Ano XXIX . Nº 130 | Bimestral março / abril 2022 | Diretora: Catarina Gusmão
Ano XXXII . Nº 149 | dezembro 2025 / fevereiro 2026 (bimestral) | Diretora: Catarina Gusmão
A TAFE é um dos maiores fabricantes de tratores do mundo, reconhecida pela fiabilidade e inovação. Com origem na Índia e presença em mais de 80 países, afirma-se como uma referência global na agricultura moderna.
TAFE EV 28 é o trator 100 % elétrico
A TAFE apresentou na Agritechnica 2025 a nova geração de tratores para a Europa, com enfoque na eficiência e sustentabilidade. Assente numa experiência construída ao longo de 65 anos e com uma presença global em 80 países, a marca indiana vem reforçar a ambição de liderança no segmento até aos 100 cv.
A FORÇA QUE O SETOR IMPULSIONA
TERRA SUPER APP
(FMIS) e um módulo avançado de conectividade.
Mallika Srinivasan Chairman e Managing Director, TAFE
“
A Europa tem sido um passo decisivo no nosso caminho, reforçando o reconhecimento internacional da TAFE e desafiando-nos a elevar continuamente os padrões de qualidade e desempenho. Acreditamos numa agricultura mais eficiente, inclusiva e preparada para o futuro — e é com esse propósito que queremos liderar.
EVX 75
TAFE EVX 75 é a primeira proposta híbrida, de base diesel, para a Europa, prometendo, desde já e enquanto protótipo, não apenas 90 cv de potência, como também poupanças de combustível na ordem dos 20%
ONDE LIDERA A TECNOLOGIA
ATAFE é uma das marcas indianas que mais tem contribuído para o avanço tecnológico na Agricultura global. Desde 1960, investe continuamente em engenharia e inovação, criando tratores fiáveis, eficientes e acessíveis. Presente em mais de 80 países, com expressão crescente na Euro-
pa, a marca combina robustez mecânica com soluções pensadas para melhorar o desempenho no terreno. Os seus centros de I&D são reconhecidos internacionalmente pela capacidade de desenvolver motores económicos, sistemas hidráulicos potentes e transmissões precisas, garantindo produtividade e durabilidade em qualquer contexto agrícola.
Embora ainda jovem na Europa, a TAFE conta já com uma ampla gama de tratores, também para Portugal, a abarcar praticamente todos os segmentos abaixo dos 100cv. Reforçando, dessa forma, a ambição de tornar-se o principal player mundial neste domínio, graças, igualmente, a um fabrico de excelência, em que o zero defeitos é objetivo sempre presente.
Propósito Tecnologia Crescimento
A visão da TAFE assenta num compromisso claro: desenvolver soluções agrícolas que elevem a produtividade e valorizem o agricultor. Com foco contínuo na inovação, a marca procura não apenas acompanhar o futuro — mas defini-lo.
A TAFE acredita que a engenharia deve servir quem trabalha a terra. Cada máquina é pensada para oferecer desempenho, eficiência e fiabilidade em qualquer contexto agrícola, reforçando a sua presença global e europeia.
A visão da TAFE vai além da indústria: pretende criar impacto real nas comunidades agrícolas. Investindo em educação, sustentabilidade e desenvolvimento social, a marca constrói um futuro que beneficia não só o setor, mas as pessoas que dele dependem.
ENTRE TENDÊNCIAS, MÁQUINAS E MISTURAS IMPROVÁVEIS
Por Luís Seatra
Subgerente
Esta edição da revista concentra três grandes feiras internacionais, incluindo a mais aclamada de todas — a Agritechnica — que, de dois em dois anos, transforma Hanôver no epicentro mundial da mecanização agrícola.
A primeira paragem deste ano levou-nos a Bari, Itália, para a Agrilevante, um dos eventos mais relevantes para a Agricultura Mediterrânica. Organizada pela FederUnacoma, a federação italiana dos construtores de máquinas agrícolas, a feira “pisca o olho” ao mercado africano — uma geografia onde reside um dos maiores potenciais de crescimento global. Se o planeta terá mais de 9 mil milhões de pessoas em 2050, África será inevitavelmente palco da maior transformação agrícola: da subsistência para um novo colosso na produção alimentar.
Depois, rumámos à gigantesca Agritechnica. A antecipação já se fazia sentir desde o início do ano: lançamentos constantes, protótipos revelados a conta-gotas e fabricantes a preparar novidades com o cuidado de quem sabe o peso deste palco. Vimos visitantes de todos os continentes e um aumento evidente da presença — e da qualidade — dos fabricantes asiáticos. Já não chegam apenas com o argumento do preço; vêm com inovação, design e tecnologia. O equilíbrio de forças está a mudar, e sente-se.
Na Agritechnica tudo é grande: alfaias com dezenas de metros, tratores que ultrapassam os 500 cavalos, stands monumentais e uma energia vibrante que sugere um mercado pujante. Mas, quando falamos com
A INOVAÇÃO
NASCE QUANDO TEMOS CORAGEM DE DESAFIAR PRESSUPOSTOS
E EXPERIMENTAR O INESPERADO
os responsáveis, percebemos uma tensão subtil, mesmo que nada o pareça indicar.
E é aqui que surgem as perguntas que nos colocamos após a feira. Tudo está a tornar-se digital: sensores para tudo, robôs para
quase tudo, e monitores por todo o lado. Tendência ou aparência? Será que tudo precisa realmente de um sensor? E, se passarmos grande parte do tempo a olhar para um ecrã, não estaremos a perder a nossa capacidade sensorial, confiando mais na máquina, do que nos nossos próprios sentidos?
Foi com essas dúvidas no pensamento que, semanas depois, visitámos outra feira — mais pequena, mas muito equilibrada, o SITEVI, em França, evento dedicado ao mundo da vinha, do vinho e de outras culturas mediterrânicas. Um setor que continua a destilar charme, apesar das nuvens que pairam sobre ele: falta de mão de obra, custos crescentes e a necessidade urgente de mecanização e automação. A mesma tendência tecnológica, mas vista por uma lente mais humana e tradicional. Um dos momentos mais marcantes desta visita surgiu de forma inesperada. Durante a passagem por um dos fabricantes, ofereceram-me um conhaque. Até aqui tudo normal — até ao momento em que me perguntam se queria juntar um refrigerante. Fiquei atónito. Como é que alguém podia sequer considerar “adulterar” um bom conhaque daquela forma? Mas a curiosidade (e alguma insistência) levou-me a provar aquilo que, à partida, afrontava todos os meus princípios. E não é que a mistura resultou numa bebida fantástica? Jovem, irreverente, surpreendente — com um sabor que eu jamais esperaria. Conversando com o produtor, percebi que esta mistura, aparentemente insólita, tinha revitalizado as vendas de conhaque, sobretudo entre os mais jovens, que não tocavam na bebida tradicional. Uma verdadeira inversão de tendência num produto normalmente associado a consumidores mais velhos. E isso deixou-me a pensar: quantas vezes somos nós próprios os nossos maiores obstáculos? Quantas vezes, perante dificuldades, deixamos que os nossos pressupostos nos impeçam de explorar alternativas? Talvez, tal como o conhaque com refrigerante, a solução para inverter tendências negativas esteja precisamente onde menos esperamos — basta ter coragem para fazer “fora da caixa” e inovar!
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Mercado dos tratores continua em queda acentuada
Com o fecho de mais um mês de matrículas de tratores novos em Portugal, o mercado revela, até novembro de 2025, sinais de contração, com uma descida substancial de -18,83%, face ao período homólogo de 2024. Quando o número de registos novos chegou às 5.402 unidades.
Operíodo entre janeiro e novembro de 2025 resultou num total de 4.385 novos registos de tratores agrícolas. Este número representa uma descida de -18,83%, em comparação com as 5.402 unidades no mesmo período de 2024.
Apesar da quebra generalizada do mercado, a Solis mantém-se firmemente na liderança. A marca registou 641 unidades até novembro de 2025, o que lhe confere uma quota de mercado de 14,62%. Importa notar que a Solis não só lidera, como também viu as suas matrículas crescerem, apresentando uma variação positiva de 15,29% face às 556 unidades de 2024.
No ranking geral, o segundo lugar é ocupado pela New Holland, com 545 unidades e uma quota de 12,43%. A John Deere completa o pódio, com 380 unidades, representando 8,67% do mercado. Ambas as marcas viram as suas matrículas cair significativamente, com a New Holland a registar uma variação de -45,28% e a John Deere de -22,29%. Entre as marcas que apresentaram um crescimento notável, destacam-se a Yanmar (533,33%), a Startrac (241,67%) e a Iseki (61,19).
Baixas potências continuam a dominar
Observando as matrículas por segmentos de potência, verifica-se que o mercado português continua largamente dominado pelos tratores de baixa e média potência.
O segmento de <50cv registou o maior volume de matrículas, com 2.066 unidades, e a Solis é a marca dominante neste patamar, com 588 unidades.
O segundo maior segmento é o de 51-120cv, com 1818 matrículas. Neste segmento, a New Holland assume a liderança, com 383 unidades, seguida pela Deutz-Fahr (269 unidades) e a John Deere (163 unidades).
Os segmentos de potência mais elevados (121-200cv e >200cv) perfazem a minoria do mercado, totalizando 411 e 90 unidades, respetivamente. A John Deere lidera nos segmentos mais potentes, liderando o patamar de 121-200cv (164 unidades) e o de >200cv (39 unidades).
JANEIRO A NOVEMBRO 2025
TOTAL DE MATRÍCULAS POR MARCAS
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Reboques agrícolas mantêm sinal mais
Num claro contraste com a quebra no mercado de tratores, o setor dos reboques agrícolas continua a viver dias amplamente positivos e num cenário de crescimento sustentado. Traduzido numa subida de 16,10%, de janeiro a novembro de 2025. Basicamente, foram 1.543 reboques novos matriculados, contra as 1.329 unidades registadas em 2024.
Com 2025 a chegar ao fim, a portuguesa Herculano confirma a sua liderança no setor, registando 380 unidades e alcançando uma quota de mercado de 24,63%. Este desempenho representa um crescimento de 47,29% face ao ano anterior.
A também portuguesa Rates surge em segundo lugar, com 365 unidades e 23,66% do mercado, registando um crescimento de 34,19%. Em terceiro lugar encontra-se a Joper, com 164 unidades (10,63% de quota).
Destaca-se ainda o crescimento de algumas marcas que apresentaram variações percentuais elevadas, como a Yunque, que registou um aumento de 340,00%, a Maquireis, com um crescimento de 157,14%, e a Pronar com um aumento de 150%.
Novembro 2025
Clima de negócios melhora, mas recuperação segue lenta
O setor europeu de maquinaria agrícola registou uma ligeira melhoria no clima de negócios em novembro, apesar da retoma económica ainda não se refletir plenamente nas encomendas e na atividade comercial, revela o mais recente Business Barometer da CEMA. O índice que mede a confiança das empresas subiu de +4 para +9 pontos, numa escala entre -100 e +100, mantendo-se em território positivo, mas longe de uma recuperação firme.
Segundo o relatório, os gestores europeus continuam a ver a situação atual de forma moderadamente desfavorável, enquanto alimentam expectativas mais otimistas para os próximos meses. “Em muitos segmentos, a recuperação ainda não se materializou”, refere a análise, sublinhando que, após meses de forte entrada de encomendas, a indústria voltou a rever em baixa as previsões de novos pedidos. O desempenho futuro parece depender, sobretudo, dos mercados europeus. A confiança permanece fraca em França, particularmente nos setores de tratores, máquinas para culturas arvenses e colheita. Pelo contrário, a Alemanha registou melhorias significativas, enquanto Espanha, Itália, Reino Unido e Polónia continuam a mostrar
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E.N. 118, Azeitada
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CLIMA DE NEGÓCIOS | ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO
Índice Geral de Clima de Negócios CEMA (CBI) -Total
CBI = média geométrica de 1) avaliação da situação empresarial atual e 2) expetativa de volume de negócios; Índice varia de -100 a +100; Índice positivo para 1) significa que a maioria dos inquiridos avalia a situação atual como favorável e vice-versa; índice positivo para 2) significa que a maioria dos inquiridos espera um aumento do volume de negócios nos próximos seis meses, em comparação com o ano anterior, e vice-versa.
APESAR DE INDICIAR UMA RECUPERAÇÃO GRADUAL, O MERCADO EUROPEU DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS MANTÉM FORTES ASSIMETRIAS REGIONAIS E SETORIAIS
expectativas positivas, indica o documento.
O estudo também mostra que 50% das empresas classificam o momento como “satisfatório” e 14% como “bom”, embora apenas 7% o considerem “muito bom”. Para os próximos seis meses, 43% antecipam crescimento
no volume de negócios e 46% esperam estabilidade.
Ao nível do emprego, o setor deverá manter os quadros: 77% das empresas pretendem conservar o número de trabalhadores permanentes, enquanto 17% planeiam contratações. Nos colaboradores temporários, as intenções dividem-se entre aumentos (22%), reduções (18%) e manutenção (60%). Apesar das incertezas, o relatório assinala uma tendência de subida gradual na confiança industrial, com o setor posicionado entre fases de balanço e início de retoma, conforme ilustrado nos gráficos da CEMA. Ainda assim, o ritmo da recuperação continua condicionado pelo abrandamento de encomendas e pela dispersão de resultados entre mercados e segmentos.
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No adeus a 2025, fechamos mais um ano de “Visão dos Representantes das Marcas”, procurando oferecer uma perspetiva mais abrangente do ano. Ao longo dos anos, as opiniões dos representantes de marcas refletiram sobretudo a realidade dos tratores e da mecanização agrícola, espelhando as prioridades e desafios do setor. Contudo, reconhecendo que o mercado evolui e que as máquinas industriais ganham cada vez mais relevância, voltamos a dar-lhes espaço nesta rubrica, trazendo de novo para o debate as perspetivas deste segmento. Testemunhos para ler aqui, naquela que é a maior revista de maquinaria, agrícola e não só, em Portugal.
João Bizarro
Diretor Geral da Divisão Agrícola da Moviter
desafiador, a nossa gestão estratégica e os resultados por marca indicam que estamos a ter um ano de grande relevância e sucesso tático.
Numa altura em que 2025 se aproxima do seu termo, como analisa os resultados obtidos pela Moviter?
Podemos dividir o ano de 2025 em duas fases: um primeiro semestre
marcado por uma acentuada contração do mercado, seguido de um segundo semestre de recuperação, com números a regressar a níveis aceitáveis. Mas, apesar da melhoria, o mercado total continua em terreno negativo, 20% abaixo do volume registado no ano passado e 10% abaixo da média histórica dos últimos cinco anos. Mesmo neste cenário desafiador, a performance da Moviter tem sido notável: num momento da descontinuação da parceria com a marca LS, conseguimos posicioná-la na 7ª posição do ranking das marcas mais vendidas, o seu melhor resultado de sempre, com um ganho de 1,2% na quota de mercado. Com a ISEKI registámos um crescimento robusto, com um aumento superior a 58% face ao ano de 2024. E com a Hürlimann conseguimos manter a nossa quota de mercado intacta, demonstrando resiliência numa gama de potências muito competitiva. Em suma, embora o contexto de mercado seja
Após um prolongado hiato, o Governo acaba de abrir novas linhas de financiamento para o setor agrícola. Que apreciação faz destas medidas e de que forma poderão impactar no desenvolvimento do setor?
Os agricultores portugueses devem ser apoiados para poderem competir de modo igual com os seus pares europeus e mundiais. Contudo, sempre que se anuncia uma nova iniciativa de apoios governamentais, o mercado estagna. Espero que sejam aprovados e finalizados o mais breve possível para o mercado poder seguir em ritmo natural. Espero que a necessidade do agricultor em renovar/equipar melhor o seu parque de máquinas, especialmente o profissional, se sobreponha à rentabilidade do ano agrícola.
Quais são as expectativas da Moviter relativamente ao exercício de 2026 e que objetivos estratégicos foram já estabelecidos para o próximo ano?
As nossas expectativas para 2026 são ambiciosas: ultrapassar 2025, com mais vendas e melhores quotas de mercado. O próximo ano será também de grandes novidades, que, oportunamente, anunciaremos a clientes e amigos. Este ano reforçámos a nossa rede: nomeámos dois novos concessionários no final deste ano e iniciaremos um novo projeto em janeiro do próximo ano. E mais haverá, em breve. Já iniciámos uma volta a Portugal com o maior trator da Hürlimann (“TOUR XLK - testa e acredita”) onde mostramos as mais valias da marca e da transmissão. Uma vez que este trator especial vai andar por todo o país convidamos os clientes a contactar o concessionário mais próximo e a marcarem um test drive. Mantemos um foco inabalável: garantir aos agricultores portugueses as melhores soluções e o melhor apoio do mercado, com uma dinâmica reforçada, muito presente no terreno, em estreita colaboração com a nossa rede de concessionários.
Tratores Compactos
Nuno Lobo
Diretor Geral da Galucho, Indústrias Metalomecânicas SA
Numa altura em que 2025 se aproxima do seu termo, como analisa os resultados obtidos pela Galucho?
Foi um ano difícil para a maquinaria agrícola e para os agricultores, um pouco por todo o mundo, e Portugal não foi exceção. Notámos, contudo, um reanimar do mercado agrícola no início do último trimestre de 2025, não só em Portugal, mas também em outros mercados onde operamos, e embora não nos pareça que a retoma seja suficiente para compensar um ano de 2025 com dificuldades para todos os players, parece-me que poderá ser um início de um período de retoma.
Após um prolongado hiato, o Governo acaba de abrir novas linhas de financiamento para o setor agrícola.
Francisco Miranda
Administrador da Cimertex, Soc. de Máquinas e Equipamentos, SA
Numa altura em que 2025 se aproxima do seu termo, como analisa os resultados obtidos pela Cimertex?
Fazemos uma leitura moderadamente positiva do ano de 2025. Na globalidade dos segmentos em que estamos presentes, verifica-se uma evolução positiva, ainda que pouco expressiva em termos de taxa de crescimento. A cadeia de abastecimento está a funcionar bem, sem disrupções e essa estabilidade tem trazido boas condições de prazos de
Que apreciação faz destas medidas e de que forma poderão impactar no desenvolvimento do setor?
Como referido, notamos já alguma retoma no mercado no início deste último trimestre de 2025. Esperamos que os apoios que possam vir para o setor agrícola possam reforçar ainda mais esse movimento de retoma, mas, com os dados e informações que dispomos à data, o que podemos dizer é que os apoios projetados pelo Governo são manifestamente insuficientes para as necessidades do mercado, especialmente depois de um hiato tão prolongado. Apesar das várias promessas feitas e do discurso positivo que o Senhor Ministro da Agricultura tem, certo é que o setor continua com uma enorme falta de apoio e de peso político para a tomada das decisões transformacionais que são perentórias tomar no setor agrícola nacional e Europeu. É preciso passar do discurso para as ações com urgência, pragmatismo e praticabilidade, e promover uma ação concertada para fortalecer e modernizar o setor agrícola de Portugal, o qual tem as capacidades e competências para, se devidamente apoiado, ser um setor de atividade de relevância e enorme sucesso no panorama económico nacional.
entrega e alguma estabilização de preços. Sobretudo agravado pelo impacto COVID e pós-COVID, os preços dos equipamentos sofreram acréscimos significativos. Essa quase estabilização, agora, tem ajudado. Observa-se uma concorrência intensa, em praticamente todos os segmentos, assegurando um bom funcionamento do mercado. Não se vislumbram surpresas neste último trimestre.
Após um prolongado hiato, o Governo acaba de abrir novas linhas de financiamento para o setor agrícola. Que apreciação faz destas medidas e de que forma poderão impactar no desenvolvimento do setor?
Uma vez que as linhas de financiamento em causa têm um impacto marginal no nosso portefólio de produtos [a Cimertex tem a sua oferta centrada nos equipamentos para a construção,
Quais são as expectativas da Galucho relativamente ao exercício de 2026 e que objetivos estratégicos foram já estabelecidos para o próximo ano?
Para 2026, no setor agrícola é que este seja um ano de retoma no setor, não só a nível nacional, mas também europeu e mundial. Para a Galucho, será um ano marcado pela inovação, com o lançamento no mercado de mais de 14 novos produtos, mas também um ano em que, para além de querermos reforçar o nosso estatuto de líder de mercado em Portugal, temos a ambição de crescer nos mercados internacionais onde atuamos. Para isso contamos não só com a nossa capacidade de inovar e bem servir os nossos Clientes, como com a confiança dos mesmos na marca Galucho. Estamos confiantes de que continuaremos a trabalhar para estar à altura das expectativas e da confiança que os nosso Clientes em nós depositam, e que continuaremos a evoluir e melhorar o nosso serviço e os nossos equipamentos, sempre com o objectivo de nos focarmos na qualidade e robustez das nossas máquinas, para que continuemos a ser os parceiros de eleição para os agricultores portugueses.
mineração, britagem, elevação, energia e setor florestal], estamos a acompanhar os nossos clientes, ajudando-os a encontrar as melhores oportunidades de investimento.
Quais são as expectativas da Cimertex relativamente ao exercício de 2026 e que objetivos estratégicos foram já estabelecidos para o próximo ano?
Para 2026 mantemos uma análise moderadamente otimista. Temos sempre as variáveis de contexto económico e político que poderão trazer alguma surpresa, mas, de forma mais geral, pensamos que a evolução será positiva. Continuaremos a consolidar as diversas marcas que trabalhamos e, como prioridade, focar nos elevados padrões de fidelização dos nossos clientes, seja pela inovação do produto, seja pelo serviço.
Duarte Sanches (à direita) foi um dos distinguidos com o prémio ‘Jovem Agricultor do
O futuro da Agricultura
O Casino Estoril recebeu, a 5 de novembro, a primeira Gala AJAP – Portugal Winners, reunindo figuras da agricultura, política e empresariado para celebrar o talento e a inovação que estão a impulsionar os territórios rurais.
Texto Rui Reis
Colaborou Catarina Gusmão
Na cerimónia, o Ministro da Agricultura e Mar, José Manuel Fernandes, destacou o papel essencial dos jovens agricultores na economia nacional, sublinhando os 253 milhões de euros do PEPAC destinados à renovação geracional no setor. O governante realçou ainda a importância das escolas profissionais como motores da modernização agrícola.
Um dos momentos centrais da noite foi o lançamento do Rural Innovation Challenges, programa que a AJAP dinamiza em parceria com a Caja Rural del Sur e a Agrimútuo, e que procura promover a criatividade e o empreendedorismo no meio rural, através de quatro categorias: Jovem Agricultor, Jovem Empresário Rural, Jovem Talento AgroRural e Academia Rural. As sessões, anuais, ficam previstas para o primeiro semestre de cada ano.
O debate “Regresso ao Futuro 2035”, que contou com a participação de Paulo Portas, Rui Rio e Duarte Cordeiro, trouxe à reflexão temas como as alterações climáticas, a sustentabilidade e as novas dinâmicas geopolíticas.
No painel do Rural Innovation Challenges destacou-se a necessidade de inovação e rejuvenescimento do setor. O diretor geral da AJAP, Firmino Cordeiro, apresentou os futuros jovens agricultores como “jardineiros da natureza e guardiões dos solos”. José Garcia-Palacios, da Caja Rural del Sur, lembrou que a agricultura é “estratégica para o planeta”, e Manuela Jorge, da Agrimútuo, realçou o prestígio internacional dos produtos portugueses. O encerramento ficou a cargo de Luís Marques Mendes, que defendeu uma visão estratégica para 2035. Entre os premiados destacaram-se Duarte Sanches, de 13 anos, “Jovem Agricultor 2035”, e Sabrina Saraiva, “Jovem Empresária Rural 2025”. A gala homenageou também Aníbal Cavaco Silva com o prémio Portugal Winners Para Henrique Silvestre Ferreira, presidente da AJAP, este é “o início de uma nova tradição” que pretende mobilizar os jovens e inspirar os territórios rurais.
Ano’
Coube ao presidente da AJAP, Henrique Silvestre Ferreira, entregar o prémio Portugal Winners à representante, na cerimónia, do ex-Presidente da República Aníbal Cavaco Silva
Numa altura em que a Agricultura parece avançar mais rápido do que nunca, a Kubota deu a conhecer, no Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa, o Robotti: uma máquina autónoma capacitada para a agricultura, capaz de trabalhar com diversos implementos, durante 60 horas seguidas. Eis o futuro, hoje, já com preços e tudo!
Depois do lançamento da Solutions Hub, criada para desenvolver a visão do fabricante para uma Agricultura Inteligente, baseada em três pilares estratégicos - Automação, Sustentabilidade e Conectividade -, a Kubota trouxe a Portugal o primeiro passo rumo a esse novo futuro: uma máquina autónoma agrícola, de nome “Robotti Made for Kubota”, que, desenvolvida pela Agrointelli, promete desempenhar as mesmas funções de um trator, sem a presença constante do operador. Numa altura em que a Agricultura se debate com falta de mão-de-obra, o Robotti consegue trabalhar até 60 horas seguidas, sob as mais difíceis condições climatéricas, utilizando implementos de até 1.250 kg. “Trata-se de uma máquina que pode apresentar várias dimensões, consoante o tipo de trabalhos e implementos a utilizar, podendo ir de 1,40 até 4,60 m
Segundo o especialista da Smart Farming Solutions para Portugal e Espanha, Diego Martin, um operador pode supervisionar até quatro máquinas ao mesmo tempo, ainda que e para já, seja obrigado a utilizar um comando por máquina, “para evitar erros humanos”
de largura. Depois, também pode ter diferentes tipos de rodas, desde a roda standard, mais larga e de menor compactação, com 320 mm, até à solução presente, de 260 mm, e que é a mais indicada para plantações de hortícolas”, explica o especialista da Smart Farming Solutions para Portugal e Espanha, Diego Martin. Quanto à propulsão, é assegurada por um motor Diesel Kubota de 4 cilindros e 72 cv, mais uma transmissão hidroestática e tração 4X4, cuja primeira revisão acontece após “as 10.000 horas, sempre com uma intervenção mínima - filtros, óleos, o normal num motor convencional -, feita na rede oficial Kubota”
Em termos de implementos, a necessidade, tal como na TDF, de cumprirem a norma ISO, podendo elevar o peso total “até aos 3.000 kg”. Com o engate aos 3 pontos do hidráulico a suportar “até 700 kg na traseira e 700 kg na frente”
Para dar início ao trabalho, “começamos por criar um mapa base do terreno na plataforma web dedicada e acessível num computador ou tablet, com base num ficheiro GPS, uma imagem de drone, ou até mesmo desenhado manualmente, definimos a área de trabalho,
Texto e fotografia Francisco Cruz
O Robotti conta com um mostrador táctil, a juntar a uma chave e um botão Start/ Stop, no qual é possível ajustar as diferentes configurações da máquina, assim como acompanhar a imagem da parcela, com o plano definido
Além de um botão de emergência, na parte frontal, para interrupção da marcha, o robô da Kubota conta com 30 sensores, dos quais três são sonares, e várias câmaras, uma com a missão de fotografar o cultivo, para análise futura
“A presença desta máquina, aqui no ISA, resulta de um curso de introdução à robótica e à inteligência artificial na agricultura e florestas, que está a decorrer e que começou com uma componente mais teórica, e que está agora na parte prática. Já mostrámos, a partir de Inglaterra, uma máquina autónoma de colheita de framboesas, e hoje temos aqui um semeador autónomo. O objetivo é que os alunos percebam que isto não é uma coisa virtual, mas algo que já está a acontecer e tem aplicabilidade. Temos inscritos quase 40 alunos, muitos com capacidade de decisão, pelo que o objetivo, apesar de ser um curso de apenas 20 horas, é que consigam aplicar estas inovações no seu trabalho.”
“Há uma necessidade notória de automatizar o setor, pelo que este tipo de soluções irão afirmar-se a médio prazo, embora ainda exista muito trabalho a fazer - é preciso ensinar, mostrar o produto e criar confiança. Já temos pioneiros na agricultura de precisão, os drones são uma realidade, e este é mais um passo nesse sentido. Foi por isso que aceitámos apoiar este curso - acreditamos que esta tecnologia vai ter importância, além de que trará novas necessidades, como serviços pós-venda e formação contínua. Na Tractores Ibéricos, já temos equipas especializadas e continuamos a investir na formação, no autoguiamento, em apoiar os agricultores. Este equipamento deverá ficar disponível em 2026 e, embora o preço ainda não esteja definido, deverá rondar os 200 mil euros, dependendo do tipo de alfaias utilizadas”.
