Vox Otorrino 168

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Edição 168 | Ano XXIV | www.aborlccf.org.br

Conduta médica • Entenda como funciona o visto provisório perante o CRM

Gestão e Carreira Conheça mais sobre acreditação e seus benefícios para clínicas

O maior encontro da

OTORRINOLARINGOLOGIA brasileira desembarca na Paraíba

Páginas Azuis: a representação feminina dentro da Otorrinolaringologia pelo olhar da Drª. Wilma Terezinha e Drª. Fátima Regina


49 CENTRO DE CONVENÇÕES CICB BRASILIA - DF 30 DE OUTUBRO A 02 DE NOVEMBRO DE 2019

e th e v a S Date

ro a b u t u O e d 30 o r b m e v o N 02 de de 2019 Maiores informações ligue (11) 5053-7502 ou e-mail para eventos1@aborlccf.org.br


Mensagem do

PRESIDENTE Divulgação ABORL-CCF

Márcio Abrahão

C

hegamos à última edição da Vox Otorrino, e é com muito prazer que posso afirmar que o sentimento é de dever cumprido. Comemorando o sucesso do 48º Congresso Brasileiro, trazemos aqui a cobertura desse evento ímpar, para que todos os colegas da especialidade possam saber mais detalhes de tudo que tivemos o prazer de aprender, discutir e observar. Presidir um evento dessa magnitude foi mais um lembrete da relevância que vejo em gerir uma das mais respeitadas e tradicionais sociedades de especialidade do país. Chego ao final dessa trajetória ciente de que todo o trabalho árduo realizado nos últimos tempos trouxe consigo bons e duradouros frutos para a Associação. Um dos maiores diferenciais desse evento foi a programação multiprofissional, que permitiu a integração de otorrinos e profissionais de outras áreas da saúde. A participação e a confluência de ideias foram essenciais para ampliar conhecimentos e perspectivas, sobretudo quando se pensa em fonoaudiólogo e sua atuação tão importante e complementar à prática da nossa especialidade. Realizamos, durante o Congresso, o lançamento do Censo da Otorrinolaringologia atualizado, com dados completos e abrangentes sobre a especialidade. Os lançamentos dos livros Otorrinogeriatria e MCPO

– Manual de Codificação de Procedimentos da ORL foram grandes destaques durante o evento, já que pudemos levar a todos os presentes algumas das obras que desenvolvemos ao longo deste ano. O número expressivo de trabalhos científicos enviados também fez bonito no 48º Brasileiro, da mesma forma que a realização de atividades relativas à especialidade – como as palestras do Otorrino do Futuro, o II Encontro das Mulheres Otorrinolaringologistas e o II Encontro das Ligas Acadêmicas – mesclaram atividades sociais com a programação científica. Isso tudo arrematado, é claro, pela Festa de Encerramento, na qual Falamansa e Paralamas do Sucesso embalaram a todos em uma importante confraternização. Nada disso seria possível, entretanto, sem o apoio das empresas que compareceram ao evento e colaboraram com nossas atividades, além de tornarem nossa feira de expositores um espaço dinâmico e atrativo. Chego ao encerramento da minha gestão ciente de que colocamos em prática projetos duradouros e de extrema importância para a especialidade e para a administração futura. Assim, agradeço a todos os colegas e colaboradores que tornaram isso possível e que trazem à ABORL-CCF a magnitude que tanto admiramos. Um abraço!

Diretoria 2018 Presidente Dr. Márcio Abrahão - São Paulo (SP) Primeiro Vice-Presidente Dr. Luiz Ubirajara Sennes - São Paulo (SP) Segundo Vice-Presidente Dr. Geraldo Druck Sant’Anna - Porto Alegre (RS) Diretor-Secretário Dr. Edson Ibrahim Mitre - São Paulo (SP) Diretor-Tesoureiro Dr. Leonardo Haddad - São Paulo (SP) Diretor-Secretário Adjunto Dr. Ronaldo Frizzarini - São Paulo (SP)

Diretora-Tesoureira Adjunta Drª. Renata Dutra de Moricz - São Paulo (SP) Assessores Dr. Fernando Veiga Angelico Junior - São Paulo (SP) Dr. Rodolfo Alexander Scalia - São Paulo (SP) Dr. Eduardo Baptistella - Curitiba (PR)

PRESIDENTES DOS COMITÊS Comitê de Eventos e Cursos Drª. Thais Knoll Ribeiro - São Paulo (SP) Comitê de Comunicação Dr. Marco Antonio Dos Anjos Corvo - São Paulo (SP)

Comitê de Educação Médica Continuada Dr. Thiago Freire Pinto Bezerra - Recife (PE) Comitê de Ética e Disciplina Dr. Marcelo Miguel Hueb - Uberaba (MG) Comitê de Residência e Treinamento Dr. Eduardo Macoto Kosugi - São Paulo (SP) Comitê de Título de Especialista Dr. Fernando Danelon Leonhardt - São Paulo (SP) Comitê de Defesa Profissional Dr. Paulo Saraceni Neto - São Paulo (SP) Comitê de Planejamento Estratégico Dr. Jose Eduardo Lutaif Dolci - São Paulo (SP)


5 Carta ao leitor 6 Páginas azuis: O espaço das mulheres na Otorrinolaringologia 10 Gestão e carreira: A importância da acreditação 16 Conduta médica: Visto provisório perante o Conselho Regional de Medicina 18 Internacional: 17º Fórum Ibero Latino-Americano de Otorrinolaringologia 20 Capa: O maior encontro da Otorrinolaringologia brasileira desembarca na Paraíba

28 Conquistas ABORL-CCF: Programação multiprofissional retorna ao congresso da ABORL-CCF 30 Vox news 34 O que diz a lei: O exercício profissional médico à luz do Código de Ética Médica 36 Educação médica continuada: Caso clínico Zumbido 38 ABORL-CCF em ação: Revisão dos Termos de Ciência e Consentimento 40 Qualidade de vida: Correr, trabalhar e amar 42 Imagem destaque


EXPEDIENTE ABORL-CCF

CARTA AO

LEITOR Trabalho e consolidação

Marco Antonio Corvo Presidente do Comitê de Comunicações

VOX Otorrino Presidente: Marcio Abrahão

Comitê de Comunicações:

Alexandre Beraldo Ordones Allex Itar Ogawa Fabrizio Ricci Romano Ingrid Helena Lopes de Oliveira Marco Antonio dos A. Corvo Maria Dantas C. L. Godoy Renata Dutra Moricz Ricardo Landini Lutaif Dolci

Assistente de Comunicação da ABORL-CCF: Aline Pereira Cabral

Editora-chefe:

Gabriela Rezende

Revisão: Camila Morais

Reportagem:

Bárbara Mello, Gabriela Rezende e Silvia Buzinari

Fotos:

Gabriela Rezende, divulgação ABORL-CCF e arquivo pessoal

Diagramação:

Douglas Almeida, Monica Mendes e Tatiana Couto

Produção:

DOC Content Fone: (21) 2425-8878

Periodicidade: Bimestral

A

última edição de 2018 chegou. Essa época do ano é tempo de reflexão, planejamento para o próximo ano e agradecimentos. As reflexões começam com o congresso que ocorreu em João Pessoa: um sucesso que congregou mais de 3 mil profissionais. Alguns números e peculiaridades, que projetam qualidades de nossa especialidade, são abordados na seção Capa, com depoimentos emocionantes. As páginas azuis trazem, como destaque, o II Encontro Internacional de Mulheres Otorrinolaringologistas, que ocorreu durante o evento. Da mesma forma, abordamos o 17º Fórum Ibero Latino-Americano de Otorrinolaringologia. A seguir, refletimos sobre algo muito frequente no dia a dia do otorrino, a realização de cirurgias e a necessidade da aplicação do Termo de Ciência e Consentimento. Você sabia que a ABORL-CCF disponibiliza esses termos no site para o associado? Pois bem, eles foram atualizados e basta você adicionar o seu nome e o nome do seu paciente, então poderá utilizá-los para balizar todas as cirurgias da especialidade. A reflexão nunca está completa se não abordarmos a Ética Médica em nosso cotidiano, por isso o tema foi retomado nesta edição. A seção Qualidade de Vida traz um casal de otorrinos que tomou amor pelas corridas. Para quem se projeta em 2019 como esportista, o exemplo deles pode ajudar no planejamento. E se você planeja mudar de estado no próximo ano, saiba o que fazer com o seu registro na seção Conduta Médica. É possível ter mais de um CRM ativo ao mesmo tempo? Confira! Por fim, agradeço imensamente a toda equipe do Comitê de Comunicações, que trabalhou em prol do associado durante todo o ano e confiou em mim para exercer o cargo de presidente em 2018. Agradeço aos meus presidentes antecessores, que atuaram durante os seis anos em que participei do Comitê, pelo exemplo e aprendizado: Dr. Marcelo Piza, Dr. Edilson Zancanella, Dr. João Vianney, Dr. Allex Ogawa. E, de coração, desejo ao nosso novo Presidente do Comitê, Dr. Ricardo Dolci, muito sucesso para sua gestão. Deixo o grupo na certeza que ele será brilhantemente capitaneado por ele.

Tiragem:

Tenham todos uma ótima leitura! Um forte abraço, Marco Antonio dos Anjos Corvo

6.500 exemplares

Espaço do leitor

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da ABORL-CCF.

