abolsamia 141 (mai/jun 2024)

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REVISTA DA
abolsamia.pt Grande produtor de tomate compra Fendt 1.050 Vario Profi + Preço: € 7,00 Cont. | ISSN 2183-7023 EXEMPLAR DE OFERTA
A
MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA
1997
Entrada da JOPER
2023 Preço: € 7,00 Cont. ISSN 2183-7023 EXEMPLAR DE OFERTA
Robot SmartFarm

Atomizador Dorso com o nome TOMIX

Pulverizadores para trator

Evolução para turbinas

Início do fabrico de lavadoras de alta pressão

Início do fabrico de secadores de cereais

Entrada da JOPER

Fabrico de pulverizadores de aspiração inversa

Inauguração da nova fábrica

1976
1984
1997
2004
2015
1961
1966
1975
1924 Pulverização de precisão – SPIN 2022 Robot SmartFarm 2023 100 anos 2024 A REVISTA DA MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA Ano XXX . Nº 141 | maio/junho 2024 (bimestral) |
abolsamia.pt Preço: € 7,00 Cont. | ISSN 2183-7023 EXEMPLAR DE OFERTA
Latoaria Damião Diretora: Catarina Gusmão

A LONG WAY TOGETHER

THE ONLY FACTOR THAT MATTERS

Seja qual for o trabalho no campo, a novíssima série AGRIMAXFACTOR 70 da BKT para tratores é perfeita tanto para transporte como para lavoura. Um design de piso inovador e uma forte lona de carcaça em poliéster proporcionam uma excelente estabilidade lateral e uma resposta de direção mais rápida mesmo para operações de alta velocidade ou serviço intensivo. A área de contacto no terreno, aumentada em 5%,reduz significativamente a perceção do ruído na cabina, o que representa maior conforto. Além disso, o logótipo exclusivo “E-READY” na parede lateral destaca o compromisso da BKT com a mobilidade elétrica e torna este produto adequado para veículos elétricos. Excelente manuseamento e estabilidade mesmo em condições de serviço mais pesado, juntamente com uma maior durabilidade, são características que fazem do AGRIMAXFACTOR o pneu certo para a sua segurança e conforto, mesmo em condições de serviço pesado.

DISTRIBUIDOR PARA PORTUGAL E ESPANHA JOSÉ ANICETO & IRMÃO, LDA

Rua José Abrantes Aniceto, nº 2

Zona Industrial de Cantanhede 3060-197 Cantanhede

Tel: 231 419 290

info@sjosepneus.co m www.sjosepneus.com

Descubra a gama radial da BKT

5M

CONCEBIDO PARA O SUCESSO DAS CULTURAS DE ALTO VALOR

PAIXÃO PELA AGRICULTURA

O nosso 5M compacto e leve com até 135 hp é o trator mais adequado para vinhas e pomares. O design e a capacidade hidráulica do 5M são perfeitas para todas as suas tarefas das culturas de alto valor, quer seja a poda, pulverização, colheita ou transporte.

Conheça o 5M, o seu principal companheiro agrícola para tudo o que faz. Veja-o já hoje no seu concessionário local.

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Nesta edição da Revista o tema de capa celebra a entrada da TOMIX, uma das empresas mais carismáticas do setor das máquinas agrícolas em Portugal, no seu segundo século de vida. A este propósito, nada melhor do que partilhar um dos excertos do livro que assinalará a efeméride. “As empresas podem ser consideradas como organismos vivos, porque nascem, crescem, desenvolvem-se, amadurecem e morrem. O seu ciclo de vida é parecido com o dos seres humanos, mas tem uma vantagem - as empresas podem viver mais tempo, podem envelhecer mais tarde… se se souberem renovar! Foi o que aconteceu à TOMIX, que ao longo do tempo se regenerou, pela necessidade de responder aos desafios investindo num futuro mais promissor.”

A propósito da necessidade de evolução das empresas, nomeadamente as do setor agrícola, devemos refletir nas palavras de Thierry Le Briquer, responsável pelo desenvolvimento do negócio de frutas e legumes da CNH Industrial, sobre a necessidade de tempo para reinventar processos. Destacava o responsável, numa mesa rendonda na FIRA - Feira de Robôs, a propósito da importância de adaptar tecnologias e robôs para enfrentar os desafios da agricultura moderna: "Tecnologias como a eletrificação ou o machine learning têm vindo a ganhar cada vez mais espaço. Estamos concentrados em perceber como podemos adaptar estas tecnologias emergentes, ao nosso portfólio atual. É um trabalho que tem de ser conjunto com a rede de concessionários. Mas é necessário tempo porque é preciso reinventar um negócio muito enraizado e com uma longa tradição”.

A eficiência do processo de mudança no setor agrícola precisa da colaboração de todos os envolvidos, desde os agricultores aos fabricantes, passando pelos concessionários e os meios de comunicação. Como explica Pierre Lavail, presidente do Grupo T3M e concessionário agrícola francês, “enquanto concessionários estamos a meio da cadeia de valor. A nossa principal tarefa é perceber as necessidades dos agricultores e passar essa informação aos fabricantes. 90% dos agricultores não quer mudar. Mudam por necessidade, como toda a gente. Temos de lhes dizer que há novas formas de fazer as coisas”. É importante reforçar a a comunicação com os agricultores, seja através da realização de demonstrações, feiras, ou da divulgação de conteúdos em meios especializados.

Para terminar, fazendo nossas as palavras de David Simão, gerente da Agro 121 e Presidente da Direção do NERBE/AEBAL, em reportagem nesta edição, “a única forma de atacar o problema é começar aos poucos a dividi-lo em parcelas para que possamos resolver, de forma eficiente, uma de cada vez.”

DIRETORA Catarina Gusmão catarinagusmao@abolsamia.pt

CHEFE DE REDAÇÃO Sebastião Marques sebastiaomarques@revista-abolsamia.com

ASSESSOR DE DIREÇÃO Bruno Meneses brunomeneses@revista-abolsamia.com

REDATORES

João Sobral - joaosobral@abolsamia.pt

Rui Reis - ruireis@abolsamia.pt

PUBLICIDADE

Catarina Gusmão - T. 913 469 299 Américo Rodrigues - T. 917 769 014 americorodrigues@abolsamia.pt

DESIGN E PRÉ-IMPRESSÃO

Frederico Teopisto - prepress@abolsamia.pt

COLABORARAM NESTA EDIÇÃO

Conceção e design da capa: Rita Santa Marta · Paginação: Eva Vinagre · Fotografia: Carlos Ferreira, Cátia Barbosa, Cintia Elizeide · Vídeo: Daniel Rodrigues ·

PROPRIEDADE

Nugon - Publicações e Representações Publicitárias, Lda · Contribuinte 502 885 203 Registo ERC 117122 · Depósito legal 117.038/97

SEDE/EDITOR

Rua São João de Deus, Nº21 2670-371 Loures - Portugal

ESCRITÓRIO/REDAÇÃO

Rua Nelson Pereira Neves, Loja 1 2670-338 Loures - Portugal - T. 219 830 130

IMPRESSÃO

Jorge Fernandes, Lda - R. Qunita Conde de Mascarenhas 9 - 2820-653 Charneca de Caparica

TIRAGEM MÉDIA 4.000 exemplares ISSN 2183-7023

GERÊNCIA Nuno Gusmão e Catarina Gusmão

SÓCIOS Nuno Gusmão (35%), Ana Gusmão (35%), Francisca Gusmão (15%), Catarina Gusmão (15%). ASSINATURAS brunomeneses@revista-abolsamia.com

Os textos e fotos de autor são propriedade da Nugon,Lda., não podendo ser reproduzidos sem autorização, por escrito, da mesma. O conteúdo dos anúncios e das publireportagens dos clientes é da sua exclusiva responsabilidade. A abolsamia segue o AO90, embora nem todos os colaboradores tenham adotado a nova grafia. Estatuto Editorial www.abolsamia.pt/estatuto-editorial-e-distribuicao

No cumprimento do Decreto-Lei nº59/2021, de 14 de julho, informamos os nossos leitores que linhas geográficas de números começados por 2 são “chamadas para rede fixa nacional”, começados por 9 “para rede móvel nacional” e começados por 00 “para rede fixa ou móvel internacional”.

EDITORIAL
Catarina Assinaturas
6 abolsamia maio/junho 2024

Sumário

MERCADOS

10 Portugal: Mercado regista subida de 23% no 1º trimestre de 2024

14 Europa: Clima de negócios continua a deteriorar-se

16 A visão dos representantes das marcas

20 Europa: Registos de tratores na Europa desceram em 2023

26 Europa: Mercado de equipamento para culturas arvenses e proteção de culturas

28 Mundo: Tendências e oportunidades - O aumento da robótica agrícola

EMPRESAS

32 Notícias curtas do setor

EMPRESA EM FOCO

42 E-Rent aposta no aluguer de equipamentos agrícolas

EVENTOS

45 AGROBR AGA 2024

46 Tractorave

48 Outras presenças

50 OVIBEJA 2024

52 Herculano

54 Agro 121

55 Irmãos Luzias

56 Borrego Leonor Alentejo

57 Outras presenças

58 Valtra Smart Tour: apresentação da nova série S

62 Nordeste Máquinas realiza demonstrações da Braun

106 Tractor Power Race 2024: um evento fora do comum

TEMA DE CAPA

34 Tomix, 100 anos de uma história de paixão e inovação

GESTÃO DO PARQUE DE MÁQUINAS

66 Nova era da silagem na Casa do Gomes

PRODUTO EM FOCO

69 Produtor de hortícolas de Alcochete reforça a sua frota com o 5º Massey Ferguson

69 Tecnologia de precisão: Mata Verde investe em trator Hürlimann XL.K135

70 1º CLAAS Axion 960 Terra Trac entregue em Portugal

74 Rápido e bem, afinal há quem: semeador Maschio Gaspardo Chrono 306

76 Produzir forragem para 550 vacas quase só com chorume

80 Fertilização: distribuidor de adubo Maschio Gaspardo Primo 224 EW Isotronic Exclusive

82 Grua hidráulica rotativa Galucho GRH e GRH Azeitona

83 Reboque elevatório Galucho R-UP

70 1º CLAAS Axion 960 Terra Trac entregue em Portugal

n° 141 | maio/ junho 2024
8 abolsamia maio/junho 2024

TRACTOR OF THE YEAR© 2024

84 Fendt E107 V Vario: vencedor na categoria de Sustentabilidade

88 McCormick X5.120 P3-Drive: vencedor na categoria de Melhor Utilitário

FORMAÇÃO

90 Guia essencial: obter a carta de trator agrícola em Portugal

94 Jornadas técnicas de inovação em Beja

PRODUTO

98 Notícias curtas de máquinas e equipamentos

FLORESTA

100 Nova John Deere Forestry série H chega ao mercado

REGIÕES

109 Concessionários classificados por distritos + lista de equipamentos para venda

62 Nordeste Máquinas realiza demonstrações da Braun

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1 ano
30€ 65€ 1 ano
1
45€ 85€ 2 anos
55€ 105€ 2 anos (10 Revistas + 2 Anuários) 80€ 150€ Anuário 20€ 40€ Portugal Europa Nº140Ano XXX março abril 2024 A REVISTA DA MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA Ano XXX Nº 140 março/abril 2024 (bimestral) Diretora: Catarina Gusmão abolsamia.pt Especial Feiras FIMA 2024 FIRA ROBOTS Grande produtor de tomate compra Fendt 1.050 Vario Profi + Preço: 7,00 Cont. ISSN 2183-7023
(5 revistas)
(5 revistas +
Anuário)
(10 Revistas)
58 Valtra Smart Tour: apresentação da nova série S

Mercado regista subida de 23% no 1º trimestre de 2024

De janeiro a março foram matriculados 1.514 tratores face aos 1.229 no período homólogo do ano anterior. A descida nos ATVs mantém-se, enquanto nos UTVs se verifica uma ligeira subida.

Tratores

Numa análise por segmentos, a categoria abaixo dos 120 cv concentra a grande maioria das matriculações com 1.386 unidades. Destaque para as 26 unidades acima dos 200 cv já matriculadas.

TRATORES AGRÍCOLAS

NOVOS JAN. A MAR. 24

MARCAS E MODELOS MAIS

Portugal
Marca < 50 cv 51 - 120 cv 121-200 cv > 200 cv Total Antonio Carraro 2 17 0 0 19 Arbos 0 1 0 0 1 BCS 3 2 0 0 5 Branson 11 1 0 0 12 Carraro 0 3 0 0 3 Case IH 0 31 6 1 38 CLAAS 0 13 8 1 22 Deutz-Fahr 11 105 8 1 125 E Kubota 24 0 0 0 24 Farmtrac 40 1 0 0 41 Fendt 0 5 12 5 22 Ferrari 2 0 0 0 2 Goldoni 3 2 0 0 5 Hattat 0 1 0 0 1 Hinomoto 47 1 0 0 48 Hürlimann 3 34 1 0 38 Iseki 22 7 0 0 29 John Deere 4 41 37 10 92 Kioti 41 43 1 0 85 Kubota 53 46 2 0 101 Lamborghini 8 35 0 0 43 Landini 11 28 1 0 40 Lovol 6 4 0 0 10 LS 23 12 0 0 35 Massey Ferguson 4 26 8 0 38 McCormick 5 14 0 0 19 Mitsubishi 7 0 0 0 7 New Holland 46 214 12 4 276 Preet 11 0 0 0 11 Same 4 71 2 0 77 Solis 131 40 0 0 171 Startrac 3 0 0 0 3 Strtrac 1 0 0 0 1 Tafe 17 0 0 0 17 Tym 15 1 0 0 16 Valtra 0 11 4 4 19 Vst 16 0 0 0 16 Yanmar 1 0 0 0 1 Zetor 0 1 0 0 1 TOTAL 575 811 102 26 1.514
VENDIDOS POR SEGMENTOS DE POTÊNCIA
Origem: IMT | Fonte: ACAP 52 - 120 cv 53,6% > 200 cv 1,7% 38% < 50 cv 6,7% 121-200 cv 10 abolsamia maio/junho 2024

TRATORES LS MT3

IDEAIS PARA A NOSSA AGRICULTURA

Marca 2024

New Holland 276

Solis 171

Deutz-Fahr

Kubota

John Deere Kioti

Same

Os tratores LS, distribuídos em Portugal pela Moviter, apresentam-se no mercado nacional com as séries XJ e MT3. Com motores Stage V, modernos e económicos, os LS MT3 posicionam-se no segmento dos tratores compactos, numa faixa de potências bem justada às necessidades da agricultura no nosso país. Com excelente força e binário, uma transmissão eficiente (12x12 e 16x16) e um hidráulico de alta capacidade, os tratores LS MT3 garantem a produtividade necessária em qualquer tipo de trabalho e com qualquer alfaia.

Conheça a gama de tratores LS (25 aos 57 cv), na Moviter ou no concessionário da sua região.

Portelas, 2410-855 Cortes, Leiria

Hinomoto Lamborghini
Case IH 38 13 192,31 2,51 1,06 Hürlimann 38 23 65,00 2,51 2,00 Massey Ferguson 38 25 52,00 2,51 2,03 LS 35 36 -2,78 2,31 2,93 Iseki 29 14 107,14 1,92 1,14 E Kubota 24 11 118,18 1,59 0,90 CLAAS 22 17 29,41 1,45 1,38 Fendt 22 19 15,79 1,45 1,55 Antonio Carraro 19 8 137,50 1,25 0,65 McCormick 19 15 26,67 1,25 1,22 Valtra 19 35 -45,71 1,25 2,85 TAFE 17 0 0,00 1,12 0,00 TYM 16 20 -20,00 1,06 1,63 VST 16 12 33,00 1,06 0,98 Branson 12 23 -47,83 0,79 1,87 Preet 11 23 -52,17 0,73 1,87 Lovol 10 12 -16,67 0,66 0,98 Outros 30 42 -28,57 2,00 2,93 Total 1.514 1.229 23,00 100,00 100,00 MARCAS MAIS MATRICULADAS TRAT. AGRÍCOLAS NOVOS Origem: IMT | Fonte: ACAP 11 maio/junho 2024 abolsamia Parque Movicortes,
T (+351) 244 890 180 / moviter@movicortes.pt / www.moviter.pt
Farmtrac Landini

UTVS NOVOS (VEÍCULOS UTILITÁRIOS)

ATVS NOVOS (VEÍC.

ATVs e UTVs

Nos UTVs verificou-se um ligeiro aumento (1,64%), enquanto nos ATVs a tendência de quebra, ainda que ligeira, cifra-se agora nos 3,69%.

Portugal
Unidades Variação % Mercado Marca 2024 2023 % 2024 2023 CFMoto 136 106 28,30% 40,12% 30,11% Linhai 96 104 -7,69% 28,32% 29,55% Segway 47 48 -2,08% 13,86% 13,64% Polaris 33 44 -25,00% 9,73% 12,50% Quaddy 15 23 -34,78% 4,42% 6,53% TGB 8 14 -42,86% 2,36% 3,98% BRP 4 13 -69,23% 1,18% 3,69% Arctic Cat 0 0 nan% 0,00% 0,00% TOTAL 339 352 -3,69% 100% 100% MARCAS MAIS MATRICULADAS DE JAN. A MAR.
TODO
TERRENO) Unidades Variação % Mercado Marca 2024 2023 % 2024 2023 CFMoto 68 46 47,83% 36,56% 25,14% Polaris 36 38 -5,26% 19,35% 20,77% BRP 23 42 -45,24% 12,37% 22,95% Segway 21 21 0,00% 11,29% 11,48% Quaddy 14 9 55,56% 7,53% 4,92% Corvus 12 7 71,43% 6,45% 3,83% Linhai 5 5 0,00% 2,69% 2,73% KL 4 6 -33,33% 2,15% 3,28% Kubota 3 8 -62,50% 1,61% 4,37% MX 0 1 -100,00% 0,00% 0,55% TOTAL 186 183 1,64% 100% 100%
O
MARCAS MAIS MATRICULADAS DE JAN. A MAR.
Origem: IMT | Fonte: ACAP CFMoto 36,5% Polaris 19,3% BRP 12,4% Segway11,3% Quaddy 7,5% Corvus
Linhai
KL
Kubota
CFMoto 40,1% Linhai 28,3% Segway 13,9% Polaris 9,7% Quaddy 4,4% TGB 2,3% BRP 1,2%
6,4%
2,7%
2,1%
1,6%

Abril de 2024

Clima de negócios continua a deteriorar-se

Barómetro de negócios da Associação

Europeia de Maquinaria Agrícola (CEMA)

Oíndice geral do clima empresarial para a indústria de maquinaria agrícola na Europa voltou a deteriorar-se ligeiramente, após a forte descida dos meses anteriores. Em abril, o índice diminuiu de -55 para -57 pontos (numa escala de -100 a +100).

O inquérito confirma mais uma vez que os clientes diretos dos fabricantes, os concessionários, não conseguem colocar as suas numerosas encomendas do passado nos clientes finais. De acordo com o inquérito, os stocks dos concessionários são, na maioria dos mercados europeus, significativamente mais elevados do que no ano de 2019, que entrou para a história devido aos elevados níveis.

APENAS 5% DOS REPRESENTANTES DA INDÚSTRIA CONSIDERAM QUE A SITUAÇÃO ATUAL É FAVORÁVEL.

A nova deterioração do clima empresarial deve-se, pelo segundo mês consecutivo, exclusivamente ao facto de as avaliações da atividade atual terem seguido em baixa as expetativas, já de si baixas. De acordo com os participantes no inquérito, a situação atual das empresas está pior do que nos últimos sete anos. Apenas 5% dos representantes da indústria consideram que a situação atual é favorável. Por outro lado, as expetativas futuras estabilizaram a um nível baixo. Ainda assim, dois terços dos participantes no inquérito esperam que o seu volume de negócios diminua nos próximos seis meses. No entanto, observa-se uma nova melhoria nas expetativas para a próxima entrada de encomendas (um indicador que não está incluído no cálculo do índice geral do barómetro).

CLIMA DE NEGÓCIOS

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO

Índice Geral de Clima de Negócios CEMA (CBI) -Total

CBI Situação Presente Expetativa Futura

Fonte Total: Barómetro Empresarial da CEMA

CBI = média geométrica de 1) avaliação da situação empresarial atual e 2) expetativa de volume de negócios; Índice varia de -100 a +100; Índice positivo para 1) significa que a maioria dos inquiridos avalia a situação atual como favorável e vice-versa; índice positivo para 2) significa que a maioria dos inquiridos espera um aumento do volume de negócios nos próximos seis meses, em comparação com o ano anterior, e vice-versa.

AVALIAÇÃO ATUAL E EXPETATIVAS

Questão: Consideramos que o negócio atualmente está...

Questão: Esperamos que nos próximos 6 meses o nosso volume de negócios...

Com base numa pesquisa mensal dentro da indústria europeia de máquinas agrícolas a VDMA executa um inquérito online para o CEMA, com uma cobertura dos principais setores de tratores e equipamentos municipais, a um grupo alvo de 140 gerentes seniores de 9 países.

Europa
Fonte Total: Barómetro Empresarial da CEMA
Diminua Se mantenha inalterado Cresça 66% 26% 9% 67% 23% 10% 66% 23% 11% Muito desfavorável Desfavorável Satisfatório Bom Muito bom 46% 14% 31% 8% 43% 12% 36% 9% 47% 16% 31% 5% 14 abolsamia maio/junho 2024

A Hürlimann é uma marca com mais de 30 anos de história no mercado nacional e uma referência de qualidade e inovação. A atenção aos pormenores, o conforto, a qualidade dos materiais e a tecnologia, são características da marca reconhecidas pelos clientes. Tratores modernos, com motores, transmissões e hidráulicos de grande capacidade, para todos os tipos de trabalhos e alfaias. Com uma gama completa, a Hürlimann tem tratores dos 51 aos 143 cv, compactos, especializados e convencionais, divididos em diferentes segmentos e configurações. Conheça as novidades de 2024 e toda a gama de tratores Hürlimann na Moviter ou no seu concessionário.

Parque Movicortes, Portelas, 2410-855 Cortes, Leiria T 244 890 180 / moviter@movicortes.pt / www.moviter.pt N A A G R I C U LT U R A E M P O R T U G A L M A R C A D E Q U A L I D A D E

A visão dos representantes das marcas

A revista abolsamia pediu a seis especialistas na área dos tratores e dois da área dos equipamentos agrícolas um balanço do mercado no primeiro trimestre de 2024 em Portugal.

As análises de especialistas no setor de tratores e equipamentos agrícolas em Portugal revelam o seguinte:

1. Mercado de Tratores:

• Houve um aumento significativo no segmento de tratores compactos (40100 cv) no primeiro trimestre de 2024, atribuído a atrasos nas entregas de 2023 e subsídios ao abate.

• O segmento de tratores especiais e compactos deve manter ou aumentar ligeiramente nos próximos seis meses.

• A queda contínua no índice geral do clima empresarial para a indústria de maquinaria agrícola na Europa é vista como reflexo da incerteza económica e das dificuldades com a Política Agrícola Comum.

2. Mercado de equipamentos agrícolas:

• Houve um aumento na procura de equipamentos de pulverização suspendidos.

• Espera-se um decréscimo na procura de equipamentos especializados à medida que o verão se aproxima, com a crise na viticultura, a afetar negativamente o mercado.

• A queda no índice geral do clima empresarial é atribuída a vários fatores, incluindo inflação elevada, subida de taxas de juro e conflitos globais.

3. Previsões para os próximos seis meses:

• Espera-se um abrandamento nas vendas de tratores devido ao fim dos subsídios e ao aumento dos preços.

• No mercado de equipamentos agrícolas, prevê-se uma ligeira melhoria, embora a instabilidade global possa manter a queda no clima empresarial.

• A estabilidade política e possíveis descidas das taxas de juro podem contribuir para uma ligeira recuperação.

Prevê-se um abrandamento das vendas

O segmento de tratores compactos (40-100 cv) cresceu no primeiro trimestre de 2024, impulsionado por atrasos nas entregas de 2023 e subsídios ao abate. Porém, prevê-se um abrandamento nas vendas devido ao aumento dos preços e à diminuição dos subsídios. A queda no índice geral do clima empresarial para a indústria de maquinaria agrícola reflete o cenário de incerteza económica, impactando o setor.

Mercado

de Tratores

Aos especialistas na área dos tratores colocámos as seguintes questões:

1- Que balanço faz do primeiro trimestre do mercado de tratores agrícolas em Portugal?

2- Que evolução espera no mercado de tratores em Portugal nos próximos seis meses e quais são os principais motivos por trás dessas expetativas?

3- Qual é a sua análise sobre a tendência de queda contínua no índice geral do clima empresarial para a indústria de maquinaria agrícola na Europa (CEMA)?

16 abolsamia maio/junho 2024

Domingo Bárbaro, diretor de vendas CLAAS Ibérica

1 - Se compararmos o primeiro trimestre de 2023 com o período homólogo de 2024, podemos observar a seguinte evolução:

• Tratores especiais: mesmas unidades vendidas

• Tratores compactos: aumento de 70% das unidades com especial atenção para regiões como Bragança e Viseu onde os subsídios estatais para tratores compactos com potência inferior a 100 cv tiveram impacto.

• Tratores convencionais (90-165 cv): o mercado mantém-se com as mesmas unidades. As regiões de Setúbal e Évora mantêm-se estáveis.

• Tratores de alta potência (>200cv): mercado fraco em unidades como no ano anterior.

2 - A previsão para os próximos 6 meses é que o mercado de tratores especiais (perfil baixo e estreito) cresça ligeiramente, e que o mercado dos compactos polivalentes mantenha a sua grande procura e ultrapasse as vendas do ano passado. O resto dos tratores (convencionais e alta potência) repetirá os valores do ano passado.

3 - Relativamente aos dados sobre o clima empresarial publicados pela ANSEMAT (Associação Nacional Espanhola de Máquinas Agrícolas e Espaços Verdes), para os três elementos que compõem a cadeia de distribuição (Concessionário, Fabricante e Importador), o resultado é o seguinte:

Situação atual:

Concessionário: grupo maioritário

37%: muito desfavorável.

Fabricante: grupo maioritário

40%: desfavorável.

Importador: grupo maioritário

35,70%: desfavorável.

Situação projetada para daqui a 6 meses:

Concessionário:

50%: mercado manter-se-á inalterado

37%: mercado diminuirá

Fabricante:

40%: mercado manter-se-á inalterado

33%: mercado diminuirá

Importador:

35,70%: mercado manter-se-á inalterado

35,70%: mercado diminuirá

João Lopes, gerente da Forte e Sagar, empresas do Grupo Auto-Industrial

1 - No primeiro trimestre de 2024 houve um aumento significativo do registo de matrículas, com maior crescimento no segmento de 40-59 Kw (54-80 cv), onde existiu um aumento de registos de cerca de 100 %, passando a ser o segmento mais vendido em Portugal, quando no passado era o de menos 19 Kw (26 cv).

Penso que esta situação se deve ao facto de muitos fabricantes europeus terem atrasado as entregas que deveriam ter acontecido em 2023 e só foram entregues em 2024, e também ao subsídio ao abate que se concentrou muito neste segmento de potência.

2 - Nos próximos 6 meses o mercado deve sofrer um abrandamento nas vendas, justificado pelas razões anteriores que não vão acontecer nos próximos meses e pelas fortes subidas dos preços do último ano, que acabam por reduzir a procura.

3 - A queda geral em toda a Europa, do meu ponto de vista, está a ser reflexo da forte subida dos preços das máquinas agrícolas registada em 2023.

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17 maio/junho 2024 abolsamia
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Arnaldo Caeiro, diretor geral

SDF Portugal

1 - O mercado de tratores subiu de forma significativa no primeiro trimestre de 2024, sobretudo nos segmentos entre os 50 e os 120 cv, devido às vendas resultantes da medida de renovação do parque de tratores.

2 - Nos próximos seis meses, passado o efeito da medida de renovação do parque de tratores, esperamos que o mercado diminua relativamente ao ano anterior, sendo que esse efeito será mais visível nos segmentos entre os 50 e os 120 cv..

3 - O índice geral do clima empresarial para a indústria de maquinaria agrícola na Europa (CEMA) continua em queda devido à incerteza que paira sobre a agricultura na UE, nomeadamente as questões económicas relacionadas com os custos dos fatores de produção e a manutenção das taxas de juro num nível historicamente alto, agravadas pela rejeição por parte dos agricultores das medidas da Política Agrícola Comum, que resultaram nas manifestações do passado mês de Fevereiro.

Mercado de equipamentos agrícolas

Enquanto aos dois especialistas na área das alfaias perguntámos:

1- Que balanço faz do primeiro trimestre do mercado de equipamentos agrícolas (para vinha e pomares) em Portugal?

2- Que evolução espera no mercado nos próximos seis meses e quais são os principais motivos por trás dessas expetativas?

3- Qual é a sua análise sobre a tendência de queda contínua no índice geral do clima empresarial para a indústria de maquinaria agrícola na Europa (CEMA)?

