Escriba Edição 19

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Ano III - 19ª Edição - Janeiro de 2009

Escriba

UMA REVISTA DA ASSOCIAÇÃO DOS ESCRIVÃES DE POLÍCIA DA PCDF

AESP/DF

14 ANOS DE RESISTÊNCIA FILIE-SE JÁ, A AESP É A VOZ DA ESCRIVANIA DA POLÍCIA CIVIL Telefax:(61) 3965-5960/3965-5959 - SQS Qd.01 Bl. L Ed. Márcia - Sala 801 Brasília/DF CEP:70307-900 - e-mail: falecom@aespdf.org


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Editorial 2009 chega trazendo 84 novos Escrivães de Polícia. É verdade que esse número de profissionais nem de longe resolve a atual situação da Escrivania, mas certamente irá amenizar a realidade de algumas Unidades, que, não fosse a boa vontade e a competência de Escrivães abnegados e comprometidos com seu mister, teriam seus Cartórios entregues a própria sorte. Por ser uma solução efetiva, nossa principal bandeira em 2009 será o aumento do quadro, uma vez que estamos amarrados a um quantitativo previsto para atender as necessidades do ano de 1993 e por mais que reclamemos, o ingresso dos novos Escrivães irá preencher as vagas previstas em lei para o cargo de Escrivão de Polícia da PCDF, hoje 505, nos deixando sem a possibilidade de sequer pleitearmos novos concursos. Ainda nesse tema, iremos acompanhar o retorno dos Agentes Penitenciários, os quais deverão atuar como agentes, escrivães ou

EXPEDIENTE

Endereço AESP/DF: papiloscopistas. Como SCS Qd. 01, Bl. “L”, a situação do Escrivanato é Ed. Márcia Sl. 801. Fones: 3965.5959/3965.5960. caótica, há o compromisso Horário de Funcionamento: da DGPC em condicionar os seg. a sex. das 09:00hs às 17:00hs. falecom@aespdf.org primeiros retornos à Polícia a atuação como Escrivão. Com essa medida esperaDiretoria da AESP mos conseguir de cinAGNALDO MACHADO CRUZ qüenta a cem novos PRESIDENTE (61) 9901.8512 - agnaldo@aespdf.org Policiais nos CartóBIOMAR RIBEIRO DA SILVA rios. VICE-PRESIDENTE LINDOMAR DE SOUSA ROCHA Em que pese a quesSECRETÁRIO-GERAL tão do efetivo, outras EDVALDO VIEIRA DINIZ SECRÉTARIO-ADJUNTO questões fundamenVANCERLAN FERREIRA GUEDES tais para o Escrivão DIRETOR FINANCEIRO ARNALDO DIAS BARROS de Polícia serão alvos de nossa atuação. FINANCEIRO-ADJUNTO Organização e união são as palavras de or- DIRETOR FRANCISCO GOMES DE SOUSA dem para alcançarmos vitórias. Arregacemos (DIRETOR-JURÍDICO – IN MEMORIAN) as mangas e vamos a luta, pois nenhum de ROBERTO ANTÔNIO R. INÁCIO DIRETOR JURÍDICO-ADJUNTO nós é melhor ou maior que todos nós juntos! LUCIANA DE OLIVEIRA RIBEIRO

SUMÁRIO

Um forte abraço e até a próxima.

DIRETORA-SOCIAL ANTONIO MARINHO NETO SOCIAL-ADJUNTO

Conselho Fiscal JEZIEL DA SILVA NASCIMENTO PRESIDENTE DO CONSELHO FISCAL OSNI ATAÍDE CAVALCANTE

Agnaldo Machado Cruz Escrivão de Polícia Presidente da AESP/DF

Artigo: ...................................................................................................... PÁG. 03 Capa ............................................................................................... PÁGS. 04/05 AESP em Foco ...................................................................................... PÁG. 06 Saúde ..................................................................................................... PÁG. 07 Ponto de Vista ....................................................................................... PÁG. 08 Escrivão que Faz ...................................................................................... PÁG. 09 Entrevista ......................................................................................... PÁGS. 10/11 Aniversariantes ....................................................................................... PÁG. 12