Sugestões de pauta, críticas ou elogios? Fale conosco: comunicacao@aborlccf.org.br (11) 95266-1614


PÁGINAS AZUIS

O espaço das mulheres na

OTORRINOLARINGOLOGIA Drª. Wilma Terezinha e Drª. Fátima Regina falam sobre a representação feminina dentro da profissão

Silvia Buzinari

D

urante o 48° Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-facial, que aconteceu em João Pessoa (PB), foi realizado o II Encontro Internacional das Mulheres Otorrinolaringologistas, coordenado pela ex-presidente da ABORL-CCF, Drª. Wilma Terezinha, primeira mulher a assumir tal cargo (e responsável pelo primeiro bloco de perguntas e respostas a seguir). O encontro contou com a participação de diversas mulheres, que falaram sobre a representação feminina dentro do mercado de trabalho. Dentre as participantes, estava Drª. Fátima Regina, presidente da Associação Brasileira de Mulheres Médicas (ABMM), que palestrou sobre o tema: “Quem somos e quantas somos, passado e futuro”. Tivemos a oportunidade de conversar com Drª. Fátima durante a segunda parte da matéria. Em entrevista à Revista VOX, as duas profissionais falaram sobre o número atual de mulheres na profissão, as expectativas do mercado e a busca pela igualdade de gêneros.

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Divulgação Divulgação

VOX: De onde surgiu a ideia da criação desse encontro? Drª. Wilma Terezinha: Em janeiro de 2017, na cerimônia de minha posse como presidente da associação, tive a alegria de conhecer o trabalho de Drª. Fátima Regina Abreu Alves, presidente da ABMM. Fiquei encantada e procurei algumas otorrinos que já se destacavam na ABORL-CCF, como as doutoras Eulalia Eulália Sakano, Renata Di Francesco, Melissa Gomes Avelino, Berenice Ramos, Sulene Pirana, Renata de Moricz, Maria Beatriz Rotta Pereira, Elisabeth Araujo Pereira, Regina Martins e Mara Gândara. Essas e outras mulheres que fui encontrando me incentivaram a organizar o I Encontro Internacional das Mulheres Otorrinolaringologistas no Congresso de Florianópolis. Na época, nossas funcionárias Monica Lira e Aline Cabral me ajudaram muito a concretizar esse encontro. VOX: Qual é a importância de ações como o “Encontro das Mulheres” para esse cenário de representação feminina no mercado? WT: Nossos objetivos, a princípio, foram iniciar uma discussão sobre assuntos polêmicos, como: trabalhar a igualdade de direitos entre homens e mulheres otorrinos, estimular uma maior participação das mulheres jovens em nossa associação, promover uma oportunidade de encontro técnico-científico, cultural e social e, acima de tudo, incentivar as mulheres otorrinos a cuidar bem de si para melhor acolher o outro. Esse último, aliás, foi um tema escolhido por Drª. Fátima para discutirmos melhor este ano. VOX: Quais foram os principais temas abordados este ano no encontro? WT: Em Florianópolis, procurando por uma mulher que trabalhasse com Inovação e Gestão, encontramos Carley Nunes, que fez uma palestra com o tema: “Empreender sim, mas de salto alto”, e uma promotora de Justiça do estado da Paraíba, Drª. Renata de Carvalho da Luz, que escolheu o tema: “Sob os nossos cuidados: o que eu e você temos em comum?”. Foi simplesmente espetacular. Em seguida, inovamos este ano ao convidar, para discutir na mesa redonda com o tema: “Cuidar de si para melhor acolher o outro”, uma jovem que está terminando sua residência, Maira Martins, com uma das otorrinos mais experientes de João Pessoa, Drª. Maria José Claudino de Pontes.

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PÁGINAS AZUIS

VOX: O que você diria sobre o mercado atual da Otorrinolaringologia em relação à participação ativa das mulheres nesse cenário? Drª. Fátima Regina: Tem ocorrido uma participação cada vez mais significativa da mulher no contingente de profissionais médicos. Desde 2004, as mulheres são maioria nas escolas médicas e, desde 2009, são a maioria em inscrições nos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs). É possível que observemos o mesmo na especialidade futuramente. VOX: Houve uma mudança significativa, nesse contexto, em relação ao que ocorria há alguns anos? O número de mulheres na especialidade aumentou? FR: Os homens ainda são maioria entre os médicos nas diversas especialidades, com 54,4% do total, ficando as mulheres com uma representação de 45,6%. Porém, essa distância vem caindo a cada ano, sendo que o sexo feminino já predomina entre os médicos mais jovens, com 57,4% no grupo até 29 anos e 53,7% na faixa entre 30 e 34 anos. Em nossa especialidade, somos 42,67% do total de inscritos na ABORL-CCF, e os homens são 57,33%.

Dados atuais mostram que o sexo feminino é a maioria entre os profissionais mais jovens:

Todas as especialidades médicas:

Médicos com faixa etária de até 29 anos:

Homens – 54,4%

Homens – 42,6%

Homens – 46,3%

Mulheres – 45,6%

Mulheres – 57,4%

Mulheres – 53,7%

VOX: A qual motivo você atribui esse fator de aumento de mulheres na especialidade? FR: O crescimento da população médica vem sendo acompanhado de uma mudança no perfil de idade e de gênero, em um processo de feminização e de rejuvenescimento da Medicina no Brasil. Essa é uma tendência mundial e consistente, que se acentuou ao longo das últimas décadas. Na comparação com outros países, 16 países possuem porcentagem de mulheres médicas acima da proporção brasileira e dez países têm mais médicas do que médicos. Portugal e Reino Unido aumentaram em mais de 10% a porcentagem de mulheres médicas desde 2000, de acordo com dados extraídos da Demografia Médica no Brasil 2018. As especialidades mais escolhidas pelas mulheres são em ordem decrescente de preferência: Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Clínica Médica e Dermatologia. 8 | VOX Otorrino

Médicos com faixa etária entre 30 e 34 anos:

VOX: Qual é a expectativa, nos próximos anos, para o cenário de mulheres na Otorrinolaringologia? FR: Temos o importante papel de defender os direitos das mulheres médicas e de nos unirmos para fortalecer a categoria. Nossas expectativas são: • Trabalhar conjuntamente, homens e mulheres, e nos alinhar com outras entidades médicas nas lutas pela melhoria do exercício da Medicina e da saúde da população brasileira; • Buscar ativamente a justiça e igualdade entre médicas e médicos em todos os aspectos da carreira; • Estimular as futuras médicas ORLs a participar com ideias, projetos, pesquisas e temas a serem desenvolvidos; • Discutir a importância das doenças que se apresentam de forma diferente em homens e mulheres, bem como a elaboração de projetos de pesquisa nessa área, que poderá contribuir com desfechos mais adequados.


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Q UA L I E D D E

SEL

AD

O

GESTÃO E CARRE IRA

OMS

A IMPORTÂNCIA

DA ACREDITAÇÃO Método de avaliação em saúde reconhecido internacionalmente pode auxiliar gestores a promover melhorias em hospitais e clínicas Bárbara Mello

A

pesar de não existir um modelo único de avaliação na área da Saúde, muitos países utilizam o modelo de acreditação, uma ferramenta de avaliação consolidada, que utiliza padrões e critérios predefinidos e internacionalmente reconhecidos. Contudo, existem variações quanto ao modelo apropriado de acreditação a ser construído para cada país, levando em consideração estruturas, valores sociais e outras realidades culturais, políticas e econômicas. Por meio de uma análise de suas próprias características, um país irá desenvolver um sistema de acreditação, podendo usar como base os componentes de outros sistemas e aperfeiçoá-los para que as prioridades sejam ajustadas. No Brasil, a Organização Nacional de Acreditação (ONA) certifica a qualidade de serviços de saúde, com foco na segurança do paciente. Sua metodologia é reconhecida pela mais importante instituição de acreditação mundial em saúde: International Society for Quality in HealthCare (ISQua) – associação parceira da Organização Mundial da Saúde (OMS). 10 | VOX Otorrino


NORTE

16

NORDESTE

35

(5,06%)

(11,08%)

CENTRO-OESTE

30

(9,49%) SUDESTE

SUL

51

(16,14%)

184 (58,23%)

TOTAL

316

(100%) VOX Otorrino | 11


GESTÃO E CARRE IRA

BALANÇO DE HOSPITAIS CERTIFICADOS PELA ONA NO BRASIL Estado

Unidades

%

Paraná

19

6,01%

Rio Grande do Sul

18

5,7%

Santa Catarina

14

4,43%

Espírito Santo

9

2,85%

Minas Gerais

38

12,02%

Rio de Janeiro

22

6,96%

São Paulo

115

36,4%

Distrito Federal

12

3,8%

Goiás

11

3,5%

Mato Grosso

3

0,94%

Mato Grosso do Sul

4

1,26%

Acre

0

0%

Amapá

0

0%

Amazonas

4

1,26%

Pará

12

3,8%

Rondônia

0

0%

Roraima

0

0%

Tocantins

0

0%

Alagoas

3

0,94%

Bahia

13

4,11%

Ceará

5

1,6%

Maranhão

3

0,94%

Paraíba

3

0,94%

Pernambuco

5

1,6%

Piauí

1

0,31%

Rio Grande do Norte

0

0%

Sergipe

2

0,63%

TOTAL

316

100%

Fonte: ONA – Dezembro/2018

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O Hospital Otocentro de Londrina entrou para a seleta lista de estabelecimentos de saúde acreditados pela ONA em outubro de 2017. Com 11 anos de fundação, é o único hospital do Sul do país, especializado em Otorrinolaringologia, que possui o principal selo de qualidade de saúde do Brasil. Fundado em 2007, o Otocentro se tornou referência na especialidade na região norte do Paraná e é constituído por uma sociedade familiar, que reúne o otorrinolaringologista Dr. Koki Kitahara, sua esposa e farmacêutica Helena e seus filhos médicos: Dr. Fábio e Drª. Luciana. A acreditação possui uma série de padrões de qualidade exigidos, o que permite a organização do serviço e a definição, otimização e controle dos processos internos. O nível 1 conquistado pelo Otocentro consiste na elaboração de processos que procuram garantir a segurança do paciente. “A certificação de qualidade sempre foi uma de nossas metas, e conseguimos obtê-la no ano em que o hospital completou uma década. Obtivemos aprovação não só dos processos do centro hospitalar, como também do atendimento da área

clínica. Durante os 18 meses de preparação, os desafios foram enormes, pois foi necessária uma mudança de atitude, de cultura e hábitos de todos os envolvidos” relata Dr. Kitahara, diretor-geral do Otocentro.