Samuel Pereira, administrador do Grupo Joper

1- Para o nosso Grupo de empresas, podemos dizer que o primeiro trimestre correu bem. Na parte dos equipamentos específicos para vinha e pomares, mantém-se a procura nos equipamentos de mobilização (JOPER) e houve inclusive um aumento na procura de equipamentos de pulverização (TOMIX). Salientar que este ano, devido às fortes chuvas e alagamentos dos terrenos, muitos agricultores que já tinham equipamentos rebocados, viram-se forçados a adquirir equipamentos suspendidos, de forma a conseguir entrar nos terrenos e fazer os tratamentos.

Em termos de cultura, notamos menos procura nos clientes de vinha e pomar de pêra, devido à crise que estes setores atravessam.

2 - No mercado de equipamentos especializados, vinha e pomar, a evolução normal é de decréscimo à medida que nos aproximamos do verão e da altura das colheitas. Com o descontentamento e desânimo do setor, e com a falta de apoios por parte do Governo, acredito que essa evolução seja mais acelerada

3 - Há que salientar que existe uma crise em alguns setores agrícolas, no caso concreto das vinhas a crise está instalada a nível global, com elevados stocks de vinho e falta de escoamento no mercado. O sentimento é de desânimo pelos viticultores. Sentimos muito esse desalento em todos os mercados que estamos presentes, bem como, quando falamos com outros fabricantes de maquinaria agrícola que estão mais focados nas culturas especializadas e que comentam que estão em lay-off ou com quebras de 50%. Felizmente, nós temos conseguido ultrapassar diversificando o tipo de produto e mercados. Aproxima-se mais uma campanha e, do que vou apurando junto dos agricultores, com boas produções, caso não venha alguma intempérie estragar a produção, os stocks vão aumentar ainda mais. É preciso os governos criarem medidas para escoar este stock e apoiarem os agricultores.

18 abolsamia maio/junho 2024

1- O primeiro trimestre do ano foi bastante desafiante. O mercado das máquinas agrícolas na Europa continua a viver um clima bastante negativo e isso reflete-se no volume de negócios e no nível de encomendas. Os primeiros meses do ano habitualmente são marcados pelo planeamento e compra antecipada de produtos para fazer face à procura durante a campanha, que no nosso caso se torna mais forte de março a junho. Este ano, em função da instabilidade e incerteza, a pré-campanha ficou ligeiramente abaixo do habitual. Neste trimestre, o mercado nacional registou valores próximos de 2023 e sem diferenças regionais significativas.

2- Neste momento não é fácil realizar previsões, no entanto e no caso específico da Pulverizadores Rocha, SA, esperamos um ano semelhante a 2023. Para os próximos 6 meses prevemos uma evolução semelhante à registada neste início do ano, eventualmente uma ligeira melhoria fruto da esperada estabilidade política e eventual descida das taxas de juro.

3- A economia global em 2023 enfrentou um conjunto de fatores adversos: a continuação do conflito na Ucrânia, a persistência de uma inflação elevada, a subida das taxas de juro, uma nova guerra entre Israel e o Hamas e ao mesmo tempo um abrandamento da procura global. É natural que com este conjunto de fatores a evolução do índice geral do clima empresarial para a indústria de maquinaria agrícola na Europa continue em queda.

Na minha opinião, além dos fatores anteriores e em especial para o setor agrícola, é importante registar o momento de instabilidade que se vive na zona euro, a crise climática e ter atenção às iniciativas regulatórias a nível europeu e ao impacto direto na nossa atividade.

É, portanto, um momento de grande instabilidade e incerteza com resultado direto na queda contínua do índice. Pessoalmente, espero que os próximos meses tragam alguma estabilidade capaz de inverter o índice e gerar maior confiança para os diferentes intervenientes do mercado agrícola.

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19 maio/junho 2024 abolsamia

Registos de tratores na Europa desceram em 2023 devido ao abrandamento da procura no segundo semestre

No total, em 2023, foram registados 211 700 tratores em toda a Europa1, isto de acordo com os números fornecidos pelas autoridades nacionais. O CEMA – Associação Europeia de Maquinaria Agrícola, considera que 158 100 destes veículos são tratores agrícolas, dos quais 26 200 tratores (17%) tinham 37 kW (50 cv) ou menos e 131 900 (83%) tinham 38 kW ou mais. Os restantes são constituídos por uma variedade de veículos que são, por vezes, classificados como tratores, incluindo quadriciclos, veículos utilitários side-by-side, carregadores telescópicos e outros tipos de equipamento.

As matrículas de tratores agrícolas desceram 4,9% relativamente a 2022, e ficaram abaixo do número médio registado nos últimos cinco anos. O número de máquinas registadas no primeiro semestre de 2023 foi ligeiramente inferior ao do mesmo período do ano anterior, mas o declínio foi mais acentuado no segundo semestre do ano. Entre julho e dezembro de 2023, foram registados quase menos 10 % de tratores do que no período homólogo de 2022. O abrandamento do mercado também significou que as matrículas no segundo semestre do ano foram 7 % inferiores à média sazonal.

Uma das razões pelas quais as matrículas de tratores agrícolas se mantiveram positivas no primeiro semestre de 2023 foi o facto de os fabricantes estarem a recuperar da acumulação de encomendas feitas durante 2021 e 2022, em resultado das perturbações nas cadeias de abastecimento globais durante e após a pandemia de Covid-19 e causadas pela invasão russa da Ucrânia. Em meados do ano, as cadeias de abastecimento tinham regressado em grande parte à normalidade, pelo que o número de tratores matriculados dava uma melhor indicação da procura no mercado.

Como sempre, a procura de tratores e outros tipos de máquinas agrícolas está intimamente ligada aos rendimentos agrícolas. Os preços da maioria dos produtos

1. Os números abrangem a maioria dos mercados da

REGISTOS DE TRATORES AGRÍCOLAS NA EUROPA

OS PREÇOS DOS PRODUTOS AGRÍCOLAS BAIXARAM, MAS OS CUSTOS DOS FATORES DE PRODUÇÃO

CONTINUAM A SER ELEVADOS, O QUE AFETA OS RENDIMENTOS AGRÍCOLAS

agrícolas dispararam em 2022, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, conflito que suscitou preocupações quanto à disponibilidade de cereais e oleaginosas,

e alguns países terceiros.

em particular. Esta situação teve um efeito de arrastamento no preço dos alimentos para animais, o que significou que os preços dos produtos de origem animal também foram muito mais elevados. Este facto apoiou os rendimentos das explorações agrícolas e, por sua vez, impulsionou a procura adicional de maquinaria.

No entanto, desde o verão de 2022, as cadeias de abastecimento alimentar mundiais ajustaram-se à nova situação e os preços dos alimentos desceram de forma constante. No final de 2023, os preços mundiais

Europa
Média móvel Fonte: Systematics International, formatado pelo CEMA
25,000 30,000 35,000 40,000 45,000 50,000 55,000 60,000 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023
Trimestre
20 abolsamia maio/junho 2024
UE

dos alimentos, medidos pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, tinham descido mais de 1/4, em comparação com o pico registado em março de 2022, e eram mais de 10% inferiores aos do ano anterior.

ÍNDICE DE PREÇOS

A descida dos preços dos produtos agrícolas ocorreu numa altura em que os custos dos fatores de produção agrícola continuam elevados. Para além dos alimentos para animais estarem caros, os preços dos fertilizantes, dos combustíveis e da energia foram todos excecionalmente elevados em 2022. Embora tenham descido desde então, continuam a ser mais caros do que eram em 2021 e antes.

Os agricultores de muitas partes da Europa foram também afetados por condições meteorológicas adversas no último ano. Em combinação com a queda dos preços dos produtos agrícolas e os elevados custos dos fatores de produção, tal significou uma queda dos rendimentos agrícolas. Esta situação teve, inevitavelmente, um impacto na vontade dos agricultores de investir em tratores e máquinas agrícolas de forma geral, o que explica por que razão os registos de tratores começaram a cair no segundo semestre de 2023. Como sempre, existem alguns fatores locais que afetam os mercados de cada país, alguns dos quais são explicados abaixo.

AS MATRÍCULAS CRESCEM NOS

TRATORES DA GAMA MAIS ALTA DE POTÊNCIA
DOS ALIMENTOS DA UN FAO 100 110 120 130 140 150 160 170 Jan-21 Mar-21 Mai-21 Jul-21 Set-21 Nov-21 Jan-22 Mar-22 Mai-22 Jul-22 Set-22 Nov-22 Jan-23 Mar-23 Mai-23 Jul-23 Set-23 Nov-23
21 maio/junho 2024 abolsamia
Fonte: Fonte UN FAO, formatado por CEMA

Europa

Embora os registos de tratores tenham sido mais baixos em 2023 do que no ano anterior, tal não se verificou em todas as gamas de potência. As faixas de potência mais elevadas, máquinas acima dos 132 kW (aproximadamente 175 cv) registaram um forte crescimento, com os registos destes tratores maiores a aumentarem 12% em relação ao ano anterior. Em contrapartida, foram registados menos 13% nos tratores entre os 60 kW e os 132 kW (80-175 cv), embora esta gama ainda constituísse quase metade dos tratores agrícolas registados em 2023. Houve igualmente um pequeno declínio no número de tratores com menos de 60 kW registados na Europa, com algum crescimento para as máquinas mais pequenas. Os números citados subestimam a

REGISTOS DE TRATORES AGRÍCOLAS NA EUROPA COMPARAÇÃO POR GAMAS DE POTÊNCIA

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País 2022 2023 % variação

Alemanha

Ao analisar as matrículas em toda a Europa, os peritos económicos das associações nacionais da CEMA assinalam que:

Na ALEMANHA, em 2023, as matrículas de tratores mantiveram o mesmo bom nível do ano anterior. Foi registado um total de 30.336 novos tratores, dos quais 28.881 foram classificados como tratores agrícolas. O resultado anual acumulado mostra uma alteração mínima, em comparação com 2022. O mercado de tratores agrícolas mais pequenos, até 38 kW (50 cv), diminuiu 4%, tendo-se registado um ligeiro aumento de 1%

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28 769 28 881 0,39% Áustria 5 349 4 982 -6,86% Bélgica 3 179 2 936 -7,64% Bósnia
682 1 326 94,43% Chéquia
Croácia 1 004 1 011 0,70% Dinamarca 2 005 1 764 -12,02% Eslovénia 1 358 1 103 -18,78% Espanha 9 338 7 699 -17,55% Estónia 554 494 -10,83% Esvoláquia 1 244 1 436 15,43% Finlândia 1 605 1 606 0,06% França 35 731 36 396 1,86% Grécia 1 259 1 667 32,41% Holanda 2 861 3 151 10,14% Hungria 4 093 2 793 -31,76% Irlanda 2 133 2 078 -2,58% Islândia 163 150 -7,98% Itália 20 119 17 534 -12,85% Letónia 753 651 -13,55% Lituânia 1 387 1 014 -26,89% Luxemburgo 262 247 -5,73% Moldova 1 599 995 -37,77% Noruega 2 799 2 568 -8,25% Polónia 11 733 10 276 -12,42% Portugal 3 030 2 550 -15,84% Reino Unido 12 987 13 304 2,44% Sérvia e Montenegro 2 457 2 293 -6,67% Suécia 2 347 2 248 -4,22% Suíça 2 099 2 165 3,14% Total 166 247 158 094 -4,90% Abaixo de 49 cv 26 518 26 240 -1,05% Acima de 50 cv 139729 131854 -5,64% TOTAL DE MATRÍCULAS DE TRATORES NA EUROPA, POR PAÍS 23 maio/junho 2024 abolsamia
OOS
e Herzegovina
3 348 2 776 -17,08%
SÉRIE 5M
FINANCIAMENTO SÉRIE

nas classes de potência maiores, a partir de 38 kW, em comparação com o ano anterior. É claramente visível um abrandamento nos números do registo de tratores alemães a partir do segundo semestre de 2023.

Em FRANÇA, as primeiras matrículas de tratores agrícolas aumentaram 2% em 2023, em comparação com 2022, para as 36.396 unidades (eram 35.731 em 2022). Este é o nível mais alto desde 2014. Os tratores convencionais tiveram um aumento percentual de 4%. Os carregadores telescópicos (que não estão incluídos no valor dos tratores agrícolas) e os tratores de espaços verdes também tiveram um bom desempenho, com aumentos de 4% e 2%, respetivamente. Em contrapartida, as primeiras matrículas de tratores para vinhas e pomares diminuíram 11% em relação ao ano anterior, tal como os tratores de plataforma, para vinhas (-25%).

Em ITÁLIA, a situação económica desfavorável, combinada com o atraso nos incentivos públicos para a aquisição de máquinas agrícolas inovadoras, abrandou o mercado nacional de

tratores em 2023. Isto após os elevados volumes de vendas registados nos dois anos anteriores. Os dados de registo revelaram uma queda de 13 % para os tratores, afetando principalmente os tratores dos 57 aos 130 kW (77-177cv) (-23 %) e os de mais de 130 kW (-14 %) de potência. As categorias de baixa potência, dos 20 aos 56 kW (25 a 75 cv), registaram uma menor contração (-5%). A gama de potência 0-19 kW registou um aumento de 63% das matrículas. Esta tendência positiva nos pequenos tratores deve-se, em parte, a uma recente alteração do Código da Estrada, que permitiu aos agricultores não profissionais registar máquinas agrícolas.

No REINO UNIDO, o número total de tratores agrícolas matriculados em 2023 foi 2% superior ao do ano anterior. Depois de ter crescido quase 5% no primeiro semestre do ano, o mercado registou um ligeiro declínio no segundo semestre e, em particular, no último trimestre (-7%). Com exceção do ano de 2020, afetado pela pandemia, o mercado britânico de tratores tem-se mantido estável nos últimos tempos, com os registos a ficarem entre as 13.000 e 14.100 unidades em seis dos últimos sete anos. O crescimento em

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2023 registou-se principalmente na parte superior e inferior das gamas de potências, com mais 15% de máquinas com mais de 118 kW (160 cv) e mais 8% com menos de 66 kW (90 cv), mas com menos 13% entre elas. Dadas as perturbações na cadeia de abastecimento dos anos anteriores, estas tendências podem refletir tanto a disponibilidade de máquinas de diferentes potências como a procura das mesmas. Com o crescimento principalmente no topo da gama de potências, a potência média dos tratores agrícolas registados em 2023 aumentou para 116 kW (157,7 cv), mais de 3 kW (4 cv) do que em 2022 e batendo o recorde anterior, que foi estabelecido em 2020.

Em ESPANHA, o mercado de tratores atingiu o nível mais baixo alguma vez registado devido ao impacto de diversas variáveis. A forte seca de 2023 provocou uma queda do valor das culturas arvenses, mas esta fez-se sentir principalmente no mercado dos tratores usados (-5%). O registo de ATV, UTV e carregadores telescópicos (considerados substitutos de tratores) aumentou 11%, mas o número total de 1.069 unidades não é suficiente para justificar a redução de cerca de 1.500 unidades no mercado de tratores

Europa
24 abolsamia maio/junho 2024
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desde 2022 (-18%). Para compreender melhor o declínio, é necessário distinguir entre os mercados de tratores normais e de tratores de via estreita (NTT). As matrículas de NTT diminuíram 36 % em 2023, devido à implementação da nova fase de emissões de gases de escape, enquanto as matrículas de tratores convencionais diminuíram apenas 3 %. A implementação dos subsídios para a promoção de tecnologias de agricultura de precisão teve um papel fundamental na procura de tratores em 2022 e 2023, uma vez que muitos agricultores adiaram as suas compras enquanto aguardavam os subsídios que representavam quase metade do investimento. O segundo lote de subsídios lançado em meados de 2023 teve um impacto no segundo semestre, embora o mercado parecesse recuperar durante esses meses devido ao registo de unidades subsidiadas em 2022.

Na POLÓNIA, e ao longo de 2023, foram registados 10.300 novos tratores. Este valor foi 12% inferior ao de 2022, quando o número de novas máquinas agrícolas registadas foi de 11.700. Pode ser observada uma tendência óbvia de descida entre as novas máquinas agrícolas, uma vez que 2022 também registou números

inferiores aos de 2021 - um ano recorde. O agravamento da situação e as previsões pessimistas do futuro no setor são o resultado, entre outras coisas, do aumento dos preços da energia, da inflação, da incerteza relacionada com a guerra na Ucrânia e das dificuldades de venda de produtos agrícolas (por exemplo, cereais). A Lei dos Empréstimos Lombard, adotada apressadamente na primavera de 2023, criou obstáculos adicionais para os agricultores, o que induziu o caos no mercado de venda de máquinas agrícolas novas, impossibilitando em grande medida o seu aluguer.

Na BÉLGICA, as matrículas de tratores agrícolas atingiram um total de 2.788 unidades, o que representa menos 8% do que em 2022 (fonte: Fedagrim). Este declínio pode não ser anormal, uma vez que 2021, alimentado pela pandemia, foi um ano recorde em termos de vendas em todas as gamas de potência. Por conseguinte, parece que o mercado está a ajustar-se e a regressar ao nível anterior ao boom, após um período de saturação. Além disso, uma comparação com os anos anteriores mostra que as vendas em 2023, embora tenham diminuído quase 300

unidades em comparação com 2022, são semelhantes às observadas em 2018 e 2019, antes da pandemia de COVID-19. O mercado de tratores registados com mais de 37 kW (50 cv) caiu 11%, mas a diminuição dos registos de tratores com menos de 37 kW não foi tão significativa, com uma queda de 6,5%. No entanto, tal acontece após uma diminuição de 20% entre 2021 e 2022. Vale a pena notar que estes modelos não são registados de forma consistente; os tratores que não são utilizados em estradas públicas (apenas em propriedade privada, por exemplo) não são registados junto das autoridades e, por conseguinte, não aparecem nas estatísticas. A indecisão do governo regional da Flandres relativamente à questão do “azoto” criou muitas incertezas.

Este facto constitui uma explicação adicional para o declínio das vendas.

Nos PAÍSES BAIXOS, em 2023, foram registados 2.662 tratores junto do Fedecom através dos canais oficiais dos importadores de tratores. Isto representa mais 6 % do que em 2022. Tal significa que assistimos a um pequeno crescimento para tratores acima de 45 kW (60 cv) nos últimos quatro anos.

No segmento compacto (<45KW) 61 cv, o número oficial é de 761 tratores, o que constitui um crescimento pelo sexto ano consecutivo. Os números do segmento compacto são inferiores ao total, uma vez que nem todas as empresas participam nas estatísticas do Fedecom. O aumento do número de tratores de potência superior a 45 kW é notável, tendo em conta as más condições do mercado. A incerteza no setor agrícola, a falta de clareza da legislação e dos regulamentos e a ausência de uma política clara no que diz respeito ao azoto, por exemplo, não estão a ter uma influência positiva nos números das vendas.

O mercado de tratores agrícolas na ÁUSTRIA, que ainda se encontra numa boa situação, diminuiu 7% em relação a 2022, mas continua a ser substancialmente mais elevado do que no ano pré-Covid de 2019. Os materiais e inputs necessários para o fabrico de tratores estão, novamente, mais disponíveis e os preços ainda estão a subir, mas em menor grau. Isto significa que o mercado regressou a uma situação mais normal, mas, com os rendimentos agrícolas reduzidos, só foi possível repercutir os aumentos de preços nos clientes de forma limitada.

Em 2023, foram registados 77.901 tratores na TURQUIA. As vendas de tratores aumentaram 16 % em comparação com 2022 e foram 54% superiores, em comparação com a média do período compreendido entre 2018-2022. As taxas de juro subsidiadas dos empréstimos agrícolas, que são baixas em comparação com a elevada inflação na Turquia, afetaram positivamente a procura de tratores nos primeiros três trimestres do ano. Para além da procura normal, a preocupação de que os preços aumentem ainda mais num ambiente em que a inflação elevada continua, antecipou as decisões de compra de tratores. Embora isto tenha, naturalmente, afetado a procura de forma significativa, os problemas do lado da oferta de tratores impediram que esta satisfizesse a procura. Este facto aumentou significativamente a procura de produtos importados, que respondem mais rapidamente à procura. Devido ao aumento das taxas de juro dos empréstimos e às difíceis condições de empréstimo no último trimestre do ano (exceto em dezembro), registou-se uma contração no mercado interno desde setembro.

Mercado europeu de equipamento para culturas arvenses e proteção de culturas em queda em 2023

De acordo com informações preliminares recolhidas pela CEMA, a Associação Europeia de Maquinaria Agrícola, o volume de mercado de equipamentos para culturas arvenses e proteção de culturas deverá ascender a 4,70 mil milhões de euros em 2023. Tal representa um decréscimo de cerca de 3% em relação ao ano anterior (2022), com -5% para o segmento de equipamentos de sementeira, fertilização e proteção de culturas e -2% para equipamentos de trabalho do solo.

A situação atual e esperada do mercado foi discutida na reunião anual dos três grupos de produtos da CEMA - equipamento de trabalho do solo, semea-

dores e espalhadores de fertilizantes, e proteção das culturas - que teve lugar em Hasbergen, na Amazonen-Werke H. Dreyer.

O sector da maquinaria agrícola no seu conjunto registou um crescimento constante de 2021 a 2023, mas prevê-se um declínio em 2024 que poderá atingir -10% do volume de mercado. Uma forte tendência descendente já observável desde o quarto trimestre do ano passado.

Para além dos efeitos ainda visíveis da crise da COVID-19, estão a surgir vários desafios do lado da procura no sector. A nova política da PAC, os protestos dos agricultores, a volatilidade dos mercados e as elevadas taxas de juro são fatores que têm um impacto

Mercados
VOLUME DE MERCADO DE EQUIPAMENTO PARA AS CULTURAS ARVENSES NA EUROPA in Mrd. Euro
Proteção de Culturas 1,97 2,07 1,93 1,66 2,73 2,78 2,48 2,03 Equipamento para trabalho do solo 2023* 2022 2021 2020 Fonte: CEMA, VDMA * preliminar
Sementeira, Fertilização,
26 abolsamia maio/junho 2024
(Mil milhões de euros)

negativo na vontade de investir dos agricultores. Outros ajustamentos dependerão da evolução dos mercados de clientes finais.

A forte participação na reunião deste ano dos grupos de produtos CEMA confirmou a boa cooperação e o crescimento constante da rede. Um total de 47 representantes de empresas participaram na reunião. Os grupos também deram as boas-vindas a duas novas empresas participantes: DCM Spreaders e Unia. Além disso, as empresas Einböck e Pöttinger puderam alargar a sua participação aderindo a um Grupo de Produtos adicional.

O VOLUME DE MERCADO DE EQUIPAMENTOS PARA CULTURAS ARVENSES E PROTEÇÃO DE CULTURAS

Durante a reunião deste ano, Dirk Hollinderbäumer (LEMKEN GmbH & Co. KG) foi reeleito presidente do Grupo Europeu de Produtos para Equipamentos de Trabalho do Solo. Os outros dois grupos elegeram novos presidentes: Christian Gall (Amazonen-Werke H. Dreyer SE & Co. KG) é o novo presidente do Grupo Europeu de Produtos para Semeadores e Espalhadores de Fertilizan tes, e Dirk-Jan Stapel (Kverneland Group Nieuw-Vennep BV) é o novo presidente do Grupo Europeu de Produtos para Pulverizadores.

Os grupos de produtos CEMA são compostos pelos principais fabricantes europeus de equipamento para agricultura arvense, colheita de forragem e feno, bem como de tratores e ceifeiras-debulhadoras. A tónica é colocada numa avaliação conjunta do mercado com base em estatísticas específicas. Atualmente, cerca de 30 empresas de mais de 10 países europeus são membros dos grupos de produtos CEMA no domínio das culturas arvenses. O pré-requisito para a participação é ser membro de uma associação industrial nacional pertencente à organização de cúpula CEMA.

A CULTIVAR UM NOVO MUNDO

TRATORES COMPACTOS

Tratores de 18 a 26 cv, com e sem cabine.

INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

Trator elétrico de 27 cv e protótipo de trator a hidrogénio de 55 cv.

Soluções tecnológicas integradas de agricultura de precisão.

TRATORES UTILITÁRIOS

Tratores de 55, 65 e 75 cv, com e sem cabine.

www.sagar.pt

DEVERÁ ASCENDER A 4,70 MIL MILHÕES DE EUROS EM 2023, MENOS 3% EM RELAÇÃO A 2022.

Tendências e oportunidades do mercado mundial: o aumento da robótica agrícola

A World FIRA 2024 reuniu os peritos internacionais do setor da robótica agrícola. Fabricantes de robôs, agricultores e produtores, fornecedores de tecnologia, governos e legisladores, cientistas e consultores discutiram os avanços mais recentes e debateram as questões do setor. Um dos painéis de discussão tratou do tema das tendências e oportunidades do mercado, juntando um responsável por uma concessão agrícola um representante de um grande fabricante, e um jornalista especializado em robótica agrícola. Trazemos-lhe um resumo da discussão.

Com dezenas de modelos de robôs agrícolas já em atividade na Europa e no mundo (25 modelos em atividade em França, de acordo com o Observatoire des Usages Numérique en Agriculture), os participantes no painel partilharam as suas visões sobre os seguintes temas:

1. Análise de mercado: números-chave e tendências que impulsionam o mercado;

2. Concessionários: o seu papel fundamental no setor e os negócios potenciais (tipos

de culturas e funções);

3. Porque é que as start-ups de robótica agrícola são tão apelativas para os agricultores... e também o são para os industriais e os investidores?

Da mesa-redonda fizeram parte René Koerhuis, editor da revista Future Farming, Pierre Lavail, presidente do Grupo T3M –concessionário agrícola francês, e Thierry Le Briquer, responsável pelo desenvolvimento do negócio de frutas e legumes da CNH Industrial.

Qual é o estado atual do desenvolvimento e implementação de robôs agrícolas na Europa?

René Koerhuis, destacou o aumento gradual de robôs em trabalho na Europa e o crescimento exponencial previsto na oferta de soluções. “Em 2020 existiam 216 robôs no mercado, mas estima-se que sejam 2500 em 2032”, referiu. Thierry Le Briquer, da CNH Industrial, enfatizou a necessidade de soluções para fazer face à escassez de mão de obra, mas referiu também que o caminho a seguir quanto ao tipo de máquinas ainda não está claro. No entanto, “o cenário nas culturas perenes parece mais adiantado”, explicou. Já Pierre Lavail, enfatizou a necessidade dos concessionários de trabalharem com produtos estáveis (“sobretudo ao nível do stock disponível”), explicando que, apesar de já ter vendido dois, achar que “os robôs ainda não estão nesse patamar”. Esta opinião mereceu a oposição de René Koerhuis. Finalmente, Pierre Lavail explicou a diferença de modelo de negócio que pressupõe este tipo de tecnologia, “exige um modelo de negócio diferente, desde a venda ao pós-venda. Sentimos que precisamos de alterar a forma de distribuição neste tipo de produtos.”

Mundo
28 abolsamia maio/junho 2024

Que tipo de soluções poderemos ver nos próximos três anos?

Pierre Lavail, prevê maior adoção de tecnologia nas vinhas e destaca o crescimento da agricultura de precisão, embora reconheça que as soluções atuais podem não ser as mesmas daqui a cinco anos. “A agricultura de precisão continuará a crescer com equipas específicas nos concessionários, tal como na minha empresa. Temos 5 técnicos jovens e 1 vendedor em exclusivo nesta temática. Nesta fase a equipa ainda não é rentável, mas sabemos que temos de estar preparados para trabalhar este tipo de so-

luções tecnológicas porque vamos precisar dela daqui a 10 anos e temos de prepará-la já”. Thierry Le Briquer, observou o surgimento de novas tecnologias em culturas especializadas. “Ao contrário do passado, hoje vemos as principais inovações a surgirem nas culturas especializadas, como a vinha ou os pomares, e não nas culturas arvenses”. René Koerhuis destacou a importância de robôs e máquinas na colheita de frutas e na monda. “A colheita de frutos, a monda, no fundo, robôs que resolvam problemas de mão de obra. A monda é claramente um dos segmentos em maior crescimento, mas

a colheita robótica, que ainda está no início, tem atraído muitas start ups.”

Que tecnologias são consideradas prioritárias pelos fabricantes de robôs agrícolas?

