JornalESAS, Junho 2012

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Sessão Académica Conferência das Nações Unidas Žilina, Eslováquia 20 a 26 de março de 2012

N

o dia 20 de março de 2012, juntamente com os outros membros do Clube Europeu,

apanhei, no aeroporto Sá Carneiro, o primeiro de três aviões da viagem que nos levaria à Eslováquia, a fim de participar na conferência ZAMUN. A viagem decorreu normalmente, tendo sido apenas um pouco cansativa,

pois

durou

cerca

de

18

horas.

Chegamos à estação de comboios de Žilina, onde as famílias de acolhimento nos esperavam, por volta da

Texto de Maria Monteiro, do 10ºC

meia-noite. A minha família tinha dois filhos: um rapaz, de sete anos, e uma rapariga, de catorze. Só na minha imaginação me tinha visto a debater seriamente os assuntos da política internacional da atualidade num grupo de cerca de 100 pessoas como eu. Ao fim de dois dias, conseguimos aprovar propostas de reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Em jeito de balanço, devo referir que vivi durante quatro dias no seio de uma família de acolhimento que me proporcionou o contacto com uma nova cultura e o conhecimento de uma história e de uma gastronomia diferentes. Conheci muitos jovens com interesses semelhantes aos meus, fiz muitos amigos, com alguns dos quais ainda me mantenho em contacto. Aprendi ainda que esquecer o Irão numa votação é extremamente perigoso e também normas de Da esquerda para a direita: Miguel Ramalho (10ºD), Rita Magalhães (10ºD), Maria Monteiro (10ºC) e Henrique Vasconcelos (10ºD)

debate formal. Foi uma experiência muito enriquecedora. 

Continuação da Entrevista ao Dr. Francisco Pinto da pág. 7 JRA: As portas da FEUP estão abertas para que tipo de visitantes? Prof. F.P.: Periodicamente, temos visitas de escolas secundárias. Todos os anos, o Departamento de Engenharia Civil realiza a Semana “Profissão do Engenheiro” em que várias escolas se inscrevem e podem visitar várias áreas e laboratórios. Para além disso, temos visitas de outras faculdades e organismos de outros países. Temos gosto em mostrar este laboratório; não é muito grande, mas também não é muito pequeno: é como se fosse a nossa sala de visitas. JRA: Que países exploram a energia das ondas? Prof. F.P.: Há países que, por terem mais recursos, estão um pouco mais avançados no aproveitamento da energia das ondas. O Reino Unido: a Irlanda, a Escócia e Inglaterra, por terem maior experiência e um historial mais longo de ligação a esta área, são países que estão a trabalhar mais e a tentar aproveitar este recurso. Portugal também tem trabalhado nas últimas duas ou três décadas nesta área. Como recurso disponível na costa portuguesa, a energia das ondas é bastante interessante e Portugal também dedica a esta área bastante tempo em termos de investigação e de projetos nacionais e internacionais. Outros exemplos são a República da Irlanda, a Finlândia, a Suécia, a Dinamarca e a Austrália. São países

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que, por terem um recurso elevado de costa marítima, dedicam também algum esforço em termos financeiros, humanos e de conhecimento. JRA: Tendo em conta a riqueza do mar português, que expetativas tem relativamente à utilização da força do nosso mar? Prof. F.P.: Se fizermos um paralelo com outras tecnologias, nomeadamente com a energia do vento – se pensarmos que, há vinte ou trinta anos, a energia do vento existia, mas não estava a ser aproveitada e que, hoje em dia, já é uma energia perfeitamente instalada e credível, uma tecnologia rentável, a minha perspetiva é que o mesmo possa acontecer com a energia das ondas. Posso dizer que, daqui a 10 ou 20 anos, esta tecnologia talvez atinja os níveis de aplicação, de desenvolvimento e de rentabilidade que hoje existem para a energia do vento. Isto demora… Como expliquei, esta questão da investigação, dos testes em laboratório, dos testes em computador, até chegarmos ao protótipo, é muito demorada… E, mesmo quando chegamos a este ponto, o protótipo tem de produzir energia suficiente e ser seguro. A minha expectativa é que, daqui a dez ou vinte anos, a energia das ondas possa estar no patamar atingido hoje pela energia eólica.

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