AVALIAÇÃO E CONTROLE DE QUALIDADE Para obter o certificado da ONA, as mudanças ocorreram em todos os setores do hospital, desde a capacitação de profissionais até a avaliação de empresas terceirizadas, visando à qualidade do atendimento e segurança do paciente. Todos os processos de trabalho do Otocentro foram padronizados segundo o Manual Brasileiro de Acreditação para Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde e, em seguida, avaliados e aprovados pelo Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde (Ibes) – instituição acreditadora credenciada pela ONA. Segundo Drª. Luciana Kitahara, diretora de qualidade do Otocentro, foram implantadas centenas de protocolos de boas práticas na instituição. “Atualmente, temos um controle de qualidade rígido em relação à esterilização de materiais, rastreabilidade

A certificação de qualidade sempre foi uma de nossas metas, e conseguimos obtêla no ano em que o hospital completou uma década. Durante os 18 meses de preparação, os desafios foram enormes, pois foi necessária uma mudança de atitude, de cultura e hábitos de todos os envolvidos” Dr. Koki Kitahara Divulgação

PIONEIRISMO EM ACREDITAÇÃO

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GESTÃO E CARRE IRA

ACREDITAÇÃO PARA CLÍNICAS O processo de acreditação, que normalmente é feito em hospitais, vem sendo estendido para clínicas. A ONA – há anos reconhecida por processos de acreditação em hospitais – foi responsável pelo selo de acreditação em nível 1 da Clínica de Otorrino e Otoneuro, localizada em São Paulo (SP). Trata-se da primeira clínica de Otorrinolaringologia a obter a certificação no Brasil. Segundo Dr. Roberto Alcântara Maia, médico diretor da clínica, o processo de acreditação da instituição teve início em 2015 e foi finalizado em 2017. “Nessa época, foi implantado o Projeto Bússola, que, em associação com a ONA, visualizou a necessidade de estender processos de acreditação para as clínicas médicas em geral. Toda a avaliação e análise da clínica ficou sob responsabilidade da conceituada Fundação Vanzolini, contratada em parceria para essa finalidade”, explica. O diretor da clínica entende que o processo de acreditação, por sua seriedade e profissionalismo, permite não só adquirir uma melhor qualidade e segurança no trabalho, como também divulgá-la de forma adequada e ética. “Várias operadoras de saúde podem exigir selos de qualidade e os utilizam como parâmetros para a forma de remuneração. Nossa percepção é que esses processos, assim como vem ocorrendo nos hospitais, comecem a ser, se não exigidos, ao menos valorizados pelas operadoras para clínicas em geral”, define Maia. 14 | VOX Otorrino

Como consequência da comprovação de qualidade dos serviços, advinda da acreditação, obtivemos também o reconhecimento de alguns planos de saúde. Hoje somos uma clínica referenciada na especialidade pela qualidade e seriedade dos serviços oferecidos” Dr. Roberto Alcântara Maia Divulgação

de medicamentos e equipamentos, produtos de limpeza, água, ar-condicionado e fornecedores, como lavanderia, laboratórios, imagens e alimentação”, detalha. Para a diretoria do hospital, a conquista do selo de qualidade é benéfica não apenas para o paciente, como também para a instituição. “Hoje, a identificação do paciente, do procedimento, a lateralidade da cirurgia e a de alergia medicamentosa passam por várias barreiras, que buscam evitar as principais ocorrências apontadas em serviços de saúde, como cirurgias em partes erradas do corpo, erros de medicação e falhas de equipamento. Uma instituição acreditada possui processos de trabalho que funcionam como verdadeiras barreiras a essas ocorrências”, destaca o diretor clínico do Otocentro, Dr. Fábio Kitahara.


IMPLEMENTAÇÃO DE MUDANÇAS E DESAFIOS

RESULTADOS E BENEFÍCIOS

Ao longo do processo de acreditação, todos os médicos, fonoaudiólogos e funcionários da Clínica de Otorrino e Otoneuro participaram ativamente das diferentes iniciativas realizadas. “Iniciamos o processo participando, com outras clínicas, de várias palestras e cursos de capacitação. Os temas envolviam desde processos de limpeza e higienização, rotinas de atendimento da recepção, até padronizações e protocolos em todas as etapas de trabalho”, relata Maia. Após essa fase, foram recebidos na instituição avaliadores da área da Saúde que indicaram diversos pontos e rotinas a serem modificados e aprimorados no local. “A partir de então, começou o desafio de modificar para melhorar. Foram meses de trabalho intenso, muitas vezes com toda a dificuldade de sair da zona de conforto, modificar hábitos e rotinas para se chegar a um melhor resultado, com melhorias na qualidade do serviço prestado”, declara o diretor da clínica.

Para os pacientes, os benefícios da fase inicial do processo de acreditação visam à segurança e à minimização da possibilidade de falhas e erros que possam prejudicar seu atendimento. No caso dos profissionais que trabalham na instituição, a acreditação traz um conhecimento e aprimoramento enorme do seu trabalho. “Suas rotinas e formas de trabalho ficam bem definidas, propiciando uma maior satisfação e um melhor desempenho das atividades profissionais”, complementa o diretor da clínica. Dr. Roberto Maia define que, após a obtenção da acreditação, é possível enxergar o longo processo como um enorme aprendizado. O engajamento dos funcionários em busca desse resultado fez com que a instituição passasse a contar com uma equipe de trabalho preocupada com a qualidade de seus serviços e sempre atenta a minimizar falhas e erros. “Como consequência da comprovação de qualidade dos serviços, advinda da acreditação, obtivemos também o reconhecimento de alguns planos de saúde. Hoje somos uma clínica referenciada na especialidade pela qualidade e seriedade dos serviços oferecidos”, afirma Dr. Maia.

A certificação da ONA pode ocorrer em três níveis:

Acreditado

Para instituições que atendem aos critérios de segurança do paciente em todas as áreas de atividade, incluindo aspectos estruturais e assistenciais. Válido por dois anos.

Acreditado pleno

Para instituições que, além de atender aos critérios de segurança, apresentam gestão integrada, com processos ocorrendo de maneira fluída e plena comunicação entre as atividades. Válido por dois anos.

Acreditado com excelência

O princípio desse nível é a “excelência em gestão”. Uma Organização ou Programa da Saúde Acreditado com excelência atende aos níveis 1 e 2, além dos requisitos específicos de nível 3. A instituição já deve demonstrar uma cultura organizacional de melhoria contínua, com maturidade institucional. Válido por três anos.

Fonte: Organização Nacional de Acreditação. Acreditação [Internet]. Acessado em: 14 dez 2018. Disponível em: <https://www.ona.org.br/Pagina/33/Acreditacao>.

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CONDUTA MÉD ICA

Visto provisório perante o

CONSELHO REGIONAL DE

MEDICINA Por Vania Rosa Moraes e Carlos Michaelis Jr.

Como proceder quando se pretende praticar ato médico em jurisdição diferente daquela de seu registro profissional

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S

e você, associado da ABORL-CCF, irá exercer a profissão em outra jurisdição por período igual ou inferior a 90 dias, fique atento às exigências do Conselho de Classe. Caso contrário, responderá por infração ética perante o órgão que regulamenta, disciplina e fiscaliza o exercício profissional médico. Para o exercício profissional médico em outra jurisdição, é necessário obter o Visto Provisório perante o Conselho Regional de Medicina, que é uma modalidade de autorização concedida para que o médico originário de outro estado, adimplente com respectivo CRM, possa exercer a Medicina em outra região, por um período de até 90 dias, sem caráter habitual e vínculo de emprego local.


O CRM exige, para obtenção do visto provisório, que o médico esteja quite com o Conselho e apresente carteira profissional de médico no CRM, para o devido assentamento.

se enquadra no visto provisório, portanto deverá requerer inscrição secundária no Conselho Regional de Medicina, conforme determinado pelo artigo 18 § 2º da Lei nº 3.268, de 30/09/57 e artigo 3º da Resolução CFM nº 1948/2010.

