gargalos do processo de licenciamento. “Nossas recomendações passam por alterações legislativas, mas vão além”, afirmou Bezerra, que listou os principais problemas de empresas que precisam licenciar projetos offshore no Brasil. Entre eles, a ausência de critérios objetivos e uniformes; condicionantes excessivas em número e conteúdo que repassam aos empreendedores a responsabilidade de solucionar questões que deveriam ser resolvidas pelo poder público; comunicação ineficiente entre agentes envolvidos; sobreposição de responsabilidades dos entes federativos; falta de estrutura e recursos nos órgãos ambientais, comprometendo gerenciamento e oferta de dados. Além dele, Milas Evangelista, consultor da FGV Energia, abordou a participação dos biocombustíveis na matriz energética. O convidado internacional, Carlos Pascual, vice-presidente global da IHS Markit, exibiu um panorama mundial do setor de óleo e gás.

“A CONSULTA PÚBLICA 33, COMO UM BRAÇO, E A PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS, COMO OUTRO, VÃO TRANSFORMAR O SETOR ELÉTRICO”

Modernização do setor elétrico

Somos a energia do futuro

Dedicada ao setor elétrico, a programação do segundo dia foi aberta pelo secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, que falou das perspectivas dentro do cenário de mudanças marcantes, como a privatização da Eletrobras. “Esse movimento geral de modernização, de abertura de mercado, que tem a Consulta Pública 33 como um braço e a privatização da Eletrobras como outro, vai transformar o setor elétrico. E o grande desafio deste fórum é dar consistência a esse movimento.” Pedrosa defendeu a inexorabilidade do processo, diante do esgotamento do modelo intervencionista. Um dos temas prioritários do movimento de transição, o aprimoramento regulatório do setor, foi tema do primeiro painel. Amilcar Guerreiro, diretor de Estudos de Energia Elétrica da EPE; Nelson Leite, presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica; Fernando Maia, diretor de Regulação da Energisa; Edson Luiz da Silva, diretor de Regulação da Engie; e Carlo Zorzoli, presidente da Enel, discorreram sobre o tema mediados por Arthur Ramos, sócio da PwC Strategy&. A seguir, Marcelo Prais, assessor da diretoria-geral da ONS; Frederico Rodrigues, diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia; Alexandre Viana, gerente de Leilões e Mercado Regulado da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica; e Luciano Freire, diretor de Engenharia da Queiroz Galvão Energia, falaram sobre o aprimoramento do mecanismo de precificação e contratação de energia. O painel teve mediação de Paulo Cunha, da FGV Energia. Por fim, discutiu-se o panorama da integração energética na América Latina, em painel mediado por Silvio Binato, consultor da PSR. Além de Luiz Fernando Vianna, diretor-geral brasileiro de Itaipu, falaram Arturo Alarcón, especialista em energia do Banco Interamericano de Desenvolvimento; João Guedes de Campos Barros, secretário executivo da Bracier; e Rubens Rosental, coordenador da área de Integração Elétrica do Gesel. O evento foi patrocinado por CPFL Energia, PwC, American Airlines, Citi, Eneva, Shell, Gol, Delta, Air France, KLM, Halliburton, Total, Wärtsilä Brasil, Baker Hughes, IHS Markit, Mattos Filho Advogados, PetroRio e BP Brasil. Toda a renda arrecadada com as inscrições foi doada à instituição Pro Criança Cardíaca. Vídeos com toda a programação podem ser conferidos no site da FGV Energia: fgvenergia.fgv.br.★

A Eneva é uma companhia integrada de energia, com negócios complementares em geração de energia elétrica e exploração e produção de gás natural. Nosso modelo de negócios é centrado na gestão do reservoir-to-wire (R2W), geração térmica integrada aos campos produtores de gás natural, operados pela Parnaíba Gás Natural, sua subsidiária. Somos uma das maiores operadoras privadas de gás natural do país e a terceira maior empresa em capacidade térmica instalada do Brasil.

Paulo Pedrosa, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia 28_Edição 302_out/nov/dez 2017

BIANCA GENS

PAULO PEDROSA, SECRETÁRIO EXECUTIVO DO MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

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ENTREVISTA

“Medicina preventiva deve ser prioridade” Gilberto Ururahy destaca que estilo de vida inadequado está ligado a 73% das mortes no mundo e é melhor investir em saúde do que gastar em doença

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medicina preventiva deverá, cada vez mais, ser pauta na agenda brasileira. A afirmação é do diretor médico da Med-Rio e presidente do Comitê de Saúde da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmChamRio), Gilberto Ururahy, citando estudos indicando que o estilo de vida tem relação direta com 73% das mortes no mundo. Ao avaliar o impacto da crise econômica sobre a saúde de indivíduos e empresas, Ururahy afirma que o estresse invadiu o mundo corporativo e destaca a importância de o indivíduo escolher um estilo de vida saudável, que previna o aparecimento de doenças crônicas. Declarando-se otimista, ele lembra que o Brasil já atravessou várias crises e destaca que esta também vai passar. “É preciso estar pronto para um novo crescimento”, diz.

Brazilian Business: As eleições, em 2018, motivarão debates em várias áreas. Na sua avaliação, quais as prioridades na saúde? Gilberto Ururahy: Sem dúvida, a prevenção. O que mais cresce no

BB: Como melhorar esse quadro? GU: Buscando um estilo de vida mais saudável, com prática regular

de atividade física, alimentação equilibrada, sono reparador e prevenção. Além disso, é importante ter amigos e não negligenciar a vida em família. As empresas têm um papel importante ao buscar clínicas e consultores capazes de apoiá-las de forma competente e ética. No passado, o check-up era visto como benefício aos funcionários. Hoje, é instrumento de segurança empresarial. É caro substituir um profissional estratégico afastado por doença. Assim, melhor do que tratar é prevenir! Em geral, as pessoas só dão valor à saúde quando a perdem. Sem dúvida, a saúde é o maior patrimônio do ser humano. O Brasil já atravessou várias crises. Esta também vai passar, e precisamos estar prontos para um novo crescimento. Acredito nisso. A Med-Rio ampliou as instalações na unidade de Botafogo, agregou novos exames, ampliou o conforto para clientes e colaboradores. Crescemos 30%. Espero que as eleições em 2018 sejam uma renovação. Saúde e educação são fundamentais para desenvolvimento sustentável, e precisamos de políticos comprometidos com as necessidades do Brasil e dos brasileiros.

