Jornal SIM Agosto

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EDITORIAL Neste jornal mantemos a originalidade e criatividade, cumprindo com o compromisso assumido de produzir edições bem-dispostas e com artigos direcionados para o bem-estar, nomeadamente, saúde, beleza, alimentação e algumas dicas motivacionais. O SIM de Agosto tem uma tiragem de 10.000 jornais em formato papel, distribuídos gratuitamente por toda a região e o envio de milhares de exemplares em formato digital, permitindo desta forma divulgar com mais eficácia os nossos parceiros e eventos. Como o coordenador do Jornal SIM, deixo desde já um verdadeiro agradecimento a todas as empresas que em nós têm confiado, acreditamos que todas elas fazem como nós, vêem a vida pelo lado positivo e acabam por originar uma onda benéfica de que tanto precisamos neste mundo virado ao contrário. Acreditamos que continuamos no bom caminho e que esta 6 edição vai chegar a muitas mais pessoas, continuando sempre ao dispor de quem se queira juntar a nós com o objetivo de melhorarmos as nossas publicações. Bem hajam. Carlos Elias carloselias.adn@gmail.com

FICHA TÉCNICA - EDITOR / PROPRIETÁRIO: ADN Comunicação Global Av. Eng. Luís Paiva e Sousa 2D 2500-329 Caldas da Rainha Tel.: 262 403 487 | 911 777 877 -DIRECTOR DE PROJECTO: Carlos Elias - TEXTOS: António Gomes António Marques Helder Marques João Carlos Costa

Depois de ler este jornal, NÃO O DEITE FORA, passe-o a alguém. O AMBIENTE AGRADECE E NÓS TAMBÉM!

- GRAFISMO E PAGINAÇÃO: Verónica Andurão - DEPARTAMENTO COMERCIAL: Maria João Branco Carlos Elias Nuno Oliveira Mário Ribas Rocha - FOTOGRAFIA: Luís Dias Flávio Leandro - IMPRESSÃO: Naveprinter, SA - DISTRIBUIÇÃO: ADN Comunicação Global Armindo Marques Distribuição João Carlos Costa Produções OnTime

TIRAGEM: 10.000 exemplares Distribuição gratuita

CONTACTOS ÚTEIS Emergência Fogos Florestais

SOS Criança Intoxicações Saúde 24 Linha VIDA SOS Mulher SOS SIDA SOS GRAVIDA Linha do Medicamento

Cidadão Idoso SOS Deixar de Fumar Sexualidade em Linha

SOS Ambiente Hospital C .Rainha

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112 117 808 202 651 808 250 143 808 242 424 800 255 255 800 200 175 800 201 040 800 201 139 800 222 444 800 203 531 808 208 888 800 222 022 800 200 520 262 830 300

GNR: Caldas da Rainha Óbidos Peniche

262 845 043 262 955 000 262 782 152

PSP: Caldas da Rainha Peniche

262 870360 262790310

Bombeiros Voluntários: Caldas da Rainha 262 840 550 Óbidos 262 959 144 Peniche 262 789 666 ADN Comunicação Jornal SIM

262 403 487 915 310 017

“As coisas mais doces da vida são as mais tranquilas… Uma existência feliz consiste na tranquilidade da mente.” Cícero


Este Verão o Jornal SIM, já chegou a todas as praias da região oeste Foto: Luís Dias

“Encarar a mudança e agir como espíritos livres perante o destino, é uma força indestrutível.” Helen Keller

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“A verdadeira riqueza de uma pessoa é o bem que faz neste mundo.” Maomé


SUPER ALIMENTOS PARA SI Apresentados como milagres dietéticos e pequenos concentrados de juventude eterna, estes super alimentos prometem preencher as falhas da dieta regular.

ta ou em chás. Advertências: Desaconselha-se a quem tome medicamentos anticoagulantes.

Sementes de cânhamo

Sementes de linhaça

O que são? O cânhamo é uma das plantas mais antigas da civilização e também uma interessante fonte de proteínas vegetais completas, associadas ao baixo valor calórico. As sementes contêm os 10 aminoácidos essenciais, bem como ácidos gordos, magnésio, ferro, potássio, fibra, fitonutrientes e ainda antioxidantes. Vantagens: Ajuda no combate da anemia, a minimizar as enxaquecas e melhorar a performance de desportistas, o humor em geral e o sono. Permitido: Uma colher de sobremesa por dia. Como consumir? As sementes descascadas são ideiais para polvilhar massas, arroz, saladas, para enfeitar sobremesas ou para comer simples. Podem juntar-se a batidos e sumos, inteiras ou partidas. Advertências: A preparação destas sementes para consumo não deve envolver calor, caso contrário os ácidos gordos essenciais transformam-se em ácidos gordos trans, prejudiciais para a saúde.

O que são: A semente de linho, planta conhecido desde o ano 5000 a.C. na região da Mesopotâmia, é rica em fibras, ómega 3 e 6, lignanas, vitamina A, E, B1, B6, potássio, magnésio, fósforo, cálcio, ferro, cobre, zinco, manganês e selénio. Vantagens: Previne o envelhecimento, protege o coração, ajuda a controlar os diabetes, protege contra o cancro da mama e tem ação importante na menopausa. Permitido: Uma a duas colheres de sobremesa por dia. Como consumir? Sempre triturada. Pode ser usada na confeção de bolos, biscoitos e pão. Advertências: Pode irritar a mucosa intestinal.

Bagas de Inca

Bagas de góji O que são? Provenientes do Noroeste da China e do Tibete, o góji é um fruto rico em antioxidantes, proteína, aminoácidos, minerais e vitaminas B1, B2, B6 e vitamina E. Vantagens: Tem propriedades antivelhecimento e anticancerígenas, fortalece o organismo contra doenças cardiovasculares e inflamatórias, problemas de visão, doenças do sistema neurológico e imunitário. Permitido: não mais do que uma mãocheia por dia. Como consumir? Na sua forma seca ou crua, em saladas, batidos, com os cereais de pequeno-almoço, misturadas com fru-

O que são? Apreciadas desde a antiguidade e originárias de zonas de alta altitude, as bagas inca são frutos com elevados níveis de fósforo, vitamina A, C, B12, proteínas e bioflavonoides. São popularmente usadas para tratar malárias, cancro, asma, hepatite, dermatite e reumatismo. Vantagens: Controlam o apetite, reduzem o colesterol, combatem os problemas cardíacos, inflamações e tumores, aliviam e tratam sintomas associados à menopausa e ajudam na regulação harmonal. Permitido: cinco a oito por dia. Como consumir? Frescas ou secas, em batidos, saladas, iogurtes, mueslis, em massa para bolos ou compotas. Advertências: Pelas suas elevadas propriedades diuréticas e laxantes devem ser consumidas com moderação.

“Aquele que sorri em vez de se enfurecer, é sempre mais forte.” Sabedoria Nipónica

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“O coração do homem sábio, encontra-se sereno como a água límpida.” Ditado camaronês


SABE O QUE UM ABRAÇO PODE FAZER PELA SUA SAÚDE? Apresentamos o que um abraço pode fazer por si e pela sua saúde. Aumenta a auto-estima - Os efeitos positivos do abraço na auto-estima são causados pela secreção da oxitocina - a chamada “hormona do amor” - produzida pela glândula pituitária, situada no cérebro, e conhecida por aumentar os laços entre as pessoas, nomeadamente entre pais e filhos e entre casais.

Melhora a memória - Dar um abraço a alguém que se conhece pode reduzir o stress, o medo, a ansiedade, a tensão arterial e até melhorar a memória. Alivia o medo - Um estudo publicado no jornal Psychological Science, revela que os abraços e o toque podem reduzir o medo da morte. Abraçar, mesmo que seja apenas um urso de peluche, ajuda a aliviar os medos individuais.

Melhora a saúde dos adultos - O abraço e o toque físico tornam-se cada vez mais importantes com a idade. Quanto mais velho se for, mais fisicamente frágil se está e, por isso, torna-se cada vez mais importante contactar para se ter uma boa saúde. Melhora a saúde do coração - Um estudo da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, concluiu que os participantes que não tiveram qualquer contacto com os seus parceiros, tinham um coração mais acelerado em cerca de 10 batimentos por minuto. Já aqueles que se abraçaram várias vezes ao longo do período experimental, viram a sua frequência cardíaca diminuir em 5 batimentos por minuto.

particular nas fases iniciais da vida, com efeitos a longo prazo. Esta pesquisa concluiu que dar abracinhos a bebés e crianças melhora a capacidade de lidar com o stress na fase adulta. Alivia o stress naturalmente - Abraçar, reduz imediatamente a quantidade de cortisol, a hormona do stress produzida pelo organismo. Por outro lado, o abraço também liberta a tensão corporal e envia mensagens calmantes para o cérebro. Melhora a pressão arterial - O abraço abranda a frequência cardíaca, previne o aparecimento de uma gripe, protege-nos da ansiedade, do stress e da depressão. Nuno Noronha

Abraço na infância reduz o stress na idade adulta - Um estudo da Universidade de Emory publicado na revista Science descobriu uma ligação entre o toque físico e o alívio de tensões, em

“O milagre não é voar pelos céus ou andar sobre a água, mas andar na terra.” Provérbio chinês

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QUANDO ANDAR A GÁS SIGNIFICA POUPAR MUITO Ultrapassados todos os medos infunda-

de António Gabriel d’Ercole e mais recen-

dos sobre o uso do gás, em vez de gasoli-

temente da sua empresa, a Usse Gpl lda,

na ou gasóleo, o gás de petróleo liquefeito

uma empresa certificada no âmbito da

(GPL), tornou-se numa real oportunidade

transformação GPL, sediada em Usseira

para economizar e proteger o ambiente.

de Obidos.

