Escriba Edição 09

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Escriba

UM JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS ESCRIVÃES DE POLÍCIA DA POLÍCIA CIVIL DO Ano II - 9ª Edição - Março de 2008 DISTRITO FEDERAL

FILIE-SE JÁ, A AESP É A VOZ DA ESCRIVANIA DA POL Í C I A C I V I L Te l e f a x : ( 6 1 ) 3 9 6 5 - 5 9 6 0 / 3 9 6 5 - 5 9 5 9 - S Q S Q d . 0 1 B l . L E d . M á r c i a - S a l a 8 0 1 - B r a s í l i a / D F CEP:70307-900

08 de março NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER, A NOSSA HOMENAGEM AS ESCRIVÃS DE POLÍCIA DA PCDF Veja homenagem na íntegra: pág. 03

“ESCRIVANIA EM DESTAQUE”

“CUIDE-SE”

“ESCRIVÃO QUE FAZ”

CARTÓRIO DA 26ª DÁ AULA DE ORGANIZAÇÃO E CONTROLE DE SEUS INQUÉRITOS E BENS APREENDIDOS

AESP/DF INICIA A UMA SÉRIE DE MATÉRIAS SOBRE AS LER/ DORT, RETRATANDO INICIALMENTE AS TENOSSINOVITES

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O veterano Escrivão de Polícia JOSÉ GERALDO DE OLIVEIRA, vinte e seis anos de dedicação a Escrivania é o nosso ESCRIVÃO QUE FAZ Página 6


Editorial É inegável que a modernidade fez com que a profissão evoluísse, afinal não utilizamos mais uma máquina de datilografar ou somos obrigados a nos socorrer do “digo”, recurso usual e aceitável a quem tinha que datilografar um Auto de Prisão em Flagrante em sete vias carbonadas. Ressalte-se, no entanto, que essa mesma evolução trouxe a Polícia profissionais mais preparados, senhores de seus direitos e deveres e, principalmente, cônscios da grande relevância do papel que têm na materialização do trabalho desenvolvido pela Polícia Judiciária. Tão Policial quanto qualquer integrante das outras categorias que compõem a carreira Policial Civil, esse profissional contemporâneo, de nível superior, pós graduado, mestrado e em alguns casos, até doutorado, não aceita ser o “bobo da corte” da Instituição e nega-se a ser o “faz tudo”, que além de não ter o devido reconhecimento, sequer tem sua saúde respeitada. Uma nova realidade para o desempenho da Escrivania se impõe nos dias atuais, sob pena de a Polícia perder seus Escrivães para as doenças de trabalho ou para outros entes do governo. Esse último dado não é uma hipótese, mas uma constatação verificada por intermédio do êxodo da nossa melhor força de trabalho para a Polícia Federal, Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa, Tribunais e vários outros órgãos, onde, não raramente, esses quadros submetem-se a prejuízos financeiros em troca do simples e real apelo da qualidade de vida laboral que tanto buscamos. Um forte abraço e até a próxima.

Agnaldo Machado Cruz Escrivão de Polícia Presidente da AESP/DF

EXPEDIENTE

Endereço AESP/DF: SCS Qd 01, Bl L, Edifício Márcia sala 801. Fones: 3965.5959/3965.5960. Horário de Funcionamento: segunda a sexta, das 12h00min às 19h00min.

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Diretoria da AESP AGNALDO MACHADO CRUZ PRESIDENTE

BIOMAR RIBEIRO DA SILVA VICE-PRESIDENTE

LINDOMAR DE SOUSA ROCHA SECRETÁRIO-GERAL

EDVALDO VIEIRA DINIZ SECRÉTARIO-ADJUNTO

VANCERLAN FERREIRA GUEDES DIRETOR FINANCEIRO

ARNALDO DIAS BARROS

DIRETOR FINANCEIRO-ADJUNTO

FRANCISCO GOMES DE SOUSA

(DIRETOR-JURÍDICO – IN MEMORIAN)

ROBERTO ANTÔNIO R. INÁCIO DIRETOR JURÍDICO-ADJUNTO

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JEZIEL DA SILVA NASCIMENTO

Conselho Fiscal

JEZIEL DA SILVA NASCIMENTO PRESIDENTE DO CONSELHO FISCAL

OSNI ATAÍDE CAVALCANTE VICE-PRESIDENTE DO CONSELHO FISCAL

JADIVÂNIA DA SILVA MOREIRA VOGAL DO CONSELHO FISCAL

MARIA CONCEIÇÃO F. N. LEÓDIDO SUPLENTE DO CONSELHO FISCAL

Textos e reportagens AGNALDO MACHADO CRUZ Fotos e revisões LUCIANA MELO Diagramação e Designer Gráfico CRISTIANO BERNARDO (61) 8498-1180 Impressão Studio 9 Comunicação Ltda

