SHE - Smart & Happy Environments #17

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SHE

MAGAZINE

Personalidade

Dr. Estácio Ramos

Reconhecido no Palácio Kensington por suas biosoluções, Dr. Estácio une ciência e sustentabilidade para transformar o futuro.

Inspirando Saúde, Tecnologia e Sustentabilidade em Ambientes Inteligentes

Bem-vindos à nova edição da SHE - Smart & Happy Environments #17! Este mês, temos a honra de destacar o Dr. Estácio Ramos como nossa Personalidade do Mês. O Dr. Ramos, CEO da Cytomica® e idealizador da Casa Microbioma, será premiado com o Green Apple Award e, em 2025, receberá a honraria de Green World Ambassador. Sua visão une saúde, tecnologia e sustentabilidade, promovendo bem-estar através de ambientes naturais e inovadores.

Nosso conteúdo está imperdível! Regina Cohen, em Cidades Inteligentes, Caminhabilidade, Mobilidade e Acessibilidade, explora como as emoções estão ligadas à mobilidade urbana. Alexandre Martins discute, em Entre a Realidade e a Ilusão, os desafios na busca pela verdadeira felicidade. Wagner Azevedo Pereira nos leva a uma jornada histórica em A Trajetória do Dicionário. Um artigo gerado por IA explora Conectando Espaços para empresas inteligentes, e a Abayomi Academy apresenta um avanço na educação em O Sistema de Unidades Acadêmicas Abayomi (AAU).

Trazemos também O Melhor da Minha Comunidade, com exemplos inspiradores de Vancouver e Belém, e no Cantinho da Criança, Daniel Rocha, de 9 anos, nos encanta com o texto “Com a Família e Amigos Sou Mais Feliz ”.

Fechamos com nossa Sessão de Perguntas & Respostas, as Novidades Abayomi Academy e a Agenda com eventos de outubro e novembro.

Boa leitura e muita inspiração para você!

ABAYOMI ACADEMY

Florida Not For Profit Corporation

Lake Worth, Florida, United States

E-mail: contact@abayomiacademy.org

EDITORAÇÃO:

aos espaços

inteligentes e acessíveis

Entendendo o Sistema de Unidades Acadêmicas Abayomi (SAA): avançando na educação para um futuro mais

IMAGEM DE TAWATCHAI07 NO FREEPIK

PERSONALIDADE

Dr. Estácio Ramos

Estácio Ferreira Ramos é médico brasileiro, professor de medicina, especialista em hematologia, transfusão de sangue, terapia celular e medicina laboratorial. Há dezoito anos, dedica-se à Pesquisa do microbioma da Mata Atlântica Brasileira, a partir do qual desenvolve biosoluções para os principais problemas do mundo. [ https://linkedin.com/in/esfera]

1 - Dr. Estácio, no próximo dia 18 de novembro você receberá o prestigiado prêmio Green Apple Award em um jantar no Palácio Kensington, residência da família real britânica, em Londres, e a seguir, será condecorado como Green World Ambassador no próximo ano. O que são essas honrarias e qual é a importância delas para a sua carreira, e para o seu trabalho em sustentabilidade?

Eu confesso que foi algo inesperado, porque esses prêmios vêm sendo concedidos a gigantes na área ambiental, no qual eu caí de paraquedas; mas também no qual apliquei um enorme esforço em P&D, por ter alcançado a visão de que esse trabalho é o mais importante que posso fazer pelo futuro da humanidade, dos meus filhos, e deste magnífico planeta azul. Sendo assim, é lícito concluir que o prêmio é um reconhecimento por estar pondo em prática essa visão. Quanto à importância disso para o meu trabalho, eu apenas alimento a expectativa de que vai ajudar a promover as nossas biosoluções – e quanto mais elas sejam aplicadas, melhor fica o mundo.

2 - Como cientista e pesquisador, como você vê a sua passagem da pesquisa médica para a pesquisa ambiental?

Não foi bem uma passagem, foi uma evolução, eu explico. Na prática médica, tempo, conhecimento e trabalho são aplicados na pontinha do iceberg humano, atingimos as pessoas em sofrimento ou com suas vidas ameaçadas por doenças ou riscos. Nós buscamos melhorar a vida de uma, ou de algumas pessoas. Na pesquisa médica, entretanto, o nosso trabalho beneficia muitas pessoas, é um nível acima. Mas quando pesquisamos como melhorar o meio ambiente, nós atingimos o ápice, de onde alcançamos toda a humanidade, e muito mais: nós beneficiamos o planeta e tudo que vive nele. É um salto gigantesco e tentador para quem busca fazer o bem. Profissional e pessoalmente, é impossível uma realização maior.