VICE-PRES. DO CONSELHO FISCAL JADIVÂNIA DA SILVA MOREIRA VOGAL DO CONSELHO FISCAL MARIA CONCEIÇÃO F. N. LEÓDIDO SUPLENTE DO CONSELHO FISCAL

Textos e reportagens AGNALDO MACHADO CRUZ Fotos e revisões LUCIANA MELO Diagramação e Designer Gráfico CRISOFT - Soluções de Informática (61.8498-1180) - SKYPE:crisoft.informatica Impressão Studio 9 Comunicação Ltda Contatos Publicitários Luiz Carlos da Rocha (61.8441-2008)

OBS.: As matérias e artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.

Artigo

“O CÉREBRO, AS MÃOS E O INVISÍVEL” Certa vez ouvi uma analogia bastante interessante sobre a funcionalidade da máquina policial com outra máquina extraordinária que é o corpo humano. Os Delegados de Polícia desempenhariam a nobre e honrosa função do cérebro. Seria a mente que usa o raciocínio e bom senso para procurar a melhor maneira de comandar os membros do conjunto. Seguindo a lógica estrutural, os agentes de Polícia seriam os membros de execução. As mãos que prendem o infrator e os pés que perseguem a Justiça. Mas aí eu me pergunto: E nós escrivães o que somos? Será que não temos um relevante papel na obra grandiosa de zelar e fazer cumprir a lei e a justiça? Indubitavelmente, temos um papel mais complexo do que se pensa. Nós fazemos a interação, o funcionamento harmonioso entre a mente e os membros. Nós transformamos o pensamento e a ação em realidade concreta, palpável, que mostra à sociedade que a Polícia trabalha para o bem comum e em defesa da ordem pública. Funcionamos como uma espécie de força invisível que reali-

za o visível. Contudo, esse valor não vem sendo há algum tempo reconhecido. Em primeiro lugar, porque somos uma minoria assoberbada de tarefas infindáveis, que não nos proporcionam a chance de pleitear o reconhecimento de nossos direitos e méritos profissionais. Em segundo lugar, em decorrência desse excessivo volume de trabalho não temos tempo para ter o direito de sentir prazer naquilo que desempenhamos. O merecido zelo que a nossa atividade merece. E em terceiro lugar, porque estamos encurralados pelos males da vida moderna, principalmente, pelo alto nível de stress, que nos encaminham para valas muito mais sérias e profundas. A tristeza, a baixa auto-estima e, em caso extremo, a depressão. Este último estágio da evolução negativa ocasionada pela falta de atenção com a nossa categoria tem provocado muitos casos de adoecimento emocional, haja vista que a saúde não se resume ao corpo físico, mas também e sobretudo, ao psicológico, que é o equilíbrio de tudo. Aliás, como se diz no adágio popular: “mente sã,

corpo são”. Precisamos de maior equidade no trato de nossa categoria. O princípio da igualdade de extração constitucional deve ser a bandeira a ser levantada pelo escrivanato na busca de melhores condições de trabalho. Plantões policiais e turnos de expediente são constituídos do auxílio de mais de um agente. Por que o escrivão não pode ter um colega assistente para dividir o pesado, porém, não menos excelso e dignificante, quinhão de responsabilidade de suas tarefas rotineiras? É preciso refletir sobre isto. Ou haveremos de testemunhar a negativa evolução de mais e mais colegas escrivães, num ciclo pernicioso de adoecimento.

(Luiz Gustavo Torres de Freitas Escrivão de Polícia – 15ª DP)

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Escriba - uma revista da Associação dos Escrivães de Polícia da PCDF

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Capa

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AESP/DF - 14 anos de resistência No dia 06 de janeiro de 1995, alguns visionários, apropriando-se do vácuo de representatividade nas questões específicas do Escrivão de Polícia, de forma romântica e até amadora, mas plenamente cônscios da importância e necessidade de uma entidade exclusivamente direcionada aos pleitos e anseios dos Escrivães de Polícia, fundaram a Associação dos Escrivães de Polícia da Polícia Civil do Distrito Federal – AESP/DF.