Com dois blocos ocos, o Robotti tem, à esquerda, o módulo de controlo principal, mais um
para
e contrapesos, para equilibrar o conjunto. Isto, porque, no da direita, estão os componentes mais pesados, relacionados com a propulsão
as linhas de passagem, os pontos de entrada/saída, e as zonas de exclusão (poços, árvores, estufas, regas, etc), e, a partir daí, a própria máquina calcula o trajeto mais eficiente e o número de passagens necessárias, de acordo com a largura do implemento e o tipo de trabalho a realizar. Tudo com uma precisão de 2 cm.”
No caso de obstáculos imprevistos, a máquina conta com “mais de 30 sensores (de posição, pressão, temperatura, aceleração, inclinação, proximidade, câmaras, GPS, etc), que a imobilizam”, seguindo-se “um alerta na app, para que o operador vá ao local e desbloqueie a situação. Embora pudesse ser feito remotamente, graças às câmaras, as normas de segurança obrigam que tal seja feita presencialmente.”
Atualmente, “já existem mais de 50 máquinas destas a operar na Europa, cinco em demonstrações”, sendo que, “esta é a primeira a chegar à Península Ibérica. Onde já pode ser adquirida”.
Prof. António Reis Pereira Instituto Superior de Agronomia
O Robotti apresentou-se na demonstração com um semeador de precisão para hortícolas Kubota VP1250
espaço
arrumações,
Bruno Pignatelli Gerente da Tractores Ibéricos, importadora Kubota
junta 9 países para debater drones na agricultura EuroTech Day
Num setor que evolui rapidamente, o EuroTech Day reuniu nove países na Quinta da Pacheca, em pleno Douro, para debater o papel dos drones na Agricultura e o principal entrave europeu: a ausência de regras claras para a aplicação aérea de fitofármacos.
Organizado pela empresa daTERRA, o EuroTech Day trouxe ao Douro, no passado dia 18 de novembro, especialistas de nove países, para discutir o futuro da pulverização com drones e o enquadramento técnico e regulamentar desta tecnologia na Europa.
Entre os participantes estiveram algumas das vozes mais influentes da investigação e regulação: Emilio Gil (UPC, Espanha), Jean-Paul Douzals (INRAE, França), Marco Grella (UNITO, Itália), Vasilis Psiroukis (Universidade de Atenas, Grécia), David Nuyttens (ILVO, Bélgica), Jens Karl Wegener (JKI, Alemanha), e Bárbara Oliveira e Ana Paula Garcia, da DGAV, responsável pela contextualização nacional. Já a South China Agricultural University partilhou a perspetiva de um dos mercados tecnologicamente mais avançados do mundo.
O evento integrou, ainda, apresentações técnicas e científicas, seguidas de uma demonstração de campo, onde foram evidenciados avanços no desempenho dos drones, na precisão da aplicação, e na sua capacidade para operar em áreas de difícil acesso.
Falta de harmonização trava a Europa
Ao longo das intervenções, ficou claro que a ausência de regulamentação harmonizada continua a ser um dos obstáculos à adoção dos drones na Europa. Cada país utiliza metodologias próprias, o que dificulta comparar resultados, validar equipamentos e estabelecer critérios técnicos consistentes. Jens Karl Wegener explicou que, na Alemanha, cada novo modelo de drone tem de passar por ensaios de deriva em campo, cumprindo parâmetros como altura de voo, velocidade, tamanho de gota e limites de fronteira, antes de ser autorizado. Acrescentou ainda que a avaliação dos próprios produtos fitofarmacêuticos aplicados por drones exige autorizações específicas e processos complexos.
O EuroTech Day 2025 reuniu, no Douro, algumas das vozes mais influentes da
Portugal quer avançar
Portugal encontra-se numa posição intermédia, mas mais equilibrada do que a perceção comum sugere. A legislação atual permite pedir autorização para drones ao abrigo da delegação existente para pulve-
Texto e fotografia Catarina Gusmão
investigação e regulação no setor dos drones
rização aérea, inicialmente concebida para aviões, mas este enquadramento não está adaptado às especificidades operacionais dos drones, com volumes muito inferiores de calda e perfis de voo distintos. Bárbara Oliveira, da DGAV, sublinhou a urgência de criar orientações claras para a avaliação de produtos aplicados por drones, reforçando que trabalhar com tanques de 40 litros implica requisitos que nada têm a ver com a aviação agrícola tradicional. Para responder a estes desafios, foi criado um grupo de trabalho nacional com o objetivo de desenvolver guias técnicos, procedimentos de certificação, requisitos de formação e um enquadramento regulatório flexível, mas cientificamente sustentado. O tema já foi apresentado à Comissão Europeia, reforçando a necessidade de uma base comum entre Estados-Membros.
A dose certa segue a planta, não o hectare
Pedro Nunes Organizador do EuroTech Day
ficação manual continue a ser recomendada devido à sensibilidade operacional das aplicações aéreas.
O potencial dos drones em utilizações específicas
Outro ponto debatido foi a definição da dose correta. Vários especialistas defendem que a dose deve ser calculada pela superfície foliar e não por hectare, refletindo práticas já consolidadas noutros países e ajustando-se melhor às exigências das culturas tridimensionais. A calibração automática dos drones também foi discutida, com ensaios recentes a mostrarem que as novas gerações conseguem atingir volumes próximos dos configurados, embora a veri-
Apesar do potencial demonstrado, nomeadamente a capacidade de operar em zonas de forte inclinação como as vinhas do Douro, onde o acesso mecanizado é limitado, a Europa pode estar a avançar mais lentamente do que alguns mercados mais maduros. Resultado, sobretudo, das exigências técnicas e regulamentares europeias, e não de um atraso tecnológico. Vale a pena recordar que, em mercados como a China, os drones estão sobretudo a substituir a pulverização manual, enquanto na Europa a referência é a aplicação mecanizada. Atualmente, apenas França, Polónia, Estónia, Finlândia e alguns países bálticos têm regras claras para a pulverização com drones. Fora da Europa, países como China, Japão, Índia, EUA, Brasil ou Austrália operam com regulamentação consolidada há anos, mas em contextos técnicos e históricos diferentes dos europeus. Assim, a mensagem deixada no Douro não foi uma corrida apressada à regulamentação, mas antes um apelo à prudência fundamentada: quem regulamentar bem, com base em evidência científica e requisitos sólidos, estará melhor preparado para integrar esta tecnologia.
Fortemente participado, o evento promovido pela empresa daTERRA procurou despertar consciências para a importância da pulverização com drones, na Agricultura do futuro
AGRITECHNICA 2025
O regresso da maior feira agrícola do mundo
Dois anos depois da última edição, a comunidade agrícola mundial voltou a rumar, em novembro, a Hanôver, na Alemanha, para aquela que é considerada a mais importante feira agrícola no mundo: a Agritechnica. Este ano, subordinada ao tema Touch Smart Efficiency e, mais uma vez, um sucesso 100% confirmado!
Realizada entre 9 e 15 de novembro, na Messe de Hanôver, a edição de 2025 da Agritechnica começou por ser aquilo que se pode chamar de um sucesso anunciado: ainda antes das portas abrirem, já a Deutscher Landwirtschafts-Gesellschaft (DLG), a Sociedade Agrícola Alemã, tinha a garantia de ter esgotado a capacidade do centro de exposições, com um total de 2.849 expositores a encherem os 37 pavilhões que faziam parte do recinto.
Tão ou mais importante, o facto de, destas quase três mil empresas, 68% serem estrangeiras, ou seja, não-alemãs, e provenientes de 52 países. Numa clara e inquestionável marca de internacionalização que a própria revista abolsamia pôde confirmar “in loco”, através de uma forte presença dos principais fabricantes indianos e chineses de maquinaria agrícola (tratores, principalmente), espécie de prenúncio de uma ofensiva que, no entanto, estará apenas no início.
Hanôver como destino do mundo
A mesma marca de internacionalização fez-se notar, de resto, nos visitantes, com cerca de 476.000 dos registados a terem origem num leque de 171 países. Anunciando-se, igualmente, como profissionais, com intenção declarada de fazer negócio, algo também visível nos os primeiros dias da feira, reservados a este tipo de público, condicionante que ainda assim, não impediu que um mar de gente acabasse por encher o recinto. Com 95% da totalidade dos visitantes, a regres-
A edição de 2025 da Agritechnica voltou a saldar-se num enorme sucesso, tanto em termos de visitantes, como para a maior parte dos expositores presentes
sar a casa após cinco dias de feira, com um sentimento de elevada satisfação relativamente à edição deste ano revela a organização.. E, isto, ao mesmo tempo que, entre os expositores, fabricantes como a CLAAS, a Fendt/AGCO, a John Deere ou a CNH, confirmam, um elevado sucesso comercial, com a realização de contactos importantes, além de uma significativa predisposição para o negócio; inclusive, da parte dos agricultores.
Texto Francisco Cruz
Media (mais uma vez) em peso Igualmente a ajudar aos bons resultados, a larga cobertura feita do evento por mais de 1.600 jornalistas e influencers, oriundos de um total de 55 países, e que contribuíram, mais uma vez, para posicionar a Agritechnica como a plataforma n.º 1 para lançamento de inovações destinadas ao setor agrícola mundial, assim como para a realização de parcerias, e até para testar o pulso ao mercado. Objectivos alcançados também com a ajuda de eventos complementares como, por exemplo, a eleição anual dos melhores tratores do ano, no âmbito do concurso Tractor Of The Year (TOTY), em que a revista abolsamia figura, enquanto representante português, como membro do júri, e que acabam ajudando à difusão e notoriedade daquela que é já considerada, pela grande maioria do setor, como o mais
expositores de 52 países
visitantes profissionais vindos de 171 países
Os números da feira 2.849 476.000 1.600
jornalistas e influencers de 55 países
Mais de 300
eventos em 7 dias (entre palcos DLG, destaques e sessões especializadas)
Naquela que é a maior feira de material agrícola no mundo, não faltaram máquinas capazes de encher o olho e provocar o sonho
importante evento do género no mundo.
Com a Agritechnica 2025, “criámos dinâmicas orientadas para o futuro nos setores agrícola e da maquinaria agrícola a nível global”, afirma Tobias Eichberg, Managing Director da DLG Markets GmbH. “Num contexto de desafios globais, a Agritechnica — enquanto verdadeiro ‘power booster’ da agricultura internacional — marcou um passo decisivo rumo ao crescimento e ao progresso. Mostrámos que estamos a atuar nos eixos certos e que os nossos expositores têm respostas concretas para os desafios do setor.”.
Quanto a nós, já estamos a contar os dias para a edição de 2027, que terá lugar de 14 a 20 de novembro!...
Fotos
Agritechnica Innovation Awards 2025
Inovações que traçam o mapa da mecanização agrícola
Como já é hábito, os Prémios de Inovação (DLG Innovation Award) da Agritechnica voltaram a destacar, em 2025, as tecnologias que vêm redefinir o modo como se trabalha a terra, da automação inteligente à gestão de dados, passando pela eficiência energética e pela sustentabilidade operacional.
AAgritechnica voltou a afirmar-se como a grande montra mundial da tecnologia agrícola e os prémios de inovação (DLG Agritechnica Innovation Award) desta edição de 2025 revelam a direção em que caminha o setor. Transmissões inteligentes, automação proativa, sensores e inteligência artificial aplicados às colheitas, até à fertilização e ao guiamento, e uma nova geração de soluções focadas na segurança, na eficiência e na sustentabilidade. Cada medalha de ouro e de prata atribuída espelha uma tendência que, mais cedo ou mais tarde, chegará ao campo, seja na forma de produto comercial, conceito de engenharia, ou como base para futuros desenvolvimentos.
Promovidos pela DLG (Deutsche Landwirtschafts-Gesellschaft – Sociedade Agrícola Alemã), os Prémios
de Inovação Agritechnica distinguem tecnologias que representam avanços técnicos relevantes para a prática agrícola, e que se destacam pela sua originalidade e utilidade concreta. O júri independente, composto por engenheiros, investigadores e agricultores, avalia cada candidatura com base em quatro critérios fundamentais: o carácter inovador da solução, o benefício prático que oferece, a relevância para a sustentabilidade, e o seu potencial de aplicação comercial.
As distinções são atribuídas em duas categorias: as medalhas de ouro, reservadas a inovações que introduzem conceitos técnicos totalmente novos e com um acrescido impacto para o setor; e as medalhas de prata, que reconhecem melhorias significativas, combinações engenhosas de tecnologias existentes ou avanços relevantes em termos de segurança, automatização e conforto operacional.
Conheça as tecnologias distinguidas na edição de 2025.
Texto Rui Reis
OURO
Transmissão com sistema hidrostático Line Traction
Müller Landmaschinen GmbH (desenvolvido com Aebi & Co. AG Maschinenfabrik)
O novo sistema Line Traction representa uma ruptura com a transmissão convencional dos tratores de encosta. Em vez dos habituais diferenciais longitudinal e transversal, o conceito utiliza um sistema hidrostático integrado nos redutores finais planetários, permitindo ajustar a velocidade de cada roda de forma totalmente independente. Na prática, isto significa que em curva cada roda recebe exatamente a velocidade de que necessita, garantindo uma tração mais eficiente e um comportamento muito mais previsível. O sistema evita as tensões típicas da transmissão 4x4 e
elimina a necessidade de bloqueios de diferencial, que em terrenos inclinados podem reduzir a capacidade de manobra. O resultado é uma condução mais segura e estável, sobretudo em inclinações ou pisos de aderência
irregular, onde a distribuição precisa de velocidade por roda faz toda a diferença. Além disso, reduz a erosão do solo e melhora a fluidez das manobras, um benefício importante em operações de manutenção de encostas.
Próxima geração de enfardadeiras de fardos retangulares de 70 ton./h CLAAS
Nova geração de enfardadeiras retangulares , concebida para garantir uma produtividade de até 70 ton. em fardos por hora e densidades de fardo de até 235 kg/m³. A transmissão redesenhada integra a caixa no chassis e dois volantes de massa a funcionarem a 1.650 rpm, garantindo compactação uniforme. Sensores ajustam automaticamente a densidade. Entre as inovações destacam-se o atador de fila única e o novo atador de duplo laço, que evita restos no campo.
PRATA
Sistema de gestão preditiva e adaptativa da transmissão (CVT)
CLAAS (novos Axion de maior porte)
Gestão baseada em mapas de eficiência do motor, caixa e hidráulicos, e apoiada em algoritmos de aprendizagem. Funções como Auto Load Anticipation registam os picos de carga no primeiro percurso e antecipam-nos nas passagens seguintes, ajustando previamente a rotação e a relação. Integra ainda lógica de otimização em carga parcial, controlo de droop [função de regulação da transmissão contínua] para carga total, adaptação do caudal hidráulico e gestão de potência para evitar exceder limites de binário ao longo da transmissão.
Controlo de linha em declives para sachadores SMART-HILL (extensão do ROW-GUARD)
Einböck (desenvolvido com CLAAS E-Systems)
Há anos que o sistema de controlo de desvio lateral ROW-GUARD, guiado por câmara, mantém o sachador (ou outra alfaia) alinhado com a linha de culturas de forma totalmente automática. Agora, com o novo sistema de assistência SMART-HILL, acrescenta-se uma nova “dimensão”: há um eixo extra que roda ligeiramente a máquina para compensar automaticamente o deslizamento e a inclinação em taludes e encostas. Resultado: pela primeira vez passa a haver compensação automática de declive, o que melhora muito a precisão, a eficiência e a facilidade de utilização.
Ajuste central do ângulo de espalhamento
OptiSet no Vendro Krone
O OptiSet é um sistema de ajuste central do ângulo de espalhamento, nos espalhadores Vendro. Em vez de andar a regular roda a roda, o operador define o ângulo de trabalho a partir de um só ponto, adaptando rapidamente o espalhador ao tipo de forragem, à quantidade de produto, e às condições do terreno. Esta afinação centralizada ajuda a controlar melhor a largura e a distribuição do material, reduz sobreposições ou falhas, e contribui para uma secagem mais uniforme, com menos passagens e melhor qualidade da forragem.
Novo conceito
de colhedora de forragem Jaguar 1000 CLAAS
O projeto para uma nova colhedora de forragem Jaguar 1000, da CLAAS, foi concebido para potências até 1.110 cv, mantendo ainda assim uma largura total de apenas 3,30 m com pneus de 800 mm. O canal de fluxo de 910 mm trabalha com o tambor V-Flex configurável (entre V20 e V36) e com cabeças dedicadas, desde pickups até 4,5 m, a cabeças de milho até 10,5 m, servidas por dois trens de acionamento independentes. O sistema CEMOS Auto Header ajusta automaticamente a velocidade da cabeça em função das condições de colheita, enquanto o CEMOS Auto Knife Condition monitoriza, sem contacto, o estado das facas. A calha de descarga conta ainda com amortecimento hidráulico, garantindo maior estabilidade nas transferências de forragem a caudais elevados.
Medição contínua da qualidade da silagem de milho ForageQualityCam Fendt (AGCO)
O ForageQualityCam, da Fendt (AGCO), é um sistema de câmara montado na calha de descarga das colhedoras, que avalia em tempo real a qualidade da silagem. A câmara analisa o fluxo de forragem, nomeadamente, o comprimento de corte e a proporção de grãos partidos, e envia esses dados para o terminal na cabina. Com base nessa informação, o operador pode ajustar de imediato as regulações de corte e de processamento de grão, em vez de depender apenas de verificações visuais pontuais, fora da máquina. O resultado é uma qualidade de silagem mais constante ao longo do dia, com melhor compactação, fermentação mais estável e valorização do potencial alimentar da forragem.
Controlo automático de processamento de grãos
CEMOS Auto Chopping Claas
O CEMOS Auto Chopping, da CLAAS, é um sistema de controlo automático do processamento de grãos nas colhedoras Jaguar. Com recurso a sensores e câmaras, monitoriza em contínuo a qualidade dos grãos e o comprimento de corte do material, ajustando automaticamente a distância entre o rolo triturador (cracker) e as contra-placas, bem como o regime de trabalho. Em vez de depender apenas da percepção visual do operador e de paragens para afinações manuais, o sistema corrige em tempo real, garantindo um estilhaçamento mais homogéneo dos grãos, melhor compactação e conservação da silagem, e, em última análise, uma qualidade de forragem mais consistente.
Controlo do disco nos espalhadores VarioSmart Rauch
O VarioSmart, da Rauch, introduz um novo nível de controlo do disco, nos espalhadores de adubo com transmissão mecânica. Em vez de depender apenas da rotação fixa imposta pela tomada de força, o sistema permite variar, de forma contínua, a velocidade de um dos discos, ajustando assim o padrão de espalhamento, sobretudo junto às extremidades da parcela. Com isso, torna possível obter uma distribuição mais “vertical” e bem delimitado na zona de bordadura, reduzir sobreposições e evitar que o fertilizante saia para caminhos, valas ou áreas não alvo. Ganhando em precisão, poupança de adubo e menor impacto ambiental. Solução especialmente útil em explorações pequenas e em parcelas junto a caminhos ou estradas.
Concessionário dos tratores: DISTRIBUIDOR OFICIAL
Sensores para cabeças de colheita Yield EyeQ
Carl Geringhoff Vertriebsgesellschaft
Os sensores Yield EyeQ foram desenvolvidos para montar nas cabeças de colheita das colhedoras e ajudar a medir de forma precisa as perdas no campo. Para isso, utilizam câmaras de alta resolução colocadas na parede traseira da cabeça, que “observam” os grãos e as espigas que ficam no solo. Desta forma, o sistema consegue distinguir entre perdas que já existiam antes da passagem da ceifeira (perdas pré-colheita) e as perdas provocadas pela própria recolha. Em tempo real, o operador vê no monitor o efeito das regulações do header, como altura, inclinação ou velocidade, nas perdas, podendo afinar imediatamente a posição e a forma de trabalhar. Além disso, os dados registados permitem comparar o rendimento estimado com o rendimento real e apoiar decisões agronómicas futuras.
Sistema automatizado para cabeças de milho
Corn Header Automation
New Holland
O sistema Corn Header Automation, da New Holland, é um sistema automatizado para cabeças de milho (12 a 16 linhas) que usa sensores e inteligência artificial para ajustar em tempo real o trabalho da plataforma. Através de sensores e de uma câmara que analisa o fluxo de plantas, espigas e grão, o sistema adapta automaticamente regulações como a altura, ângulo de ataque e velocidade dos rolos, reduzindo perdas na cabeça e melhorando a eficiência da colheita. Além de permitir trabalhar mais depressa e com mais precisão, alivia significativamente a carga de trabalho do operador. Além disso, os ajustes contínuos reduzem as perdas em até 50%, melhoram a eficiência energética e estabilizam o fluxo para a debulha.
Avaliação
do granulado fertilizante através de sensores e IA
EasyMatch / FertiEye
Amazone / SKY Agriculture
O EasyMatch e o FertiEye, da Amazone e da SKY Agriculture, respetivamente, são duas soluções baseadas em smartphone que usam câmara e inteligência artificial para avaliar o granulado de fertilizante e definir automaticamente as regulações ideais do espalhador. No EasyMatch, a aplicação cria uma verdadeira “impressão digital” do fertilizante, com mais de 250 parâmetros, e cruza essa informação com uma base de dados para sugerir diretamente as configurações dos espalhadores Amazone. Já o FertiEye separa os grânulos, calibra cor e geometria, e estima também a dispersão, ajudando a prever a largura e a qualidade de espalhamento. Em ambos os casos, o operador passa a ajustar o espalhador com base em dados objetivos sobre o granulado, ganhando, assim, precisão, uniformidade de aplicação e tempo de trabalho.
Peneira
com ligação modular Riconda Grimme (com a Ricon)
A peneira com ligação modular Riconda, da Grimme, numa parceria com a Ricon, é uma esteira dividida em segmentos modulares ligados por um sistema de bloqueio simples, sem fechos metálicos tradicionais. O tecido é vulcanizado em laços contínuos, o que melhora a transmissão de esforço, permite usar rolos de menor diâmetro e reduz as alturas de queda do produto. Resultado: menos desgaste, menos peças específicas para substituir e manutenção mais rápida, podendo trocar apenas a secção danificada.
Sistema de orientação e guiamento 3D DUXALPHA
Arnold NextG
Primeiro sistema de orientação em 3D para máquinas agrícolas: usa modelos digitais de levantamento do campo para planear linhas com declives e irregularidades, identifica zonas perigosas e sincroniza máquinas multimarcas via nuvem (cloud) para trabalho paralelo. Suporta um segundo recetor GNSS para orientar implementos rebocados. É independente de marca, pode ser montado em tratores novos ou usados, e está preparado para trabalhar em rede, facilitando operações cada vez mais automatizadas no campo.
Assistente inteligente de pressão de pneus Intuitu Smart Pressure Assistant
Nokian Heavy Tyres
Assistente inteligente de pressão de pneus que usa sensores integrados para estimar, em poucos minutos e em andamento, a carga em cada eixo. Estes sensores de nova geração oferecem uma precisão típica de ±5% (80% dos casos), a partir de 6 km/h. A aplicação recomenda pressões para estrada/ campo, que podem alimentar um sistema central de controlo das mesmas. Ajuda a evitar compactação, poupa combustível e prolonga a vida útil do pneu.
Sensores
de radar 3D para pulverizadores
Proactive BoomControl
Horsch
Os sensores de radar 3D para pulverizadores com Proactive BoomControl da Horsch representam um avanço importante no controlo da altura da barra. Em vez dos tradicionais sensores de ultrassons, este sistema utiliza radar 3D para “ver” o terreno e a cultura, a 5–10 metros de distância, modelando de forma proativa o “tapete” alvo e que resulta da combinação solo + cultura. Assim, consegue antecipar ondulações, sulcos, falhas de vegetação ou zonas mais altas, e ajustar a posição da barra antes de lá chegar. Na prática, mantém, com maior precisão, a distância entre os bicos e o alvo, em toda a largura de trabalho, ao mesmo tempo que reduz os contatos indesejados da barra e melhora a eficácia das aplicações em faixa ou pontuais. Tirando, também, melhor partido de bicos de baixo arrasto, que exigem alturas muito bem controladas para limitar a deriva.
Sistema de limpeza segura e eficiente de rototerras Go-Clean Grimme
Sistema Go-Clean, concebido para facilitar a limpeza de rototerras, frequentemente negligenciada devido ao difícil acesso, e o risco de disseminação de doenças e infestantes. O novo revestimento em poliuretano, com abertura hidráulica até toda a largura de trabalho, reduz a aderência do solo e permite acesso seguro ao interior. O sistema melhora a higiene do campo, acelera as operações de limpeza e aumenta a segurança na manutenção.
Espalhador centrífugo ZA-TS 01 AutoSpread Amazone
Este é o primeiro espalhador centrífugo com ajuste automático do padrão de distribuição suportado por radar (direção e alcance) e validação contínua por IA. Dispensa bandejas de teste, denuncia desgastes/entupimentos e otimiza, em tempo real, funções como secções, vento, curva e contorno, elevando a eficiência do fertilizante e a qualidade de aplicação.
Automação do ventilador iQblue Fan Automation Lemken
Nos semeadores pneumáticos, permite passar a controlar o volume de ar efetivamente aspirado (e não apenas a rotação do ventilador), ajustando-o à massa da semente/ fertilizante e ao fluxo. Compatível com ISOBUS e iQblue connect, permite gerir combinações com vários ventiladores e detetar falhas por linhas bloqueadas, padronizando a operação independentemente da configuração.
Controlo de qualidade na colheita de forragens ForageCam System
New Holland
O ForageCam, da New Holland, é um sistema de câmara que avalia em tempo real a qualidade do processamento da silagem de milho, com base no CSPS (Corn Silage Processing Score). Montado na calha de descarga, analisa continuamente o fluxo de forragem e, em particular, o grau de trituração dos grãos, e envia essa informação para o terminal na cabina. Assim, o operador consegue perceber de imediato se o processador de grão está a trabalhar de forma correta e ajustar rapidamente as regulações (distância entre rolos, pressão, etc.), sem depender apenas de amostras pontuais recolhidas no campo. O resultado é um processamento de grão mais consistente, melhor digestibilidade da silagem e maior aproveitamento energético pelo efetivo.
Separador
de parafuso
Bioselect RC250
Börger
Muitas vezes, o prestador de serviços recebe apenas informação básica sobre o tipo de efluente agrícola a separar, sem dados sobre teor de matéria seca ou fibras, que variam segundo espécie, tipo de alimentação e condições sazonais. O novo separador de rosca Bioselect RC250 da Börger responde automaticamente às características do meio: o sistema Multi Disc Vario ajusta pressão, rotação e sentido, aumentando o débito e reduzindo desgaste e consumo energético, contribuindo para maior eficiência e sustentabilidade.
Sistema de orientação assistida por trator
Same Deutz-Fahr Deutschland (em parceria com Stereolabs)
A Deutz-Fahr é o primeiro fabricante a introduzir Sistemas Avançados de Assistência ao Condutor (ADAS) em tratores: assistência de manutenção de faixa, assistente em curvas e deteção de objetos/pessoas, com opção de cruisecontrol adaptativo e reconhecimento de sinais. A arquitetura eletrónica e de sensores foi repensada para o contexto agrícola (alfaias dianteiras/ traseiras, vias sem marcação). Aumenta a segurança e cria pré-condições para funções autónomas.o.
Sistema de substituição
das lâminas de corte
EasyCut 3 QuickFit
Schumacher
O EasyCut 3 QuickFit, da Schumacher, é um sistema que facilita ao máximo a substituição das lâminas e dedos de corte. Graças ao sistema QuickFit, as secções de faca e as guardas podem ser trocados até três vezes mais rápido do que nos sistemas anteriores: basta afrouxar as porcas com uma única ferramenta, sem ter de as retirar completamente e sem necessidade de segurar por baixo da barra de corte, evitando peças soltas que se possam perder.
