UM HOMEM TAMBÉM TEM OS SEUS TIMBRES
Havia na terra uma Mulher, com M grande, o U também, e o L, por aí fora. Há muitos anos. E batia no homem. Que respeitava, já veremos, até que o tratava por você (por senhor, vá). E o homem, que tantas apanhou, acabou por descobrir uma defesa: metia-se por baixo da cama e resguardava-se lá para o fundo, onde a mulher não pudesse chegar-lhe. Certa maré em que a situação azedou, mais uma vez, lá estava ele, cosido contra a parede, sob a cama, e a mulher tentava desacoitá-lo, eschuçando-o com o vassoiro. -‘ Saia, saia cá para fora’ – increpava ela. E ele, senhor do seu papel: - ‘Não saio. Um homem também tem os seus timbres’... Como quem diz, sua teima, seu querer, seu brio. E seu corpinho...