Jornal Universitário de Coimbra - A CABRA - 191

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27 de Janeiro de 2009 | Terça-feira | a

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DESPORTO

FILIPE ALBUQUERQUE

P•R•O•LONGA•M•E•N•T•O

À espera de um lugar na Fórmula 1 Albuquerque voltou a brilhar no A1 Grand Prix, ao ser terceiro na Nova Zelândia, quarta prova da época. O jovem sempre quis ser piloto e sonha chegar à Fórmula 1 TIAGO CARVALHO

Tiago Carvalho Catarina Domingos O representante português da A1 Team Portugal está há menos de um ano na prova das nações. Filipe Albuquerque teve a sua estreia em Fevereiro de 2008, em Durban, na África do Sul. Logo aí, o piloto conimbricense alcançou um resultado positivo, somando 14 pontos. Nesta temporada, Filipe Albuquerque já atingiu o resultado máximo no A1 Grand Prix (GP). Venceu no circuito de Chengdu, na China, segunda corrida da época, conquistando a primeira vitória lusa na prova, que existe há quatro anos. Depois de quatro corridas, Portugal é terceiro na classificação geral, com 49 pontos. “O balanço é óptimo”, considera Filipe Albuquerque. Dar o primeiro triunfo a Portugal e ver a felicidade de todos foi o que mais o marcou. “A melhor sensação é estar lá em cima e ter toda a gente a olhar e a respeitar-nos”, confessa. Estar no grupo da frente e manter a qualidade que tem tido até agora é a meta traçada.

Da brincadeira à competição A paixão pelo automobilismo começou aos sete anos, pela mão do pai, que o levou a um kartódromo com o irmão. O interesse foi imediato. Ao mesmo tempo, Filipe Albuquerque via competir Ayrton Senna na Fórmula 1. A partir daí seguiram-se as idas aos karts e aos treinos todos os fins-de-semana. “Começou tudo numa brincadeira e acabou por chegar a este ponto”, recorda o automobilista. As provas iam correndo bem, com Filipe sempre a tentar superar limites. Na sua cabeça não havia outra profissão. O corredor não se imaginava “a ir para o trabalho com a pasta na mão, a fazer sempre a mesma rotina”. “Sem querer cheguei a integrar-me no programa da Red Bull e a experimentar Fórmula 1 em testes privados”, lembra. Até chegar ao A1 GP, conta-se a

HÓQUEI EM PATINS A equipa sénior da Académica venceu em casa o Oliveira do Hospital por 8-3 e continua no comando do Campeonato Nacional de 3ª Divisão Zona Norte B, com 35 pontos, mais cinco pontos que o segundo classificado. A equipa de Miguel Vieira segue invicta dentro de portas, somando já sete vitórias em casa. Na próxima jornada, a AAC joga em Leiria com o Marrazes.

FUTEBOL

O PILOTO conimbricense deu os primeiros passos no automobilismo aos sete anos

participação no Campeonato Espanhol de F3, na Fórmula Renault alemã, na Fórmula Renault europeia e no Campeonato Norte Europeu de Fórmula Renault. Em 2007, Filipe Albuquerque concorreu na GP2 Series e na World Series by Renault. A conquista da Fórmula Renault europeia, há dois anos, é eleita como o momento inesquecível da curta carreira do jovem de 23 anos. “Sabia que se ganhasse o campeonato ia continuar em direcção à Fórmula 1 como principal objectivo”, sublinha. A prova europeia já foi ganha por Kimi Raikkonen, Felipe Massa e Scott Speed, nomes que já alcançaram a mais popular competição do automobilismo mundial. Em Abril, a A1 GP chega a Portugal. O Autódromo Internacional do Algarve recebe as 20 nações participantes. Filipe Albuquerque já pensou no momento em que vai correr em casa, uma vez que sabe que vai ter “uma pressão acrescida, com os media, amigos e familiares”. “Seria excelente ganhar, mas tenho de abordar a prova de Portimão como mais uma”, an-