Nesses quatorze anos de existência a AESP/DF já teve seus altos e baixos e hoje, plena do seu papel junto a categoria, tem tido uma atuação voltada não só ao associado, mas a toda categoria, buscando incansavelmente retomar a credibilidade perdida ao longo dos anos.

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A frustração causada pela realidade de que a Associação não veio com uma vara de condão capaz de solucionar os problemas da categoria foi um fator preponderante para a desagregação dos profissionais, que nunca fizeram da sua legítima entidade representativa um só corpo, mas a compreensão de grande parcela dos Escrivães de Polícia de que a AESP pode e deve ser a nossa voz é o que nos fez chegar até aqui. É bem verdade que outros fatores levaram da AESP quadros fantásticos, deixando a entidade órfã desses bravos guerreiros. Contudo, a perseverança daqueles que permaneceram, sem dúvida alguma é a bússola que nos levará a um porto seguro.

Não obstante termos vivido circunstâncias prós e contras, o fato é que a Associação dos Escrivães, bem ou mal, resistiu ao tempo e ainda nutrindo o sonho de seus fundadores, continua de pé empunhando a bandeira de luta de sua razão de existir, o Escrivão de Polícia. Há muito que se fazer, mas de todas as lutas, sem dúvida a maior delas é a união da categoria, o que buscaremos diuturnamente por meio da demonstração contínua de que sozinhos somos profissionais isolados, e unidos formamos uma categoria pequena, mas extremamente forte.

ELIVALDO FERREIRA, WANDER NEVES, CARLOS ALBERTO QUARESMA, ALUÍSIO DE SOUSA, MARIA ESTELA, NEILA VENISE, JOSÉ GERALDO BISPO, BOAZ DE ARAÚJO, DIONÍSIO DA COSTA, PEDRO ALVES e ANTONIO MORAIS NETO, componentes da primeira diretoria da Aesp/ DF, nosso muito obrigado por terem encampado a idéia e materializado a Associação dos Escrivães de Polícia. Que o sonho de todos vocês, hoje realidade, sirva efetivamente aos objetivos e necessidades dos Escrivães de Polícia. FELIZ ANIVERSÁRIO A AESP/DF!

Aos queridos DAVI GIMENEZ, MANOEL SOARES, CÁSSIA GONÇALVES, ELIANA DE SOUZA, JAIR PORTELA,

06 de janeiro de 1995, sócios fundadores, num momento histórico, assinam ata de fundação da Associação dos Escrivães de Polícia da PCDF.

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Síndrome do Ombro Doloroso

janeiro

07 Presidente da AESP/DF, Escrivão Agnaldo Machado Cruz, reúne-se com o Diretor Adjunto da PCDF, Delegado João Monteiro, oportunidade em que temas como data de nomeação e lotação dos novos Escrivães, além de escala diferenciada nortearam a pauta. Aumento do quadro, material físico e tecnológico e melhorias gerais de condições de trabalho do Escrivão de Polícia também marcaram a reunião.

CU ID E- SE

AESP em FOC

Conceito Ombro doloroso é uma síndrome caracterizada por dor e impotência funcional de graus variados, que acomete estruturas responsáveis pela movimentação do ombro, incluindo as articulações, tendões e músculos, ligamentos e bursas. A estes sintomas se agregam àqueles que caracterizam transtornos ou afecções locais ou a distância de implicações etiopatogênicas no aparecimento da síndrome.