mundo é o número de clínicas voltadas para prevenção, porque manter a saúde é muito mais barato do que o custo, por exemplo, de um CTI. O estilo de vida inadequado conduz a doenças crônicas: tabagismo e sedentarismo provocam diversos males, obesidade leva ao diabetes tipo 2, insônia, a longo prazo, debilita a imunidade do corpo... No nosso trabalho, diariamente relacionamos fatores de risco ao estilo de vida. É essencial promover hábitos saudáveis, a fim de evitar problemas como obesidade, hipertensão arterial e diabetes, que induzem a doenças mais graves, como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e câncer, que são as que mais incapacitam e matam. No Brasil, a cada minuto morre alguém vítima de infarto agudo do miocárdio. As faculdades também precisam estar atentas à evolução da medicina. Gerações de médicos aprenderam a tratar doenças, e não a preveni-las. Em outubro, assinamos parceria com a PUC Rio para um curso de extensão, em 2018, voltado a profissionais da saúde. Vamos falar de check-up, prevenção, estilo de vida e wellness coaching. A medicina preventiva precisa ganhar mais espaço na agenda brasileira. Aplicada ao estilo de vida, ela também é um caminho para a sobrevivência do mercado de medicina supletiva e seguros-saúde.

BB: Em um cenário cada vez mais globalizado e competitivo, o que fará diferença em relação aos serviços de saúde? GU: Saúde requer qualidade, que exige ética e transparência. Ao

oferecer um check-up, temos que nos preocupar também com a qualidade do laboratório que examina o sangue do paciente e os técnicos profissionais. O cuidado com o cliente é total. Nosso check-up é feito longe do hospital, em ambiente agradável, com equipamentos de última geração e profissionais altamente qualificados, que dominam idiomas. No mundo globalizado, é preciso atualização permanente por parte do corpo clínico, equipamentos sempre atualizados para diagnósticos precisos, rapidez nos resultados, interação constante com os clientes, inclusive por aplicativos móveis, e estar pronto para expandir para outros mercados. A medicina preventiva aplicada ao estilo de vida faz com que o homem viva mais. Caminhamos para o centenário.★

BB: Como a crise econômica tem impactado o setor de saúde? GU: O desemprego está muito alto, e os planos médicos e seguros-

-saúde vivem de contratos com empresas. Quando elas demitem, o faturamento despenca. Um segundo fator é que, antigamente, o cálculo dos prêmios considerava uma média de dez anos de vida após a aposentadoria. Hoje, estamos empurrando a morte. A cada ano, o homem ganha três meses de expectativa de vida. Por fim, a judicialização da medicina também impacta. Mesmo nos casos em que o contrato não prevê, por exemplo, transplante de coração, a Justiça manda fazer o procedimento quando o paciente entra com ação.

BB: E qual o impacto da crise sobre a saúde dos indivíduos? GU: Segundo a Universidade Harvard, 80% das consultas médi-

cas globais têm relação direta com estresse cotidiano. Estudos de Stanford revelam que 73% das mortes no mundo estão associadas ao estilo de vida pouco saudável. O programa de check-up preventivo aponta esses fatores de risco. Entre nossos pacientes, mais de 60% têm peso acima do ideal e são sedentários; 50% têm o LDL colesterol elevado; 50% usam bebidas alcoólicas regularmente; e 25% sofrem de insônia. Todas essas manifestações têm como base o estresse cotidiano, que, se prolongado, leva a doenças crônicas.

"O BRASIL JÁ ATRAVESSOU VÁRIAS CRISES. ESTA TAMBÉM VAI PASSAR, E PRECISAMOS ESTAR PRONTOS PARA UM NOVO CRESCIMENTO" 30_Edição 302_out/nov/dez 2017

As empresas tentam se adaptar à crise, mas o estresse invadiu o mundo corporativo. Nosso levantamento indica que 70% dos executivos convivem com altos níveis de estresse. Entre 2016 e 2017, os casos de depressão subiram mais de 20% e os de ansiedade, mais de 30%. O cenário brasileiro está muito difícil, mas o capital humano é que faz a empresa crescer e se perpetuar. Por isso, é fundamental cuidar da saúde desses profissionais.

AYRTON CAMARGO

BB: Como o senhor avalia o estilo de vida nas empresas hoje? GU: Costumo dizer que o Brasil está fazendo mal aos brasileiros.

Med-Rio em Botafogo: instalações ampliadas e novos exames

Edição 302 Brazilian Business_31


CONEXÃO GLOBAL

The Value of Open Skies R

James B. Story_U.S. Consul General in Rio de Janeiro

io is an international city, an Olympic city, the marvelous city. A city of incredible landscapes where the peaks of Dois Irmãos and Pedra da Gávea provide the perfect backdrop to a stunning sunset from the beaches of Ipanema and Leblon. Where the art déco classic Cristo Redentor dominates the skyline providing iconic view after iconic view. A city filled with warm, creative people that brought the world everything from the best celebration of Carnival to the rich tapestry of bossa nova. With all that Rio has to offer, I’ve often wondered why this magical place does not fulfill its potential as one of the top tourist destinations in the world. The reality is that Rio is a costly international air destination, leaving the city largely off of the itineraries of international tourists. In fact, Brazil, with 6.6 million international visitors in its Olympic year, received fewer visitors than the Eiffel Tower’s 7 million. In fact, the World Travel and Tourism Council ranks Brazil in 111th position globally, in terms of tourism’s contribution to the Brazilian economy. One key question is why are airfares to and within Brazil so much more expensive than in other countries in the hemisphere? It doesn’t have to be this way. The cost of flying to and from Rio could be much less. The truth is that there could be many more foreign tourists, and so many more American tourists, visiting Rio and Brazil. One way to do this is through Open Skies, an agreement between the United States and Brazil to facilitate commercial aviation linkages that would significantly increase air travel options and benefit tourists both ways. Our governments have already negotiated a fair and comprehensive Open Skies Agreement in 2011, and it is now awaiting the final step – to be ratified by the Brazilian Congress. The United States has this agreement with 120 countries, so there is a proven track record on its impacts.