CLAAS
VERDE NA COR E NO POSICIONAMENTO
No stand da CLAAS, as atenções repartiram-se entre a aposta na maior eficiência, os tratores compactos, e as novas soluções de forragem, como a Jaguar 1000, a CUBIX e a CEREX 700, e o AXION 9 CMATIC, um trator topo de gama pensado para grandes explorações e prestadores de serviço.
Na Agritechnica 2025, a CLAAS montou um espaço de exposição quase dominado na totalidade pelo setor da forragem: da colheita à logística, passando pelos tratores que movimentam tudo... ou quase.
Para começar, destaque para o papel dos tratores compactos, como o Axos 3, um modelo até 120 cv orientado sobretudo para explorações de pecuária, onde é usado maioritariamente com uma pá frontal para limpeza, alimentação e movimentação de forragens.
Tratores Arion
Para contextos mais exigentes, a CLAAS aponta para tratores de de média potência. Como é o caso do ARION 6, com motor de 6,8 litros e 205 cv. Esta potência permite trabalhar com enfardadeiras de maior capacidade, como a nova CEREX 700, com um diâmetro de fardo entre os 0,90 e os 1,83 m, até 25 facas, dois tapetes contínuos, e um fundo rebatível na versão PRO
NEXOS , o Especializado
No capítulo dos tratores especializados, a novidade foi o NEXOS SYSTEMATIC, equipado com uma transmissão continuamente variável (CVT ). Trata-se de um trator desenhado para aplicações que exigem um controlo muito rigoroso da velocidade de avanço e uma gestão precisa da potência, encaixando nas explorações onde o trabalho com implementos de elevada especialização é o dia-a-dia.
Texto Rui Reis
Produtos
Trator Axion 9 CMATIC
No AXION 9 CMATIC, o salto já não é apenas de potência. A CLAAS combina a transmissão CVT com o sistema de assistência CEMOS e a conectividade CLAAS Connect, permitindo automatizar grande parte do trabalho de campo e tratar os dados recolhidos de forma quase imediata. A cabine de 3 m³, com comando CMOTION, mostra bem o foco no operador.
Esta nova geração combina uma transmissão continuamente variável CMATIC, o sistema de assistência CEMOS e oferece potências até 450 cv. Tem ainda a opção de utilizar rastos TERRA TRAC ou um sistema de regulação da pressão dos pneus CTIC
• Axos 3 trator compacto com até 120 cv, focado na pecuária e trabalho com pá frontal
• ARION 400 / 570 gama em torno dos 150–155 cv, recomendada para explorações de forragem no contexto português, em combinação com enfardadeiras de alta capacidade
• NEXO SYSTEMATIC trator especializado com transmissão CVT, para trabalhos que exigem velocidades de avanço muito precisas
• AXION 9 CMATIC trator de topo com até 450 cv, com CMATIC, CEMOS, TERRA TRAC, CTIC e cabina de 3 m3 com CEBIS connect
• JAGUAR 1000 picadora de alto desempenho (850–1.110 cv) com tambor V-FLEX de 910 mm e cracker MULTI CROP CRACKER XL
• CUBIX enfardadeira gigante premiada com a medalha de ouro na Agritechnica, com sistema de duplo nó
• CEREX 700 enfardadeira profissional, fardos 0,90–1,83 m, até 25 facas e fundo rebatível PRO
• SCORPION Large Series carregadores telescópicos de 4,6 a 6 ton e até 8,79 m de altura de elevação
Picadora Jaguar 1000
A área da forragem esteve representada pela nova picadora JAGUAR 1000, posicionada no patamar superior de desempenho. O fluxo de material foi dimensionado para tirar partido de potências entre 850 e 1.110 cv (ECE R 120), combinando pré-compressão totalmente hidráulica, com um tambor de corte V-FLEX de 910 mm de largura e rolos MULTI CROP CRACKER XL com até 310 mm de diâmetro. O objetivo é claro: entregar uma forragem homogénea , mesmo a débitos muito elevados.
Cabine: potência, conforto e dados
Na nova geração Axion 9 CMATIC, a cabine foi completamente revista. Com 3 m3 de volume e apenas 66 dB de ruído, oferece um ambiente de trabalho mais próximo de um “escritório móvel”. O banco ergonómico pode rodar 50°, melhorando a visibilidade. E o comando CMOTION concentra as funções principais no apoio de braço. O novo sistema CEBIS connect, integrado no ecossistema CLAAS connect, permite ainda gestão de tarefas, planeamento de linhas e monitorização em tempo real.
Enfardadeira Cubix
A terminar, a enfardadeira gigante CUBIX, distinguida com a medalha de ouro da Agritechnica. Esta máquina introduz um sistema de amarração de duplo nó, diferente das soluções convencionais, para garantir fardos consistentes, com maior segurança nas operações intensivas e redução do risco de falhas na amarração.
CASE IH APOSTA
NA CAPACIDADE E NA AUTOMAÇÃO
Com explorações cada vez maiores e uma acrescida dificuldade em encontrar operadores qualificados, a Case IH respondeu com uma ofensiva de produto muito clara: mais litros, mais toneladas por hora e mais decisões auxiliadas pela eletrónica.
Na Agritechnica 2025, a Case IH apresentou uma ofensiva centrada no aumento da capacidade, na automação e na redução de manutenção, tudo a pensar nas grandes explorações com falta de mão de obra qualificada.
Na gama de tratores, a Case IH levou a Hanôver o Steiger 785 Quadtrac, o maior e mais potente modelo da marca, além do novo Optum 440, o Magnum MY2025, o completamente redesenhado Puma 185 e o ágil Farmall 120 M. Juntos, cobrem as gamas de trabalho que vão do mais pesado, em grandes áreas, aos serviços mais versáteis na exploração.
Na colheita, o destaque foi para as AF9/AF10, redesenhadas para maximizar a capacidade, o rendimento e a conectividade. A AF10, a maior ceifeira-debulhadora de rotor simples do mundo, combina uma tremonha de grande capacidade, uma elevada taxa de descarga e a automação da colheita para manter as perdas sob controlo. Mesmo com operadores menos experientes.
Já a Axial-Flow 7160 surgia equipada com uma cabeça de 8 linhas para milho, a sublinhar a aposta da marca no aumento da produtividade.
No enfardamento, as LB424 XL e as RB6 incorporam soluções de maior durabilidade e o Baler Automation System, agora com detecção automática e um guiamento baseado em sensores, sistema compatível com os tratores Case IH e, quando preparados, também com outras marcas.
A plataforma FieldOps fecha o círculo ao ligar máquinas e dados, ajudando a transformar a potência e a automação em decisões mais rápidas e rentáveis. A CASE IH tem como importador para Portugal a Entreposto Máquinas.
A maior do mundo Automação, enfardadeiras e dados
A AF10 é o novo topo de gama de rotor simples da Case IH, redesenhada de raiz para maximizar a capacidade e o rendimento horário. Junta uma elevada capacidade de armazenamento, com a elevada taxa de descarga e a automação de colheita, para aumentar a produtividade e a qualidade, mesmo com janelas de trabalho mais curtas e operadores menos experientes.
O Baler Automation System conta, a partir de agora, com deteção automática para maior regularidade dos fardos. As enfardadeiras LB424 XL e RB6 recebem melhorias de durabilidade e tecnologia, enquanto a plataforma FieldOps liga máquinas e dados para uma gestão ainda mais eficiente da campanha.
Texto Rui Reis
SÉRIE 800 EM DESTAQUE NA FENDT
Com um stand repleto de motivos de interesse, a alemã Fendt optou, por dar destaque, na Agritechnica 2025, ao novo 800 Vario, “um trator totalmente desenhado, com potências entre os 260 e os 340 cv”.
Ostand da Fendt exibia, como principal novidade, o novo Fendt 800 Vario, acompanhado das renovadas séries 300 Vario Gen5, 500 Vario Gen4, 700 Vario Gen7.1 e 1000 Vario Gen4 e de maquinaria como a gadanheira condicionadora Slicer 310 FQ, “com barras muito robustas e vários tipos de condicionadores (dentes ou rolos)”, explicou, à revista abolsamia, o diretor de produto da Fendt, Mario Lallana Mafé. Equipamento “muito importante para países como Portugal”, onde a marca também acredita poder vir a ter boa aceitação o trator elétrico e107 Vario, “já em comercialização”, e que, com “90 cv”, funciona “como um trator convencional” e é “ideal para olival, vinha, estufas, vacarias e zonas com restrições de ruído”
Produto
• 516 VARIO GEN4
Vencedor do TOTY
2026 na categoria
MidPower, recorre a 4 cil. AGCO
Power CORE50 de 4L, transmissão
VarioDrive e conceito
DynamicPerformance
• E107 VARIO Não sendo um modelo novo, mereceu destaque no stand da Fendt,por ser 100% elétrico
“Um trator totalmente desenhado, com potências entre os 260 e os 340 cv”, resultado de “um motor AGCO Power de 6 cilindros e 8 litros, que trabalha entre 700 e 1700 rpm, para garantir baixo consumo e potência constante”, sublinhou Mafé. Já a nova Variodrive “permite trabalhar de 20 km/h até 60 km/h sem mudar de marcha”, enquanto “os sensores nos eixos distribuem automaticamente a tração, quando há patinagem”. Na cabina, novo ambiente FendtOne e sistema de iluminação LED
Um dos destaques mais futuristas: a evolução do conceito Fendt Xaver GT, um veículo autónomo multi-uso
Texto Francisco Cruz
800 Vario
JOHN DEERE ACELERA
NA CONDUÇÃO AUTÓNOMA E NAS ENERGIAS LIMPAS
Na Agritechnica 2025, a John Deere voltou a apostar nas indústrias do leite/pecuária, bem como nos cereais de grão pequeno, com as novas picadoras, enfardadeiras, pulverizadores, um trator 9RX com condução autónoma de 2.ª geração e o protótipo elétrico E-Power
Na Agritechnica 2025, a John Deere centrou as atenções em dois dos pilares da agricultura europeia, a produção leiteira/pecuária e os cereais, com um pacote de máquinas e tecnologia que cobre todo o ciclo, da sementeira à colheita. Incluindo, a gestão de dados, as preocupações com a autonomia e as propulsões alternativas.
No segmento leiteiro e pecuário, o foco esteve na forragem de alta qualidade. As novas séries das picadoras F8 e F9 chegam com uma cabina completamente redesenhada, mais visibilidade, ergonomia e integração digital através do G5Plus CommandCenter, que concentra funções de automação e monitorização. Os motores sobem até aos 1.020 cv de potência, garantindo uma maior capacidade, teores de matéria seca variáveis, permitindo janelas de corte cada vez mais curtas. Os sistemas ComfortRide e ComfortProtect reduzem impactos e protegem o cabeçote em terrenos irregulares, enquanto a roda central de 360° melhora a estabilidade
em transporte e manobra. As lâminas laterais integradas e a geometria do cabeçote dão-lhe uma verdadeira capacidade multiculturas.
Nova geração de enfardadeiras
A nova geração de enfardadeiras rotativas, de câmara fixa e variável, foi concebida para garantir mais rendimento e menos intervenção do operador. As V452R e
F8 e F9
Nas forragens, as novas picadoras F8 e F9 juntam uma cabina redesenhada, o sistema G5Plus CommandCenter potências de até 1.020 cv, garantindo um débito elevado e acrescido apoio tecnológico ao operador. O cabe çote Kemper 400pro tem uma verdadeira capaci dade multiculturas, passando da configuração de transporte à de trabalho em cerca de 30 segundos.
• Novas séries F8 e F9 com até 1.020 cv
• Cabina redesenhada e automação via G5Plus CommandCenter
• Kemper 400pro com ComfortRide, ComfortProtect e roda central 360°
• Mudança automática para as posições transporte/trabalho em cerca de 30 segundos
Texto Rui Reis
Picadoras
V462R conseguem até mais 8% de produtividade, graças a uma transmissão mais robusta e à função automática Weave, que faz oscilar a máquina sobre a fileira através de um engate flexível para encher melhor a câmara. Já as enfardadeiras de encaixe C442R, C452R e C462R, pensadas para forragens premium, podem integrar um sistema de pesagem em tempo real, registando o peso
Pulverizadores
• BoomTrac Pro2 para controlo de barra
• PowrSpray para enchimento e aplicação uniformes
Com o 9RX equipado com a 2.ª geração de condução autónoma, a John Deere dá um passo para a utilização alargada desta tecnologia. As 16 câmaras criam visão 360° e melhoram o cálculo da profundidade, permitindo alfaias maiores e maior velocidade, com supervisão remota via Operations Center. Em paralelo, o protótipo elétrico E-Power, com até cinco baterias Kreisel e 130 cv, revela a aposta na redução de emissões.
de cada fardo durante o trabalho. Todas são compatíveis com ISOBUS e ligam-se ao John Deere Operations Center, permitindo que o agricultor acompanhe rendimento, pesos médios e localização dos fardos.
Pulverizadores automotrizes
• ExactApply com controlo individual dos bicos de pulverização (PWM)
• Cabina categoria 4, G5Plus CommandCenter e CommandArm ergonómico
Nos cereais de grão pequeno, a nova série de pulverizadores automotrizes 500R combina tecnologia de aplicação de precisão com um conforto de alto nível. O BoomTrac Pro2 controla automaticamente a altura e o posicionamento da barra, o sistema PowrSpray assegura enchimento rápido e dose uniforme, e o ExactApply faz o controlo individual de bicos através da modulação da largura do impulso, reduzindo sobreposição e desperdício de produto.
Tudo isto é apoiado por uma cabina pressurizada de categoria 4, com filtragem de alto nível, o G5Plus CommandCenter e o CommandArm ergonómico, que tornam o trabalho mais intuitivo e menos cansativo em longas jornadas.
Tratores
• Trator 9RX com pacote de condução autónoma de 2.ª geração
• 16 câmaras independentes, visão 360° e cálculo preciso da profundidade
• Plataforma baseada em AutoTrac, JDLink e ecrãs G5
• Monitorização remota
John Deere
9RX
MASSEY FERGUSON UMA NOVA IMAGEM
Mais do que novos produtos, a Massey Ferguson apresentou-se na Agritechnica 2025 com uma nova imagem de stand, focada no Agricultor. No qual não faltava sequer a oferta completa da marca.
Assumindo como objectivo a vontade de posicionar-se como “um parceiro de confiança para os agricultores” , a Massey Ferguson marcou presença na Agritechnica com uma nova “casa”. Cuja fachada remetia para um celeiro, junto à área de exposição com as mais variadas marcas, distribuídas segundo o perfil de cliente e tipo de produçãoamarelo para os cereais, cinza para as explorações mistas e verde para a produção de leite e carne.
“Aquilo que podemos dizer que é verdadeiramente novo, é o próprio stand onde a prioridade é o agricultor, o qual pretendemos que se sinta acolhido, como se estivesse na sua própria casa”, explicou, à revista abolsamia, o diretor de Marketing para a Europa e Médio Oriente na Massey Ferguson, Jérôme Aubrion.
A partir daqui, “a segunda mensagem que pretendemos passar é a de que somos uma empresa com uma oferta completa de produtos, concebidos para serem duráveis, acessíveis e adequados às necessidades dos agricultores, sem esquecer, inclusivamente, possibilidade de dispor de opções personalizadas, como vidros escurecidos ou bancos em couro. Tudo isto, numa oferta em que não faltam sequer novidades como os novos tratores MF3 e 5S com transmissão Dyna-VT, ideal para terrenos inclinados e implementos que exigem uma velocidade constante da parte da TDF.”
Jérome Aubrion, diretor de Marketing junto da renovada telescópica MF TH, com transmissão Dyna-CT
Produtos
MF 8S Xtra
• Nova geração com melhorias na ergonomia, transmissão, visibilidade e integração tecnológica;
MF 5S Dyna-VT
• Versão que estreia uma transmissão continuamente variável (CVT), apontada como ideal para trabalho com carregador
• MF 3 SP.115
• O primeiro no segmento a dispor de transmissão Dyna-VT.
Ainda sobre a oferta de tratores, nota, para o facto de toda a gama ter sido “atualizada recentemente, incluindo o 1M, o 8S Extra e o 9S”, “Na Massey Ferguson, nós somos, em primeiro lugar, agricultores. Os nossos produtos são feitos por e para agricultores, com base em muitos depoimentos recolhidos. Aliás, não faltam, no nosso stand, fotos de agricultores que se assumem orgulhosos de fazer parte da família Massey Ferguson”.
A Massey Ferguson tem como importador para Portugal a empresa Potenzia.
Com um stand centrado no cliente, a Massey Ferguson deu também voz aqueles que preferem os seus produtos
Texto Francisco Cruz
Massey Ferguson
DESCUBRA A
NOSSA GAMA DE ARTIGOS
KUBOTA ELEVA CONCEITO SMARTFARMING
Com uma extensa oferta de máquinas , a Kubota esteve na Agritechnica 2025 para dar destaque ao novo conceito Smart Farming / Sized Right, espécie de novo ecossistema agrícola que congrega praticamente tudo: máquinas, dados, serviços, implementos e até parcerias.
Desenvolvido no âmbito da plataforma Kubota Group Solutions Hub, esta nova plataforma integrada de soluções que combina automação, conectividade e sustentabilidade, funciona como uma espécie de “ecossistema agrícola”, ao reunir num só ambiente máquinas, dados, serviços, implementos e parcerias; inclusive, aquelas que envolvem outras marcas do grupo. E tudo isto, com o objetivo último de contribuir para uma agricultura mais eficiente, sustentável e adaptada às exigências futuras.
Entre as máquinas e ainda no domínio da automação, o KFAST, um pulverizador autónomo pensado para culturas especiais, com motor V3800-TIE5, tração 4X4, quatro rodas direcionais e navegação por GPS RTK+LiDAR, mais um depósito de 2.000L, com pressão para 26 bicos e tecnologia H3O de dosagem em função das árvores. A prometer, por exemplo, reduções de 25% nos inputs e até 48% na deriva. Mas, também, um trator M7004 tornado autónomo e que, graças à capacidade de mapeamento dos campos, planeamento de tarefas em plataforma digital (PAM) e trabalho autónomo, ainda que sob supervisão remota, vem aumentar a precisão e eficiência, ao mesmo tempo que procura combater a escassez de mão de obra.
Finalmente, o já conhecido Robotti, plataforma robótica versátil já disponível nos concessionários da Kubota e que, de resto, a revista abolsamia já teve oportunidade de ver em ação, em Portugal [ler nesta revista]. Além de um cortador de relva elétrico e autónomo, concebido para uso residencial, paisagístico e comercial, sem esquecer tecnologias como o
UV Boosting, implemento que utiliza a luz, ao invés de produtos químicos, como forma de aumentar a resistência das plantas a doenças, geadas e secas. A Kubota tem como importador em Portugal a Tractores Ibéricos, empresa do grupo Auto Industrial.
Texto Francisco Cruz
Robotti, a plataforma robótica versátil já disponível nos concessionários da Kubota
Produtos
• M7004 Premium KVT trator topo de gama apto para tornar-se autónomo, através da adopção das tecnologias Smart Farming
• Robotti made for Kubota plataforma robótica concebida para funcionar como um trator, já disponível nos concessionários
• DM4032 Compact gadanheira frontal de discos, para tratores de baixa potência e peso reduzido
• BV6160 enfardadeira de câmara variável, com avanços em termos de eficiência, densidade do fardo e automação, além de uma manutenção mais simples e compatibilidade com controlo digital/ISOBUS
Enfardadeira Kubota BV6160, equipada com tecnologia TIM e novos melhoramentos no sistema de formação e densidade do fardo
KFAST, pulverizador autónomo pensado para culturas especiais
Gadanheira DM4032S Compact, destaca-se pelo design compacto e leve
NEW HOLLAND COM OS OLHOS POSTOS
NO MERCADO NACIONAL
A New Holland esteve presente em força nesta Agritechnica 2025: dos novos tratores T4F Auto Command e T5 Electro Command ER26, às gamas compactas Boomer, passando pela robótica, pelos elétricos e pelas soluções para silagem e colheita, a marca apresentou um portfólio invulgar de propostas, tanto em quantidade, como na qualidade. Também a pensar no mercado nacional.
Texto Rui Reis
ANew Holland chegou à Agritechnica 2025 com praticamente todo o portfólio em destaque: tratores de todas as gamas, ceifeiras-debulhadoras
CX PLMi com novas funções de conectividade, as novas plastificadoras
Roll-Belt 180 PLUS e 150 PLUS, carregadoras de rodas W170D+ Forage Power, novas FR Forage Cruiser, o conceito estilístico T5.120 “Il Trattore”, o T7.270 Methane Power já pronto a entrar em comercialização, a nova série T7 XD, o T7 de distância entre eixos standard atualizado, a minicarregadora de rastos elétrica C314X, um protótipo de um telescópico híbrido, o inovador robot autónomo R4 para culturas especializadas e até uma ferramenta de pesquisa de peças com IA nomycnhstore. Sob o chapéu do novo estilo e da renovada identidade, a marca mostrou uma estratégia integrada que vai das máquinas ao digital.
T4.120F Auto Command roubou o protagonismo
No segmento que mais interessa ao mercado português, o foco recaiu no novo T4.120F Auto Command, topo de gama da série T4F. É o primeiro trator estreito da New Holland com transmissão CVT “Estamos aqui na Agritechnica para mostrar os novos produtos para o mercado português. A maior novidade é mesmo o T4F Auto Command”, explica Lorenzo Neri, responsável de mercado para Tratores de Baixa Potência na Europa. “Este ainda é um preview, mas a versão final estará disponível até meados de 2026”, adianta.
O T4F Auto Command será proposto com potências entre os 90 e os 120 cv, com uma velocidade máxima de 50 km/h e bomba hidráulica de 115 L/min, de série. “Com este modelo, acabámos de vencer o Tractor of the Year na categoria Specialized; é uma grande evolução na gama da marca, marcando a entrada da New Holland no segmento premium graças à transmissão variável (CVT) e à tecnologia avançada que estabelece um novo padrão de referência nesse segmento.”, sublinha Lorenzon Neri. Entre as melhorias estão o eixo dianteiro suspenso, iluminação LED, Isobus Classe II e preparação para a função autoguiamento, alinhando-o com o novo ADN estilístico e tecnológico da marca.
A New Holland mostrou ainda o T5 ER26, que completa a gama T5 com modelos Electro Command destinados a 2026, cobrindo o intervalo dos 100–120 cv com transmissão 16x16 semi-powershift automatizada. “Renovámos o estilo, adicionámos o novo azul-claro e
A New Holland conquistou a prata pela tecnologia ForageCam
T4.120F Auto Command
introduzimos as 8 velocidades IntelliShift, que permitem trocar de marcha sem usar a embraiagem”, explica Lorenzo Neri. O modelo está pronto para a função de autoguiamento com monitor Intelliview 12 e incorpora um acelerador frontal pensado para maior comodidade na operação, em particular em trabalhos de carregador e manobras frequentes.
À medida do mercado luso
A terceira peça da estratégia são os tratores compactos Boomer, que continuam a ser decisivos no mercado nacional. “Estes tratores compactos são um verdadeiro sucesso em Portugal”, confirma Lorenzo Neri. A gama abrange modelos dos 25 aos 50 cv, disponíveis com estrutura ROPS e transmissões mecânicas ou hidrostáticas. Simples, versáteis e com débitos hidráulicos adaptados a pequenas alfaias e equipamentos frontais, posicionam-se tanto em horticultura e pequenas explorações como na gestão de espaços verdes. A New Holland tem como importador para Portugal a CNH Industrial Portugal. A CNH Industrial Portugal é a filial da marca New Holland em Portugal.
e
especiais. Com motor híbrido (diesel + elétrico) e opção totalmente elétrica, trabalha horas a fio em tarefas como roçar, pulverizar ou mobilizar o solo — tudo controlado por app, com GPS LiDAR e câmaras para navegar com precisão
Il Trattore celebra o espírito Made in Italy, unindo tradição e inovação. Inspirado no lendário Fiat 702 e equipado com a performance do New Holland T5 Dual Command
NH T7 equipado com tecnologia IntelliSense
Boomer
O New Holland R4 Hybrid Power é o novo trator robótico autónomo para pomares
culturas
DEUTZ
IMPRESSIONA COM NOVO SÉRIE 8
Com um stand onde era possível observar grande parte da sua ampla oferta, a Deutz-Fahr entregou, no entanto, a maior parte do palco, na Agritechnica, à nova Série 8 TTV, trator de alto desempenho com potências até 340 cv. E que teve um “crescido” Série 5 Keyline como ator secundário.
Apontado ao topo da oferta da marca germano-americana, o novo DeutzFahr Série 8 TTV foi apresentado como um trator totalmente novo, pensado para competir no segmento da alta potência, oferecendo mais conforto, melhor integração tecnológica e uma experiência de condução mais amigável para o operador. Sendo que, a contribuir para esta nova realidade, surge a nova cabine SigmaVision, com maior visibilidade, ergonomia otimizada, melhor isolamento acústico, climatização “ComfortPro” de três zonas e suspensão pneumática. Além de um novo apoio de braço iControl, dois joysticks multifuncionais configuráveis e dois
Texto Francisco Cruz
A nova cabine SigmaVision destaca-se por um ambiente fortemente tecnológico, isolamento acústico e climatização de 3 zonas
O Série 8 TTV apresenta-se com iluminação 100% LED e imagem futurista
A nova geração Deutz-Fahr 8 TTV introduz alterações estruturais, nova cabina e atualizações na transmissão e hidráulica
• SÉRIE 8 Trator totalmente novo, topo de gama, à venda no segundo trimestre de 2026
• SÉRIE 5 KEYLINE Nova versão de 125 cv, a procurar preencher uma lacuna no portfólio da SDF Produtos
ecrãs digitais (de 15 e 12”) de alta resolução.
Sob o capot, o novo motor N67 de 6,7 litros desenvolvido em conjunto com a FPT e compatível com HVO, disponível com dois níveis de potência (313 e 340 cv) e intervalos de manutenção de 1.000 horas, a que acresce uma transmissão variável TTV, a permitir velocidades até 60 km/h. Assim como um sistema hidráulico cuja capacidade chega aos 220 l/min e uma elevação traseira de até 12.000 kg, sem esquecer a nova arquitetura eletrónica a facilitar a integração de soluções smart farming, com destaque para o sistema TAGS - Tractor Assisted Guidance System, medalha de prata nos prémios de Inovação da Agritechnica.
Já a pensar em mercados como Portugal, destaque para a ampliação da Série 5 Keyline, agora com versões até 125 cv, resultado da introdução da versão 5125 Keyline, a prometer mais desempenho, a preço competitivo. No mercado ainda em dezembro ou, o mais tardar, em janeiro de 2026.
Riccardo Angelini, Diretor de Negócios da SDF para Portugal, Espanha e França
“Queremos consolidar a liderança no especializado, em Portugal”
“Relativamente ao mercado português, a maior novidade que temos aqui, na Agritechnica, é a Série 5 Keyline, cuja gama passa a contar com uma versão mais potente, de 125 cv, e que pode vir a ser o próximo best-seller, já que combina potência com preço. Vamos também integrar na SDF Portugal a distribuição da Gregoire e da Vitibot. Queremos consolidar a liderança no segmento especializado - tratores, máquinas de vindima, máquinas de azeitona e robótica - e reforçar a atuação nos segmentos de média e alta potência.”
O Deutz-Fahr Série 5 Keyline de 125 cv é um trator em que a marca aposta para Portugal
A SDF vai começar a comercializar em Portugal o BAKUS da VITiBOT, robô 100% elétrico para a cultura da vinha
SOLIS REFORÇA AMBIÇÕES EUROPEIAS COM ESPECIALIZADOS
Atualmente uma das marcas líder no mercado português de tratores, a Solis foi à Agritechnica reforçar as suas ambições europeias, através de uma forte aposta nos especializados e na ampliação da sua gama de potências, também com o apoio da Yanmar. Ambas as marcas representadas em Portugal pela Agricortes.