A AESP/DF não se responsabiliza por matérias assinadas. Crisoft - Soluções de Informática - 61-8498-1180

O grande volume de trabalho, aliado ao reduzidíssimo número de profissionais, é apenas a ponta do iceberg de insatisfação porque passa o Escrivanato da PCDF. Fatores como desprestígio, negligência a saúde do profissional e depreciação da carreira, andam lado a lado com a super valorização de quem vive jogando o “piano” de uma Delegacia nas costas do Escrivão de Polícia, o que, inevitavelmente tem levado grande parte dos Escrivães não só a descrença quanto ao futuro da profissão, mas acima de tudo a falta de motivação para continuar num sacerdócio aparentemente inglório. Ninguém deseja fazer apologia à discórdia entre as carreiras, principalmente entre as que atuam em Delegacias de Polícia, até porque, embora todos trabalhem com foco no mesmo fim, ou seja, entregar a Justiça delituosos infratores do ordenamento penal, cada um tem seu campo de ação previamente definido. Apesar disso, é visível a distribuição desigual de atribuições e carga de trabalho dentro de uma Unidade Policial, sem falar, é claro, na gritante diferença de recursos humanos disponíveis entre as diversas Seções e o Cartório, que na média fica com um percentual de cinco a dez por cento do efetivo de uma DP.


Capa NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER, A NOSSA HOMENAGEM AS ESCRIVÃS DE POLÍCIA DA PCDF

No dia 08 de março se comemorou o Dia Internacional da Mulher e o grito de parabéns dado a todas as mulheres é estendido pela AESP/DF a todas as Escrivãs de Polícia da PCDF. Em inúmeras empresas, em todas

ELEIÇÕES SINPOL

2008

as esferas de governo, em todos os níveis hierárquicos, a mulher vem ocupando um espaço cada vez maior, desempenhando as

atribuições do cargo que ocupam com extrema competência e maestria, inclusive em áreas estratégicas como é o caso da Segurança Pública e em especial da Polícia Civil. Delegadas de Polícia, Peritas Criminais, Médicas Legistas, Agentes de Polícia, Agentes Penitenciárias, Papiloscopistas e especialmente as nossas queridas e inestimáveis ESCRIVÃS DE POLÍCIA, merecem todo respeito e aplauso da categoria, uma vez que numa Polícia que se pretende moderna, não há mais como prescindir da mão-de-obra feminina. A todo quadro feminino da PCDF e de uma forma especial ao corpo de Escrivãs da nossa Instituição, a nossa mais singela e honesta homenagem. Que não só o dia 08 de março, mas que todos os dias do ano possam ser dedicados a esse ser humano que tem a exclusividade do dom da vida.

Por volta das 04h00min de sexta-feira, 14 de março, foi anunciado o resultado oficial das eleições do SINPOL/DF, tendo se sagrado vencedora a chapa 01, encabeçada pelo atual Presidente WELLINGTON LUIZ, que assim consegue a reeleição. Dos 6.050 policiais sindicalizados e aptos a votar, o pleito contabilizou 3.939 votos, dos quais 68 foram nulos ou brancos. Os 3.871 votos válidos ficaram distribuídos da seguinte forma: 1.681 votos para Chapa 01 (43,42%); 1.137 votos para Chapa03 (29,37%) e 1.053 para a Chapa 02 (27,20%). A Associação dos Escrivães de Polícia da PCDF – AESP/DF parabeniza o Presidente reeleito e toda sua diretoria pela vitória nas urnas, desejando-lhes, nessa nova gestão, êxitos e conquistas para todas as categorias da carreira Policial Civil.