PERFIL DATA DE NASCIMENTO • 13 Junho 1985 CIRCUITO FAVORITO • Circuito de Shangai (China) SONHO • Fórmula 1 ÍDOLO • Ayrton Senna e Michael Schumacher UMA VELOCIDADE • 320 Km/h UMA MULTA • De estacionamento no segundo dia de carta, em frente ao Automóvel Clube de Portugal UMA CIDADE • Coimbra OUTROS DESPORTOS • Natação e atletismo

tevê. Para as corridas, a preparação inclui treinos de resistência como corrida, bicicleta, remo, ginásio; e exercícios de pescoço. Num total o piloto treina três horas por dia de segunda à sexta. No tempo que sobra, Filipe Albuquerque aproveita para ir ao cinema e estar com os amigos. O automobilista nasceu e viveu sempre em Coimbra e, em 2006, chegou a ser distinguido com a Bandeira da Cidade. Na sua opinião, o ambiente estudantil “é óptimo, bem-disposto, com um à-vontade enorme”. “Vou muitas vezes para fora e sei o que tenho aqui”, acrescenta. A tradição académica também não lhe é indiferente. “Gosto de ir à Queima das Fitas, estar neste mundo de estudantes, embora não o seja e não tenha tirado nenhum curso”. Na estrada, como condutor, o piloto considera-se tranquilo, contando que deixa “o stress todo nas pistas”.

O sonho maior “Sou muito persistente e dedicado. Quando tenho uma coisa

na cabeça, quero atingi-la a todo o custo e faço o possível para que nada falhe”. É como se define Filipe Albuquerque, que sorri quando se fala no sonho de chegar à Fórmula 1. “Quando me começo a aproximar, começo a ver os pontos negativos, muita política, muitos interesses económicos”. Ainda assim, o desejo fala mais alto e solta um “quem me dera estar lá”. Do mundo restrito da modalidade, Albuquerque tem como ídolo Michael Schumacher. O piloto luso já lidou com engenheiros que trabalharam com o alemão, que confessavam que o heptacampeão do mundo era “um escravo do trabalho”. “É uma lenda viva”, resume Albuquerque. O automobilista de Coimbra já fez testes privados com as equipas Red Bull e Toro Rosso. Para si, as marcas estão a querer pilotos cada vez mais jovens, dando como exemplo a ida de Sebastian Bueni, de 20 anos, para a Toro Rosso. “Se me contratarem como piloto de testes, é porque estão a investir em mim, a não ser que já tenha trinta anos”, defende.

NO DOMINGO, Albuquerque cortou a meta na terceira posição

A AAC venceu o Mocidade FC por 0-2, em encontro da 16ª jornada da Série A da 1ª Divisão Distrital da Associação de Futebol de Coimbra. Com este triunfo, a Académica SF alcança a terceira vitória consecutiva e soma 31 pontos. Na próxima jornada, a Briosa recebe o Desportivo de Lagares, que tem 15 pontos.

VOLEIBOL Este fimde-semana foi de jornada dupla para a equipa sénior masculina de voleibol da AAC. No sábado, a turma de Carlos Marques perdeu com o Centro de Voleibol de Lisboa por 0-3. No domingo, a Académica venceu o Gueifães em casa por 3-2. A equipa sénior feminina ganhou ao Juventude de Leiria por 3-2. No próximo fim-de-semana, a equipa masculina joga fora com o Sporting Clube das Caldas, enquanto que os femininos jogam defrontam a Juventude Pacense.

ANDEBOL No sábado, a AAC conquistou a sua terceira vitória consecutiva no Campeonato Nacional de 2ª Divisão Zona Centro, ao vencer fora a SIR 1º Maio por 25-26. Com este resultado, a Académica soma 44 pontos e ocupa o quarto lugar. Na próxima jornada, a turma de Ricardo Sousa recebe a JOBRA, que lidera o campeonato com 49 pontos. Catarina Domingos


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