3 - Dentro dessa visão ampliada pela lente ambiental, como fica a intersecção entre medicina de precisão, a tecnologia dos ambientes inteligentes, e a aplicação do microbioma na promoção da saúde e da longevidade?

Veja, antes mesmo da medicina preventiva, está a medicina ambiental, na verdade o Santo Graal. Pois quando melhoramos o ambiente não apenas prevenimos doenças, nós eliminamos doenças na raiz, e promovemos uma saúde melhor, latu sensu. Ao fertilizar os campos, capturar o carbono, gerar oxigênio, limpar a águas e o ar e aumentar a energia verde, nós fazemos algo divino – ajudamos o mundo e às suas criaturas a recuperarem-se das agressões impostas pelos males da civilização.

E exatamente devido às intersecções que você questiona, a medicina tende a uma evolução que ultrapassa o avanço do diagnóstico e do tratamento. É o avanço do todo, que vai evoluir os ambientes inteligentes ao ponto em que irão incluir o microbioma saudável para conseguir vidas cada vez mais longas, mais lépidas, mais felizes, mais produtivas. No nosso livro SIMBIONTES©, gratuito, online no menu de http://micorbio. world, nós apresentamos informações sobre a origem, a evolução, a importância e a qualidade da relação do microbioma com a vida, com a saúde e a longevidade.

4 - No seu LinkedIn encontramos um projeto fascinante: A CASA MICROBIOMA, um conceito inovador que une natureza e tecnologia de forma única. Fale um pouco sobre esse projeto: Como essa ideia nasceu e evoluiu, e quais os objetivos que você e sua equipe esperam alcançar com esse ele?

Conscientização, quando se consegue, é algo mágico – muda paradigmas, desfaz preconceitos. Hoje, por exemplo, a ideia de casas verdes é facilmente aceita: todo mundo quer o verde. Mas incutir em alguém a informação de que algo invisível como o microbioma é benéfico, que sustenta o verde e toda a vida do planeta, e que é muito mais importante que as plantas, estamos diante de um desafio complicado. Agravado pelo imenso preconceito contra as bactérias, que começou lá atrás, quando Pasteur demonstrou a origem bacteriana das infecções. Inclusive porque ninguém diz que 99.999% dos microrganismos são benéficos. Portanto, o grande objetivo do projeto é a conscientização sobre o significado do microbioma.

5 - A Casa Microbioma parece ser um exemplo de uso inteligente de recursos naturais em ambientes urbanos. Quais são os maiores desafios que você antevê para implementar esse conceito em diferentes cidades ao redor do mundo?

Estamos na luta para derrotar o ceticismo, e provar que é possível incluir o projeto CASA MICROBIOMA no marketing das tecnologias de biosoluções, e para isso já estamos abrindo uma agenda de entendimentos com

MARIANA KELSCH, E RICHARD LAMBERT, (INDUSTRIAL BRITÂNICO) POR OCASIÃO DO PRÊMIO OMNICOMPETE, LONDRES 2011

grandes corporações. Alguns já acreditam que é factível monetizá-lo, parcial ou totalmente, através da venda de ingressos e souvenirs. Nossa equipe acredita que, nas grandes cidades do mundo, já há consumidores conscientes suficientes para desfrutar dos benefícios e do prazer dessa inovação.

6 - Em um mundo cada vez mais urbano e afastado da natureza, como a Casa Microbioma pode redefinir a nossa relação com o ambiente natural e com a nossa própria saúde?

Pois então, a ideia da CASA MICROBIOMA é ser uma casa não apenas linda, verde, agradável e acolhedora; é ser uma casa verdadeiramente saudável, e não apenas inteligente e cheia de funções; mas genial, em que a vida nela inclua o microbioma. Onde o visitante seja integrado a um ecossistema, como quem faz um passeio na floresta, e se alimenta com alimentos da floresta, e respira o ar da floresta, e obtém a saúde do equilíbrio milenar da mata. Mas sem mosquitos, répteis ou insetos peçonhentos. Portanto, visitar o microbioma da Mata Atlântica civilizadamente é redefinir a nossa relação com o ambiente natural.