Escrivania em destaque CARTÓRIO DA 26ª DÁ AULA DE ORGANIZAÇÃO E CONTROLE DE SEUS INQUÉRITOS E BENS APREENDIDOS

Dando sequência ao trabalho iniciado pelo seu antecessor, o escrivão Davi, a atual chefe do cartório da 26ªDP, escrivã Glaucia de Moraes, reduziu em 50% o número de IP em tramitação.

dos Escrivães que com ela trabalham, lamentando-se apenas do fato de o Cartório da 26ª, como ocorre em quase 100% das Unidades Policiais, sofrer pela falta de efetivo, fazendo com que os profissionais, em que pese a redução drástica do número de inquéritos, ainda tenham uma carga de trabalho muito elevada. A despeito disso, a Delegacia de Samambaia Norte e principalmente o seu Cartório, é exemplo de harmonia e companheirismo, ressalta GLÁUCIA. O ESCRIBA parabeniza toda a equipe da 26ª, em especial os Escrivães, que, primeiro sob a batuta criativa do Escrivão DAVI e atualmente sob a Chefia da Escrivã GLÁUCIA, souberam transformar uma Unidade caótica em uma das melhores Delegacias para se trabalhar na PCDF.

Localizada em Samambaia Norte, a 26ª é mais uma DP a sofrer com a falta de pessoal

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Desde fevereiro de 2004, quando era chefiado pelo Escrivão DAVI RAIMUNDO PEREIRA GIMENEZ, o Cartório da 26ª DP, localizada em Samambaia Norte, foi submetido a um processo minucioso de organização, principalmente no tocante a apreensão e cautela de bens. Essa nova ordem foi possível graças à implementação e efetiva utilização de um banco de dados feito pelo próprio Escrivão DAVI, aliado ao compromisso dos Escrivães de trabalharem focados em desafogar a Delegacia, que naquela ocasião possuía cerca de dois mil e quinhentos inquéritos em tramitação. Em 2006, com a ida do Escrivão DAVI para a 14ª DP, a Escrivã de Polícia GLÁUCIA DE MORAES SILVA, mat. 59.207-2, foi nomeada Chefe do Cartório daquela Circunscricional, dando prosseguimento ao trabalho e levando a efeito os ensinamentos do seu antecessor. Contando com a dedicação do grupo de Escrivães lotados naquela Unidade e o apoio irrestrito do Delegado-Chefe, Dr. Cláudio Magalhães, às iniciativas de se enxugar o número de procedimentos em tramitação, a Escrivã GLÁUCIA conseguiu reduzir em cerca de 50% o número de inquéritos tramitando na DP. GLÁUCIA ressalta o orgulho que tem da competência e dedicação


Cuide-se

TENOSSINOVITE UMA DOENÇA PROFISSIONAL Mas a prevenção ainda é o melhor remédio para a doença. Dentro destas atitudes que visam evitar o surgimento da Tenossinovite estão alguns aspectos do ambiente de trabalho. Um dos exemplos mais comuns são os digitadores. Para eles já existem normas trabalhistas que os protegem do surgimento da doença. As cadeiras, mesas e teclados devem ser projetados para darem o conforto necessário aos digitadores. A questão da Tenossinovite nos digitadores é tão grave que já existe uma portaria regulamentando o assunto. As regras prevêem um intervalo de 10 minutos a cada 50 de trabalho, proibição de prêmios de produção, temperaturas entre 20 e 24 graus centígrados, e umidade relativa do ar que não pode ser inferior a 40 por cento. A AESP/DF já está fazendo gestões junto ao Ministério da Saúde a fim de ter acesso a legislação acima mencionada, com o fim de, por meio de uma analogia, fazer uso de referida lei dentro da Polícia Civil. Também já foram feitas gestões a Direção da PCDF com o intuito de sensibilizar as autoridades responsáveis pela aquisição de material, a fim de que sejam adquiridos equipamentos ergonomicamente dirigidos ao trabalho do Escrivão.

Como havíamos anunciado na edição passada, a cada novo número abordaremos as LER/DORT mais freqüentes, a fim de que o profissional da Escrivania possa se prevenir das doenças resultantes do trabalho e executar seu labor com uma melhor qualidade de vida. Assim, damos continuidade a nossa série abordando a TENOSSINOVITE.

COMO SURGE Os primeiros sintomas da doença são queixas vagas de desconforto na mão mais utilizada. Uns sentem um peso no braço e uma dor localizada e no princípio da doença, sentem um simples repouso e desconforto.

Do final do século passado para cá tem sido freqüente o surgimento de novos casos da doença que já está sendo considerada o mal do avanço tecnológico. A doença atinge a classe de trabalhadores que utilizam movimentos repetitivos das mãos como, por exemplo, escrivães, digitadores, caixas, datilógrafos, pianistas, tricoteiras, jornalistas, trabalhadores de perfuradeiras vibratórias, remarcadores de supermercados, e um sem número de profissionais.