Fotos: ELIU

ANATOMIA LOCAL

janeiro

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Diniz, D’Souza e

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Ratificando a democracia existente nas entidades representativas da PCDF, a Diretoria Eleita da AGEPOL, triênio 2009/2011, foi empossada em solenidade que contou com a presença de autoridades como o Deputado Laerte Bessa e do Diretor Adjunto da PCDF, Delegado João Monteiro. Também se fizeram presentes integrantes de várias entidades, entre os quais o Secretário Geral Adjunto da AESP/DF, Escrivão Diniz, que representou o Presidente da Associação. A Associação dos Escrivães deseja ao Presidente D’Sousa e toda sua Diretoria uma gestão plena de êxito e vitórias. A AESP/DF parabeniza os Escrivães de Polícia JANDUÍ da 8ª DP, ANAÍDE da 24ª e MARCO ROBERTO da DCPI, que certamente vão honrar a Escrivania a frente das Diretorias para as quais foram eleitos nessa nova gestão da AGEPOL.

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Saúde

Articulações O ombro é formado por três articulações (gleno-umeral), acrômio-clavicular e esternoclavicular e uma região de deslizamento entre a escápula e região torácica, que são essenciais para todos os tipos de movimentos realizados pelo ombro. Tendões e músculos O principal grupo muscular responsável pela movimentação do ombro é o manguito rotador. Bursas A principal é a bursa subacromial localizada acima do

tendão do músculo supra-espinhoso e abaixo do acrômio. Ligamentos São responsáveis pela estabilidade da articulação; os principais são a cápsula gleno-umeral e o ligamento coracoacromial. Causas • Atividade excessiva; • Hiperabdução prolongada; • Ruptura do supra-espinhoso, infra-espinhoso ou longa porção do bíceps; • Luxação acrômio-clavicular; • Fratura do troquiter; • Irritação por osteófitos; • Aderência - pacientes crônicos em leito; • Alterações - inflamações no manguito músculo tendinoso integrado. Tratamento O tratamento básico se compõe de: • Repouso na fase aguda; • Anti-inflamatórios não esteróides; • Fisioterapia: crioterapia, tens, ultra-som, ondas curtas e exercícios; • Infiltração com corticosteróides; • Cirurgia: após seis meses de tratamento conservador e rupturas dos tendões.

Figura 1 - FOSSA ADENÓIDE ESTRUTURA ESCAPULAR

Figura 2 - LIGAMENTOS E TENDÕES EM TORNO DA ARTICULAÇÃO DO OMBRO

Figura 3 - RELAÇÃO MANGUITO ROTADOR E BURSA SUBACROMIAL.

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Observando a rotina dos plantões de algumas Delegacias nos deparamos com o sacrifício imposto ao Policial por uma escala de 24 horas. Em vigor na PCDF há vários anos, a escala de 24 horas de trabalho ininterrupto já não se mostra tão producente, se não vejamos: Não são raros os plantões, e aí incluo a DCA e a DCAII, onde os Policiais permanecem vinte e quatro e em muitos casos trinta, quarenta horas efetivamente trabalhando, sem um momento de descanso, privando-se inclusive do sagrado horário da refeição. Delegacias como a 1ª, 2ª, 15ª, 17ª, 27ª, DCA, DCAII, entre outras, onde o registro de ocorrências e as autuações em flagrantes são cada vez mais crescentes, o desgaste imposto ao Policial a cada plantão são visíveis no rosto e no aspecto físico dos colegas que por necessidade ou por conveniência da Instituição têm pago com a saúde a permanência no plantão. Claro que o aumento da população e da criminalidade, contrapondo-se ao reduzido quadro efetivo, estão intimamente ligados a essa realidade, e no caso específico das DCA’s, ainda tem-se o fato de que apenas duas Delegacias são responsáveis por todos os atos infracionais cometidos nas Circunscrições do Distrito Federal.