Thierry Le Briquer, da CNH Industrial, destacou a importância de adaptar tecnologias e robôs para enfrentar os desafios da agricultura moderna, reconhecendo a necessidade de tempo para reinventar processos. “Tecnologias como a eletrificação ou machine learning têm vindo a ganhar cada vez mais espaço. Estamos concentrados em perceber como podemos adaptar estas tecnologias e robôs que aparecem ao nosso portfólio atual. É um trabalho que tem de ser conjunto com a rede de concessionários. Mas é necessário tempo porque é preciso reinventar um negócio muito antigo”, explicou. Pierre Lavail, do Grupo T3M, expressou confiança na adoção crescente de robôs e autonomia na agricultura, antecipando uma rápida evolução nos próximos anos. “Vendemos os nossos primeiros dois robôs no último ano. Tem funcionado

Robôs agrícolas em todo o mundo

A remoção de infestantes é a atividade mais automatizada em todos os tipos de culturas sendo o método de investimento mais popular

Assistência à colheita

de colheita

América do Norte Europa

Ásia-Pacífico

América do Sul

Resto do Mundo

CAGR de 24,3%

É esperado que o mercado global de robôs agrícolas atinja um valor de 40,1 mil milhões de dólares em 2028, com uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 24,3% durante esse período.

bem mas é um mundo novo. Daqui a cinco anos vamos dizer que nunca pensámos que esta evolução fosse possível”. René Koerhuis espera uma progressão mais rápida na adoção de robôs em diversas tarefas agrícolas, comparando com a trajetória gradual observada na ordenha robótica. “Os robôs de ordenha começaram há 32 anos na Holanda. Demorou 30 anos para se tornarem dominantes nas vacarias holandesas. Espero que não demoremos 30 anos a evoluir nos robôs para outras operações agrícolas”.

Como é que os fabricantes estão a lidar com os desafios de escala na produção e implementação de robôs agrícolas? Quais são esses desafios e como estão a ser abordados?

Thierry Le Briquer, enfatizou a necessidade de rapidez e busca por parcerias com start-ups para enfrentar desafios específi-

cos de diferentes culturas agrícolas, além de garantir estabilidade nos processos e confiança nos robôs. Além disso, referiu a importância do retorno do investimento (ROI) e da industrialização para viabilizar a adoção em larga escala, considerando a pressão social crescente por eficiência e rentabilidade. “Temos de tornar este um modelo de negócio estável em toda a cadeia. Acelerar e conferir confiança nos nossos robôs. Vemos a quantidade de start ups que desapareceram nos últimos anos e isso reforça a necessidade de estabilidade”. Pierre Lavail, destacou os desafios dos altos preços dos robôs e a importância de tecnologias disruptivas, como um robô para poda na vinha, que podem revolucionar o mercado. “Diria que o crescimento do mercado não será muito rápido. O custo de uma equipa para dar assistência a um robô é muito alto. Mas há robôs disruptivos, por exemplo, um robô para a poda na vinha, que seja estável e funcione,

pode mudar tudo de um momento para o outro”. O concessionário francês destacou também o papel dos concessionários na adaptação às necessidades dos clientes e na demonstração e aceitação das novas tecnologias, visando informar os agricultores sobre novas possibilidades. “Enquanto concessionários estamos a meio da cadeia de valor. A nossa principal tarefa é perceber as necessidades dos agricultores e passar essa informação aos fabricantes. 90% dos agricultores não quer mudar. Mudam por necessidade, como toda a gente. Temos de dizer-lhes que há novas formas de fazer as coisas”. René Koerhuis enfatizou o aumento da pesquisa e interesse em robôs agrícolas, aconselhando a indústria a seguir os agricultores pioneiros para entender o potencial de sucesso. Neste sentido, destacou ainda a importância da acessibilidade e da comunicação direta com os agricultores, ressaltando a realização de demonstrações como ferramenta essencial.

Mundo
2022 11.0 13.5 40.1 2023 2028 24.3%
PREVISÃO GLOBAL DO MERCADO DE ROBÔS AGRÍCOLAS ATÉ 2028 (EM MIL MILHÕES DE DÓLARES AMERICANOS) ATIVIDADES AUTOMATIZADAS [% DE QUOTA DE ENTREVISTADOS]
Colheita Colheita 35% Pré-colheita Sementeira Remoção de infestantes Corte/ Desbaste Outros cuidados com as culturas 33% 45% 27% 27%
Plataformas
Veículos autónomos terrestres Outros (por exemplo, recolha de imagens, irrigação) 33% 18% 27%
30 abolsamia maio/junho 2024
Fonte: Inquérito a agricultores, Western Growers, Roland Berger
REPRESENTAÇÕES CONCESSIONÁRIO Coruche Z. Ind. -Monte Barca, Lt.6 T. 243 678 041 Bombel Estrada Nacional 4, 42, T. 265 096 102 Estremoz - Sede Z. Ind. - Apartado 41 T. 268 337 040 Beja Z. Ind. - Rua Metal. Alentejana, 10 T. 284 329 278 Évora
Ind. de Almeirim, R. Artur Silva Barreiros, 7-8 T. 266 701 558 Ferreira do Alentejo Z. Ind. - Lote 23 T. 284 739 944 Muge Z. Ind. de Muge, Rua A - Lote 12 A - Nº 34 T. 263 151 608 ENVIROMIST® UNDAVINA-SPRAYDOME www.tractomoz.com geral@tractomoz.com COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS PARA AGRICULTURA E ESPAÇOS VERDES
Z.

JOSÉ SANTOS

VAI DEIXAR

MUITAS SAUDADES

Da Administração e colegas da Herculano

Com profunda tristeza e respeito, recordamos José Santos, o nosso dedicado Diretor Comercial para o mercado ibérico, que dedicou mais de 30 anos à nossa empresa Herculano e ao setor da Agricultura. José não só se destacou pelo profissionalismo e liderança, mas também pela proximidade e amizade que cultivou com os nossos clientes em Portugal e Espanha.

O seu compromisso com a marca e as pessoas refletiu-se em cada interação, consolidando a confiança e o respeito de todos que tiveram o prazer de conhecê-lo. A sua firmeza e ideias claras deixaram marcas que perdurarão.

Agradecemos ao José pela sua vida de dedicação à Herculano e aos nossos clientes. Será profundamente lembrado e continuará a inspirar-nos a todos.

Descanse em paz, amigo José.

Fazemos nossas as palavras sentidas da Herculano.

O amigo Zé Santos vai deixar muitas saudades.

STIHL CONSTRÓI FÁBRICA NA ROMÉNIA

Foram iniciados em março os trabalhos para uma nova fábrica da STIHL em Oradea, Roménia. O novo local abrigará uma nova instalação de produção de baterias e assinala um marco significativo na estratégia de crescimento da empresa alemã.

Arede internacional de produção, que já inclui operações distribuídas por sete países em quatro continentes, expande-se assim na Europa. Com um espaço de quase 47.000 metros quadrados está instalada num local com 147.000 metros quadrados. A produção regular está prevista para começar em setembro de 2025. A fábrica da ANDREAS STIHL POWER TOOLS S.R.L. em Oradea deverá empregar cerca de 700 pessoas até 2028.

“Atualmente fabricamos produtos a bateria

nas nossas fábricas em Langkampfen, Áustria; em Virginia Beach, nos EUA; bem como na China e na Alemanha”, disse o Dr. Nikolas Stihl, Presidente do Conselho Consultivo e do Conselho de Supervisão da STIHL, durante a cerimónia oficial de inauguração. “Também começaremos a fabricar ferramentas a bateria na nossa sede alemã em Waiblingen este ano e em Oradea a partir de 2025, melhorando significativamente a nossa competitividade no segmento de baterias.”

Construída como uma fábrica sustentável

Foi atribuída grande importância à sustentabilidade e à proteção ambiental no planeamento e construção da nova fábrica. Uma vez concluída, a instalação será certificada pelo Conselho Alemão de Construção

Sustentável (DGNB). A central dispõe de um sistema fotovoltaico e utiliza energia geotérmica para aquecer e arrefecer o edifício de escritórios, o que significa que o local é completamente independente dos combustíveis fósseis. O conceito prevê igualmente a utilização direcionada de telhados verdes.

ABOLSAMIA APOIA PAULO E RAFAEL CASEIRO NO RAID DA FERRARIA

Paulo Caseiro, um dos maiores orizicultores do país, competiu, juntamente com o seu filho Rafael, no Raid da Ferraria, uma das provas mais aguardadas do Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno, participando na Taça Yamaha YXZ1000R. Conhecidos pela sua paixão pelo desporto motorizado, Paulo e Rafael tiveram o apoio da revista abolsamia como parceiro nesta jornada. A Taça Yamaha YXZ1000R é uma competição que reúne pilotos talentosos e veículos de alta performance, proporcionando emoções intensas nas corridas fora de estrada.

Empresas
P ã p m o 1 P T Y MAHA YXZ 0 0 F n S t T2 ST CK 4 55 17 5 55 17 5 2 850 o C e RT PR Y MAH X 10 R F o Sp t TT2 S OC 5 25 28 5 25 28 0 30 0 5 :1 882 R C r PR AM HA X 1 00R F n p T 2 STO K 5 20 23 0 2 00 00 0 7 20 3 0 2 0 54 0 Afixado em Q ad o Of c l às 16 30 d 28 04 2024 L ís Met la O D r c o de P o a 36º RAID TT FERRARIA - FMP Classificação Oficial Final - YAM STOCK 5 90
32 abolsamia maio/junho 2024

HERCULANO ENTRA NO MERCADO ALEMÃO

AAlemanha junta-se, assim, aos mais de 20 países para os quais a marca exporta, nomeadamente, França, Bélgica, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

A Herculano anunciou em comunicado a entrada na Alemanha, um dos principais mercados agrícolas europeus. Esta decisão estratégica tem como objetivo dar continuidade à expansão internacional da Herculano fortalecendo, assim, a marca no mercado global.

“A Alemanha é um mercado que valoriza a qualidade e a inovação, atributos que temos vindo a apostar nos últimos anos. Estamos por isso confiantes que iremos corresponder às suas exigências” referiu Pedro Martins, Diretor Comercial do Mercado Externo da Herculano. A existência no portfólio da empresa de um vasto leque de equipamentos com Homologação Europeia, aprovados para a circulação em qualquer país europeu, foi um dos principais argumentos que contribuíram para a entrada da marca no mercado alemão.

MUDANÇA DIRETIVA DA CLAAS IBÉRICA

NOVO DIRETOR

NACIONAL DE VENDAS ASSUMIU FUNÇÕES

ACLAAS Ibérica nomeou Diego Urbina como novo Diretor Nacional de Vendas e Responsável de Recolha para o Sul da Europa, além de Country Manager de Vendas para a região ibérica. Urbina ingressou na empresa em 2012, ocupando várias posições, incluindo a função de Chefe de Zona e Country Manager na CLAAS Financial Services Espanha. Substitui agora José Ignacio Vega, que trabalhou por mais de 26 anos na empresa, desempenhando papéis importantes em Marketing, Vendas e Direção Geral. A CLAAS agradeceu a Vega e desejou sucesso a Urbina nas suas novas funções.

TOMIX, 100 ANOS DE UMA HISTÓRIA DE PAIXÃO E INOVAÇÃO

Tema de capa
34 abolsamia maio/junho 2024

A evolução da TOMIX ao longo destes cem anos de história foi impulsionada pela visão e resiliência da família fundadora, mas também pela permanente capacidade de inovar e de se adaptar às necessidades dos seus clientes. Hoje, já de mãos dadas com a JOPER, a TOMIX continua a liderar com soluções personalizadas e sustentáveis. O centenário da TOMIX é um testemunho magistral de uma incessante busca pela excelência e pela liderança no setor agrícola.

ATOMIX, situada em Torres Vedras, tem uma história rica que remonta à fundação da Casa Damião, em 1924, por Francisco Xavier Damião. Inicialmente uma modesta oficina de latoaria, a empresa cresceu graças ao empenho de Francisco e ao apoio da família, especialmente dos seus filhos. Enfrentando desafios como a Primeira Guerra Mundial e a pandemia de 1919, Francisco persistiu

na sua jornada, expandindo os negócios para o centro de Torres Vedras.

Com o passar dos anos, a Casa Damião evoluiu para além da latoaria, tornando-se numa indústria metalomecânica. A introdução de uma fundição artesanal e a fabricação de peças para pulverizadores impulsionaram esse crescimento. Os filhos de Francisco, Francisco Paulo e António Pedro desempenharam papéis essenciais, complementando-se com os seus conhecimentos nas áreas comercial e técnica. José Joaquim, o filho mais velho, fez um trabalho importante de campo com

demonstrações e formação técnica aos operadores e a filha, Maria Armanda, deu o seu contributo para a organização interna, administrativa e financeira da empresa.

Uma mudança crucial ocorreu em 1958, quando a empresa se transferiu para novas instalações na Rua Cândido dos Reis. Nesta nova “casa”, a TOMIX continuou a inovar, introduzindo equipamentos como esmagadores de uvas e bombas de trasfega. No entanto, o momento chave que ditou o futuro da empresa foi a introdução do atomizador motorizado, revolucionando o tratamento de doenças das plantas.

1961

A inovação no ADN da TOMIX

A Casa Damião afirmou-se definitivamente no setor agrícola graças a um importante equipamento destinado à fitopatologia (tratamento de doenças das plantas): o atomizador (ou pulverizador de dorso) motorizado. Estas máquinas vieram substituir os pulverizadores manuais, que eram menos eficientes e muito cansativos, principalmente para os agricultores com vinhas maiores. Uma inovação que proporcionou um melhor tratamento e reduziu drasticamente o tempo despendido com esta operação.

1924

Fundação

1961

O atomizador (ou pulverizador de dorso) motorizado

reportagem teve como base o livro que foi escrito pela STORICA.pt
1924
A primeira oficina de latoaria de Francisco Xavier Damião, na Ribaldeira.
35 maio/junho 2024 abolsamia
da Casa Damião, por Francisco Xavier Damião

Esta versão motorizada começou a aparecer no mercado no início dos anos 60. Vinha da Alemanha (Estugarda) e era da marca Solo. Era constituída por um chassis, um depósito para o produto e um ventilador acoplado a um pequeno motor a dois tempos (Ilo de 35 cm3).

Inspirada no cowboy Tom Mix (um ator de western de grande sucesso na era do cinema mudo norteamericano) a Casa Damião lançou o atomizador TOMIX, apresentando-o como o herói capaz de eliminar todas as pragas agrícolas.

1961

Linha de montagem dos atomizadores TOMIX

A adaptação à era do plástico também foi fundamental para a Casa Damião. A introdução deste material trouxe desafios, mas também oportunidades de inovação. A empresa investiu em novos moldes e tecnologias, garantindo a produção eficiente de depósitos, que se tornaram essenciais na agricultura.

A expansão para mercados estrangeiros, como Angola, Moçambique e Marrocos, solidificou a reputação internacional da Casa Damião. A produção de atomizadores adaptados às necessidades específicas desses mercados demonstrou a capacidade da empresa de atender às necessidades globais de diferentes clientes.

“Um bom produto está sempre vendido”. Máxima defendida por Francisco Xavier Damião e que perdurou até aos dias de hoje

1966

Pulverizador Canhão

Nos anos 60, o trator protagonizou a mecanização agrícola em Portugal, transformando profundamente os métodos de cultivo. Com características como o sistema de acoplamento de “três pontos”, os tratores tornaram-se mais acessíveis e, acima de tudo, versáteis. Nessa época, Portugal importava quanti-

UM BOM PRODUTO ESTÁ SEMPRE VENDIDO”. MÁXIMA DEFENDIDA POR FRANCISCO XAVIER DAMIÃO E QUE PERDUROU ATÉ AOS DIAS DE HOJE

dades apreciáveis de pulverizadores agrícolas de acoplamento a tratores, por não haver fabricantes no país. A TOMIX, aproveitou a oportunidade e iniciou o fabrico desse tipo de pulverizadores. Pensou-se, então, em aproveitar os atomizadores da Casa Damião, com os motores Solo, o que veio a acontecer mal a fábrica alemã deu o seu consentimento. Os atomizadores eram eficazes, mas cada um precisava de um homem para o operar. Além de que consumiam combustível e precisavam de manutenção. O ideal seria um pulverizador adaptado a um trator, para cobrir uma área maior e dar mais rendimento. António Pedro Damião, em parceria com um engenheiro técnico/desenhador, concentrou-se no projeto. A conceção técnica do equipamento era exigente e o processo foi demorado. Além de um ventilador, tinha uma bomba

1966

Demonstração do pulverizador pneumático para trator (300L) em vinhas arruadas, numa versão desenvolvida do modelo “Canhão”

Tema de capa
36 abolsamia maio/junho 2024

de alta pressão e bicos de aspersão, sendo necessário articular as rotações do trator com as do ventilador, através de uma caixa multiplicadora. Concluido o trabalho de conceção e desenvolvimento, nasceu outro marco importante na história da empresa: o “pulverizador canhão”. Este equipamento revolucionou o tratamento fitossanitário nas vinhas, consolidando ainda mais a reputação da TOMIX como especialista no setor.

1975

O êxito dos pulverizadores acoplados aos tratores foi enorme. A TOMIX estava em linha com os avanços mais recentes em matéria de pulverização. Por outro lado, a pulverização, sobretudo em áreas extensas de cultivo, assumiu contornos muito exigentes, mesmo ao nível dos procedimentos operacionais.

As turbinas Turbo-Dispersor Export surgiram como uma evolução necessária, reduzindo a deriva da pulverização no ar e oferecendo uma cobertura mais uniforme das plantas. A empresa aprimorou as suas máquinas para atender às exigências crescentes, incorporando técnicas avançadas (acréscimo de volume de ar e menos débito de líquido) e adaptando-se aos novos produtos concentrados. Depois das turbinas surgiu a necessidade de máquinas para outras áreas de cultivo, com barras dis-

persoras pneumáticas para a deservagem nas searas do trigo e da cevada ou para a pulverização do tomate, do milho ou da batata. Foram fabricadas de vários tamanhos, dos 10 aos 14 metros, que eram elevadas ou rebaixadas por sistema hidráulico, com bicos que pulverizavam através de jatos planos, com bombas de alta pressão.

A mão experiente de

A transformação da Casa Damião em Sociedade de Indústrias Metalomecânicas Xavier Damião, Lda., em 1970, sob a liderança de Francisco Xavier Damião, marcou uma nova fase na história da empresa. Com a participação dos cinco filhos de Damião, a empresa passou a chamar-se “Sociedade de Indústrias Metalomecânicas Xavier Damião, Lda.”

Cada filho detinha uma percentagem da empresa e os lucros eram reinvestidos para garantir o crescimento contínuo. Naquela época, a empresa empregava cerca de 54 pessoas.

Mais uma vez, o sucesso da TOMIX foi notável, consolidando-se como

1970

Na foto, Joaquim Agostinho no seu trator, com uma turbina TOMIX

Créditos da foto: Museu do Ciclismo

Joaquim Agostinho

líder no mercado português de equipamentos de pulverização agrícola em 1974. Nesse mesmo ano, a empresa oficialmente passou a adotar o nome TOMIX.

Francisco Paulo Damião assumiu, gradualmente, o controlo da empresa, adquirindo as quotas dos irmãos e destacando-se pela sua visão comercial e entendimento do mercado. Este viu a empresa prosperar durante o período económico favorável que se seguiu, especialmente com a entrada de Portugal na CEE em 1986.

Além dos equipamentos de pulverização, a TOMIX alargou sua linha de produtos para incluir máquinas de lavagem de alta pressão, em colaboração com a Interpump, um parceiro italiano. Essa colaboração duradoura resultou no desenvolvimento de várias máquinas de sucesso.

1976

Início do fabrico de lavadoras de alta pressão

A empresa continuou a evoluir, adaptando-se às exigências do mercado e investindo em tecnologia. Tal incluiu o desenvolvimento de turbinas dispersoras mais sofisticadas e máquinas para diferentes áreas de cultivo, como deservagem em searas e pulverização de diversas culturas.

Francisco Xavier Damião, em cima, e os seus filhos José Joaquim, Maria Arminda, Maria Ana, Francisco Paulo e António Pedro
37 maio/junho 2024 abolsamia

1964

Início do fabrico de

1984

Durante a década de 80, a TOMIX enfrentou mais um desafio significativo ao responder à necessidade dos produtores de milho por máquinas de secagem eficientes. Após análises e estudos das máquinas existentes no mercado, a TOMIX desenvolveu um protótipo próprio de secador de cereais, que se mostrou muito bem sucedido e levou ao desenvolvimento de modelos cada vez maiores e mais eficientes.

1997

Para garantir a continuidade e fortalecer a empresa, Francisco Paulo Damião optou por, em 1996, vender 75% da TOMIX ao Grupo JOPER, cedendo 25 % ao seu sobrinho, Paulo Damião. Essa decisão foi motivada pela falta de sucessores diretos e pelo desejo de manter a empresa dentro da família, ao mesmo tempo que estabelecia uma parceria com uma empresa respeitada e com uma boa relação de amizade. Após negociações e com

1997

Entrada da JOPER

Mário Pereira (2ª geração da JOPER), Jorge Pereira (3ª geração da JOPER) e Paulo Damião (3ª geração da TOMIX), assumem a nova gerência da TOMIX

Durante os desafios enfrentados nos primeiros anos da década de 90, a TOMIX optou por uma estratégia já testada com sucesso na década de 70: a abertura de filiais de distribuição. A partir de 1989, foram abertas várias filiais em parceria com revendedores locais, como a Pulvilava em Salvaterra de Magos, a Pulvisul no Algarve e a Beirajacto na Mealhada. Essas filiais desempenharam um papel crucial durante a crise, representando cerca de 20% das vendas da TOMIX em 1995 e gerando importantes fluxos financeiros. A Beirajacto também diversificou os seus negócios, importando produtos complementares da TOMIX na área da construção civil e limpeza industrial.

o apoio dos fornecedores, a TOMIX conseguiu ultrapassar efetivamente o ciclo difícil que enfrentava.

A JOPER, com sua experiência na negociação com bancos, planeamento de compras e controlo de produção, trouxe à TOMIX conhecimentos valiosos nestas áreas. Por sua vez, a TOMIX complementou as áreas de atuação da JOPER, resultando numa parceria mutuamente benéfica. Essa colaboração permitiu que ambas as empresas enfrentassem os desafios do mercado agrícola de forma mais eficaz e sustentável, consolidando a sua posição e impulsionando o seu crescimento futuro.

A venda à JOPER de viva-voz

“Em novembro de 1996, o Sr. Francisco Paulo Damião, que era amigo de infância do meu pai, desabafou que encarava a possibilidade de vender a TOMIX, mas que gostaria de manter na empresa o sobrinho, Paulo Damião. Naturalmente que o meu pai lhe terá manifestado a sua opinião, tendo o Sr. Francisco Paulo Damião dito: “vou vender e é a ti”. Esta afirmação foi encarada pelo meu pai (e por mim) como um desabafo, pelo que não a levámos muito a sério.

No final desse mês de novembro, o meu pai fez uma viagem a Moçambique em que também participava o Sr. Francisco Paulo Damião. Nunca, durante toda a viagem, foi tecido qualquer comentário sobre um eventual negócio. Quando os fui buscar ao aeroporto, o Sr. Francisco Paulo Damião disse-me: “Jorge, logo à tarde vai à TOMIX para dar-te as contas da empresa, porque a vendi ao teu pai”. De imediato, o meu pai apanhado de surpresa, referiu “Jorge não ligues, o Sr. Francisco Paulo está a brincar”. Certo é que o negócio se concretizou em 15 dias e no dia 31 de dezembro de 1996 estávamos a dirigir a TOMIX, mantendo o Paulo Damião como Gerente e Sócio.

Jorge Pereira, Presidente do Conselho de Administração do Grupo JOPER/TOMIX

Tema de capa
secadores de cereiais
38 abolsamia maio/junho 2024

A integração da TOMIX na JOPER representou um ponto de viragem importante para ambas as empresas. Enfrentando um passivo bancário significativo em 1996, a TOMIX encontrou na JOPER, e na determinação de Jorge Pereira, os recursos necessários para superar essas dificuldades.

Com a integração, a TOMIX e a JOPER passaram a partilhar muitos objetivos e estratégias, facilitando a reorganização administrativa, produtiva e comercial. A convergência de atividades resultou numa otimização dos serviços internos e numa maior rentabilidade para o Grupo como um todo. Os benefícios dessas sinergias foram rapidamente percebidos, com a TOMIX a ser reconhecida como PME Excelência no primeiro ano após a operação de integração, estatuto já adquirido pela JOPER anteriormente.

A consolidação do Grupo JOPER/ TOMIX trouxe uma nova dinâmica ao negócio, com cerca de 40% da produção voltada para o mercado externo. Especialmente relevante é a presença no mercado francês, que representa 25% da produção total, um valor notável atendendo à alta exigência deste nos setores da vinha e pomar. A participação em feiras agrícolas, como o Sitevi em Montpellier, contribui para a ampla visibilidade e reconhecimento que conquistou em território gaulês.

2004

O ano de 2004 marcou mais um ponto de viragem para a TOMIX, com o lançamento do pulverizador modelo Campo, atendendo à crescente procura dos produtores de hortícolas no Ribatejo e no Alentejo, especialmente devido ao aumento da cultura do tomate. Além disso, o desenvolvimento do sistema de pulverização de aspiração inversa e do modelo DTV Rhone, em 2006, foi crucial para consolidar a posição da empresa no mercado, especialmente em França.

2015

A evolução da TOMIX não se limitou apenas ao desenvolvimento de novos produtos, mas também às infraestruturas. Em 2016, a empresa mudou-se para instalações modernas em Casal de Chafariz Ameal, em Torres Vedras, um marco significativo na sua história. A cerimónia de inauguração contou com a presença do Presidente da República de então, Aníbal Cavaco Silva, marcando um momento de reconhecimento do crescimento e do sucesso da empresa.

2004

Fabrico de pulverizadores de aspiração inversa

O reforço de uma nova geração

A entrada da quarta geração da JOPER representada por Marta Pereira e Samuel Pereira, respetivamente, filha e genro de Jorge Pereira, na gestão da TOMIX traz uma nova dinâmica à empresa. Marta Pereira está envolvida na organização interna e na área administrativa e compras, enquanto Samuel Pereira concentra-se na evolução tecnológica dos produtos, explorando, entre outras, soluções relacionadas com a robótica em colaboração com diversos centros de desenvolvimento.

2015

Inauguração da nova fabrica

Apesar dos atuais desafios logísticos, especialmente no transporte de produtos volumosos, a TOMIX continua empenhada no desenvolvimento das exportações. O objetivo é aumentar a quota de exportação para 65%, mantendo 35% das vendas no mercado nacional.

39 maio/junho 2024 abolsamia
Marta Pereira e Samuel Pereira

Uma visão de futuro, com futuro

A TOMIX continua focada em desenvolver tecnologias inovadoras para enfrentar os desafios ambientais e atender às metas estabelecidas na Política Agrícola Comum (PAC). Pela mão de Samuel Pereira, a empresa intensificou a sua colaboração com centros de pesquisa e tecnologia, incluindo universidade, para promover a inovação e a competitividade. Entre outras soluções, a TOMIX está a explorar alternativas para reduzir o uso de pesticidas, como o controlo mecânico de ervas daninhas, e está a investir em automação para lidar com a escassez de mão de obra especializada. Nos últimos anos tem-se verificado um interesse crescente nas tecnologias que recorrem ao ozono para fins de esterilização e desinfeção, as quais visam inúmeras aplicações, inclusive na agricultura. Em 2021, em parceria com especialistas no tratamento de água por ozono, a TOMIX desenvolveu um sistema de pulverização em que o ozono é aplicado como fitossanitário. A tecnologia deste equipamento já mostrou que tem um enorme potencial e já provou que é eficaz e versátil.

2022

de precisão - SPIN

100 ANOS DA TOMIX

EM LIVRO

Uma data tão especial exige um testemunho à altura. Para comemorar o seu centenário, a Tomix irá lançar um livro alusivo à história da marca, desde a sua fundação até aos dias de hoje. Com 172 páginas, a obra (pela Storica) será apresentada no dia 4 de julho junto dos clientes nacionais e internacionais. Dada a forte presença da Tomix em França, o livro será lançado nas versões em português e em francês, sendo que a marca pretende ainda criar uma versão online.

Destaca-se ainda, em 2022, o lançamento do SPIN, uma solução inovadora para pulverização desenvolvida pela TOMIX em colaboração com vários centros de pesquisa. Este equipamento oferece uma abordagem mais eficaz para o combate a doenças como a estenfiliose (um fungo) da Pêra Rocha, reduzindo o desperdício e os custos, e minimizando os riscos para o operador.

2023

O lançamento do Robot SmartFarm em 2023, como parte do projeto SMARTFARM 4.0 liderado pela TOMIX, também destaca o compromisso do Grupo com a agricultura inteligente e sustentável, baseada nas tecnologias da Indústria 4.0.

Além disso, a produção de máquinas agrícolas está a tornar-se cada vez mais personalizada, com equipamentos adaptados às necessidades individuais de cada cliente. Essa abordagem “sob medida” está a substituir a produção em série em várias áreas, dando origem a produtos com maior valor acrescentado.