THE IATA PROJECTS THAT OPEN SKIES WOULD GENERATE FOR BRAZIL 29,300 JOBS IN AVIATION, 65,400 JOBS IN OTHER SECTORS AND 37,300 NEW JOBS IN TOURISM 32_Edição 302_out/nov/dez 2017

The International Air Transport Association (IATA) estimates that Open Skies will increase the number of passengers in Brazil’s market by some 47% – including some 1.3 million more tourists. This means more jobs for Brazilians, in aviation, tourism, transportation, and other sectors. The IATA projects that Open Skies would generate for Brazil: 29,300 jobs in aviation, 65,400 jobs in other sectors, 37,300 new jobs in tourism. Open Skies will enable Brazilian and U.S. airlines to expand to new routes and improve the quality of service, all while gaining efficiencies in operations. IATA estimates that international airfares in Brazil could drop by up to 30%. As an added benefit, air freight prices would also drop, and Brazil would be more integrated into global value chains. We have seen these results around the world, as well as with many of Brazil’s neighbors including Colombia, Chile, Peru, Paraguay, and Uruguay. In Open Skies countries, we have seen tourism increase and average flight costs decrease. In Colombia, since Open Skies went into force in 2010, there are eight new routes between U.S. and Colombian cities, three new airlines have entered the international market, and daily international flights between the U.S. and Colombia have more than doubled. The increase in travelers helped stimulate demand and resulted in a virtuous cycle of growth in the aviation sector. During the International Brazil Air Show in March, the aviation industry was clear that the total number of passengers traveling within Brazil is perhaps half of what it should be, and the number of airports services is less than half Brazil needs. Open Skies is one tool to help Brazil realize its full potential in the aviation industry. If you like the idea of more tourists, more flights, and cheaper fares to and from the United States – and if you like the idea of adding thousands of jobs in Brazil – then Open Skies ratification can help make that a reality.★

São Paulo Rio de Janeiro Brasília 55 21 2237 - 8700 55 21 2155 - 9500 55 61 3433 - 6694

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PERFIL

Delta celebra 20 anos de presença no Brasil

BB: A Delta detém uma fatia de 9,5% da Gol. Como avalia a perspectiva de crescimento do mercado brasileiro de aviação? Após a maior recessão da história, já há uma recuperação do mercado? FC: Há sólidos indicadores de melhora na eco-

nomia do Brasil, o que provavelmente resultará em um tráfego maior no País a partir dos Estados Unidos. Com a retomada, a Delta espera continuar seu crescimento no mercado brasileiro com a Gol. Mesmo nesse ambiente desafiador, a Delta realiza investimentos no Brasil, como o voo sazonal conectando o Rio de Janeiro a Nova York e a inclusão da aeronave A330 na rota entre São Paulo e Nova York, descendo no aeroporto JFK.

Companhia aérea norte-americana cultiva a fidelidade dos clientes Allan Rabelo

Delta Air Lines começou a operar no Brasil há 20 anos. Inicialmente, tinha um voo diário sem escalas entre Rio, São Paulo, Atlanta e Cincinnati. Com atuação consolidada em território brasileiro, a companhia, que virou parceira e sócia da Gol em 2011, segue aumentando a base de clientes e considera o Brasil mercado-chave global. A aliança entre as duas aéreas oferece aos clientes brasileiros acesso a 220 destinos nos Estados Unidos. Da mesma forma, aos clientes norte-americanos é possível escolher entre 52 destinos no Brasil e se conectar a outras nove cidades da América do Sul. Fabio Camargo, novo diretor da Delta no Brasil, afirma, nesta entrevista à Brazilian Business, que a grande variedade de destinos favorece a ampliação do turismo na região e ressalta que a cultura da Delta é centrada nos clientes e no espírito de liderança da empresa.

Brazilian Business: O que o senhor apontaria como os principais destaques ao longo destes 20 anos de trajetória ininterrupta da Delta Air Lines no País? Fabio Camargo: Nosso compromisso com o Brasil permanece o

mesmo desde quando começamos a atender a esse importante mercado, há 20 anos. Nossos clientes vêm em primeiro lugar, nós os colocamos no centro de tudo o que fazemos. Por isso, nossa equipe fornece confiabilidade operacional incomparável, introduz melhorias nos serviços e continua trabalhando com nossa parceira Gol para oferecer serviços e conectividade superiores entre o Brasil e os Estados Unidos. O Brasil é um mercado-chave global para a Delta, e expansões contínuas de rotas, como o novo serviço sazonal do Rio de Janeiro para o nosso segundo maior hub internacional de Nova York-JFK, mostram nosso compromisso com o mercado brasileiro e a força da nossa rede estendida.

BB: Como o senhor avalia a perspectiva de crescimento da Delta no mercado brasileiro? FC: Nos próximos cinco anos, a Delta se dedicará a ser uma em-

presa ativa e fundamental nas comunidades onde atua, continuando a adaptação de produtos e serviços para atender às necessidades e expectativas dos nossos clientes em toda a região. O sucesso da Delta no Brasil é, em parte, em razão da participação ativa da Gol. Nossas parcerias continuarão se desenvolvendo, fortalecendo ainda mais a marca Delta. Juntas, continuaremos nos esforços de vendas e implantando serviços valiosos. 34_Edição 302_out/nov/dez 2017

BB: As aéreas brasileiras se mostram divididas em relação à adoção da política de céus abertos com os EUA. A Gol, por exemplo, defende. Como vocês avaliam essa política? FC: O acordo de céus abertos oferece mais fle-

BB: O que o senhor destacaria de diferencial da Delta em relação às concorrentes no mercado brasileiro? FC: Estamos constantemente aprimorando

xibilidade em termos de destinos, tanto aqueles que já servimos, como novos. Porém, as redes da Gol e da Delta se complementam, atingindo 99% da demanda entre os dois mercados. Agora, graças à rede Delta nos Estados Unidos, podemos dizer, com orgulho, que oferecemos uma experiência totalmente integrada entre os dois países.

nossos serviços para garantir a melhor experiência possível ao cliente em todas as etapas da viagem. Ser a melhor companhia aérea dos Estados Unidos na região significa que oferecemos os melhores produtos, os melhores serviços e a melhor rede de destinos, além dos outros aspectos da experiência de viagem. Somos uma operadora global com opções de viagens em todo o mundo, mas reconhecemos a necessidade de adotar uma abordagem específica na região, para manter nosso sucesso em nível global. A Delta foi a primeira companhia aérea a oferecer assistência de viagem em tempo real em português no canal @DeltaAjuda, no Twitter. Os clientes brasileiros também podem acessar a página da Delta no Facebook. Porém, a maior vantagem da Delta sempre foi a equipe. Um bom serviço ao cliente só pode ser proporcionado quando os funcionários se sentem respeitados, atendidos e celebrados.