Só em Portugal, mais de 60 000 viaturas

Com uma equipa especializada, tecnolo-

andam a GPL, sendo actualmente o mais

gia de ponta e instalações feitas à medi-

importante dos combustíveis alternati-

da, a Usse GPL, é hoje representante das

vos e seguramente o mais barato.

melhores marcas do sector, tendo-se tor-

Muitos são aqueles que nesta região

nado numa oficina de referência a nível

recorrem há mais de 25 anos aos serviços

nacional, não só a nível da adaptação, como da reparação de sistemas GPL. “É muito raro alguém que transformou o seu carro, não nos mandar os seus familiares ou amigos, porque quando se apercebe da economia, tenta logo recomendar aos seus próximos. Até há uns tempos atrás as pessoas tinham muitos preconceitos sobre o uso de gás no seu automóvel, mas o número de utilizadores sem problema algum, veio a provar que se trata de uma forma muito segura, sem riscos para quem utiliza, garantido economia sem prejudicar o automóvel. Veja-se por exemplo o facto de agora se poder estacionar em parques subterrâneos, que confirma a ausência de perigos específicos para veículos GPL.”disse Antó-

Usse GPL Rua Manuel Teotónio,50 Usseira de Obidos Tel.: 262950127 / 964016132

nio d’Ercole ao jornal Sim.

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“A compaixão é a base de toda a moral.” Arthur Schopenhauer


“Mais do que tratar bocas, renovamos sorrisos” “Mais do que tratar bocas, renovamos sorrisos e isso é um desafio ainda maior do que curar um problema dentário.” Quem o diz é o Dr Cassis Clay, dentista e responsável da clínica Oral Plan, nas Caldas da Rainha. Para além de instalações alargadas e completamente remodeladas e de uma forte aposta em equipamento sofisticado, a Oral Plan tem feito um enorme esforço para diferenciar o seu caminho. Com novas valências, este espaço está agora também ligado à formação na área da odontologia. “Acreditamos que as pessoas dão cada vez mais valor à qualidade do serviço, mas não deixam de estar atentas a tudo o resto. A nossa equipa tem um desafio renovado a cada dia, que é não só apaziguar aqueles que têm receio de entrar no consultório de um dentista, mas também investir ao máximo na motivação de sorrir de cada um, o que às vezes, vai muito para além de tratar de dentes. Os nossos profissionais têm participado em imensos up grades formativos no sentido do paciente sentir que estamos sentados a seu lado na nossa tão “ temida” cadeira.” afirma Cassis Clay. Temos sido muito procurados por estrangeiro que vieram viver para Portugal, mas igualmente por pessoas que

“A maior felicidade consiste em ter paz de espírito.” sabedoria oriental

visam vir ao nosso país de propósito não só porque já temos tratamentos muitos eficazes, com garantia total, mas muito rápidos. Temos pacotes especiais em que o paciente tem inclusive todo o programa turístico incluído. É uma revolução nesta área, que vai ao encontro de pedidos cada vez mais frequentes de emigrantes que encontram na nossa clínica um tratamento premium a preços muito

acessíveis. A preparar-se para dar no próximo mês um passo muito importante na sua existência, quem visita a clínica Oral Plan encontra neste momento um ambiente de trabalho intenso e de muita motivação. Fica prometido que no próximo mês diremos mais.

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“Os sábios não se rodeiam de confusão… mantêm-se num espaço de silêncio, vazio e paz.” Pam Brown


NÃO TEM FÉRIAS ESTE VERÃO? ENTÃO APROVEITE BEM OS FINS DE SEMANA Damos-lhe 10 boas razões para fazer uma pausa e aproveitar os fins-de-semana. Finalmente chegou o mês das tão desejadas férias. Ou nem por isso. As razões podem ser várias, desde ter começado recentemente num novo trabalho, já ter gozado os dias todos a que tinha direito, ou o volume de trabalho não permitir, ou simplesmente o seu budget não lhe permite ir de férias este ano… Mas e se em vez dos tradicionais 15 dias de férias, este ano aproveitasse os fins-de-semana? Sejamos realistas, quais são os seus planos para o fim-de-semana? Mesmo que não faça nada, ficar por casa só vai relembrar da semana que tem pela frente, e só aumenta o stress. Quantas vezes dá a si mesmo uma pausa? Uma hipótese de recuperar e recarregar baterias? As tarefas do dia-a-dia são tão exigentes, que cada vez temos menos tempo para nós, e isso reflete-se na nossa saúde física e mental, na produtividade e até nos relacionamentos. Vá. Tire uma escapadinha de fim-de-semana. As vantagens são muitas, enumeramos apenas 10: • Alargar os horizontes. Em vez de co-

nhecer apenas um destino, vai conhecer quatro novos destinos; • Benefícios na sua saúde. Aquele stress pós-férias deixa de existir, pois quando regressar, já estará a pensar onde irá dali a 4 dias; • Não precisa gastar dias de férias, assim, em vez dos tradicionais 22 dias de férias, vai sentir que teve direito a 36;

• As semanas vão passar mais rápido, sempre a pensar na nova viagem que vai fazer; • Está provado que novas experiências tornam as pessoas mais felizes; • Possibilidade de reencontrar amigos que estão fora de Portugal; • É uma grande forma de celebrar um aniversário, ou outra data comemorativa;

• Vai avivar a chama do seu relacionamento, temos tendência a ser mais românticos quando saímos da nossa rotina; • Quando vamos apenas por 2 dias, não damos tanta importância ao hotel, pois queremos aproveitar ao máximo a cidade, pelo que a escapadinha fica mais barata; • Descobrir novos desafios;

“As regras da felicidade: ter alguma coisa para fazer, ter alguém para amar. Ter algo por que esperar.” Immanuel Kant

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BATIDO DE FRAMBOESA E MELOA

Para começar ou acabar o dia da melhor forma, sugerimos este batido saudável Ingredientes: • Framboesas 100 g • 2 fatias de meloa • 1/2 Copo de água • Hortelã para decorar Preparação: Colocar os ingredientes no liquidificador ou copo para utilizar com varinha mágica. Triturar e servir de imediato. Podem colocar mais água, se preferirem o sumo mais líquido. Dicas: A framboesa tem vitaminas, cálcio, fósforo e ferro. Auxilia na digestão e previne o cancro. A meloa tem ainda mais fibras do que o melão. É diurética e desintoxicante. Apresenta ainda vitamina C e carotenos.

VAMOS SIMPLIFICAR? Era capaz de aceitar o desafio de abdicar de alguns privilégios durante quatro semanas para viver um mês de minimalismo? Estas são as ações que poderá seguir para passar a ter uma vida mais livre de stress e de preocupações. Tente adotar uma por dia! 1. Destralhe a sua vida digital. Use esse tempo para pensar ou para fazer coisas que não tem oportunidade de fazer quando está online 2. Saia de casa sem se arranjar com muitos pormenores. Será que os outros vão notar a diferença? 3. Limpe a sua gaveta da tralha

7. Não almoce em frente ao computador

4. Saia para uma caminhada e exercite a sua consciência (15 a 20 minutos são suficientes). Aos fins de semana, aproveite para se aventurar mais

8. Organize a sua lista de leitura. Há quanto tempo é que não lê um livro?

5. Escolha um dia e não planeie nada para essa data 6. Não veja televisão nem vídeos na internet durante um dia. Aproveite essas horas para visitar museus e galerias, passear e/ ou estar com familiares e amigos

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9. Desligue as notificações do correio eletrónico 10. Comece a aprender algo novo. Um instrumento musical, uma língua ou uma modalidade desportiva são boas opções 11. Reflita nas últimas cinco coisas que comprou. Eram mesmo necessárias?

12. Abandone uma meta, preferencialmente aquelas que estão relacionadas com objetivos impossíveis ou muito difíceis de alcançar 13. Unfollow e unfriend. Nesta era digital, acabamos, muitas vezes, por querer acompanhar demasiadas coisas e demasiadas pessoas 14. Arrume os seus armários, dando aquilo que já não usa 15. Medite durante 15 minutos. Se tiver oportunidade, faça-o ar livre

“No final o pessimista até pode ter razão, mas o otimista desfruta mais do caminho.” Daniel L. Reardon


CERTIFICADOS ENERGÉTICOS

O certificado energético

é obrigatório na venda ou arrendamento da sua casa. Contacte-nos sem compromisso

+351 911 777 877 “Viaja com pouco. A felicidade tende a perder-se no meio da bagagem.” Pam Brown

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“Um homem de coragem faz a maioria.” Andrew Jackson


CARTA POR PONTOS Desde 1 de junho que foram atribuídos 12 pontos a cada condutor, nada foi necessário ser feito, digamos que foi uma benesse que todos os condutores tiveram, os bons e os menos bons. À semelhança dos sistemas já introduzidos em vários países, agora em Portugal cada infração grave ou muito grave implica a perda de pontos. Assim os prevaricadores podem perder a totalidade dos pontos, o que significa o pior cenário, ou seja, voltar às aulas de código e condução e consequentemente ir a novo exame. Uma boa nota, são para todos os condutores que até 31 de maio tinham cometido infrações graves e muito graves, essas não têm qualquer influência na atual legislação. As coimas para todas as infrações mantêm-se: leves, graves e muito graves, nos dois últimos casos, para além da coima podem implicar a proibição de conduzir e levar mesmo à apreensão do veiculo. No caso do condutor praticar uma contraordenação grave, poderá vir a ficar inibido de conduzir de um mês a uma ano. Por sua vez numa situação de contraordenação muito grave o período de inibição será entre dois meses e dois anos. As penalizações podem ser reduzidas mediante algumas condicionantes, nomeadamente se o infrator nos últimos cinco anos não tenha sido punido por infrações muito graves ou graves, ficando com pena suspensa de um ou dois anos, mas terá que frequentar ações de formação. Não só de contraordenações graves e muito graves se configuram estes cenários penalizadores para os condutores, existem ainda os crimes rodoviários que, poderão levar a prisão, multa e inibição de conduzir, como no caso de condução com uma taxa de alcoolemia superior a 1,2 gramas por litro ou da violação grosseira de regras de circulação da qual poderá resultar risco de vida de terceiros, ou ainda, a falta de auxílio do condutor a alguém ferido ou em perigo de vida após acidente. A boa noticia é que os pontos podem ser recuperados, sim, se o condutor não cometer quaisquer contraordenações graves ou muito graves ou qualquer crime rodoviário, embora a carta não possa ter mais de 15 pontos. Revalidar a carta de condução ou frequentar voluntariamente uma ação de formação dar-lhe-á um ponto, desde que não tenha cometido qualquer crime rodoviário desde a última revalidação. O melhor é realmente não cometer quaisquer infrações, boa condução. Carlos Elias “Não cortes aquilo que consegues desatar.” Joseph Joubert