Pulverização 2023 Robot SmartFarm
2022
40 abolsamia maio/junho 2024
Tema de capa
O

reconhecimento do capital humano

O reconhecimento aos colaboradores com mais de 25 anos de casa na reunião de Natal de 2023 reflete a valorização do capital humano e a con-

tinuidade do compromisso do Grupo com os seus funcionários e com a inovação no setor agrícola. Já a reunião anual do Grupo JOPER, realizada em 5 de janeiro em Santa Cruz, marcou o centenário da TOMIX e reuniu cerca de 130 colaboradores. A administração expressou gratidão pelo profissionalismo e pela lealdade demonstrados ao longo dos anos, provando que, mesmo numa estrutura com estas dimensões, altamente eficiente e profissionalizada, as relações interpessoais são tidas como uma peça chave no sucesso do Grupo JOPER/ TOMIX.

2024 100 anos
2024
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E-RENT APOSTA NO ALUGUER DE EQUIPAMENTOS AGRÍCOLAS

O Entreposto Máquinas criou a E-Rent como empresa dedicada ao aluguer de equipamentos, com o objetivo de expandir a sua atuação para o setor de máquinas agrícolas e de construção, após décadas de experiência no aluguer de equipamentos de movimentação de cargas.

Frederico Mendes é o diretor da E-Rent. Anterior responsável da área de movimentação de cargas do Entreposto Máquinas, onde assumia também a responsabilidade da gestão da frota de aluguer, tem 12 anos de experiência associada ao mercado de aluguer de curta, média e longa duração.

m entrevista, Frederico Mendes, diretor da E-Rent, destaca as razões e as expetativas por trás desta iniciativa, bem como a experiência que traz para a gestão desta nova área.

Expansão para o setor agrícola

Com a crescente aceitação do aluguer no setor agrícola, impulsionada pela mudança de mentalidade sobre a posse dos equipamentos, a E-Rent vê uma oportunidade de crescimento. Segundo Frederico Mendes, a

Empresa em foco
E
42 abolsamia maio/junho 2024

noção tradicional de “propriedade” do trator está a mudar, tornando o aluguer ocasional uma solução cada vez mais apelativa para o setor. Com a sazonalidade característica da agricultura, o aluguer permite que os agricultores consigam executar os seus trabalhos periódicos sem necessitarem de investir num equipamento que passa grande parte do tempo parado.

Vantagens do aluguer

Além dos benefícios financeiros, como os custos controlados e a ausência de investimento inicial, a E-Rent destaca as vantagens operacionais do aluguer de equipamentos agrícolas. A manutenção incluída e a flexibilidade para responder a picos de trabalho são alguns dos benefícios citados. O diretor destaca que a capacidade de resposta em momentos críticos é essencial para a produtividade agrícola, especialmente em períodos de condições climáticas adversas que originam janelas de oportunidade para entrar no campo bastante curtas. “Neste ano, por exemplo, choveu até tarde e aquilo que normalmente se conseguia fazer em dois meses com um trator, passa a ter de ser feito apenas

A E-Rent já está a operar em todo o país, com uma frota composta por tratores Case IH entre os 75 e os 130 cv.

num mês. Neste caso, poder alugar um segundo trator resolve uma necessidade imediata”, exemplificou Frederico Mendes.

Oferta de equipamentos e assistência técnica

A E-Rent tem disponível uma frota de tratores Case IH entre 75 e 130 cv, convencionais e especializados, com uma variedade de implementos para atender a diferentes necessidades do setor agrícola. A empresa também oferece assistência técnica e suporte durante todo o período de aluguer, contando com a experiência e os serviços técnicos do Entreposto Máquinas, que possui uma rede de oficinas e técnicos em todo o país. Com equipamentos novos e bem mantidos, a empresa busca garantir o desempenho ideal das máquinas para os seus clientes. “Nas explorações agrícolas, o trabalho do agricultor não é reparar tratores, é produzir. O que ele vende são produtos agrícolas, não são tratores. Assim, o aluguer permite que o agricultor se foque apenas no seu negócio”, explicou.

Expetativas e pontos fortes

A E-Rent tem altas expetativas para o mercado de aluguer de equipamentos agrícolas, que tem previsto um crescimento de mais de 7% ao ano na Europa, superior a outros setores como a construção. A empresa destaca a regular renovação da frota e a qualidade dos equipamentos como fatores diferenciadores. A abrangência nacional da E-Rent, com assistência móvel que garante respostas rápidas em qualquer ponto do país, também é um ponto forte para atender às necessidades dos agricultores portugueses. Com uma abordagem focada no aluguer de curta, média e longa duração, a E-Rent pretende ser a solução ideal para as necessidades pontuais de equipamentos agrícolas, oferecendo orientação e assistência na escolha dos melhores equipamentos para cada caso. O diretor da empresa incentiva o planeamento antecipado para garantir a disponibilidade do equipamento, especialmente em períodos de campanha, quando a procura é maior.

43 maio/junho 2024 abolsamia

Robustos, eficientes, confortáveis e de elevada qualidade

SÉRIE P4000 | 110, 100 e 90 cv

• Motor turbo intercooler com reserva de binário elevado e uma transmissão 18+18 mudanças

• Creeper e inversor sincronizado

• Fácil manuseamento de alfaias

• Transmissão robusta

Simples, compactos, fiáveis e robustos

75, 50, 40 e 25 c

• Transmissões de 16 e 24 velocidades

• Bloqueio do diferencial traseiro

• TDF 540/1000 rpm.

• Ideais para uso particular e pequenas explorações agrícolas.

Mini escavadoras

LOVOL FR18E2-u

Uma escolha acertada, uma máquina compacta que prima pela fiabilidade, flexibilidade e eficiência como garantia da sua performance. A máquina ideal para o mercado europeu equipada com componentes de referência: motor YANMAR de 3 cilindros, bomba NACHI, motor de rotação EATON, entre outros.

divisaoagricola.autoindustrial.pt

Veja aqui todas as fotos da reportagem

50.000 PESSOAS NA 56ª EDIÇÃO DA AGRO

A edição de 2024 da AGRO – Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimentação, decorreu entre os dias 21 e 24 de março no Altice Forum Braga. Esta edição contou com mais de 25.000 m² de exposição, 200 expositores e 50.000 visitantes.

Aproveitando as valências do Altice Forum Braga, a AGRO apresentou um vasto e diversificado programa de conferências e seminários, mas, também, um espaço dedicado a demonstrações, apresentações e degustações. O certame contou ainda com os tradicionais concursos pecuários, que decorreram no interior do pavilhão num ringue com 300 m².

A AGRO juntou os principais agentes do setor: agricultores, criadores de

gado (raças autóctones e outras do setor agropecuário), produtores, importadores, armazenistas e revendedores dos setores agroalimentar e pecuário, especialistas nacionais e estrangeiros dos vários setores e público em geral. No total foram 200 expositores e 50.000 visitantes.

Esta é uma das mais importantes feiras de agricultura do Noroeste

A área de exposição de máquinas agrícolas concentrou grande parte das atenções do público.

Peninsular, sendo mesmo o mais relevante certame dedicado à agricultura, pecuária e alimentação do Norte de Portugal, e a única feira portuguesa a integrar a Eurasco – European Federation of Agricultural Exhibitions and Show Organizers. A AGRO faz ainda parte das feiras acreditadas pela UFI –The Global Association of the Exhibition Industry.

56ª AGRO
45 maio/junho 2024 abolsamia

NOVIDADES NA AGRO: VAIA, FARESIN, BERTI E PÖTTINGER

A Vaia, fabricante italiana de cisternas e reboques, é agora representada em exclusivo pela Tractorave em Portugal. Em destaque na Agro esteve uma cisterna altamente equipada e dois monocoque com certificação europeia. No que toca à Faresin, foram apresentadas inovações em unifeeds e carregadores telescópicos. A Berti, especialista em trituradores, também passa a ser representada a nível regional pela Tractorave. Finalmente, na Pöttinger, o destaque foi a nova charrua Servo 3000.

Os três equipamentos Vaia presentes na Agro foram um dos destaques do evento.

Vaia

A marca da qual a Tractorave é, desde o início de 2024, o importador exclusivo para o mercado português, foi a principal novidade trazida pela Tractorave à Agro. Especializada no fabrico de reboques e cisternas, destaca-se pela qualidade na construção e quantidade de equipamento que incorpora nos seus modelos. “É uma marca líder no seu país de origem no que toca ao fabrico de cisternas e reboques”, explicou Edgar Vasconcelos, gerente da Tractorave. Na Agro a Tractorave mostrou uma cisterna de 26.600 litros de capacidade, de três

eixos com alinhamento eletrónico, suspensão hidraulica, lubrificação centralizada automática, braço lateral de pesca com acelarador de carga com dupla entrada e bomba jurop lóbulos com duplo filtro, entre outros. Também no evento estiveram dois reboques monocoque, um com seis metros de comprimentos de caixa e 35 m3 de capacidade e outro com oito metros de caixa e 46 m3 de capacidade (ambos com os taipais suplementares com que estavam equipados). Todos os equipamentos Vaia contam com certificação europeia.

Tractorave www.tractorave.pt Tlf: 252 669 050
Site
46 abolsamia maio/junho 2024
Exposto no stand da Campicarn.

Faresin

A principal atração no que toca aos equipamentos da Faresin foi o unifeed automotriz Leader PF1 1.14 Ecomix Compact. Uma máquina que mantém a capacidade de mistura (14 m3) mas com dimensões reduzidas. Este unifeed conta ainda com o moinho picador para processamento da fibra e pode também ser equipado com um sistema NiR na tolva. Além do PF1, a Tractorave teve também em exposição um unifeed rebocado vertical PF2 2.20 Plus. Ainda na parte do stand dedicada à Faresin, encontrava-se o telescópico FS 9.32 Compact Excellence.

A TRACTORAVE PROCURA DISTRIBUIDORES PARA AS SUAS REPRESENTADAS

Berti

Desde janeiro de 2024 que a Tractorave é a representante regional da marca Berti. “É um produto com grande implementação no nosso mercado, que oferece uma gama completa de trituradores para floresta, vinha e campo aberto, e com vários níveis de equipamento”, explicou Edgar Vasconcelos.

Pöttinger

A Tractorave, distribuidor exclusivo da marca para a zona Norte de Portugal (acima de Aveiro) levou ao evento a gama de equipamentos com maior procura no mercado português. O principal destaque foi a estreia em solo nacional da nova versão da charrua Servo 3000, que conta com um sistema non-stop melhorado.

A gama da Pöttinger que a Tractorave levou ao evento minhoto. FS 9.32 Compact Excellence e o unifeed rebocado vertical PF2 2.20 Plus. Gama de equipamentos Berti em exposição na Agro.
56ª AGRO
Em primeiro plano o unifeed automotriz Leader PF1 1.14 Ecomix Compact. Equipa comercial da Tractorave.
47 maio/junho 2024 abolsamia

A AGRO EM 2 MINUTOS

DESTAQUES NAS MÁQUINAS AGRÍCOLAS

Explorando os avanços tecnológicos que impulsionam o setor agrícola, visitámos a Agro, em Braga, revelando os principais expositores de máquinas agrícolas que marcaram presença. De implementos tradicionais a inovações de ponta, cada stand ofereceu um vislumbre do futuro da agricultura, destacando a diversidade e a evolução contínua do mercado. Descubra as empresas e os produtos que moldaram o cenário agrícola no certame minhoto.

16 Irmãos ADJ Agripalmeira Dieci Portugal Brás & Vasconcelos Ascendum Máquinas FAM Agroramoa
48 abolsamia maio/junho 2024
Entreposto Máquinas
56ª AGRO
Ferreira & Certal e Nordeste Máquinas Mecagriminho Stagric R Tratores Moviter Torre Marco Maciel - Máquinas Agricolas, Lda Lopez Garrido
49 maio/junho 2024 abolsamia
Hitraf

OVIBEJA COMEMOROU

A 40ª edição da Ovibeja, realizada de 30 de abril a 1 de maio de 2024, foi mais do que uma simples feira agrícola. O evento, que teve como tema central “40 anos de Associativismo”, celebrou uma história de quatro décadas de união, cooperação e progresso no setor agrícola português. Com mais de 500 expositores e muito público, a Ovibeja mostrou, mais uma vez, por que é um dos eventos mais importantes do calendário agrícola em Portugal.

OParque de Feiras e Exposições Manuel de Castro e Brito, em Beja, foi o palco desta edição histórica, que contou com espaços renovados e atrativos, uma grande exposição ilustrativa do percurso realizado pela feira ao longo dos anos, e iniciativas que cativaram a atenção de profissionais e entusiastas do setor.

Nesta edição especial, destacamos as reportagens feitas durante a Ovibeja e as empresas que marcaram presença no evento. Ao longo destas páginas, vamos explorar a dinâmica da 40ª Ovibeja, conhecer as empresas e os equipamentos mais inovadores e ouvir a voz dos especialistas do setor. O associativismo, que tem sido uma força motriz por trás da organização da Ovibeja, é também uma ferramenta poderosa para a salvaguarda dos interesses agrícolas e florestais,

Conferências, Seminários e Mesas redondas fizeram parte do programa da Ovibeja.

50 abolsamia maio/junho 2024
Veja aqui todas as fotos do evento

Muitas foram as empresas de máquinas que mostraram os seus produtos durante o evento.

Nos 5 dias do evento houve demonstrações de pastoreio da responsabilidade do Clube Cinófilo do Alentejo.

garantindo a continuidade de um setor vital para a economia e para a cultura do país.

A afluência de público, mesmo durante a semana, superou as expetativas, reforçando a importância do evento para a comunidade agrícola. A Ovibeja 2024 provou ser um ponto de encontro onde tradição e inovação se encontram, onde agricultores, fabricantes e consumidores se reúnem para celebrar a agricultura e trabalhar pelo seu futuro.

Convidamo-lo a explorar as reportagens e a descobrir como foi a 40ª Ovibeja. Bem-vindo à Ovibeja 2024!

51 maio/junho 2024 abolsamia

Inovações no transporte agrícola

A Herculano marcou presença na Ovibeja, uma das feiras agrícolas nacionais de referência. Conversámos com Ricardo Teixeira, administrador da Herculano, para conhecer os destaques do stand da empresa: o contentor H-Box e o reboque elevatório multifunções.

Contentor H-Box

O H-Box surgiu a partir de um pedido de um cliente francês, a Mat Anjou, que necessitava de um contentor para o transporte de cereais. “Percebemos rapidamente que este novo produto iria colmatar uma necessidade generalizada dos nossos clientes, já que é adequado para a utilização em tratores ou camiões”, explicou Ricardo Teixeira. O H-Box

destaca-se pelo fácil manuseamento, graças ao seu sistema de gancho frontal. Além disso, o ADN agrícola da Herculano também é uma vantagem do H-Box, como explicou o administrador. “Por regra, os fabricantes deste tipo de solução vêm do setor dos transportes ou da construção, enquanto que as nossas raízes são agrícolas pelo que muitas das características do H-Box são inspiradas nos nossos monocoques e refletem o nosso ADN agrícola”

Este contentor é ideal para trabalhos agrícolas e de construção, com uma caixa cónica que facilita a descarga. “É um sistema bastante simples que trabalha no ampliroll do reboque do trator ou do

OVIBEJA

Ricardo Teixeira, administrador da Herculano, e Manuel Carrasqueira, gerente da Irmãos Luzias: Ovibeja

“Sentimos que apesar da desmobilização de algumas marcas da presença em feiras, estarmos na Ovibeja é essencial pela relação com os nossos parceiros. Este tipo de feiras tem uma importância fundamental para o seu negócio e, por consequência, também para o nosso”. – Ricardo Teixeira, administrador da Herculano.

camião e que permite uma descarga muito rápida. É uma solução altamente testada nomeadamente em mercados externos, onde já é bastante utilizada”, explicou Ricardo Teixeira. Está também preparado para integrar taipais suplementares, aumentando a sua capacidade. A versão apresentada na Ovibeja tinha 20 m³, mas há versões com capacidades inferiores ou superiores (até 24 m3). A porta hidráulica é outro opcional, para uma maior versatilidade de operação. O H-Box pode ser utilizado tanto com tratores como com camiões, tornando-se uma solução flexível para várias aplicações. “Escolhemos apresentar o H-Box aqui na Ovibeja para mostrarmos aos agricultores que é possível otimizar através da utilização de uma solução diferente do reboque convencional, mas que permite fazer com um trator único várias cargas”, referiu Ricardo Teixeira.

A ideia do H-Box nasceu e foi desenvolvida com feedback contínuo

Por Sebastião Marques e Bruno Meneses
Site
Herculano www.herculano.pt
52 abolsamia maio/junho 2024

de parceiros estratégicos. “Esta interação com os clientes ajuda a Herculano a identificar oportunidades de novos produtos que realmente atendam às necessidades do mercado”, explicou.

Reboque elevatório multifunções versão 2.0 O reboque elevatório multifunções da Herculano foi apresentado pela primeira vez na edição de 2023 da Ovibeja, e agora surge a versão 2.0 com melhorias significativas. Projetado para a colheita de frutos secos, o reboque também atende a outras necessidades agrícolas.

Uma das principais características é a plataforma intermédia que trabalha de forma independente do chassis inferior, permitindo uma grande amplitude de basculamento. Com capacidade de 9 m³ (a anterior ficava-se pelos 7 m3), uma caixa em inox basculante à retaguarda, e circuitos hidráulicos independentes, o reboque eleva o padrão de qualidade para este tipo de equipamento.

A plataforma intermédia trabalha de forma independente do chassis inferior, permitindo uma grande amplitude de basculamento.

Ricardo Teixeira explicou que a crescente produção de frutos secos no Alentejo e a análise ao mercado justificaram o desenvolvimento do reboque elevatório multifunções. Com um preço competitivo, a Herculano espera que este produto seja bem recebido pelos agricultores e traga soluções inovadoras para a região.

O reboque elevatório oferece uma capacidade de carga maior que a versão anterior, e a sua caixa em inox proporciona uma durabilidade superior. “A caixa em inox, que nos diferencia tanto face à versão

anterior como face à concorrência, permite o transporte de produtos alimentares e é uma alternativa à utilização da tinta alimentar, conferindo muito maior durabilidade e resistência”, resumiu o administrador da empresa. A variedade de rodas também é uma novidade, permitindo configurações adicionais.

A apresentação do reboque elevatório na Ovibeja foi um momento chave para a Herculano, que pretende solidificar a sua posição como líder em equipamentos agrícolas inovadores.

53 maio/junho 2024 abolsamia

Agro 121: Tecnologia agrícola em destaque na Ovibeja

Uma das empresas que se destacou na edição deste ano foi a Agro 121. Criada em 2015 e com sede em Beja, comercializa uma gama diversificada de produtos e serviços para o setor agrícola. Gerida por David Simão, a Agro 121 trouxe à feira marcas do Grupo Same-Deutz-Fahr, do Grupo Joper Tomix, a Serrat, JCB e Loncin, além de serviços pósvenda completos e um histórico de excelência no atendimento ao cliente.

Entre os destaques da Agro 121 na Ovibeja estavam os tratores da Same-Deutz-Fahr, cobrindo uma gama de potência entre 80 e 130 cavalos e as alfaias da Serrat que se mostram especialmente úteis para as operações em pomares, amendoais e olivais. A empresa também apresentou os ATV’s e UTV’s da LONCIN, uma novidade para a Agro 121 nesta edição da feira, destacando a versatilidade destes veículos para uso agrícola e recreativo.

A presença na Ovibeja foi uma oportunidade crucial para a Agro 121 manter o contato com clientes e estabelecer novas relações comerciais. David Simão destacou a importância do evento para a empresa: “Estar na Ovibeja é um momento de afirmação do nosso compromisso com a região. Para nós, é um orgulho e um privilégio fazer parte desta feira.”

Além da exposição de equipamentos, a Agro 121 oferece

serviços de pós-venda abrangentes que incluem manutenção mecânica e elétrica, transporte de equipamentos e até tratores de substituição para clientes que precisam de suporte durante reparações. “Temos um serviço pós-venda muito completo para assegurar o bom funcionamento das máquinas”, afirmou David Simão.

A juntar à oferta de produtos e serviço de excelência, a Agro 121 tem-se apercebido das tendências de mercado e das expectativas dos seus clientes com parcerias a nível de financiamento, quer as clássicas de leasing ou crédito, quer soluções inovadoras, como o aluguer operacional, acompanhando as necessidades efectivas dos seus clientes. No final, a participação na Ovibeja serviu para a Agro 121 reforçar a sua posição como uma referência da maquinaria agrícola na região do Alentejo. Como David Simão resumiu: “O lema é estarmos aqui para esclarecer, mostrar e oferecer o que temos, mas sem esquecer o convívio e a confraternização.” Com essa abordagem, a Agro 121 consolidou o seu papel como parceiro de confiança para os agricultores da região.

Equipa da Agro 121 na Ovibeja.
Agro121 www.agro121.com Site
54 abolsamia maio/junho 2024

Noblelift e Case IH na Ovibeja

A Irmãos Luzias passou a representar a marca de empilhadores Noblelift no Baixo Alentejo, uma parceria que surgiu após um desafio do Entreposto Máquinas, representante da Noblelift em Portugal. A empresa aproveitou a 40ª Ovibeja para apresentar os equipamentos da marca, escolhendo um stand interior devido à natureza elétrica dos empilhadores.

Noblelift

- Empilhadores para o Baixo Alentejo Na Ovibeja, foram apresentados quatro modelos da vasta gama da Noblelift, com destaque para o N30 e o N16. O modelo N30 é um empilhador de quatro rodas com capacidade de elevação de 3 toneladas e mastro triplex de 4,80 metros, ideal para cargas pesadas. Já o N16 é mais compacto, com capacidade de 1,6 toneladas e duas rodas gémeas, ideal para espaços reduzidos.

A Irmãos Luzias oferece uma assistência pós-venda robusta para os clientes que adquirem os empilhadores Noblelift. Com 44 anos de experiência em assistência técnica, a empresa garante um serviço rápido e fiável, com técnicos e carros móveis de assistência prontos para atuar quando necessário. A proximidade com os clientes e a disponibilidade de stock de peças são pontos-chave que diferen-

ciam a Irmãos Luzias no mercado. A adaptação dos empilhadores Noblelift ao mercado local é outro fator importante. Estes equipamentos são ideais para a nova indústria agroalimentar em crescimento no Alentejo, especialmente nas áreas de olival, vinha e amendoal. A empresa tem registado uma grande abertura à marca por parte dos clientes e espera alcançar maior visibilidade e vendas na Ovibeja.

Novidades da Case IH na Ovibeja

Além da Noblelift, a Case IH também trouxe novidades para a Ovibeja. O Optum CVX 300, por exemplo, é um dos modelos mais recentes da marca e o primeiro a chegar a Portugal. Este trator oferece alto desempenho e tecnologias avançadas, destacando-se pelo sistema de transmissão CVX e pela potência de 300 cavalos. Outro destaque foi o Quantum F, uma versão de plataforma direita com uma caixa powershift 32/16, ideal para quem procura versatilidade

O modelo N30 é um empilhador de quatro rodas com capacidade de elevação de 3 toneladas.

NOBLELIFT

O N16 é tem capacidade de 1,6 toneladas e duas rodas gémeas.

A Noblelift é uma fabricante chinesa de empilhadores, fundada em 2000, com foco em soluções de movimentação de materiais. A empresa tornou-se uma das maiores fabricantes de empilhadores Classe 1/2/3 na China e líder global em porta-paletes manuais. Desde 2015, está listada na Bolsa de Valores de Xangai, operando com mais de 5.000 funcionários e uma taxa de crescimento de 20% ao ano. Com instalações em Changxing, Zhejiang, cobrindo 390.000 metros quadrados, a Noblelift continua a expandir a sua presença global, com fábricas na Malásia, Vietname e França.

e eficiência no trabalho agrícola em culturas especializadas, em especial para vinhas e pomares.

Por fim, o Farmall A, um trator bastante procurado para trabalho em olival e amendoal, foi apresentado na Ovibeja, consolidando a presença da Case IH nestas culturas com cada vez mais área no Baixo Alentejo.

Site
Optum 300 CVX. Irmãos Luzias www.irmaosluzias.pt Em cima o Case IH Farmall A e à direita o Optum CVX 300.
55 maio/junho 2024 abolsamia

Um ano de sucesso

A Borrego Leonor Alentejo, empresa representante de marcas como Kubota, Pulverizadores Fede, López Garrido, ou as marcas do Grupo Joper, entre outros produtos para agricultura, marcou presença na Ovibeja com uma equipa completa para mostrar sua linha de equipamentos.

Odestaque da Borrego Leonor Alentejo na feira foi o trator Kubota M5-112. “Consideramos este modelo ideal para a nossa região de olival e amendoal”, afirmou Sandra Ciríaco, reforçando o compromisso da empresa em atender às necessidades específicas do Alentejo.

Ao falarmos sobre a história da empresa, a responsável referiu: “Somos uma empresa relativamente nova, estamos a fazer um ano. Mesmo assim, estamos satisfeitos com o trabalho realizado até agora.”

Na Convenção de 2024 da Tractores Ibéricos, a Borrego Leonor Alentejo foi distinguida como Melhor Concessionário Kubota 2023 em pulverizadores, peças e lubrificantes.

A presença na Ovibeja é essencial para a Borrego Leonor Alentejo.

“Permite-nos estar junto dos nossos clientes, conhecer os seus problemas e preocupações”, afirmou. “É um abrir de portas e dar a conhecer toda a equipa que está e estará sempre pronta para os servir. No fundo, saberem que poderão contar connosco.”

A participação na feira também proporciona aos clientes a oportunidade de testar os produtos. “Felizmente, a Ovibeja disponibilizou

(da esquerda para a direita): Conceição Guerreiro, Rui Praxedes, António Cruz, drª Paula Borrego e Sandra Ciríaco.

um campo para demonstração de máquinas, pelo que, se necessário, podemos utilizá-lo”, disse Sandra Ciríaco, convidando os visitantes a experimentar os equipamentos.

O serviço pós-venda é um ponto forte da empresa. “A nossa equipa técnica assegura tudo o que for necessário no nosso âmbito de serviço”, explicou a responsável.

Quanto aos desafios enfrentados pelos agricultores na região, a empresa destaca a importância da consultoria personalizada. “Acreditamos que com a consultoria que fazemos junto do cliente, acabamos por lhes oferecer o equipamento mais adequado às suas necessidades”, referiu. A Borrego Leonor Alentejo trabalha com marcas consagradas e busca novas parcerias para ampliar a oferta.

O Kubota M5-112 foi o principal destaque nos tratores pela sua adaptação aos trabalhos no olival e amendoal.

Os equipamentos da López Garrido em exposição no stand da Borrego Leonor Alentejo.

Site
Borrego Leonor Alentejo www.borrego-leonor.com
56 abolsamia maio/junho 2024

Destaques da Ovibeja em máquinas agrícolas

AOvibeja 2024 trouxe uma visão única dos avanços tecnológicos no setor agrícola. Revelamos os principais expositores de máquinas agrícolas, mostrando a diversidade de soluções presentes no evento. Desde implementos tradicionais até inovações que apontam para o futuro, cada stand destacava a evolução do mercado agrícola. A Ovibeja é um evento que reflete a transformação e o progresso contínuo do setor agrícola no Baixo Alentejo.

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VALTRA SMART TOUR: APRESENTAÇÃO DA NOVA SÉRIE S EM PORTUGAL

A Ascendum Agro e a Valtra levaram a cabo mais uma edição do Valtra Smart Tour em Portugal. Os 300 profissionais que marcaram presença na Quinta Grande, em Coruche, desfrutaram da experiência direta com todos os tratores e soluções da marca finlandesa, além da terem tido a oportunidade de obter esclarecimentos técnicos e de fazer networking. Destaque para a estreia nacional do poderoso Valtra S, com 420 cv.

Aequipa da Valtra, marca representada em Portugal pela Ascendum Agro, organizou mais uma edição do Valtra Smart Tour. O local escolhido foi a bonita Quinta Grande, em Coruche num dia que prometia chuva, mas que acabou por ser de sol aberto proporcionando demonstrações em campo, sem problemas. O evento dedicado aos clientes da marca, que já conta com mais de dez edições, oferece a oportunidade de experimentar os tratores e as soluções propostas pelo fabricante finlandês, além de esclarecer dúvidas com técnicos e fazer networking entre responsáveis da marca, concessionários e clientes. O principal

destaque foi a apresentação oficial em solo nacional da nova geração do Valtra S, o modelo mais potente da marca, que atinge os 420 cv.

Além da apresentação da série S, as outras séries foram também

O evento decorreu na Quinta Grande em Coruche, e contou com mais de 300 pessoas. O camião do roadshow da Valtra Smart Tour, que percorre a Europa em eventos semelhantes, voltou a apresentar as soluções tecnológicas da marca finlandesa.

detalhadamente explicadas numa apresentação ao ar livre. Quatro tratores estiveram disponíveis para demonstrações, cada um com diferentes implementos e tecnologias. O destaque foi a tecnologia Smart Turn, presente na série S, que permite o autoguiamento nas cabeceiras.