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Ponto de vista

Diante desse quadro, faz-se urgente a necessidade da mudança da escala em vigor na PCDF. A sugestão é de cortar as vinte e quatro horas ao meio e desenvolvermos um regime de doze horas. O problema é que sempre que se pensa nessa hipótese “os pregadores do apocalipse” detonam o período de folga do Policial com escalas de 12x36 (dia sim, dia não) ou 12x48 (um plantão a noite e outro de dia). Em que pese a vontade de quem trabalha em regime de plantão e as considerações legais da administração, uma boa proposta talvez fosse a implementação de uma escala de 12x24/12x72, ou seja, estando de plantão de dia, das 08h00min às 20h00min, por exemplo, o Policial teria direito a uma folga de vinte e quatro horas. No plantão seguinte, quando estaria escalado das 20h00min às 08h00min, faria jus a um descanso de setenta e duas horas. A proposta em questão, além de possibilitar uma atuação humanamente bem mais aceitável por parte do organismo do Policial, não traria maiores danos a Instituição, visto que o único ônus seria a criação de mais uma equipe, o que, diante do custo benefício obtido, poderia ser

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considerado como investimento. De toda sorte, ainda que a hipótese apresentada seja rechaçada por alguns, a quebra das vinte e quatro horas, sobretudo para o Escrivão de Polícia, o qual atua de forma solitária e impiedosamente é quem da equipe de plantão, menos tem ou não tem tempo algum para repouso, seja de dia ou/e principalmente na madrugada, faz-se imperiosa, sob pena de termos profissionais afastados não mais apenas pelas já tão maléficas e cruéis LER/DORTs, mas por distúrbios de toda ordem, advindos de um regime de trabalho excessivamente exaustivo.

Escrivão que faz! Na Polícia Civil desde 1993, quando vestiu a camisa do sacerdócio que é a Escrivania, o ex bancário JOSÉ FRANKLIN COELHO DA SILVA FILHO, nosso querido “Feijão”, é um formador de opinião. Amigo dos amigos, o Escrivão de Polícia JOSÉ FRANKLIN, embora nunca tenha desempenhado função representativa, é um Policial comprometido com a categoria e com seu trabalho profissional. Querido entre seus pares, FRANKLIN já deixou sua contribuição na 20ª, 14ª, 10ª, 30ª, DRR, DPCA, 33ª, além de ter demonstrado a competência do Escrivanato na Secretaria de Fazenda do DF. De volta a 20ª, sua atual lotação, nosso Escrivão faz questão de ressaltar que suas remoções sempre foram a seu pedido, o que demonstra a excelência que impõe ao seu mister, dado o interesse de suas chefias por seu trabalho. Ativista de todos os movimentos

que digam respeito a categoria, FRANKLIN, como de resto todo o Escrivanato, sonha com profissionais respeitados em todos os aspectos, seja do ponto de vista humano, como do ponto de vista material, com condições e recursos laborais dignos de tão nobre missão. Apesar disso, ressente-se de alguns colegas que acreditam que respeito se dá, quando na verdade a visão é de que respeito se ganha, se busca, se conquista por meio de atitudes, gestos, posições. Com todo esse histórico e essa visão de categoria, é claro que JOSÉ FRANKLIN COELHO DA SILVA FILHO está credenciado a ser e , sem dúvida alguma É,

UM ESCRIVÃO QUE FAZ!

Agnaldo Machado Cruz Escrivão de Polícia Presidente da AESP/DF

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Entrevista

ESCRIBA – Dia 06 de janeiro a Associação dos Escrivães completou quatorze anos de existência. Como um dos fundadores da AESP, contenos sobre o nascedouro desse sonho e seus idealizadores, a importância e a necessidade da Associação para os Escrivães de Polícia.

tada por conta da evolução tecnológica. Quais providências você vê como capazes de fazer o trabalho da Escrivania menos penoso e mais produtivo?

MANOEL – De forma geral não acredito que o escrivão pense assim. Há, por certo, colegas que não se incomodam com o estado precário com que se debatem os escrivães nas Unidades Policiais, mas a maioria sofre com isso e gostaria de ver o quadro geral melhorado. Pessoas como o Luiz Claudio e o Marcelo são exemplos de escrivães aguerridos e empenhados pela causa da escrivania, ainda que estejam em funções tidas por alguns como privilegiadas na instituição. Reitero que o problema não é de falta de vontade da escrivania em se engajar por melhorias, mas de ausência de credibilidade no órgão que o representaria, no caso a AESP, infelizmente é assim que vejo.