Apostada em aumentar o seu peso e importância no mercado europeu, a indiana Solis mostrou, na Agritechnica 2025, uma atenção muito particular aos tratores especializados, com novas soluções para culturas como os pomares, vinhedos e outras de trilho estreito. Com a maior novidade a residir no novo Narrow de 90 cv, “com motor ITL fase V, transmissão Carraro 12+12 e chassis mais estreito”, explica Vibhore Gupta, Diretor de Produto Solis. O Solis 90N equipa, ainda, “cabine pressurizada para proteção de Cat.4 contra gases potencialmente nocivos, ar condicionado e luzes LED de série” “Este trator foi finalista no TOTY 2026 e estamos agora a lançá-lo na Europa”
Outra novidade é “o compacto FC - S40 Shuttle XL com motor Yanmar de 38 cv, transmissão sincronizada 8+8 e uma largura total de 1,4 metros, ideal para pomares e trilhos estreitos”. O qual conta, também, com “assento com apoio de braço, tomadas hidráulicas, pesos frontais e pneus maiores. Para já em ROPS, terá, dentro de meses, a versão cabinada”
Ainda presente na Agritechnica, o Solis 26+, agora “já com OPG [Operator Protection Guard] e FOPS [Falling Object Protective Structure], tal como exigem as regras da União Europeia”; o C48, “compacto de 48 cv com motor Yanmar e transmissão 12+12 Shuttle, piso plano e TDF operada por botão, muito prático para quem trabalha com carregador frontal”; o “26 cv 9+9 Shuttle XL, que passa a ter uma versão mid-ROPS, capaz de instalar carregador frontal, algo que a concorrência
normalmente não permite”; e o modelo “90 cv Stage V com transmissão ITL 12+12, que passa a ter Power Shuttle com Auto-Shift, permitindo avançar e recuar sem usar a embraiagem”
Finalmente, uma extensa amostra de opcionais, como “luzes adicionais, LEDs e um sistema Bluetooth para o operador ouvir música, além de um sistema hidráulico completo PCN/DCT com mais funções que os da concorrência”
Texto Francisco Cruz
Solis N90, finalista do Tractor of the Year 2026, categoria Specialized
A Yanmar não fica atrás
“Vamos continuar líderes em Portugal”
“Começámos o nosso percurso na Europa com números muito pequenos - apenas 21 tratores, vendidos em Portugal -, e, neste momento, já ultrapassámos as 10.000 unidades. Após 12 anos, somos líderes em muitos países da Europa Ocidental, mas ainda temos muitas lacunas na nossa oferta que queremos preencher. O nosso foco é sempre o cliente, o pós-venda e as peças. Atualmente, estamos na posição n.º 5 na Europa, mas queremos chegar ao top 3, até 2030, e atingir os 25.000 tratores, nos próximos 5 anos. Em Portugal somos líderes. O nosso sucesso também é responsabilidade do nosso importador Agricortes, que tem tido um papel crucial, e estamos confiantes de que continuaremos a manter essa liderança”.
A dividir o stand com a Solis, a Yanmar não ficou atrás na apresentação de novidades, com Amnish Behal, diretor técnico para a marca japonesa, a destacar uma oferta que “vai dos 25 aos 60 cv”, com “dois novos modelos a serem lançados aqui na Agritechnica: o YM225 e o YM238, ambos com transmissão mecânica e arco de segurança, embora também existam com cabine”.
A gama Yanmar continua com a série YM3 de transmissão mecânica, modelos YM347 e YM359, de 50 e 60 cv, este último, um dos tratores mais vendidos em Portuga. “Temos ainda o SA222 e SA224, compactos de 22 e 24 cv, e HST”, e, por fim, “a série YT, com os modelos YT235 hidrostático de 35cv, e o YT347 e YT359, com 50 e 60 cv, e transmissão IHMT, que combina hidrostática com manual”
Yanmar YM222A
Gaurav Saxena, diretor e CEO da ITL/Solis
Solis F40 Shuttle XL
Solis H26 com opcionais
Solis S26
Solis 26+
TAFE REFORÇA AMBIÇÕES EUROPEIAS COM NOVA GAMA E PRIMEIRO HÍBRIDO
Depois da apresentação à Europa em 2023, a TAFE regressou, este ano, à Agritechnica, com uma presença ainda mais forte e destacada. A começar, na nova gama, maior e mais adequada aos mercados europeus, além daquele que será o primeiro trator híbrido da marca indiana.
Presente com um stand moderno e luminoso, no qual era possível observar uma extensa oferta de tratores, além de várias outras inovações e tecnologias que o fabricante indiano tem vindo a desenvolver (algumas delas já estão, de resto, em comercialização), em primeiro destaque, no espaço da TAFE, surgia aquele que será o primeiro trator híbrido da marca: o EVX75, para já apenas um protótipo, mas com garantia de chegada aos mercados da Europa em 2027.
“Este trator é uma verdadeira inovação, já que conta com um trem de força que combina a eficiência de um motor elétrico, com um motor Diesel”, explicou, à revista abolsamia, o CTO e President Business Development da TAFE,
MALLIKA SRINIVASAN, proprietária da TAFE
“Europa é a porta de entrada para o futuro”
“Acreditamos que a TAFE está, hoje, bem posicionada para se tornar um líder global no segmento dos tratores sub-100cv, graças a uma oferta cada vez mais completa e, principalmente, às capacidades de engenharia, inovação e soluções centradas no cliente. Atualmente, estamos presentes em mais de 80 países, partindo de um mercado [indiano] onde passámos dos 300 tratores/ ano, para 200 mil, acompanhando, assim, a missão nacional de alimentar 1,4 mil milhões de pessoas. Na Europa, onde entrámos há apenas três anos, a receção tem sido extremamente positiva, resultado, também, do investimento feito em soluções de precisão, smart farming, automação e energias alternativas. Estamos a passar de uma empresa fabricante de tratores, para uma de soluções agrícolas, sendo que, neste avançar do próprio setor, é a Europa que define os padrões globais; para nós, é a porta de entrada para o futuro”.
Massimo Ribaldone. Acrescentando que, com este novo sistema híbrido (e-Brake), o motor de combustão funciona sempre “na faixa de maior eficiência”, tendo como único objetivo carregar a bateria, enquanto o motor elétrico fica encarregue, juntamente com uma “transmissão multimotor”, de fazer avançar o trator, “sem qualquer intervenção direta do diesel” “Com 90 cv de potência, os testes já realizados revelaram uma redução no consumo de combustível em torno dos 20%”, afiança Ribaldone, garantindo, ao mesmo tempo, “autonomia, eficiência e silêncio nas operações urbanas”
Além deste híbrido, novidade era também o primeiro trator elétrico, EV28, este com chegada prevista aos mercados europeus já na primeira metade de 2026. A anunciar, segundo o mesmo responsável, “35 cv de potência, uma bateria NMC de 20 kWh capaz de garantir até 4 horas de
Texto Francisco Cruz
Mallika Srinivasan junto de Francisco Cruz (abolsamia).
O novo topo de gama da TAFE, um trator de 100 cv
operação no campo e um carregamento rápido em apenas 1 hora”. Além disso, “será lançado inicialmente na versão open station, mas poderá vir a incluir elevador frontal e cabine”
Mais novidades
Num espaço com muitos motivos de interesse, à disposição dos visitantes estava, ainda, o novo modelo topo de gama, TAFE 1015, um trator de 100 cv “com motor TAFE de 2,9 litros, já homologado para diesel renovável”, e “uma transmissão 30x15 que, na prática, é uma 15x15 com altas e baixas, a oferecer 30 velocidades”, explicou o President for Product Management, Murali Krishnan. Que não deixou de destacar, também, a nova série de tratores especiais GE, “com 65 e 75 cv, maior distância ao solo e ROPS intermédio” “solução ideal para culturas como o olival, os pista-
chios ou a amêndoa”. E a que se juntam os novos modelos 6050 e 6065, “duas máquinas multiusos, adequadas para a agricultura profissional, culturas especiais, mas também trabalhos municipais”
“Trata-se de ‘pequenos gigantes’, compactos, com excelentes capacidades hidráulicas, e de dimensões reduzidas”, estando disponíveis com “transmissões 16x16, com shuttle mecânico ou hidrostática de três gamas”, além de em “versões open station e cabinadas, ambas com piso totalmente plano e excelente ergonomia”
“A nossa tecnologia oferece ao agricultor o poder de manter todas as escolhas. Não há compromissos entre eficiência, precisão ou velocidade”, defende Murali Krishnan, salientando que “acreditamos que a engenharia deve permitir sempre versatilidade e alto desempenho. E é isso que a nossa engenharia ‘elite’ oferece.”
TAFE TERRA VISTA - O FUTURO
Além de toda uma gama de novos tratores, a TAFE deu, também, a conhecer, em Hanôver, o futuro em termos de navegação autónoma em ambientes agrícolas mais desafiantes. Denominada Terra Vista, trata-se de uma solução baseada em visão estéreo, sem necessidade de Internet, Cloud, GPS, RTK ou pré-mapeamento, que, graças a um processador especializado (GPU), consegue ler, em tempo real, o ambiente em redor, detetando culturas, áreas transitáveis e obstáculos no percurso. Através de uma simples câmara no trator, o sistema gera uma nuvem de pontos 3D e imagens 2D coloridas, que são analisadas por um modelo de IA capaz de segmentar o terreno e decidir, com elevados níveis de confiança, onde o trator pode ou não passar, traçando o percurso navegável e memorizando obstáculos próximos. Levando, igualmente, em conta, as dimensões do trator. Utilizando uma câmara, um computador e um controle da direcção, o objectivo é que, segundo foi explicado à revista abolsamia, o Vista venha a complementar o sistema de autoguiamento Terra, em princípio, dentro de aproximadamente 12 meses. Então, numa versão básica, mas que irá sendo continuamente evoluída.
TAFE EVX-75 HYBRID, o protótipo do primeiro híbrido
Prestes a chegar ao mercado, o elétrico EV28 cativou atenções
VALTRA
MOSTRA O NOVO G CVT E UM TRATOR QUE FALA
Na Agritechnica 2025, a Valtra mostrou duas faces do seu futuro: o novo G Series CVT Active, vencedor do Tractor of the Year 2026 na categoria Utility, e o conceito Valtra Coach Talking Tractor no Q305, um trator que responde a perguntas e transforma dados em decisões mais simples para o agricultor.
No stand, a visita começava pela gama base, com o A115 “smart dairy tractor”, atualizado, com melhorias na cabine, integração do Valtra Guide e com funcionalidades ISOBUS Modelo pensado para explorações leiteiras que querem entrar na agricultura de precisão, mas sem grandes complicações.
Ao centro, o espaço Valtra Unlimited mostrava muitas das inúmeras possibilidades de personalização, destacadas na edição especial 75 Years Design Package, que antecipa as comemorações dos 75 anos da marca em 2026.
A nova G Series CVT Active trouxe, finalmente, transmissão continuamente variável ao intervalo dos 100 aos 145 cv. Desenvolvida pela AGCO, a CVT trabalha com um único escalão de 0 a 40 km/h, mantendo o motor em baixos regimes, segundo o princípio EcoPower, dispensando versões EcoPower separadas. Todos os modelos CVT contam com hidráulico Load Sensing, o que reforça a eficiência em trabalhos com carregador e alfaias exigentes. A distinção Tractor of the Year 2026 confirma o posicionamento desta série como referência no segmento dos Utilitários.
O trator que fala
A vertente digital ficou a cargo do Valtra Coach Talking Tractor, apresentado no Q305. A correr num dispositivo móvel li-
Produtos
• G Series CVT Active vencedor do Tractor of the Year 2026 na categoria Utility
• Transmissão CVT com 40 km/h num único escalão e gestão EcoPower
• A115 “smart dairy tractor” com Valtra Guide e ISOBUS
• Valtra Coach Talking Tractor no Q305 com recurso a IA, voz e dados do Valtra Connect
• 75 Years Design Package Unlimited disponível nas séries A, G, N, T, Q e S
gado ao Valtra Connect, o assistente aceita comandos por voz ou texto em várias línguas e está treinado com manuais, guias de agricultura de precisão, telemetria e registos de trabalho. Pode explicar “como faço…”, gerar listas de verificação ou apresentar gráficos de emissões de CO₂, tempos ao ralenti e produtividade por tarefa. Ainda em protótipo e sem data de lançamento, serve para recolher feedback de clientes e orientar o próximo passo da Valtra na integração de IA nos seus tratores. A Valtra tem como importador em Portugal a Ascendum Agro.
Em 2026, a Valtra assinala 75 anos e aproveitou a Agritechnica para mostrar como quer celebrar: com um 75 Years Design Package desenvolvido pela Valtra Unlimited. O pacote, disponível em versão Basic e Premium, combina elementos práticos e de imagem, como tapetes e capas de banco com logótipo comemorativo, autocolantes de vidro, jantes em preto metalizado e, nas versões SmartTouch, pintura Unlimited Brown Matt e detalhes específicos na consola e coluna de direção. A edição limitada pode ser encomendada para os A105, A115, e para as séries G, N, T, Q e S.
Valtra 75 Years Unlimited
Texto Rui Reis
O Talking Tractor foi uma das principais atrações no stand da Valtra
Valtra
ZOOMLION APOSTA NOS HÍBRIDOS
A Zoomlion marcou presença na Agritechnica 2025 com uma mensagem clara: a tecnologia híbrida vai ganhar um papel de destaque no futuro da mecanização agrícola. A empresa Agricortes tem a representação de toda a gama agrícola para o mercado português.
Apresença da Zoomlion na Agritechnica 2025 deixou clara a estratégia da marca: acelerar a eletrificação leve da maquinaria agrícola e posicionar-se como um dos players a acompanhar com atenção no mercado europeu. A gama híbrida foi o centro das atenções, combinando motores diesel e elétricos para ganhos de binário, eficiência e uma redução de consumos. Além dos tratores híbridos, a marca apresentou aquela que descreve como a primeira ceifeira do mundo com um sistema híbrido diesel-elétrica: a H7-600e. Com 22,6 toneladas, motor Yuchai de 11 litros Stage V e nada menos do que 12 motores elétricos arrefecidos a líquido, utiliza uma bateria compacta de 11,55 kWh para alimentar os sistemas elétricos. Esta arquitetura elimina cerca de 70% das transmissões por correia, permite tração e acionamento do header totalmente elétricos e, segundo a Zoomlion, reduz o consumo energético em até 30%. O header varia entre 7,6 e 9,2 m, inclui opções de milho (8 ou 12 linhas), depósito de 11 m³ e taxa de descarga próxima dos 110 l/s, com velocidade de transporte de 40 km/h.
No segmento dos tratores, o DV3504 com 350 cv e picos acima de 600 cv, voltou a destacar-se pela capacidade de condução autónoma em trajetórias otimizadas, com o Zpilot Pro
Outra grande novidade foi o DL1604, um híbrido de 160 cv com transmissão CVT e sistema hidráulico load-sensing, pensado para operações de média intensidade, onde a gestão energética garante maior suavidade e eficiência.A marca prepara agora a homologação europeia de toda a sua linha híbrida, já para 2026.
A Zoomlion tem como importador para Portugal, no setor das Máquinas de Construção e Industriais, a empresa Agricortes, que se prepara também para lançar no mercado as Máquinas Agrícolas, a começar pelas 3 Séries dos modelos RK, RM e RN, de 75 a 130 cv (reportagem na próxima edição).
DL1604
O DL1604 integra a tecnologia MiDD (Meshed Intelligent Direct Drive), combinando o motor diesel com um sistema elétrico. Debita 160 cv, inclui transmissão CVT 0–40 km/h, diferencial eletrónico e embraiagem hidráulica húmida. O sistema hidráulico load-sensing oferece 150 L/ min e 6 saídas. Cabine pressurizada com HMI avançada e vigilância 360°. Distância entre eixos: 2.765 mm.
O DV3504 também recorre à tecnologia MiDD (Meshed Intelligent Direct Drive), que combina o sistema híbrido com um potente motor Diesel. Oferece 160/220 L/min de caudal hidráulico, transmissão contínua 0–40 km/h e uma potência de 350 cv que, em picos, pode chegar mesmo aos 600 cv.
Texto Rui Reis
DV3504
O Zoomlion DV3504, na companhia de Jorge Alberto, comercial da Agricortes
FARESIN ESTREIA UNIFEED ELÉTRICO DE DOIS SEM-FINS E FRESA
Com uma presença no terreno de mais de meio século, a italiana Faresin apresentou-se na Agritechnica com um olhar virado para o futuro e materializado naquele que é o primeiro unifeed automotriz de propulsão 100% elétrica de dois sem-fins e fresa a chegar ao mercado: o Leader PF Full Electric. Acompanhado de várias outras tecnologias.
“Aprincipal e maior novidade que a Faresin trouxe à edição deste ano da Agritechnica é, sem dúvida, o modelo Leader PF Full Electric [FE], o primeiro e único unifeed totalmente elétrico de dois sem-fins e fresa, disponível no mercado”, afirmou, à revista abolsamia, Francesco Zerbinati, director de Comunicação e Marketing da Faresin. Salientando que, “já temos, inclusivamente, uma unidade vendida e entregue, que está a funcionar nas instalações do maior grupo italiano de produção de carne, Inalca. O qual optou por este equipamento devido às vantagens operacionais, assim como ambientais”.
Resultado da “experiência acumulada ao longo de mais de 50 anos com a produção de unifeeds, assim como do know-how iniciado em 2018, quando começámos com os manipuladores telescópicos 100% elétricos”, o Leader FP2 recorre a “uma bateria LFP cuja capacidade pode variar entre os 91,3 e os 137 kW/h”, à qual é dada uma “garantia de 2.000 ciclos completos (de 0 a 100%), equivalente a 10 anos de uso”, e que , recarregando as baterias numa Wallbox de 22 kW em 4 horas (versão PF 1) ou
7 horas (PF 2 Plus), consegue fazer “entre 3 e 4 misturas na versão standard, ou até 7, com a bateria mais potente”. Ou seja, “embora o investimento inicial numa máquina como esta seja, efetivamente, mais elevado que num modelo Diesel, o retorno está garantido em cerca de 3 a 4 anos de uso, graças ao baixo custo de manutenção e ao uso de energia elétrica; especialmente vantajoso quando a exploração possui painéis solares”.
Entretanto e no caso do mercado português, onde a marca é representada pela Tractorave, [a empresa portuguesa foi, de resto, o primeiro importador a vender um unifeed elétrico da Faresin, mas com um só sem-fim, há cerca de um ano] “já fizemos algumas apresentações, durante o último ano, e queremos apresentar o novo modelo na Expo Braga do próximo ano”. Lado a lado com esta novidade, “apresentamos na Agritechnica uma nova so-
Texto Francisco Cruz
Cabine centrada no conforto do operador contribui para maior número de horas de trabalho
lução tecnológica de medição de ingredientes, com base nas partes nutricionais, e que também conta com tecnologia de controle de carga, que permite interromper o adicionar de mais quantidade, a partir do momento em que o peso correto é alcançado. Impedindo erros face à dosagem receitada”.
Finalmente, destaque para a disponibilização de um software de monitorização e otimização, o qual utiliza as informações provenientes de sensores e câmaras, para, não só identificar problemas, como sugerir melhorias de até 25% no resultado”.
Novidades
• Leader PF o primeiro unifeed 100% elétrico de dois sem-fins e fresa da marca e o primeiro do género a chegar ao mercado
• Smart Feed Tech ecossistema tecnológico desenvolvido pela Faresin, com soluções mecatrónicas, digitais e de IA
• FS 6.26 carregador telescópico com transmissão stepless, hidráulica otimizada, melhor visibilidade e cabina renovada
Versão PF 1 carrega em 4 horas numa wallbox de 22kW enquanto a PF 2 Plus demora cerca de 7 horas
HORSCH COM NOVIDADES EM TODA A LINHA
Marca de referência no domínio da mobilização do solo, sementeira, plantação e pulverização, a Horsch apresentou-se na Agritechnica com novidades em todo o seu portfólio. Incluindo, para o mercado português.
“Este ano, apresentamo-nos na Agritechnica com novidades em todo o portfólio e que abarcam desde novas funcionalidades, até novas máquinas”, começou por explicar, à revista abolsamia, o principal responsável da Horsch para os mercados do Sul da Europa e África, Micha Trotzky, destacando as novas versões, por exemplo, do semeador de discos Pronto 9 DC, ou da Versa 7 SW , a qual “permitir-nos-á, com os seus 7,2 metros de largura de trabalho e 3 m em transporte, entrar no segmento das máquinas versáteis para condições difíceis”. Mas também o cultivador Fortis AS, que ganhou “uma versão mais leve, a Fortis LT”, e a grade de discos Joker HD, agora com “discos de até 68 cm” e com “um novo ângulo que garante melhor penetração no solo”. Ou ainda a nova versão
Imponente nas dimensões, o stand da Horsch registou, igualmente, muita procura
da Tiger, um “cultivador de quatro barras, pesado, para engate de três pontos, e capaz de uma mobilização mais intensa, com profundidades até aos 30 cm”.
A pensar na sementeira, a estreia de uma nova versão de disco simples do Avatar, “com espaçamento de 20 cm entre linhas”, além do novo Maestro 12 TX, semeador de precisão com a funcionalidade que permite “flexibilidade no ajuste do espaçamento entre linhas, de 37,5 a 80 cm”
Nos pulverizadores, além da estreia de novos sensores na barra de pulverização, para funcionar “a maior distância, com igual precisão” - tecnologia premiada com a Medalha de Prata
Produtos
SEMEADORES
• Modelo Avatar com novo espaçamento de 20 cm entre linhas
• Modelo 12TX com flexibilidade de ajuste de espaçamento entre linhas de 37,5 a 80 cm
PULVERIZADORES
• Novo modelo Leeb 8420 VL automotriz com tanque de 8.000 litros e altura de 2 metros
• Novo modelo Leeb VT automotriz com largura de bitola variável
• Novo pulverizador 9 LT de 9.000 litros em eixo simples e de 12.000 litros em eixo tandem
• Novos pulverizadores aos 3 pontos de 1.400 e 2.200 litros com tanque frontal de até 1.800 litros
Texto Francisco Cruz
sistema Spot Spraying
da Inovação, nesta edição da Agritechnica -, destaque para o pulverizador automotriz Leeb 8460 VL, “a primeira solução do género com uma altura de até 2 metros, um depósito de 8.000 litros e uma barra pulverizadora de 48 metros” , e que é, “muito provavelmente, o maior do género no mercado”. Assim como para a nova variante automotriz do Leeb VT, “com largura de bi-
Abílio Pereira, da Lagoalva, dis tribuidora exclusiva Horsch em Portugal, apontou as soluções mais promissoras para o mercado nacional. Entre elas, a Tiger 3SL, “máquina robusta para mobilização e descompactação até 3 metros”, e as semeadoras Maestro 6 TV ou TX, que diferem pelo sistema de deposição — a vácuo ou sob pressão. Nas máquinas monogrão telescópicas, a possibilidade de “ajuste rápido da entrelinha”, enquanto o sistema Autoforce permite trabalhar “em sementeira direta ou em mobilização convencional”, com “depósitos frontais de até 2.400 litros”.
tola variável”, um “novo pulverizador rebocável de eixo simples com 9.000 litros de capacidade” e um outro, “em eixo tandem, de 12.000 litros”. Sem esquecer “o nosso sistema de pulverização de precisão, com a tecnologia spot spraying, graças a uma câmara que deteta as ervas daninhas e faz abrir o bico apenas nesses pontos”.
Horsch Avatar 6 SL
Micha Trotzky (Horsch) e Abílio Pereira (Lagoalva Eq. Agrícolas)
Maestro 6 TV
Leeb 8460 VL
Tiger 3SL
KUHN INOVA NO CORTE E DIGITALIZAÇÃO
Presente na Agritechnica 2025, a Kuhn estreou um novo pulverizador, uma nova solução de telemetria, e, principalmente, uma nova máquina de corte. Esta última, distinguida como Farm Machine 2026.
Kuhn GMD 15030
Trata-se de uma máquina de discos, rebocável, concebida para quem faz grandes áreas de feno e forragem. Com uma largura de trabalho de 14,5 m e barra de corte capaz de seguir os contornos do solo, passa a ser a maior máquina do género na oferta da Kuhn, capaz de cobrir até cerca de 20 hectares/hora em condições ideais. No transporte, pode adoptar uma largura de menos de 3 m, com uma altura aproximada de 4 m.
Resposta àquela que é a tendência crescente de “farm data” no setor da Agricultura, a T1 Box é uma nova solução de conetividade e telemetria para máquinas agrícolas, capaz não somente de rastrear a atividade do trator em tempo real (geolocalização, horas de trabalho, velocidade, e outros dados) como também fazer o histórico dos trajectos, coligir os dados relativos à parcela e emitir alertas de manutenção. Tudo isto, devido, também, à expansão da funcionalidade CCI.Maps, para os terminais CCI 800/1200.
Fabricante francês de implementos com quase 200 anos de história, a Kuhn voltou a marcar presença na mais importante feira dedicada ao setor da Agricultura, desta feita, com uma forte aposta no domínio do feno e da forragem, assim como da pulverização e telemetria. Depois de ter anunciado, ainda antes do arranque da Agritechnica 2025, uma “ampla gama de produtos novos e revistos”, o fabricante não deixou de concretizar as promessas feitas, nomeadamente, através da apresentação da nova máquina de pulverização Karan, da nova solução de telemetria e conetividade T1 Box, e, principalmente, da nova gadanheira rebocável GMD 15030, distinguida com o título Farm Machine 2026 nesta edição de 2025 da Agritechnica. A Auto Industrial representa a marca no nosso país.
Karan
Apresentado aos media ainda antes da feira, o novo pulverizador rebocável Karan fez a sua estreia na Agritechnica 2025, destacando-se pela elevada capacidade do tanque (4.500-8.000 litros), largura da barra de pulverização (até aos 39 m) e precisão na operação, quando com o sistema PWM (Pulse With Modulation) da Kuhn e Autospray. Sinónimo de controlo individual de bocais, compensação em curvas e consistência no tamanho das gotas, mesmo numa velocidade variável.
T1 Box
Texto Francisco Cruz
A Kuhn apresentou-se na Agritechnica 2025 com uma ampla oferta em termos de equipamentos e soluções agrícolas
MASCHIO GASPARDO CRESCER PARA LIDERAR
Claramente numa fase de crescimento, não apenas quanto à quantidade da oferta, como também ao tipo de soluções e respetiva abrangência, a Maschio Gaspardo apresentou-se na Agritechnica 2025 com as novidades que contribuem para uma posição cada vez mais sustentada: a de fabricante líder de maquinaria agrícola.
Texto Francisco Cruz
“Enquanto fabricante full liner que é, a Maschio Gaspardo trouxe à Agritechnica 2025 praticamente todas as gamas de que atualmente dispõe e que cobrem todo o ciclo de cultivo”, começou por revelar, à revista abolsamia, o diretor geral da Maschio Gaspardo Ibérica, Alfonso Egea, sem esquecer “aquela que é, digamos assim, a última aquisição da Maschio Gaspardo: a Lynx. Fabricante norte-americano especializado em equipamentos para aplicação de fertilizante e de mobilização mínima do solo, do qual temos aqui uma amostra de um corpo de sementeira”. Sendo que, “no Hall 11, está outra das nossas parceiras, a Grégoire Besson, com algum do seu equipamento” Sobre as soluções que preenchiam o espaço da Maschio Gaspardo na Messe de Hanôver, Alfonso Egea destacou, como principais novidades, “a Jumbo X, a maior grade rotativa do mundo”, que “já apresentámos em Portugal”, além da “Centauro, um semeador que integra tremonha frontal, sistema de transporte de semente e grupos de trabalho posteriores, e que, a partir de agora, passa a ser também Isotronic”. Depois e ainda entre as novidades, o Campo Ultra Isotronic, um pulverizador rebocável que “também tem novas caraterísticas, a começar na possibilidade de automatização de várias funções relacionadas com a pulverização, como a secção da barra, a dosagem e a monitorização, além da integração com o terminal do trator”.
E para Portugal?