7 - Você é o CEO de Cytomica®, uma empresa inovadora com foco em medicina e tecnologia, mas é o CTO de NanoBiome® e de Microbio.World®. Como atuam essas empresas, como estão conectadas, e como convergem para desenvolver ambientes saudáveis e sustentáveis como a CASA MICROBIOMA?

Vejamos. Há uma convergência natural. Cytomica®, https://cytomica.com é a empresa precursora, o guarda-chuva sob o qual desenvolvemos tudo. Desse berçário de inovação surgiram várias outras iniciativas, inclusive as ambientais. MicroBio.World® https://microbio.world é a iniciativa mais executiva e mercadológica; enquanto NanoBiome® https://nanobio.me é um spinoff onde atualmente resguardamos a pesquisa ambiental e a propriedade intelectual.

IDEALIZAÇÃO DA CASA MICROBIOMA - ESTÁCIO RAMOS
O que você realmente gosta na sua comunidade que vale a pena conhecer e se inspirar no resto do mundo?

Morar em Vancouver é ter o privilégio de viver entre dois mundos fascinantes. Eu me sinto em casa com essa mistura única de cidade moderna e natureza deslumbrante. O que mais me encanta aqui é poder caminhar pelo centro e, em poucos minutos, estar à beira do mar, observando as embarcações e as casas flutuantes. É como se eu tivesse o melhor dos dois mundos: a vida urbana e a tranquilidade do oceano, sempre ao meu lado. A cidade me dá essa sensação de liberdade, onde posso desfrutar do ambiente urbano e, ao mesmo tempo, estar conectado à natureza.

Quando o trabalho me permite, adoro sair de barco. É uma sensação única poder passear pelas águas calmas, seja no amanhecer ou ao entardecer, vendo as montanhas ao fundo e os barcos passando. Às vezes, fico horas nesse ambiente tranquilo, como se o tempo não existisse. Vancouver, para mim, é especial porque me proporciona essa conexão com o mar e a cidade ao mesmo tempo, algo que eu realmente prezo na minha vida.

Noah Williams, 34 anos, arquiteto.

VANCOUVER - CANADÁ
VANCOUVER - CANADÁ
VANCOUVER - CANADÁ

Belém do Pará é um lugar onde cultura, história e natureza se encontram de maneira única, e isso é o que me faz amar viver aqui. O Mangal das Garças, por exemplo, é um dos meus lugares preferidos. Sempre que posso, vou lá para caminhar e observar as aves e a vegetação. É um espaço que traz tranquilidade no meio da cidade, onde posso sentir a conexão com a natureza e ver o rio Guamá ao fundo. Além disso, o Mangal é uma verdadeira aula de ecologia e história local, onde a beleza do ambiente se mistura com o respeito pela natureza.

Outro lugar que adoro é a Casa das Onze Janelas, um espaço que guarda tantas histórias e nos conecta com o passado de Belém. O casarão é um símbolo da nossa cultura e a mistura de arte contemporânea com a arquitetura histórica me encanta. Além disso, a festa do Círio de Nazaré é algo que me toca profundamente. É uma verdadeira demonstração de fé e devoção que reúne milhares de pessoas, tornando Belém ainda mais especial. E não poderia deixar de falar da nossa culinária. Tacacá, pato no tucupi, açaí... São sabores que carregam nossa história e que eu amo compartilhar com amigos e familiares. Ana Beatriz, 42 anos, professora.

CASA DAS ONZE JANELAS
CÍRIO DE NAZARÉ
CASA DAS ONZE JANELAS - JARDIM
MANGAL DAS GARÇAS

Cidades inteligentes, caminhabilidade, mobilidade e acessibilidade:

emoções no acesso aos espaços de uma cidade

Introdução

“O planejamento das cidades que queremos” é um programa liderado pela Empresa ACESSO: Projetos, Consultoria e Ensino Ltda. - “Acesso sem Limites”, e a Instituição G3ict Smart Cities for All. Está focado em soluções para os desafios da Caminhabilidade, Mobilidade e Acessibilidade nas cidades. Adotamos conceitos como rotas acessíveis para todos, incluindo pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, em cidades inteligentes, priorizando emoções e sentimentos no design universal e na promoção da acessibilidade. Utilizamos o “Método das Rotas Comentadas” de Jean-Paul Thibaud, ouvindo a opinião dos cidadãos sobre suas experiências. O projeto busca instrumentos para planejar cidades inclusivas, levando em conta o lado subjetivo e emocional no desenvolvimento diário das cidades. Devemos pensar em cidadãos vulneráveis, como idosos e pessoas com deficiência, promovendo o uso universal dos espaços. Como ex-coordenadora da Comissão de Acessibilidade do CAU Rio e também tendo sido responsável pelo grupo Pró-Acesso na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ por mais de 20 anos, Regina Cohen tem trabalhado em pesquisas para melhorar a mobilidade e os espaços afetivos vibrantes.

Cidades Inteligentes devem considerar a mobilidade para todos

Em um mundo cada vez mais digital, as cidades continuam a ser essenciais, mas a exclusão social e urbana persiste. Como Jane Jacobs (1961) destaca, as pessoas estão incluídas em seus arredores locais por meio de um sistema de relações, e a inclusão promove o compartilhamento de experiências. Nesse contexto, as “Cidades Inteligentes” surgem como uma solução promissora, combinando o avanço da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) com o crescimento urbano. A grande quantidade de dados disponíveis pode transformar o ambiente urbano, adaptando-o para atender melhor às necessidades de todos.

No entanto, no Brasil, embora tenhamos boas leis de acessibilidade, muitas vezes elas não são aplicadas corretamente no planejamento urbano. Muitas vezes, soluções simplistas, como uma rampa, são vistas como suficientes, sem considerar o amplo espectro de necessidades das pessoas com deficiência.

COMO JANE JACOBS (1961) DIZ: AS PESSOAS ESTÃO INCLUÍDAS EM SEU ENTORNO LOCAL PORQUE FAZEM PARTE DE UM SISTEMA DE RELAÇÕES.

Por que precisamos falar sobre Cidades Inteligentes, calçadas seguras e acessíveis?

A mobilidade urbana é crucial para o desenvolvimento sustentável das cidades. Cidades caminháveis são mais inclusivas, promovendo a saúde e a segurança de seus habitantes. Caminhar é a forma mais democrática de locomoção, e a qualidade de vida nas cidades depende da capacidade de se deslocar com segurança e acesso a serviços, lazer, cultura e trabalho. Isso é fundamental para garantir a mobilidade sustentável, que é um dos grandes desafios deste século.

O planejamento urbano deve garantir a criação de calçadas abertas e acessíveis para pessoas de todas as idades e habilidades. O projeto de mobilidade também deve integrar as estratégias de transporte coletivo e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS), promovendo cidades inteligentes conectadas e inclusivas, onde o acesso às oportunidades urbanas deve ser democratizado e universal.

Mobilidade e acessibilidade aos espaços – base teórica e conceitual

O conceito de “ambiência”, desenvolvido por Jean-Paul Thibaud, relaciona o espaço urbano ao corpo e suas atividades sensório-motoras na cidade. Ele nos leva a refletir sobre a experiência e percepção das Pessoas com Dificuldade de Mobilidade (PDM), analisando como essas pessoas vivenciam e enfrentam situações de mobilidade em espaços públicos. A ambiência pode revelar problemas para a percepção de pessoas com mobilidade reduzida, como dificuldades de locomoção em determinados ambientes urbanos. Rachel Thomas também investiga a deficiência como uma situação contextual, onde as limitações não são apenas pessoais, mas também uma questão de como o espaço urbano é projetado, o que transfere a responsabilidade para o ambiente em vez de para o indivíduo.

O espaço é deficiente quando não é capaz de acolher a diversidade – Cohen & Duarte, 1995

Uma ambiência sensível permite rotas e itinerários que envolvem o corpo, o movimento e a conscientização dos direitos de circulação. Refletiu-se sobre como os espaços de acolhimento para aqueles que conseguem se mover, são guiados pela linguagem do espaço. Para que isso aconteça, é preciso considerar compromissos motores, emocionais e sociais, além da percepção.

Yi-Fu Tuan (1983) fala sobre topofilia, o afeto e amor que as pessoas desenvolvem pelo ambiente. Autores fenomenológicos como Christian Norberg-Schulz (1981) e Maurice Merleau-Ponty (1996) acrescentam que a ambiência se transforma em “lugar” quando satisfaz as necessidades motoras de todos, promovendo experiências urbanas ricas e a identificação, pertencimento e apropriação dos espaços.