BB: Nos últimos anos, a Delta realizou investimentos de bilhões de dólares na experiência de bordo, trazendo mais conforto e inúmeras vantagens. O que há de novidade nesse campo? O que o viajante brasileiro pode esperar? FC: Os clientes que chegam ao Brasil e saem do

País têm três opções: Delta One, Delta Comfort+ e Main Cabin. Fornecemos aos clientes da Delta um conjunto de opções bem planejado e definido, de acordo com suas decisões de viagem. Tanto a cabine de luxo Delta One como a Main Cabin da classe econômica têm assentos com serviço aprimorados e confiabilidade incomparável. A cabine Delta One agora oferece aos clientes assentos totalmente reclináveis, com acesso direto ao corredor e menu sazonal com inspiração latina, além de novos fones que eliminam o ruído. Os clientes que voam na cabine Delta Comfort+, o serviço de classe econômica premium da Delta, ganharam até quatro polegadas (10 cm) a mais de espaço para as pernas e 50% a mais de reclinação dos assentos em relação aos da Main Cabin padrão da Delta, além do embarque prioritário. A inovação é outro pilar fundamental da experiência do cliente, e Delta e Gol trabalham para oferecer a mais extensa rede wi-fi de bordo disponível no mercado Brasil-Estados Unidos, além de fornecer serviço de troca de mensagens móveis gratuito durante o voo.

BB: Quais os projetos da Delta Air Lines para 2018? FC: A Delta oferecerá novo sistema de escolha

prévia de refeições. Os clientes da Delta One poderão escolher refeições até seis dias antes de voos internacionais selecionados, garantindo sempre o recebimento da sua opção. ★ DIVULGAÇÃO DELTA

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“UM BOM SERVIÇO AO CLIENTE SÓ PODE ACONTECER QUANDO OS FUNCIONÁRIOS SE SENTEM RESPEITADOS, ATENDIDOS E CELEBRADOS” Edição 302 Brazilian Business_35


Fernando Segovia, diretor-geral da Polícia Federal

Mobilização pela melhoria da segurança pública no Rio Investimentos em tecnologia são essenciais para obter bons resultados Allan Rabelo

comunicacao@amchamrio.com

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m busca de soluções para a melhoria da segurança pública na cidade, a Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio) liderou uma mobilização entre os setores público e privado, com participação da Firjan, do consulado americano, da Rio Negócios, do Disque Denúncia, da Rio Convention & Visitors Bureau e de várias câmaras de comércio da cidade. O objetivo foi apresentar uma agenda propositiva de ações que possibilitem a retomada do crescimento econômico do Rio. O evento foi realizado no auditório da Procuradoria-Geral do Estado, no dia 1º de dezembro, com patrocínio da Souza Cruz. Entre os principais palestrantes estiveram o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia; o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia; o secretário de Estado de Segurança do Rio de Janeiro, Roberto Sá; o delegado da Polícia Civil e ex-chefe da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro Allan Turnowski; e Rodrigo Oliveira, delegado civil e coordenador da Coordenadoria de Recursos Especiais – Core. A iniciativa também teve grande adesão internacional, com apoio dos consulados dos EUA, da Alemanha, do Reino Unido, da Bélgica, da China, da Itália, da França, do México, da Noruega, do Japão, da Espanha, do Canadá, da Rússia e da Suíça. 36_Edição 302_out/nov/dez 2017

Pedro Almeida, presidente da AmCham Rio, destacou os temas que marcam o ponto de partida: fortalecimento de canais de comunicação com o setor público; modernização tecnológica da polícia do Rio de Janeiro; repressão ao roubo de cargas; nova regulamentação para armas de fogo; segurança, gastos públicos e gestão; perícia criminal; e desenvolvimento econômico para áreas degradadas. A união desses setores permitirá uma atuação qualificada de influência na esfera pública e tornará possível a produção de um impacto efetivo no controle da violência e no fortalecimento das organizações policiais. Marcio Colmerauer, consultor de Segurança Pública da AmCham Rio, acredita que deva ocorrer um esforço para sensibilizar as empresas por meio da informação e do diálogo, com o objetivo de unificá-las em um posicionamento comum. Dessa forma, o setor privado conseguirá dialogar com o governo. “PRECISAMOS UNIR FORÇAS E NOSSA CAPACIDADE ESTRATÉGICA PARA COMBATER O CRIME ORGANIZADO NO BRASIL” FERNANDO SEGOVIA, DIRETOR-GERAL DA POLÍCIA FEDERAL