Quanto àquilo que poderá interessar mais diretamente a Portugal, mercado onde “estamos a crescer muito”, em particular, nos “pulverizadores rebocados”, Alfonso Egea
aponta ao modelo Primo S Isotronic, um espalhador de fertilizante de discos duplos, concebido para tratores de menor potência (entre os 40 e os 120 cv), e especialmente indicado para “culturas como o pistachio, a avelã, o olival e a vinha. Ou seja, um equipamento que pode ser muito
Lynx
“A chegada da Lynx decorreu da necessidade sentida em mercados de grandes dimensões, como a América do Norte ou a Austrália, onde são precisas máquinas maiores e com maior largura de trabalho. Com este acordo, a Maschio Gaspardo passou a contar, na sua oferta, com máquinas verdadeiramente grandes, que chegam até aos 30 metros de largura de trabalho e com até 60 linhas, ainda que, aqui, na Agritechnica, tenhamos trazido apenas um elemento de uma sementeira, para aplicação localizada de adubo.” referiu Alfonso Egea.
Alitalia Isotronic
Destaques
• Jumbo X, a maior grade rotativa do mundo
• Centauro Isotronic, semeador pneumático combinado com entre 4 e 6 m de largura e dois tipos de tremonha frontal
• Campo Ultra Isotronic, pulverizador com barras entre os 21 e os 38 m e tanques entre os 3.880 e os 6.500 litros
• Alitalia Isotronic, semeador combinado pneumático com largura de trabalho entre os 3 e os 3,5 m, e até 28 linhas de sementeira
• Primo S Isotronic, fertilizador de precisão com uma largura entre os 12 e os 36 m, e uma tremonha com até 4.450 litros
importante para Portugal e em que nós queremos apostar; inclusive, na nova versão Isotronic, preparada para ser utilizada com tratores com potências de 80, 90, 100 cv” Igualmente importante, é “a nossa gama de preparação
Gregoire Besson
Igualmente presente na Agritechnica 2025, ainda que em stand próprio, estava a Grégoire Besson, marca a cargo da Maschio Gaspardo para os mercados de Portugal e Espanha. Sobre a oferta em exibição em Hanôver, Marc Besson, responsável de Marketing e Comunicação da Grégoire Besson, destacou, à revista abolsamia, a estreia da nova charrua semi montada reversível Voyager C80, destinada a “grandes explorações e tratores de alta potência”, cujo número de corpos pode variar “entre os 7 e os 14”, variando na largura de trabalho “entre os 2,10 e os 7,10 metros”. Para mercados como Portugal, “temos a Occitan, uma grade de discos ideal para solos duros, com grande resistência, e que aqui surge numa versão de 7 m, mas cuja largura varia entre os 2,50 e os 8 m”.
do solo, como é o caso grades rotativas, fresas rotativas, grades de discos, cultivadores de dentes, subsoladores, cultivadores de entre-linhas, preparadores combinados de solo e rolos compactadores.
Destaques
• Voyager C80, charrua semi-montada reversível com até 14 corpos e 7,10 m
• Occitan, grade de discos com 2 a 8 metros de larg. trabalho
• Helios, subsolador com entre 3 e 5 m de largura, e capaz de trabalhar a profundidades de até 60 cm
Opção de dentes para o Helius
Voyager C80
Occitan
Primo S Isotronic, fertilizador de precisão
O MAIOR UNIFEED DO MUNDO
Com uma experiência de mais de 20 anos no desenvolvimento de máquinas automotrizes de mistura e alimentação para gado, a Siloking apresentou-se na Agritechnica com um “cartão de visita” impressionante: o Siloking SelfLine 2000+, o maior unifeed do mundo.
Numa altura em que, segundo a marca alemã, o setor agrícola mundial regista um aumento da procura por equipamentos maiores e mais industriais, em resposta ao escalar das operações agrícolas, a Siloking apresentou, na Agritechnica, a sua nova máquina automotriz de mistura e alimentação de gado, a maior
já surgida no mercado: a SelfLine 2000+, unifeed topo de gama com 510 cv de potência, quatro eixos reforçados e direcionais, e um misturador de ração vertical com uma capacidade de até 45 m3. Suficiente para preparar a ração para cerca de 320 vacas de uma só vez, aproveitando, igualmente, a inclusão de um sensor de matéria seca na fresa, capaz de apurar, a todo o momento, a quantidade de água na mistura. Maximizando, dessa forma, o desempenho alimentar e o aproveitamento da forragem, ao mesmo tempo que reduz a necessidade de concentrados.
“Onde houver vacas a serem alimentadas, queremos estar presentes”, afirma Anna Perederii, diretora de Vendas e Exportação, recordando que existe “uma organização chamada EFCN que analisa dados mundiais do setor, e os factos mostram uma grande mudança: o número de explorações está a diminuir e as explorações estão a ficar maiores. A SelfLine 2000+ é a nossa resposta para todas essas explorações”.
“São ganhos de 1 a 1,5 litros de leite por vaca/dia”
Importador da Siloking para Portugal, Luís Maciel, gerente da Maciel Máquinas Agrícolas Lda., recorda as vantagens da SelfLine 2000+, a começar no sensor que “analisa em tempo real o que se está a carregar”, indicando “a percentagem de matéria seca”, de forma que
Texto Francisco Cruz
“a qualidade da alimentação seja sempre igual” “As vacas querem estabilidade e, com este sistema, os animais têm essa garantia, apresentando mais saúde e maior produção. Aliás, “a Dinamica, que criou a tecnologia e que já está disponível nos modelos Siloking, prevê ganhos de 1 a 1,5 litros de leite por vaca/dia”. Em Portugal, “já existem dezenas em funcionamento” e há “muito interesse” quanto ao DryScan
Quanto ao cliente tipo, “estas são máquinas para vacarias com entre 150 e 1000 vacas, onde se trabalha 4, 5, 6 horas por dia. É certo que uma máquina de 150 mil euros, para quem tem 60 vacas, também se paga, mas demora mais. Ainda assim, em 15 minutos faz o trabalho do dia, o que significa um ganho de 45 minutos de tempo, para fazer outras atividades. Além de que os clientes destas máquinas procuram qualidade.”
ELHO ESTREIA NOVA VIPER
Além da Siloking, a empresa Maciel Máquinas Agrícolas Lda. também é importadora, para Portugal, de equipamentos da marca finlandesa ELHO. Reconhecida pela robustez e capacidade de adaptação a terrenos difíceis dos seus produtos, alguns deles em exposição na Agritechnica 2025.
Em destaque, a nova gadanheira condicionadora Viper, equipada com barra de corte cujo sistema BalanceCut assegura uma melhor transmissão de potência, distribuição uniforme da carga e qualidade superior de corte. Enquanto sistemas como o Pendulum Centre System (PCS) e a HydroBalance Suspension permitem à unidade de corte adaptar-se ao relevo do solo, mantendo o contacto uniforme, reduzindo o impacto do terreno, e assegurando um corte mais homogéneo, mesmo em parcelas mais irregulares.
A nova gadanheira condicionadora Viper foi a grande novidade no stand da ELHO
O DryScan inova ao medir em tempo real a matéria seca adicionada à mistura, durante a carga
Luís Maciel, Gerente da Maciel Máquinas Agrícolas, Lda.
fotografia: ELHO
FAE ESTREIA TRITURADORA
E NOVOS DESTROÇADORES
Representada em Portugal pela Herkulis, a FAE deu a conhecer uma nova versão da trituradora BL0/EX, assim como duas novidades em termos de destroçadores.
UNIFOREST APOSTA
NA TECNOLOGIA
CAom uma gama que procura oferecer versatilidade e eficiência, a FAE mostrou várias novidades, em particular, para a floresta. A começar numa nova versão da trituradora BL0/EX para mini-escavadoras de 2 e 4 ton., com “1 metro de largura de trabalho”, e que, segundo Conrado Devita, responsável de vendas para a América do Sul, África e Médio Oriente, é “uma máquina interessante” por funcionar “sem linha de drenagem, apenas com linha hidráulica simples, e agora com mangueiras reforçadas, para maior pressão”
Outra novidade é a MMS-EX, uma trituradora “projetada para Feller Bunchers”, com sistema hidráulico heavy-duty. Já o modelo RQL/HY é um destroçador florestal leve e versátil, concebido para veículos com grupo gerador ( powerpack) e escavadoras com rodas. Está projetado para cortar relva, arbustos e árvores com até 15 cm de diâmetro, sendo especialmente indicado para trabalhos de manutenção em taludes de estradas.
Uniforest, que em Portugal é representada pela Herkulis, levou à Agritechnica 2025 um novo processador de lenha, o Titan 4020 Uniforce, com novos sensores capazes de posicionar automaticamente a faca, aplicativo UniForest Connect e capacidade de monitorização do trabalho, além de uma mesa hidráulica para uso frontal que consegue inclinar 30° para baixo e 40° para cima, e uma nova linha de guinchos florestais da série GX. Como principal novidade, um novo comando remoto Unilink, feito especialmente para a Uniforest e que vai passar a vir de série nos guinchos profissionais da série GX.
Texto Francisco Cruz
Destroçador RQL-HY
Guinchos Florestais Série GX
Máquina de cortar e rachar lenha Titan 4020 Uniforce
Conrado Devita, responsável de vendas para a América do Sul, África e Médio Oriente
Matija Zore, responsável de vendas
BKT MENOS COMPACTAÇÃO, MAIS ESTABILIDADE
Presença assídua na Agritechnica, a BKT esteve na edição deste ano com um espaço luminoso, a explorar a vertente “experiencial”, acrescida de novidades em prol da eficiência e proteção do solo.
Numa edição da Agritechnica cujo mote foi Touch Smart Efficiency, o fabricante indiano de pneus BKT, que na Península Ibérica é representado pela S. José Pneus, apresentou-se, este ano, na feira, em Hanõver, com um stand luminoso e concebido para despertar sensações junto dos muitos visitantes que por lá passavam. Não apenas através de elementos como uma espécie de construção futurista de um trator, feita em tamanho real, como também de algumas novas propostas de pneus. Como era o caso das novas séries PROHARVEST, V-FLECTO e RIDEMAX FL, produtos que combinam produtividade, sustentabilidade, proteção do solo e eficiência, ao garantirem, à partida, uma menor compactação do solo, maior estabilidade e melhores condições para trabalhar em terrenos sensíveis ou com máquinas mais pesadas.
Além de pneus tradicionais, a BKT mostrou, em Hanôver, uma solução de esteira para ceifeiras de nova geração, AGRIFORCE BK, neste caso, na medida 36X6X44 e pensada para otimizar a protecção do solo, assim como a tração
Durante a visita da revista Abolsamia ao stand da BKT na Agritechnica, a oportunidade de contactar, igualmente, com os principais responsáveis do importador da marca indiana de pneus para a Península Ibérica, S. José Pneus (da esq. para a direita): Tânia Caldeira, Marketing Manager; Catarina Aniceto, Business Developer; Luís Aniceto, CEO; e Luís Almeida, CFO. Acompanhados, na foto, de dois dos responsáveis internacionais do fabricante: Prashant Sonawane, International Marketing and Sales Business Development, e Sadhana Ilake, Executive-Export Marketing
NOVIDADES
Entre as novidades presentes no stand da BKT, figuravam três versões de pneus, a começar no AGRIMAX PROHARVEST VF, numa nova medida 1020/55 R38 CFO, destinado a ceifeiras automotrizes de nova geração, capazes de garantir uma menor compactação do solo, maior estabilidade com carga pesada e elevada capacidade de transporte. Outra novidade era o AGRIMAX V-FLECTO, destinado a pulverizadores de elevada capacidade, que, com este pneu, podem avançar com muito baixa pressão, protegendo o solo e as culturas. Finalmente, o RIDEMAX FL 615 com tecnologia VF, uma solução de “flutuação” específica para cisternas de chorume e máquinas que operam em pastagens/relvados.
Texto Francisco Cruz
OXEN1 MAIS DO QUE UM DESAFIO, UMA REAL MAIS-VALIA
Fundada por agricultores e engenheiros que acreditam na tecnologia como forma de capacitação dos agricultores, a Oxen1 escolheu a Agritechnica 2025 para dar a conhecer à Europa o OxenPod - um pequeno veículo elétrico capaz de transportar até 650 kg, rebocar 1.000 kg e trabalhar em vários tipos de terreno. E que, após 4 anos a trabalhar, já demonstrou, através das mais de 1000 unidades no terreno, a sua real mais-valia.
Tudo começou com um grupo de agricultores e engenheiros que, “conhecedores profundos daquilo que é a Agricultura” e “frustrados com as soluções existentes, demasiado caras e complexas”, decidiram criar uma plataforma inteligente, robusta e acessível, pensada “para reduzir a dependência de mão de obra e aumentar a produtividade”, explica, em declarações à revista abolsamia, Sima Nathan, da Oxen1.
O OxenPod consegue cumprir uma multiplicidade de tarefas, desde a alimentação de animais, ao transporte e reboque de cargas
OxenPod, o boi dos tempos modernos
Também presente na Agritechnica, Rami Zeevi, o fundador e CEO da Oxen1, recorda que o objetivo do OxenPod “não é competir com tratores, mas funcionar como um equipamento auxiliar, um cavalo de trabalho elétrico, acessível, fiável e útil para todos os agricultores”. Razão pela qual “acreditamos que o OxenPod pode vir a estar em todas as explorações pequenas e médias de Portugal, já no próximo ano”.
Resultado da vontade de criar uma tecnologia “simples” e, acima de tudo, capaz de “capacitar os agricultores”, nasceu o OxenPod, uma plataforma elétrica capaz de transportar até 650 kg, rebocar 1.000 kg e, não menos importante, trabalhar em vários tipos de terreno. Tudo isto, com zero emissões e muito baixa manutenção.
Entretanto e após “quatro anos de validação real”, com “quase 1.000 unidades em utilização em explorações agrícolas” , o OxenPod chega agora à Europa, com o desejo declarado de passar a operar, também, nas “explorações portuguesas e transformar o trabalho diário”. Ou não fosse, afiança Sima Nathan, Portugal “o tipo de país perfeito para o OxenPod, com muitas explorações a mostrarem-se demasiado pequenas para grandes máquinas, ao mesmo tempo que são grandes demais para depender só de mão de obra”
Relativamente ao design do equipamento, Rami Zeevi explica que este utiliza uma única plataforma base fixa. Essa estrutura, no entanto, é altamente adaptável, permitindo criar várias
Destaques
Nome: OxenPod
Motorização: 100% elétrica
Potência: 300-750W
Bateria: 48V 15Ah / 60V 20Ah
Duração: até 2 dias
Tempo de carregamento: 5-6 horas em tomada doméstica
Capacidade de carga: 650 kg
Capacidade de reboque: 1000 kg
Texto Francisco Cruz
OxenPod abre portas à distribuição em Portugal
Apresentado à Europa na Agritechnica, a intenção dos criadores do OxenPod é que comece a “trabalhar” nas explorações agrícolas europeias já em 2026. Sendo que, “estamos agora à procura de distribuidores”, pois “não queremos vender diretamente ao agricultor, sem ter alguém que lhe garanta a assistência”, afirma o fundador da Oxen1. No caso específico de Portugal, “ainda não temos distribuidores definidos” e “estamos, neste momento, a estudar, se vamos optar por um modelo de um só distribuidor para todo o território português, ou, pelo contrário, avançamos com uma rede de vários representantes regionais”. Seja como for, Rami Zeevi garante que existem “ incentivos fortes” para os distribuidores.
configurações, simplesmente modificando a largura do eixo, a capacidade da bateria ou as especificações do motor. Quanto à propulsão, “temos motores de 300 a 750W, e pode ser equipado com um ou dois motores” “Já a versão standard, é de 60V 20Ah e é capaz de trabalhar, entre um dia e meio, a dois dias, após os quais poderá carregar a bateria, em 5 a 6 horas, numa tomada normal”. Com o cliente a poder comprar ainda “um vasto leque de acessórios ‘plug and play’, que o agricultor pode acoplar “como num Lego”, incluindo carrinhos de mão, caixas de ferramentas, reboques, e outras soluções do género”. Sendo que, “para grandes encomendas, podem ser fabricados acessórios personalizados”, até porque, no OxenPod, “nada parte, a não ser alguma peça de plástico. Aliás, é por isso que o batizámos de Oxen - é forte como um boi!”
No campo, o OxenPod faz uso da tração 4x4 permanente, cabendo ao agricultor, ou controlar a velocidade, “através do smartphone (por exemplo, basta abrir a câmara do telemóvel e a plataforma liga-se)”, ou “manualmente”. “Já que, no caso da versão mais pequena, o peso é de cerca de 85 kg, enquanto o maior pesa 150 kg”
O OxenPod consegue funcionar até 2 dias, sem necessidade de recarregar a bateria
A equipa da Oxen1
Através do smartphone pode controlar a velocidade do “boi”
JCB COM PORTFÓLIO (MUITO) ALARGADO
Texto Rui Reis
Na Agritechnica 2025, a JCB tinha os holofotes apontados ao novo Fastrac 6000, gama composta pelos modelos 6260 (284 cv) e 6300 (335 cv). Com um novo motor FPT, guiamento por GPS com recurso a dois receptores por satélite, sistema iCON totalmente configurável e Smart Transmission para velocidades entre 0 a 66 km/h, o Fastrac 6000 foi pensado para maximizar produtividade e conforto em estrada e em campo. A par do trator, uma forte ofensiva na movimentação de materiais, com os manipuladores telescópicos 555-70
AGRIPRO e 546-70 AGRIPRO, os compactos 530-60
AGRISUPER e 526-60 AGRIPLUS, o novo TM110, a pá carregadora 435S, o TM280S, a pá carregadora compacta elétrica 403E, o empilhador 35-22E Teletruk e a carregadora compacta 270T.
AMerlo marcou presença na Agritechnica 2025 com 14 máquinas que evidenciavam a sua aposta na eficiência, digitalização e sustentabilidade. O grande destaque foi a gama Generation ZERO, com os manipuladores telescópicos 100% elétricos como o e-WORKER, desenvolvidos para oferecer operações silenciosas, sem emissões e com total versatilidade. A marca apresentou também a evolução da sua linha agrícola de tratores-telescópicos MultiFarmer, que combina as funções de um trator com a capacidade de elevação de um telescópico, assim como a renovada gama TurboFarmer, incluindo os novos TF38 e TF42, com cabinas melhoradas, maior visibilidade e um braço redesenhado. A chegada ao mercado está prevista para 2026. Houve ainda espaço para o conceito HyperCompact , um manipulador ultracompacto ideal para explorações com espaços reduzidos. A plataforma MerloMobility reforçou a aposta da marca na telemetria, no diagnóstico remoto e na gestão inteligente de frota,
MERLO DESTACA A ELETRIFICAÇÃO
sublinhando o compromisso da Merlo com uma agricultura mais conectada e sustentável. A Merlo apresentou ainda
uma nova solução tecnológica, o sistema Pedestrian Detection que, através de câmaras inteligentes, deteta a presença de pessoas em torno do veículo e intervém automaticamente para prevenir acidentes.
BASAK TRAKTOR SUBIR DE ESCALÃO
Textos Rui Reis
Na Agritechnica 2025, a Başak Traktör apresentou o novo 5165 Red Power, o primeiro motor de seis cilindros da marca e o modelo mais potente da sua gama. Equipado com motor Deutz de 6,1 litros e 170 cv, destaca-se pela transmissão powershift RCshift, com 30 velocidades para a frente e 15 para atrás, e opção de caixa creeper que amplia a versatilidade em trabalhos especializados. A hidráulica com um débito de 120 litros por minuto, os quatro distribuidores traseiros e a capacidade de levantamento de 9,5 toneladas reforçam a sua aptidão para tarefas exigentes. O evento mostrou também a ambição da Başak em entrar no segmento médio-alto, elevando a sua oferta tradicionalmente mais compacta e acessível, para um patamar de desempenho e robustez capazes de competir com marcas mais estabelecidas.
VERSATILE REGRESSA
À EUROPA
a Agritechnica 2025, a Versatile apresentou pela primeira vez na Europa a nova série Nemesis, um conjunto de tratores com potências entre os 170 e os 250 cv, equipados com motores Cummins de seis cilindros, em conformidade com as normas Stage V. A marca oferece duas soluções de transmissão: uma ZF powershift de 30 velocidades para os modelos intermédios e uma CVT para as versões de topo. A capacidade de elevação traseira ultrapassa, nos modelos de topo, as 7 toneladas, com débito hidráulico elevado e até seis válvulas, tornando a gama adequada para o trabalho com alfaias modernas e exigentes.
A presença em Hanôver marcou também o reforço da estratégia de expansão da Versatile na Europa, suportada pela criação de uma nova rede de concessionários e pela aposta em máquinas robustas, simples de manter e orientadas para uma grande produtividade, mantendo a identidade histórica da marca canadiana.
Rui Reis
SILACORD NRF É A NOVA PROPOSTA DA CORDEX NO ENFARDAMENTO
ACordex apresentou o novo Silacord NRF, um filme substituto de rede desenvolvido para melhorar a qualidade da silagem, garantir cobertura total e facilitar o manuseamento. No stand esteve também toda a restante gama de produtos da empresa nacional, como as referências Recodex, Maxinet, Netex 800, Netex e Metex, reforçando a oferta da marca em soluções de enfardamento robustas, eficientes e adequadas a diferentes tipos de colheita.
PETLAS MOSTRA NOVOS TA-110 E TA-130
APetlas apresentou os renovados pneus radiais TA-110 e TA-130, agora com um novo composto que aumenta as horas de operação em 15 a 20%. Produzidos também sob a marca Starmaxx, oferecem mais tração, eficiência e robustez em tarefas agrícolas e de transporte.
CEAT ESTREIA NOVA GERAÇÃO DE PNEUS RADIAIS
Na CEAT Specialty o destaque esteve na última geração da sua linha radial, com modelos como o FLOATMAX VF X3, orientado para operações que exigem baixa compactação dos solos, e o TORQUEMAX, desenvolvido para máquinas de elevada potência que necessitam da máxima tração e de uma grande capacidade de carga. A marca mostrou também a sua oferta de pneus bias, reconhecidos pela robustez e resistência a perfurações, particularmente adequados a aplicações florestais, de manutenção de terrenos e a trabalhos em valas.
ALLIANCE ESTREIA
AGRI STAR II ROW CROP
AAlliance apresentou o novo Agri Star II Row Crop, desenvolvido para pulverizadores que trabalham em linhas estreitas. Com tecnologia SLT (Tecnologia de Camadas Estratificadas) e banda mais larga para reduzir a compactação, o modelo está disponível em medidas 24 a 54 polegadas.
AUTÓNOMO COMBINED POWERS
Textos Rui Reis
No espaço conjunto da Krone e Lemken, o destaque foi o Combined Powers, um trator autónomo concebido como unidade de tração inteligente. Sem cabine e equipado com sensores, câmaras e GNSS RTK, opera autonomamente em tarefas pesadas. A gestão eletrónica da potência ajusta velocidade e carga da alfaia, garantindo tração elevada, eficiência e integração digital..
MANITOU CARREGADOR TELESCÓPICO ELÉTRICO EM DESTAQUE
No espaço da Manitou, as atenções estavam centradas no lançamento do carregador telescópico elétrico para a agricultura, o MLT 625e. Com uma bateria de 35 kWh de capacidade e até 5h de autonomia, tem compatibilidade total com os implementos da versão Diesel. A marca revelou também a nova gama MLT NewAg, composta por 14 modelos (6 a 9 metros de elevação, 3-4,2 ton. de peso). Por fim, a Manitou deu ainda destaque às soluções digitais, como o Smart Weighing System (sistema de pesagem inteligente integrado na máquina) e o SafeAlert, câmara HD com inteligência artificial, combinada com um sistema de deteção de obstáculos e de reconhecimento de peões.
NEXAT PROMETE MAIOR
EFICIÊNCIA
E AUTONOMIA NO CAMPO
Na Agritechnica 2025, a NEXAT apresentou o VTE 3.0 e um portefólio alargado de alfaias, reforçando o objetivo de criar o sistema de cultivo mais económico do mercado. A plataforma demonstrou reduções de custos de até 25% e uma maior capacidade para grandes áreas, com barras de sementeira até 28 metros. A aposta em automação, monitorização ambiental e operações quase autónomas mostrou a viabilidade prática de uma agricultura mais eficiente, escalável e preparada para o futuro.
Seedhopper plataforma base
BM TRACTORS MOSTRA BETTER 175
COM RODAS GÉMEAS
Na Agritechnica 2025, a BM Tractors apresentou o Better 175 com rodas isodiamétricas, reforçando a tração, a estabilidade e a capacidade de trabalho. Versátil e potente, o modelo destacou a vocação da marca para soluções robustas em terrenos exigentes.
CORVUS COM NOVO UTV
TERRAIN DX4S 800
ACorvus aproveitou a Agritechnica para apresentar o novo Terrain DX4S 800, um UTV dotado de motor Diesel de 800 cc, tração 4×4 com bloqueio de diferencial e transmissão CVT. Com 500 kg de carga útil, 600 kg de reboque e direção assistida, afirma-se como UTV robusto e versátil para usos agrícolas e florestais.
TYM INOVA NOS COMPACTOS
Na Agritechnica 2025, a TYM apresentou uma gama completa de tratores compactos e utilitários, incluindo os modelos T25, 5025C, T455 e T115. A marca destacou versatilidade, eficiência e soluções acessíveis para a agricultura moderna.
GRIMME COM DUAS SOLUÇÕES PREMIADAS
AGrimme destacou-se na feira com duas medalhas nos Innovation Awards, atribuídas ao sistema RICONDA para ligação de tapetes e ao conceito GoClean para cultivadores. O grupo apresentou ainda evoluções em máquinas de batata, beterraba e hortícolas, além de soluções em digitalização, triagem ótica, financiamento e equipamentos usados.
AÖZDÖKEN VPKT-DE É PRECISÃO
SEMENTEIRA INDIVIDUAL
Joskin apresentou a nova gama Cropflex, grades de restolho e arejador concebidas para a manutenção de campos e a distribuição homogénea dos resíduos pós-colheita. Com seis filas de dentes de mola e ajuste hidráulico, adapta-se a diferentes solos e volumes de restolho.
JOSKIN CROPFLEX É NOVIDADE GRANIT CELEBRA 30 ANOS DE PARCERIA COM A CONTINENTAL
AGranit celebrou 30 anos do acordo com a Continental, para ampliar peças de origem, correias AGRIDUR, cintas e mangueiras. Também apresentou novas referências como a TRAXOR, Rep.Guide, Jaltest e marcas próprias, reforçando o apoio técnico ao setor agrícola.
AÖzdöken apresentou a VPKT-DE, uma semeadora pneumática de precisão com estrutura telescópica ajustável e discos de sementeira, ideal para milho, girassol, algodão e soja. Com tecnologia ElectricDrive e ISOBUS, reforça a eficiência e o controlo na sementeira moderna.
Com o conceito imersivo Let’s Get Familiar, a Kramp aproximou revendedores e clientes finais e lançou o novo eShop, orientado para o distribuidor, apoiado na forte logística europeia e num vasto portefólio de peças e serviços técnicos.
A LONG WAY TOGETHER
ONDE QUER QUE VOCÊ ESTEJA, A BKT ESTÁ CONSIGO
Por mais difíceis que sejam as suas necessidades, a BKT está sempre ao seu lado e oferece-lhe uma extensa gama de produtos para qualquer tipo de aplicação no setor agrícola, OTR e industrial.
A BTK oferece soluções concretas, fiáveis e de elevada qualidade por forma a atender aos seus pedidos e exigências de trabalho.
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IMPORTADOR PORTUGAL E ESPANHA JOSÉ ANICETO & IRMÃO, LDA
Portugal reforça presença mundial na Wine Paris 2026
Texto Carlos Tito Santos
OInstituto da Vinha e do Vinho debateu, no passado dia 19 de novembro, as tendências que estão a redefinir o setor dos vinhos, espirituosos e, cada vez mais, das bebidas sem álcool. Do encontro sobressaiu a sustentabilidade, considerada um dos grandes desafios e prioridades futuras, assim como o reforço da presença portuguesa na próxima Wine Paris 2026
Num evento presidido pelo Diretor-Geral da Vinexposium, Rodolphe Lameyse, e pelo Presidente da ViniPortugal, Frederico Falcão, Lameyse realçou que o consumo mundial de vinho atravessa uma fase de retração, influenciada por fenómenos como a guerra na Ucrânia, as tarifas impostas pelos Estados Unidos, o aquecimento global e a mudança de preferências das gerações mais jovens.