Pessoas com deficiência caminhando nas ruas – metodologia de pesquisa

A pesquisa sobre mobilidade de Pessoas com Dificuldade de Mobilidade (PDM) utiliza métodos de pesquisa de espaços urbanos, como os de Grosjean e Thibaud (2001), que integram Ecologia Urbana, Psicologia Ambiental e Sociologia. A metodologia adotada é a etnometodologia, com ênfase nas “rotas anotadas” de Thibaud, que analisa não só o movimento das PDM, mas também como elas percebem e vivenciam o ambiente durante o deslocamento, através dos sentidos visuais, auditivos e cinestésicos.

A pesquisa de Cohen envolveu uma amostra de 300 PDM, por meio de questionários aplicados para avaliar o impacto do planejamento urbano em suas vidas. Os resultados indicaram insatisfação com o planejamento das cidades brasileiras, revelando barreiras físicas e atitudinais que comprometem a mobilidade e a inclusão social dessas pessoas. A pesquisa aponta para a necessidade de educação da sociedade e novos paradigmas para o planejamento urbano.

“É um absurdo, não há acesso, precisamos pedir ajuda. Nesta rua, as calçadas estão completamente quebradas, eu preciso esperar o semáforo fechar para andar na rua de carro porque é impossível na calçada.”

“Eu passo por aqui todo dia e me sinto um pouco envergonhado porque não temos o direito de nos mover livremente. Quando está chovendo, tudo fica pior.”

Entrevista com uma pessoa com deficiência física andando de cadeira de rodas – 41 anos.

Guia de acessibilidade virtual: projeto de pesquisa na cidade do Rio de Janeiro

Nas últimas décadas, a acessibilidade universal tem ganhado destaque no planejamento urbano e arquitetônico, mas ainda enfrenta desafios de implementação. Embora o Brasil possua leis e normas regulamentadoras, muitas iniciativas de acessibilidade continuam no campo do discurso e são mal interpretadas pelos profissionais responsáveis pelo espaço urbano. Este artigo apresenta os resultados de um projeto de pesquisa realizado na Região Central da Cidade do Rio de Janeiro, utilizando ferramentas brasileiras de diagnóstico de acessibilidade desenvolvidas pelo Núcleo Pró-acesso da UFRJ, como checklists, levantamento fotográfico, mapeamento e avaliação de rotas de pedestres (DUARTE & COHEN, 2012).

A metodologia adotada enfoca uma abordagem multimétodo, destacando a análise da circulação de pedestres e as condições físicas que afetam a acessibilidade. O projeto propõe uma discussão mais ampla sobre como aprimorar esses estudos e projetos, concluindo que uma visão holística do espaço urbano é necessária para promover uma maior apropriação das cidades por todos os cidadãos.

Segundo membros do comitê científico, como Francesc Aragall e Luigi Biocca, a pesquisa e o livro resultante apresentam métodos claros e objetivos para diagnosticar a acessibilidade urbana, reconhecendo a exclusão social gerada pela falta de acessibilidade e defendendo a importância de criar cidades inclusivas inteligentes. A combinação de adequação emocional e física é vista como fundamental para garantir que as cidades sejam acessíveis e agradáveis para todos, sem exceção.

Acessibilidade e mobilidade em Cidades Inteligentes

Barcelona é um exemplo de cidade inclusiva e acessível, tendo se transformado após sediar as Paralimpíadas em 1992, criando uma “cidade inteligente” sem barreiras. Em contraste, Atenas era considerada não acessível, exigindo grandes mudanças. Sydney investiu em um programa educacional para conscientizar sobre a deficiência, e Londres, com os Jogos de 2012, destacou a mobilidade urbana como um fator positivo e sustentável, refletindo a inclusão social e a busca por direitos iguais. No Rio de Janeiro, apesar dos esforços para criar uma cidade acessível e inteligente, as mudanças não avançaram conforme esperado. Dados indicam um paradoxo entre a experiência vivida pelas pessoas com deficiência e o planejamento urbano, que muitas vezes não atende às suas necessidades.