Rodrigo Maia ressaltou a importância de ações do governo federal para a solução do problema de segurança pública no Rio. Para ele, atualizar a legislação de combate ao tráfico de drogas e armas é uma alternativa que já está em andamento. Maia também disse ser necessário pensar de que forma o financiamento da segurança pública será feito, já que o Rio se encontra em meio a uma crise fiscal. “Que possamos continuar avançando nas leis, dando condições aos órgãos de segurança para exercer de forma cada vez melhor seu trabalho. Mas precisamos discutir de maneira transparente o financiamento dessas ações.” O secretário de Estado de Segurança do Rio, Roberto Sá, pontuou o que está sendo feito no momento. Para ele, entender a segurança pública é olhar para as causas do problema e pensar estratégias, apesar da limitação dos recursos. “A recuperação fiscal vai chegar, nós sabemos quais são os problemas, para onde queremos ir e qual estratégia adotar”, afirmou. Sá falou sobre o roubo de cargas na cidade, um tipo de crime que cresceu muito desde o fim do ano passado. De acordo com ele, a população não está conscientizada dos problemas gerados pela compra de carga roubada. “Olhar para o lucro alimenta uma cadeia de crimes violentos. Pouca gente sabe que, ao comprar carga roubada, você pode estar alimentando essa cadeia.” Representando as empresas, o diretor de Relações Institucionais da Souza Cruz, Fernando Bomfiglio, falou dos problemas relacionados a contrabando e roubo de cargas, que afetam de forma expressiva a operação da companhia. “O cigarro representa 70% dos produtos apreendidos”, revelou. Além disso, ele citou que as perdas da empresa com roubo de cargas em 2016 chegaram a R$ 20 milhões, somente no Estado do Rio. O diretor acredita que a recessão enfrentada pelo Brasil nos últimos anos impulsionou o contrabando do produto. Segundo Bomfiglio, a solução não está sendo encarada como prioridade e, para isso acontecer, seria necessário agir em três frentes: federal, municipal e internacional. Allan Turnowski, ex-chefe da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, e Rodrigo Oliveira, da Coordenadoria de Recursos Especiais – Core, apresentaram uma análise da polícia nos últimos anos e defenderam que é preciso investir em tecnologia e serviços de inteligência, uma vez que o policiamento ostensivo não é capaz de combater o crime organizado. Para Turnowski, o auge da política de segurança foi em 2011, quando houve o maior resultado operacional do Brasil. Porém, após esse ano, as mudanças de gestão na segurança pública resultaram em desintegração da área e isolamento externo e interno na atuação de combate ao crime. “O foco exclusivo nas Unidades de Polícia Pacificadoras – UPPs causou o esvaziamento de batalhões e delegacias e gerou reforço e reorganização do tráfico de drogas”, disse o ex-chefe da Polícia Civil. >

FOTOS MARCELO CORTEZ

NEWS

“QUE POSSAMOS CONTINUAR AVANÇANDO NAS LEIS, DANDO CONDIÇÕES AOS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PARA EXERCER DE FORMA CADA VEZ MELHOR SEU TRABALHO” RODRIGO MAIA, PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

“A RECUPERAÇÃO FISCAL VAI CHEGAR, NÓS SABEMOS QUAIS SÃO OS PROBLEMAS, PARA ONDE QUEREMOS IR E QUAL ESTRATÉGIA ADOTAR” ROBERTO SÁ, SECRETÁRIO DE ESTADO DE SEGURANÇA DO RIO DE JANEIRO

Pedro Almeida, presidente da AmCham Rio


Rodrigo Oliveira também defende uma participação da esfera federal no controle ao roubo de cargas e segurança pública. Porém, acredita que, além disso, o município deveria assumir responsabilidade maior sobre os problemas. “A esfera municipal também tem que se comprometer, no sentido de colaborar para o enfrentamento da criminalidade de modo geral”, ressaltou ele. Roberto Motta, da ShotSpotter, e Emile Badran, do Instituto Igarapé, exibiram cases que demonstram como a tecnologia pode ser uma aliada no combate ao crime. “Há grande fluxo de investimentos em tecnologia no Rio, mas o que se busca agora é a integração de dados para que o fluxo seja eficiente”, afirmou Badran. Em sua primeira agenda oficial no Rio, o novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, defendeu uma estratégia com união de forças das polícias (Federal, Militar e Civil) que englobe parcerias com polícias do mundo todo, inovação tecnológica, integração institucional – com a criação de centros integrados de combate à criminalidade – capacitação da polícia e parcerias público-privadas. “Precisamos unir forças e nossa capacidade estratégica para combater o crime organizado no Brasil”, finalizou Segovia.

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Allan Turnowski, delegado da Polícia Civil e ex-chefe da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro

FOTOS MARCELO CORTEZ

NEWS

Rodrigo Oliveira, delegado civil e coordenador da Coordenadoria de Recursos Especiais - Core

Fernando Bomfiglio, diretor de Relações Institucionais da Souza Cruz


NEWS

Impacto da reforma trabalhista é tema de evento do Subcomitê Tributário Ação conjunta de RH e jurídico é essencial para empresas reduzirem riscos Vanessa Barros

comunicacao@amchamrio.com

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s efeitos da reforma trabalhista e os desafios para a gestão de negócios foram temas do Tax Friday, promovido pelo Subcomitê Tributário, em 27 de outubro, na Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio). Participaram Bruno Tocantins, sócio do Tocantins Advogados; Sandra Stocco de Siqueira, gerente das áreas Consultoria Tributária e Contencioso Administrativo do Gaia, Silva, Gaede & Associados; Carolina Vieiros, gerente de Recursos Humanos da CSM Brasil; e Gerson Stocco, vice-presidente do Subcomitê Tributário. “A REFORMA VAI TRAZER MUITAS DISCUSSÕES, MAS, SEM DÚVIDA, PROPORCIONARÁ UMA MODERNIZAÇÃO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO E TAMBÉM GERAÇÃO DE EMPREGOS” SANDRA STOCCO, GERENTE DO ESCRITÓRIO GAIA, SILVA, GAEDE & ASSOCIADOS

Para Bruno Tocantins, a reforma é um avanço, pois define com mais clareza cálculo do tempo de trabalho e conceito de jornada. Entre as mudanças que reduzem custos, destacou remuneração, terceirização e previsão de trabalho intermitente; a cláusula de arbitragem em contratos de trabalho; e demissão negociada. Frisou, porém, que é preciso cuidado para não se expor a riscos, por exemplo, ao fixar nomenclaturas e critérios de remuneração, uma vez que a nova lei definiu as parcelas que não têm natureza salarial. A reforma, na avaliação do advogado, deu mais segurança jurídica ao empregador, reduzindo riscos em processos trabalhistas. Um exemplo é o fato de acordos coletivos poderem definir que cargos de confiança não fazem jus a horas extras. O dano moral é outro aspecto. “Hoje, a lei determina o que é dano moral e critérios de gradação e aferição de indenização, quando ele existe. Não há mais risco de condenações absurdas”, afirmou. Ele ressaltou que, nesse aspecto, “a área de Recursos Humanos tem papel fundamental de traduzir em políticas e normas internas a aplicação das mudanças em termos práticos”. >

Carolina Vieiros, Sandra Stocco, Gerson Stocco e Bruno Tocantins em debate na AmCham Rio

40_Edição 302_out/nov/dez 2017


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“A ÁREA DE RECURSOS HUMANOS TEM PAPEL FUNDAMENTAL DE TRADUZIR EM POLÍTICAS E NORMAS INTERNAS A APLICAÇÃO DAS MUDANÇAS EM TERMOS PRÁTICOS” BRUNO TOCANTINS, SÓCIO DO TOCANTINS ADVOGADOS