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SOU UMA ESCRITORA O dia pode estar carregado, as nuvens cinzas povoarem o céu e nem os pássaros ousarem rasgar este cenário, mas assim que eu fecho os olhos, o cenário muda. O rosa predomina no horizonte, o sol resfolga em todo o seu vigor e o dia enche-se com melodias. Posso estar sentada na maciez de uma poltrona, mas deixo a minha mente vaguear e de repente tenho asas e consigo voar. Já nada me prende a um lugar, não há fronteiras nem limites, a minha alma está cheia desta vontade de me soltar, de largar amarras e navegar. Deixar que o vento insufle estas velas e me leve para outro lugar. Posso estar no meio de uma multidão e me sentir sozinha ou estar na solidão da minha companhia e me sentir acompanhada pelos meus pensamentos, mas assim que assento a ponta desta pena neste pedaço de papel, passo a ser uma peça vital num elenco carregado de personagens misteriosas e emocionantes, sou testemunha de amores mágicos e imortais, sou a comandante deste navio chamado destino. Posso só ser uma simples mortal mas assim que solto a minha imaginação e dou largas à fantasia que carrego em mim eu me transformo em muito mais, me transformo em algo só existente em epopeias e grandes contos. Por uns segundos eu sou a arquitecta e a construtora de outra vida. Sou uma escritora. Ticha Patriarca - Ella

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“E a questão é: se nada arriscares, arriscas ainda mais.” Érica Jong


JEAN-PIERRE O ANFITRIÃO O Jean-Pierre Hougas é sem dúvida alguma o francês que conheço, mais amigo desta região. Às vezes acho que até gosta mais do nosso país, do que alguns que cá nasceram. Veio para esta região há uns anos, que para ele, passaram bem depressa porque rapidamente ocupou os dias (e muitas noites) a promover este“cantinho”junto dos seus, com uma enorme força de vontade. Hoje é presidente da Union des Français de l’Etranger - Centre Ouest (UFE). Esta associação fundada em 1927, é a mais importante associação de franceses, fora de França, contando com mais de 170 representações em todo o mundo. Existe em Portugal desde 2001, em Lisboa, Algarve e no Oeste. Nestes últimos dois anos, a intensidade

de actividades promovidas pela UFE, tem crescido proporcionalmente com o número de franceses que felizmente têm procurado esta região para viver. Se de um lado há a comemoração de festas nacionais francesas como é o caso do 14 de Julho, está associação tem promovido imensas iniciativas bem portuguesas, como noites de fado e não só. O Jean-Pierre Hougas (e a sua equipa), tem sido mais do que um amigo, tem sido um embaixador, um anfitrião. Com pessoas assim, ficamos todos a ganhar. Merci (obrigado) Jean-Pierre, não sei se alguém te vai agradecer algum dia, por mim, estou-te muito grato. João Carlos Costa

“Corre riscos: se ganhares serás feliz, se perderes, ficaras sábios.” Autor Desconhecido

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“Somos sábios… quando reconhecemos que não há maior inimigo do que nós próprios.” Margarida de Navárra


“Não cometemos erros. Apenas aprendemos lições.” Eanne Wilson Schaef

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E SE A TERRA VOLTAR A TREMER NA ZONA OESTE? Depois dos tremores de terra que se fizeram sentir no final de Julho, na zona Oeste e em particular nos concelhos das Caldas da Rainha, Óbidos, Bombarral e Peniche, que apesar de fraca intensidade, chegaram para assustar as populações, deixamos um texto importante para quem gosta de estar prevenido. Afinal, ”homem prevenido vale por dois” (Também é válido para as mulheres). Os sismos são fenómenos naturais fre­ quentes em Portugal, embora na sua grande maioria não sejam sentidos pelo homem. Ao longo da sua história, há notícias de alguns sismos catastróficos que afectaram o nosso país. Os sismos têm a sua origem normalmente em zonas onde a crosta terrestre está fractu­rada (falhas), podendo as vibrações por eles produzidas durar desde poucos segundos até alguns minutos; após o primeiro abalo, acontecem espaçada­mente outros mais fracos (réplicas). Saiba que muitos acidentes pessoais e prejuízos poderão ser evitados se esti­ ver informado do modo como actuar antes, durante e após um tremor de terra. Medidas de segurança. Prepare a sua casa de forma a facilitar os movimen­ tos em caso de sismo, libertando os cor­ redores e arrumando os móveis, brin­ quedos, etc. Coloque os objectos pesa­dos ou de grande volume no chão ou nas estantes mais baixas. Fixe à parede as estantes e as botijas de gás, os va­sos e as floreiras. Estude os locais de maior protecção, distribuindo por eles os seus familiares. Oriente as crianças e respon-

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sabilize os adultos pela segu­ rança de cada um. Ensine todos os membros da família a desligarem a elec­ tricidade, a cortarem a água e o gás. Tenha à mão uma lanterna eléctrica e um transistor e pilhas de reserva para ambos, bem como um extintor e um estojo de primeiros socorros. Armazene água em recipientes de plástico fecha­dos e alimentos enlatados para dois ou três dias. Renove-os de tempos a tem­pos. Uma vez tomadas estas precauções, procure ler algo sobre sismos e os seus efeitos, fale do assunto de forma tran­ quila e serena e pense, de vez em quando, no que deve fazer durante um tremor de terra, caso se encontre em casa ou na rua. Como atuar se estiver em casa. Se estiver em casa, não corra para a rua. As saídas e as escadas poderão estar obs­truídas. Nunca utilize os elevadores. Tenha cuidado com a queda de obje­tos, candeeiros ou móveis e proteja-se no vão de uma porta interior, canto de uma sala ou debaixo de uma mesa ou mesmo de uma cama. Mantenha-se afas­ tado das janelas, espelhos e chaminés. Vá contando alto e devagar até 50. Isso ajuda a descontrair. Como atuar se estiver na rua. Se estiver na rua e sentir a terra tremer, dirija-se para um local aberto com calma e serenidade. Não corra nem ande a vaguear pelas ruas. Enquanto durar o sismo, não vá para casa. Mantenha-se afastado dos edifícios, sobretudo dos velhos, altos e isolados, e dos postes de

electricidade. Afaste-se dos muros ou de taludes que possam desabar. Como atuar se estiver num auto­móvel. É possível que o seu automóvel se desvie da estrada durante um sismo. Pare o mais rapidamente possível, mas longe de edifícios, muros, taludes, pos­tes e cabos de alta tensão. Permaneça dentro do automóvel e acalme-se. Lembre-se de que lá fora pode ser atin­gido por escombros ou fios eléctricos. Continue parado, mesmo depois de tudo ter acalmado: os veículos de emer­gência podem necessitar das estradas e ruas desimpedidas. Se decidir abando­nar o automóvel, deixe lá dentro as cha­ves e não tranque as portas, pois poderá ter de ser removido. Como atuar se estiver num local público. Se se encontrar num cinema ou noutro local com muita gente, não corra para as saídas. Lembre-se de que o pânico é o maior risco imediato após um sismo. O que fazer nos primeiros minutos após um tremor de terra: - Mantenha a calma. - Não se precipite para a escada ou para as saídas. - Conte com uma possível réplica. - Não fume e nem acenda fósforos, nem o isqueiro. Não ligue os interrupto­res. Pode haver fugas de gás ou curtos–circuitos. Utilize a lanterna eléctrica. - Corte a água e o gás; desligue a elec­ tricidade. - Calce sapatos e proteja a cabeça e a cara com um casaco, uma manta, um capacete ou um objecto resistente e pre-

pare agasalhos se o tempo o aconse­lhar. - Verifique se há incêndios, ‘tente apagá-los. Se o não conseguir, avise os bombeiros. - Verifique se há feridos e preste-lhes os primeiros socorros se necessário. Se há feridos graves, não os remova, a menos que corram perigo. - Limpe urgentemente os produtos inflamáveis que se tenham derramado (álcool, tintas, etc). - Se puder, solte os animais domésti­cos. Eles tratarão de si próprios. - Afaste-se das praias, e das margens baixas dos rios. Pode ocorrer uma onda gigante (tsunami). - Ligue o transistor e cumpra as reco­ mendações que ouvir pela rádio. O que fazer nas horas seguintes: Mantenha a calma e cumpra as ins­truções que a rádio difundir. Esteja pre­ parado para outros abalos (réplicas) que costumam suceder-se ao sismo principal. Se encontrar feridos graves, chame as equipas de socorro para promover a sua evacuação. Se houver pessoas soterradas, informe as equipas de salvamento. Entretanto, se for capaz, sem perigo, de as começar a libertar, tente fazê-lo reti­rando os escombros um a um, come­çando por cima. Não se precipite, não agrave a situação dos feridos ou a sua própria. Se a sua casa ficar muito danificada, terá de a abandonar. Reúna alimentos, água, medicamentos vulgares e espe­ ciais (cardíacos, diabéticos, etc). Caso contrário, fique em casa, acate as instru­ções da rádio e procure acalmar as crianças e pessoas de idade.

“Um problema bem colocado é uma dificuldade meio resolvida.” Charles F. Kattering