A concessão do visto provisório é regulamentada pela Resolução CFM nº1948/2010 e pela Lei nº 3.268, de 30/09/57

Lei nº 3.268, 30/09/57 - Art . 18. § 2º

Art. 1º O médico que venha a exercer a Medicina em outra jurisdição, temporariamente e por período inferior a 90 (noventa) dias, deverá requerer o visto provisório ao presidente do Conselho Regional de Medicina daquela localidade, apresentando a carteira profissional de médico para o assentamento e assinatura da autorização na mesma. §1º O período de 90 (noventa) dias referido no caput do artigo fica limitado ao exercício financeiro anual, com início em março e validade até o mesmo mês do ano seguinte.

“Se o médico inscrito no Conselho Regional de um estado passar a exercer, de modo permanente, atividade em outra região, assim se entendendo o exercício da profissão por mais de 90 (noventa) dias, na nova jurisdição, ficará obrigado a requerer inscrição secundária no quadro respectivo, ou para ele se transferir, sujeito, em ambos os casos, à jurisdição do Conselho local pelos atos praticados em qualquer jurisdição.”

§2º A concessão do visto provisório será para o período de 90 (noventa) dias corridos, de forma contínua e em uma única vez, salvo nos casos estabelecidos no artigo 2º desta resolução.

Findo o prazo referido, a concessão perderá sua validade automaticamente. A única hipótese de concessão do visto provisório por prazo fracionado é a prevista no artigo 2º da Resolução CRM nº 1948/2010, que diz: “Aos médicos peritos, auditores, integrantes de equipes de transplante e àqueles integrantes de equipes médicas de ajuda humanitária em caráter beneficente, pertencentes a entes públicos, empresas de âmbito nacional ou, ainda, àqueles contratados como assistentes técnicos em perícias cíveis e criminais, de modo temporário e excepcional, poderá ser concedido o visto provisório de forma fracionada, respeitando o período total de 90 (noventa) dias em um mesmo ano”.

Inscrição secundária Se você, associado, pretende exercer a profissão por período superior a 90 dias em outra jurisdição, seu caso não

Assim, como conduta médica, nessa matéria, o Departamento Jurídico pode orientar os associados a como obter o visto provisório ou CRM secundário, quando pretende exercer a profissão em outra região. Fique atento às normas preconizadas pelo Conselho Regional de Medicina. Cumpri-las é dever do médico. Consulte o Departamento Jurídico da ABORL-CCF, que está à disposição dos associados pelos e-mails <juridico@aborlccf.org.br> e <juridico1@aborlccf.org.br> e pelo telefone (11) 5053-7500.

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INT ERNACIONAL

17

º

Fórum Ibero Latino-Americano de

Otorrinolaringologia Evento que aconteceu durante a 48ª edição do Congresso Brasileiro da ABORL-CCF promoveu o intercâmbio científico e social entre otorrinolaringologistas ibero latino-americanos

Bárbara Mello

A

Sociedade Ibero Latino-Americana de Otorrinolaringologia (SILA-ORL) possui mais de 35 anos de existência e tem como objetivo a promoção do intercâmbio científico e social entre os otorrinolaringologistas ibero latino-americanos. Este ano, a entidade realizou a 17ª edição do Fórum Ibero Latino-Americano, que aconteceu durante o 48º Congresso Brasileiro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia (ABORL-CCF). Segundo Dr. Pedro Cavalcanti, novo presidente da SILA-ORL, a ideia de realizar os dois eventos em conjunto surgiu há dois anos, após o sucesso do encontro da entidade que, naquele momento, aconteceu durante 18 | VOX Otorrino

o congresso nacional de Otorrinolaringologia do Peru, na cidade de Arequipa. O dirigente da SILA-ORL ressalta que a realização do fórum foi possível graças aos esforços do presidente da ABORL-CCF, Dr. Márcio Abrahão, que se mostrou um entusiasta da integração entre os brasileiros e seus colegas de língua espanhola. “Também agradeço à comissão científica e organizadora do evento, que, junto à direção da SILA-ORL – em especial, o último presidente da entidade, Dr. Edgar Serrano, e o secretário-geral, Dr. Héctor Rondón –, ajudaram a integrar melhor o fórum à programação do congresso brasileiro”, reforça Dr. Cavalcanti.


Metas da nova gestão

Divulgação

Durante sua presença no fórum da SILA-ORL, o ex-presidente da entidade, Dr. Edgar Serrano, do Equador, agradeceu a presença de todos os participantes e passou a presidência para Dr. Pedro Cavalcanti, que assume o cargo até 2020, quando acontecerá o 18º encontro da sociedade, em Valência, na Espanha. O otorrinolaringologista descreve que assumir o cargo é uma honra e que espera estar à altura da posição. “Desejo que a presença brasileira nesse próximo evento seja a maior na história da instituição e que consigamos ter mais otorrinolaringologistas nessa já tão bem estabelecida sociedade”, declara Dr. Cavalcanti. A organização do próximo encontro da SILA-ORL é uma das principais metas do atual presidente, que

Divulgação

A programação do fórum da SILA-ORL foi formada por aulas e painéis, abordando temas de Cirurgia da Base do Crânio, Otologia, Rinoplastia, entre outros. As apresentações foram realizadas por profissionais da especialidade de origem espanhola e latino-americana. Dentre os destaques do fórum, o presidente da SILA-ORL ressalta a palestra magna ministrada pelo prof. Guillermo Sanjuan, a respeito de pesquisas sobre fluxos aéreos nasais com grande investimento espanhol, patrocinadas pelo governo espanhol, e a mesa redonda sobre Rinoplastia, que integrou os equatorianos Juan Pablo Arias e Edgar Serrano com os brasileiros Artur Grinfeld e Diderot Parreira. “No entanto, tenho que dar o destaque maior para o intercâmbio cultural dos convidados com o nosso país. Os jantares da melhor culinária regional de João Pessoa e os encontros oferecidos pela ABORL-CCF, com o melhor da música brasileira, ficarão na memória de todos os nossos convidados internacionais. Essa é uma interação social que realmente não tem preço”, considera Dr. Cavalcanti.

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Programação científica

também possui planos para realizar um resgate dos 35 anos de história da instituição por meio da construção de murais com todos os seus eventos, presidentes e fundadores passados, que serão disponibilizados na página oficial da entidade: <www.silaorl.com>. A reformulação do site oficial da SILA-ORL também é uma das prioridades do novo presidente da entidade, que espera que o Fórum Ibero Latino-Americano possa se repetir nas edições seguintes do congresso da ABORL-CCF. “Busco, assim, aumentar a presença brasileira na comunidade internacional de língua espanhola e promover a presença de congressistas estrangeiros no congresso nacional da associação. São planos que só trarão vantagens para ambas as instituições”, conclui Dr. Cavalcanti.

“Tenho que dar destaque para o intercâmbio cultural dos convidados com o nosso país. Os jantares da melhor culinária regional de João Pessoa e os encontros oferecidos pela ABORL-CCF, com o melhor da música brasileira, ficarão na memória de todos os nossos convidados internacionais. Essa é uma interação social que realmente não tem preço”

Dr. Pedro Cavalcanti

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O maior encontro da

OTORRINOLARINGOLOGIA brasileira desembarca na Paraíba Em sua 48ª edição, o congresso leva informação e atualização a milhares de profissionais da Otorrinolaringologia e áreas correlatas

Gabriela Rezende e Silvia Buzinari | Fotos Divulgação ABORL-CCF

E

ntre os dias 31 de outubro e 3 de novembro, as belas praias de João Pessoa (PB) tiveram que dividir a atenção com a 48ª edição do Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Foram cerca de 3 mil inscritos no evento, que teve como casa o moderníssimo recém-inaugurado Centro de Convenções de João Pessoa. Foram mais de 14 salas com programação intensa, comandadas por especialistas da Otorrinolaringologia nacional, e por mais de 15 convidados internacionais. Para o presidente de honra dessa edição do congresso, Dr. Marcos Franca, esse encontro, além de levar conhecimento e atualização de qualidade aos congressistas, foi uma grande oportunidade para os profissionais da Paraíba, que sediou pela primeira vez um congresso brasileiro da especialidade. “Gostaria de agradecer, em nome dos médicos da Paraíba, a oportunidade que me foi dada dentro desse congresso. Um evento de muito peso e de muita responsabilidade para todos nós envolvidos”, declara Dr. Franca.

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Cerimônia de abertura Durante a cerimônia de abertura, Dr. Márcio Abrahão exaltou a importância do congresso em um contexto profissional e educacional, ressaltando as expectativas para o mesmo. “Se queremos o melhor para nossa profissão e nossa especialidade, o caminho é aqui, na ABORL-CCF”, afirma Dr. Márcio Abrahão, durante seu depoimento na cerimônia. A abertura também teve a ilustre presença do presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil, Dr. Alexandre Kalache, que possui 40 anos de estudo em questões relacionadas à epidemiologia do envelhecimento. O tema da palestra ministrada por ele envolveu qualidade de vida, longevidade e saúde. “As pessoas aqui presentes, que possuem entre 28 e 58 anos, serão os idosos de 2050. Precisamos preparar o futuro para vocês. Estamos deixando de ser aquele Brasil com um grande número de jovens e cada vez mais estreitando a base da pirâmide da faixa etária e aumentando seu topo”, alerta Dr. Kalache.