Muitos especialistas não acreditam na reversão da doença, e sim, em tratamento paliativo. Existem casos de trabalhadores que se aposentam aos 30 ou 40 anos, por causa das fortes dores da doença já avançada.

A Tenossinovite surge do atrito excessivo do tendão que liga o músculo ao osso. Este tendão é protegido por uma bainha que é sempre cheia de um líquido. Estes movimentos repetitivos é que provocam a inflamação do tendão, causando a doença. Os trabalhos em locais de baixa temperatura e esforços de peso acima dos seis quilos também podem causar o problema.

TRATAMENTO O repouso e uma dosagem de antiinflamatórios é o procedimento que os médicos receitam para os pacientes quando eles manifestam os primeiros sintomas da Tenossinovite. Com o conhecimento da doença mais difundido, são raros os casos de avanço do problema até estágios mais comprometedores.

Mas com o passar do tempo as dores vão ficando mais fortes ao lado de uma diminuição da força muscular. Em uma fase mais adiantada, os músculos podem se atrofiar, impedindo que os pacientes não consigam nem escrever ou mesmo segurar um copo.

O diagnóstico da doença é eminentemente clínico e é baseado na história do paciente, no exame físico, nos antecedentes pessoais do paciente e também nos exames complementares como radiografias.


Escrivão que Faz!

Heróico sobrevivente da máquina de datilografar e do auto de prisão em flagrante carbonado em sete vias, JOSÉ GERALDO DE OLIVEIRA, mat. 23.171-1, contabiliza vinte e seis anos de serviço dedicados a Escrivania da PCDF. Possuidor de vários elogios individuais e coletivos, GERALDO já trabalhou na 11ª, 17ª, 19ª, DRF, DRFV, DCA, DECON e desde 1998 integra o quadro de Escrivães da 26ª DP. Apesar do ônus agregado a carreira que abraçou, já que é evidente a falta de atenção dispensada ao Escrivão de Polícia, principalmente no tocante a pessoal e reconhecimento profissional, GERALDO or-

gulha-se da sua profissão. Em que pese os justos reclamos atuais da categoria, Policiais como o GERALDO, q ue sofreram com uma escala de serviço de 24x48, que eram obrigados a datilografar ocorrências e ainda dar conta de todas as suas atribuições, que sofreram toda sorte de marginalização dentro da Polícia, merecem todo nosso respeito e reconhecimento. Por justiça a quem se dedica a Escrivania a vinte e seis anos sem uma passagem que macule sua ficha funcional, é que a AESP/DF torna público o que os colegas de trabalho já sabem, que o Escrivão de Polícia JOSÉ GERALDO DE OLIVEIRA é sem dúvida alguma UM ESCRIVÃO Vinte e seis anos de dedicação a proQUE FAZ. fissão fazem de JOSÉ GERAL DE OLIVEIRA um ESCRIVÃO QUE FAZ

DOCE DESPEDIDA

Ao retirar-se para o merecido “descanso” da aposentadoria, LEENE diz estar orgulhosa por ter vencido essa jornada e ter fechado um ciclo de sua vida com chaves de ouro. Apesar das agruras e dificuldades da profissão, como a eterna falta de pessoal e a explícita negligência a carreira, LEENE, que nem sempre teve a facilidade do computador, pois ainda trabalhou muito tempo com uma máquina de datilografar, e que, juntamente com vários outros heróis, foi submetida a escala de 24x48, a obrigatoriedade de datilografar ocorrências, além de um sem número de outros tipos de marginalização, tem um sentimento de gratidão a Deus, a sua família e a Polícia Civil do Distrito Federal, Instituição da qual se orgulha de fazer parte. De férias em janeiro, quando realizou o sonho de fazer um cruzeiro pelo Uruguai com a família, LEENE já projetava o futuro, e com muita alegria diz que não utilizará a aposentadoria para o ócio, mas sim em tocar projetos impossíveis de conciliação com o trabalho, como cursos, palestras, e, é claro, viagens. A AESP/DF, na figura de seu Presidente, Escrivão Agnaldo Machado Cruz, deseja a essa guerreira um futuro tão profícuo quanto sua passagem pela nossa Polícia. A você, LEENE, que viveu e superou tantos obstáculos no dia-a-dia do seu labor, desejamos um destino de superação, vitórias e muitas felicidades.