5 SUGESTÕES DE NEGÓCIOS COM GRANDE POTENCIAL Estamos em tempo de férias, logo, mais disponíveis, sem estarmos subjugados ao stress do dia-a-dia. Esta altura é, não raras vezes, a melhor para refletirmos sobre o rumo estratégico a dar às nossas empresas, como enfrentar os desafios que o futuro próximo nos reserva, ou que investimentos fazer e em que áreas. A diversificação dos investimentos ou a abertura de novos negócios são hipóteses a considerar. Daqui surge a pergunta “de 1 milhão de dólares”, como é usual dizer-se: em que tipo de negócio devo investir? Deixamos-lhe 5 sugestões de áreas de negócio, bem diferentes umas das outras, mas que têm em comum um interessante potencial de rentabilidade. Obviamente que cada uma das áreas apresentadas carece de um estudo aprofundado. Por outro lado, é importante que selecione uma área de negócio sobre a qual tenha algum conhecimento prévio, ou que facilmente o possa obter. Lembre-se que nem todas as oportunidades de negócio são boas para cada um de nós, simplesmente porque não reunimos as competências certas para essa oportunidade específica. Saúde e Bem-Estar As pessoas estão cada vez mais preocupadas com a sua saúde e com o seu as-

peto físico, levando à letra a máxima de “Corpo São em Mente Sã”. Negócios que privilegiem esta vertente são já bastante atrativos. Estética, Massagens, SPA e Estâncias Termais, Atividades Físicas e especializadas, são já uma boa oportunidade. Se não pretender entrar sozinho no mercado, veja as opções que existem em modelo de Franchising. São inúmeras as marcas e conceitos de negócio que poderão responder às suas necessidades e dar-lhe o aporte técnico necessário para iniciar o seu negócio o mais rapidamente possível e com um acompanhamento mais personalizado. Agricultura O setor primário representa hoje uma área de negócio com futuro. Abrindo mão das tradicionais técnicas agrícolas e apostando em produtos de nicho e técnicas arrojadas e inovadoras, poderá criar um negócio bem atrativo do ponto de vista da rentabilidade. Os produtos gourmets são um exemplo daquilo que começa a ser interessante na agricultura. Existem ainda outros produtos que são bastante rentáveis em Portugal, porque o nosso clima faz com que se desenvolvam primeiro cá do que em qualquer outra parte da Europa. Temos o exemplo do mirtilo, com grande

expansão em Sever do Vouga. Este é um produto de extrema rentabilidade e sustentabilidade, quando bem aproveitado e trabalhado na medida em que os mercados do norte da Europa são grandes consumidores e a sua produção não responde às necessidades desse mercado. Este é um setor que terá que ser alvo de uma grande pesquisa e estudos de mercado para que possa investir naquilo que existe em pouca quantidade. Os produtos tradicionais – compotas, enchidos e fumeiro, entre outros - são também bastante apreciados, desde que a aposta seja na qualidade. Artigos de Luxo O luxo, por norma, é pouco afetado pelas crises. Todos nós sentimos as dificuldades económicas atuais, no entanto, os artigos de luxo continuam a ter bastante procura. Se a sua ideia consiste em criar artigos únicos e de grande valor patrimonial, está no caminho certo. Com um bom plano de marketing e uma boa divulgação, poderá fazer o seu negócio singrar.

Os negócios que se baseiem no apoio à terceira idade poderão ser bastante sustentáveis e rentáveis. Valências de Apoio Domiciliário e Lar poderão ser boas apostas. No entanto, lembre-se que velhice já não é sinónimo de perda de qualidade de vida, e os idosos devem ser tratados com a máxima dignidade. Além disso, ir para um Lar também já não significa ser abandonado. Uma destas valências que aposte em serviços diferenciados e de qualidade pode significar um futuro sustentável. Energia O futuro (e o presente) passa pela eficiência energética, traduzida na utilização e produção de energias limpas e sustentáveis. Se tiver capacidade de investimento, aposte em centrais de biomassa – já que a matéria-prima é toda aquela que é desaproveitada por todos e se pode encontrar na floresta – e em centrais de painéis fotovoltaicos – utilizando o sol que nos banha em quase todos os dias do ano. A produção de eletricidade pode ser uma grande fonte de rendimento. UWU

Apoio à Velhice A sociedade está a envelhecer e, hoje, as famílias estão mais desagregadas.

CUIDADOS PARA EVITAR OS EFEITOS DO CALOR NA SAÚDE A Direção-Geral da Saúde apresenta uma série de medidas de prevenção para evitar os efeitos negativos do excesso de calor na saúde. Tome nota. Procurar ambientes frescos ou climatizados mesmo durante a noite. Evitar a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11h e as 18h. Aumentar a ingestão de água ou de sumos de fruta natural, mesmo durante a noite. Evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Dar atenção especial a grupos mais vulneráveis ao calor – doentes crónicos, idosos, crianças, grávidas e trabalhadores com atividades no exterior. Doentes crónicos ou sujeitos a dieta com restrição de líquidos devem seguir as

recomendações do médico assistente ou da Linha 808 24 24 24. Assegurar que as crianças consomem frequentemente água ou sumos de fruta natural e que permanecem em ambiente fresco. As crianças com menos de seis meses não devem estar sujeitas a exposição solar, direta ou indireta. Visitar e acompanhar os idosos, em especial os que vivem isolados. Assegurar a sua correta hidratação e permanência em ambiente fresco. As mesmas medidas devem ser aplicadas com as crianças. Ambos podem entrar numa situação de desidratação rapidamente. As grávidas deverão ter cuidados especiais: moderar a atividade física, evitar a exposição direta ou indireta ao sol e ga-

“A felicidade é o desfrutar perpétuo das pequenas coisas.” Pam Brown

rantir ingestão frequente de líquidos. Utilizar protetor solar com fator igual ou superior a 30 e renovar a sua aplicação de duas em duas horas e após os banhos na praia ou piscina, que não devem ser frequentadas entre as 11h e as 17h. Evitar atividades que exijam grandes esforços físicos, nomeadamente laborais, desportivos e de lazer no exterior. Utilizar roupa solta, opaca e que cubra a maior parte do corpo, chapéu de abas largas e óculos de sol com proteção ultravioleta. Escolher horas de menor calor para viajar de carro. Não permanecer dentro de viaturas estacionadas e expostas ao sol.

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O NATAL DO FRANCISCO O Francisco tinha feito há pouco tempo doze anos, mas há muito que os pais o obrigavam a participar nos únicos trabalhos de casa que conhecia: trabalhar no campo. Mal aprendeu a escrever o seu nome e a tabuada, deixou de ir à escola. - O que tens de saber é trabalhar na fazenda para ajudar a sustentar a tua família – dizia-lhe repetidamente o pai. – Hei-de ensinar-te tudo o que precisas de saber para seres um homem – ouvia ele vezes sem conta. Ser o mais velho de quatro irmãos tinha raramente vantagens, mas sempre obrigações. Apenas teve tempo de saber quem foi o primeiro rei de Portugal, mas aprendeu tudo o que era necessário para cultivar as terras que os pais haviam herdado dos seus avós e aprendeu a tratar do gado. Enquanto os irmãos iam decorando os nomes dos rios, dos continentes, dos navegadores, ele ia aprendendo a lavrar, a semear, a ceifar. Nas raras ocasiões em que se encontrava com os meninos da sua idade, ouvia entre risos de uns e de outros – o Francisco não sabe ler, o Francisco não sabe ler... – e não sabia. Conhecia a melhor altura do ano para regar, o momento certo para adubar, mas não sabia ler. – Quando for grande, hei-de fugir desta terra. Quando for grande, hei-de ir para longe – repetia ele no seu íntimo enquanto cuidava dos animais. Enquanto as outras crianças desenhavam casas, comboios, ou até o arco-íris, o Francisco só conhecia as cores dos campos que se pintam de verde, de amarelo e depois de castanho, conforme as estações do ano. Enquanto via os outros meninos a brincar depois da escola, só uma ideia crescia na cabeça daquele garoto que o destino tinha obrigado a crescer depressa de mais: fugir da terra, fugir daquela terra. Na sua cabeça germinava mais depressa do que tudo o que plantava, a ideia de ver muitas estradas e prédios a perder de vista. Cidades onde não houvesse lugar para plantar fosse o que fosse. As páginas do calendário foram voando e um dia, o Francisco, que já tinha feito anos dezoito vezes, teve oportunidade que tanto sonhara. O tio Zé que tinha partido há uns anos para a América escreveu aos pais, dizendo que naquele lugar existiam grandes oportunidades e o Francisco poderia chegar mais longe e um dia ajudá-los de outra forma. As colheitas eram cada vez mais fracas e o Francisco que já era um homem, decidiu partir. Na hora de deixar o lugar onde tinha nascido e de onde nunca tinha saí-

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do, só a ideia de se afastar daquela terra que lhe tinha roubado as aulas de que ele tanto gostava, que lhe tinha tirado as brincadeiras de qualquer criança, nem sequer olhou para trás. No momento da partida, despediu-se a correr e as lágrimas que lhe caíam pelo rosto tinham mais o sabor da vitória do que da saudade. Na viagem de vários dias no barco, nunca reparou nos quilómetros que deixava atrás de si, mas tão somente no que faltava para chegar àquele lugar, àquela terra sem terra para cultivar. O Francisco chegou a bom porto, apreciado pela sua força de carácter, pela sua tenacidade rapidamente se tornou líder e transformou-se num respeitado empresário. Nunca mais teve de ir buscar os animais ao curral, nem teve de tocar na terra, mas em si nasceu ao longo dos anos, uma nostalgia enorme daqueles dias em que descalço sentia o calor do barro, daquelas madrugadas em que surpreendia o gado que levava para os campos. O ano passado, no Natal, o seu neto que nasceu no meio do cimento, do betão, numa cidade onde todos têm tempo para ir para a escola, mas em que as crianças não sabem de onde vem o trigo ou como se trata o gado, disse-lhe algo que nunca mais esquecerá. O seu neto a quem nunca nada faltou e tirou um curso superior disse-lhe: – Sabes avô, se eu pudesse, se eu pudesse mesmo fugia deste lugar e ia para a tua terra. Eu acho que podemos ser mais felizes no meio do campo. Tiveste tanta sorte de poder tocar na terra, ver o trigo a nascer, ouvir o mugir das vacas. Avô, eu queria tanto ter estado no teu lugar. Se pudesse, ia para lá e nunca mais voltava. – Os olhos do Francisco brilharam e naquele instante, recordou os campos ora verdes, ora amarelos, ora castanhos onde tinha aprendido a ser homem. estoriasparaleredeitarfora.wordpress.com

“Pensa mal, se quiseres, mas pensa sempre por ti mesmo.” Dóris Lessing


O QUE LEVAR PARA A PRAIA?