Comissão Local Comanda por Dr. Marcos Franca, a comissão local do congresso ficou responsável por todo o apoio às questões logísticas e burocráticas locais. Representando os médicos e o povo paraibano, Dr. Franca acrescentou o quão orgulhoso e feliz ficou por receber os especialistas de diversas localidades do Brasil e do mundo. “É um imenso orgulho poder sediar o congresso em nossa querida cidade, em nosso pequeno estado, e poder receber a todos”, orgulha-se. Dr. Franca agradeceu ainda ao professor Dr. Márcio Abrahão, ao professor Dr. Ricardo Bento, ao professor Dr. Richard Voegels e ao professor Dr. Rubens Brito. “Todos foram pessoas que, como médicos e amigos, acreditaram em nós e permitiram que o nosso estado, pela primeira vez, pudesse sediar um evento de tanto brilho, tanto glamour e tanto respeito no cenário médico nacional e internacional. Espero que todas as expectativas da parte científica, da logística e da parte de hoteleira tenham sido atendidas e que todos tenham saído satisfeitos após a realização do evento”, pronuncia. 22 | VOX Otorrino

Integrantes da Comissão local Aline Gomes Bittencourt • Islan Nascimento • Ugo Guimarães Filho • Marcelo Correa • Lígia Imperiano • Marcus Sodré • Leonardo Fontes • Josemar Soares • Rogério Pinto Brandão • Valéria Pinto Brandão


A novidade do Congresso! A grande novidade dessa edição ficou por conta da parceria entre a ABORL-CCF e os centros de ensino locais: as aulas com dissecção de cadáveres. “A confluência da prática com a teoria foi o grande objetivo desse congresso, bem como a possibilidade de trocar conhecimentos e experiências com colegas de profissão”, destaca o presidente da ABORL-CCF, Dr. Márcio Abrahão. A vontade de transmitir ao vivo uma dissecação no congresso veio a partir da realização de um curso por parte de Dr. Marcos Franca, Dr. Ricardo Bento e Dr. Rubens Pinto, em parceria com a USP. A ideia era passar esse conhecimento para um número mais amplo de pessoas e levar um conteúdo que fosse voltado tanto para os médicos mais experientes quanto para os residentes. “O objetivo foi expor que a Otorrinolaringologia é uma especialidade que tem um forte apego cirúrgico.

Mostramos a riqueza da anatomia das áreas relacionadas à especialidade, que é muito vasta. Nossa intenção foi expor essas estruturas anatômicas e as técnicas cirúrgicas”, afirma Dr. Marcos Franca, um dos responsáveis pela dissecação ao vivo realizada no evento. De acordo com Dr. Franca, as expectativas não foram apenas alcançadas, mas superadas, e os feedbacks foram todos positivos. A maior dificuldade foram os problemas envolvendo o processo de transmissão ao vivo, mas essa questão foi contornada e a dissecação foi um sucesso que marcou o evento. Ainda não há uma confirmação para a realização do procedimento no próximo congresso, porém é algo a ser analisado. “Foi bastante desafiante para todos nós, e eu, em particular, fiquei extremamente satisfeito com o êxito de todo o processo! Gostaria de agradecer pela presença de todos que estiveram comigo, isso foi fundamental”, exalta o otorrino.

“O objetivo foi expor que a Otorrinolaringologia é uma especialidade que tem um forte apego cirúrgico. Mostramos a riqueza da anatomia das áreas relacionadas à especialidade, que é muito vasta. Nossa intenção foi expor essas estruturas anatômicas e as técnicas cirúrgicas” Dr. Marcos Franca

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Sala de Memórias

“Essa é uma forma de mostrar para os mais jovens

A Sala de Memórias, apresentada durante o evento, foi uma forma de homenagear a todos aqueles que, de alguma forma, colaboraram para a história da ABORL-CCF e fizeram dela a associação que é atualmente. Diante de uma linha do tempo, os participantes do evento puderam conhecer mais sobre a trajetória da sociedade e do BJORL. “Essa é uma forma de mostrar para os mais jovens que sempre devemos olhar para trás e pensar que teve alguém que fez essa estrada chegar até aqui. A mensagem que eu quero deixar é a seguinte: um dia vocês irão assumir a associação, pois é assim que a ABORL-CCF será ainda maior. Poucas coisas da vida não trazem nenhuma frustração, e participar da ABORL-CCF é uma delas”, afirma o atual presidente, Dr. Márcio Abrahão.

que sempre devemos olhar para trás e pensar que

II Encontro Nacional das Ligas Acadêmicas de ORL De acordo com Dr. Otávio Piltcher, a ABORL-CCF, ao se aproximar definitivamente das Ligas Acadêmicas de Otorrinolaringologia, constrói uma via de duas mãos, estruturada em princípios sólidos. Em uma das mãos, os alunos poderão ter acesso a conteúdos científicos adequadamente preparados e vivenciar a vida associativa, além de desenvolver o gosto pela produção científica e formação acadêmica. “Na outra mão, a associação estará cumprindo seu papel junto à sociedade em geral, ao proporcionar uma formação mais rica a seus futuros médicos, ao criar gerações de médicos com princípios associativos que lhe façam futuros sócios das diferentes associações de classe e, por último, ao reforçar sua atuação na sociedade por meio de campanhas nacionais, com a participação genuinamente apaixonada dos ligantes espalhados pelo nosso continental país”, assegura. Dr. Piltcher contou que, diante desse desafio e baseando-se nas ideias que originaram essa aproximação, enriquecidas pelas vivências e propostas dos envolvidos nos últimos 24 meses, foi definido que o II Encontro das Ligas ocorreria em João Pessoa. “Sob minha responsabilidade e pelo curto espaço de tempo, optamos por ocupar esse espaço para definir um estatuto que permitiria a essa comissão funcionar como um elo entre as ligas e a ABORL-CCF. Nesse pacote, já apresentamos uma proposta de modelo de encontro científico a ser 24 | VOX Otorrino

teve alguém que fez essa estrada chegar até aqui. A mensagem que eu quero deixar é a seguinte: um dia vocês irão assumir a associação, pois é assim que a ABORL-CCF será ainda maior. Poucas coisas da vida não trazem nenhuma frustração, e participar da ABORL-CCF é uma delas”

Dr. Márcio Abrahão.


realizado anualmente em um dos eventos de nossa associação e ainda de um programa de educação acadêmica continuada, baseado nas aulas criadas na gestão de Dr. Sady Selaimen da Costa, já disponíveis em nossa plataforma do site”, afirma Dr. Piltcher.

Como resultado desse encontro, já ocorreram algumas deliberações e definições: em vez de “Associação”, o grupo

Otorrino do futuro Em uma iniciativa coordenada por Dr. Thiago Bezerra, a 48ª edição do Congresso Brasileiro levou palestras inspiradoras a todos os especialistas, com o principal objetivo de alertar para os desafios da carreira do otorrinolaringologista. De acordo com o próprio Dr. Bezerra, a ideia dessa série de aulas motivacionais era mudar um pouco a forma tradicional de pensar. “Eu fiquei muito agradecido pela participação grandiosa da plateia, que acompanhou todas as aulas propostas. Agradeço, em especial, a todos os professores que se dispuseram a levar ao evento um pouco de suas vidas, seus conhecimentos e suas experiências pessoais e profissionais”, ressalta Dr. Bezerra. A ex-presidente da ABORL-CCF e palestrante do dia, Drª. Wilma Anselmo, se sentiu muito honrada com o convite para participar desse debate, onde pôde contar mais sobre sua própria história profissional e seu amor pela carreira acadêmica. A professora fez questão de agradecer ao coordenador da programação por todo o esforço. “Dr. Thiago Bezerra teve essa ideia brilhante e correu atrás de tudo para colocar em prática esse projeto tão maravilhoso. Enquanto seu objetivo não foi alcançado, ele não sossegou. Ele merece o meu muito obrigada e a certeza de que valeu a pena”, declara. Foram três horas de programação intensa, com uma sala lotada de congressistas interessados em aprender mais com as experiências e as dicas de grandes nomes da Otorrinolaringologia, que transcorreram sobre diversos pontos dentro do universo do futuro da profissão. A paixão pela carreira docente integral, a formação acadêmica e mercado de trabalho na otorrino, as escolhas triviais que moldam a vida e a carreira e o círculo virtuoso: velhas ideias gerando novas ideias. Foram esses alguns dos destaques da programação. Para Dr. Agrício Crespo, professor titular e chefe do Departamento de Otorrinolaringologia do Serviço de Cabeça e Pescoço e Ciências Médicas da Unicamp, essa foi uma experiência totalmente nova em sua carreira.

optou pela denominação Comissão Brasileira das Ligas Acadêmicas de Otorrinolaringologia, sob sigla CBLORL, e submeterá o estatuto à ABORL-CCF – modelo de programa anual científico para acadêmicos e, ainda, programa de educação acadêmica continuada de Otorrinolaringologia.

“Eu fiquei muito agradecido pela participação grandiosa da plateia, que acompanhou todas as aulas propostas. Agradeço, em especial, a todos os professores que se dispuseram a levar ao evento um pouco de suas vidas, seus conhecimentos e suas experiências pessoais e profissionais”

Dr. Bezerra “Quando eu sou convidado para dar uma palestra em algum congresso, geralmente é para falar de algum tema que eu domino ou que acho que domino. E essa é uma situação diferente, porque me deram a liberdade e eu optei por falar de uma questão incerta: as escolhas. Eu sempre olho para trás e tento fazer uma autocrítica a respeito dessas escolhas e para onde elas me levaram, acredito que isso é importante”, pondera. VOX Otorrino | 25


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GALERIA ro.

te de honra do 48º Brasilei

Dr. Marcos Franca, presiden

Sala de apresentação lotada.

Congressistas atentos à palestra.