Temos “Cidades Inteligentes”? – Considerações Finais

Como destacou Jane Jacobs, muitas cidades estão regenerando áreas centrais e vazias, e ações nas ruas, bem planejadas, podem complementar sensações e sentidos. A segurança, a solidariedade e o senso de pertencimento dependem do uso das ruas, com qualidades como legibilidade e variação.

A crescente urbanização traz um aumento no consumo de recursos naturais, gerando uma forte relação com o ambiente urbano. Este estudo explora o conceito de “Cidades Inteligentes”, avaliando soluções tecnológicas que podem ser aplicadas ao Rio de Janeiro, com base em referências teóricas e práticas internacionais. A pesquisa foca na experiência de caminhar de pessoas com deficiência, considerando como o deslocamento conecta espaço e tempo e promove a “poética do pertencimento”, como observado por Le Breton.

Os resultados mostram que pessoas com deficiência desejam se apropriar da cidade e caminhar livremente. O ato de caminhar transforma o movimento contínuo em uma construção emocional e narrativa, permitindo uma nova visão da cidade, incluindo as memórias e identidades que ela proporciona. Para essas pessoas, caminhar pode representar uma transgressão da condição corporal, reafirmando seu bem-estar no mundo. Embora a “cidade inteligente” inclua tecnologias e inovações, ela também precisa incorporar essas experiências sensoriais e emocionais, sendo acessível e inclusiva para todos, especialmente para aqueles que enfrentam barreiras físicas e sociais.

REGINA COHEN

Arquiteta, doutora em Psicossociologia das Comunidades (UFRJ) e consultora internacional de acessibilidade, representando o Brasil na G3ict/Smart Cities for All. Ganhadora do prêmio Zero Project do Fórum da ONU, coordenou diversos projetos de acessibilidade e integrou conselhos consultivos, incluindo a Comissão de Acessibilidade do CAU-RJ.

Entre a Realidade e a Ilusão: o caminho para a verdadeira felicidade

Desde o início dos tempos, o ser humano busca incessantemente a felicidade e a prosperidade, seja individualmente ou em grupo. Essa felicidade, no entanto, pode ser entendida de formas muito variadas, conforme as necessidades e percepções de cada indivíduo. Para alguns, ela está ligada à conquista de segurança financeira ou bens materiais; para outros, está relacionada ao crescimento espiritual ou à união de todos esses aspectos. Essa busca, complexa e multifacetada, acaba gerando uma jornada repleta de conhecimento, aprendizado, conquistas e também frustrações. No fim das contas, essa procura contínua pela felicidade é o que molda e define a essência da própria existência humana ao longo da história.

Essa seria a descrição de uma vida ideal: a forma como todos nós desejamos viver. Para muitos, essa jornada em busca da felicidade será traçada com planejamento, dedicação, disciplina e foco, seguindo um caminho estruturado e intencional. Outros, no entanto, passarão por altos e baixos, enfrentando obstáculos e tropeçando ao longo do percurso, mas ainda assim avançando. Há também aqueles que, por diversos motivos, jamais perceberão que essa busca existe ou que ela poderia ser uma meta em suas vidas. Em uma condição de vida ideal, entretanto, essa procura pela felicidade, com suas diferentes formas e significados, seria o objetivo comum de toda a humanidade, guiando nossas escolhas e ações cotidianas.

No entanto, existem inúmeros fatores que podem tornar essa busca pela felicidade inviável ou, no mínimo, deslocá-la para uma posição secundária. Em vez de perseguir a prosperidade ou a realização pessoal, muitas pessoas acabam lutando pela simples sobrevivência, dia após dia. Situações como secas prolongadas,

ALEXANDRE MARTINS
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inundações devastadoras, alterações climáticas severas, conflitos armados, epidemias e tensões geopolíticas impõem barreiras significativas para a realização de uma vida plena. Esses fatores, muitas vezes incontroláveis, transformam a busca por felicidade em algo quase inalcançável para milhões de pessoas ao redor do mundo. Em vez disso, o foco dessas pessoas se volta para a necessidade urgente de sobreviver, de garantir alimento, abrigo e segurança para si e suas famílias. Nesses cenários de incerteza e sofrimento, o sonho de uma vida próspera e feliz é suprimido pelo instinto básico de continuar vivo. Assim, a busca por felicidade, que deveria ser um direito universal, é muitas vezes substituída por uma luta constante contra adversidades insuperáveis.