Terceirização e negociação coletiva, pontos polêmicos da reforma, foram abordadas por Tocantins. Ele ressaltou o papel dos sindicatos na negociação coletiva. “Se o empregador, por má-fé, quiser reduzir custos provocando perda de direitos do empregado, o sindicato deve atuar e exercer seu papel constitucional”, afirmou. Sandra Stocco vê na reforma “um movimento de mudanças representativas para a empresa, tanto do ponto de vista trabalhista como tributário”. Ela acredita que a nova lei propicia um ambiente de maior segurança jurídica ao conferir às empresas elementos mais bem fundamentados de defesa. “A reforma vai trazer muitas discussões, mas, sem dúvida, proporcionará uma modernização das relações de trabalho e também geração de empregos.”

Segundo a executiva, prêmios, abonos, ajuda de custo e diárias de viagem também representam oportunidade de redução de custos em termos de contribuição previdenciária. Ela destacou, porém, um ponto que tem sido motivo de controvérsia entre juízes: “A reforma trabalhista excluiu essas parcelas da base de cálculo de encargos, ainda que pagas habitualmente, enquanto o artigo 201 da Constituição Federal estabelece que os ganhos habituais, a qualquer título, são incorporados ao salário para efeitos de contribuição previdenciária”. Sandra acredita que, no caso de participação nos lucros, a prevalência dos acordos e convenções coletivas sobre a lei não irá retirar a eficácia da Lei nº 10.101. “Não é uma derrogação da lei. Ela deve ser observada nos planos de participação nos lucros e resultados, mas a reforma trabalhista legaliza a possibilidade de estipular planos mais flexíveis, que não afrontem a lei nem os desqualifiquem para fins previdenciários”, declarou. Carolina Vieiros destacou a importância da reforma. “Hoje, o Brasil é um dos países com maior gasto em processos trabalhistas do mundo. É muito importante a área de Recursos Humanos atuar alinhada ao departamento jurídico para a empresa se respaldar em políticas e processos internos e, assim, diminuir riscos e gastos.” Gerson Stocco enfatizou a necessidade de reeducação de todos os agentes envolvidos, a fim de esclarecer os pontos positivos das mudanças: empresas, judiciário, Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – Carf e empregados. “A lei não gera tantas perdas ao trabalhador como se tem falado”, declarou. ★ “HOJE, O BRASIL É UM DOS PAÍSES COM MAIOR GASTO EM PROCESSOS TRABALHISTAS DO MUNDO” CAROLINA VIEIROS, GERENTE DE RECURSOS HUMANOS DA CSM BRASIL

42_Edição 302_out/nov/dez 2017


NEWS

AmCham Rio debate perspectivas na economia e na política pós-Lava Jato Para especialistas, agenda anticorrupção e reformas estarão na pauta de 2018 Yasmin Pires

comunicacao@amchamrio.com

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rês anos após o início da maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro do Brasil, o clima no País é de incerteza. As expectativas e os desafios para o ano que vem foram tema do debate “Reflexos da Operação Lava Jato na economia e na política para 2018”. O evento, realizado pela Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio), dia 27 de setembro, no Centro de Convenções Bolsa do Rio, foi patrocinado pelo 15º Ofício de Notas do Rio de Janeiro. Participaram do debate Eduardo Gussem, procurador-geral de Justiça do Estado do Rio; Fabio Medina Osório, presidente executivo do Instituto Internacional de Estudos de Direito do Estado - Iiede; Ricardo Sennes, cientista político e sócio da Prospectiva Consultoria; Fernanda Leitão e Robson Barreto, diretores da AmCham Rio. Para Osório, a corrupção gera instabilidade e insegurança jurídica, além de afastar o investidor. Ele afirmou que não há agenda econômica possível sem agenda anticorrupção consistente. “O modelo de negócios global é o da anticorrupção. Os Estados Unidos, desde os anos 1970, vêm impondo aos grandes parceiros comerciais esse modelo, que se espalhou pelo mundo. E o Brasil caminha, sem risco de retrocesso, para ele.” Osório afirmou que a Operação Lava Jato não vai afastar o investidor e, sim, exigir ajustes das instituições fiscalizadoras, a fim de evitar corporativismo e ações arbitrárias. “Estamos vivendo um novo parâmetro, e isso deve se repetir em 2018. A ética passa a ser critério inarredável para o desenvolvimento econômico.” “A ÉTICA PASSA A SER CRITÉRIO INARREDÁVEL PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO”

GOLDA GOLDSTEIN

FABIO MEDINA OSÓRIO, PRESIDENTE EXECUTIVO DO INSTITUTO INTERNACIONAL DE ESTUDOS DE DIREITO DO ESTADO

Segundo ele, as agendas anticorrupção e econômica serão pilares do debate no ano que vem, assim como o papel protagonista das instituições fiscalizadoras. “Esses órgãos devem atuar de forma a promover mais segurança jurídica, sem grande interferência nas políticas públicas, mantendo compromisso com pautas de real interesse para o Brasil.” Na opinião de Ricardo Sennes, a Lava Jato é consequência do processo iniciado por dois marcos: a Constituição de 1988 e a estabilização macroeconômica de 1994. “A operação é parte do processo de montagem de um novo Brasil, fortalecendo instituições de controle com enorme apoio social”, disse. De acordo com ele, a comparação com outros países em desenvolvimento, de características semelhantes, mostra que o Brasil perde em crescimento do PIB, mas tem pontos positivos, como estruturação de uma sociedade democrática e plural, validade da Constituição, liberdade de imprensa e empresarial. Sennes acredita que educação, saúde e previdência pautarão a agenda em 2018. Ele destacou o papel da nova classe média nos cenários político e econômico: “A mobilização social no Brasil vem da classe média, e isso muda a agenda política. A classe média apoia a Lava Jato”, afirmou. Gussem ressaltou a relevância da tecnologia e de ações conjuntas para dar mais eficiência às estruturas do poder público. “Não é algo que dependa de um único ator. Não tem herói nesse processo. Ou unimos forças, ou vamos deixar para nossos filhos um mundo de triste realidade.” O procurador destacou a importância da plataforma digital desenvolvida pelo Ministério Público, que une georreferenciamento, estatística e informação. “É um panorama maior, com atuação muito mais preventiva, e é disso que precisamos. Nesse sentido, o Ministério Público pode, inclusive, colaborar com o ambiente de negócios”, afirmou. Ao falar da Lava Jato, Gussem defendeu a necessidade de ações preventivas. “Tínhamos que atuar cautelosa e resolutamente, e o fizemos sob demanda. Deixamos que tudo acontecesse de forma livre”, finalizou.