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Dr. Ubirajara Sennes, futu

ro presidente da ABORL-CC

F.

mericano. Comissão do Fórum Ibero Latino-A

Homenageado s do

presidente da AB

ORL-CCF na

cerimônia de ab

ertura.

Dr. Márcio Abrahão, presidente

da ABORL-CCF Gestão 2018

Homenageados do presidente de honra do congresso.

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CONQUISTAS A BO RL -CCF

PROGRAMAÇÃO MULTIPROFISSIONAL RETORNA

AO CONGRESSO DA ABORL-CCF Profissionais como enfermeiros, fonoaudiólogos, nutricionistas e psicológicos tiveram a oportunidade de participar do Brasileiro 2018

Bárbara Mello

E

m 2018, após 19 anos, a programação multiprofissional voltou ao congresso nacional da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) – o Brasileiro 2018 –, contando com a presença de enfermeiros, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos etc., que tiveram a oportunidade de assistir à programação das salas multiprofissionais. Para Elisabete Carrara, fonoaudióloga e membro da comissão multiprofissional do Brasileiro 2018, a participação de diferentes profissionais no evento, além dos otorrinolaringologistas, é de extrema importância, principalmente levando em consideração o foco no paciente. “Para os pacientes, é fundamental que os profissionais troquem experiências. Isso agrega e amplia a possibilidade de atendimentos fonoaudiológicos mais objetivos. Além disso, existe um aumento do conhecimento do médico e do fonoaudiólogo, por meio dessa troca absolutamente bilateral”, define. 28 | VOX Otorrino


Troca de conhecimentos De acordo com a fonoaudióloga, o conhecimento sobre o tratamento médico amplia a possibilidade de raciocínio clínico, de indicação das técnicas fonoaudiológicas. Por outro lado, o conhecimento fonoaudiológico também apresenta benefícios para os médicos. “Em um primeiro momento, é possível entender as sequelas e os resultados funcionais de seus tratamentos – principalmente cirúrgicos – e a compreensão do que é a reabilitação fonoaudiológica, os objetivos e os exercícios. Essa compreensão também ajuda a indicar melhor aos pacientes uma fonoterapia, por exemplo”, ressalta. A programação na área de cirurgia de cabeça e pescoço, da qual Elisabete fez parte, também contou com participação de outros profissionais, como Dr. Carlos Chone, Drª. Lica Arakawa, Drª. Neyller Montoni e Dr. Leonardo Pernambuco. “A grade ficou muito interessante, atual e abrangente. Tanto questões médicas como fonoaudiológicas foram integradas, mais uma vez, com foco no paciente”, avalia a fonoaudióloga.

Reconhecimento Elisabete Carrara e outros participantes da comissão multiprofissional receberam um prêmio do presidente da ABORL-CCF, Dr. Márcio Abrahão. Para a fonoaudióloga, esse reconhecimento foi muito importante para uma missão inicial de retomada de relações profissionais e científicas da Otorrinolaringologia com a Fonoaudiologia. Além disso, ela destaca que a premiação foi relevante por valorizar o foco na missão de integração pelo paciente.

Considero que o congresso – principalmente a grade de cirurgia de cabeça e pescoço, da qual eu participei – cumpriu as expectativas de um evento multiprofissional, com discussões abrangentes e com troca de informações. Eu, enquanto fonoaudióloga, aprendi muito com os colegas de profissão e com os médicos. Tenho certeza que também passamos conhecimento para outros profissionais. Vários médicos se manifestaram sobre quanto a programação multiprofissional foi importante e quanto eles aprenderam. Isso colabora para modificar a prática e aprimorar o atendimento de cada um dentro de suas especialidades” Elisabete Carrara

LEI DO ATO MÉDICO Para a programação multiprofissional, a ABORL-CCF respeitou a Lei do Ato Médico e, dessa forma, a programação foi realizada nas salas multiprofissional 1 e multiprofissional 2, destinadas ao público de áreas não médicas. Esse público não pôde adentrar outras salas do congresso, mas puderam acessar a área de exposição, pois são profissionais relacionados à área da Saúde e tiveram acesso a todas as programações sociais.

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VOX NEWS

VOX NEWS

Lançamentos no 48º Congresso de Otorrinolaringologia

E CIRURGIA CÉRVICO-FACIAL Por Silvia Buzinari | Fotos Gabriela Rezende

CENSO DA OTORRINOLARINGOLOGIA 2018

N

este ano, a ABORL-CCF lançou a 4ª Edição do Censo da Otorrinolaringologia Brasileira. O mapeamento da especialidade no país é essencial para que os atuantes da profissão consigam visualizar melhor a dinâmica e a distribuição de outros profissionais ao redor do país. O último Censo havia sido lançado no ano de 2012. O Censo é extremamente importante para guiar a carreira de um profissional, pois, por meio do conjunto de

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informações presentes nele, os profissionais podem saber onde está a maior e a menor concentração de otorrinos no país. “Quando você sabe que em Brasília existe um otorrino para cada 12 mil habitantes, por exemplo, mas no Maranhão o número existente é menor, é possível parar, analisar e verificar se existe a possibilidade de trabalhar em uma cidade onde a concorrência é menor e onde há mais oportunidades”, explica o atual presidente, Dr. Márcio Abrahão.


Algumas informações presentes no Censo: • Entre 2007 e 2018, o Amapá se destacou em termos de evolução no número de ORLs no estado, saltando de 3 para 10, respectivamente. • No Brasil, hoje, há aproximadamente um otorrinolaringologista para cada 24.024 habitantes. • Aproximadamente 10,5% – isto é, 585 – dos 5.570 municípios existentes no país contam com otorrinolaringologistas. • São Paulo é o estado que concentra mais especialistas: 2.995. • O Sudeste concentra a maior parte do total de especialistas, com 59%.

PROJETO RESPIRAR

E

m parceria com a FQM Farma, a ABORL-CCF está lançando o Projeto Respirar, que consiste em um conjunto de ações com o principal objetivo de conscientizar a população sobre a importância da respiração correta para a saúde do indivíduo. “Além do portal com conteúdo focado no público leigo, nós conseguiremos levar um atendimento otorrinolaringológico de qualidade para a população mais carente, por meio de mutirão de atendimento. Nós acreditamos que será um sucesso”, afirma Dr. Fabrízio Romano.

A campanha irá realizar, além do portal e mutirões de atendimento, um trabalho de divulgação em mídias tradicionais e sociais e estará presente em eventos esportivos e eventos de bem-estar, como corridas de rua. “Nós sabemos que tem uma parte da população que, infelizmente, não tem acesso ao sistema de saúde, e essas pessoas vão conseguir, pelo menos, fazer uma avaliação inicial de algum problema respiratório que possam ter e conseguir acesso a informações confiáveis”, explica Dr. Romano.

Confira o projeto no site:

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VOX NEWS

MANUAL DE CODIFICAÇÃO DE PROCEDIMENTOS

A

ABORL-CCF realizou o lançamento do Manual de Codificação dos Procedimentos em Otorrinolaringologia, que tem como objetivo dar ao profissional o acesso à codificação necessária para seus procedimentos, exames e consultas. “Temos a certeza de que a criação do manual será uma ferramenta imprescindível no dia a dia de nossos colegas otorrinolaringologistas, como base e amparo na solicitação de procedimentos, da diagnose ao cirúrgico”, explica o atual presidente, Dr. Márcio Abrahão.

O livro é dividido em áreas de atuação, e os códigos apresentados são para afecções específicas de maior uso da especialidade. De acordo com Dr. Eduardo Baptistella, um dos responsáveis pela produção do manual, ele se faz necessário no momento atual da Medicina. “Tenho certeza que muitos problemas diários de nosso consultório serão redimidos com seu uso. Esse será nosso guia perante a nova realidade que nos foi imposta”, conclui Dr. Baptistella.

LIVRO DE OTORRINOGERIATRIA

C

om o apoio da ABORL-CCF e de outros profissionais da área, Dr. Herton Coifman lançou o livro Otorrinogeriatria. De acordo com o autor, o objetivo do livro foi auxiliar os profissionais para que possam lidar com o aumento de idosos no país. “Ao ler esse livro, as pessoas vão encontrar uma robusta literatura que relaciona vários sintomas à idade, algo que nós não temos encontrado na Otorrinolaringologia, em geral”, afirma Dr. Coifman.

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De acordo com o autor, uma vez que a pirâmide etária fica cada vez mais fina na base, ou seja, com o aumento da terceira idade, é importante que os profissionais conheçam o público que está tornando-se predominante. “O idoso é muito mais complexo do que o jovem adulto e, com isso, o conhecimento das especificidades desse paciente foi se tornando necessário à medida que nós passamos a atender cada vez mais idosos”, elucida o autor.


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O QUE DIZ A L E I

O exercício profissional médico à luz do

Código de Ética Médica Por Vania Rosa Moraes e Carlos Michaelis Jr.