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Depois de ter demonstrado sua competência em outros órgãos, como no Ministério dos Transportes, onde trabalhou por sete anos e meio, em 05 de janeiro de 1987 a nossa querida LEENE GOMES DA SILVA, mat. 27.274-4, tomou posse na Polícia Civil do DF, vindo a se juntar aos valorosos Escrivães de então. Lotada inicialmente na 17ª DP, essa maranhense de Lago da Pedra também deixou sua contribuição na DET, DRFV, 1ª DP, 23ª DP e 26ª DP. Na 21ª DP desde sua inauguração em 31 de julho de 2002, com sua simpatia e amor a profissão LEENE é unanimidade entre seus colegas de trabalho. Casada com o também Escrivão de Polícia LÁZARO JUSTO DA SILVA, aposentado desde 2003, LEENE é uma vitoriosa não apenas em sua vida funcional dentro da PCDF, onde, entre outras conquistas, teve dois elogios publicados em boletim, mas também e acima de tudo, é uma vencedora em sua vida pessoal, onde tem uma união estável e apaixonada, da qual nasceram as mais belas flores de seu jardim, suas duas filhas de dezoito e quinze anos respectivamente. Na quinta-feira, 06 de março de 2008, após uma linda trajetória dentro da Instituição, LEENE, que se orgulha de não ter uma única passagem que macule sua ficha funcional, tirou seu último plantão, deixando, com um misto de tristeza e Ao retirar-se para o merecido “descanso” da aposenalegria, o mister que exerceu com afinco e dedi- tadoria, LEENE diz estar orgulhosa por ter fechado cação desde 1987. um ciclo com chave de ouro.


PARA SUA REFLEXÃO Quando você muda o seu pensar, mudam as suas crenças; Quando você muda as suas crenças, mudam suas expectativas, sua atitude; Quando você muda sua atitude, muda o seu comportamento, muda o seu desempenho; Quando você muda o seu desempenho, você muda a sua vida.

“DESABAFO”

Tomei posse na PCDF em junho de 1996, desfecho de um processo seletivo iniciado no ano de 1991, levado a cabo pelo extinto órgão do GDF, denominado IDR. Naquela mesma época, um pouco antes, salvo engano em 1990, foi aberta inscrição para o concurso de Agente de Polícia, na ocasião não participei do certame por estar fora do DF, fazendo-o no ano seguinte, para o (até então desconhecido para mim) cargo de Escrivão de Polícia. Vencido o período de curso de formação na APC, lá fui eu cumprir meu mister, com todo orgulho do mundo, de finalmente ser um Policial Civil da PCDF, depois do DPF, a melhor Polícia Judiciária do Brasil. Lotado inicialmente em uma Especializada, comecei a descobrir o que era ser Escrivão de Polícia. Um senhor que ficava em uma sala (a melhor!) separada, me recebeu com indiferença, impondo-me o mesmo tratamento nos meses que ali permaneci,

todavia, outra figura de imediato me tratou bem e logo descobri que aquele primeiro era o Delegado-Chefe e este último, o EscrivãoChefe. Ah, ia me esquecendo, tinha uma outra figura, aliás, bastante figuras, estes em maior número, invariavelmente apareciam sorrindo, com uma prancheta embaixo do braço, chave de carro na mão, ficavam num “entrae-sai”, demorei conhecer todos, estes eram os Agentes de Polícia. O senhor da sala bonita gostava quando encontrava um deles, sorria e os abraçava, às vezes rolava até uma piada. Pois bem, a despeito das assertivas acima, pensei comigo: “tudo bem, tô aqui para trabalhar!”, os quase dez anos de iniciativa privada me ensinaram que era preciso produzir e ser honesto com o patrão, para tirar o sustento da família. O tempo passou (mais de uma década), e, confesso uma coisa, não ligava muito para algumas coisas que ouvia sobre o Escrivão, tais como: “escravão”, “escrivão não é polícia”, etc..., com sinceridade, estava mais preocupado com outras coisas, como: cumprir o que me era designado, não faltar

ao serviço, respeitar os superiores (OBS: nunca apresentei atestado médico e nunca gozei uma LE), pois aprendi na iniciativa privada que devo cumprir com meu dever para colocar o pão dentro de casa. Agora, decorrido tanto tempo, me permiti fazer alguns questionamentos, sobretudo a respeito da enorme carga de trabalho e do reduzidíssimo quadro de Escrivão. Será que tudo conspira para a extinção do cargo de Escrivão de Polícia? Se assim for, por favor, o façam logo para poupar um pouco nossa saúde física e mental. Tenho visto e ouvido pessoas que são contra a extinção do cargo de Escrivão de Polícia, inclusive um Deputado Federal/DF, sob a alegação de que somos “especialistas”, que tem que haver “especialistas” na PCDF, balela, especialidade é coisa para médico, devemos lutar pela reforma do CPP, como forma de aperfeiçoar a persecução criminal e pelo CARGO ÚNICO na PCDF. (LUIS CARLOS SILVA TEIXEIRA – Mat. 48.195-5/Escrivão de Polícia)