Saber o que levar para a praia vai ajudálo a saber separar o que é obrigatório das coisas que apenas vão fazê-lo andar carregado. COMIDA Opte sempre por transportar a comida numa geleira ou numa mala térmica, com cuvetes de gelo, para uma maior e melhor conservação de alimentos e bebidas e deixe-a sempre à sombra. A comida que levar para a praia não tem que ser complicada: pão, frutos secos, fruta, conservas e hortícolas devem estar sempre no topo das preferências pois são alimentos que não se alteram com o calor. Se preferir salada, lembre-se de não a temperar em casa. Deverá levar consigo doses individuais dos temperos. Se

gostar mais de sanduíches, evite alguns tipos de pão com gordura (como pão de leite e pão de forma) e recheios que se podem deteriorar com o calor (como por exemplo, molho de iogurte, fiambre e maionese). No que à fruta diz respeito, saiba que o melhor mesmo é levar a fruta inteira, pois assim resiste mais facilmente ao transporte e à temperatura, ficando ainda menos sujeita a contaminações por bactérias. As frutas mais resistentes são a maçã, a pera, a banana, a tangerina, a laranja e a nectarina. BEBIDAS Aqui não há qualquer segredo: água! Muita água! Esta deve ser sempre a bebida de eleição, pois interfere no funcionamento de todos os sistemas e órgãos

“E amanhã não seremos o que fomos nem o que somos.” Ovídio

e também auxilia na regulação da temperatura corporal. As bebidas alcoólicas e refrigerantes não são uma boa ideia pois aumentam o risco de desidratação. ROUPA A principal dica na hora de escolher quais peças de roupa levar para a praia, isso tanto para as mulheres quanto para os homens e crianças é simples: dê preferência a peças leves, básicas que combine com tudo e principalmente por aquelas que são feitas de tecidos que não amarrotam, pois isso poupará o seu tempo. CALÇADO Em relação ao calçado que deverá levar para a praia, opte pelos mais confortáveis e práticos e deixe de lado modelos que apertem e que incomodem. PRODUTOS DE BELEZA Os produtos de beleza merecem toda a atenção, principalmente o protetor solar, cujo fator deve ser adequado ao seu tipo de pele. Lembre-se que é importante levar não somente um para o corpo, mas também um específico para o rosto, visto que a cara necessita de maior proteção. Poderá levar também consigo um protetor para o cabelo, de modo a mantê-lo saudável após os banhos de sol e de mar e não perder vitalidade.

ACESSÓRIOS Quanto aos acessórios, escolha o básico e aqueles que realmente irá precisar e usar, nomeadamente óculos de sol e um chapéu. BRINQUEDOS Longe vão os tempos em que ir para a praia significava levar meia casa atrás, ou seja, um saco cheio de brinquedos, baldes, regadores, forminhas, pás, ancinhos, bolas, piscinas insufláveis, moinhos de areia, braçadeiras, boias em forma de pato, papagaios de papel… Esqueça! Faça uma seleção de três brinquedos que as crianças realmente gostem e valorizem e cinja-se a essa lista. Sem esquecer que as crianças adoram gadgets, telemóveis e tablets, pelo que podem ser preciosos auxílios nos momentos mais aborrecidos. Tenha apenas atenção na respetiva proteção, para não danificá-los com água ou areia. No final de contas, para saber o que levar para a praia o que melhor conta é o bom senso. É preferível perder algum tempo nesta fase de preparação, para que depois consiga aproveitar ao máximo. Divirta-se! Fonte: diariodeumanutricista

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No âmbito do projeto-piloto “Moove Oeste Portugal”, o Município das Caldas da Rainha disponibilizou gratuitamente á população, o “Twizy” – um veículo 100% elétrico movido a abastecido através de um sistema solar fotovoltaíco, no intuito de demonstrar o uso das energias renováveis e das tecnologias inteligentes. O “Moove Oeste Portugal” é um projeto-piloto de promoção da mobilidade urbana sustentável na região, tendo sido simultaneamente implementado pelos 12 municípios constituintes da OesteCIM, com o apoio da OesteSustentável – Agência Regional de Energia e Ambiente do Oeste. Esta iniciativa intermunicipal está, por seu turno, inserida no projeto europeu REPUTE – “Renewable Energy in Public Transport Enterprise” (em português, “Energia Renovável em Empresas de Transportes Pú-

“Sim ! é indiscutivelmente o veículo do futuro.” Carlos Elias

“Parece pequeno, mas tem um potencial enorme.” Manuel Lisboa

“Para além da poupança, o Twizy permite ganhar tempo dentro da cidade, um bem quase tão precioso como o combustível.” Cassis Clay

“ Foi uma experiência interessante, nunca pensei que fosse tão ágil.” Ana Saramago

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blicos”) que visa, segundo a OesteCIM, “incentivar a inovação nas empresas que promovam o uso de energias renováveis nos transportes públicos.” O “Twizy” da Renault, destina-se à utilização no perímetro urbano, podendo ser reservado no Espaço Turismo (Posto de turismo situado no topo da Praça da Fruta). Obrigado a todos aqueles que durante 24h, aceitaram o desafio de experimentar o “Twizy”.

“ O Twizy corresponde plenamente ao novo conceito de mobilidade urbana. Ao experimenta-lo cada um percebe a filosofia que gostaria de ver cada vez mais na nossa cidade.” Hugo Oliveira

“A verdadeira felicidade possui uma natureza discreta e é inimiga da pompa e do ruido.” Joseph Addison


TAI CHI Dicas para a prática do Tai Chi • Escolha um horário para a prática e procure respeitá-lo. Os horários mais indicados são o amanhecer e o anoitecer, pois as energias yin/yang estão em mutação; • Escolha um bom professor, que tenha a sua formação feita numa escola idónea e que respeite as tradições do seu estilo; • O ambiente para a prática deve de ser amplo, arejado e limpo; • Chegue sempre um pouco antes do horário, para que possa participar de todas as etapas da aula; • Deve estar alimentado, porém não deve praticar logo após as refeições; • Se tem alguma doença ou mal-estar, crónico ou temporário, deve de avisar o professor, pois alguns exercícios poderão ser alterados ou suprimidos; • Utilize roupas confortáveis. Dê preferência aos tons claros; • Siga as orientações do professor; em caso de dúvida, peça esclarecimentos a ele/ ela; • Acate com humildade as orientações do professor, e não procure ir mais rápido do que o indicado. O Tai Chi é um tipo de exercício baseado em movimentos lentos que se assemelham a uma dança. A sua prática lenta e a ausência do uso da força, ajudam a aumentar o bem-estar do corpo e da mente. O Tai Chi é composto por uma série de movimentos circulares, a par de movimentos respiratórios, que vão relaxando o corpo à medida que são efectuados. A mente É essencial que a mente do praticante esteja tranquila e concentrada. A atitude mental correcta para praticar é a quietude concentrada. No Tai Chi o interior move o exterior.. O movimento interior Respiração - a respiração é a energia da vida. O praticante de Tai Chi regula a respiração em harmonia com o movimento do seu corpo para obter saúde. A respiração ritmada e lenta acalma o indivíduo; a respiração profunda leva ao relaxamento. Deve-se inspirar e expirar pelo nariz, numa respiração lenta, direccionada para o centro energético, localizado próximo do umbigo. A circulação do sangue A respiração controla a circulação do sangue. O praticante de Tai Chi usa o movimento para ajudar o “Chi”, a sua energia interior e a acelerar a circulação do sangue. A circulação e a energia impulsionam os membros de maneira harmónica. A suavidade Os movimentos devem ser suaves e regulares, executando-se todos num mesmo ritmo. O equilíbrio Cada forma exige equilíbrio. O praticante não se inclina nem para a frente nem para trás, esquerda ou direita, a fim de

sentir-se equilibrado, concentrado e confortável nas posturas. A centralização O tronco do corpo deve estar erecto e numa posição central. Nas costas, do cócix ao topo da cabeça, o praticante deve manter-se em linha recta. O corpo está erecto, cada osso e órgão devem de estar na sua posição correcta. O peso do corpo deve repousar no meio dos pés, nunca nos calcanhares. Dessa maneira, o praticante pode apoiar todo o corpo sem se cansar. O relaxamento o relaxamento do corpo e da mente é crucial, para combater o ritmo acelerado da vida de hoje. A capacidade de relaxar, quando desenvolvida, auxilia na prevenção de doenças. A continuidade No Tai Chi, cada forma é seguida, contínua e natural a partir da anterior. A coordenação entre corpo, mente e a respiração é assim essencial. Os benefícios O Tai Chi relaxa a mente, assim como o corpo. Auxilia a digestão, acalma o sistema nervoso, é benéfico para o coração e a circulação sanguínea, torna flexíveis as articulações e rejuvenesce a pele. As idades Como os seus movimentos flexíveis e circulares não exigem esforço físico, pode ser praticado por pessoas de qualquer idade, inclusive, e principalmente, por pessoas da terceira idade.

Darlene Oliveira

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“A verdade é como a cana-de-açúcar: mesmo depois de muito mastigada, ainda é doce.” Provérbio malgaxe

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“E SE MAIS MUNDO HOUVESSE, LÁ CHEGARIA” “O Século XXI será o dos povos em movimento” “Seja como for, desde a aurora dos tempos, nada nos faz partir senão a busca dos nossos sonhos.” Michel Le Bris Numa entrevista ao jornal Le Monde (edição de 28 – 29 de Setembro 2008) António Guterres, Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados afirmou que “o século XXI será o dos povos em movimento”. Há quarenta anos eram 2% os que um dia tinham deixado a sua terra em busca de um lugar melhor para viver. Hoje há quase 3% de emigrantes em todo o mundo, o que significa que embora virtualmente, com 191 milhões de pessoas, eles representam o quinto país mais povoado do mundo. Entre 1965 e 1990 o número de emigrantes passou de 75 a 150 milhões, aumentando cerca de 41 milhões até 1985 ou seja cerca de 2,59% mais rapidamente do que a população mundial. Ter a coragem de partir rumo ao desconhecido é algo que vem desde a aurora dos tempos. O Homo Sapiens disseminou-se a partir do seu berço africano rumo a todos os continentes em busca de terras férteis para o grupo original que estava a crescer. E do impulso da partida até á propagação por todo o planeta foi só um ápice. Segundo o professor Gildas Simon especialista no estudo das migrações internacionais das populações: “uma média de 300 metros por ano são suficientes para explicar o povoamento da Terra durante a pré-história. Num estudo conjunto das publicações Le Monde; La Vie e Science – Po é demonstrado que “as deslocações fazem-se em curtas distâncias. Em média 60 km separam cada geração da outra. Ao ritmo de cerca de cinco gerações por século, chega-se rapidamente a 30.000 Km (quase uma vez a volta da Terra) ao fim de 10.000 anos”.