Pode parecer exagerado, mas a realidade nos mostra que coisas ruins acontecem a pessoas boas, independentemente de seus esforços, caráter ou desejos. O mundo não é justo, e muitas vezes a sorte parece ditar o destino das pessoas. Atualmente, estamos vivendo um momento sem precedentes na história da humanidade, onde as condições para a autodestruição da nossa espécie estão mais presentes e palpáveis do que nunca.

As tecnologias avançaram, mas com elas também surgiram novas ameaças. Governos, políticos, ideólogos e grupos de poder disputam territórios e influências, travando guerras que, em alguns casos, são declaradas, mas muitas vezes permanecem ocultas do olhar público. O que a maioria das pessoas percebe como eventos isolados ou distantes pode ser, na verdade, parte de um conflito maior, cujas consequências só virão à tona quando for tarde demais. Parece um enredo de ficção científica, mas a realidade pode estar mais próxima disso do que gostaríamos de admitir. As consequências dessas disputas, se não forem controladas, têm o potencial de ameaçar a própria existência da humanidade na Terra, colocando em risco tudo o que conhecemos e prezamos. A destruição pode não vir de uma catástrofe natural ou divina, mas de nossas próprias ações e escolhas equivocadas.

Esses grupos de poder não se preocupam com o desfecho catastrófico de suas ações; o foco deles está em alcançar vitórias ideológicas e satisfazer suas ambições de controle e poder. O futuro da humanidade como um todo é secundário para eles. E nós, os humanos comuns, onde nos encaixamos nisso tudo?

A resposta é difícil de aceitar, mas clara: não fazemos parte da equação de poder. Apesar de sermos muitos, eles precisam de apenas uma pequena parcela para manter suas engrenagens funcionando. Isso deixa uma vasta quantidade de pessoas à margem, sem voz e, muitas vezes, sem sequer perceber que são vistas como peças descartáveis em um jogo muito maior do que elas podem imaginar. Somos massa de manobra, invisíveis para aqueles que decidem os rumos do mundo.

Através da literatura e do cinema, podemos perceber como as dinâmicas de poder são retratadas e, muitas vezes, disfarçadas como ficção ou entretenimento. Livros, filmes e séries frequentemente abordam realidades que, em vez de meras histórias inventadas, são espelhos distorcidos de fatos reais. Muitas pessoas enxergam essas representações como teorias da conspiração ou histórias fantasiosas, desconsiderando que, em muitos casos, elas escondem verdades desconfortáveis que não podem ser plenamente admitidas. Há uma razão para se criarem termos como “teoria da conspiração” ao invés de simplesmente chamar algo de

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mentira. Muitas dessas teorias carregam elementos de verdade que são, no mínimo, inconvenientes para aqueles no poder. Como diz o ditado popular: “A diferença entre uma teoria da conspiração e a verdade é de apenas seis meses.”

As disputas ideológicas, sejam travadas em grande escala ou nos bastidores, têm como motivação o controle e a manutenção do poder. Raramente, se é que alguma vez, essas lutas têm como objetivo o bem comum ou a melhoria da condição humana. Ainda assim, aqueles que atuam como marionetes desses grandes interesses defendem fervorosamente bandeiras de justiça, progresso ou igualdade. Milhões de pessoas se deixam levar por essas mensagens, acreditando nelas, enquanto ignoram que estão sendo usadas como peões em um jogo muito mais complexo. Em vez de questionarem as verdadeiras intenções por trás dessas causas, acabam por fortalecer ainda mais o controle que esses grupos exercem sobre o mundo.

O que está em jogo não é apenas a busca pela verdade, mas o controle total da percepção da realidade. A manipulação é tão profunda que pessoas são apagadas da história, eventos são distorcidos ou omitidos, e verdades incômodas são substituídas por narrativas cuidadosamente fabricadas para servir aos interesses de poucos. Ao longo dos séculos, valores e princípios foram os alicerces de nossa civilização, norteando sociedades e culturas. No entanto, em nome de uma modernidade ilusória, esses fundamentos estão sendo destruídos. O que está surgindo em seu lugar é algo que escapa ao nosso controle, uma nova ordem que muitos de nós, inadvertidamente, defendemos, acreditando em sua promessa de progresso.

No entanto, quando o momento decisivo chegar, aqueles que não se enquadrarem nos parâmetros dessa nova realidade serão deixados de fora. As promessas de inclusão e igualdade podem ser apenas iscas para manter o controle, enquanto os verdadeiros objetivos permanecem ocultos.