A

o Conselho Federal de Medicina (CFM) e ao Conselho Regional de Medicina (CRM) – que são autarquias constituídas a partir da Lei nº 3268, de 30 de setembro de 1957 – compete supervisionar, julgar e disciplinar o exercício profissional médico, para o desempenho ético da Medicina e das boas práticas profissionais, e compete ao profissional médico seguir as normas que regulamentam sua profissão. O exercício profissional da Medicina é regido por resoluções e leis, e o objeto de toda atenção do profissional médico é a saúde do ser humano, devendo utilizar o melhor do seu conhecimento e dos meios disponíveis a seu alcance em favor do paciente. No entanto, ao falar do exercício profissional médico, impõe-se ampliar a análise e tratar como primeira medida de orientação jurídica, por parte do médico, a inscrição no CRM, sequencialmente o registro do título de especialista ou certificado de área de atuação para obtenção do Registro de Qualificação da Especialidade (RQE) e, não menos importante, sua atuação de acordo com os princípios éticos e com a boa prática médica. 34 | VOX Otorrino

A recomendação preventiva se faz necessária e encontra fundamento nos atuais cenários da Judicialização da Saúde e das Sindicâncias e Processos Éticos Profissionais, os quais têm demonstrado importantes indicadores.

Números Dados do Conselho Nacional de Justiça demonstram que em 2017 tramitaram 1.346.931 processos judiciais relacionados à Saúde. De acordo com o portal da transparência do CRM do Estado de São Paulo, em 2016 tramitaram 4.190 sindicâncias e 3.232 processos ético-profissionais instaurados, resultando no âmbito do Conselho, desde a aplicação de pena de advertência até a cassação do exercício profissional, e no âmbito da Justiça, responsabilidade civil resultante de erro médico e dever de reparação.


Assim, o olhar jurídico a respeito do quadro apontado é de fundamental importância para reiterar aos associados da ABORL-CCF que o exercício profissional deve ser sempre pautado em princípios éticos e na boa prática médica.

É importante... Construir e zelar pela relação médico-paciente é fator preponderante no exercício profissional, utilizando conhecimentos e o melhor do progresso científico em benefício do paciente, que é o alvo de toda atenção do médico. Os documentos médicos são outro ponto importante no exercício profissional, pois constituem elementos probatórios, como o prontuário médico. Vale ressaltar que atestado médico, laudo médico, Termo de Ciência e Consentimento, entre outros, também são considerados documentos médicos e merecem toda a atenção do profissional médico. A informação é direito do paciente e dever do médico, portanto, a adoção do Termo de Ciência e Consentimento é uma importante ferramenta para comprovar que o médico cumpriu com o dever de informar. A negligência informacional é passível de condenação, pois o médico responde civilmente pelos danos resultantes da prática médica. O profissional médico deve, ainda nessa relação profissional com o CFM ou CRM, ter cuidados jurídicos com a divulgação de assuntos médicos, pois publicidade médica tem ocupado o quinto lugar nas sindicâncias instauradas pelo conselho de classe. Assim, ao falar de exercício profissional e CRM, o Departamento Jurídico recomenda cuidado jurídico com a carreira profissional, observando rigorosamente e com atenção o que diz a lei, seja no âmbito do Conselho de Classe como no âmbito civil e penal, uma vez que a atuação contrária aos ditames da lei leva o médico a responder perante o Conselho e a Justiça.

O destaque do profissional na carreira médica se dá pela prática ética e pela boa prática da Medicina, e não com a exposição desmedida por meio de publicidade médica contrária à Resolução CFM nº 1974/2011, que regulamenta a matéria

Os documentos médicos são outro ponto importante no exercício profissional, pois constituem elementos probatórios, como o prontuário médico

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Esta seção é de inteira responsabilidade do Comitê de Educação Médica Continuada da ABORL-CCF

EDUCAÇÃO MÉ D ICA CO NTINU A D A

Caso clínico

Zumbido Dr. Ítalo Roberto Torres de Medeiros Médico otorrinolaringologista especialista em Otoneurologia e doutor pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)

Drª. Carina Bezerra Rocha Fisioterapeuta mestra e doutora em ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)

A

namnese e antecedentes: um jovem executivo de 31 anos nos procurou com história de doença de Ménière na orelha direita (OD), com crises típicas há 15 anos. As tonturas passaram completamente após cinco a seis anos de evolução e restou uma “pequena perda de audição e um zumbido tipo cigarra à direita, que em nada me atrapalha, até esqueço”, como o paciente descreveu. Assim, permaneceu estável todos esses anos, até que, há 45 dias, em uma viagem internacional, apresentou uma sensação de plenitude, abafamento auricular e zumbido bilateral com estalidos na região da articulação temporomandibular. Negava queixas vestibulares. Foi tratado prontamente com

prednisolona por sete dias em doses decrescentes (mas sem documentação audiométrica). De volta ao Brasil, após dez dias, alegou melhora total da “pressão” nas orelhas, mas permanecia com os zumbidos, sendo intermitente e “enlouquecedor” à esquerda e “desprezível” à direita. Recebeu de sua amiga médica uma prescrição de fluvoxamina 50mg por conta de sua ansiedade. Negou resfriados recentes, obstrução nasal, cefaleia, jejum prolongado, abuso de doces, exposição a ruídos, uso de ototóxicos ou doenças crônicas. Por outro lado, relatava consumo de 12 xícaras de café por dia, dor moderada na região cervical, sono não reparador e história de dois episódios de pânico há alguns anos.

Exame físico: o exame físico otorrinolaringológico encontrava-se normal, incluindo o otoneurológico. Apresentava contratura muscular na região de trapézio, romboide e masseter, pior à esquerda. Conduta: foram solicitados audiometria, ressonância magnética de mastoide e exames de sangue de rotina, incluindo provas de autoimunidade. Pedimos que reduzisse o uso de xantinas, aumentasse a dosagem da fluvoxamina (100mg), além de procurar uma avaliação fisioterapêutica especializada em zumbido. No retorno, ainda com incômodo importante por causa de zumbido esquerdo, sentia-se bem menos ansioso. Na audiometria, foi observada perda sensorioneural leve à direita e limiares normais à esquerda (figura 1). Em comparação à audiometria de 2016, houve uma piora de 15dB em 250Hz na orelha esquerda (OE), com manutenção dos limiares na OD. O restante dos exames solicitados estava normal. A avaliação fisioterapêutica mostrou tensão muscular no masseter e em toda musculatura cervical e cintura escapular, com modulação da intensidade e frequência do zumbido esquerdo (piora da intensidade) ao abrir a boca, protrair e lateralizar a mandíbula e inclinar a cabeça para o lado direito. Deu nota 10 na escala análogo visual (EVA) para o zumbido esquerdo e 1 para o zumbido direito. O Tinnitus Handicap Inventory (THI) foi de 54 pontos, sendo que esse questionário varia de 0 a 100 pontos. 36 | VOX Otorrino


AUDIOMETRIA TONAL ORELHA ESQUERDA

ORELHA DIREITA 125

250

125

500 750 1000 2000 3000 4000 6000 8000 12K 16K Hz

-10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 D3

250

500 750 1000 2000 3000 4000 6000 8000 12K 16K Hz

-10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 D3 LRF: 45dB LAF:

LRF: 10dB LAF:

Índice percentual de reconhecimento da fala Intensidade

Monossil

Dissil

Pal. faladas

-

25

25

OD

80 dB

80%

92%

OE

45 dB

92%

-

Evolução: diante do quadro, foram realizadas dez sessões de fisioterapia, utilizando técnicas de agulhamento seco nos pontos-gatilho dos músculos trapézio, esplênio da cabeça e masseter, seguido de alongamento dessas regiões durante as sessões, e foram passadas orientações domiciliares como calor e alongamentos. Após a última sessão de fisioterapia, houve remissão total do zumbido à esquerda, e a EVA e o THI foram considerados “zero” pelo paciente, pois, para ele, a queixa principal era o zumbido esquerdo. No follow-up de seis meses, o paciente continuava sem zumbido ou hipoacusia à esquerda e em desmame lento da fluvoxamina. Foi esclarecida ao paciente a necessidade de acompanhamento semestral pelo otorrinolaringologista (ORL). Hipóteses diagnósticas e diagnósticos diferenciais: a nossa percepção é que deve ter acontecido um “insulto” em sua audição do lado esquerdo, não esclarecido. Talvez uma primeira crise de Ménière na OE ou uma surpreendente surdez súbita à esquerda, até mesmo uma disfunção tubária ou da ATM esquerda em um paciente com Ménière prévio na OD. De fato, a perda auditiva, por hora, foi solucionada. Em nossa compreensão, a privação temporária nas vias auditivas centrais permitiu que os estímulos nociceptivos da via somatossensorial passassem a estimular, por meio de uma neuroplasticidade, a via auditiva. E, consequentemente, provocasse uma modulação do zumbido por meio de estímulos nas musculaturas avaliadas.

CONSIDERAÇÕES A nossa intenção, nesse quadro, foi demostrar que o tratamento multidisciplinar, envolvendo o ORL e o fisioterapeuta, foi de fundamental importância no resultado final1. O ORL corrigiu fatores de estresse, sono e abusos de xantina, reconhecendo a necessidade de aumentar a fluvoxamina para o controle da ansiedade,

mesmo entendendo que essa não era uma droga com evidência formal para o zumbido2. Adicionalmente, a intervenção fisioterapêutica propiciou o controle dos estímulos proprioceptivos nocivos para a via auditiva por meio da melhora dos sintomas dolorosos, o que levou à redução da modulação encontrada nesse paciente e à remissão do zumbido3,4.

Referências 1. Gouveia CCV. Remissão total do zumbido: caracterização do perfil dos indivíduos e tratamentos realizados. Dissertação [Mestrado em Ciências da Reabilitação]. São Paulo: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. 2. Tunkel DE et al. Clinical practice guideline: tinnitus executive summary. Otolaryngol Head Neck Surg. 2014;151(4):533-41. 3. Michiels S et al. Diagnostic criteria for somatosensory tinnitus: a delphi process and face-to-face meeting to establish consensus. Trends Hear. 2010;22:1-10. 4. Rocha CB, Sanchez TG. Efficacy of myofascial trigger point deactivation for tinnitus control. Braz J Otorhinolaryngol. 2012;78(6):21-6.