MANOEL – Não havia na PCDF, perceptível ao menos, preocupação com a modernização do trabalho do escrivão com o uso da informática. O primeiro programa de computador aproveitado pela instituição para uso dos escrivães foi elaborado por um escrivão para uso particular, diante da falta absoluta de meios oferecidos. Estamos melhorando, mas muitas das sugestões que foram encaminhadas à DINF pelos colegas ainda não foram implementadas para otimizar os programas existentes como ferramentas de uso da escrivania. Quanto à carga de trabalho, o volume mesmo, tenho orientado os colegas para levarem a termo o trabalho com a qualidade que a atividade requer, preocupando-se primeiramente com a correição do que for produzido, e menos com o quantum da produção. Isto deve ser considerado para que o serviço nosso não seja maculado. E, acima de tudo, dirigir a força de trabalho para a atividade-fim do escrivão.

pleitear junto à direção da PCDF melhorias de ambiente de trabalho, jornada diferenciada, entre outras conquistas que diziam respeito aos escrivães de polícia

Nessa edição, por conta do aniversário da AESP/DF, o ESCRIBA, resgatando um pouco da história da Associação, entrevistou MANOEL GUIMARÃES, atual Escrivão Chefe da 11ª DP e um dos sócios fundadores da entidade. Apesar de nunca ter participado das gestões da Associação dos Escrivães, MANOEL sempre foi engajado a causa da Escrivania, além de ser uma referência entre seus pares quando o assunto é posicionamento, atitude e defesa da categoria, razão pela qual acreditamos ter sido uma feliz escolha para nossa entrevista. Na PCDF desde 1991, MANOEL fala sobre a atual gestão da AESP/DF, seu nascimento e trajetória, da categoria e deixa uma mensagem para os Escrivães que estão chegando.

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MANOEL – A entidade nasceu com o objetivo de reunir a categoria, movida por interesses comuns, ao lado de outras representações, para pleitear junto à direção da PCDF melhorias de ambiente de trabalho, jornada diferenciada, entre outras conquistas que diziam respeito aos Escrivães de Polícia. Ao lado disso, viabilizar serviços para os associados com a celebração de convênios com empresas prestadoras de serviços das mais diversas ordens.

ESCRIBA – Mesmo aqueles profissionais que são céticos com relação à força de uma associação, entendem ser necessária a existência de uma entidade que represente especificamente os Escrivães de Polícia. Diante dessa constatação, a que você atribui essa falta de engajamento de toda categoria?

ESCRIBA - Você acha que falta auto-estima e atitude ao Escrivão para mudar sua situação? Por quê?

MANOEL – Quando nos habilitamos a essa profissão, a maioria o fez por vontade, vocação mesmo, e, certamente, por auferir remuneração satisfatória para suas necessidades e de sua família. A auto-estima permeia os indivíduos por razões mais diversas e não creio que alguém tenha a auto-estima baixa pelo fato de ser Escrivão de Polícia da PCDF. Eu, de minha parte, tenho orgulho disso. Quanto à atitude para buscar mudança da situação, não passa propriamente por questão de estima, mas de organização de poder. Isto realmente falta aos escrivães. Mas decorre dos problemas aventados, no que tange à entidade representativa, e, estruturalmente, nos moldes com que nossa instituição é conduzida. Para você ter uma noção da ausência de planejamento, basta observar as mais recentes inaugurações de unidades policiais, coordenações etc, sem o aumento de efetivo respectivo. Isto acarreta problemas ao quadro, não somente de escrivão, mas de todos os servidores. É questão de adequação das políticas com a real situação da instituição.