A apresentação destacou ainda a próxima edição da Wine Paris 2026, que decorrerá de 9 a 11 de fevereiro e que promete ser a maior edição de sempre. Com mais de 6.000 expositores de 60 países e 60.000 visitantes profissionais, o evento volta a afirmar-se como um palco incontornável para o setor.
Nesta edição, a feira organiza-se em três universos — Wine Paris, Be Spirits e o estreante Be No, dedicado às alternativas sem álcool, um nicho em rápido crescimento internacional.
De acordo com Frederico Falcão, Portugal será o terceiro maior expositor desta feira, com todas as regiões vitivinícolas representadas e uma área total que cresceu 2,5 vezes nos últimos três anos. Serão cerca de 300 empresas em 12 pavilhões colectivos que estarão localizados no Hall 4.
Entre as iniciativas previstas está um seminário dedicado às castas raras e uma área de provas com 50 vinhos. A diversificação de castas autóctones, muitas delas
mais resistentes ao calor e à falta de água, coloca o país numa posição privilegiada face às novas condições climáticas.
Para o presidente da ViniPortugal, a sustentabilidade surge como um dos grandes desafios e prioridades futuras: o setor pretende certificar 40% das empresas num primeiro momento, evoluindo depois para uma certificação abrangente, reforçando a reputação internacional da marca Wines of Portugal
Sede Zona Industrial - LT 6C, Rua C 5370-309 Mirandela T. 278 248 303 . M. 935 409 244 comercial@nordestemaquinas.pt nmaquinaslda@gmail.com www.nordestemaquinas.pt
World FIRA muda de formato
Em 2026, a FIRA assinala 10 anos e muda completamente de formato com o GOFAR TOUR: um conjunto de dias de campo e eventos focados em robótica agrícola a nível mundial, que irá culminar com o tradicional World FIRA, em 2027. O roteiro inclui um kick-off em Toulouse, field days em Madrid, Liège, Wageningen e Itália, um Invest Day online, um R&D/Autonomy Symposium nos EUA e a FIRA Oceania em Adelaide.
FIMA 2026 tecnologia e talento
AFIMA revelou as principais novidades da próxima edição, que terá lugar de 10 a 14 de fevereiro de 2026, em Zaragoza, Espanha. A feira centrará a sua estratégia na divulgação da inovação, da tecnologia, da digitalização e na atração de talento, como pilares de uma agricultura do futuro. Neste contexto, foram apresentados o FIMA Tech, um novo espaço dedicado à transformação tecnológica do setor, e o FIMA Conecta Talento, iniciativa que pretende responder à crescente procura de profissionais qualificados na agricultura.
E O GRANDE VENCEDOR É…
CLAAS AXION 9.450 TERRATRAC
Depois da vitória alcançada em 2024, a CLAAS voltou a sagrar-se, em 2025, como a grande vencedora nos prémios
Tractor of the Year, eleição internacional em que a revista abolsamia participa, enquanto representante de Portugal. Isto, numa edição em que a tónica foi, também, o equilíbrio.
Depois do tiro de partida dado em meados de 2025, num evento intitulado
Let the Challenge Begin que decorreu em Roma e onde foram conhecidos os finalistas em cada uma das cinco categorias pré-designadas - HighPower, MidPower, Specialized, Utility, Sustainable e TotyBot - foi na Agritechnica, a mais importante feira de equipamento agrícola mundial, realizada no Velho Continente, já em Novembro, que o mundo conheceu, mais uma vez, os tratores que mais conseguiram marcar o ano e o setor. E não somente pela inovação, mas também pelas capacidades anunciadas e demonstradas, com as quais prometem ajudar a evoluir uma atividade que todos nós reconhecemos como imprescindível no mundo presente e futuro - a Agricultura. No entanto e como já era, de certa forma, expectável, até pelas reconhecidas capacidades de todos
os finalistas, a escolha dos vencedores voltou a ser um processo em tudo menos fácil. Com os novos produtos apresentados a revelarem forte potencial, fazendo com que, em muitos casos e para maior dificuldade da parte dos jurados, (abolsamia, inclusive), a glória surgisse por curta margem. Algo que, no entanto, só valoriza ainda mais a a consagração dos vencedores, além de explicar um pouco do equilíbrio que marcou a cerimónia deste ano.
Do elogio da tecnologia ao apelo à união De resto e do momento da consagração, ficam as palavras do presidente dos TOTY, Fabio Zammaretti, que, acompanhado do sponsor exclusivo do evento, BKT, destacou o papel dos prémios como “plataforma privilegiada para observação da transformação por que passa a agricultura”, com a tecnologia a destacar-se por, “não só melhorar a performance, mas redefinir a missão dos tratores:
Rajiv Poddar, Global Managing Director da BKT, (à direita) e Lucia Salmaso, Managing Director da BKT Europe, acompanhados do presidente dos TOTY, Fabio Zammaretti
Texto Francisco Cruz
“Com barreiras comerciais de 44% entre estadosmembros, a Europa é, atualmente, a sua pior inimiga”
produzir mais com menos, de forma mais inteligente, mais limpa e eficiente”
Elogios que, no entanto, não deixaram de ser acompanhados de uma espécie de alerta, lançado pelo secretário-geral da Associação Europeia de Máquinas Agrícolas (CEMA), Jelte Wiersma, que destacou o facto da Europa ser, hoje em dia, “o maior fabricante e o maior exportador de máquinas agrícolas no mundo”. Uma posição que, no entanto, “vem sendo ameaçada, por todos os lados, há já alguns anos”, com “tarifas, guerras, custos crescentes de energia, aço e tudo o mais” . “Temos de nos unir. Atualmente, temos barreiras comerciais entre países da União Europeia equivalentes a 44% sobre bens e 110% sobre serviços. A América impõe 15% sobre bens europeus, mas nós mesmos criamos obstáculos muito maiores dentro da Europa. Atualmente, somos o nosso pior inimigo”
Jelte Wiersma, secretário-geral do CEMA
VCLAAS AXION 9.450 TERRATRAC
encedor na categoria High Power, nos tratores com mais de 300 cv, a CLAAS
Axion 9.450 Terra Trac acabou por garantir o triunfo devido a uma combinação entre potência, tração eficiente, automações inteligentes e conforto. Predicados que resultam num conjunto fortemente qualificado para operações de elevada exigência.
O Axion 9.450 Terra Trac representa a nova geração da série 9 da marca alemã, apresentando mais de 60% dos componentes redesenhados. Visando um claro reforço da robustez e eficiência, ambas conjugadas com atualizações tecnológicas significativas. Entre as principais evoluções e inovações, surge o motor FPT Cursor 9 de 6 cilindros, a debitar 448 cv e 1.850 Nm, combinado com transmissão CMATIC contínua, com sistema preditivo Auto Load Antici-
A felicidade pela consagração nos TOTY 2026 ficou bem patente na equipa da CLAAS que subiu ao palco para receber o troféu
O CLAAS Axion destaca-se pela combinação entre potência, tração eficiente, automações inteligentes e conforto
pation. O qual ajusta automaticamente o regime do motor, segundo a carga. Equipado de série com eixo dianteiro com lubrificação automática, mais sistema semi-crawler Terra Trac, solução que procura combinar as vantagens de um trator convencional, com as esteiras, assegurando mais contacto com o solo, melhor tração e menor compactação, o Axion dispõe ainda de sistema CCLS com débito até 370 L/ min, elevação traseira com capacidade superior a 11 toneladas, compatibilidade com ISOBUS e saída hidráulica de alta pressão contínua Power Beyond. Finalmente, novidades, também, na cabine, a qual foi totalmente redesenhada, insonorizada e valorizada no conforto (suspensão de 4 pontos e assento com funções avançadas), além de complementada com um sistema de visibilidade total em redor, por câmaras, e com a ajuda de iluminação LED.
Adisputar um troféu que procura eleger o melhor entre os 150 e os 300 cv, sinónimo de equilíbrio entre versatilidade, potência e eficiência, o Fendt 516 Vario, acabou conquistando o troféu MidPower nos TOTY 2026, em grande parte, devido, à eficiência, ergonomia e transmissão Vario. A qual garante variação contínua da velocidade, podendo atingir os 50 km/h, sem subidas de rotação. Argumentos para os quais também contribui, necessariamente, o motor AGCO Power CORE50 de 5,0 litros, a debitar 164 cv (+10 cv com DynamicPerformance), um sistema hidráulico capaz de responder a diferentes tarefas, desde a agricultura ao trabalho intensivo, transporte e operações com carregador frontal, além de toda uma tecnologia premium pouco vulgar no segmento intermédio. Como é o caso da interface de controlo avançada, disponível numa cabine confortável, com boa visibilidade e ergonomia. Em resumo, a vitória de uma marca consagrada, com um trator que oferece boa relação global entre rendimento, custo operacional e versatilidade, ideal para quem não quer, ou não precisa, de entrar no segmento da altíssima potência.
Eficiente, com ótima ergonomia e o plus da transmissão Vario, o Fendt 516 Vario fez a felicidade dos principais responsáveis da marca alemã
FENDT 516 VARIO VALTRA G125 CVT ACTIVE
Numa categoria em que, aquilo que se procura, são propostas utilitárias e convencionais, destinadas a multi-tarefas e com potências entre os 70 e os 150 cv, além de um peso operacional máximo de 9.000 kg, a vitória, na classe Utility, foi para o Valtra G125 CVT Active, graças à facilidade de operação, relação peso/potência equilibrada e versatilidade no trabalho diário. Objetivos alcançados através de uma transmissão contínua que permite ir dos 0 aos 40 km/h sem mudar de relação, ao mesmo tempo que mantém os regimes baixos, de forma a reduzir o consumo, sem sacrificar a produtividade. No hidráulico, o sistema load sensing, mais uma bomba de elevada capacidade (até cerca de 110 l/min), asseguram resposta capaz, mesmo com implementos exigentes, enquanto, o facto de contar com subchassis integrado, torna este trator especialmente habilitado para trabalhar com carregador frontal. Também entre os pontos fortes, a visibilidade e as várias tecnologias destinadas à agricultura de precisão que pode integrar, desde a auto-guidance e o joystick elétrico no apoio de braço, até ao controlo preciso de implementos e sistemas ISOBUS
A facilidade de operação, a relação peso/potência e a versatilidade para o trabalho diário, permitiram ao Valtra G125 CVT levar o prémio Utility para a Finlândia
NEW HOLLAND T4.120 F AC JCB FASTRAC 6300
Concebido para operar em vinhas e pomares, o New Holland T4.120 F Auto Command (AC) venceu na categoria Especialized, em grande parte, devido a atributos como a transmissão CVT e a excelente manobrabilidade em espaços reduzidos. A primeira, a estrear um modo ECO, utilizável até aos 50 km/h, e que é uma solução pioneira neste domínio, garantindo a potência estritamente necessária para cada tarefa, ao combinar binário com eficiência nos consumos. Enquanto o segundo resulta de uma configuração compacta e robusta, acrescida do conforto proporcionado por aquela que é uma das cabines mais silenciosas do segmento, ergonómica, de controlos acessíveis, e visibilidade ampla. Tudo isto, sem esquecer a possibilidade de poder contar com suspensão à frente, quando com eixo apropriado, mais um sem-número de tecnologias para a agricultura moderna, como a telemetria, conectividade, auto-guidance/GPS e integração de sistemas de agricultura de precisão.
Vocacionado para as culturas especiais, o New Holland T4.120 F Auto Command destacou-se entre os especializados, graças à inclusão da CVT e à elevada manobrabilidade
Talvez o maior outsider neste lote de vencedores, o JCB Fastrac 6300 acabou por levar para a casa a vitória na categoria Sustainable, devido, principalmente, ao nível avançado de automação e capacidade para operações autónomas de elevada precisão.
Descrito como o trator que veio redefinir “o equilíbrio entre performance, eficiência e sustentabilidade”, o Fastrac 6300 monta um motor FPT N67 com certificação Stage V feito à medida, capaz de atingir a elevada velocidade de 66 km/h, sem que isso impeça emissões reduzidas e eficiência nos consumos. Ao mesmo tempo que consegue um menor impacto no solo, graças a um rápido sistema de gestão central da pressão dos pneus, assim como uma suspensão hidráulico-pneumática que ajuda a distribuir o peso de forma mais equilibrada, estável e eficaz, em termos de tração.
Finalmente, o Fastrac 6300 recorre a sistemas digitais avançados e que vão desde o interface de controlo iCON até ao ISOBUS e à compatibilidade com guiamento automático/GPS, telemetria e gestão de implementos. Sem esquecer o controlo inteligente da transmissão que ajuda a maximizar a eficiência, a entregar sempre a potência correta, e a reduzir o consumo e emissões.
Verdadeira pedrada no charco pelas soluções inovadoras que apresenta, o novo Fastrac acabou triunfador na categoria Sustainable
AGXEED 2.055 W3
Aconcorrer num segmento em que se procura destacar a melhor proposta em termos de tratores autónomos sem cabine, com hidráulico de três pontos e tomada de força ou transferência de energia elétrica para o acionamento de alfaias, o AgXeed 2.055 W3, plataforma robótica impulsionada por um sistema de propulsão Diesel/elétrico, com motores elétricos nas rodas, acabou sendo a proposta que, por estar já homologada, se mostrou mais preparada para integração, no imediato, em sistemas modernos de agricultura. Neste caso concreto, graças, também, à compatibilidade com implementos agrícolas comuns, mercê da presença de um sistema de elevação traseira, TDF e hidráulica compatível, mais os sistemas avançados de controlo, como GPS-RTK, sensores LiDAR, câmaras, deteção de obstáculos, telemetria e gestão remota via software. Tudo argumentos que ajudam a encarar a automação como uma solução para o presente, capaz de responder a exigências como uma menor pressão sobre o solo e dependência de mão de obra, maior precisão e sustentabilidade, além de uma mais fácil compatibilização com sistemas agrícolas já existentes.
O AgXeed 2.055 W3 não se limita a apontar à Agricultura do futuro, mas é já uma solução para o presente
Um Mediterrâneo agrícola mais eficiente e sustentável
A Agrilevante 2025 decorreu em Bari, Itália, com o Mediterrâneo agrícola no centro das atenções. A revista abolsamia esteve no terreno a acompanhar um dos eventos mais relevantes da agenda agrícola da região, onde a inovação tecnológica e a sustentabilidade dominaram o discurso e a mostra de equipamentos.
Mais do que uma feira, a Agrilevante afirma-se como plataforma de cooperação entre países com condições climáticas semelhantes e desafios estruturais comuns. Portugal surge com presença reforçada, destacando-se como parceiro natural nesta rede de sinergias entre as margens norte e sul do Mediterrâneo.
Em entrevista à revista abolsamia, presidente da FederUnacoma, Mariateresa Maschio, destacou o papel de Portugal no novo mapa agrícola mediterrânico: “O vosso país é parte integrante deste projeto. O potencial agrícola português é enorme, e as tecnologias aqui apresentadas podem ser decisivas para aumentar a produtividade e a sustentabilidade”. Segundo Mariateresa Maschio, Portugal já evidencia uma agricultura moderna, com produtores atentos à tecnologia e à eficiência dos recursos. O intercâmbio com fabricantes italianos é uma realidade com margem para crescer.
Colaborou Luis Seatra
Texto Rui Reis
A presidente da FederUnaComa, Mariateresa Maschio, à conversa com Luís Seatra (abolsamia) Fotos
FederUnacoma: visão de um
Mediterrâneo tecnológico
A FederUnacoma, que representa mais de 270 fabricantes italianos de máquinas agrícolas, organiza feiras como a EIMA e a Agrilevante com o objetivo de difundir tecnologia e criar pontes comerciais com mercados emergentes.
“A Agrilevante é uma ponte entre o Mediterrâneo e África”, sublinhou Mariateresa Maschio, referindo-se à presença de delegações do Gana, Congo e Senegal. A responsável acredita que esta região pode ser um laboratório de inovação, com aplicação direta das soluções desenvolvidas na Europa.
Oportunidades de crescimento
Entre 2019 e 2024, o mercado mediterrânico de máquinas agrícolas cresceu 34%, com destaque para os Balcãs (+120%) e a Turquia (+390%). Em 2028, poderá atingir os 17 mil milhões de euros. Para Portugal, este movimento representa oportunidades de exportação, cooperação tecnológica e aceleração da transição digital e sustentável. “O Mediterrâneo é hoje uma área de forte crescimento. Portugal conhece bem estes desafios e pode liderar pelo exemplo”, afirmou a presidente da FederUnacoma.
Uma nova geografia agrícola
A atual conjuntura internacional leva a indústria europeia a olhar para novos mercados. Para a presidente, “as políticas comerciais recentes prejudicaram as exportações para os EUA. O Mediterrâneo e África estão a assumir-se como pólos de crescimento. A mecanização é essencial para a segurança alimentar nestas regiões.”
US ADOS COM GAR ANTIA
Deere 6130 M +
Deere 6195 M + C.F. Ténias TE 40
n Deere 6155 M 23 / 395 horas
Trabalhos Agrícolas
Tony 8900 TRG “Low”
Antonio Carraro SpA
Trator compacto para fruticultura e viticultura, com posto de condução reversível, chassis oscilante e transmissão hidrostática. O perfil rebaixado é a característica diferenciadora, já que permite trabalhar sob as copas e em linhas baixas com maior estabilidade, incluindo em vinhas com declives laterais e em estufas.
STF PRO
Roter Italia Srl
Equipamento de mulching/colocação de filme para hortícolas de média e grande escala, compatível com película BIO <10 μm. O desenrolamento sem travão é sincronizado pelas rodas de apoio; inclui compactação lateral para fixação em solos leves e vento e controlo eletrónico da aplicação/ corte da mangueira e do corte/encosto do filme.
HY1300/AGRI
Clor Industry Srl
Robô para vinhas, pomares e talhões em declive, com tração elétrica e motor diesel a alimentar a TDF e o circuito hidráulico. Opera de forma autónoma ou por comando remoto, com sensores integrados e software de navegação; supera inclinações até 35%, incorpora engate traseiro cat. 2 com elevador eletrónico e rodas direcionais independentes para uma máxima manobrabilidade.
R20 pick-up cl
Seppi M. SpA
Triturador para carregadores compactos com duplo rotor pick-up, acionamento hidráulico, ferramentas rotativas e contra-facas. Concebido para acelerar a trituração de restos de poda (vinha/olival), dispensando a pré-separação de material fino e grosso.
Olea 2 Pro
Dondi SpA
Porta-alfaias para trabalhos intercepas bilaterais em pomares superintensivos (olival, amendoal, citrinos, etc…), com um comprimento reduzido em cerca de 40% face a soluções equivalentes. Ganha agilidade, trabalha com tratores menos potentes e integra soluções para uma maior largura útil, roteamento limpo das tubagens, maior rigidez estrutural e menor altura ao solo, evitando extensões por etapas.
Rex4 Energy
Argo Tractors SpA
Versão para olival intensivo, pomares e vinha, com gerador de 48V, dimensionado para alimentar alfaias/ ferramentas elétricas típicas destas culturas. O sistema dispensa baterias e o motor aceita HVO, reduzindo a pegada de CO2, sem necessidade de infraestrutura de carregamento.
Espalhador de sensores ultrassónicos
Eurospand Srl
A alimentação vibratória no fundo da tremonha preserva a integridade do granulado (químico ou orgânico). Os sensores ultrassónicos detectam a planta e aplicam o produto apenas na sua proximidade, com dosagem independente à direita e à esquerda, muito útil em pomares tradicionais para concentrar a adubação junto ao tronco e reduzir desperdícios.
NewPort TRIO
Martignani Srl
Pulverizador com braços que minimizam o volume em transporte, sobretudo em altura. Cada braço tem duas seções ligadas por uma cinemática que mantém a altura do conjunto de pulverização constante, sem atuadores lineares, assegurando assim a regularidade na aplicação.
Manutenção de Espaços Verdes
Husqvarna P 524XR EFI
Fercad SpA
Corta-relvas frontal com AWD e transmissão hidráulica, chassis aberto para manutenção rápida e sistema que desloca o centro de gravidade em curvas apertadas para proteger o relvado. Trabalha com operador a bordo até 10° e em modo remoto até 30°, com duplo sistema de condução independente no modo remoto para maior sensibilidade e segurança.
De olhos postos no futuro da vinha, da fruticultura e do olival
Montpellier recebeu mais uma edição da feira SITEVI, que voltou a reafirmar-se como uma montra da tecnologia e inovação nos setores da viticultura, vinificação, fruticultura e olivicultura. A edição de 2025 ficou marcada pela forte aposta na digitalização, na aquisição de dados e na robótica, tudo a bem de uma agricultura mais produtiva, eficiente e sustentável.
doenças, a gestão da água, a digitalização e os novos perfis de consumo.
Portugueses em força
De 25 a 27 de novembro, o parque de exposições de Montpellier foi palco da 32.ª edição da SITEVI, evento que reuniu cerca de 1000 expositores e atraiu mais de 55 mil visitantes oriundos de seis dezenas de países. Numa altura de fortes desafios económicos, climáticos e sociais para os setores representados, a feira destacou-se por apresentar soluções concretas, muitas delas já disponíveis no mercado, com o foco na eficiência, na transição agroecológica e na digitalização.
Um dos pontos em destaque foi o LAB TECH, espaço onde a tecnologia deu corpo à inovação. O Olive Day, logo no primeiro dia, também refletiu a crescente importância da fileira oleícola no contexto europeu. Por fim, as mais de 55 conferências e workshops contaram com cerca de 200 oradores. As sessões abordaram temas atuais como: a viticultura biológica, a resistência a
Os SITEVI
Innovation Awards são, hoje, um selo de reconhecimento técnico no setor
Bronze Prata
A presença portuguesa esteve sobretudo ao nível dos muitos visitantes, com enólogos, produtores e técnicos à procura de soluções adaptáveis à realidade nacional. Mas também marcaram presença marcas nacionais como a Vinomatos, com a nova marca Plantolivar, a Stagric, a Winegrid ou a Carmo Wood (Carmo Farm).
Os prémios de inovação 2025
Bronze Prata
Os SITEVI Innovation Awards distinguiram as diferentes inovações (máquinas, produtos ou serviços) com medalhas de ouro, prata e bronze, com enfoque em três grandes linhas de avaliação: facilidade de operação, resposta às novas exigências de mercado e resiliência agronómica. As marcas e produtos que mencionamos resultam de uma escolha da revista abolsamia e têm em conta a relevância para o nosso setor, independentemente de terem sido galardoados ou apenas nomeados.
Texto Rui Reis
Prémios SITEVI Innovation Awards 2025
Canopée
BIENESIS
Após dois anos de investigação e desenvolvimento, a Bienesis apresenta o Canopée, uma solução retrátil integrada para proteger as vinhas contra condições meteorológicas adversas. Modular e adaptável a uma variedade de terrenos, preserva o terroir e a colheita, integra-se visualmente e facilita o trabalho agrícola. Conectada e controlável remotamente, protege eficazmente: nos ensaios conseguiu 90% de eficácia em 18 implantações em 2024, em comparação com os 48% sem essa proteção adicional.
Sistema Vari-Control
NEW HOLLAND
O sistema Vari-Control garante o nivelamento automático da máquina em todos os momentos durante as fases de trabalho e entre os 0 e os 13 km/h. Também oferece um esvaziamento suave e rápido das pás, resultando em maior produtividade. A segurança do operador durante as manobras na cabeceira é significativamente melhorada assim que este ativa o sistema.
C-Vision Double Sided Pre-Pruner CLEMENS TECHNOLOGIES
A pré-podadora Clemens C-Vision de duas filas está equipada com um sistema de abertura automática baseado numa tecnologia de câmaras e de sistema de IA, adaptável a qualquer tipo de estaca (material e inclinação). Este sistema escalável pode ser treinado para novas configurações. Combina poda ajustável em altura (49-95 cm) num mastro Twinpeaks com ajustes de ângulo e largura. O controlo hidráulico proporcional e o joystick Smarti garantem um posicionamento preciso. Velocidade média de trabalho: 7 km/h.
Pellenc Easy Adjust
PELLENC
A Pellenc voltou a inovar com o Easy Adjust, uma solução conectada que permite ajustar as configurações da máquina com segurança a partir de um smartphone ou tablet, diretamente na fileira. Baseado em telemetria e IoT, oferece uma interface ergonómica e segura, limitando erros. Compatível com várias gamas Pellenc, o Easy Adjust simplifica a interação operador-máquina para uma maior precisão na viticultura, por exemplo.
Medalha de Prata
Medalha de Prata
Medalha de Prata
Medalha de Prata
Bronze Prata Bronze Prata Bronze Prata
Bronze Prata
PFA
TERRAL
Distinguida com uma medalha de prata, a Terral levou ao SITEVI a PFA, uma máquina 3-em-1 montada à frente do trator que funciona como gadanheira, triturador e encordoador. Em vez de várias passagens com alfaias diferentes, a PFA corta a vegetação, cria uma cobertura de resíduos no solo e junta os restos em camalhão para recolha, tudo num único movimento de avanço. O sistema de corte foi pensado para proteger os cepos enquanto trabalha a vegetação e o solo entre as linhas, deixando a vinha pronta para outras operações. Com uma velocidade de avanço de 3 a 4 km/h, esta solução destina-se a viticultores que querem reduzir passagens, combustível e tempo, mantendo, ainda assim, a segurança da operação.
HTS II: Sistema de sequenciamento de viragem nas cabeceiras
NEW HOLLAND
O HTS II é um sistema de gestão de ferramentas para tratores especializados “straddle” durante as fases de manobra ao curvar nas cabeceiras. O condutor pode gerir todas as ferramentas usando um único botão. Este sistema de sequenciamento patenteado simplifica a operação do trator, particularmente durante tarefas combinadas. Totalmente ajustável para se adequar a diferentes ferramentas e condutores, o sistema guarda todos os parâmetros para cada ferramenta.
Poda completa
FERRAND
A máquina combinada de tamanho normal Ferrand associa a pré-poda e a poda mecânica das videiras numa única passagem. Leve e montada num trator interlinha reduz a fadiga, os riscos de acidentes, o consumo de combustível e a compactação do solo. O seu sistema de orientação automática (abertura na estaca, rastreamento do cordão e recentralização) garante conforto, precisão e alto desempenho. Este sistema único amplia a janela de trabalho, responde aos desafios económicos e melhora o bem-estar do operador.
Medalha de Prata
Medalha de Bronze
Nomeado
Bronze Prata
Bronze
Smart Winelyse
PELLENC
A Pellenc lançou o Smart Winelyse, uma solução inovadora para a desalcoolização de vinhos através da evaporação parcial a vácuo, aplicável a mostos ou vinhos acabados. Desenvolvida em colaboração com o IFV, o INRAE e o CRITT, preserva os aromas e as cores, cria novos perfis de sabor e recupera o álcool extraído. Compacta e móvel, a máquina reduz o teor alcoólico em até 6% volume numa única passagem, sem alterar o equilíbrio do sabor.
Data-driven Assistant
WINEGRID
A portuguesa Winegrid inova com o seu Datadriven Assistant, uma solução integrada que combina sensores, gestão de protocolos de fermentação, previsões e alertas inteligentes. Recolhe e analisa dados em tempo real para fornecer uma monitorização precisa, antecipar etapas-chave e automatizar ações. Esta tecnologia substitui as ferramentas tradicionais, ajudando os enólogos a melhorar a qualidade e a tomar melhores decisões.
Nomeado
Medalha de Bronze
Bronze
Smart Press SPC²
PELLENC
A prensa SPC² da Pellenc Pera Oenoprocess combina o desempenho enológico, com a simplicidade e a tecnologia conectada. Equipada com um ecrã tátil intuitivo, garante um enchimento seguro, automatiza a prensagem e garante uma extração suave graças às grelhas Fast Press. O seu sistema Easy Clean otimiza a limpeza. Ligada ao Pellenc Connect, oferece o controlo remoto, rastreabilidade e opções avançadas de controlo de qualidade.