Vasco Pombas, responsável de vendas regional e especialista de

Eventos
Vasco Pombas, responsável de vendas regional e especialista de produto Valtra na Ascendum Agro. O Valtra S fez a sua estreia oficial em Portugal.
58 abolsamia maio/junho 2024
Foto: Daniel Rodrigues

produto Valtra na Ascendum Agro, explicou a mais-valia que este evento representa para a empresa. “O Valtra Smart Tour é um evento exclusivo Valtra em que convidamos todos os concessionários, clientes e possíveis clientes para uma apresentação prática e teórica das novidades apresentadas pela marca no ano anterior bem como toda a restante gama de produtos.”

A VALTRA NA PRIMEIRA PESSOA

Paulo Caseiro, orizicultor e comprador do 1º Valtra Q em Portugal

“Sou cliente Valtra há mais de vinte anos. Depois de adquirir o primeiro Valtra Q no ano passado, já comprei um S e outro Q. São tratores excelentes e com uma magnífica assistência técnica. Quando chegar o novo S a Portugal, eu quero ser o primeiro comprador.”

Joaquim Roque, prestador de serviços agrícolas e gerente da Joaquim Roque Lda -Serviços agrícolas

, estudante e responsável numa vacaria com 190 animais em produção, na Murtosa, Aveiro

“Temos três Valtras série T. São tratores muito versáteis e que fazem todas as operações que necessitamos. Estes eventos são importantes para podermos conhecer os produtos e soluções da Valtra. O novo S parece-me um trator

O evento contou com três momentos: apresentação estática, demonstração em trabalho, e almoço de convívio e networking.

“A minha empresa, que se dedica à prestação de serviços agrícolas, está há mais de 30 anos no mercado. Fazemos tudo, desde a sementeira à colheita. A nossa aposta na Valtra, com um T195, está muito relacionada com a qualidade da assistência. Este tipo de eventos é importante para dar a conhecer aos agricultores e interessados a evolução e as soluções da marca.”

Veja aqui todas as fotos do evento Vídeo do evento 59 maio/junho 2024 abolsamia

da Formidável Imparável, Unipessoal Lda

“No nosso parque de máquinas contamos com sete Valtras, tendo o primeiro sido adquirido em 2016. O mais recente é um T145. Este tipo de eventos é muito bom para dar a conhecer as várias soluções da marca e podermos experimentar modelos com que habitualmente não trabalhamos. Isto, claro, para além da oportunidade de estarmos com colegas e parceiros.”

Luis Reguinga, prestador de serviços agrícolas e gerente da empresa Luis Reguinga Unipessoal, Lda

“Estamos dedicados a todas as operações que envolvam a cultura da vinha e a preparação de terrenos para instalação de vinha. Temos 29 tratores no nosso parque de máquinas e começámos a utilizar Valtra há dois anos aquando da compra de um T255. Estamos muito satisfeitos, um dos motivos pelos quais viemos ao Valtra Smart Tour foi a oportunidade de podermos experimentar outros modelos”.

“O CHEFE” DEU O

EXEMPLO

A par da apresentação da série S (intitulada The Boss, O Chefe, numa tradução livre para português) foram ainda abordadas em detalhe as restantes séries que compõem a gama da Valtra. Além da apresentação estática, tiveram ainda lugar as habituais demonstrações em trabalho. À disposição dos clientes estiveram quatro tratores, das séries N, T, Q e S.

SÉRIE A

O trator mais “compacto” das séries convencionais da Valtra. Com duas motorizações disponíveis, uma de três cilindros (A75, A85 e A95) e outra de quatro (A105, A115, A125 e A135).

SÉRIE F

O trator da marca para culturas especializadas (vinhas e pomares). São três os modelos disponíveis (75, 95 e 105 cv), versão ROPS ou cabinada, com inversor mecânico ou electro-hidráulico. Pode contar com elevador e válvulas dianteiras.

SÉRIE G

Sobrepondo-se ao nível de potências com a série A, começa nos 105 e termina nos 135 cv, conta no total com quatro modelos. A principal diferença é que a série G dispõe de uma função boost (potência

O série G conta com elevador frontal, suspensão hidráulica no eixo dianteiro, e suspensão na cabine.

extra em estrada e em tomada de força). Conta também com outras funcionalidades a nível tecnológico, equiparando-se, neste tema em concreto, ao série S (de 420 cv).

Está disponível em três versões: Hi Tec, Active e Versu.

60 abolsamia maio/junho 2024

SÉRIE N

Começa nos 135 cv (N135) e termina nos 175 cv (N175). Está equipado com um motor de quatro cilindros, mas, ao invés dos 4400 cc do A e do G, o N conta com 4900 cc. Disponível nas versões Hi Tec, Active, Versu e Direct (transmissão de variação contínua). A partir desta série, todos os tratores Valtra podem ser equipados com o sistema TwinTrac, um exclusivo da

SÉRIE

Q

O série Q teve acoplado um rototerra.

Valtra, que consiste num sistema de condução (volante, comandos e pedais) montados na parte de trás do banco e que permite ao operador, rodando o banco, conduzir o trator em ambas as direções (frente e trás) com igual comodidade. É bastante útil em trabalhos com gadanheira ou trituradores florestais, por exemplo.

SÉRIE T

O série T235 Direct fez parceria com uma grade de discos.

Com muitos elementos em comum com a série N, nomeadamente nas opções de transmissão, diferencia-se sobretudo pela potência (conta com motor de seis cilindros, de 6600 cc –no T145 e T155 - e 7400 cc – a partir do T175 e até ao T255) e a distância entre eixos. Tem suspensão pneumática no eixo dianteiro (dois laterais).

O novo série S estava montado com um ripper e o foco esteve na demonstração da tecnologia Smart Turn, que permite o autoguiamento nas cabeceiras.

Foi o destaque do Valtra Smart Tour no ano passado, altura em que foi lançado. Todos os modelos – Q230, Q245, Q265, Q285 e Q305 - equipam com motor de seis cilindros, e potências entre os 230 e os 305 cv. Destacase em relação ao T por ser mais comprido, com maior distância entre eixos e ter maior capacidade de carga. A única transmissão disponível é a de variação contínua. Fabricado na Finlândia, pode assim ser customizado no estúdio Unlimited. Conta com sistema de lubrificação central, bancos em pele e teto em cinza-escuro.

SÉRIE S

A 6.ª geração da série S da Valtra foi concebida e é fabricada na Finlândia. O cognome “The Boss”, indicia que se trata do trator mais potente da marca, chegando mesmo, no modelo de topo - o S416 - aos 420 cv. Por falar em modelos, esta série é composta por seis versões: S286, S316, S346, S376, S396, e o já referido S416 (começa nos 280 e termina nos 420 cv de potência).

Esta geração do S surge equipada com motor Sisu de 8400 cc e uma transmissão de variação contínua, a mesma que equipa a série Q. O peso cifra-se nos 12.000 kg, podendo ser lastrado até aos 18.000 kg, e tem 3.10m de distância entre eixos (mais 10 cm do que o Q).

Tal como o Q, e por ser fabricado na Finlândia, pode ser equipado com todos os extras Unlimited e tem a mesma cabine. Mas nem só de semelhanças com a série

Q vive o S, e o design é, provavelmente, a diferença que mais salta à vista. A inclinação agressiva do capot confere à série S um visual moderno, enquanto que melhora substancialmente a visibilidade dianteira e proporciona uma maior manobrabilidade. Entre as funcionalidades que equipam o S, e que podem ser controladas a partir do sistema SmartTouch, contam-se a gestão de cabeceiras automática, SmartTurn, o Valtra Guide, a Section Control com Multiboom, o controlo de taxa variável, a gestão de cabeceiras U-Pilot e a ligação ISOBUS. A telemetria avançada com o Valtra Connect, sistema da marca finlandesa, permite que o trator esteja em comunicação com um servidor central e que o operador ou o proprietário tenham acesso em tempo real, a partir do escritório, aos dados de telemetria do trator (localização, consumos, temperaturas).

O N175 Direct equipou com uma grade rápida.
61 maio/junho 2024 abolsamia

NORDESTE MÁQUINAS REALIZA DEMONSTRAÇÕES DA BRAUN

A Nordeste Máquinas, importadora oficial para Portugal da marca BRAUN, realizou duas demonstrações de máquinas agrícolas nos passados dias 16 e 17 de abril, uma no Douro e outra no Minho, com o objetivo de mostrar a versatilidade e a eficiência das soluções “Vario Modulares” para vinhas.

Por Américo Rodrigues e Sebastião Marques

Aprimeira demonstração ocorreu no dia 16 de abril, em Noura, Murça, na vinha de Aires Fernandes, em Vale do Castanheiro. O evento contou com a participação de mais de 60 agricultores, todos envolvidos na atividade vinícola. A demonstração foi conduzida com o apoio da Alfaidouro, distribuidora da marca para a região, e de Armando Teixeira da Teixeira Agrícola.

Os agricultores presentes puderam conhecer a tecnologia moderna das máquinas BRAUN, versáteis, robustas e fáceis de operar. As “Vario Modulares” têm a capacidade de se adaptarem a diferentes tipos de vinhas e podem ser equipadas com diversos tipos de braços de trabalho para uso entre cepas, tanto do lado direito quanto do lado esquerdo. Os participantes também observaram a eficácia da lâmina de corte e o sistema de simples efeito em carga, que permite um retorno livre do óleo, facilitando a operação.

A segunda demonstração aconteceu no dia 17 de abril, no Palácio da Brejoeira, em Monção, no Minho. A colaboração das empresas Ferreira & Certal, distribuidoras para esta região,

e da Agros, que forneceu os tratores CLAAS, foi essencial para a realização do evento. Mais uma vez, 60 agricultores estiveram presentes e puderam testemunhar a rapidez e a simplicidade de funcionamento das máquinas BRAUN.

Durante a demonstração, foi evidenciado como o mesmo chassi pode rapidamente alternar entre diferentes implementos com poucos movimentos e pequenos ajustes.

Os agricultores também receberam orientações

(da esqª para a dtª) Armando Teixeira (gerente da Teixeira Máquinas/Nordeste Máquinas), Jesus Mota (gerente da Alfaidouro), Manuel Sousa (técnico especializado Alfaidouro), Jesus Mota Jr. (gerente da Alfaidouro), Aires Fernandes (proprietário da vinha no Vale do Castanheiro ), Martin Enss (técnico especializado da BRAUN), Rogério Vieira (gerente da Nordeste Máquinas), Natascha Jacky ( gestora de vendas Espanha/Portugal da BRAUN), Lilian Lespinasse (técnico comercial da BRAUN).

Eventos
62 abolsamia maio/junho 2024

Veja aqui todas as fotos do evento

(Em cima) Rogério Vieira, Natascha Jacky, Paulo Silveira (diretor de vendas da Agros Máquinas), Gil Sá Carneiro ( responsável de vendas da Agros Comercial), Paulo Mendes (responsável pelas vinhas da Brejoeira), António Peniche ( responsável de vendasAgros Comercial). (em baixo: Rui Ferreira (técnico especializado Ferreira & Certal), Martin Enss, Lilian Lespinasse, e Agostinho Ferreira (gerente da Ferreira & Certal)

Para a BRAUN é muito importante ouvir os clientes, uma vez que são eles, em última análise, os compradores. Isto significa que a nossa atenção está focada no mercado e ouvimos tanto os nossos concessionários como os clientes finais de diferentes explorações vinícolas. Esta situação passa-se não só na Alemanha, mas em muitos países a nível europeu bem como no resto do mundo, já que distribuímos em todos os continentes.”

Natascha Jacky (gestora de vendas Espanha/Portugal da BRAUN)

sobre a gama de opções disponíveis, como o Chassi Ventral, Chassi KR e Chassi Vario, cada um com características próprias para atender às necessidades das vinhas portuguesas. Com estas demonstrações, a Nordeste Máquinas e a BRAUN reafirmaram o seu compromisso em fornecer soluções inovadoras e eficazes para o setor agrícola em Portugal, oferecendo aos agricultores opções versáteis e adaptáveis para o trabalho nas vinhas.

Continua na pág. seguinte

63 maio/junho 2024 abolsamia

“QUEREMOS REVENDEDORES DE NORTE A SUL DE PORTUGAL”

Rogério Vieira, gerente da Nordeste Máquinas, contou o processo de expansão da empresa como representante da Braun em Portugal e explicou os planos para o futuro da marca no nosso país. “Temos como objetivo principal oferecer as melhores soluções para os viticultores e fruticultores”.

“A Nordeste Máquinas começou em 1998 a distribuir a Braun no norte de Portugal e, desde o início de 2024, tem a responsabilidade de gerir a distribuição dos equipamentos Braun em todo o país. Neste momento, temos já a funcionar a Alfaidouro como distribuidor na zona do Douro, a Ferreira&Certal no Alto Minho, e a Apolinários Irmãos Lda no Ribatejo (este a par da Nordeste Máquinas como um dos primeiros distribuidores em Portugal)”, começou por contar.

Hoje em dia, a Nordeste Máquinas oferece toda a gama de produtos Braun, tanto diretamente como através de revendedores. Para suporte técnico e pós-venda, Rogério Vieira explicou que “os serviços pós-venda e de assistência técnica são assegurados pelos revendedores, com o apoio permanente da nossa parte e da Braun” O gerente também falou sobre a relação da empresa com os clientes. “Temos como objetivo principal oferecer as melhores soluções para os viticultores e fruticultores e sabemos que devido às contingências impostas pelo uso de herbicidas e pelas exigências dos consumidores, cada vez mais os agricultores procuram métodos para o controlo das ervas infestantes. Na Braun temos as soluções que eles precisam”

Falando sobre o evento DEMO-24, Rogério Vieira destacou a importância das demonstrações para a visibilidade da marca e para os clientes. “As demonstrações são muito importantes pois aumentam a visibilidade da marca e das empresas, e pretendemos continuar com mais eventos até ao final do ano noutras regiões de Portugal”, afirmou.

Quanto aos planos de expansão, a Nordeste Máquinas procura novas parcerias para criar revendedores de Norte a Sul de Portugal.

A versão standard com o ríper e a versão curta equipada com escarfificador, lâmina e rolo destorroador.

CULTIVADOR VARIO BRAUN

Um implemento universal para o cuidado do solo de vinhas e pomares. Com uma construção modular, pode ser equipado com outros implementos Braun, que permitem realizar a operação desejada com pequenos ajustes na alfaia. Um implemento para o cuidado da vinha sem produtos químicos.

VANTAGENS

1 - Um implemento para todos os tipos de trabalhos de solo

Rogério Vieira é o gerente da Nordeste Máquinas que distribui os equipamentos BRAUN em Portugal desde o início de 2024.

2 - Vida útil do equipamento prolongada

3 - Aplicações adicionais (acopláveis ao cultivador):

- Cultivador curto com controlo de profundidade através de rolos/ destorroadores ou rolos de mobilização

- Implemento para limpar o caule da videira, LUV PERFEKT, aiveca de disco, entre outros

- Conjunto de discos

- Escarificador

- Ríper

- Charrua

Eventos
64 abolsamia maio/junho 2024
Ríper.

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NOVA ERA DA SILAGEM NA CASA DO GOMES

Carlos e Susana Fernandes são o jovem casal, quinta geração, com a 6ª a caminho, da Casa do Gomes, uma exploração leiteira em Vila do Conde. Para produzir quase todo o alimento para os animais “em casa”, a operação de silagem foi repensada, levando à aquisição de um reboque Galucho MG. Conversámos com Carlos Fernandes, técnico de produção agrária da empresa, para compreender a história e a evolução da Casa do Gomes.

ACasa do Gomes, uma empresa agrícola com raízes profundas em Vilar de Pinheiro, no concelho de Vila do Conde, tem uma longa tradição no setor agrícola. Fundada por uma família apaixonada pela agricultura, foi o avô de Carlos que tornou a produção de leite a principal atividade da empresa. “Começou com um sistema de aidos, passou, na década de 70, para um sistema de linha de prumo, com capacidade para duas dezenas de animais e, em 80, construiu o primeiro pavilhão para a vacaria que permitiu expandir a produção

até aos 70 animais. Já com o meu pai e a minha mãe na empresa contruiu-se mais um pavilhão, em 2005”, explica Carlos.

Ao longo do tempo, a empresa cresceu e adaptou-se às mudanças na agricultura. Hoje, a Casa do Gomes conta com 90 vacas em produção, com duas ordenhas por dia, feitas manualmente. A maior parte do alimento para os animais é produzido nos 22 hectares da exploração, sendo complementado por ração e palha obtidas externamente. Um dos maiores desafios para a Casa do Gomes é o espaço para expansão, tanto para a vacaria como para o cultivo de alimentos para os animais, já que o objetivo passa por produzir quase todo o alimento necessário para os animais.

Gestão de Parque de Máquinas
Carlos e Susana Fernandes. Por Sebastião Marques • Fotografia Cintia Elizeide
66 abolsamia maio/junho 2024

Parque de máquinas cresceu com o tempo

Foi o avô de Carlos, seu homónimo, que adquiriu o primeiro trator da Casa, um David Brown, em 1983. No mesmo ano adquire também um dos primeiros reboques de espalhar estrume fabricado pela Galucho. Segundo Carlos, “era um equipamento polivalente, já que também podia ser usado como reboque convencional”. A escolha pela Galucho foi influenciada pelo testemunho positivo de outras pessoas, que elogiavam a durabilidade dos equipamentos. “Ainda hoje a Galucho é conhecida pela sua resistência e pelo acompanhamento que dá aos seus clientes”, diz Carlos.

Com o tempo, o parque de máquinas da Casa Gomes foi evoluindo para acompanhar o crescimento da exploração e as novas tecnologias agrícolas.

O avô de Carlos decidiu investir em tratores John Deere, adquirindo um 2650 e, mais tarde, um 1950, que até hoje é utilizado como o “faz tudo” da exploração. Em 1991 Joaquim, pai de Carlos, decide trocar a charrua da casa, que partiu, por uma Galucho modelo Europa de dois ferros, variável (14, 16, 18). “Foi uma máquina que trabalhou cá durante muitos anos e que fazia uma excelente lavoura”. A chegada de um novo trator, o John Deere 6420 S, exigiu uma charrua maior, levando à substituição da Euro -

PONTOS + DO REBOQUE MG18

Construção em aço de alto limite elástico;

Chassi reforçado com grande rigidez torsional;

Lança de engate com mola em todos os modelos;

Lança com 6 posições de regulação em altura;

Veio de engate rotativo parafusado. Outros tipos de veio de engate em opção;

Lança com descanso hidráulico em todos os modelos;

Bogie com molas multi-lâmina nos modelos MG10 a MG18. Eixo simples no modelo MG10 ES;

Caixa metálica monocoque de grande cubicagem com 1.5 m de altura;

Elevado ângulo de basculamento (58º) à retaguarda através de um cilindro hidráulico de grande capacidade;

Porta traseira de abertura hidráulica; Borracha de vedação na porta traseira;

Painel dianteiro concebido para visualização do interior da caixa.

pa. A Casa do Gomes também adquiriu novos equipamentos, como um pulverizador de barras e uma grade rápida. Em 2015, a empresa adquiriu um reboque Galucho PB de 5000 kg para serviços de transporte mais leves. “É um produto que todos os dias nos surpreende pela sua solidez e resistência, pois não lhe damos uma vida fácil”, afirma Carlos.

Transporte da silagem

Numa exploração leiteira o transporte da silagem é um dos fatores mais importantes e a época do corte uma das mais atarefadas. Por isso, a Casa do Gomes tem uma sociedade familiar com outras duas explorações para aluguer de uma automotriz, estando três reboques, encarregues de acartar a silagem. “O reboque que fazia o serviço de transporte de silagem de milho e erva tinha 12 toneladas de capacidade e começava a ser pequeno para o que precisávamos. Além disso, começava a apresentar sinais de desgaste que nos preocupavam”, contou Carlos. Assim, iniciaram um processo de análise ao mercado, observando reboques de vários fabricantes, nacionais e estrangeiros. “Procurávamos um produto fiável, duradouro, e resistente” e a família já tinha um histórico positivo com equipamentos da Galucho, como o espalhador dos anos 80, a charrua Europa, e o reboque PB. “Víamos os Galucho MG, ainda na sua versão anterior, em trabalho após muitas e muitas campanhas de silagem. Gostávamos muito do desenho do chassis, da construção e dos opcionais. Assim, decidimos que seria este o nosso reboque”, revelou.

67 maio/junho 2024 abolsamia
O pavilhão mais recente da vacaria, onde estão as vacas em produção.

Gestão de Parque de Máquinas

Galucho MG 18

“A capacidade de volume do reboque, com 29 m³, foi um dos motivos para a escolha, pois era significativamente maior do que a capacidade habitual nesta gama e foi um fator crucial para a nossa escolha”, começou por explicar Carlos. Outro aspeto importante para a decisão foi a estabilidade a altas velocidades, especialmente nas curvas. Embo -

ra o reboque pese 7 toneladas, “parece leve para o trator”, explicou. A escolha de rodas mais altas, proporcionando uma maior altura ao solo, também “dá mais confiança ao entrar no silo e ao sair de parcelas com terrenos mais moles”. Com a campanha do milho de 2023 e a campanha da erva em 2024 cumpridas, a impressão é, para já, a melhor: “o eixo direcional forçado facilita bastante as manobras em espaços apertados. Os eixos do reboque são bastante robustos e de alta qualidade, além de terem uma grande capacidade de travagem”, enfatizou. “Os cubos são muito resistentes, o que nos dá confiança na segurança”, sublinhou.

Sobre a lança do reboque, o jovem empresário ficou surpreso com a qualidade da suspensão. “Já tivemos reboques com suspensão na lança, mas nunca com esta qualidade e capacidade de amortecimento”, comentou, elogiando também a velocidade de levantamento e o ângulo de descarga do reboque Galucho MG. “Conseguimos descarregar toda a silagem, inclusive a de erva, sem problemas. Com o nosso reboque anterior, era uma dor de cabeça”, finalizou.

De forma a a mentar a prod idade e o c idado com o meio ambiente, a Trelleborg act ali o o Tm com a tecnologia Progressi eTrac on, q e já ganho ários prémios. Desenhado em conformidade com as normas VF, é m pne ino ador, capa de proporcionar ma capacidade de carga s perior, red indo a compactação do solo e proporcionando ma e celente traçao além de m cons mo de comb s el menor. Protege os te s c l os como se fossem peças preciosas.

maio/junho 2024

A velocidade de levantamento e o ângulo de descarga do reboque são dois dos pontos fortes destacados por Carlos Fernandes. Suspensão de mola na lança.

Produtor de hortícolas de Alcochete reforça

a sua frota com o 5º Massey Ferguson

A empresa Lino e Luís, sediada em Alcochete e reconhecida pela sua especialização na produção de hortícolas, anunciou a recente aquisição do seu quinto trator Massey Ferguson. Desta vez, a opção recaiu no modelo 7S.165 Dyna 6, destacando o compromisso contínuo da empresa com a qualidade e eficiência operacional.

Anteriormente, a empresa mantinha um parque de máquinas multimarca, porém, nos últimos anos, tem gradualmente substituído as suas máquinas por tratores da Massey Ferguson. Esta decisão reforça a confiança da Lino e Luis na qualidade e desempenho oferecidos pelos produtos da marca originária de Inglaterra.

Além da aquisição do trator, a empresa também tem planos para expandir as suas operações no próximo mês de maio, com a chegada de um carregador telescópico, também Massey Ferguson.

O serviço pós-venda e suporte técnico serão garantidos pela Jopatrício, concessionário Massey Ferguson com sede em Paúl de Magos, assegurando assim que a Lino e Luis continue a receber assistência especializada para manter a sua frota operacional e eficiente.

Com esta nova aquisição, a empresa reforça o seu compromisso com a modernização e eficiência nas operações agrícolas, buscando sempre o melhor em termos de tecnologia e suporte para alcançar os seus objetivos de produção.

Tecnologia de precisão: Mata Verde investe em trator Hürlimann XL.K135

A empresa Mata Verde, especializada em engenharia florestal, criação e manutenção de jardins e espaços verdes, assim como na limpeza de terrenos, adquiriu um Hürlimann XL.K135, o modelo mais potente da marca. Esta aquisição assinala um passo significativo para a empresa, já que passa a estar equipada com um trator especialmente adaptado para a agricultura de precisão.

Com uma frota já composta por vários tratores da marca suíça, a Mata Verde amplia as suas capacidades de resposta ao investir num trator que vem equipado com tecnologia de ponta para agricultura de precisão. Esta nova adição possibilitará à empresa efetuar plantações com maior eficácia e precisão, especialmente de amendoeiras, castanheiros, oliveiras ou vinha.

O serviço pós-venda e suporte técnico serão assegurados pelo concessionário TMM-Tratores e Máquinas Moura, Lda., com sede em Bragança.

Produto em foco 69 maio/junho 2024 abolsamia
O trator vem equipado com tecnologia de ponta para agricultura de precisão.

1º CLAAS AXION 960 TERRA TRAC EM PORTUGAL

A Herdade da Quinta do Manique, uma empresa agrícola com raízes profundas na produção de tomate e arroz, sediada no Campo de Vila Franca, expandiu o seu parque de máquinas com a aquisição de três equipamentos de grande dimensão à Pulvilava, uma empresa de referência em Salvaterra de Magos. Entre os equipamentos, destaca-se o primeiro trator CLAAS Axion 960 Terra Trac a chegar a Portugal, um abre-ruas GUARESI Mini G e uma grade pesada Galucho NGVR. A revista abolsamia foi ver de perto a estreia destes equipamentos na campanha de 2024.

Na entrega dos novos equipamentos para a Herdade da Quinta do Manique, estiveram presentes a família Costa, da Herdade da Quinta do Manique e os responsáveis da Pulvilava, da CLAAS e da Galucho.

José da Costa, fundador da Herdade da Quinta do Manique, conta como o CLAAS Axion 960 Terra Trac chamou a sua atenção: “A primeira vez que vimos este trator foi na EIMA, em Bolonha, em 2022. Em 2023, na Agritechnica, na Alemanha, voltámos a cruzar caminhos e acabámos por fechar o negócio com a Pulvilava.” A empresa precisava de um trator potente para mobilizações, já que as culturas de tomate e arroz exigem força e tração. “O Axion 960 Terra Trac, com tecnologia de rastos, convenceu-nos pela reduzida compactação e excelente tração”, explicou.

Produto em foco
Equipamentos adquiridos pela Herdade da Quinta do Manique.
70 abolsamia maio/junho 2024
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Mais tração, menos compactação

António Costa, filho de José e gerente da Herdade da Quinta do Manique, destaca a importância da CLAAS na tecnologia de rastos. “A CLAAS diferencia-se pelo uso de rastos, seja em ceifeiras ou tratores. Procurávamos um trator que garantisse máxima aderência e poder de tração, com a menor compactação possível, e o Axion 960 Terra Trac atende a essa necessidade”, afirma. O clima imprevisível abre janelas para entrada no campo cada vez mais curtas, tornando a solução

Terra Trac ideal para a exploração.

Vitor Raposo, responsável da CLAAS pelo mercado português, destaca a sustentabilidade do novo trator: “O Terra Trac oferece melhor distribuição do peso devido aos rastos, reduzindo a compactação e protegendo a estrutura do solo. Além disso, permite poupar em operações de descompactação e consome menos combustível. Este trator consegue circular a

são os rastos de grande largura e comprimento, que tornam este trator extremamente competente em operações de mobilização de solo, reduzindo os riscos de atascamento ou patinagem.

Os

ainda com uma caixa de ferramentas montada por cima dos pesos.

40 km/h e, pelo facto de ter rodas à frente, com um eixo ‘convencional’, manobra como qualquer outro trator de rodas. Este é o primeiro Axion 960 Terra Trac a chegar a Portugal e a Pulvilava teve um papel crucial no processo.”

Pulvilava, parceiro na inovação e assistência António Manuel, gerente-fundador da Pulvilava, explica o trabalho do concessionário: “Como costumo dizer, ‘são 10% imaginação e 90% transpiração’. A Pulvilava tem uma oficina exclusiva para a CLAAS e outra para as outras marcas. A assistência técnica é um dos nossos pontos fortes, com uma equipa de piquete sempre disponível em altura de campanha, seja para tomate, milho ou arroz.” A parceria entre a Herdade da Quinta do Manique e a Pulvilava vai além do CLAAS Axion 960 Terra Trac, englobando também o abre-ruas Guaresi Mini G e a grade pesada Galucho NGVR.

CLAAS Axion 960 Terra Trac: Com 445 cv de potência, pesos montados neste modelo são os mesmo que equipam o Xerion. O novo desenho dos pesos, que são amovíveis, passa a ser standard na CLAAS e o exemplar da Herdade da Quinta do Manique conta Família Costa.
71 maio/junho 2024 abolsamia

Produto em foco

DIMENSÕES DA GUARESI MINI G

Comprimento máximo: 5,45 m

Altura máxima: 2,80 m

Largura máxima: 2,55 m

Bitola da via frontal: 1,60 m

Bitola da via traseira: 1,30 m

Peso: 4800 kg com cabina

Pneus dianteiros: 9,5-24”

Pneus traseiros: 320/70 R24

António Manuel, gerente-fundador da Pulvilava, e José da Costa, fundador da Herdade da Quinta do Manique.
72 abolsamia maio/junho 2024
A primeira abre-ruas GUARESI Mini G a chegar a Portugal.