A Diáspora Lusa

“Ainda bem que a metade escondida do globo se torna conhecida, e que os portugueses vão mais longe, para lá do Equador. Assim, terras recônditas estarão em breve acessíveis; quem concorre com outros, avança nas aventuras e nos enormes perigos.” Pedro Mártir D’Anghiera Ter a coragem de partir, desafiar o desconhecido, é algo que nos corre no sangue. Há no nosso código genético, uma qualquer substância que nos lança para a frente. Há quem garanta que a

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emigração faz parte do destino daqueles que nascem neste “pequeno país à beira-mar plantado”. Em 1978, Vitorino Magalhães Godinho considerou a emigração “uma constante estrutural da nossa demografia”. Se é verdade que a emigração portuguesa atingiu os maiores valores de sempre entre meados do século XIX e a década de 70 do século XX, Portugal tem sido, desde o século XV, um país de emigração, facto que acabou por condicionar toda a sua história.

os impulsos e os estímulos da expansão portuguesa – poderio, império, fé, proselitismo, cobiça, ubiquidade – devem pois contar-se os que a arabização e a Reconquista condicionaram, sobretudo na fase henriquina, em que essa forma peninsular do espírito de cruzada tão intimamente se combina com todas as outras espécies de motivações e desígnios” (Vida e Obra do Infante Henrique Vitorino Nemésio capítulo IV, P.63). Se é verdade que a época dos Descobrimentos

Temos levado a Diáspora* Lusa aos quatro cantos do mundo. Do Havai à Índia, dos Estados Unidos à Austrália, de França ao Canadá, encontram-se comunidades de portugueses ou de luso-descendentes. “Demos mundos ao Mundo. Ao descobrirmos cerca de dois terços da terra habitada, tornámo-nos num dos países que maior contributo trouxe ao conhecimento geográfico do planeta. Durante o reinado de D. João II de Portugal (14711495), a distância total percorrida pela tripulação das naus descobridoras totalizava oitenta milhões de quilómetros” (Dicionário da Língua Portuguesa, Cândido de Figueiredo Bertrand, 1996, P.1611). Uma costa grande demais para quem vê no mar um permanente desafio à aventura; marinheiros exímios com a técnica apurada de quem está há gerações habituado a procurar no mar o que a terra muitas vezes nega; a vontade de se expandir territorialmente; as dificuldades económicas originadas pelas mais diversas razões; um espírito temerário sem limites; o orgulho de fazer mais e de ir mais longe do que os vizinhos espanhóis; razões políticas, culturais e até religiosas, foram os grandes motivadores da nossa epopeia. “Entre

nos enche de orgulho, também é justo não remetermos ao lado B da História de Portugal, a aventura dos portugueses que na década de 60 do século XX, rasgaram fronteiras rumo ao desconhecido. Não enfrentaram o medo das tempestades ou dos monstros marinhos, mas tiveram de fazer face a outros temores. Os historiadores contemporâneos defendem até que o pioneirismo dos Descobrimentos tem precisamente uma réplica na vaga de emigração que se dá na segunda metade de 1900. “Os emigrantes da década de 60 do século XX demonstram a mesma coragem e a mesma ousadia que os exploradores das Descobertas. Milhares e milhares de portugueses demonstraram nessa altura um enormíssimo espírito de aventura. Saíram da aldeia que conheciam para arriscar viagens de semanas no mar, ou, ainda mais arriscado, para atravessar fronteiras a salto e na clandestinidade, muitas vezes, para viver em condições precárias e em países de que desconheciam até a língua” afirma o historiador Rui Ramos. “Os portugueses demonstraram, nessa década de 60, um pioneirismo na alteração das suas condições de vida que poucos europeus conseguiram demonstrar à mesma escala. Isto aceitando como pioneirismo uma geração inteira de emigrantes que rompeu fisicamente com os seus espaços, a sua aldeia, o seu subúrbio de cidade, a sua classe social de origem e o destino social a que estavam predestinados” reforça Manuel Loff, especialista em história contemporânea. Ao longo de quase seis séculos, milhões de portugueses disseram “sim” ao desafio de partir. Embora sendo difícil referir números precisos, existem hoje cerca de 5 milhões de portugueses ou luso-descendentes a viver fora das nossas fronteiras geográficas, o que equivale a cerca de metade da população de Portugal. A emigração continua nos dias que correm, em-

bora a um ritmo mais modesto e por razões mais circunstanciais, mais temporárias (actividades profissionais, investimentos económicos, realização de estudos...). Só nos principais países de destino europeu, a percentagem de emigrantes aumentou 52,6% entre 2000 e 2006, de 419047 para 639612. Existem agora também novos destinos como Inglaterra ou até Espanha. Portugal não deixou de ser fonte de mão-de-obra de outras nações, apesar de, a partir dos anos 80, se ter tornado também num país de destino. Já não são tantos a partir, mas a convicção é a mesma. Uma inabalável força espiritual norteou, ao longo dos últimos seiscentos anos os portugueses. Sentindo o apelo do mar, desafiamos hà séculos horizontes rumo a outras terras e nesta nova era a aventura continua. “Os que iam, os que ficavam, todos deram alma à descoberta de horizontes, à evangelização dos povos, à pesca, ao comércio, à defesa do território nacional, a longas viagens às antigas províncias ultramarinas, à evolução da construção naval e das ciências do mar, à solidariedade para com outras nações. De todas as campanhas marítimas, irradiam um sentido patriótico e uma dedicação destemida, sentimentos que evocam a esperança e a certeza de que, se assim fomos, assim permanecemos, ainda que o navio nos pareça ancorado ou aguardando um capitão” (Revista Azul – nº32 P.48). Para quem está determinado a chegar a algum lado, é preciso partir e “se estivermos virados para a direcção correcta, tudo o que teremos de fazer é continuar a andar” (Antiga expressão Budista). Segundo o Relatório Internacional sobre Migrações de 2007 da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), há 4.973.497 portugueses espalhados pelo mundo. O grande núcleo da Diáspora portuguesa encontra-se nos Estados Unidos da América (1.349.161), em França (791.388), na África do Sul (300.000) e no Reino Unido (250.000). Refira-se que Portugal tem a sétima maior comunidade de emigrantes do mundo. João Carlos Costa A décima sétima Freguesia

“Se um homem não souber para que porto se dirige, nenhum vento lhe será favorável.” Séneca


A CORRIDA MAIS LOUCA DO MUNDO DE BURROS Este é sem dúvida, um o momento alto nas festas de Ferrel, a “Corrida de burros mais louca” do nosso distrito, onde a constante diversão supera a competição, pois trata-se de um momento de boa disposição tanto para participantes/claques, como para assistência. Este é o espírito da corrida que desde 1960 se tem vindo a realizar sempre com muitos participantes, donos dos burros ou por vezes com burros que são alugados. No fundo, burros contratados para esta ocasião especial. No âmbito da festa em honra da Nossa Senhora da Guia, padroeira da localidade, o largo ao redor da capela é transformado em burródromo, com uma assistência entusiástica dos habitantes, turistas e transeuntes que fazem questão de ficar para esta corrida única. Todos podem participar, não existe distinção entre homens e mulheres, apesar de já existir alguns concorrentes peritos na matéria e por isso já uns verdadeiros jockeys desta corrida animada que faz o espectáculo para todos. A corrida consiste em dar varias voltas no burródromo, situação que nem sempre é facilitada, pois os burros apesar de já serem experientes neste evento, mantém as suas características de resistência e teimosia, sendo eles quase que os mandantes dos percursos e das velocidades da corrida. Para alcançar estes resultados é necessário algumas horas de treino com o animal parceiro, horas estas que vão ser temperadas com umas quedas e alguns pagamentos em coices. Mas na realidade tudo é compensado com a rejubilar da população em geral, a euforia das claques que puxam por todos os concorrentes. Num esforço único, a comissão de festas mantêm-se unida desde há 5 anos com a perspectiva de melhorar sempre a qualidade deste evento. Aceitaram este desafio e tem vindo a transformar esta festa, num das mais conhecidas e badaladas da região. A “grande alteração e novidade” deste ano supera todas as expectativas já sobre eles lançadas pelos óptimos resultados conseguidos anteriormente. Em 2016 pretende-se um evento com carac-

terísticas de festival. Com a colaboração e apoio da Câmara Municipal de Peniche, conseguiu-se o espaço ideal, no Rossio (Largo) que ficará para utilização geral e para eventos futuros, resolvendo assim, a maior parte dos problemas que existiam com o espaço do antigo recinto que obstruía as vias públicas. Pela primeira vez, esta festa tem 9 dias de cartaz, com a finalidade de também rentabilizar mais os terrados negociados com os expositores, permitindo melhor utilização da logística que um espaço como este envolve. O maior interesse da comissão cessante, é manter as características dos eventos anteriores, reforçando o objectivo cada vez mais, em transformar esta festa, num evento familiar, com maior apoio a nível de restauração, promovendo um programa que vai da diversão, à gastronomia e festejo.

A comissão de festas reconhece a tarefa e esforço, mas a tradição mantem-se e esta festa ficará para sempre marcada pelo excelente trabalho de que todos se comprometem a fazer.

“Mesmo que a felicidade se esqueça um pouco de ti, nunca te esqueças completamente dela.” Jaques Prévert

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PROVA DE VINHOS - BAGO D’OURO A Garrafeira Bago d’ Ouro, na Rua Sebastião de Lima, foi no iníco de Julho, anfitriã de uma prova de vinhos, na qual marcaram presença algumas dezenas de pessoas, entre elas muitos estrangeiros que se encontram de férias nesta região. A Quinta de Gomariz, de Santo Tirso, como que em representação da Região Demarcada dos Vinhos Verdes, apresentou o verde branco, Loureiro e o verde tinto Vinhão, passando pelo rosé Loureiro e pelo tradicional Alvarinho. A Quinta Nova, de Nossa Senhora do Carmo, Região do Douro e que está no mercado há cerca de 250 anos, trouxe para

gáudio dos apreciadores, um vinho do Porto LBV e um vinho tinto, ambos com o nome Quinta Nova e os brancos reserva Grainha e Pomares. A Ervideira de Reguengos de Monsaraz, a representar os vinhos alentejanos, trouxe dois vinhos de Reserva, um branco e outro tinto, ambos com a denominação de Conde d’Ervideira, o Ervideira Invisível

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vinho branco que é resultado do primeiro sumo das uvas apanhadas à noite, o tinto Conde D’Ervideira e o espumante Ervideira. De parabéns estão Alexandra e José Sousa proprietários da Garrafeira Bago d’ Ouro pela irrepreensível receção aos convidados.

“O primeiro grande passo na vida de qualquer pessoa é admitir que nada sabe.” Pam Brown


OESTE FEST 2016 FOI UM SUCESSO A terceira edição do Cabovisão Oeste

tos do género da zona Centro.