Gama automotriz Optimum XXL80
PELLENC
A Pellenc apresenta a Optimum XXL80, uma colhedora/ vindimadora automotriz versátil para vinhas, olivais e amendoais, com cabeças de colheita intercambiáveis. O conforto, a segurança e a ergonomia foram otimizados. Ligada ao Pellenc Conect, proporciona acesso em tempo real aos dados da máquina e agronómicos. O seu sistema de pesagem dinâmico integrado garante uma monitorização precisa e contínua das colheitas, para uma agricultura eficiente, sustentável e inteligente.
Nomeado
Nomeado
Nomeado
Kit de adaptação IN.NO.VA.R.
TECNOVIT BY SPEZIA SRL
Este inovador kit transforma atomizadores de dose fixa em máquinas de dose variável em tempo real, controlando cada bocal individualmente. Combina sensores ultrassónicos e óticos com modulação por largura de pulso (PWM) para ajustar com precisão a taxa de fluxo. Com uma resolução temporal de 0,1s, otimiza a pulverização, representando um grande avanço rumo a máquinas volumétricas de ultraprecisão.
Nomeado
Trator compacto elétrico Volcam
SABI AGRI
Eco-concebido e fabricado em França, o Volcam é um trator elétrico compacto, durável, reparável e reciclável. Apoia a transição agroecológica, particularmente na viticultura, combinando desempenho económico (85% mais barato) e ambiental. Silencioso e 100% elétrico, evita 13,3 toneladas de emissões de CO2 por ano, oferece 10 horas de autonomia da bateria, carregamento rápido e um painel solar. Compacto e preciso, preserva o ambiente e o conforto.
PLANTOLIVAR, UMA
MARCA NOVA, MUITOS ANOS DE EXPERIÊNCIA
A Vinomatos aproveitou o SITEVI 2025 para apresentar oficialmente a Plantolivar, marca recente do grupo dedicada ao olival superintensivo. A atividade já existia dentro da empresa há muitos anos, mas ganha agora identidade própria num momento de elevada procura e de transformação do setor.
Embora a Plantolivar tenha apenas alguns meses como marca independente, o trabalho que representa está longe de ser novo. Durante anos, a plantação de olival superintensivo foi uma área sólida dentro da Vinomatos, representando cerca de 20% da atividade anual. A decisão de autonomizar esta área com uma marca própria relaciona-se com uma estratégia de comunicação, com um nome diretamente associado à plantação de oliveiras, e com o contexto atual do mercado: a quebra acentuada na produção vitícola levou a empresa a reforçar a aposta num setor em crescimento e com procura crescente.
Nas palavras de Georges Mandrafina, fundador da empresa, “a Plantolivar nasce como a face visível de
um know-how que a Vinomatos vinha acumulando há décadas, permitindo comunicar com maior clareza a especialização no olival superintensivo e dar resposta ao aumento significativo da procura, tanto em Portugal como noutros mercados internacionais”.
Projetos “chave na mão” orientados para a eficiência
No SITEVI 2025, a Plantolivar destacou a sua abordagem de projetos chave na mão, em que um único interlocutor coordena todo o processo. Como explica Georges Mandrafina, “o modelo assenta em três pilares: fornecimento das plantas adequadas, disponibilização de todos os materiais necessários (tutores, postes metálicos, arames, tubos de rega) e execução da plantação mecanizada por GPS. Antes disso, é sempre realizada uma avaliação presencial por técnico especializado, que define o compasso, as necessidades de rega, fertilização e orientação do olival”. O resultado é um processo organizado e eficiente, pensado para garantir uniformidade, produtividade e rapidez na instalação de áreas de olival superintensivo.
A experiência da Vinomatos como alicerce técnico
A força da Plantolivar assenta na longa experiência da Vinomatos, que opera há quase três décadas em Portugal e há mais de quatro décadas no desenvolvi-
Texto Rui Reis
Martial Mandrafina, Georges Mandrafina, Gonçalo Grosso e Susana Costa
A máquina Revolution adapta-se a diferentes tipos de culturas, da vinha ao olival, passando pelo amendoal
mento de máquinas e tecnologias de plantação. Foi a Vinomatos que, nos anos 80, desenvolveu uma das primeiras máquinas de plantação com guiamento laser e, mais tarde, já na década de 90, introduziu a plantação mecanizada guiada por GPS/RTK, numa altura em que a tecnologia estava longe de ser comum no setor agrícola. Desde então, consolidou a sua presença em mercados como Portugal, Espanha, França, Norte de África, Chile e Estados Unidos, instalando vinhas, olivais, amendoais e árvores de fruto com sistemas mecanizados de elevada preci-
Máquina de plantação mecanizada por GPS
RÉVOLUTION: seis operações numa única passagem
Uma das grandes protagonistas da Vinomatos e da Plantaolivar é a inovadora máquina de plantação RÉVOLUTION, concebida para vinha, olival, amendoal e outras culturas em alta densidade. Com capacidade para até 8000 plantas diariamente, trata-se de uma máquina mecanizada guiada por GPS que concentra numa única passagem o trabalho que, tradicionalmente, exigiria várias equipas e múltiplas operações. A RÉVOLUTION abre a linha de plantação, coloca o tutor e a planta, realiza a fertilização, instala o poste metálico intermédio, desenrola os fios de aramação e o tubo de rega gota-a-gota. Com sistema GPS/RTK, mantém alinhamentos perfeitos e profundidades constantes, colocando o tutor entre 25 e 40 centímetros e o poste metálico até cerca de 70 centímetros. A RÉVOLUTION está preparada para operar em declives até 25%, garantindo verticalidade e uniformidade mesmo em terrenos irregulares.
Georges Mandrafina fundador da
são. A Plantolivar herda este capital técnico e operacional, que agora apresenta com marca própria e enfoque específico no olival.
Com a autonomização da Plantolivar e a consolidação da RÉVOLUTION como solução tecnológica de referência, o grupo Vinomatos reforça a sua presença no mercado global do olival superintensivo, mantendo a imagem consolidada e reconhecida no campo da vinha. No SITEVI 2025, a mensagem foi clara: a marca é nova, mas a experiência é longa e a tecnologia não irá parar de evoluir.
A Plantolivar oferece projetos “chave na mão”, incluindo os estudos, o fornecimento das plantas e a plantação
Vinomatos
IA DA CLEMENS REVOLUCIONA VINHA
Num contexto de controlo na aplicação de fitofármacos, a Clemens mostrou um “pacote” completo de mecanização: semeadores diretos, máquinas inter-linha para controlo de infestantes e uma inovadora pré-podadora de duas linhas, com sistema de abertura através de câmaras com IA.
No espaço da Clemens, representada em Portugal pela Jopauto, a mensagem era clara: o “segredo” passa por combinar a tecnologia com soluções mecânicas especializadas, potenciando a eficiência e reduzindo ao mínimo o recurso a produtos químicos.
Um dos focos da marca foram os semeadores diretos com micromobilização localizada e compatibilidade ISOBUS. Os discos abrem apenas uma faixa estreita de solo, suficiente para implantar a mistura de coberturas e a semente. Atrás, os elementos de consolidação fecham o sulco. O objetivo é manter a estrutura, a infiltração e a atividade biológica do solo, sem comprometer a semente.
Na linha da vinha, entram em ação os clássicos intercepas da casa: Radius SL Plus, Radius M, Radius D, Multiclean, soluções montadas em porta-ferra-
mentas modulares e versáteis que já se tornaram a imagem de marca da casa alemã. Combinando sensores mecânicos, hidráulica proporcional e ajustes rápidos, estas alfaias trabalham muito perto do tronco, atacando as infestantes sem tocar na cepa.
Responsável comercial da Clemens para os mercados ibéricos, Manuel Weber sublinha a estratégia da empresa: “as soluções que desenvolvemos fazem o trabalho pesado e repetitivo na vinha de uma forma cada vez mais versátil e eficiente e o agricultor preocupa-se em gerir estratégias de solo e de coberturas. A viticultura ganha resiliência, perde litros de herbicida e prepara-se melhor para a falta de mão de obra e para as regras ambientais mais exigentes”.
C- Vision
Pré-poda em duas linhas com visão artificial
A C- Vision é a nova pré-podadora de duas linhas da Clemens, montada na armação
Twin Peaks e distinguida com o prémio de prata nos Innovation Awards 2025. Um sistema de câmaras de alta resolução, apoiado por inteligência artificial, reconhece todos os tipos de postes (independentemente do material ou da inclinação) e
controla a abertura em tempo real, mesmo com folhagem densa, sol baixo ou à noite, graças à iluminação integrada.
A altura de pré-poda é regulável entre 49 e 95 cm, com ajustes de ângulo e largura, hidráulica proporcional e comando Smarti. Trabalha a cerca de 7 km/h, pode tratar duas linhas em simultâneo, também em encosta. A mudança do número de lâminas de corte é, também ela, facilitada graças a um novo sistema de encaixe rápido que a Clemens desenvolveu.
Texto Rui Reis
Tim Clemens
PROVITIS OTIMIZA CADA PASSAGEM
Na Provitis, o foco estava em fazer mais trabalho, em menos passagens e com poucas pessoas. Armações como a SMD50P e a LR-350 A-SYST, a desfolhadora pneumática de ar pulsado LB 260 da linha OCEA, máquinas de limpeza de restos de poda em condução Guyot com triturador integrado VSE 230 e a nova MPH 422 desenham um catálogo pensado para regiões como as do nosso Vinho Verde.
Ostand da Provitis no SITEVI era um verdadeiro mostruário de soluções para a vinha, muitas delas devidamente adaptadas à realidade portuguesa. Fileiras de armações, cabeças de poda e porta-ferramentas alinhados, para mostrar como a marca francesa, representada pela Jopauto no mercado nacional, lê o futuro da vinha. A ideia é simples: automatizar e condensar operações em cada passagem. Na frente estavam as soluções para tratores especializados. A LR-350 é uma desfolhadora de sucção, com novo suporte a garantir maior amplitude de movimentos e utilização mais simples, além de um sensor de pressão A-Syst, para que a máquina não danifique os cachos. O chassis SMD-50P, já distinguido com a medalha de bronze nos SITEVI Innovation Awards, ganha agora uma nova vida ao poder receber configurações com duas pré-podadoras ou
Provitis MPH 422
Poda e pré-poda na mesma passagem
A MPH 422 é a novidade de destaque da Provitis. Integrada na gama OCEA, combina uma torre de discos de poda (box pruning) com uma coluna de pré-podadora, permitindo aparar e encurtar numa única passagem. O seguimento do cordão é assegurado por um sistema de
combinações de serras e cabeças de desponta.
Outra solução que atraíu atenções foi a VSE 230, uma máquina específica para vinhas em guyot, concebida para agarrar, arrancar e triturar os sarmentos numa só passagem. Requer um caudal hidráulico de 45 l/min, pesa 350 kg e trabalha a cerca de 2–3 km/h.
Ao lado, a desfolhadora autoportante pneumática LB 260, de quatro rodas e com uma altura de trabalho que pode variar entre 400 mm e 640 mm, também merece destaque.
A tudo isto somam-se os sistemas de deteção de postes, mecânicos ou óticos, que abrem automaticamente, tecnologia já testada em vinhas portuguesas.
Em grande destaque aparece a nova MPH 422, que junta poda (box pruning) e pré-poda numa só ferramenta e simboliza bem a mensagem do stand: mais hectares por dia, com menos pessoas e maior proteção da estrutura da vinha.
paralelogramo, que mantém a distância certa ao arame mesmo em linhas onduladas. A cabeça trabalha com caudais hidráulicos elevados (cerca de 90 l/min) e monta-se em armações como a SMD-50P, tirando partido dos sistemas mecânicos ou óticos de deteção de postes. O objetivo é acelerar a poda nas vinhas estreitas, sem aumentar o risco de ferir a planta.
Texto Rui Reis
VINHAS ÍNGREMES,
GEIER RESPONDE
A Geier, fundada por uma família italiana da região do Südtirol e habituada a trabalhar vinhas com inclinações de 75%, levou ao SITEVI 2025 uma demonstração clara da sua filosofia: veículos de rastos estreitos, estáveis e mecanicamente simples, para enfrentar terrenos difíceis.
Oespaço da Geier, cuja representação em Portugal é assegurada pela Jopauto, mostrava , em Montpellier, uma gama curta, mas coerente, construída a partir da experiência real da família, nas suas próprias vinhas de montanha. A base técnica repete-se em todos os modelos: motores Yanmar Fase V, transmissão mecânica direta da TDF através do motor, chassis suspenso para melhor se adaptar ao terreno. A partir daqui, o utilizador escolhe a versão que faz mais sentido: com posição de condução vertical (em pé), sentada ou numa variante totalmente cabinada. O design baixo e a distribuição ideal do peso permitem aos veículos Geier superar inclinações de até mais de 70%.
A novidade da Geier, o 45 TSI, segue precisamente esta lógica.
Mantém o chassis ultracompacto do 45T, mas passa a operar em pé, solução que melhora a visibilidade frontal e dá ao operador maior margem de reação em solos irregulares ou com menor tração. Para vinhas estreitas, e em tarefas com intercepas, de fresagem ou de trituração, esta agilidade faz a diferença.
No patamar seguinte, a Série 64 mostrava como a Geier amadureceu a fórmula: rastos mais longas, motor de 60 cv, opções com assento ou cabina e largura adequada a entrelinhas de 1,30 m a 1,60 m. Já a Série 85, mais larga e com cabina integral, dirige-se a explorações que enfrentam declives severos e precisam de um veículo capaz de operar alfaias mais pesadas com segurança e estabilidade.
A Geier constrói máquinas para vinhas difíceis, porque trabalha nessas vinhas todos os dias. E essa ligação direta ao campo explica o interesse crescente que os seus veículos têm despertado em regiões como o Douro, a região do Vinho Verde ou no Dão, onde os declives continuam a marcar o ritmo das operações.
Texto Rui Reis
Geier 45T, e à direita,
versão totalmente cabinada da 64 TSB
ID DAVID INOVA HÁ 50 ANOS
A ID DAVID assinalou meio século de atividade com uma presença marcante na feira SITEVI 2025, onde apresentou uma nova geração de equipamentos conectados e sustentáveis para culturas permanentes.
Texto Rui Reis
Ostand da Provitis no SITEVI era um verdadeiro mostruário de soluções para a vinha, muitas delas devidamente adaptadas à realidade portuguesa. Fileiras de armações, cabeças de poda e porta-ferramentas alinhados, para mostrar como a marca francesa lê o futuro da vinha. A ideia é simples: automatizar e condensar operações em cada passagem.
Aproveitando esta edição da feira SITEVI, a ID DAVID celebrou os 50 anos de atividade, reforçando o compromisso com uma agricultura tecnicamente avançada, ambientalmente responsável e centrada no agricultor.
Entre as principais novidades destacou-se o MFlow, um sistema de gestão hidráulica inteligente que ajusta automaticamente o fluxo e a pressão de acordo com a ferramenta utilizada e as condições do terreno. Este sistema, com bomba dupla e modos de funcionamento combinável ou independente, oferece maior velocidade de trabalho, menor consumo energético, e uma maior durabilidade dos componentes, tudo a partir de um controlo intuitivo, desde a cabina do trator.
Aniversário com “prenda”
especial
A celebrar o seu 50.º aniversário, a ID DAVID inaugurou a Quinta Experimental “La Rambla La Vera”, um laboratório agronómico em Yecla (Múrcia, Espanha) com olival tradicional e superintensivo, bem como vinha mecanizada. Este espaço permite testar e demonstrar novas soluções em tempo real, reforçando o compromisso com a inovação, sustentabilidade e mecanização agrícola total. Com presença em mais de 50 países, a ID DAVID continua a ser um parceiro estratégico para a agricultura do futuro.
Também em evidência esteve o ID-Plus, um sistema de controlo centralizado que permite operar todos os equipamentos ID DAVID, através do joystick multifunções ID-Control. Com tecnologia Plug & Play, o sistema reconhece automaticamente a ferramenta acoplada e ajusta os parâmetros operacionais para maior precisão e conforto.
Para além dos sistemas inteligentes, a marca levou também a Montpellier alguns dos seus equipamentos mais representativos para culturas de alto valor, como o chassis reversível ID-Roll para adaptação de escarificadores, a podadora Olix e o PV Tunel R, para aplicação localizada de fitofarmacêuticos que reduz a deriva e o consumo de produto. Todos estes equipamentos são compatíveis com os sistemas de controlo inteligente da marca e refletem a sua visão integrada da mecanização.
A ID DAVID é representada em Portugal pela Forte, Lda.
Chassis reversível ID-Roll com entre-cepas fingerhoe
OUTRAS PRESENÇAS
Berti
Kremer
New Holland
Dondi
Terreco
Friuli
Lovol
Rabaud
Bugnot
Stagric
Lindner Rocky
Tecnoma
CLAAS
López Garrido
Kuhn
Pellenc
Spedo
EXXACT Robotics
Antonio Carraro
RENOVAR A POLIVALÊNCIA
Candidato ao prémio Tractor Of The Year 2026 na categoria HighPower, o Case IH Optum apresentou a sua mais recente evolução, centrada naqueles que são, desde há muito, os seus principais atributos; a começar, pela polivalência. E que, renovados, lhe permitem ambicionar a lugar de destaque.
Lançado no mercado em finais de 2015, o Case IH Optum é um trator que, desde a sua versão de estreia, procurou afirmar-se junto de um público que valoriza a versatilidade, a polivalência e a fiabilidade. Tudo isto, sem descurar a potência, o conforto e, naturalmente, a produtividade.
Apresentada em Steyr, região austríaca (também) conhecida pela fábrica do grupo CNH de onde saem, entre outros, os tratores Steyr… e Case IH, a nova geração Optum, que a revista abolsamia teve oportunidade de conhecer em primeira mão, vem reforçar, precisamente, todos esses argumentos. Sempre, conforme explicou o gestor de produto da CNH para a marca Case IH, Norbert Zehne, com o
mais alta - 60 km/h, no caso do Optum 440.
intuito de continuar a oferecer um “trator equilibrado por natureza” , que “pode ser utilizado sem contrapesos à frente ou atrás, e, ainda assim, capaz de entregar um óptimo desempenho, desde o primeiro minuto”
Novo motor
Na base deste último argumento está, desde logo, um novo motor FPT Industrial Cursor 9 de 8,7 litros, a garantir mais 15 cv que o anterior bloco FPT de 6,7 litros, ou seja, com potências que, nas três versões disponíveis, chegam aos 360, 390 e 440 cv. Oferecendo, ao mesmo tempo, uma maior eficiência nos consumos, a par de uma velocidade máxima
Exemplo de funcionalidade acrescida, o novo Optum conta com novos degraus, mais um espaço fechado de arrumação, com caixa de ferramentas e depósito de água para lavagem das mãos
A ajudar ao desempenho, um novo eixo dianteiro com suspensão independente, travões dianteiros refrigerados a óleo e um novo sistema centralizado de regulação da pressão dos pneus (CTIS), para uma mais fácil e rápida adaptação ao tipo de solo (regulável no ecrã Pro 1200), além de um maior conforto para o operador. Resultado de uma cabine que estreia uma nova suspensão independente, bancos de alta gama com vários tipos de regulações, melhor visibilidade (o capô, por exemplo, ganhou novo design) e maior insonorização. Como transmissão, uma solução contínua variável CVXDrive (4x2), com duas gamas de velocidade para estrada, mas que também procura otimizar a aplicação da potência. Enquanto, no capítulo da manobrabilidade, os
Texto Francisco Cruz
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
MOTOR
Motor FPT Cursor 9
Capacidade / cilindros 8.710 cm3 / 6 cilindros
Potência nominal 360 - 435 cv
Potência máxima / com boost 360 - 435 cv / N/A
Binário máximo / reserva 1851 - 1400 Nm / 20,5%
Intervalo de manutenção 750 horas
TRANSMISSÃO
Tipo CVXDrive continuamente variável
Configuração N/A
Regime do motor a 40 km/h 1195 rpm
Velocidade máxima 66 km/h
HIDRÁULICO
Fluxo da bomba Variável 220 - 360 Lpm
Bomba da direção N/A
Capacidade de elevação traseira 11.800 Kg
Capacidade de elevação dianteira 6.016 Kg
DIMENSÕES
Distância entre eixos 3.190 mm
Distância ao solo 502 mm
Peso em vazio 12.400 kg
Carga máxima admissível 19.000 kg
Equipado com suspensão independente, banco de alta gama e muito do que de melhor o grupo CNH tem para oferecer, o novo Optum promete um nível de vida a bordo ainda mais elevado
MAGNUM ROWTRAC . O PODER DA LAGARTA
Projetado e construído para trabalhos agrícolas pesados, aos quais contrapõe com elevada eficiência, potência e conforto, o renovado Magnum foi outra das novidades mostradas em St. Valentin, quartel general austríaco da Case IH. A partir de agora, também na versão Rowtrac, de rastos (existem três bitolas diferentes, as mais largas de 460 mm), tendo por base as duas motorizações mais potentes385 CVXDrive e 405 PowerDrive -, a prometerem uma velocidade máxima de 40 km/h. Assim como e graças às rodas dianteiras, uma excelente manobrabilidade nas cabeceiras e na estrada, enquanto, com as lagartas, é assegurada uma menor compactação do solo, melhor tração e flutuação, além de mais eficiência e desempenho.
6,1 metros de raio de viragem, colocam o Optum, definitivamente, no topo da classe.
Novo sistema hidráulico
A estrear um novo sistema hidráulico central, agora fornecido pela dinamarquesa Danfoss, e que chega ao 360 l/min, mais uma bomba padrão que pode chegar aos 170 L/min em circuito CCLS ( Closed-Centre Load Sensing), graças a conexões de três quartos de polegada (também existem de meia polegada) e sistema Twin Flow, o Optum conta ainda com elevador traseiro de três pontos, mais robusto, a par de uma capacidade elevatória de 11.058 kg atrás, e de até 6.016 kg à frente. Sem esquecer as duas TDF à frente e atrás, ambas de duas velocidades.
No domínio da Agricultura de Precisão, a tecnologia FieldOps para gerir dados, não só da máquina, como agronómicos. Acrescida de toda uma série de serviços conetados ( Conectivity Included, sem subscrição e disponível durante a vida útil do modem), telemetria e compatibilidade com TIM (Tractor Implement Management) para implementos certificados. Sem esquecer a compatibilidade ISOBUS Classe II (Classe III como opcional) ou o Headland Management Control (HMC II), além de um novo joystick configurável, através do qual passa a ser possível controlar, tanto a elevação frontal, como traseira, do braço Multicontroller Recordar que a Case IH é representada em Portugal pela Entreposto Máquinas.
Graças à adopção de um novo motor FPT de maior cilindrada, o Case IH Optum passa a anunciar, não somente mais potência, como também melhores consumos
MAQUICORREDORA & SULCATE
PEÇAS
Portas abertas junta mais de 200 clientes e parceiros
“
Em Vila Viçosa, a Maquicorredora, a Sulcate Peças e a SulMaqui abriram as portas para acolher mais de duas centenas de clientes, amigos e parceiros. O encontro serviu para inaugurar um novo pavilhão, mostrar a extensa gama de soluções de mecanização agrícola e industrial, e apresentar a Sulrent, a nova empresa de aluguer do grupo.
Este é, acima de tudo, um dia de festa. É o dia de reunir os funcionários, os clientes, os parceiros e os amigos da Maquicorredora e da Sulcate Peças para ficarem a conhecer o novo pavilhão, a empresa de aluguer Sulrent e, como novidade, a parceria com a Stihl, para além das mais de 50 soluções de mecanização que temos em exposição e demonstração. Mas também queremos que seja um momento de confraternização, de troca de ideias e de comemoração”, resumiu Inácio Mira, o anfitrião e o rosto das duas empresas, numa edição de portas abertas que espelhou a política de grande proximidade com clientes e parceiros, que sempre norteou a sua atuação.
A data serviu também para assinalar os 30 anos da Sulcate Peças e os 23 da Maquicorredora, hoje com um universo
Mini pá-carregadora CASE TV450B com um vibrador de apanha de azeitona da Farvoli
de 38 colaboradores e papéis de grande destaque na economia local e regional.
Solução de aluguer
“Além da Maquicorredora e da Sulcate Peças, temos a SulMaqui frota de aluguer que opera sob a marca SulRent.”, explicou Inácio Mira, enquadrando a apos -
Fotografia Rafael Antunes
Texto Rui Reis
ta no aluguer sob a marca Sulrent. A estratégia passa por dar elasticidade às explorações e aos estaleiros: uma capacidade imediata quando é preciso ou a possibilidade de testar e “afinar” as necessidades antes do investimento. Como explicou o responsável pela divisão de aluguer, Miguel Alpalhão, “a gama
Piero Duse responsável da ITR pelos mercados de Portugal, Espanha e Polónia
“A relação com a Sulcate Peças é bastante antiga, há mais de 15 anos que solidificamos as nossas relações e crescemos juntos. Este tipo de evento é muito importante para dar a conhecer aos clientes o portfólio de empresas com a dimensão da Sulcate Peças e da Maquicorredora”.
para já compreende mini-escavadoras MB e CASE, cilindros compactadores XCMG, tratores Lamborghini, plataformas articuladas e elevatórias JLG, e diversas alfaias, mas pode vir a crescer de acordo com a procura dos clientes”.
Telescópicas LGMG
Entre as máquinas em exposição, as telescópicas LGMG chamavam a atenção. “Temos telescópicas LGMG de 6 a 24 metros; somos importadores diretos e vamos ser muito competitivos no mercado”, sublinhou Inácio Mira, ligando disponibilidade, preço e assistência, numa proposta focada nas necessidades dos clientes.
“Esta parceria com a Sulcate Peças já é longa e muito frutuosa. Eles são a nossa cara na região e o Inácio Mira é o parceiro ideal para o Entreposto Máquinas. É ambicioso, no bom sentido, e procura sempre mais e melhor. Temos uma quota de mercado interessante e este tipo de evento é, julgamos nós, essencial para a cimentar e alargar a nossa base de clientes, já que é um conceito muito focado, direcionado e personalizado”.
Francisco Cavaco chefe de vendas da STIHL Portugal
“Nós temos uma loja dedicada nas instalações e mantemos o foco no olival da região. Este dia de portas abertas é essencial para aproximar equipas e clientes, e serviu para expor as soluções de poda e de corte mais alinhadas com a realidade local”.
Armando Pinto diretor comercial da AB Chem, do Grupo Alves Bandeira, comercializador dos lubrificantes AB Lubs
Já na marca CASE IH, o responsável pelas empresas alentejanas destacou a gama das retroescavadoras “Ranger, a que mais vendemos, e a mini-carregadora de rastos TV450B, equipada com um vibrador de azeitona Farvoli, uma pro-
“São já três anos de parceria com a Maquicorredora e a Sulcate Peças nos lubrificantes e nos consumíveis. No Grupo Alves Bandeira valorizamos acima de tudo o profissionalismo, a consistência técnica e o apoio na área agrícola, um setor que nos interessa muito”.
Hugo Bexiga diretor da divisão industrial do Entreposto Máquinas, responsável pela marca CASE
Miguel Alpalhão é o responsável pela nova divisão de aluguer da SulMaqui sob a marca SulRent
Empresa em Foco
Álvaro Martins técnico comercial e marketing da Galucho
“Estes eventos de portas abertas são sempre bem-vindos e permitem avaliar as necessidades concretas dos clientes no terreno. Nós temos alfaias pensadas para o Alentejo e que resultam do diálogo permanente com os clientes, mediado por empresas de referência como a Maquicorredora, sobre especificações e características concretas. Esta proximidade permite ainda melhorar os ajustes ao tipo de solo, ao calendário e às operações de cada exploração”.
A Maquicorredora é a importadora das telescópicas LGMG
posta conjunta com grande potencial na região”, acrescentou, apontando para as soluções integradas de colheita mecanizada em olival.
Da esquerda para a direita:
Rui Rico responsável de produto e marketing da SDF Portugal
“Nós temos uma parceria com a Maquicorredora desde 2011, com a marca Lamborghini e com a Same para o distrito de Évora. Esta é uma empresa que valoriza a proximidade com o cliente e com as marcas que representa. Para se ter sucesso neste tipo de mercado, dos tratores e máquinas agrícolas, é preciso saber estar perto do cliente. A relação humana ainda é muito valorizada e as empresas do Inácio Mira têm essa noção inscrita no seu ADN. Aliás, este evento, e a afluência que reuniu, é a prova disso mesmo”.