Abrir ruas e fazer cabeceiras: GUARESI Mini G

O abre-ruas GUARESI Mini G é uma máquina inovadora que permite abrir ruas no tomate e fazer as cabeceiras. António Costa, gerente da Herdade da Quinta do Manique, explica: “Precisávamos de uma máquina que abrisse ruas e fizesse cabeceiras. Quando a Pulvilava nos apresentou esta solução, pareceu-nos ideal.” O Guaresi Mini G mantém a integridade do tomate e é compacto, facilitando a entrada no campo. Equipado com um motor Yanmar de 73 cv, atinge velocidades de trabalho de até 8 km/h e 22 km/h em circulação.

Uma grade ao nível das melhores do mundo Quanto à grade pesada Galucho NGVR, Álvaro Martins, técnico comercial da Galucho, destaca a robustez e a versatilidade do equipamento: “A NGVR é uma grade de grande dimensão, ideal para tratores de alta potência. Está equipada com suspensão hidropneumática na lança, no trem de rodagem e nos rolos. Abertura hidráulica dos corpos dos discos e eixo de transporte com rodas de alta resistência garantem a máxima segurança.” A Herdade da Quinta do Manique adquiriu duas unidades, considerando-as uma das melhores grades pesadas do mercado.

A aquisição destes equipamentos pela Herdade da Quinta do Manique representa um passo significativo no aumento da eficiência e produtividade da empresa. O papel da Pulvilava na entrega e suporte técnico reforça a confiança dos clientes na empresa. Com uma abordagem focada em tecnologia avançada e sustentabilidade, a Herdade da Quinta do Manique está bem equipada para enfrentar os desafios agrícolas do futuro.

73 maio/junho 2024 abolsamia
Grade Galucho NGVR 52.

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RÁPIDO E BEM, AFINAL HÁ QUEM...

MASCHIO GASPARDO CHRONO 306

Capaz de trabalhar a velocidades de 15 km/h, o Maschio Gaspardo Chrono 306 é um bom exemplo do know-how da marca italiana no setor dos semeadores de precisão. Muito versátil na sua adaptação a diferentes tamanhos de semente, esta última geração de semeadores Isotronic utiliza o protocolo de comunicação Isobus para total precisão e facilidade de operação.

A unidade de sementeira assegura uma velocidade de trabalho de até 15km/h.

Produto em foco
74 abolsamia maio/junho 2024

Este Maschio Gaspardo Chrono 306 é uma máquina muito diferente da que estamos habituados a trabalhar. É muito mais sofisticada, totalmente elétrica e pneumática. Tem 18 motores, um por cada linha, seja de adubo, semente e microgranulado. E nós estávamos habituados a um semeador convencional de carretos e discos. Esta máquina é excelente, na rapidez de trabalho, na eficiência e na poupança de adubo, já que faz corte de secção linha a linha”. Este testemunho na primeira pessoa foi prestado à revista a abolsamia por Rafael Lopes, o operador responsável pelo semeador rápido

Maschio Gaspardo 306 que trabalha nos 16 hectares de milho em Salvaterra de Magos pertencentes a um proprietário que contratou os serviços da sua empresa. Mas esta não era a primeira vez que Rafael Lopes trabalhava com um semeador da marca italiana. “Nós temos um Gaspardo Pinta que estreámos no final do ano passado e que em termos de interface do ecrã digital de controlo é muito semelhante.”

Uma ode à tecnologia

Os dados relativos à quantidade de sementes por hectare, a distância e a precisão de sementeira são recolhidos instantaneamente.

de sementes. Por meio de um compressor volumétrico, é gerado um fluxo de ar que, entrando no tubo de queda, transporta a semente para o sulco de sementeira. Este sistema permite velocidades de trabalho mais rápidas e a aplicação de sementes maiores ou mais pequenas. O próprio distribuidor Chrono possui uma inclinação de 15° para otimizar a queda da semente no tubo, eliminando qualquer contacto entre ambos e assegurando a máxima precisão.

Sensores (fotocélulas) na saída do corpo distribuidor verificam a real passagem da semente no tubo de coleta por meio do acionamento de um LED colocado na lateral do elemento. Os dados relativos à quantidade de sementes por hectare, a distância e a precisão de sementeira são recolhidos instantaneamente.

Este semeador é um bom testemunho do know-how e da capacidade da marca italiana de se manter na dianteira tecnológica em termos de semeadores rápidos. O Chrono 306 assegura uma sementeira a alta velocidade (15 km/h) e numa gama ampla de condições, assegurando sempre a precisão na colocação das sementes. Equipado com chassis montado com dupla extensão telescópica, este Chrono 306 dispõe de 6 linhas e entre-linha de 70 ou 75 cm.

Tem motores elétricos Brushless 12 V e a gestão dos mesmos é feita através do protocolo de comunicação Isobus. Cada um deles pode ser controlado individualmente via Virtual Terminal, permitindo a exclusão de uma linha a qualquer momento.

Além disso, e como referimos, o Chrono 306 utiliza um sistema de transporte pneumático independente

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

Número de linhas: 6

Capacidade de tremonha: sementes

A pressão sobre o solo é garantida por acumuladores pneumáticos regulados centralmente através do terminal Isobus. A ampla variação de carga garante versatilidade de

uso graças à capacidade de atingir pressões sobre o solo de até 300 kg, o que permite a sementeira direta, mesmo em solos pesados e muito compactados.

60 L

Largura de transporte: 3 m

Peso: 2000 kg

Reservatório de microgranulador 16 L

Transmissão eletrónica Isotronic dos distribuidores de sementeira

Elementos de sementeira Chrono com relha de disco frontal de Ø355 mm

Marcador de linhas hidráulico com disco de 350 mm de diâmetro

Sérgio Félix é o responsável pela empresa prestadora de serviços e como nos confidenciou, sempre teve Maschio Gaspardo. “Sempre utilizámos máquinas Gaspardo e, quando não se tem problemas, o melhor é continuar a apostar na marca. No caso deste semeador Chrono 306, a razão da escolha é a poupança no adubo e na semente que este permite. Por exemplo, mesmo que haja um arrastamento das rodas, o semeador mantém a precisão na deposição da semente. A rapidez de trabalho, neste caso, só é afetada pela quantidade de adubo que nos pediram para utilizar. Como é muito acima do que é normal, temos de baixar ligeiramente a velocidade de trabalho para os 9 km/h. Recordo que esta máquina está preparada para trabalhar a 15 km/h com total precisão.”

Sérgio Félix
75 maio/junho 2024 abolsamia

A Nutrileite, uma vacaria situada em Alfouvés, é um exemplo de como a sustentabilidade e a eficiência podem coexistir na produção agrícola. Com 550 vacas em ordenha, a empresa utiliza práticas agrícolas sustentáveis para alimentar o gado, destacando-se pelo uso do chorume como fertilizante. A chegada da nova cisterna Herculano CH22000 RG representa um grande avanço para garantir a sustentabilidade e a eficiência na produção de alimentos para as vacas.

PRODUZIR FORRAGEM PARA 550 VACAS QUASE SÓ COM CHORUME

José da Silva Félix, sócio e encarregado da Nutrileite, é a força motriz por trás do sucesso da vacaria. Com mais de 40 anos de experiência, Félix fundou a exploração de vacas leiteiras, que mais tarde se tornaria a Nutrileite, em sociedade familiar. “Comecei com 20 vacas, aumentei para 60, depois para 120, até chegarmos às 550 vacas atuais”, lembra. A expansão da vacaria foi gradual, mas sólida, acompanhada pelo crescimento do parque de máquinas e da área cultivada,

Produto em foco
Por Sebastião Marques Fotografia Carlos Ferreira
76 abolsamia maio/junho 2024
Vista aérea da Nutrileite.

que é hoje composta por um total de mais de 150 hectares divididos por duas zonas: Alfouvés e Vale Figueira.

O papel do chorume

A Nutrileite procura uma abordagem sustentável para a produção agrícola. O chorume, proveniente das vacas, é tratado numa lagoa abaixo da vacaria, onde se faz a decantação da parte sólida. “Nos terrenos em volta da vacaria, não utilizamos adubos químicos, apenas chorume, que aplicamos através dos pivots e, onde os pivots não chegam, através da cisterna”, explica Félix. Esse processo permite utilizar o chorume como fertilizante sem acidificar o solo, uma vez que o efluente é inerte de azoto quando chega ao terreno.

A escolha da cisterna Herculano CH22000 RG foi também uma aposta num fabricante nacional com tecnologia de ponta. Hugo Costa, gerente da Agripóvoa, o concessionário que vendeu a cisterna, elogia a qualidade do equipamento. “É uma aposta num fabricante nacional com tecnologia de ponta. O eixo direcional eletrónico, o sistema load sensing e a suspensão mecânica colocam este equipamento ao nível do que melhor se faz na Europa.”

Uma cisterna maior e mais equipada

A nova cisterna Herculano CH22000 RG é uma peça fundamental para a eficiência dessa operação. A cisterna anterior era antiga e limitada em capacidade, com 12.000 litros, sem sistema de barras localizadoras, utilizando um sistema de “ralo” que não era tão eficaz. “A nova cisterna tem 22.000 litros de capacidade, uma barra de localizadores hidráulicos, travões pneumáticos e vazio total em subida e descida”, descreve Félix. A capacidade de travagem é essencial devido aos terrenos acidentados da região. Os pneus maiores e mais largos da nova cisterna também contribuem para reduzir a compactação do solo, especialmente na primavera, quando o chorume é aplicado após o primeiro corte de azevém.

Otimização da operação com a nova cisterna

A nova cisterna permite à Nutrileite otimizar o uso do chorume e realizar operações mais rápidas e eficientes. Félix explica que a empresa tem janelas de oportunidade muito apertadas para aplicar o chorume, e por isso a capacidade de resposta é essencial. A eficiência também é garantida pelo funil superior para enchimento, que permite usar uma bomba de lamas instalada na exploração para utilizar o chorume da parte mais funda da lagoa.

Comando da cisterna montado na cabine do trator. A cisterna está equipada com eixo direcional eletrónico, sistema load sensing, e suspensão no eixo. Barra localizadora em trabalho.
77 maio/junho 2024 abolsamia
José Félix.
Veja aqui todas as fotos da reportagem

CISTERNA CH22000 RG

Rodas 650/55 R26.5

Cubos 420x180

Direcional forçado eletrónico

Suspensão mecânica tandem (2 eixos)

Bomba DL 180 com inversor

Lança hidropneumática

Travagem pneumática com ALB com Homologação Europeia

Luzes de trabalho LED e pirilampo flash LED

Sistema Vazio total para localizadores

Agitador interno

Funil superior com adufa

Lubrificação centralizada manual 48 pontos

Escada Lateral para acesso superior

Reservatório de Água

Comando de 8 funções com distribuidor load sensing

Braços Hidráulicos Traseiros

Barra localizadora Herculano modelo HD com 6 metros

O FUNIL

SUPERIOR PARA ENCHIMENTO PERMITE USAR UMA BOMBA DE LAMAS INSTALADA NA EXPLORAÇÃO

Sustentabilidade e logística na produção de forragem

A Nutrileite trabalha com um objetivo claro de sustentabilidade, procurando alcançar o ponto carbono zero. “Trabalhamos para chegar ao ponto carbono zero, seja através da eficiência dos equipamentos, seja do cultivo de culturas que permitam sintetizar o carbono produzido pelas vacas”, afirma Félix. Para isso, a empresa cultiva luzerna, uma cultura de eleição para as vacas e um excelente sintetizador de carbono.

Nesta exploração, as vacas não comem ração, consumindo apenas forragem, milho pastone, e bagaço de cerveja. “Temos uma logística bastante grande ao nível da produção de forragens. Este ano, por exemplo, já fizemos 300 hectares de azevém, com 3000 toneladas armazenadas. Fazemos 110 hectares de milho, em terrenos arrendados em Vale Figueira, e luzerna”, explica José Félix.

Produto em foco
78 abolsamia maio/junho 2024
Enchimento da cisterna através do funil superior.

Uma equipa qualificada para ter forragens de qualidade

A empresa está dividida em três departamentos de trabalho: Patrícia Félix, filha de José, cuida da parte financeira, o genro, Mário Fróis, da zootécnica e José Félix da parte agrícola. Uma equipa de cinco operadores trata da preparação dos terrenos e da colheita das forragens. “Temos uma equipa muito boa que garante que nunca falta alimento de qualidade aos animais, e toda a preparação dos terrenos e colheita das forragens é feita por nós”, explica Félix. O uso da nova cisterna Herculano CH22000 RG será assim crucial para garantir que o alimento para as vacas seja produzido de forma eficiente e sustentável.

A Nutrileite tem uma abordagem única para a produção de alimentos para gado, focada em sustentabilidade e eficiência. “O nosso objetivo é chegar ao ponto carbono zero, e esperamos que a nova cisterna Herculano CH22000 RG seja uma peça importante para atingir essa meta, trazendo tecnologia e inovação à operação da Nutrileite”, concluiu José Félix.

not an electric telehandler. It’s an MINI AGRI + 351 969 149 357 geral@dieciportugal.pt Zona Industrial Monte da Barca, Lote nº54. 2100-051 Coruche
Esq. p/ dir.: Hugo Costa (Agripóvoa de Santarém), José Félix, Mário Fróis, e Vitaly Boichuk (Nutrileite), e Rui Leite (Herculano).
It’s

FERTILIZAÇÃO DE FORMA FÁCIL, RÁPIDA E PRECISA

PRIMO 224 EW ISOTRONIC EXCLUSIVE

A azáfama nos campos ribatejanos, motivada pelas chuvas intensas do início de abril, tenta compensar o tempo perdido e aproveitar as curtas janelas de oportunidade. Fomos até Fazendas de Almeirim para observar de perto uma exploração, dedicada à produção de tomate e batata, que adquiriu um distribuidor de fertilizante

Maschio Gaspardo Primo 224

EW IsoTronic Exclusive e recolher algumas impressões sobre o modelo que ocupa, atualmente, o topo da gama da marca italiana para operações de fertilização.

Ana Lúcia Prôa, da Prôa & Prôa, Lda., não escondia o cansaço que lhe toldava o corpo, mas também o entusiasmo por finalmente, estar a trabalhar sem restrições meteorológicas. “Tivemos algum atraso porque choveu muito no início de abril e não conseguíamos trabalhar os campos, mas já estamos a plantar os 140 hectares de tomate que temos previstos para este ano e a cuidar dos 40 hectares de batatas para a indústria. O distribuidor de adubo Maschio Gaspardo que

acabámos de adquirir está nas batatas, falem com o operador que ele pode explicar melhor quais são as primeiras impressões”.

O modelo a que a Ana Lúcia Prôa se refere é um Primo, versão EW IsoTronic, um distribuidor de fertilizante que ocupa o topo da gama da marca italiana. Especialmente concebido para agricultura de precisão, esta versão Primo EW Isotronic Exclusive, com sistema de comunicação Isobus a cargo de um software desenvolvido pela Maschio Gaspardo, permite uma gestão da dose variável (VR), das secções de espalhamento (SC) e a capacidade de importar e exportar dados de trabalho. Equipado com discos com palhetas com tratamentos anti-desgaste, os ajustes de dosagem são controlados por atuadores elétricos, para garantir sempre a máxima precisão na distribuição. O controlo do ponto de queda pode ser ajustado manualmente ou automaticamente, função que permite tanto o ajuste da largura de trabalho (12 a 36 metros) quanto o controlo das secções (a máquina faz 32 secções). Na presença de uma área já tratada, o fecho automático das secções (16 esquerdas e 16 direitas) maximiza a eficiência da distribuição sem desperdícios ou sobredosagens.

Esta última função é mesmo

O controlo do ponto de queda pode ser ajustado manualmente ou automaticamente, função que permite tanto o ajuste da largura de trabalho (12 a 36 metros) quanto o controlo das secções.

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Frederico Alves
80 abolsamia maio/junho 2024

uma das mais apreciadas por Frederico Alves, o homem responsável por operar este “adubador”, expressão que o próprio utiliza. “Esta é uma inovação e eu sempre achei que temos de inovar. Já tínhamos trabalhado com uma máquina Maschio Gaspardo emprestada, mas mais simples e com muito menos funções. Mas esta é muito mais fácil de operar e eficiente. Com a quantidade de funções e automatismos instalados a nossa vida fica muito facilitada e temos a certeza de que a distribuição de adubo é sempre uniforme e que não há quase desperdício de produto. A função que mais aprecio é a do corte de secções, mas também valorizo muito a adaptação do fluxo à velocidade e a largura de trabalho que é muito superior à anterior. Esta máquina faz 36 metros de largo, o que é ideal para nós porque utilizamos uma máquina para curar que tem 18 metros e conseguimos conjugar as duas. É menos uma passagem e permite menos sofrimento das culturas e pressão sobre o solo. Quanto à rapidez na substituição dos discos, sei que é uma característica importante, mas esperemos que não tenhamos de tirar partido dela tão depressa...”.

O sistema de distribuição de 640 kg/min, aliado a tremonhas que permitem carregar até 3.200 kg, garantem elevados rendimentos horários, aumentando bastante a produtividade. “A capacidade desta máquina também é muito superior, mais uma vantagem já que nos permite poupar tempo. O próprio software de comando parece-me fácil de operar e muito intuitivo, não nos obrigando a um grande período de adaptação”.

FOI UM INVESTIMENTO QUE FIZEMOS E AGORA VAMOS RECOLHER OS FRUTOS. ESTAMOS MUITO SATISFEITOS COM

A MÁQUINA E COM O PÓS-VENDA DA APOLINÁRIOS

Com esta nova máquina, Frederico Alves consegue adubar os 47 hectares plantados em pouco mais de uma manhã. “Com este trator Fendt 313 e o Maschio Gaspardo Primo consigo manter uma velocidade de operação de 12 km/h. Já viu bem o ganho em termos de produtividade que temos?”

Relação preço/qualidade imbatível

Nelson é marido de Ana Lúcia e o principal responsável pela gestão da exploração que se espalha por várias freguesias da região. Questionado sobre o porquê de ter escolhido esta máquina específica, não esconde que, mais uma vez, a largura de trabalho, a rapidez, os ganhos em eficiência e produtividade e a relação preço/qualidade foram decisivos. “Este Maschio Gaspardo faz a largura de trabalho automática, a outra era manual, e tem a balança que permite distribuir de forma perfeita a quantidade de

adubo necessária. Além disso, é bastante competitiva na relação qualidade/preço face à concorrência, tratando-se de um modelo bastante equipado. Além disso, a marca tem uma oferta de financiamento bastante competitiva. Feitas as contas, foi a melhor opção que encontrei no mercado”

Como referiu o responsável pela exploração, um dos fatores diferenciadores é o sensor na célula de carga que permite a leitura em tempo real da quantidade de fertilizante presente na tremonha. O outro é o sistema de comporta dupla, em que ambas são comandadas por um atuador elétrico: uma regula a dose de fertilizante a distribuir, a outra regula as operações de abertura e fechamento da saída de material (On/Off). O uso simultâneo e combinado destas comportas maximiza a precisão de espalhamento em todas as partes do campo.

Com sistema de comunicação Isobus a cargo de um software desenvolvido pela Maschio Gaspardo, permite uma gestão da dose variável (VR), das secções de espalhamento (SC) e a capacidade de importar e exportar dados de trabalho.

A eletrónica de bordo calcula a quantidade de produto distribuída por unidade de superfície e, se necessário, corrige o fluxo para otimizar a dose. Este distribuidor com Isobus também inclui a função do corte de cabeceiras em 32 secções controlado por GPS, o espalhamento de taxa variável e a capacidade de alterar as taxas de aplicação para os discos esquerdo e direito de forma independente. Como opcional, está disponível o kit para fertilizar perto de cabeceiras ou riachos sem perda de produto ou contaminação, limitando a largura do raio de espalhamento.

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

Largura de trabalho: 21 a 36 metros

Capacidade da tremonha: 3. 200 kg 2.340 litros

Fluxo máximo: 640 kg/min.

Largura máxima de transporte: 2,55 m

Peso: 880 kg

Veja aqui todas as
da
81 maio/junho 2024 abolsamia
Nélson Prôa, gestor da Prôa & Prôa
fotos
reportagem

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GRUA HIDRÁULICA ROTATIVA GALUCHO GRH E GRH AZEITONA

A grua hidráulica rotativa telescópica é totalmente hidráulica e dispensa a necessidade de o operador subir ao reboque. Tem rotação de 180º e uma configuração que possibilita intercalar entre o trator e o reboque.

Omodelo GRH - Azeitona, foi projetado para carregar azeitonas do chão através de cobertores ou sacos e descarregar em reboque (também pode servir para carregar big bags de adubo). De montagem rápida e fácil nos três pontos do trator, conta com uma articulação com casquilho e eixo de 30 mm de diâmetro. Rotação esquerda e direita de +- 90o, tem três cilindros hidráulicos de duplo efeito, com extensão do braço até 3,5 m e capacidade máxima de elevação de 1300 kg. A altura máxima ao solo são 5 m, tem válvula anti queda montada no cilindro de elevação, e a ponta da lança equipa com gancho e 60 cm de corrente (no modelo GRH) e com duplo gancho e trinco manual e hidráulico no modelo Azeitona.

OPCIONAIS

Kit Hidráulico com Electroválvula + Comando

Kit Hidráulico com Electroválvula + Rádio

Kit Hidráulico com Electroválvula

Kit Hidráulico das Sapatas

Kit Adubador

PONTOS +

Totalmente hidráulica

Maior ângulo de rotação - 180º (Rotação esquerda/ direita ± 90º)

Possibilidade de montagem de comando com e sem fios

Ponta da lança com gancho e 60cm de corrente no modelo GRH e ponta da lança com duplo gancho e trinco manual e hidráulico no modelo GRH – Azeitona. Válvula antiqueda montada no cilindro de elevação.
kg m m GRH 600 - 800 - 1300 5 1,5-2,5-3,5 500 GRH - Azeitona 600 - 800 - 1300 5 1,5-2,5-3,5 517
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
82 abolsamia maio/junho 2024

REBOQUE ELEVATÓRIO GALUCHO R-UP

Concebido a pensar na colheita de azeitona e frutos secos, foi construído com chassi e sub-chassi inferior da caixa.

Aaltura de basculamento útil é de 3,5 m. Tem eixo fixo com rodas 385/65R22.5 e caixa amovível do sub-chassi a partir dos pontos de amarração superiores. Como opcionais apresenta um comando elétrico para o sistema hidráulico, porta traseira com pala e fecho por correntes, pneus 425/65R22.5 e 550/60R22.5, sapatas de estabilização manuais ou hidráulicas, reservatório de óleo independente e pintura alimentar.

OPCIONAIS

Porta Traseira com Pala e Fecho por Correntes

Pintura Alimentar

Sapatas Manuais ou Hidráulicas de Estabilização

Reservatório Óleo Independente

Comando Elétrico para Sistema Hidráulico

Pneus 425/65 R22.5 e 550/60 R22.5

PONTOS +

Caixa de carga amovível

Elevado ângulo de basculamento

3.5 metros de altura de basculamento útil

Construção com chassi e sub-chassi que garante elevada robustez e segurança nas operações de trasfega

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

A construção com chassi e sub-chassi garante uma elevada robustez e segurança nas operações de trasfega.

O
R-UP
foi
concebido a pensar na colheita de azeitona e frutos secos. A altura de basculamento útil é de 3,5 m.
TARA MMA m Caixa (m) COMP. TT LARG.TT ALT.TT COMP. LARG. ALT. R-UP 2500 10000 5 2.1 2.3 4 2.1 1 7.5 1 Eixo fixo 385/65 R22.5
83 maio/junho 2024 abolsamia

UM VINHATEIRO DE PROPULSÃO ELÉTRICA

FENDT E107 V VARIO

No formato e nas dimensões assemelha-se a um vinhateiro com motor de combustão. Mas a aparência esconde muitas diferenças, com o espaço sob o capô a ser aproveitado sobretudo para acolher as baterias.

Com bitola estreita, este especializado adequa-se ao uso em vinhas, em pomares, no interior de estufas ou ainda na manutenção de ciclovias e outros espaços verdes situados em zonas residenciais.

Apesar da propulsão elétrica, é totalmente compatível com as alfaias que os agricultores já possuem atualmente.

TOTY MAIS SUSTENTÁVEL 2024

O Fendt e107 V Vario integrou a lista de candidatos finalistas do prémio internacional Trator do Ano para a edição TotY 2024, tendo sido distinguido na categoria Mais Sustentável. O recurso a uma fonte de energia que teoricamente pode ser neutra em carbono desde a produção da eletricidade na exploração agrícola foi um aspeto tido em consideração pelo júri.

MOTOR E TRANSMISSÃO

Trabalhar com menor ruído e sem emissões poluentes diretas são factores que estão entre os primei-

ros benefícios de um motor elétrico aplicado à agricultura. Estas características favorecem a utilização na proximidade de zonas residenciais, no interior de estufas, ou ainda em pomares e vinhas onde se pretenda trabalhar sem emissões poluentes. Este conceito faz ainda mais sentido se na exploração existir uma

Através de um carregador AC, a carga da bateria pode ser reposta em 5 horas. O acesso aos pontos de verificação é feito pela parte frontal do capô.

central de biogás ou sistemas eólicos ou fotovoltaicos para produção própria de energia elétrica. Consoante o tipo de utilização, o operador pode optar por três modos de potência do motor: Eco, Dynamic e Dynamic+. A potência disponível em cada um dos modos é de, respetivamente, 68, 75 e 90 cv. O pico de potência de 90 cv é disponibilizado apenas por um curto período de tempo, para dar resposta a uma

84 abolsamia maio/junho 2024
Por João Sobral

solicitação momentânea, como por exemplo enfrentar uma subida íngreme.

O motor está associado ao bem conhecido conceito de transmissão de variação contínua da Fendt, que permite a este trator atingir uma velocidade máxima de 40 km/h.

BATERIAS DE 100 KWH

As baterias apresentam uma capacidade de 100 kWh, o que segundo a marca se traduz num tempo de utilização de entre 4 a 7 horas em tarefas que exijam potência parcial.

O Fendt e107 V Vario está equipado com uma tomada CCS2 que permite um carregamento AC (corrente alternada) até 22 kW. A reposição total de energia elétrica na bateria pode ser feita num tempo de carregamento de 5 horas.

É possível optar por um sistema de carregamento DC (corrente contínua) de 80 kW, para obter a reposição da bateria num mais curto

MOTOR

Fabricante/modelo Não disponível

Potência nominal 50 kw / 68 cv

Potência constante 55 kw / 75 cv

Pico de potência 66 kw / 90 cv

Binário máximo / reserva 347 Nm / 42%

Capacidade das baterias 100 kwh

TRANSMISSÃO

Marca / modelo Fendt / Vario

Configuração Variação contínua

Velocidade 0,02 até 40 km/h

HIDRÁULICO

Tipo Centro fechado c/ sensor de carga

Capacidade de elevação Traseira: 2.830 kg Ft: 2.441 kg

Fluxo da bomba 71 L/min

Bomba da direção 49 L/min

DIMENSÕES

Comprimento 3.708 mm

Largura 1.070 mm

Altura 2.310 mm

Distância entre eixos 2.290 mm

Peso em vazio 3.280 kg

Carga máxima admissível 4.800 kg

período de tempo. Permite recuperar a carga da bateria de 20% para 80% da capacidade em cerca de 45 minutos.

SISTEMA HIDRÁULICO E TDF

Pode comportar alfaias em posição traseira, dianteira e ventral, dispondo de 4 válvulas hidráulicas na traseira e 6 válvulas na posição ventral. Tal como nas outras séries de tratores Fendt, pode ser equipado com distribuidores de face plana, para garantir que o óleo não é contaminado com sujidade. Possui TDF atrás com regime de 540, 540E e 1000 rpm, e também à frente, com regime de 1000 rpm.

CABINE COM CONCEITO FendtOne

A arquitetura da cabine é de quatro pilares, com piso plano. O ambiente a bordo segue o mesmo princípio dos tratores de outros segmentos da Fendt. Aí, encontramos um painel de instrumentos digital de 10” e um monitor de 12” instalado junto ao teto da cabine, bem como um joystick 3-L para controlo dos serviços hidráulicos que concentra até 27 diferentes funções.

O posto de condução, os comandos e a instrumentação enquadram-se no conceito FendtOne, que possibilita a transmissão de dados entre o trator e a exploração (onboard/offboard) e permite ainda atualizações futuras, à medida que a Fendt vai desenvolvendo novas soluções.