ÁREAS DE ATUAÇÃO

PRACTICE AREAS

Direito Administrativo, Regulação e Infraestrutura

Administrative Law

Direito Societário

Corporate Law

Mercado Financeiro e de Capitais

Financial and Capital Markets

Direito da Concorrência

Competition Law

Direito da Energia

Energy Law

Direito Tributário

Tax Law

Contencioso Judicial e Administrativo

Judicial and Administrative Litigation

Arbitragem

Arbitration

Contratos

Contracts

Direito Imobiliário

Real-Estate Law

Direito do Trabalho

Labor Law

Direito Previdenciário

Pension Law

Direito Ambiental

Environmental Law

Direito Eleitoral

Election Law

Propriedade Intelectual

Intellectual Property

Direito Internacional

International Law

Eduardo Gussem, Fabio Medina Osório e Ricardo Sennes: defesa de ações contra a corrupção

Rua Dias Ferreira 190, 7º andar

Rua Sete de Setembro 99, 18º andar

Av. Juscelino Kubitschek 1600, 13º andar

Leblon – Rio de Janeiro – RJ

Centro – Rio de Janeiro – RJ

Itaim Bibi – São Paulo – SP

22431-050 – Brasil

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POR DENTRO DA CÂMARA

Novos Sócios Estácio de Sá Antonio Higino Viegas Vice-presidente Av. das Américas, 4.200, bloco 11 Barra da Tijuca – 22640-102 Rio de Janeiro – RJ (21) 3211-0250 higino.viegas@estacio.br portal.estacio.br

Fábrica de Startups Hector Gusmão Chief Executive Officer Rua Visconde de Ouro Preto, 47 Botafogo – 22250-180 Rio de Janeiro – RJ (21) 99664-4994 talk@fabricadestartups.com.br fabricadestartups.com.br

Grupo Zoom Out de Comunicação Fernanda Falcão Diretora de Novos Negócios e Marketing Av. das Américas, 500, bloco 23, sala 211 Barra da Tijuca – 22640-973 Rio de Janeiro – RJ (21) 3553-5447/3553-5448 fernanda@zoomout.com.br zoomout.com.br

Prumo Logística Flavio Bernardo Luna do Valle Vice-presidente Rua do Russel, 804, 5º andar Glória – 22210-010 Rio de Janeiro – RJ (21) 3725-8000 governanca.corporativa@ prumologistica.com.br prumologistica.com.br

Vistage Luiz Paulo Ferrão Sócio-proprietário Al. Araguaia, 933, cj.13 Aphaville – 06455-000 Barueri – SP (11) 4191-6158 vistage@vistage.com.br vistage.com.br

WeWork Serviços de Escritório Ltda. João Arthur Paes de Miranda Santos Diretor de Operações Rio Av. Almirante Barroso, 81, sala 3.401 Centro – 20031-004 Rio de Janeiro – RJ (21) 3957-9296 joao.arthur@wework.com wework.com

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QUEM SOMOS COMITÊ EXECUTIVO

DIRETORES

DIRETORES EX-OFÍCIO

PRESIDENTE Pedro Paulo Pereira de Almeida_Vice-presidente América Latina, IBM Brasil

Alexandre de Botton_Sócio-diretor, Korn Ferry

1º. VICE-PRESIDENTE Robson Goulart Barreto_ Sócio, Veirano Advogados

Antonio Carlos Worms Till_Presidente, Vita Check-up Center

2º. VICE-PRESIDENTE Luiz Fernando Bertoncello_Vice-presidente Sênior de Operações e COO, Prudential do Brasil

Carlos Affonso S. d’Albuquerque_CEO, Valid

Andres Cristian Nacht | Carlos Augusto C. Salles | Gabriella lcaza | Gilberto Duarte Prado | Gilson Freitas de Souza | Henrique Rzezinski | Ivan Ferreira Garcia | João César Lima | Joel Korn | José Luiz Silveira Miranda | Luiz Fernando Teixeira Pinto | Omar Carneiro da Cunha | Peter Dirk Siemsen | Rafael Sampaio da Motta | Roberto Prisco Paraíso Ramos | Robson Goulart Barreto | Ronaldo Camargo Veirano | Rubens Branco da Silva | Sidney Levy

DIRETOR-SECRETÁRIO João César Lima_Co-CEO, Grupo Case Benefícios e Seguros

Alexandre de Oliveira Lobo Cavalcanti_Diretor de Vendas Rio e Norte do Brasil, American Airlines

Carlos Eduardo Caruso Ferreira_CEO, CSM do Brasil Marketing Esportivo Carlos Otavio Quintella_Diretor Executivo do Centro de Estudos de Energia, FGV Energia

DIRETOR FINANCEIRO Carlos Affonso S. d’Albuquerque_CEO, Valid

Claudette Marie Christian_Sócia-representante, Hogan Lovells Consultores em Direito Estrangeiro

CONSELHEIRO JURÍDICO Luiz Claudio Salles Cristofaro_Sócio, Chediak Advogados

Fernanda Leitão_Tabeliã, 15º Ofício de Notas

EX-PRESIDENTES Rafael Sampaio da Motta; Henrique Rzezinski; Roberto Ramos

Italo Mazzoni_Presidente, Ibeu

PRESIDENTES DE HONRA Sergio Amaral_Embaixador do Brasil nos EUA P. Michael McKinley_Embaixador dos EUA no Brasil

Gilberto Ururahy_Diretor Médico, Med-Rio Check-Up Javier La Rosa_Presidente, Chevron Brasil João César Lima_Co-CEO, Grupo Case Benefícios e Seguros José Alberto Benamor_Diretor Global, Citibank José Firmo_Vice-presidente Sênior, Seadrill Luis Carlos Patrão Novo_Sócio, TMF Group