Como toda associação, a credibilidade seria fundamental para levar os colegas à filiação

MANOEL – Infelizmente, para todos nós escrivães, a entidade não foi feliz ao longo de sua existência em se tratando de administração. Escândalos, desvios, inadimplência e outras malversações, levaram muitos associados a debandarem, vendo a farra que os diretores estavam fazendo à frente da entidade. Como toda associação, a credibilidade seria fundamental para levar os colegas à filiação, e isto, à luz dos problemas do passado, não se tem ainda hoje, apesar de todo o esforço com que se esmera o atual presidente. Vejo, por outro lado, que isto está mudando. A forma transparente e solitária do Agnaldo à frente da AESP deveria sensibilizar mais os colegas. Acredito que isto ocorrerá se ele continuar com esse trabalho, sempre apresentando resultados positivos, ainda que modestos. ESCRIBA – Você acha que o Escrivão é negligenciado e por conta disso abraçou a política

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da “farinha pouca, meu pirão primeiro”, ou seja, se a minha situação é mais ou menos para mim está bom e quem quiser que corra atrás do seu prejuízo?

ESCRIBA – A informática é sem dúvida uma grande ferramenta no trabalho cartorário, contudo a carga imposta ao Escrivão não foi facili-

e saírem prendendo infratores, para, em seguida, retornarem a Unidade e cumprirem todas as atividades inerentes à escrivania.

A forma transparente e solitária do Agnaldo à frente da AESP deveria sensibilizar mais os colegas

ESCRIBA - O que você acha da idéia de um Escrivão que atue de forma mais analítica, focado na investigação por meio das oitivas, interrogatórios e objetos fins do Inquérito e menos mecânico, perdendo horas preciosas com tarefas que poderiam ser exercidas por profissionais menos qualificados?

ESCRIBA – Por conta de uma desesperança provocada pela manutenção e até ampliação de uma política de esquecimento, grande parte dos Escrivães não acredita mais em suas entidades representativas. Para você, qual o grande perigo desse tipo de visão e como fazer para reverter essa situação?

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MANOEL – O problema é que os trabalhadores da PCDF têm predileção por entidades. Veja: AESP, SINPOL, SINDEPO, AGEPOL, AAGPC, AGEPEN, e não sei quantas outras mais entidades representativas das mais diversas categorias de servidores da Polícia Civil do Distrito Federal. De pronto, posso dizer a você que a Agepol, a Aesp e aquela de saúde, publicamente, já se envolveram em escândalos por malversação do patrimônio dos associados. Quem consegue acreditar? Várias foram as denúncias contra a presidência do Sinpol no período do último pleito, lembra-se? O que foi apurado de tudo aquilo? A crença nas entidades representativas decorre da credibilidade que essas entidades adquirem no seio dos associados, a partir de trabalho honesto, transparente, coisa que não vemos em nossas entidades que são muitas. De início, não vejo com maiores cuidados o fim de algumas dessas entidades, de forma prática, e sua repercussão no meio policial civil. Também não acredito que haja ingerência da instituição, tanto na formação quanto na extinção de algumas delas. O que percebo é que os colegas que alçam à presidência dessas entidades carregam interesses bem particulares, desconexos daqueles que deveriam motivar a existência da própria entidade. A nossa, como já disse, nessa pesada crise de credibilidade por conta do que lá fizeram os presidentes que passaram.

MANOEL - Ingressei na PCDF em 1991, egresso do Exército Brasileiro. Vejo o trabalho de Escrivão de Polícia como uma das mais nobres atividades na busca da Justiça e da boa convivência social. Sugiro aos colegas que ora ingressam nos quadros da PCDF como Escrivães de Polícia que o façam com galhardia, orgulho e muito boa vontade de trabalhar com honestidade e desinteresse pelas coisas vãs. Sintam-se felizes por fazer parte dos quadros da PCDF, sem modéstia falsa, um lugar por muitos desejado pelo país afora.