Fest, que decorreu de 21a 24 de Julho na

“Com as primeiras edições do Oeste Fest,

Foz do Arelho, foi sem dúvida o melhor

comprovámos as possibilidades infinitas

de sempre.

que tem o areal da Foz do Arelho e toda

Com um cartaz digno dos maiores fes-

a sua envolvência, que apesar das condi-

tivais musicais do país e com uma orga-

cionantes de ser um lugar protegido, não

nização mais preparada que nunca, este

deixa de ter um potencial enorme.

evento levou 46.000 pessoas àquele que

A filosofia do evento foi afinada nas primei-

se prepara para ser um dos maiores even-

ras duas edições e agora que sabemos para onde queremos caminhar, só nos falta um pouco mais de apoios para formatarmos o Oeste Fest como uma iniciativa de cariz nacional.” Disse ao nosso jornal João Paulo Louro, responsável da empresa Walking Melodies, proprietária da marca Oeste Fest.

gerações que vieram aos concertos e as ac-

equipa na próxima edição, estando pre-

“O conceito deste festival, é tornar-se em

tividades na praia e a Color Party, foram a

vista várias acções muito antes de Julho

algo mais do que um evento musical, é as-

concretização da ideia de que as famílias

próximo.

simir-se num motor que active esta região

podem se juntar no Oeste Fest. Apesar do

Se tudo correr bem, o Oeste Fest volta

(daí o nome), em termos turísticos e até

excelente apoio da Câmara Municipal das

em 2017 com mais força...

comerciais. Nos dias do festival, os hotéis e

Caldas da Rainha e da Cabovisão, só nos

restaurantes da região encheram-se. Quem

faltam mesmo mais alguns apoios para fig-

veio acabou por consumir no comércio

urarmos no calendário nacional.”

local. Este evento é muito transversal no

acrescenta o empresário que nos con-

que diz respeito às idades. Tivemos várias

fidenciou estar já a trabalhar com a sua

“Toda a verdadeira ousadia começa dentro de nós.” Eudora Welty

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PASSEIOS PEDESTRES TASQUINHAS Domingo 7 Agosto

VI passeio pedestre das 9h -12.30h Traçado do percurso: - Expoeste (porta principal) - Zona Industrial - Estrada de terra batida - Rua do areeiro - Estrada de terra batida - Caminho do pinhal - Zona Industrial - Expoeste Passeio Pedestre Urbano das 19h - 21h Traçado do percurso: - Expoeste (porta principal) - Encosta do sol - Imaginário - Mata Rainha D. Leonor - Parque D. Carlos I - Praça da fruta - Rua das Montras - Expoeste Aberto a toda a população. Não é necessária inscrição, basta comparecer no local da partida. Almoçar e jantar na Expotur 2016, é a ajudar as associações a promover a cultura e o desporto no concelho das Caldas da Rainha. Organização dos Caminheiros das Caldas da Rainha e Óbidos. Para mais informações: 919 088 066 caminheiros.caldas-obidos@hotmail.com

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“A persistência é o caminho do êxito”. Charles Chaplin


JOGOS DE PRAIA O Verão e as férias são inevitavelmente sinónimo de passeios ao ar livre e dias passados na praia – apesar de ser um local de eleição das crianças, as brincadeiras na água e os castelos na areia podem acabar por cansar. Nesses momentos, proponha um destes jogos de praia e prolongue a diversão! Jogo da garrafa Um jogo perfeito para os dias mais quentes do Verão, necessita de dois grupos de jogadores, 2 garrafas de plástico (de meio litro, por exemplo), 2 baldes e pequenos copos de plástico (um para cada jogador). Cada equipa tem de designar um dos seus membros para se sentar e colocar uma das garrafas de plástico na cabeça. Coloque um ou mais baldes de água (não convém que esteja muito fria) entre cada equipa e a pessoa que está sentada. Os jogadores de cada equipa formam duas filas e com um copo na mão correm, enchem o copo com água e deitam-na na garrafa que a pessoa sentada tem na cabeça. Quando regressarem, é a vez do jogador seguinte e assim consecutivamente. Ganha a equipa que conseguir encher primeiro a garrafa… e palmas para as pessoas que estiveram sentadas e certamente levaram com muita água pela cabeça abaixo! Tiro ao alvo na areia Enquanto alguém desenha três alvos circulares na areia – um círculo grande com um médio e um pequeno no seu meio – peça às crianças para irem apanhar uma pedra cada. Depois, senteas num semicírculo, distanciado cerca de 1m80cm do alvo (ou menos se as crianças forem mais pequenas). À vez, cada criança atira a sua pedra para o alvo e vai acumulando pontos: 3 pontos se acertar no alvo pequeno, 2 pontos se acertar no alvo médio e 1 ponto se acertar no alvo grande. Depois de cada criança ter atirado 5 vezes (pode ser mais), ganha quem tiver mais pontaria e mais pontos!

Prova de estafeta Divida o grupo em dois – pode ser apenas crianças ou crianças e adultos – e posicionem-se à beira-mar. Coloque dois baldes das crianças brincarem, mas vazios, a cerca de 30 cm da água. O objetivo do jogo é transportar água do mar, com as mãos, para encher o balde. Os dois grupos competem em simultâneo e cada jogador joga à vez, correndo até à água, transportando-a com as mãos para o balde, dando depois lugar ao jogador seguinte. A equipa vencedora é aquela que consegue encher o balde com água primeiro. Bolas a rolar Com uma distância de cerca de 3 metros da linha da água, cave um pequeno buraco na areia que seja suficientemente grande para acolher uma bola de ténis. Depois, crie uma linha com mais 2 buracos atrás do primeiro buraco; uma terceira linha com 3 buracos e a última linha com 4 buracos – no final, terá criado uma espécie de triângulo. Posicionados atrás da última linha, cada criança pode lançar a bola de ténis, de forma rasteira, cinco vezes, sempre com o intuito de acertar nos buracos. O buraco próximo da água vale 10 pontos, os buracos da segunda fila valem 5 pontos, os buracos da terceira fila valem 3 pontos e os buracos da quarta fila valem 1 ponto. No final, ganha a pessoa que tenha conquistado mais pontos! Caça às pedras e conchas As crianças adoram procurar e apanhar pedras e conchas à beira-mar, por isso, porque não transformar isso num divertido jogo? Com recurso a um cronómetro, o objetivo pode ser apanhar o máximo de pedras ou conchas em dois minutos ou então ganha quem conseguir apanhar o maior número de pedras pretas ou conchas em forma de búzio. No final, aproveite as pedras e conchas recolhidas, coloque-as num frasco com uma etiqueta onde consta a data e o local, para a criança ter uma recordação desse Verão na praia!

“O homem sábio é aquele que não lamenta as coisas que não tem, mas que rejubila com as que possui.” Epicteto

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POKÉMON GO A The Pokémon Company lançou um novo jogo que está a deixar o mundo em euforia, se não sabe como jogar Pokémon Go, nós temos todas as dicas. Com recurso à realidade aumentada, o Pokémon Go inclui no mundo real elementos virtuais obrigando a que os jogadores saiam para a rua para encontrar os Pokémons perdidos numa correria desenfreada que já resultam em diversas situações caricatas. É um jogo mas também é uma excelente forma de combater o sedentarismo enquanto joga videojogos e de promover o convívio entre amigos e família. AS DICAS ESSENCIAIS: 1. POUPE BATERIA Porque precisa de usar o GPS, a câmara e o pacote de dados, o Pokémon Go vai consumir muita bateria e em poucas horas vai precisar de carregar o smartphone. Para ultrapassar este problema, há quatro dicas que foram partilhadas pela equipa do Pplware: • Desligue a câmara sempre que quiser apanhar todos os Pokémons. Para isso, no canto superior direito, coloque a opção AR em Off. • Através do Google Maps, faça download do mapa da zona onde vai jogar, assim, ainda que continue a precisar de ter os dados ligados, vai gastar menos bateria. • Aceda às definições e ative a opção de poupança de bateria do Pokémon Go • Tenha uma powerbank carregada consigo

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2. CRIE EQUIPAS Como jogar Pokémon Go? Em equipa! É, sem dúvida, o intuito do jogo e a forma mais divertida de o jogar. Crie equipas, faça torneios e junte-se às equipas já criadas online para tornar o Pokémon Go ainda mais interessante e divertido. 3. APANHAR TODOS É importante apanhar Pokémons repetidos seguindo a lógica “apanhá-los todos!” dos desenhos animados. Ao apanhar Pokémons repetidos vai conseguir transferi-los para o Professor que, em troca, lhe dará candys que vão fazer os seus bichinhos evoluir. 4. USE INCENSES PARA ATRAIR POKÉMONS Quando estiver parado num local utilize os Incenses para seduzir os pokémons que possam estar pelas redondezas. 5. QUANTO MAIS ANDAR, MELHOR! Para eclodir os ovos que estão nas incubadoras precisa de um determinado número de quilómetros percorridos, 2, 5 ou 10 kms, por isso, quando mais caminhar, melhores resultados vai ter. Uma boa dica é, mesmo que não esteja a jogar, mantenha o jogo ligado para que continue a contabilizar os seus passos. Por fim, divirta-se mas tenha cuidado e não tire os olhos da estrada enquanto joga. Fonte: Vida Activa