A nível de visibilidade, a inexistência de sistema de escape é um constrangimento a menos para o operador. Neste modelo, a marca propõe dois níveis de equipamento: Profi e Profi+. A filtragem de categoria 4 está entre os opcionais.

A secção traseira apresenta todos os elementos muito concentrados, para assegurar uma largura total reduzida.

TRACTOR OF THE YEAR 2024
85 maio/junho 2024 abolsamia

TECNOLOGIA

E CONFORTO

Sistema de guiamento automático FendtGuide, telemetria, Fendt TI para gestão de cabeceiras, Fendt Task Doc, controlo de secções, aplicação de taxa variável, e soluções especiais para culturas permanentes (segmentos de contorno único). São estas as principais ferramentas para agricultura de precisão disponibilizadas pela marca alemã neste trator. No conforto, o destaque vai para o baixo nível de ruído a bordo, para o sistema automático de climatização fornecido como equipamento standard, para o assento pneumático e para a suspensão hidráulica no eixo dianteiro.

O Fendt e107 V Vario foi projetado para ser compacto, o que facilita a navegação entre as fileiras de vinhas.

PNEUS ESPECIAIS

Este modelo vem equipado com pneus TM1 Eco Power nas medidas 280/70R16 no eixo dianteiro e 380/70R24 no eixo traseiro. Os pneus TM1 Eco Power foram desenvolvidos pela Trelleborg especificamente para este trator, procurando um equilíbrio entre performance e eficiência energética, e apresentando uma baixa resistência ao rolamento.

EXTENSOR DE AUTONOMIA

A pensar nos clientes que fazem uma utilização mais intensiva, a Fendt irá pôr no mercado um dispositivo capaz de duplicar o tempo de utilização do trator. Desenvolvido em parceria com a Agco Power, a fábrica de motores do Grupo, o extensor de autono-

mia é um dispositivo alimentado a metanol que, através de uma pilha de combustível, fornece uma potência adicional de 15 kW. Dependendo do tipo de tarefa, a marca anuncia que a autonomia pode passar de 4 para 8 horas de trabalho.

DISPONIBILIDADE

As encomendas podem ser feitas desde já. As primeiras unidades para comercialização em série serão produzidas na fábrica da Fendt em Marktoberdorf, na Alemanha, a partir do quarto trimestre deste ano.

O uso do Fendt e100 V Vario é projetado para espaços fechados, como estufas.

Numa fase inicial, os e107V Vario estão destinados a concessionários de mercados piloto na Alemanha, Noruega e Holanda, não se conhecendo ainda com exatidão em que momento posterior o e107V chegará aos restantes mercados europeus.

86 abolsamia maio/junho 2024

PLASTIFICADORAS

ENFARDADEIRAS SEMEADORES PNEUMÁTICOS

Representante em Portugal das marcas: IMPORTADOR PARA PORTUGAL

Expansão, Lda

GAMA
VOLTA FENOS
Casal das Arcadas E. N. 118 Apdo. 62 - 2130-999 Benavente T. 263 516 573 / 117 / Tlm. 919 355 124 E.mail: expansaolda@net.sapo.pt GADANHEIRAS
COMPLETA DE EQUIPAMENTOS FORRAGEIROS

CORMICK X5.120 P3-DRIVE

Vencedor do prémio TOTY (Trator do Ano) 2024 na categoria de Melhor Utilitário, o McCormick X5.120 P3Drive destaca-se pela robustez e versatilidade, mas também pela sofisticação tecnológica, com soluções pouco habituais no segmento. O pacote ADS+ - Advanced Driving System Plus e o ergonómico joystick SmartPilot são apenas dois (bons) exemplos desta aposta na tecnologia colocada ao serviço da segurança e do conforto do utilizador.

Quando a revista abolsamia se deslocou a Itália para conhecer ao detalhe o novo McCormick X5.120 P3-Drive ainda estávamos na fase de avaliação dos candidatos, mas, desde logo, saltou

à vista (e ao tato) que este seria, sem dúvida, um dos mais sérios candidatos ao título entre os utilitários. E as nossas previsões vieram a confirmar-se, com os 25 jurados a ficarem rendidos à versatilidade, robustez e conteúdo tecnológico deste trator, um verdadeiro multitarefas que se presta ao trabalho diário no campo.

MOTOR COMPROVADO

Esta gama X5 compreende três modelos: X5.100, X5.110 e X5.120, com potências máximas de 95, 102 e 114 cv, respetivamente. No caso do X5.120 P3-Drive o motor é um FPT F36 de 4 cilindros e 16 válvulas, com turbo e intercooler, e 3,6 litros de cilindrada. Como não podia deixar de ser, esta unidade já cumpre as normas de emissões Stage V. Uma das novidades deste motor é que os engenheiros conseguiram “encaixar” tudo (incluindo o sistema de pós-tratamento dos gases de escape) sob um capô de peça única, melhorando a visibilidade do tratorista, não comprometendo a facilidade

O X5.120 P3-Drive equipa com motor FPT F36, de 4 cilindros e 16 válvulas, com turbo e intercooler, e 3,6 litros de cilindrada.

de manutenção e salvaguardando o fácil acesso e limpeza do sistema de refrigeração. O mesmo se aplica à posição ergonómica da bateria e do filtro de ar. Outra boa notícia, é que os intervalos de manutenção chegam agora às 500 horas. A versão que tivemos oportunidade de experimentar era a mais potente das três, com uns anuncia -

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dos 114 cv de potência e 460 Nm de binário às 1400 rpm, um aumento de 32% que garante uma excecional disponibilidade em muito baixos regimes de utilização. Por fim, resta-nos acrescentar que o depósito acomoda 135 litros de combustível e existe um reservatório de 13 litros para o AdBlue, solução obrigatória para conseguir cumprir as referidas normas de emissões.

TRANSMISSÃO ROBOTIZADA

Denominada P3-Drive, esta transmissão robotizada desenvolvida pela Argo Tractors permite uma combinação de 3 PowerShifts (HML) com 4 mudanças robotizadas para cada gama, oferecendo 12 relações controladas automaticamente, o que resulta num total de 36+12 ou 48+16 com o modo creeper. Todo o sistema é controlado de forma simples e muito prática através do joystick SmartPilot, tirando partido da função Auto PowerShift (APS) que engata automaticamente a relação seguinte à medida que a velocidade aumenta, tanto nas operações de campo (AutoField) como em estrada (AutoRoad). Esta transmissão é acompanhada por uma função Stop & Action, em que a transmissão desengata automaticamente ao travar.

CONFORTO FOI PRIORIDADE

Tendo em conta o bem-estar do utilizador, o McCormick X5.120 P3-Drive vem equipado com eixo dianteiro e cabine suspensos. Esta também

MOTOR

Fabricante/modelo FPT/36

Nº de cilindros/cilindrada 4/3600 cm3

Potência máxima 114 cv

Binário máximo/rpm 460 Nm/1400

Nível de emissões Fase V

TRANSMISSÃO

Configuração Powershift 36/12 ou 48/16

Velocidade máxima 40 km/h

HIDRÁULICO

Capacidade de elevação Traseira 4500 kg/frente 2200 kg Fluxo da bomba 82l/min.

DIMENSÕES

Distância entre-eixos 2355 mm

Peso máximo admissível 7000 kg

transmissão e do joystick que permite controlar o carregador frontal com uma precisão “milimétrica”. De referir ainda que este McCormick tem um peso em ordem de marcha de 4000 kg e que tem um peso bruto de 7000 kg. O engate dianteiro tem uma capacidade máxima de elevação de 2.200 kg. Se especificado com o M20 integrado, a capacidade de elevação deste é de 1800 kg e a altura máxima é de 3870 mm.

HIDRÁULICO E TDF DE GRANDE NÍVEL

Em termos de hidráulico, o McCormick X5.120 P3-Drive conta com uma disposição de centro aberto e uma bomba tripla de 82+32 l/min, assegurando um elevado desempenho com o carregador, os engates traseiro e dianteiro e as alfaias que podem ser ligadas aos 5 distribuidores do trator. O engate traseiro de categoria 2, controlado eletronicamente e com uma capacidade de 4.500 kg, é preciso e fácil de utilizar graças, mais uma vez, ao joystick SmartPilot. A tomada de força traseira oferece até 4 velocidades e conta com controlo remoto, além disso oferece uma função autoTDF. A dianteira também conta com esta função e com controlo remoto e funciona a 1000 rpm.

ADS+ É UMA NOVIDADE DE PESO

Todo o sistema é controlado de forma simples e muito prática através do joystick SmartPilot.

foi melhorada do ponto de vista ergonómico e da visibilidade. De referir também a adição do já mencionado comando SmartPilot do tipo joystick, que controla igualmente o engate traseiro e a tomada de força. Já o carregador frontal M20 também é facilmente controlado com o joystick ergonómico dedicado. Como tivemos oportunidade de ensaiar em primeira mão, o McCormick é especialmente fácil de utilizar e, após um curtíssimo período de adaptação, pode ser facilmente operado até por um utilizador pouco experiente. O ensaio proposto consistia no manuseamento de fardos redondos e na sua sobreposição, tarefa dificultada apenas pelas irregularidades do terreno, mas a verdade é que o trator construído em Itália tornou a tarefa de uma facilidade desconcertante, com destaque para a eficácia da

O inovador sistema ADS+ (Advanced Driving System+) permite uma gestão avançada das funções de direção, como o realinhamento automático das rodas no modo Road.

O inovador sistema ADS+ (Advanced Driving System+) estreado pelo X5-120 P3-Drive permite uma gestão avançada das funções de direção, como o realinhamento automático das rodas no modo Road (existem três modos de condução: Road, Field e Auto), a redução do esforço na direção em terrenos irregulares e um sistema que aumenta o peso da mesma à medida que a velocidade aumenta, uma solução semelhante à utilizada nos automóveis convencionais e muito útil em estrada, por exemplo. Outra função especialmente relevante quando trabalhamos em pisos muito degradados e irregulares é a capacidade de reduzir os movimentos indesejados na direção de forma automática, o que torna a condução muito mais confortável e, acima de tudo, precisa e segura.

TRACTOR OF THE YEAR 2024
89 maio/junho 2024 abolsamia

GUIA ESSENCIAL OBTER A CARTA DE TRATOR AGRÍCOLA EM PORTUGAL

Prepare-se para a Ação de formação obrigatória a partir de 1 de agosto de 2024! Neste artigo, desvendamos as três licenças disponíveis, além de respondermos ao fundamental ‘onde, como e quando?’. Entenda por que é essencial obter a sua Carta de Trator Agrícola para garantir a segurança e cumprir a legislação vigente, evitando penalizações e promovendo a responsabilidade no setor agrícola e na via pública.

Antes de iniciar o processo para obter a Carta de Trator Agrícola (T3), é necessário atender a alguns requisitos básicos e conhecer a documentação obrigatória.

Desde logo, terá de ter o cartão de cidadão atualizado e munir-se de um atestado médico. A maioria das escolas de condução disponibilizam este serviço e têm protocolos com os profissionais responsáveis por passar o dito atestado.

No caso de já ter carta de condução de carro ou moto, por exemplo, convém saber se está devidamente válida.

Formação
Por Rui Reis
90 abolsamia maio/junho 2024

Além disso, deve residir em Portugal e ter, pelo menos, 16 anos para a categoria I ou 18 anos para as categorias II e III. Também não pode estar inibido de conduzir ou sujeito a medidas de interdição de concessão de carta de condução.

Os menores de idade (entre os 16 e os 18 anos), deverão fazer-se acompanhar de uma certidão de nascimento narrativa completa e da devida autorização de pessoa que exerce o poder paternal, acompanhada do respetivo bilhete de identidade ou cartão de cidadão.

Todo o processo fica em cerca de 350€

Segundo o que a revista abolsamia conseguiu apurar, na região da Grande Lisboa, a obtenção da carta está a demorar, em média, cerca de dois meses. Em relação aos custos associados, todo o processo fica em cerca de 350€, embora o valor possa variar de escola para escola e de região para região.

Já as taxas obrigatórias (incluídas nos 350€) são:

• Emissão de Licença de Aprendizagem 10€;

• Prova teórica (só para candidatos não habilitados com carta de condução) 15€;

• Prova prática 15€;

• Emissão de carta de Condução 30€.

Que carta precisa?

As cartas de trator e restantes máquinas agrícolas pertencem à categoria T que se divide nas subcategorias I, II ou III, consoante as habilitações legais que confere:

• Grupo I: Motocultivadores com reboque ou atrelado e tratocarros desde que o peso máximo do conjunto não exceda os 2 500 kg.

• Grupo II: Tratores agrícolas ou florestais simples, com ou sem equipamentos montados, desde que o peso máximo do conjunto não exceda 3 500 kg, ou tratores agrícolas ou florestais com reboque ou máquina agrícola ou florestal rebocada, desde

que o peso máximo do conjunto não exceda os 6 000 kg.

• Grupo III: Tratores agrícolas ou florestais com ou sem reboque e máquinas agrícolas pesadas.

Para obtenção de carta de condução da categoria T, pode inscrever-se numa escola de condução, podendo o exame ser realizado em centros de exame do IMT ou centros de exame privados. Num centro de formação reconhecido pelas áreas da agricultura, emprego e educação, frequentando o curso adequado. Já o exame de condução da categoria I (a partir dos 16 anos) pode ser feito em alguns centros de formação profissional.

Formação teórica

O processo de obtenção da carta de trator agrícola começa com a formação teórica. Os candidatos participam em aulas que abrangem temas como legislação de trânsito (se tiver carta de condução B, por exemplo, não precisa de assistir a

Formação

esta formação), segurança rodoviária e especificidades relacionadas com a condução de tratores. Essa etapa é crucial para construir uma base sólida de conhecimento sobre as normas aplicáveis à condução de veículos agrícolas.

Formação prática

A parte prática do processo é igualmente decisiva. Os candidatos realizam aulas práticas em ambientes agrícolas simulados, aprendendo a manobrar tratores em diferentes condições e diversos tipos de terreno. Essa formação prática inclui técnicas de condução segura, operação de implementos agrícolas e ações preventivas em situações adversas.

Exame teórico e prático

Após a conclusão da formação, os candidatos enfrentam exames teóricos e práticos. O exame teórico avalia a apreensão do candidato em relação às normas e práticas de condução de tratores agrícolas. Já o exame prático coloca à prova as habilidades adquiridas durante a formação, garantindo que os candidatos estão aptos a operar tratores com segurança.

Renovação

A obtenção bem-sucedida da Carta de Trator Agrícola é seguida pela emissão do documento. É importante ressaltar que a carta possui validade e deve ser renovada de acordo com as normas estabelecidas. A renovação pode envolver a atualização de conhecimentos teóricos e a realização de um exame prático de avaliação.

ATENÇÃO!

AÇÃO DE OBRIGATÓRIAFORMAÇÃO

A

PARTIR DE 1 DE

AGOSTO DE 2024

A partir de 1 de agosto de 2024, os condutores habilitados para as categorias B que pretendam conduzir veículos agrícolas do tipo II e os condutores habilitados para as categorias C e D que pretendam conduzir veículos agrícolas do tipo III, têm que ter frequentado com aproveitamento a ação de formação COTS (Conduzir e Operar com o Trator em Segurança) ou da equivalente UFCD (Unidade de Formação de Curta Duração), re conhecida nos termos do artigo 5.º do Despa cho n.º 3232/2017, de 18 de abril. Os titulares da carta de condução com as categorias T1, T2 e T3 não necessitam de frequentar esta ação de formação.

A CARTA DE CONDUÇÃO DE TRATOR AGRÍCOLA É OBRIGATÓRIA EM PORTUGAL

Em Portugal, a condução de tratores agrícolas sem a devida carta de trator agrícola pode acarretar penalizações significativas. É crucial que os utilizadores estejam cientes das consequências legais associadas à falta de licença adequada. As penalizações incluem:

- Multa monetária: A falta da Carta de Trator Agrícola é considerada uma infração e pode resultar em multas financeiras substanciais. O valor exato da multa pode variar, sendo determinado pelas autoridades competentes, e geralmente é proporcional à gravidade da infração.

- Apreensão do veículo: Além da aplicação de multas, as autoridades têm o poder de apreender o trator agrícola que está sendo operado sem a devida Carta. A apreensão é uma medida mais severa e visa desencorajar a condução ilegal.

- Pontos na carta de condução: Em alguns casos, a infração de condução de tratores sem a Carta de Trator Agrícola pode resultar na retirada de pontos à Carta de Condução do condutor. Em último caso, a retirada de pontos pode levar à suspensão temporária de conduzir ou mesmo à perda da Carta de Condução.

- Implicações legais adicionais:

A falta da Carta de Trator Agrícola pode resultar em implicações legais adicionais, como processos judiciais. Isso dependerá da gravidade da infração e de eventuais danos causados a terceiros ou a propriedades.

- Seguro inválido: Operar um trator agrícola sem a licença necessária pode invalidar o seguro do veículo. Isso significa que, em caso de acidente, o condutor pode ser responsabilizado por todos os custos associados a danos pessoais ou materiais.

Enquadramento legal: Entende-se por «trator agrícola ou florestal» o veículo com motor de propulsão dotado de rodas ou lagartas, com o mínimo de dois eixos, cuja função essencial resida na potência de tração, especialmente concebido para puxar, empurrar, suportar ou acionar alfaias, máquinas ou reboques destinados a utilizações agrícolas ou florestais e cuja utilização no transporte rodoviário ou a tração por estrada de veículos utilizados no transporte de pessoas ou mercadorias seja apenas acessória.

A obtenção de carta de condução de veículos agrícolas, correspondente à categoria T do tipo I, II ou III depende da aprovação de um exame de condução constituído por prova teórica e prova prática, para os veículos do tipo II ou III e de prova prática acompanhada de um questionário oral sobre as regras, sinais de trânsito e conhecimentos sobre prevenção de acidentes, para os veículos do tipo I.

Se os interessados já forem portadores de carta de condução B, só deverão realizar a prova prática, conforme previsto nos n.º5 e 6 do artigo 35.º do Regulamento da Habilitação Legal para Conduzir (RHLC), aprovado pelo DL n.º 138/2012, de 05 de julho, na sua redação atual.

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93 maio/junho 2024 abolsamia
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JORNADAS TÉCNICAS DE INOVAÇÃO EM BEJA

Organizadas sob a égide do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), as Jornadas Técnicas de inovação decorreram em Beja nos passados dias 11 e 12 de abril e foram dedicadas ao tema “Mecanização Agrícola – Agricultura de Precisão – Tecnologias e Contributo para a Sustentabilidade”. O evento, que ficou ainda marcado pela presença de vários exemplos de máquinas já entregues ao IEFP, foi seguido de perto pela revista abolsamia que aproveitou para falar com os principais intervenientes.

Com o objetivo de capacitar formadores e técnicos do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) do setor agrícola, o foco destas Jornadas Técnicas de Inovação foi o eficaz manuseamento de máquinas e equipamentos agrícolas tecnologicamente avançados, adquiridos no âmbito do Plano de Investimentos – PRR. O investimento – que no que toca apenas a equipamentos agrícolas, terá rondado os 4 milhões de euros - visou a modernização de uma frota de tratores, alfaias e outros equipamentos agrícolas que há muito careciam de um upgrade tec-

nológico e a consequente adaptação à realidade atual. Ainda neste tema, foram abordadas novas tecnologias como a georreferenciação, a digitalização de sistemas e procedimentos, a automação e a condução autónoma, a telemetria e os protocolos de comunicação entre máquinas, no âmbito da Agricultura de Precisão. O programa do evento incluiu diferentes painéis com a participação de especialistas nacionais de renome nas respetivas áreas, representando uma oportunidade única para agricultores, formadores, formandos, académicos e demais presentes, trocarem impressões, expressarem as suas opiniões e esclarecerem dúvidas.

Uma jornada muito enriquecedora e que serviu ainda para avaliar o desafio da falta de mão de obra especializada e o papel que as empresas, em parceria com as entidades públicas (entre elas o IEFP), têm na dinamização dos currículos formativos e no acompanhamento dos formandos ao longo do seu processo de aquisição de conhecimentos. O exemplo das “mesas redondas” que juntam grandes empresas nacionais

Formação
94 abolsamia maio/junho 2024

como a Sovena e a Herdade do Esporão com entidades públicas, ou os “laboratórios” que potenciam a criação de cursos específicos (profissionais ou superiores) devidamente adaptados às necessidades reais das empresas nacionais. Mais do que um mero papel consultivo, estas empresas contribuem ativamente para a definição dos currículos dos cursos e promovem a criação de áreas de formação específicas que possam colmatar as suas necessidades de mão de obra especializada. Além disso, possibilitam a formação em contexto de trabalho, contribuindo de forma decisiva para que os formandos possam aplicar, no terreno, o que aprenderam nas “salas de aulas”.

A verdade é que este importante “cruzamento” de interesses tem dado frutos e com resultados impressionantes já que, por exemplo, o primeiro curso de técnico de Operadores

de Máquinas Agrícolas concluído após esta parceria entre entidades públicas e privadas teve uma taxa de empregabilidade de 90% e um ordenado médio a rondar os 1600€/mês.

terá rondado os 4 milhões de euros.

Esta iniciativa conjunta é uma das faces visíveis de um plano mais global e abrangente que inclui, como referido, a renovação total da frota de maquinaria agrícola dos 24 centros do IEFP que, no país, tem a valência da formação na área da agricultura.

Esta participação ativa das empre-

Veja aqui todas as fotos do evento

sas do setor também se traduz na formação dos próprios formadores, já que são os meios técnicos destas (incluindo o pessoal especializado) que permitem tirar pleno partido das máquinas e tecnologias já entregues aos centros do IEFP.

Este desígnio nacional também não se esgota neste período de tempo, já que o próprio IEFP admite que, dado este pontapé de saída, este será um processo evolutivo permanente. Apesar de terem optado por máquinas topo de gama, que garantem uma maior vida útil e o contato com tecnologias que representam o estado da arte no setor agrícola, a ideia é não perder o comboio a médio e longo prazo. Com o setor agrícola num processo de mutação permanente e rápida evolução, não podemos voltar ao tempo em que formadores e formandos trabalhavam com ferramentas desatualizadas há décadas.

David Simão, Presidente da Direção do Nerbe/AebalAssociação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral

“A falta de mão de obra altamente qualificada, nomeadamente ao nível de operadores e técnicos que saibam tirar partido das tecnologias e equipamentos agrícolas atuais, como os utilizados na agricultura de precisão, é um problema, mas igualmente grave é não haver um diagnóstico feito e avaliadas devidamente as necessidades de formação nesta área. Esta carência complica a criação de uma agenda formativa devidamente adaptada à realidade nacional. Na Associação Empresarial, em parceria com a ACAP, e mais especificamente com a comissão especializada de concessionários de máquinas agrícolas, temos tentado sintetizar e priorizar aquilo que são as reais necessidades do mercado. O problema tem uma

FLORESTAIS

O investimento relativo à renovação dos equipamentos agrícolas do IEFP no âmbito do PRR,
95 maio/junho 2024 abolsamia
INDUSTRIAIS AGRÍCOLAS CARREGADOR FRONTAL MADE IN AGRORAMOA
EM SOLUÇÕES
ESPECIALISTAS

Formação

dimensão tal que a única forma de o “atacar” é começar aos poucos a dividi-lo em parcelas para que possamos resolver, de forma eficiente, uma de cada vez.

Esta parceria entre os diferentes atores já levou a algumas conclusões?

“O que percebemos é que a única forma de atuarmos é numa frente unida com as instituições que têm responsabilidades na formação. Com a capacidade instalada dos centros de emprego, e agora muito reforçada com este investimento em máquinas e tecnologia, este problema pode ser, finalmente, resolvido a nível nacional e com uma maior abrangência. Isto, claro, tendo sempre em atenção que cada região do país tem necessidades específicas, as suas culturas, a sua forma de trabalhar a agricultura. Aquilo que queremos é que os agricultores evoluam para empresários agrícolas, que tenham uma atividade cada vez mais rentável e eficiente, para que possam manter o investimento contínuo nas novas tecnologias e na formação, alavancando assim uma vantagem competitiva para si e para o país”.

E este investimento na atualização das “ferramentas” ao dispor do IEFP insere-se nesta estratégia?

“Claro que este investimento é muito bem-vindo e a pecar só se for por tardio. Era impossível continuar a fazer formação nesta área recorrendo a máquinas com 30 ou mais anos, completamente obsoletas. O IEFP faz este investimento nas máquinas e as empresas importadoras ou as próprias marcas disponibilizam os seus recursos técnicos para que os formadores estejam permanentemente atualizados e para que a formação ministrada nos centros de emprego seja aquela que as empresas necessitam. Mas este tem de ser um processo contínuo. Foi dado um passo decisivo e, à medida que formos avaliando os resultados obtidos, temos de ir validando as necessidades de investimento. Também não nos podemos esquecer que temos uma população, em contexto de trabalho, nas próprias empresas que carece desta mesma formação. Temos de atuar nesse sentido para que possamos todos falar a mesma linguagem, para que possamos estar todos na mesma página e para que as empresas sintam nas contas das suas explorações o resultado do investimento na formação”. O problema do envelhecimento e da incapacidade de reter trabalhadores nesta área foi outro tema abordado por David Simão. Para o Presidente da NERBE/AEBAL, este desafio só se resolve com “a dignificação das carreiras do setor. As pessoas têm de ter uma noção de futuro no setor agrícola. Comparando com a gastronomia, há 20 anos ninguém queria trabalhar numa cozinha, hoje ser Chef é o objetivo de muitos jovens, porque vêm nesta atividade uma carreira, uma visão de futuro. Nós temos de fazer o mesmo, temos de investir nos nossos recursos humanos e em dignificar as carreiras associadas à agricultura para que mais jovens se sintam atraídos para o setor e que ambicionem trabalhar nesta área de atividade”.

Francisco Palma, Diretor da Associação de Agricultores do Baixo Alentejo

“Este evento reveste-se de um caráter de grande relevância. Estamos no centro do Alqueva, um investimento público crucial para esta região e que veio trazer quase 200 mil hectares de regadio. Este é complementado pelos investimentos privados em culturas permanentes e em sistemas de rega, pelo que a divulgação do que é a agricultura de precisão, dos equipamentos que existem e da tecnologia associada é muito bem-vinda. Em relação à área de formação, o olhar do IEFP para esta temática e para a necessidade de dar resposta à evidente falta de mão de obra especializada, em particular no setor da agricultura de precisão, também se reveste de especial importância. A falta de pessoas, de operadores e mecânicos deste tipo de maquinaria tão evoluída tecnologicamente, é realmente um problema que, se não for atacado já, pode escalar e limitar a ação de muitos agricultores e investidores nesta área de atividade”.

José Pedro Salema, Presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA)

“Para nós é sempre muito importante contactarmos com este público, mostrarmos o que fazemos e tentarmos influenciar os operadores do setor para as vantagens do uso mais eficiente do grande desígnio nacional que é o Alqueva. Queremos que esta região agrícola seja ultra eficaz na transformação da água em valor, em empregos e em alimentos. Para isso, a formação profissional também é essencial. Temos falta de mão de obra no setor e mesmo a que “importamos” não é, muitas das vezes, qualificada ou especializada. Temos, por isso, de fazer um esforço acrescido na adequação da formação e dos formandos às necessidades das empresas. Como disse, esta falta de mão de obra é uma realidade para a maioria dos agricultores e nem o recurso a outras geografias, a outras regiões deste imenso mundo global, consegue colmatar as necessidades. Já temos muitos técnicos estrangeiros a trabalhar no Alentejo, mas este é um desafio a longo prazo. Não podemos querer que, de um dia para o outro, tenhamos todos os alentejanos a querer trabalhar no Alentejo e, em particular, na agricultura. Daí que o papel de entidades como o IEFP seja tão importante para enfrentar este problema”.

96 abolsamia maio/junho 2024

“Dar visibilidade aos recursos que temos e as potencialidades que oferecemos na área da formação é de grande relevância. Esta é uma área de atividade que está a sofrer profundas alterações e é importante que o IEFP tenha capacidade de dar resposta pronta às necessidades formativas colocadas por estes novos desafios, articulando esta resposta com as empresas do setor e adaptando a oferta na área da formação às suas necessidades específicas. O IEFP tem estado muito atento a esta carência de mão de obra qualificada e este investimento tão significativo, tanto em equipamento como no próprio edificado, vem exatamente nesse sentido, o de dotar formadores e formandos com as ferramentas necessárias para uma formação de qualidade e adaptada à realidade atual do setor”.

Carlos Fonseca, Diretor de Serviços de Qualificação do Departamento de Formação profissional do IEFP

“Todo este processo teve início na altura da pandemia. Foi um trabalho realizado de forma articulada com os 34 serviços de formação profissional do país. Andámos por todo o território nacional a avaliar as necessidades, com um grande envolvimento direto dos técnicos do IEFP responsáveis pela área da agricultura, para estabelecer um plano de investimentos. Neste momento, já temos os 24 serviços com formação no âmbito da agricultura equipados com os equipamentos requeridos. Optámos por adquirir equipamentos topo de gama e tecnologicamente evoluídos para garantirmos um tempo de vida útil mais alargado, muito embora saibamos que este processo de modernização é imparável e que terá de ser monitorizado permanentemente”.