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ABORL- CCF EM A ÇÃ O

Revisão dos

Termos de Ciência e Consentimento Em prol da Otorrinolaringologia e de seus associados, a ABORL-CCF constituiu uma comissão transitória com o objetivo de proceder a revisão dos Termos de Ciência e Consentimento ABORL-CCF

N

o dia a dia do profissional médico, é cada vez mais importante que a atuação do profissional seja pautada nas boas práticas médicas e de acordo com as normas que disciplinam a profissão, pois tanto a judicialização da saúde quanto as sindicâncias e processos éticos profissionais têm mostrado expressivos indicadores, resultando, aos médicos, a aplicação de penalidades desde advertência confidencial, no caso do Conselho Regional de Medicina (CRM), até indenização nos casos de responsabilidade civil, por exemplo. 38 | VOX Otorrino


ciedades de especialidades médicas na busca pela boa prática clínica. A atualização destes termos permite que o associado da ABORL-CCF tenha, a sua disposição, um documento

Divulgação

“Com a judicialização da Medicina, é importante que o cirurgião conte com o apoio das so-

útil em seu cotidiano, com a chancela do Departamento Jurídico e do Comitê de Defesa Profissional da associação”

Dr. Paulo Saraceni Neto

Assim, voltando o olhar para esse cenário e imbuída em suas competências estatutárias, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), em defesa da especialidade e em prol de seus associados, constituiu uma comissão transitória com o objetivo de proceder a revisão dos Termos de Ciência e Consentimento disponibilizados aos seus associados. Nota-se que o Termo de Ciência e Consentimento é um documento médico de extrema importância na relação médico-paciente, pois é dever do médico informar e esclarecer, e é direito do paciente ser informado e esclarecido para que após as devidas explicações possa, por livre e espontânea vontade, concordar ou não com a realização do procedimento recomendado pelo profissional médico.

Desse modo, a Comissão de Revisão dos Termos de Ciência e Consentimento, capitaneada pelos doutores Paulo Saraceni Neto e Virgilio Prado, contando com a expertise de renomados otorrinolaringologistas, com o Comitê de Defesa Profissional, com assessoria do departamento jurídico e, principalmente, com o apoio da Diretoria Executiva e Conselho Administrativo e Fiscal, deu sequência à revisão dos termos da especialidade. Assim, considerando a importância da relação médico-paciente, dos documentos médicos para uma eventual defesa perante o Conselho ou a Justiça e da atuação da ABORL-CCF em prol de seus associados e da defesa da especialidade, disponibilizamos aos associados esses termos atualizados, para que deles possam fazer uso no dia a dia da prática profissional.

Acesse os termos revisados pelo QR Code:

Divulgação

“Os Termos de Consentimento são documentos médicos com características que devem ter respaldo científico e, ao mesmo tempo, apresentar linguagem acessível a um público leigo. Conciliar todas essas peculiaridades exigiu revisão detalhada de cada um dos termos, sempre em busca de palavras mais adequadas, que não perdessem o caráter científico, mas que, ainda assim, fossem acessíveis aos pacientes atendidos por nossos associados nas mais diversas regiões do Brasil”

Dr. Virgilio Prado

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QUALIDADE DE V ID A

Correr, trabalhar e

amar

Conheça o casal de otorrinos que compartilha a mesma paixão pelas maratonas

Silvia Buzinari Fotos Arquivo pessoal

Q

uais são as chances de encontrar um parceiro que exerça a mesma profissão que você? E quais são as chances de esse parceiro, além de compartilhar o meio profissional, também praticar o mesmo esporte que você? Apesar de a probabilidade parecer pequena, essa história acontece com Dr. Roberto Demant e Drª. Carolina Calzeta Demant. Os dois são otorrinolaringologistas e ambos maratonistas. Além do amor que cerca esse relacionamento, as paixões são compartilhadas no trabalho e no lazer.

O interesse pelas maratonas Dr. Demant sempre foi apaixonado por esportes e mantinha um estilo de vida ativo. Em 2015, quando um amigo sugeriu que ele participasse de uma maratona, ele virou de fato um maratonista. Um pouco mais tarde, por influência do marido, Drª. Carolina decidiu experimentar a sensação de participar de uma corrida. “Há dois anos, logo após o parto da minha segunda filha, comecei a treinar com o intuito de emagrecer, mas a corrida é apaixonante e, quando percebi, meu foco já não era mais a questão estética, e sim a busca da melhora de performance”, lembra a otorrinolaringologista. O casal afirma: a maior dificuldade para um maratonista é enfrentar a rotina regrada. “É muito complicado quando precisamos abrir mão de algumas coisas, principalmente relacionadas a dietas. Procuramos manter o foco em ocasiões em que saímos com os amigos e não podemos tomar uma cerveja ou então nos almoços de família, pois aquelas ótimas refeições fogem da rotina alimentícia de um maratonista”, relata Dr. Demant, enquanto Dra. Carolina aponta detalhes da rotina do casal: “O dia a dia é dedicado aos treinos de corrida, além dos compromissos profissionais e dos cuidados com a casa”, lista. 40 | VOX Otorrino


A profissão e as maratonas Apesar de a maratona exigir muito do atleta fisicamente, Dr. Roberto conta que os treinos o deixam mais disposto a exercer sua profissão durante o dia, fazendo com que ele desempenhe um trabalho muito melhor do que em um dia sem treinamento. Os dois conseguem conciliar a rotina entre o consultório e as corridas com muita organização e compromisso, sempre adequando suas agendas. “Há momentos em que programamos a prática do exercício para a madrugada, com a finalidade de não comprometer a carga horária profissional”, afirma. Segundo a especialista, o casal também é bem disciplinado quando se trata de suplementação alimentar e mais ainda com o sono, tudo sempre com o objetivo de não prejudicar a prática de corrida dos dois. “Ocorre, muitas vezes, a necessidade de levar a roupa do treino para o consultório e vice-versa. Todo sacrifício vale a pena, afinal, a paixão por participar de maratonas está estampada na nossa história”, destaca. Drª. Carolina afirma que o ponto de ligação entre as duas atividades desempenhadas pelo casal ─ a profissão e a maratona ─ é a dedicação. “Na minha opinião, Medicina é sacerdócio, não tem meio termo, é dedicação e paixão... Assim como a maratona, se não se dedicar verdadeiramente, não é possível alcançar os objetivos”, salienta.

A corrida até o sonho O casal almeja evoluir no esporte; a meta é participar das maratonas mais importantes do mundo, além de melhorar o tempo em cada uma delas. Drª. Carolina pretende se classificar para a maratona de Boston, já Dr. Roberto possui uma lista intensa de objetivos. Um desses objetivos foi alcançado este ano, na maratona de Frankfurt: reduzir seu tempo para menos de três horas. “Apenas 2% a 8% dos atletas que correm uma maratona terminam com o tempo abaixo de três horas, e eu consegui alcançar o meu objetivo pessoal completando a prova em 2h 57min 41seg”, orgulha-se.

Lista de objetivos do casal Diminuir o tempo para menos de três horas;

Participar da maratona de Nova Iorque; Participar da maratona de Berlim;

Participar da maratona de Chicago; Participar da maratona de Boston;

Participar da maratona de Tóquio; Participar da maratona de Londres.

em breve! VOX Otorrino | 41


IMAGEM DESTAQ U E

IMAGEM DESTAQUE

Arquivo pessoal

Caso clínico: Paciente ETH, masculino, 30 anos, com tosse seca há longa data. Nega rinorreia, obstrução nasal, hiposmia, cefaleia, engasgos, odinofagia, pirose, azia, pigarro, rouquidão, uso de iECA ou tabagismo. Radiografia de tórax não evidenciou alterações. Realizou tratamento prévio de refluxo faringolaríngeo e asma, sem sucesso.

À laringoscopia: ( A ) Cleft laríngeo ( B ) Granulomatose laríngea ( C ) Refluxo faringolaríngeo ( D ) Movimento paradoxal das pregas vocais

Para saber a resposta correta e obter mais informações sobre as imagens, basta ir até o site da ABORL-CCF <http://aborlccf.org.br/enquetes.asp> ou acessar pelo QR Code. Se você tem uma imagem curiosa e gostaria de compartilhar com os leitores da Revista VOX Otorrino, envie para <comunicação@aborlccf.org.br>.

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MUITAS FELICIDADES E REALIZAÇÕES NO ANO QUE SE INICIA!

z i l e F ! 9 1 0 2 DIRETORIA EXECUTIVA ABORL-CCF MÁRCIO ABRAHÃO PRESIDENTE 2018

LUIZ UBIRAJARA SENNES PRESIDENTE 2019


23 a 25 de maio de 2019 São Paulo / SP

THE

SAVE

IV

DATE 23-25, MAIO 2019

Plástica da Face Rinologia Alergia Estomatologia

Local: AMCHAM – Câmera Americana do Comércio São Paulo / SP

Plástica da Face

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Estomatologia

Convidados Internacionais Hands On Nova Técnicas e muito mais...

Realização e Organização Departamento de Eventos

Maiores informações www.aborlccf.org.br/ivcombined


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