Para você ter uma noção da ausência de planejamento, basta observar as mais recentes inaugurações de unidades policiais, coordenações etc, sem o aumento de efetivo respectivo

Pessoas como o Luiz Claudio e o Marcelo são exemplos de escrivães aguerridos e empenhados pela causa da escrivania

MANOEL – O Escrivão de Polícia, em seu mister, tem incumbência de bem elaborar as peças do inquérito policial. A investigação do crime a cargo dos Agentes de Polícia e a presidência, a condução dos trabalhos, a cargo da autoridade policial. O que se vive nas unidades, muitas vezes, é que o escrivão toma depoimentos que serão reproduzidos em relatórios ‘investigativos’. Entendo, e tenho defendido isso, que o Escrivão de Polícia não deveria se imiscuir nas atividades do Agente de Polícia, principalmente em trabalhos externos, de ronda, prisões etc. Motivo: Além de ele fazer isso, deverá cumprir, e muito bem, a sua tarefa de lavrar todas as peças que formarão o inquérito policial. Isto esgota o escrivão, mas vejo que alguns colegas se envaidecem de ostentar uma arma de fogo

ESCRIBA - Em breve você irá desfrutar do descanso mais que merecido. Ao se aproximar da aposentadoria e tendo vivido tantas lutas na PCDF, que mensagem você deixa aos Escrivães que estão ingressando na Polícia?

Tenham em mente que o respeito é atributo que cabe perante todas as pessoas, e que a falta dele empobrece o indivíduo, mesmo que seja erudito. Acredito que desta forma agindo, o colega escrivão novinho não terá dificuldade em se conduzir na profissão, ciente das dificuldades que encontrará, mas determinado a não sucumbir, sempre pronto a se erguer, carregando em mente a idéia de que somos SERVIDORES PÚBLICOS e nossa missão é bem servir a sociedade que nos indeniza por esse trabalho.

“ ”

Tenho em mente que o respeito é atributo que cabe perante todas as pessoas, e que a falta dele emprobrece o indivíduo, mesmo que seja erutido.

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janeiro ANDERSON RODRIGUES M. SILVA

01/01

CARLOS ALBERTO DE O QUARESMA 08/01

GASPAR VIEIRA DE SOUSA

01/01

HELENA DOS S. MOREIRA ALVES

09/01

GILSON DE OLIVEIRA FILHO

01/01

IONIRIS FRANCISCO DA SILVA

10/01

GLADSON LEITE DE FREITAS

04/01

MANOEL NUNES GUIMARÃES

12/01

RONALDO BARROS SILVA

04/01

LUCIANO CUNHA DE OLIVEIRA

14/01

RONALDO PESSOA COELHO FILHO 04/01

JORGE LUIZ DE S R MARINHO

15/01

MARCOS RAUL DOS SANTOS LIMA

06/01

LETICIA CASTRO RODRIGUES

18/01

AUGUSTO GAUNA TELLES

08/01

ROBSON GOMES DA SILVA

18/01

ROSISLENE ALVES IUATA COSTA

20/01

WAGNER MARQUES DOS SANTOS

22/01

Ao iniciarem mais um ciclo de vida, com a certeza de que novos desafios terão que ser vencidos e com a esperança de que esses novos tempos trarão preciosas e almejadas conquistas, a AESP/DF parabeniza os aniversariantes pela honradez e presteza com que, mesmo desprovidos de material humano e recursos tecnológicos suficientes, executam seu mister com qualidade e excelência perseguidas por outras Polícias. Àqueles que em muitos casos pagam com a própria saúde o afinco e a dedicação ao sacerdócio que é a Escrivania, nossa mais honesta e justa homenagem. Que no decorrer de mais esse ano, dos incontáveis que lhes desejamos, suas lutas cotidianas, quer no campo social, pessoal e/ou profissional, tornem-se vitórias perpétuas.

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JOSE LAERCIO VIEIRA

25/01

LUPERCIO BATISTA SOUTO

25/01

BIOMAR RIBEIRO DA SILVA

26/01

CELMO KENNEDY DE OLIVEIRA

27/01

MARIA CONCEICAO F. N LEODIDO

28/01

OSMAR DOS SANTOS SILVA

29/01

ROBERTO CARLOS GOMES

29/01

LUIZ GUSTAVO GAIAO DOS REIS

30/01

CRISOFT - Soluções de Informática (61) 8498-1180 - SKYPE: crisoft.informatica

MARCONDES MORAES DE OLIVEIRA 23/01


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