PRESIDENTES DE COMITÊS

Luiz Claudio Salles Cristofaro_Sócio, Chediak Advogados

Assuntos Jurídicos – Julian Chediak_Sócio, Chediak Advogados

Luiz Fernando Bertoncello_Vice-presidente Sênior de Operações e COO, Prudential do Brasil

Propriedade Intelectual – Andreia de Andrade Gomes_Advogada, TozziniFreire Advogados Tributário – Gerson Stocco_Sócio, Gaia, Silva, Gaede & Associados Advogados Marketing – Noel De Simone_Sócio, Casa da Criação Petróleo e Gás – Ana Lopes_Relações Governamentais e Públicas, Chevron Brasil Recursos Humanos – Claudia Danienne Marchi_ CEO, Degoothi Consulting Saúde – Gilberto Ururahy_Diretor Médico, Med-Rio Check-Up Seguros, Resseguros e Previdência – Acacio Queiroz

Manuel Domingues e Pinho_Presidente, Domingues e Pinho Contadores Manuel Fernandes_Sócio, KPMG Mauricio J. Vianna e Silva_CEO, MJV Technology & Innovation Noel De Simone_Sócio, Casa da Criação Patrício Marques Roche_Sócio, PwC

Sustentabilidade – Renata Chagas_Gerente de Comunicação e Sustentabilidade, Prudential do Brasil

Sérgio de Oliveira Duarte_Presidente, Vitalis Indústria de Alimentos

Tecnologia da Informação e Comunicação – Gustavo Moreira_Responsável pela filial do Rio de Janeiro, IBM Brasil Turismo e Negócios – Alexandre Cavalcanti_ Diretor de Vendas Rio e Norte do Brasil, American Airlines INICIATIVAS Indústria Criativa e Cultura – Steve Solot_ Presidente, Latin American Training Center – LATC Relações Governamentais – João César Lima_ Co-CEO, Grupo Case Benefícios e Seguros

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Solange Zaquem_Diretora Comercial, SulAmérica Seguros Steve Solot_Presidente & CEO, Latin American Training Center – LATC

Mais de 500 empresas, nacionais e estrangeiras, já contam com a expertise da DPC na gestão dos seus negócios.

DIRETORES Bruno Moreira Giestas_Diretor de Marketing, Realcafé Solúvel do Brasil S.A.

Melhor controle, melhor gestão, melhor desempenho. Conte com a DPC.

Carlos Fernando Lindenberg Neto_Diretor, Rede Gazeta João Carlos Pedrosa da Fonseca_Superintendente, Rede Tribuna Márcio Brotto Barros_Presidente, Bergi Advocacia Marcílio Rodrigues Machado_Negócios Internacionais

Maria Alice Paoliello Lindenberg_Relações Governamentais

Rogério Mendonça_Presidente & CEO América Latina, GE Óleo & Gás

Conte com os especialistas da Domingues e Pinho Contadores na análise, planejamento e suporte para enfrentar os novos desafios com segurança e tranquilidade.

VICE-PRESIDENTE Fabio Brasileiro_Diretor, Vale S.A.

Regina Oliveira_Diretora Comercial para América Latina, Dow Brasil

Setor Elétrico – Alessandra Amaral_ Diretora-presidente, Energisa Comercializadora

Grupo de Estudos de Licenciamento Ambiental – Luiz Gustavo Bezerra_ Sócio, Mattos Filho Advogados

PRESIDENTE Otacílio José Coser Filho_Membro do Conselho de Administração, Coimex Empreendimentos e Participações Ltda.

Marcos Guerra_Presidente, Findes

Robson Goulart Barreto_Sócio, Veirano Advogados

Em 2018, várias mudanças irão ocorrer nas obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias da sua empresa.

DIRETORIA AMCHAM ESPÍRITO SANTO

Pedro Paulo Pereira de Almeida_Vice-presidente América Latina, IBM Brasil

Roberto Simões_CEO, Odebrecht Óleo & Gás

A ÚNICA CERTEZA É QUE TUDO VAI MUDAR. SUA EMPRESA ESTÁ PREPARADA?

Ricardo Vescovi Aragão_Presidente, Samarco Mineração Rodrigo Loureiro Martins_Advogado, Sócio Principal, Advocacia Rodrigo Loureiro Martins Simone Chieppe Moura_Diretora-geral, Metropolitana Transportes e Serviços Victor Affonso Biasutti Pignaton_Diretor, Centro Educacional Leonardo da Vinci

Contabilidade • Impostos • DepartamentoPessoal Pessoal • SPED Tributária • Paralegal Contabilidade • Impostos • Departamento SPED• •Consultoria Consultoria Tributária • Paralegal Financeira • Consultoria TrabalhistaeePrevidenciária Previdenciária • •SISCOSERV • BACEN • Gestão de RH GestãoGestão Financeira • Consultoria Trabalhista SISCOSERV • BACEN • Gestão de RH Mapeamento de Processos • GestãoDocumental Documental •• Consultoria Consultoria em de Sistemas Mapeamento de Processos • Gestão emImplantação Implantação de Sistemas Due Diligence • Pessoa Física - Consultoria ee Impostos Impostos • •Obrigações de de Expatriados Due Diligence • Pessoa Física - Consultoria Obrigações Expatriados

LINHA DIRETA COM A AMCHAM RIO Gerência Executiva: Nadia Stanzig (21) 3213-9231 | nadiastanzig@amchamrio.com Administração e Finanças: Liliane Ponte (21) 3213-9212 | liliane@amchamrio.com Comunicação: Vanessa Barros (21) 3213-9230 | vanessabarros@amchamrio.com Associação e Comercial: Felipe Tavares (21) 3213-9294 | felipetavares@amchamrio.com

Parcerias:

www.dpc.com.br

RJ: (21)3231-3700 SP: (11)3330-3330

LINHA DIRETA COM A AMCHAM ES

Diretor Executivo: Luiz Fernando Mello Leitão (27) 99972-5933 | leitao@amchames.com

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Rio de Janeiro • São Paulo • Macaé


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American Airlines e o logotipo do Símbolo de voo são marcas comerciais da American Airlines, Inc. A oneworld é marca registrada da oneworld Alliance, LLC. 2017 American Airlines, Inc. Todos os direitos reservados.

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