“Desabrocha onde fores plantado.” Ella Grasso


A EDUCAÇÃO É A CHAVE Há algum tempo tive o privilégio de, por motivos profissionais, conhecer um alemão, engenheiro de profissão, já reformado, que agora ocupa o seu tempo como consultor de projectos para a indústria automóvel e a quem por conveniência vou chamar Mr S. Acontece que um dia, após o trabalho, enquanto se esperava pelo jantar, quis a sorte, nos juntássemos ambos com o meu amigo Nitin, indiano, há muito a trabalhar para multinacionais alemãs e, claro, a conversa acabou por ir dar à pergunta chave: Mr S., qual o segredo do sucesso dos alemães? Mr S. hesitou um pouco na resposta, mas acabou por reconhecer que, se se pretender encontrar a principal causa do sucesso dos alemães ela será, na sua opinião, a aposta na educação. Desde então tenho meditado com frequência nestas palavas – a aposta clara na educação e no que deve ser essa aposta. Em primeiro lugar é necessário desfazer a confusão entre dois conceitos: educação e instrução. Instrução, enquanto acumular de conhecimento e competências é o que se espera que a escola transmita, querendo depois a sociedade que os jovens, através

do confronto com a prática, utilizem de forma construtiva esses conhecimentos, contribuindo para o seu crescimento pessoal e profissional e para o desenvolvimento das organizações onde estão integrados. Quer-se assim que as aprendizagens potenciem nos jovens a aquisição de fortes competências teóricas, mas também a capacidade de as “ligarem” à prática, garantindo que os conhecimentos adquiridos são úteis e relevantes para as empresas. Este é um dos grandes desafios do nosso sistema de ensino – equilibrar os conhecimentos teóricos de base, com a aprendizagem de competências e capacidades que permitam a intervenção e rápida integração em ambiente de trabalho. Enquanto exemplo de sucesso deste modelo o ensino dual e muitas experiências de ensino profissional devem ser postas em relevo. Também as escolas secundárias, politécnicos e universidades têm de se aproximar deste objectivo. Educação, conceito muito mais amplo, é tarefa que não se esgota na escola, mas que deve constituir um desígnio de toda a sociedade na preparação das gerações futuras. A responsabilidade nesta área, partilhada essencialmente entre a escola e família, é a de dotar os jovens

com as ferramentas para enfrentarem as responsabilidades que vão encontrar no futuro, construindo cidadãos responsáveis e com capacidade de intervenção. Espera-se assim o desenvolvimento de valores base como a cultura do mérito, baseado no trabalho e no esforço individual, mas também a capacidade de trabalhar e partilhar em equipa; a obsessão no cumprimento das obrigações e dos prazos; o rigor na obtenção dos resultados e a capacidade de adiamento da recompensa . Para alcançar estes objectivos de educação, a família tem de assumir as suas inalienáveis responsabilidades, mas cabe à escola realizar uma profunda alteração, deixando de parte as actuais práticas de redução à normalidade para passar a saber lidar com a diferença, potenciando e não destruindo as capacidades e competências individuais. Considerando os critérios curiosidade, criatividade e pensamento divergente na capacidade de resolver problemas, aos 5 anos, 98% das crianças podem ser caracterizadas como tendo traços de genialidade, enquanto que 10 anos mais tarde esses traços já só são encontrados em 10% dos jovens. Mais dados não houvesse, este é suficiente para ilustrar de forma dramática o que queremos dizer com o conceito de

“Vivo sempre no presente. O futuro, não o conheço. O passado, já o não tenho.” Fernando Pessoa

redução à normalidade. A sociedade e as empresas precisam que a escola saiba adaptar-se à velocidade com que actualmente o conhecimento muda e deixe de ser centro de tédio e aborrecimento, em que a educação é essencialmente encarada como uma actividade administrativa de transmissão de informação e de adestramento e não como um espaço de crescimento emocional e integral em que se privilegia a compreensão. Em conclusão: vamos ensinar às nossas crianças COMO pensar e não o que pensar. João Diniz

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“É melhor conquistar a si mesmo do que vencer mil batalhas”. Buda


PARABÉNS CALDAS DA RAINHA No calendário marcava o dia 26 de agosto de 1927, ou seja, há 89 anos, quando a então vila deu lugar à cidade das Caldas da Rainha. O concelho tinha cerca de 28.000 habitante, 7.000 dos quais na então vila. O seu comércio muito impulsionado pelo termalismo e pela imensa atividade cultural foram de certa maneira os grandes impulsionadores desta “promoção”. Caldas da Rainha, viria a ser a terceira cidade da Extremadura, depois de Lisboa e Setúbal. Este concelho do distrito de Leiria, ao longo destas quase nove décadas foi uma referência nacional por vários momentos, o seu ícone termal contemplado pela mancha verde proporcionada pelo parque D. Carlos I e Mata Rainha Dona Leonor, passando pelos concursos de saltos a cavalo ou as feiras da fruta e cerâmica contribuíram decisivamente para uma promoção do concelho a nível nacional e com alguma projeção internacional. A cerâmica tradicional foi outrora um motor de desenvolvimento industrial e comercial importante, para tal con-

tribuíram significativamente Rapahel Bordallo Pinheiro e António Maria (Mafra), que trouxeram ensinamentos artísticos irrepreensíveis que em conjunto com alguns naturais como Francisco Elias, Avelino Belo entre outros renovaram o conceito cerâmico, não deixaram de totalmente de parte a olaria, contudo a cerâmica artística iniciou um conceito diferenciado, chegando a representar o País e vencer alguns prémios, no Brasil, França e Bélgica. Caldas da Rainha, tem no mês de agosto um encanto diferente, mercê dos acontecimentos programados, como tem sido hábito a Expotur na qual está evidenciada a realidade das associações do concelho, este ano com o regresso feira da fruta, sendo assim um mês que irá rivalizar emocionalmente com maio, altura em que se celebram as festas da cidade. O concelho tenta assim recuperar o glamour de outrora, acredita-se que está no bom caminho. Parabéns, Caldas da Rainha. Carlos Elias

“Enquanto houver vontade de lutar, haverá esperança de vencer”. Santo Agostinho

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“PARA MIM TODOS OS DIAS SÃO BONITOS” Enquanto convalescia da segunda operação de coração aberto no Hospital Pediátrico de Western Ontario, Kelly, a minha filha de seis anos foi levada da unidade de Cuidados Intensivos para uma enfermaria onde estavam outras crianças. Como uma seção do piso estava fechado, Kelley foi posta na ala reservada a doentes de cancro. No quarto ao lado, um rapazinho de seis anos, chamado Adam, lutava contra a leucemia. Adam passava uns dias por mês no hospital para receber tratamento de quimioterapia. Apesar do mal-estar que os tratamentos causavam, Adam estava sempre a sorrir e alegre. Entretinha-nos durante horas com as suas histórias. Adam tinha um jeito especial para encontrar o lado positivo e humorístico em todas as situações, por mais difíceis que fossem. Num dia sentia-me especialmente cansada e angustiada com a alta de Kelley do hospital. O dia cinzento e triste que estava, apenas contribuía para aumentar a minha má disposição, enquanto estava à janela a olhar para o céu chuvoso. Adam veio fazer a sua visita diária. Comentei

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com ele que estava um dia deprimente. Com o seu sorriso permanente, Adam voltou-se para mim e respondeu alegremente: «Para mim todos os dias são bonitos.» A partir dai nunca mais tive um dia triste. Até o dia mais cinzento me traz a sensação de alegria, quando me lembro das palavras sábias de um rapazinho de seis anos, muito corajoso, chamado Adam. Patti Merritt

«Ter carácter é ter a grandeza necessária para fazer pela vida.” Mary Caroline Richards

“Aquele que não tem confiança nos outros, não lhes pode ganhar a confiança”. Lao-Tsé


“Não basta conquistar a sabedoria, é preciso usá-la”. Cícero

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SOPAS DE LETRAS Procure na grelha de letras as palavras da lista abaixo, todas elas relacionadas com esta região. As palavras podem estar na horizontal ou na vertical. Expotur Oestefest Mercado Medieval Bombarral Peniche Caldas da Rainha Óbidos SIM Frutos Oeste Termas Praça da Fruta Cerâmica Ferrel Beijinhos

Onda Verão Sol Praia Nazaré Lagoa Alcobaça Maça Pera Vinhos Moinhos Leonor Cavaca

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“Nenhum obstáculo é tão grande se sua vontade de vencer for maior”. Desconhecido


ESTE É O MEU MOMENTO

ADIVINHAS

Qual é coisa, qual é ela, que é grande antes de ser pequena? A vela.

Qual é coisa, qual é ela, que tem capa verde e o coração vermelho? A melancia.

Qual é coisa, qual é ela, no alto está, no alto mora, chama gente para dentro e ela fica de fora?

Este é o tempo que guardo para mim, que dedico a fazer o que mais prazer me dá, sem ter que agradar a outra pessoa, sem ter de dar satisfações a terceiros. Este é o momento em que me deito na areia fofa e deixo o sol e o vento brigarem numa disputa sobre o meu corpo. Em que entro na imensidão do azul do mar e deixo que as ondas me balancem numa dança que só me pertence a mim. Este é a altura em que fecho os olhos e me deixo vaguear em sonhos impossíveis, onde me converto em guerreia destemida, numa criatura divinal movida a magia, numa mulher sem medos, sem hesitações. Este é o meu tempo privado em que me sinto completa na minha companhia, quando os meus pensamentos travam conversas secretas que não ouso partilhar com mais ninguém, quando eu sorrio comigo própria, quando eu me sinto feliz na minha pele. Este é um momento meu, de mim para mim.

O sino.

Qual é coisa, qual é ela, que se encontra uma vez num minuto, duas vezes num momento e nenhuma vez no ano? A letra M.

Qual é coisa, qual é ela, que tem dentes e não come? O pente.

Qual é coisa, qual é ela, capelinha branca, sem porta nem tranca? O ovo.

Qual é coisa, qual é ela, que cabe numa mão e numa casa? Os botões.

Qual é coisa, qual é ela, quanto mais se mira, menos se vê? O sol.

O que é, o que é, que nasce entre quatro paredes, e tal a graça que Deus lhe deu, até consegue tocar no céu? A língua

Qual é coisa, qual é ela, que respira sem pulmões e tem pés mas não anda?

Ticha Patriarca - Ella

SINTO A TUA FALTA Quando o sol bate na minha janela e a manhã me desperta, vou-me arrastando até ao espaço que tu ocupavas na minha cama, sinto o teu cheiro impregnado nos meus lençóis e ao sentir nada mais que o vazio...eu sinto a tua falta. Quando caminho sem rumo nem destino, sem as tuas pegadas impressas na calçada ao meu lado e a minha mão encontra-se sem o toque da tua...eu sinto a tua falta. Quando a água cai numa torrente cálida sobre a minha pele sem chegar a me aquecer verdadeiramente e o sabão toma as vezes da tua mão a passear no meu corpo...eu sinto a tua falta. Quando me sento no sofá e o meu corpo não sente o aconchego do teu, a minha cabeça deixou de ter o regaço para descansar e minha boca perdeu o destinatário dos meus beijos...eu sinto a tua falta. A tua figura desvaneceu-se dos meus sonhos, apagou-se no meu futuro e é na na ausência física da tua presença que eu mais sinto a tua falta. Ticha Patriarca - Ella

A planta

Verde foi o meu nascimento e de luto me vesti, para dar a luz ao mundo, mil tormentos padeci. Quem sou eu? A azeitona

“Para vencer na vida, é necessário tudo fazer com entusiasmo”. Paul Nyssens

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