Corvus a gasolina já em 2026
A oferta UTV esteve representada pela Corvus, numa lógica de trabalho diário: “temos a gama elétrica, a gama Diesel e vamos ter versões a gasolina no início de 2026; mais competitiva e mais barata”, referiu o empresário, alinhando as opções com os orçamentos e usos da região.
Nos tratores, mantêm-se as campanhas comerciais na faixa de potência dos 80 aos 100 cv e “já estão encomendadas as novidades de 125 cv para fevereiro/março de 2026, como o Lamborghini Strike 125 Trend, o Same Explorer 125 Natural e o Deutz-Fahr 5125 Keyline, em versões com preços ainda mais competitivos”.
A ocasião foi aproveitada para comemorar os 23 anos da Maquicorredora e os 30 anos da Sulcate Peças
Carlos Santos Diretor Comercial da Corvus para Portugal
Angus à mesa
Nas alfaias e no equipamento industrial, destaque para os destroçadores Herkulis, FAE e para as parcerias com a Galucho, Joper, Herculano, Rocha e os empilhadores MB, entre outros, compondo assim um extenso portefólio transversal que vai da vinha e do olival aos estaleiros.
A par das máquinas, houve espaço para outra paixão da família Mira: a carne Angus. A ligação de Inácio Mira à seleção da raça, através da HR-RaDiAngus, trouxe ao evento uma prova que evidenciou no prato as qualidades técnicas reconhecidas: facilidade de partos, docilidade e uma infiltração de gordura que garante suculência e sabor. Entre cortes, falou-se de genética, porte e dieta, mas sobretudo da qualidade percebida pelo consumidor. A degustação prolongou conversas e reforçou relações, seguindo a mesma lógica aplicada às máquinas: escolher bem, cuidar melhor e colher resultados tangíveis — no campo, na oficina e à mesa.
Diogo Mira, Manuela Busca, Inácio Mira e Raquel Mira, a família que está à frente dos destinos da Maquicorredora e da Sulcate Peças
A ExpoFlorestal regressa nos dias 29, 30 e 31 de maio de 2026. A revista abolsamia marcará presença enquanto media partner
Amaior feira dedicada à floresta realizada em Portugal, a ExpoFlorestal, está de regresso em 2026, mais precisamente nos dias 29, 30 e 31 de maio, no mesmo recinto da edição anterior, em Albergaria-a-Velha.
A organização da ExpoFlorestal afirma-se empenhada em consolidar o certame como um espaço de referência e encontro estratégico para o setor florestal.
A apresentação desta nova edição decorreu no dia 17 de novembro, na Biblioteca Municipal de Albergaria-a-Velha, com a presença e intervenção de várias figuras institucionais: Rui Ladeira - Secretário de Estado das Florestas, Carlos Coelho - Presidente da Câmara Municipal, Luís Sarabando em representação da organização da ExpoFlorestal e José Gaspar, CTO da ForestWISE.
As intervenções centraram-se no atual momento da floresta portuguesa, na necessidade de reforçar a modernização do setor e no desafio de atrair jovens para as profissões florestais. O encontro foi também uma oportunidade relevante de networking, com várias empresas expositoras presentes, sublinhando a forte ligação entre a feira e o
ExpoFlorestal 2026 já tem data marcada
tecido empresarial ligado à maquinaria e serviços florestais.
A visão estratégica do Governo
Na sua intervenção, o Secretário de Estado das Florestas destacou a ExpoFlorestal como uma montra essencial da modernização do setor, defendendo a importância de envolver as escolas e de mostrar a tecnologia de última geração que hoje caracteriza a mecanização florestal.
O dirigente reforçou ainda a Estratégia Florestal para 25 anos, já aprovada pela Assembleia da República, que integra ações focadas na gestão florestal simplificada, no reforço da resiliência, na modernização de equipamentos e na capacitação de operadores, sublinhando, igualmente, o compromisso do Governo em apoiar a inovação, a formação e a melhoria da eficiência no terreno, destacando que a profissionalização e a valorização das fileiras florestais são decisivas para o futuro do setor.
Olhar para 2026 com ambição
A organização mostra-se otimis -
ta quanto à edição de 2026, apontando para um evento ainda mais robusto, capaz de reforçar a ligação entre tecnologia, sustentabilidade, mecanização e gestão florestal. A ExpoFlorestal pretende afirmar-se, mais uma vez, como um espaço de demonstração, debate e aproximação entre empresas, instituições e profissionais.
Com o entusiasmo gerado nesta apresentação oficial, tudo indica que a edição de 2026 poderá ser uma das mais fortes dos últimos anos, refletindo o dinamismo crescente do setor florestal português.
A Expoflorestal é organizada pela AFBV – Associação Florestal do Baixo Vouga, ANEFA – Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente e Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha, contando ainda com o apoio institucional do Município de Albergaria-a-Velha.
A revista abolsamia marcará presença enquanto media partner, reforçando a cobertura jornalística e o acompanhamento da dinâmica empresarial e institucional do certame.
Texto Catarina Gusmão
Da esq. para a direita: Luís Sarabando (Organização da ExpoFlorestal), Rui Ladeira (Secretário de Estado das Florestas), Carlos Coelho (Presidente da Câmara Municipal) e José Gaspar (CTO ForestWISE)
Ascendum e Biond assinalam encerramento de formação para operadores florestais
A Ascendum e a Biond encerraram, no passado dia 13 de novembro, na unidade de Leiria, o Workshop para Operadores Florestais, uma formação de 40 horas integrada no projeto Advance Forest e focada na modernização e qualificação do setor.
O programa combinou teoria, simulador e prática com equipamento Ponsse, terminando com a entrega
de certificados aos formandos.
O evento assinalou também o lançamento do Manual de Colheita Florestal Mecanizada, adaptado para Portugal, com apoio da Ascendum.
A sessão contou com parceiros do setor, que destacaram a importância da colaboração para uma gestão florestal mais segura, eficiente e sustentável.
STET aposta em simuladores para capacitação florestal
A STET promoveu em Leiria uma formação intensiva com recurso à unidade móvel
Training Box, equipada com simuladores de maquinaria pesada. A ação focou-se na capacitação de operadores para aplicações na silvicultura.
A formação de operadores tem sido uma das áreas estratégicas da STET e a mais recente aposta da empresa passou por integrar simuladores de nova geração nos seus programas técnicos. Em outubro, decorreu nas instalações da STET, em Leiria, uma formação dedicada a operações florestais com máquinas pesadas de movimentação de terras.
Tecnologia de ponta O centro nevrálgico desta ação foi a Training Box, uma evoluída unidade móvel de formação desenvolvida pela empresa espanhola Finanzauto (pertencente ao grupo Tesya, tal como a STET) que está equipada com quatro simuladores imersivos, capazes de replicar com realismo o funcionamento de até 11 máquinas
diferentes, como, no caso específico desta formação, tratores de rastos ( bulldozers ) e escavadoras.
Os participantes, que eram operadores florestais de várias regiões do país e alunos do Instituto Profissional da Bairrada, receberam formação certificada, orientada para tarefas como preparação do solo, construção de aceiros e abertura de acessos.
Formação prática em total segurança “Através dos simuladores, conseguimos garantir uma formação prática, segura e sem impacto ambiental. Não há consumo de combustível nem desgaste de equipamentos. É um modelo eficiente e replicável”, destaca Gestor de Desenvolvimento de Competências da STET, Óscar Manuel Oliveira. Com esta ação, a STET reforça o seu compromisso com a qualificação técnica no setor florestal, aliando tecnologia, sustentabilidade e formação certificada, numa solução escalável que pode chegar a todo o território nacional.
Os quatro simuladores imersivos estão integrados num reboque móvel (training Box) e isolados do exterior. Esta solução garante a mobilidade do sistema, permitindo “levar” a formação a diferentes regiões.
Emissões em tempo real na floresta
APonsse acaba de lançar um novo serviço digital que vem transformar a forma como se acompanha o impacto ambiental das operações florestais. Integrado diretamente nos equipamentos Ponsse, o sistema recolhe e processa informação operacional, apresentando-a numa plataforma digital intuitiva e acessível, tanto para operadores como para gestores de frota. Esta ferramenta possibilita a identificação de oportunidades para otimizar processos, reduzir consumos e minimizar o impacto ambiental, facilitando simultaneamente o cumprimento das normas em vigor e a implementação de boas práticas no terreno.
Novo forwarder de 16 toneladas
AJohn Deere alargou a Série G com o novo forwarder 1610G, pensado para aumentar a produtividade em desbastes e cortes de regeneração. Com capacidade de carga de 16 toneladas e chassis de 6,1 m², oferece mais 15% de volume face ao 1510G, sem aumentar a pressão sobre o solo. O motor John Deere 6068 debita 187 kW e garante mais 14% de potência e 11% de força de tração, permitindo ganhos estimados de até 2.000 toneladas/ano. A grua CF7S XI Power+ com alcance até 10 m e a cabine rotativa e nivelante (opcional) completam o conjunto para terrenos difíceis.
Máquinas Industriais
KOMATSU
Carregadora compacta preparada para todos os desafios
AKomatsu lançou a nova WA170M-11, uma carregadora compacta que alia versatilidade, baixos consumos e operações mais precisas. Equipada com motor Stage V, é ideal para ambientes urbanos, industriais ou agrícolas. A transmissão hidrostática e o sistema hidráulico inteligente asseguram respostas rápidas. A cabine destaca-se pelo conforto e pela visibilidade, com monitorização remota integrada para facilitar a gestão da máquina.
CATERPILLAR
Retroescavadoras
Next Gen com mais potência e precisão
ACaterpillar apresentou as novas retroescavadoras Cat 440 e 450, concebidas para aumentar a produtividade, com motores mais potentes (até 140cv) e uma acrescida capacidade de escavação. A cabine, redesenhada, oferece melhor visibilidade, conforto e mais comandos intuitivos. Estão equipadas com tecnologias que facilitam o controlo de inclinação e a gestão remota, permitindo ciclos de trabalho mais rápidos e maior eficiência em diferentes tipos de atividade.
HITACHI
Nova geração da ZW310-7
Apá carregadora ZW310-7 da Hitachi traz uma nova abordagem às operações exigentes: mais potência, menor consumo e uma cabine que privilegia o conforto e a segurança. O motor Stage V garante o desempenho, enquanto o sistema hidráulico permite movimentos suaves e precisos. A conectividade integrada facilita a monitorização e a manutenção, com dados em tempo real e alertas automáticos para reduzir paragens inesperadas.
NEW HOLLAND
Protótipo de um carregador telescópico híbrido
ANew Holland apresentou um protótipo de carregador telescópico híbrido, que combina motor térmico e tração elétrica. Esta solução permite reduzir consumos e emissões, mantendo a autonomia e a capacidade de trabalho em tarefas exigentes. Em modo elétrico, pode operar em espaços fechados ou zonas sensíveis, de forma silenciosa. Um passo firme da marca rumo a uma maquinaria mais eficiente e sustentável.
DEVELON
E-Stop, a segurança à distância de um botão
ADevelon lançou um sistema inovador que permite, em situações de risco, parar remotamente uma máquina em funcionamento. O E-Stop não necessita de fios e pode ser usado mesmo à distância, reforçando a segurança no estaleiro. Compatível com várias máquinas da marca, esta solução responde à crescente exigência de controlo remoto e proteção dos operadores em ambientes exigentes e muito movimentados.
O “experiente” John Deere 5515V, com cerca de 80 cv, mais um reboque agrícola Joper acoplado, foram os nossos companheiros de todas as horas neste desafio que foi tirar a carta de tratorista
Na pele de um futuro tratorista – Parte II:
as aulas, o exame e o que aí vem...
Da teoria à... estrada: acoplar e desacoplar o reboque em segurança, enfrentar o tráfego real e efetuar manobras que exigem cabeça fria. E, foi assim, que passámos no exame e ganhámos a nossa carta de tratorista.
Depois da teoria e dos exames médicos, chegou finalmente o momento de assumirmos, literalmente, os comandos da máquina. Na nossa experiência da revista abolsamia para obter a habilitação de trator agrícola (categoria I), tivemos alguns dias de aulas práticas antes de nos candidatarmos ao exame, mas bastaram poucos minutos ao volante para percebermos que o desafio não era o trator, mas o reboque. Com a carta B no bolso, a adaptação ao nosso trator a “solo” fez-se bem: a direção é assistida, a caixa manual com inversor não é difícil de operar e as regras de trânsito são as de sempre. Mas o filme muda por completo quando acoplamos o atrelado. A marcha-atrás deixa de ser intuitiva, a articulação parece ganhar vida própria e cada correção pede calma e método.
O papel (crucial) do instrutor
Aqui, o papel do instrutor foi crucial. Acácio Mendes, proprietário da Escola de Condução de Pero Pinheiro, mostrou a paciência de um santo e uma clareza rara ao transmitir os procedimentos. No exame, começámos pelo essencial: acoplar e desacoplar o reboque em segurança e, passo a passo, garantir que os travões estavam aplicados, conferir os pontos de engate, retirar e fixar o cavilhão, ligar hidráulicos e elétricos, testar iluminação e travagem e, se for caso disso, calçar as rodas, e só depois arrancar. Seguiu-se a prova de estrada que, no nosso caso, calhou em plena hora de ponta e nos arredores de Lisboa (Linda-a-Velha).
Na equipa da revista abolsamia há quem tenha todas as categorias da carta de condução. Um verdadeiro ás do volante, capaz de conduzir praticamente tudo o que se move no campo e na estrada
Levar um trator e um reboque no meio do tráfego intenso exige cabeça fria e muita disciplina, mas ainda assim cumpre-se sem problemas de maior se respeitarmos as prioridades, a sinalização e as distâncias de segurança. Onde suámos mais foi nas manobras com o reboque: inversão de marcha, estacionamento em espinha e em paralelo, tudo a pedir serenidade, capacidade de antecipação e recordarmos as sábias “dicas” de Acácio Mendes.
Resultado? Todos aprovados. E, mais importante do que o carimbo, ficámos devidamente habilitados para trabalhar com segurança e em legalidade no campo e na estrada.
Saiba como proceder
Quanto às regras aplicadas a quem quer tirar a carta de trator, para titulares da categoria B, o acesso à habilitação faz-se por formação específica (teórica e prática) em escola autorizada e com recurso a um exame prático. Estão previstas alterações para meados de 2026, com um reforço substancial da carga horária teórica e prática e uma maior exigência na prova de exame, mas, até lá, mantêm-se os procedimentos atuais.
Desde 2018, a Associação Horizontes trabalha para que cada criança tenha o futuro que merece.
De São João da Madeira a São Tomé e Príncipe, levamos educação, saúde e dignidade a famílias vulneráveis, apoiando creches, projetos especiais e mais de mil crianças que hoje têm novas oportunidades.
Junte-se a nós.
Jornadas Técnicas da Inovação na Agricultura. Formar para avançar
O Instituto de Emprego e Formação
Profissional (IEFP) levou a cabo, em conjunto com o Centro Nacional de Qualificação de Formadores (CNQF), mais uma edição das suas Jornadas Técnicas de Inovação. Desta feita, dedicadas à Agricultura, com a formação enquanto garantia de um melhor futuro.
Texto Francisco Cruz
Colaborou Luís Seatra
Realizadas na Quinta das Glicínias, exploração agrícola com mais de 16 hectares, propriedade do Serviço de Formação Profissional de Évora, as últimas Jornadas Técnicas de Inovação do IEFP saldaram-se, mais uma vez, por um assinalável êxito. Confirmado, desde logo, no número de agricultores, empresas, académicos e estudantes de, pelo menos, três escolas profissionais, que, durante os dois dias, assistiram aos diferentes módulos de debate, demonstrações e formações em campo. Estas últimas, feitas com o apoio de concessionários, que se prontificaram a colocar máquinas e homens no local.
Apresentando como fio condutor “Qualificar para a Agricultura de Precisão”, os painéis de debate, com membros de associações agrícolas, gestores de empresas agrícolas e de maquinaria, formadores e responsáveis do IEFP, abordaram temas como a Digitalização, a Agricultura inteligente, a Inteligência Artificial na gestão e utilização de máquinas agrícolas, e a utilização de sensores e drones na Agricultura. Terminando com o tema “Liderança e Inovação no setor agrícola”, debate
A revista abolsamia esteve nas Jornadas Técnicas também para moderar um dos painéis de debate
Demonstração da forte aposta na área agrícola, o IEFP investiu já mais de 1,5 milhões de euros só em equipamento agrícola
moderado pelo sub-gerente da revista abolsamia, Luís Seatra, seguido da intervenção final, pela directora do IEFP, Maria da Luz Pessoa e Costa. Que, entre outros aspectos, destacou a importância deste setor para “evitar a desertificação do interior”, aproveitando ferramentas como o “investimento que está contemplado no PRR”, “qualificando as pessoas, jovens e aqueles que já trabalham na área”, mas também “atraindo outras através de uma melhor comunicação”, da “exposição imersiva”, de forma a transmitir uma imagem mais real, mais moderna, mais tecnológica, daquilo que é, hoje em dia, a Agricultura. “Temos de acabar com a imagem de uma Agricultura lamacenta”, defendeu.
Postos de trabalhos dependem da formação
Sobre este esforço de mudança, o delegado regional do IEFP para o Alentejo, Arnaldo Frade, recordou que “há muitos anos” que o Centro de Emprego e Formação Profissional faz “formação na área da agricultura” e da “mecanização agrícola”, iniciativas que têm sido frequentadas por “muitos formandos universitários que vêm das escolas superiores agrícolas.”
Ao mesmo tempo, o IEFP tem vindo a investir “muitos milhões de euros na qualificação dos espaços, das
infraestruturas, e na aquisição de equipamento”, sendo que, só no Alentejo, “investimos cerca de 7 milhões de euros em equipamento e 1,5 milhões na área da agricultura” e adquirindo “tratores com georreferenciação, alfaias, equipamento tecnologicamente avançado.”
Fortemente participadas, as Jornadas Técnicas do IEFP e do CNQF, em Évora, procuraram promover uma reflexão sobre a Agricultura, visando um melhor futuro
Sobre as Jornadas, o objetivo passa por “consciencializar cada vez mais os formadores da necessidade de se manterem atualizados e promover também o contacto entre técnicos de empresas, instituições e universidades”, preparando, tanto desempregados, como trabalhadores ativos, “para manterem o seu posto de trabalho e o seu rendimento”.
A falta de mão-de-obra e os novos perfis
Coordenador do Centro Nacional de Qualificação de Formadores (CNQF), João Lourenço destacou a elevada participação nestas que foram “as segundas jornadas na área da Agricultura, depois das primeiras em abril, em Beja”, sempre com o objectivo de responder a desafios como a “falta de mão-de-obra” e outros perfis novos que vão surgindo, como é o caso da análise de dados” “Hoje em dia, também na Agricultura, recebemos muitos dados. Como é que os vamos utilizar e tratar? Como abordar a questão da inteligência artificial?”
Através destas iniciativas, “procuramos apresentar a capacidade do IEFP às empresas e aos empregadores, trabalhar com os formadores e, obviamente, também criar aqui um ponto de reflexão e análise do setor.”
Festival das Adiafas volta a unir tradição e inovação tecnológica rumo ao futuro
A freguesia de Vidais, nas Caldas da Rainha, voltou a ser palco de um dos eventos agrícolas mais dinâmicos da região, ao realizar, entre 2 e 5 de outubro, o Festival das Adiafas. Uma verdadeira festa que reuniu milhares de visitantes, numa celebração que cruza o património rural com as mais recentes tendências tecnológicas do setor primário.
Com cerca de seis a sete mil visitantes e 32 expositores presentes, a edição de 2025 do Festival das Adiafas marcou um salto qualitativo no evento, segundo Nelson Costa, organizador da iniciativa. Para quem, o certame “já se pode chamar uma mini-feira agrícola”, uma vez que “temos ali um bocadinho de toda a indústria que move a agricultura no país”. Sobre o programa deste ano, o Festival não deixou de repetir os seus momentos mais emblemáticos, desde o Passeio de Tratores (dia 5 de outubro) e o Tractor Pulling, até às visitas a locais como a Quinta do Paço, produtora dos vinhos biológicos Humus e de uma sidra artesanal de maçã e pêra. Isto, já depois de, nos primeiros dias, 3 e 4 de outubro, o Agro Summit’25 ter transformado Vidais numa sala de aulas a céu aberto, com especialistas e
Colaboraram Luís Seatra e Catarina Gusmão
Texto Rui Reis
empresas a partilharem experiências e soluções para os desafios da agricultura contemporânea.
“Conseguimos crescer também na parte técnica. Tivemos demonstrações no campo com drones de pulverização e veículos autónomos que já funcionam sem intervenção humana nos pomares”, recordou Nelson Costa, salientando que, “estamos a mostrar que a inovação não é só para grandes explorações.”
Elogios, igualmente, para o envolvimento, mais uma vez, da comunidade local, com um total de nove associações da freguesia a darem o seu contributo para a realização de mais este Festival das Adiafas. Algo que o organizador observa, recordando que “o nosso foco principal foi dar o rendimento deste certame às associações da freguesia, para que possam também desenvolver as suas atividades e crescer”
Nélson Costa, responsável pela parte agrícola do Festival das Adiafas
Presidente da Junta de Freguesia de Vidais, Rui Henriques, junto do pároco da vila, José Samir
Nélson Silva (à direita) é secretário da JF de Vidais e o “pai” do Festival das Adiafas
7.º Passeio de Tratores de Vila Verde dos Francos.
E viva a Festa!...
Hoje em dia já uma tradição no município de Alenquer, o Passeio de Tratores de Vila Verde dos Francos celebrou, no passado dia 26 de outubro, a sua 7.ª edição, marcada não apenas pela forte participação das máquinas, mas também da comunidade local e restante público, que deu cor e alegria à festa. E, agora, que venha a próxima edição!...
Texto Francisco Cruz
Fotografia Tozé Canaveira
Colaborou Luís Seatra
Organizada, mais uma vez, pela Associação Desportiva, Recreativa e Cultural (ADRC) de Vila Verde dos Francos, em colaboração com a empresa A.F.N. Prata, o Passeio de Tratores de Vila Verde dos Francos voltou a saldar-se por um enorme sucesso, em termos de participação, quer de tratores, quer de público presente. Garantindo, dessa forma, o objetivo último que passa pelo arrecadar dos fundos necessários, que permitam levar a cabo a manutenção e melhoramentos desejados pela coletividade.
“São já sete anos de bons resultados”, recordou, em declarações exclusivas à revista abolsamia, Diogo José Veríssimo Antunes, Presidente da ADRC, que faz questão de “agradecer a todos os colaboradores, a todos os patrocinadores, e a todas as pessoas que nos ajudam
Já enraizado no calendário das festas populares do Oeste de Portugal, o Passeio de Tratores de Vila Verde dos Francos conta com cada vez mais participantes e apaixonados
Numa festa de cariz fortemente popular, nem mesmo a Fé e a Igreja faltaram à convocatória
para que este evento seja concluído com grande sucesso. Agradecer à junta de freguesia que nos ajuda muito, à Câmara Municipal de Alenquer, ao António Prata que está sempre disposto. Sem ele, isto não seria possível acontecer, pelo menos, não com esta dinâmica, com esta dimensão.”
Esta edição voltou a contabilizar elevado número de tratores presentes - 145, segundo os números fornecidos pela organização à revista abolsamia -, mais modernos e mais antigos e contou com a presença da “Brigada de Trânsito”, convidada para “fazer o acompanhamento na estrada nacional, pois é uma coluna já muito grande de tratores”, explicou Diogo Antunes.
Quanto ao futuro, “é essencial continuarmos a contar com a ajuda das coletividades vizinhas”, como a “Coletividade da Fonte Pipa, dos Lapaduços e dos Casais da Portela”, sendo que, “também gostaríamos de fazer parcerias e, quem sabe, um dia levar o passeio até à Câmara Municipal de Alenquer, para apresentar o evento de Vila Verde dos Francos”
Quem sabe, senão, já na próxima edição…
Apesar da paixão pelos tratores que une todos os presentes, é também à mesa que o convívio se faz
Exibindo as mais diferentes marcas, idades e configurações, foram cerca de centena e meia os tratores que deram cor e fascínio à 7.ª edição do Passeio de Vila Verde dos Francos
REGIÕES
Concessionários
No cumprimento do Decreto-Lei nº59/2021, de 14 de julho, informamos os nossos leitores que linhas geográficas de números começados por 2 são “chamadas para rede fixa nacional”, começados por 9 “para rede móvel nacional” e começados por 00 “para rede fixa ou móvel internacional”.
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Usados: Deutz-Fahr Agrofarm 420 • Lamborghini Runner 450 • JD2200 c. front. • Same Explorer 90 • Semeador 2 linnhas Matermacc • Várias charruas e fresas usadas • Colh. milho 1 Linha Mengele
• Enfard. NH271 • Reboque fixo • Sem. Agrovil 2 linhas • Sem. erva Sulki • Voltafenos 2mts • Same Argon 55
Usados: New Holland(7): 45-66 S, TD4030F, TN65V, T4030V CAB, TN75A,T4.110LP CAB , Trator de rastos TK65F
• Deutz-Fahr DX3700
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• Massey Ferguson(2): 253, 240 • UTB U-600
CONCESSIONÁRIO JOHN DEERE EXCLUSIVO PARA OS DISTRITOS DE GUARDA, CASTELO BRANCO E VISEU
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Tratores Usados: John Deere 5410 • New Holland 8066S • Shibaura Stiger SP1540 • Fiat 35-66DT • Ford 1710
Usados: Hürlimann XB120 • Same Frutteto 75 • John Deere 1850F • Kubota L2421 • Lamborghini R3 100T • Renault Temis 610 X • Fresa Galucho FPL 1700 • Rotofresa 2,60m. • Charruas: Esperanças 10’’ • Galucho F16 • Tesoura poda: Pellenc Lixion c/ carreg. colete e mala de transporte original App abolsamia para gestão dos anúncios no Microsite. Com a nossa App, o seu negócio nunca pára.
TRATORES USADOS: Yanmar 169 D Shibaura SE2240 Mitsubishi MT16 Suzue M1803 D Iseki(3): 2160, TU 1700, TS 1910 Yanmar F20 D Kubota(2): L 185, B 1200 Branson 2400
Usados: Solis 26cv • John Deere 5090 GN • Deutz- Fahr Agroton 90.4 • Landini 90 • Same Golden 85 • Gadanheira reb. Krone 3 mts • Carraro Agriup 90 • Farmtrac Carraro c/ c.frontal
Lugar da Espera, Apartado 3 - 2565-716 Runa T. 261 311 107 sparexportugal@mail.telepac.pt www.sparex.com
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Usados: NH TND 55 4WD • Fiat 5586 DTF • Várias alfaias
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Usados: Renault 55.14 LB • Landini 4500 de lagartas • Ford(2): 1710 2RM, 4610 • Iseki TH4335(2021) • Yanmar KE-40 • Same 90 Explorer 4RM
Usados: Deutz-Fahr(2)Agrofarm 430G c/ cabine e AC• Kubota 522 c/ cab. e c. frontal • OMR 30cv articulado • Belarus 25 W • Case-IH JX100U c/ c. frontal • Lamborghini(2)R90, R 6 165.7 • Same (4) Solaris 35, Solaris 45, Dorado 75, Titan 145 s/doc.
Usados: Tratores Deutz AGROTECNICA 7250 • New Holland(2): T8.435 e T8040 • Massey Ferguson 8690 DYNA VT • Fendt (2) 720 VARIO Profiplus, 939 VARIO Profiplus • John Deere 8370R• Frente de cereal Claas LEXION • Grades de discos Galucho(2) GLHR 28X26; GVL 36X26 • Grade rotativa Maschio, AQUILA 4,60MTS • Juntador de fenos Kverneland TAARUP 9584C • Pulverizador Kverneland IXTER B16 • Triturador GL1 CHAMPION 4500 • Voltafenos Kverneland TAARUP 9584C
USADOS DE IMPORTAÇÃO
VITÓRIA E REIS, LDA.
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