MANIFESTE-SE

Você também pode ter seu desabafo, artigo, comentário, denúncia, crítica, sugestão, homenagem e elogio publicados no ESCRIBA. Esse espaço pertence ao Escrivão de Polícia da PCDF, sendo, juntamente com a nossa página na web, seu meio democrático de manifestação. Fale conosco e passe sua matéria pelo telefax 3965.5960 ou por meio do nosso endereço eletrônico aespdf@hotmail.com


Hora do Adeus

Cerca de três meses depois de ter se aposentado, o Escrivão de Polícia GILMAR DOS REIS FERREIRA CÉSAR, mat. 27.266-3, foi traído pelo mesmo coração com que se dedicou ao trabalho, aos amigos e a família. Cerca de três meses depois de ter se retirado para o merecido descanso da aposentadoria, o Escrivão de Polícia GILMAR DOS REIS FERREIRA CÉSAR, mat. 27.266-3, que durante sua vida profissional se doou de alma e coração a Polícia Civil do DF e principalmente a Escrivania dessa Instituição, na última segunda-feira, 10 de março, foi traído pelo mesmo coração, que sem dar-lhe chance, parou, levando-o precocemente para junto de Deus. Na Polícia desde 1986, esse mineiro de João Pinheiro deixa esposa e um casal de filhos, além de um grandioso número de amigos, dentro e fora da Polícia, que se tornam órfãos de um grande guerreiro dessa luta diária que é a vida. Amante do esporte, GILMAR praticava natação e não abria mão de

bater uma bolinha, sendo um exemplo de vida saudável, fazendo com que parentes e amigos creditem a sua partida à vontade do Criador em tê-lo nos campos e piscinas celestiais. Do amigo ficamos com as lembranças que sempre nos encherão de saudades. Do pai de família e cidadão, permanecemos com o exemplo de amor e retidão. Do Policial herdamos o legado de profissionalismo, dedicação e amor a carreira abraçada. Consternada com a perda irreparável, a Associação dos Escrivães se solidariza a dor dos parentes e amigos, pedindo a Deus, que do alto da sua misericórdia e bondade, nos faça compreender que, embora sua missão tenha chegado ao fim no plano terreno, GILMAR estará sempre presente em nosso meio.

Que entre as muitas novidades que a Corte Portuguesa trouxe para o Brasil, uma que veio para ficar foi a instituição policial? Pois é, o modelo da Intendência Geral de Polícia já funcionava muito bem em Lisboa e foi rapidamente adotado no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, que vivia as dores do crescimento acelerado provocado pela vinda da Corte. Assim, não só a vinda da família real para o Brasil está fazendo duzentos anos, mas a criação da Polícia Civil do Distrito Federal por Dom João. Se ligue em nosso quadro e fique sempre bem informado.

Felicidades e realizações de todos os anseios e sonhos é o que deseja a AESP/DF aos aniversariantes, que além das felicitações pela passagem de seu natalício, merecem o nosso parabéns pela honradez e presteza com que, mesmo desprovidos de material humano e recursos tecnológicos suficientes, executam seu mister com uma qualidade invejável por outras Polícias. Àqueles que em muitos casos pagam com a própria saúde o afinco e a dedicação à profissão de exercício quase que sacerdotal, uma singela e honesta homenagem desta que é a voz da escrivania. Que no decorrer de mais esse ano, dos incontáveis que lhes desejamos,

WEBER ALVES PINTO ANA CLAUDIA DA SILVA SANTOS ERNANE BARBOSA SOARES TELMA BAPTISTA GONÇALVES CARLOS EDUARDO VIANA DE OLIVEIRA EMILIO MANOEL DA SILVA ANTONIO MARINHO NETO GILMAR BARBOSA DE OLIVEIRA ALMIR DOS SANTOS CERQUEIRA CARLOS DONIZETE CORDEIRO JOSE DE ARIMATEIA DA C PRADO LAZARO JUSTO DA SILVA

07 09 09 13 22 22 25 27 28 28 29 31 Crisoft - Soluções de Informática - 61-8498-1180

Aniversariantes de Março


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