Findo este processo de escolha e receção dos equipamentos, que outras preocupações tem o IEFP? Neste momento, a nossa preocupação, mais do que com os equipamentos, é fazer o necessário reskilling dos técnicos envolvidos, no sentido de tirarem pleno partido das ferramentas à sua disposição e melhor ensinarem os formandos.

Igus

Liderar a revolução da lubrificação zero

A Igus apresentou 247 novos produtos na Exposição Hannover Messe. Entre estes, destacam-se os rolamentos de carga pesada, cruciais para a gama “Lubrificação Zero”.

AIgus está na vanguarda da inovação nos materiais de movimento e lubrificação zero na indústria. Na Exposição Hannover Messe de 2024, a marca alemã apresentou 247 novos produtos alinhados com este posicionamento comercial. Estes incluem rolamentos de alta carga para máquinas pesadas, incluindo tratores e máquinas agrícolas, novos materiais sustentáveis sem PTFE e PFAS, e até mesmo um rolamento feito de 50% de madeira e 50% de plástico de alto desempenho, dando um importante passo em frente na integração de matérias-primas renováveis na produção industrial. Com 60 anos de experiência em plásticos de movimento e uma vasta quantidade de dados resultantes de testes e aplicações, a Igus desenvolveu um sistema de inteligência artificial (IA) que permite aos utilizadores encontrar soluções de movimento sem lubrificação para uma variedade de aplicações industriais e máquinas. Este sistema de IA, incorporado na aplicação igusGO, oferece aos utilizadores a capacidade de identificar imediatamente soluções comprovadas para os seus sistemas, seja através de voz, foto ou texto.

A Igus também está comprometida em oferecer coberturas abrangentes para os seus produtos, com uma garantia de até quatro anos para todos os que tenham uma vida útil previsível.

John Deere apresenta o novo 5M

Disponível com novas transmissões e funcionalidades

AutoTracTM integradas no painel de instrumentos, o novo 5M da John Deere é uma máquina versátil no campo, na exploração agrícola e na estrada. Quanto à gama de modelos, a John Deere introduziu o 5130M, ampliando o portefólio com uma potência máxima de até 135 cv.

As novas opções de transmissão PowrQuadTM PLUS e Powr8TM oferecem aos agricultores soluções para uma grande variedade de tarefas. A tecnologia permite aos operadores experienciar uma força de tração contínua com mudanças de velocidade suaves dentro do grupo selecionado. Adicionalmente, um botão na alavanca elimina a necessidade de aplicar manualmente a embraiagem ao mudar de velocidade entre grupos. Graças à funcionalidade EcoShift, o trator 5M reduz as rotações para poupar

combustível e fornece simultaneamente potência suficiente para realizar as tarefas de transporte de forma eficiente com uma velocidade de até 40 km/h.

A integração do AutoTracTM no painel de instrumentos — uma funcionalidade que, para proprietários de tratores da série 6M, está presente no monitor do pilar A da cabine — aumenta a precisão e a eficiência ao minimizar as sobreposições durante trabalhos no campo . O sistema de guiamento ajuda a manter a trajetória em tarefas de campo em linha reta. É possível realizar, a qualquer momento, uma atualização para funcionalidades de guiamento mais avançadas com um monitor universal G5.

Com um raio de viragem compacto de 4,1 metros, a série 5M da John Deere proporciona uma boa manobrabilidade e torna-se adequada para trabalhos dentro da exploração e tarefas de alimentação para o gado em espaços confinados. O capô rebaixado e a grande janela no tejadilho oferecem aos operadores uma maior visibilidade, especialmente em tarefas com a pá-carregadora. A nova série 5M inclui a funcionalidade de análise preditiva Expert Alerts, que possibilita o reconhecimento antecipado de necessidades de manutenção, reforçando a fiabilidade operacional e reduzindo tempos de inatividade inesperados.

John Deere
Produto
98 abolsamia maio/junho 2024

New Holland apresenta T3 100% elétrico

A marca do Grupo CNH apresentou uma verdadeira inovação na feira agrícola de Konya, na Turquia: o T3 Electric Power. Um trator 100% elétrico com uma bateria de 75 kWh.

Sob o capô deste T3 encontra-se uma bateria de 75 kWh, que fornece 800 volts de alta tensão para a propulsão de dois motores elétricos. Um motor elétrico aciona a transmissão e, portanto, as rodas, enquanto o outro alimenta o sistema hidráulico e a tomada de força. Segundo o

fabricante, o motor elétrico das rodas tem uma potência máxima de 75 kW, o que equivale a mais de 100 cv.

Transmissão

O trator continua a ter uma transmissão, mas é “robótica”, o que significa que o trator muda de velocidade eletronicamente. Graças à transmissão elétrica, o binário máximo está disponível a partir de uma velocidade de 1 km/h. Também está disponível um modo de velocidade opcional de 40 km/h.

A New Holland iniciou o desenvolvimento deste trator em 2019. O trator é vendido como um trator standard com tração às

duas rodas e com tração às quatro rodas, como opção.

Türk Traktör

Oficialmente, não é a New Holland, mas sim o fabricante turco Türk Traktör que apresentou este trator. A Türk Traktör é propriedade da New Holland e constrói tratores para as marcas New Holland e Case IH.

O novo T3 Electric Power estará disponível no quarto trimestre de 2024, inicialmente apenas na Turquia e possivelmente mais tarde na Europa. O preço ainda não foi anunciado pela New Holland/Türk Traktör.

GUSS

Estreia mundial

Sede

Zona Industrial - LT 6C, Rua C 5370-309 Mirandela

T. 278 248 303 . M. 935 409 244 comercial@nordestemaquinas.pt www.nordestemaquinas.pt

A John Deere e a GUSS Automation revelaram o Electric GUSS, o primeiro pulverizador autónomo e totalmente elétrico do mundo.

AJohn Deere e a GUSS Automation lançaram o Electric GUSS, o primeiro pulverizador autónomo e totalmente elétrico do mundo, na Califórnia. Destaca-se pela eficiência e sustentabilidade, com um sistema de deteção de infestantes que reduz o uso de herbicidas em até 90%. Equipado com baterias elétricas, pode operar durante um turno completo, reduzindo custos e emissões. Com 7,16m de comprimento, 1,93m de altura e uma largura operacional de 2,54 a 5,79 metros, o Electric Guss inclui barras de pulverização ajustáveis. O sistema Smart Apply Intelligent Spray Control otimiza a proteção das culturas, economizando até 50% nos produtos químicos e na água

DISTRIBUIDORES DE EQUIPAMENTOS AGRÍCOLAS

Trituradores florestais

Intercepas e deservagem para pomares e vinhas

Cultivadores e subsoladores

Máquinas para colheita e processamento de fruta

Colhedoras de castanhas

Máquinas p/ colheita de azeitona

Máquinas p/ vinha

Espalhadores distribuidores de estrume

Carregadores frontais e retros

Intercepas

Colhedoras automotrizes de castanha

Pulverização

Podadoras p/ olival

Pulverizadores

Gadanheiras e Volta-fenos

Máquinas para preparação de solos

Empilhadores | Retroescavadoras

Calibradores e descascadores de avelã

New Holland
99 maio/junho 2024 abolsamia

John Deere Forestry

Nova série H de máquinas florestais chega ao mercado

A marca representada em Portugal pela Moviter, está a lançar os seus primeiros modelos de máquinas florestais da Série H. Os harvesters 1270H e 1470H e os forwarders 2010H e 2510H fizeram a sua estreia num evento de lançamento em Helsínquia, a 24 de abril de 2024. Os mais recentes modelos do forwarder atingem novas dimensões, com o 2010H a ter uma capacidade de carga de 20 toneladas e o 2510H de 25. A nova cabeça 216H de dois rolos também foi apresentada.

Harvesters

Nos harvester a John Deere optou por estrear a nova série com os dois modelos de maior dimensão. O motor continua a ser o John Deere 6090 de 9 litros que já equipava os modelos de série G, mas, de acordo com o fabricante americano, com as alterações introduzidas na nova série, consegue agora debitar mais 10% de potência e binário. O novo sistema hidráulico com três bombas garante também mais potência hidráulica e maior pressão de trabalho para alimentação. Outra das melhorias conseguidas através da otimização da máquina é um menor consumo. Finalmente, o novo bloqueio ativo do chassis proporciona mais estabilidade, quer se trabalhe em declives acentuados ou em terreno plano.

Em resumo, quando comparados com a

série G, os harvesters da série H permitem um aumento significativo da produtividade e um consumo de combustível mais baixo por metro cúbico colhido.

CARACTERÍSTICAS

As máquinas da série H passaram por mais de 8.000 horas de testagem.

Novas lanças

A John Deere aproveitou o lançamento da série H para introduzir duas novas lanças: a H7, que equipará o 1270H e, de acordo com a marca, oferece aproximadamente mais 10% de potência de elevação e binário de rotação, e a H9, destinada ao 1470H, e que também garante o mesmo aumento de 10% na potência de elevação, sendo o binário de rotação 5% superior face ao modelo anterior. O sistema IBC (Inteligent Boom Control), introduzido em 2013 e já na versão IBC 3.0, passa a ser uma caraterística de série da Série H.

Desenho BMW e nova cabine

Os novos harvesters 1270H e 1470H apresentam um novo chassis traseiro e uma nova colocação do motor, dos depósitos de óleo hidráulico e de combustível, e das bombas. O desenho das máquinas reflete a colaboração da conceção das máquinas da John Deere com a BMW Design Works. Em ambos os modelos de harvesters, o motor foi girado 180 graus, os depósitos de óleo hidráulico e de combustível, e as bombas foram colocados na parte da frente do motor, e a ventoinha na parte de trás da máquina. As alterações tornam a cabine mais silenciosa. Ao mesmo tempo, a parte de trás da máquina foi rebaixada, melhorando significativamente a visibilidade traseira. A nova cabine aumentou o ângulo de rotação em 30 graus para cada lado. No total, a cabine roda agora 220 graus. A cabine rotativa e auto-nivelante, única da John Deere, é agora standard na Série H.

1270H 1470H

Potência máxima do motor (kW) 220 220

Torque do motor (Nm) 1445 1445

Força de tração (kN) 190/220 (6W/8W) 210

Ângulo de inclinação da lança (F/R, graus) 28/20 25/18

Ângulo de rotação da cabine (esquerda/direita) 110 110

Torque do bloqueio do quadro do cilindro (kNm) 130 130

Pressão de trabalho (bar, alimentação) 350 350

Capacidade do depósito de combustível (L) 467 467

Capacidade do depósito de DEF (L) 25/23 (Uso Normal) 25/23 (Uso Normal)

100 abolsamia maio/junho 2024

Nova cabeça processadora H216

A H216 também foi apresentada em Helsínquia e promete ser um equipamento com potencial para o mercado português. Testada em Portugal, conta com dois rolos e foi concebida para aplicações de madeira dura e madeira macia, vindo substituir a H270. Como opcional, inclui uma serra superior, facas de processamento longas, inclinação HD, inclinação padrão, um sensor laser de fim de curso e motores de alimentação de velocidade múltipla. A unidade de serra

permite a utilização de barras de serra largas, menos vibrantes e longas barras de serra para árvores de grande porte. A nova cabeça está disponível para o harvester 1270H com alcances de lança de 8,6 e 10,0 metros e para o modelo 1470H com alcances de lança de 8,6, 10 e 11 metros.

Forwarders

No evento de Helsínquia a John Deere também aproveitou para introduzir os forwarders da série H e, tal como nos harvester, começou pelos modelos de maior porte. No entanto, os dois novos modelos, o 2010H e o 2510H, são ainda maiores do que os seus antecessores, nomeadamente o 1919G, tendo sido pensados, sobretudo, para os mercados do Brasil ou Austrália.

O novo design dos harvesters estendeu-se aos forwarders 2010H e 2510H, que partilham o mesmo novo design para o motor e o capô concebido em colaboração com a BMW Design Works.

Os novos forwarders têm 20 e 25 toneladas de capacidade respetivamente. A nova transmissão de motor duplo no forwarder 2510H também oferece uma velocidade de condução 50% mais rápida. Esta transmissão é também é uma opção disponível para o 2010H.

Tal como nos harvesters, também os forwarders têm novas lanças, F9 e F10, que, segundo o fabricante, oferecem mais potência e maior alcance. A F10 tem um alcance de 10,2 metros, enquanto o alcance da F9 é de 10,7 metros. As mangueiras hidráulicas também foram melhoradas. »

Veja aqui todas as fotos do evento 101 maio/junho 2024 abolsamia

Com 40% de aumento do binário de elevação da lança e 22% de aumento do binário de rotação, estão agora disponíveis opções de garras maiores. A nova lança F9 tem um binário de elevação da lança 13% superior e um binário de rotação 10% superior ao modelo anterior.

A nova geometria dos braços, com cinco ligações entre o braço principal e o braço da lança, proporciona uma melhor controlabilidade e precisão na movimentação da carga e uma velocidade mais constante durante todo o ciclo de carga. Para facilitar o trabalho em declives acentuados, o ângulo de inclinação para trás é de 22 graus, o que melhora a função de rotação da lança.

Novas soluções para o transporte de eucalipto

A John Deere passa a disponibilizar nesta nova série de forwarders uma estrutura traseira extra-longa adequada para eucalipto de 7,2 m. A nova cabeceira de eucalipto tem um design mais resistente e duradouro. O painel de proteção principal é rígido e o painel de proteção superior separado move-se hidraulicamente.

O sistema IBC 3.0 com funções de carregamento automatizadas é agora standard nos forwarders da série H.

Cabine

O novo design interior proporciona ao operador mais espaços de arrumação. Um tabuleiro para o telemóvel com carregador sem fios, um lugar para sapatos e uma mesa com garrafa de água, frigorífico e tabuleiro para almoço. Outras características incluem um novo ecrã secundário, várias tomadas de carregamento, um novo pedal para selecionar a direção de condução, e um novo sistema áudio premium com

O novo sistema de automação

TimberMatic H oferece um interface de utilizador intuitivo e visualmente melhorado.

subwoofer e altifalantes. Novos apoios de braços e comandos e botões de teclas configuráveis também foram introduzidos. Os joysticks com botões programáveis também passam a estar disponíveis nos forwarders da série H.

As novas opções de bancos incluem um banco fabricado em pele e um banco para trabalhos pesados. Os bancos básicos e

CARACTERÍSTICAS

de conforto estão também disponíveis. A ventilação do banco está disponível em todas as opções de bancos.

Uma das principais novidades é a nova Chave de Cabine Inteligente (Intelligent Cabin Key) - uma chave remota pessoal para abrir a porta da máquina e que de forma automática reconhece o operador, procedendo a uma personalização

Potência máxima do motor (kW) 220 252

Torque do motor (Nm) 1400 1550

Força de tração (kN) 255 290

Alcance da lança (m) 8.5/10.2/10.7 8.5/10.2/10.7

Torque de elevação, transversal (kNm) 210/170 210

Torque de rotação (kNm) 50/45 50

Capacidade de carga (toneladas) 20 25

Depósito de combustível (L) 380 380

Opções de espaço de carga (m²) 6.5/7.5 6.5/7.5/8.5

Ângulo de viragem (graus) 44 44

2010H 2510H
Altura ao solo (mm) 779 779

automática do sistema de controlo TimberMatic com as configurações específicas do operador. A Chave de Cabine Inteligente também pode ser personalizada para o pessoal de serviço e condutores de reboques, e inclui um imobilizador.

Novo TimberMatic H

O novo sistema de automação TimberMatic H oferece um interface de utilizador intuitivo e visualmente melhorado, concebido para profissionais da silvicultura. O sistema de controlo, totalmente novo, apoia a capacidade do operador de obter um desempenho superior no abate de árvores.

TimberMatic Maps

O TimberMatic Maps regista a rota do harvester e as variedades de madeira com a localização exata de cada toro. Os forwarders que trabalham no mesmo local conseguem ver a situação exata e em tempo real e o operador do harvester também vê a localização dos forwarders. Os operadores podem marcar o mapa com áreas difíceis ou áreas a serem evitadas, ou quaisquer outras notas sobre o terreno. A comunicação entre os operadores melhora, uma vez que os dados são armazenados no sistema e não dependem da memória de uma pessoa. Os dados entre as máquinas são atualizados através de um serviço de nuvem.

O TimberMatic Maps mostra em tempo real o posicionamento e a localização dos troncos e o progresso do trabalho no local da obra. O Maps mostra a localização »

JOHN DEERE FORESTRY NA MOVITER

A Moviter, representante da John Deere Forestry em Portugal desde 2022, tem vindo a solidificar a sua posição no mercado florestal. Ricardo Dias, gestor de negócio de economia circular e floresta na Moviter, destacou a importância do pós-venda: “Apesar de a marca falar por si, é preciso ter um pós-venda com muita fiabilidade e capacidade, técnica e de meios.” A empresa investiu num novo armazém de peças e está a lançar um programa de formação de operadores para profissionalizar o mercado. Willy Daudin, Area Sales Manager da John Deere Forestry e responsável pelo mercado português, elogiou a parceria: “A Moviter tem uma excelente equipa, muito focada no serviço ao cliente. Em resumo, é um excelente ‘casamento’ com a John Deere.”

e o volume do tipo de madeira a carregar. À medida que as cargas são transportadas, o progresso é automaticamente atualizado no mapa e as pilhas que foram carregadas desaparecem do mapa. A vista de produção mostra a percentagem da produção concluída que é madeira de decomposição, madeira para celulose ou madeira para serração. O TimberMatic Maps equipa de série em todas as novas máquinas florestais John Deere.

Intervalos de manutenção alargados

A John Deere está a introduzir intervalos de manutenção mais longos - até 1000h com o contrato de manutenção John Deere ProtectTM, tanto nos harvesters como nos forwarders da série H.

A manutenção diária também foi facilitada. Os pontos de lubrificação estão todos situados no mesmo local de fácil acesso e todas as máquinas têm um sensor elétrico do nível de óleo do motor e um sistema de lubrificação central totalmente novo.

João Pereira, Rita Borga e Ricardo Dias, a equipa dos equipamentos florestais na Moviter.

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Veja aqui todas as fotos do evento

TRACTOR POWER RACE 2024 UMA COMPETIÇÃO FORA DO COMUM

No pitoresco cenário de Ferreiró, Vila do Conde, no dia 17 de março, teve lugar a aguardada Tractor Power Race 2024. Este evento, organizado pela Associação de Jovens Agricultores Tainadas Mundiais, trouxe à ribalta uma competição singular no panorama agrícola nacional. Tivemos o privilégio de entrevistar Gonçalo Pereira, Presidente desta associação, para conhecer mais sobre este evento e a sua importância para a comunidade agrícola local.

Gonçalo Pereira, aos 22 anos, é um exemplo de jovem empreendedor e apaixonado pela agricultura. Estudante de engenharia zootécnica na UTAD e colaborador na vacaria do seu pai, em Fajozes, Vila do Conde, Gonçalo sonha em perpetuar a tradição familiar na exploração agrícola.

As Tainadas Mundiais começaram de forma informal em 2019, como encontros entre jovens agricultores dos concelhos de Vila do Conde e Póvoa de Varzim, todos eles ligados a diferentes áreas da agricultura. O mote era a troca de ideias e experiências, sempre tendo a agricultura como tema central. Com o tempo,

Eventos
Por Sebastião Marques Associação de Jovens Agricultores Tainadas Mundiais.
106 abolsamia maio/junho 2024

surgiu a necessidade de operacionalizar este conhecimento, resultando na organização de eventos. Desde então, têm vindo a organizar diversas atividades, culminando na realização da Tractor Power Race em 2023 e na subsequente fundação da Associação de Jovens Agricultores Tainadas Mundiais.

A Tractor Power Race destaca-se pela sua originalidade no contexto agrícola nacional. O evento visa proporcionar experiências únicas e despertar a curiosidade do público. Consiste numa competição de esforço, onde tratores de diferentes potências são desafiados a rebocar reboques cada vez mais pesados. Este ano, o evento atraiu mais de 5.000 espectadores, um aumento significativo em relação ao ano anterior.

A competição está dividida em oito categorias de potências de trato-

res, variando de 80 a mais de 260 cavalos. Cada categoria enfrenta um desafio distinto, com o peso do reboque a aumentar em cada escalão. As corridas, cronometradas e emocionantes, são realizadas em duplas, garantindo igualdade de condições para todos os participantes.

Ao longo do dia juntaram-se mais de 5.000 pessoas para assistirem às provas.

A Tractor Power Race não seria possível sem o apoio dos patrocinadores, cuja contribuição é fundamental para o sucesso do evento.

Em suma, a Tractor Power Race 2024 representa mais do que uma mera competição; é um testemunho do dinamismo e da inovação presentes na comunidade agrícola local. Este evento não só promove a camaradagem entre os jovens agricultores, mas também destaca o potencial e a versatilidade da agricultura portuguesa. Que eventos como este continuem a inspirar e envolver a comunidade agrícola, impulsionando um futuro promissor para este setor vital da nossa economia.

80-99 CV 100-119 CV 120-139 CV 140-169 CV 170-199 CV 200-229 CV 230-259 CV +260 CV 12 toneladas 14 toneladas 16 toneladas 18 toneladas 20 toneladas 22 toneladas 24 toneladas 26 toneladas
Muitas foram as marcas de tratores que concorreram nas provas de esforço. DAVIDFUROS VITOR HUGO MACHADO JOSÉ PEREIRA RICARDO CARVALHO FLORENTINO OLIVEIRA FLORENTINO OLIVEIRA MANUEL GONÇALVES
107 maio/junho 2024 abolsamia
CÉSAR MOREIRA

UNIVERSO AJAP

Ser viços Técnicos

PROJETOS DE INSTALAÇÃO DE JOVEM AGRICULTOR

A AJAP detém uma equipa técnica com vasta experiência na elaboração de projetos de instalação de Jovens Agricultores, assegurando apoio pós-instalação

PROJETOS DE INVESTIMENTO

A AJAP possui know-how reconhecido na elaboração de projetos de investimento (Agricultores, Pequenos Investimentos, VITIS, Transformação e Comercialização e Outros)

A JUDAS AO RENDIMENTO E AO DESENVOLVIMENTO RURAL

SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÃO E REGISTO ANIMAL - SNIRA

DECLARAÇÕES DE EXISTÊNCIAS E DE COLHEITA E PRODUÇÃO - IVV

PARCELÁRIO

SERVIÇO DE ACONSELHAMENTO AGRÍCOLA E FLORESTAL - SAAF

REGIME DE EXERCÍCIO DE ATIVIDADE PECUÁRIA - REAP

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

REGISTO CENTRAL VITÍCOLA - RCV

RICA

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

> Produção Integrada

> Agricultura Biológica

> GlobalGap

> Maneio de pastagem permanente

> Melhoria da eficiência alimentar

Cooperação

A AJAP contribui ativamente para o desenvolvimento agrícola e rural dos Estados-membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - CPLP

Informação e Divulgação

> Revista “Jovens Agricultores”

> Vídeonews

> Feiras e Concursos

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REGIÕES

Concessionários

No cumprimento do Decreto-Lei nº59/2021, de 14 de julho, informamos os nossos leitores que linhas geográficas de números começados por 2 são “chamadas para rede fixa nacional”, começados por 9 “para rede móvel nacional” e começados por 00 “para rede fixa ou móvel internacional”.

Usados: Lamborghini R4-95

• JD2200 c. front. • Same (2) Explorer 90, Silver 105 6 cil. • Steyr 540 • Bomba de água Rodatti • Cisterna 3000L • Várias charruas usadas • Colh. milho 1L Mengele

• Enfard. NH271 • Reboque fixo

• Várias fresas usadas • Sem. Agrovil 2 linhas, Pijuca mec. • Volta-fenos 2mts.

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Usados: (2x) Same Explorer 85 Minitauros 60, Same Dorado 86 Cab. • John Deere 2200 • Kubota M108S Cab. • Gadanheira Kubota c/ 8 discos corte
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109 maio/junho 2024 abolsamia

Usados: Charrua Galucho 2F 14”

• Espalhador de palha Morra

• Retrofresa Lemken 3mts

• Semeador de erva Amazone

Rua da Corea, nº 10

Jorjais, Vila Real – 5100-014 Abaças Tel. 254 929 288 Tlm. 913 341 549 agrijorjais-lda@sapo.pt www.agrijorjais.pt

Usados: New Holland (9): TN60A, TS110 DT Cab., TD4030F, T4030V Cab., TD4.70F, T3.80F, TN75A, T4.95N Cab. e T3.75F

• Ford (2) 4100, 2910 • Fiat (3) 45-66DT, 45-66 e L95 • Kubota M6040 • MF (2) 253, 240 • Same (4) Silver 95, Aster 60 DT, Solar 50, Solar 60 rastos • Enfard. (2): NH 640 fard. red. e Mascar Corsa 150 • Retro. JCB 3XC

Braga - Vila Real - Bragança 110 abolsamia maio/junho 2024
Bragança - Porto - Aveiro 111 maio/junho 2024 abolsamia
- Viseu - Guarda 112 abolsamia maio/junho 2024
Aveiro

Usados: Fiat 23-66

Usados:

• Lamborghini R3 100T

• Renault Temis 610 X

• Charrua Esperanças 10 pol.

• Charrua Galucho F16

• Pulverizador Tomix 600L

• Rotofresa 2,60mts.

• Tesoura de poda Pellenc Lixion com carregador, colete e mala de transporte original.

Usados: New Holland T4.65S - 31.000€ • Ford 1710 - 9.500€ • Suzue M1803 - 4.500€ • Hürlimann H-305XE - 12.500€ • Kioti LK3054 4RM - 8.500€ • Iseki TL1900 - 4.800€
DT • Hurlimann Prince 35 • JD 5400 DT
Kubota ME 9000 Cab. • MF 1260 • NH T4.65V • Shibaura S320 • Hurlimann 445 • Vários motocultivadores usados em stock
Coimbra 113 maio/junho 2024 abolsamia
Guarda - Castelo Branco -

Leiria - Lisboa

Usados: Tratores:

• DongFeng DF 354

• Hinomoto E-23

• Iseki (2) TS 3110, 2160

• Kubota B 1500

• VST Fieldtrac 270 D

• Yanmar 169 D

• Grua florestal Costa G3000

Usados: • Claas (3) Axion 800 - 80.000€, Lexion

c/ equip. milho - 70.000€, Ares 656 - 28.000€

• Deutz-Fahr 5120 TTV - 48.000€ • Charrua

Kverneland LD85 - 6.500€ • Enfardadeira McHale F5600 • Ensil. Claas Jaguar 850 4x4 - 65.000€

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Usados: • Valpadana 3675 p/ peças

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Usados: Deutz-Fahr Agroton 100 • Lamborghini 880F Plus • Carraro Agri up 90 F • Landini 90 • Gadanheira reb. Krone 3 mts
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Usados: NH TND 55 4WD • Fiat 5586 DTF
Iseki TM 3245 Motocultivador de 21cv c/ reboque
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Usados: Reboques Galucho 5.000Kg, 12.000Kg • Grade discos Galucho NA2C 20-22 • Tesoura elétrica Electrocoup F3005, F3010 • Rototerra Maschio S Cobra 2,5m. • Charruas: Galucho (3) SF3 12-20, 2F-10, 3F-14 • Espalhador C. Magli plást. microgranulador • Sachador 3 linhas hidráulico • Gerador Himoinsa 41KVA

Usados: Ford 6610 • Ferrari Raptor • Lamborghini 774-70 N • Landini Powerfarm

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Usados: Bertolini articulado c/ fresa e charrua
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tração

Santarém - Setúbal -

118 abolsamia maio/junho 2024
Évora

• Gadanheiras: Vicon de 6 discos - Extra 428 • Krone de discos Active Mow R200

• Krone de discos Easy Cut R 280 • Pulverizador Tomix P9 600

• Volta-fenos Krone SWADRO 46

Usados: Tratores: Fendt Farmer 250 S • Same (2) Argon 60 - 15.000€, Explorer 70 • Chisel Hibema 9/13 c/ Rolo Enfardadeira Krone, Big Pack 1270
Évora 119 maio/junho 2024 abolsamia

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Évora
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A Moviter representa a John Deere Forestry em Portugal. Com várias décadas de experiência no setor e uma equipa técnica dedicada, a Moviter está preparada para servir os clientes da fileira florestal nas áreas da venda e do após-venda.

Contacte-nos: 935 683 844

Parque Movicortes · 2404-006 Azoia · Leiria · T. 244 850 240 · moviter@movicortes.pt · www.moviter.pt LEIRIA · LISBOA · MAIA · FUNCHAL · ÉVORA · LUANDA · MAPUTO · CASABLANCA · CONACRI

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