Parece um roteiro de ficção científica, certo? Ou talvez mais uma teoria da conspiração, fruto da mente de alguém paranóico? No entanto, uma dica simples pode ajudar a entender: olhe ao seu redor, observe os fatos como eles realmente são, sem a interferência de ideologias ou da necessidade de confirmar suas próprias crenças. O cenário atual revela mudanças profundas que, ao contrário do que muitos esperam, não visam

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melhorar a vida em sociedade, mas sim estabelecer bases para algo muito maior e mais sombrio. Afinal, qual seria o verdadeiro interesse por trás da criação de tanta divisão, caos e desordem social entre pessoas que, apesar de suas diferenças, sempre encontraram maneiras de coexistir? Claro, não sejamos ingênuos: o mundo nunca foi perfeito, e sempre existiram aqueles que se colocavam à margem das regras e valores comuns. Mas, paradoxalmente, até esses indivíduos serviam para reafirmar os princípios que sustentavam a sociedade e fortaleciam os laços entre as diversas camadas sociais. Hoje, entretanto, o caos parece ser alimentado de maneira deliberada, enfraquecendo esses mesmos valores que antes nos uniam.

Hoje, já não nos vemos mais como uma única raça humana, com todas as nossas nuances e complexidades. Em vez disso, nos fragmentamos em inúmeras “raças”, ideologias e grupos, cada um competindo com os outros por motivos que muitas vezes não reconhecemos como verdadeiramente nossos. O conceito de felicidade, outrora amplo e coletivo, foi diluído e reduzido à simples satisfação de estar certo, à necessidade de vencer discussões e conquistar vantagens sobre os demais. O que antes nos unia em nossa humanidade agora nos separa, transformando o ser humano em sinônimo de divisão e conflito.

Haverá um momento – não um longo processo, mas um instante de clareza brutal – em que perceberemos o erro que cometemos ao nos dividirmos. Quando esse momento chegar, já será tarde demais. As barreiras que antes nos protegiam terão sido derrubadas por nossa própria busca egoísta, e nos encontraremos fora dos muros que, no passado, asseguravam nossa proteção. Nesse instante, reconheceremos que, ao escolhermos a separação, permitimos que a verdadeira felicidade nos escapasse. Ironicamente, ao buscar prevalecer sobre os outros, destruímos o que poderia nos unir, e o vazio deixado será o legado de nossas escolhas equivocadas.

Ainda há tempo? A realidade é que, infelizmente, já ultrapassamos o ponto ideal. O “timing” que uma vez tivemos para mudar o curso dos acontecimentos já foi perdido, e os sinais de que chegamos tarde são cada vez mais evidentes. A chance de prevenção passou, e agora estamos diante de um cenário onde remediar é a única opção. Isso significa que devemos simplesmente desistir? Jamais. Ao contrário, é no momento da adversidade que a verdadeira força e a capacidade de transformação se revelam. Para os poucos que têm consciência disso, desejo que possuam a maturidade necessária, o senso crítico aguçado e o discernimento profundo para navegar por este novo caminho. Para os demais, espero que aprendam a fazer escolhas mais sábias, que busquem enxergar além das soluções imediatas e, com isso, encontrem uma direção mais construtiva e alinhada com os valores essenciais de humanidade.

O trem da humanidade está agora a toda velocidade, sem freios, sobre trilhos que já estão velhos e maltratados, quase sem condições de suportar o peso da nossa trajetória. Resta aos maquinistas da história, àqueles que têm influência e poder, ajustar a velocidade e o curso dessa viagem antes que o impacto seja irreversível. É um desafio árduo, mas necessário. Que possamos ter sabedoria e coragem para enfrentar os desafios que virão e, quem sabe, reconstruir os trilhos do caminho, buscando reencontrar a verdadeira felicidade – aquela que é coletiva, e não fragmentada em interesses egoístas e divisões.

Com fé, desejo que todos fiquem bem e em segurança.

P.S. Não serão fornecidas referências específicas para pesquisa. Se desejarem a verdade, é fundamental que a busquem por si mesmos, com curiosidade e discernimento.

ALEXANDRE MARTINS

é Gestor de Segurança Privada com ampla experiência atuando como consultor em segurança privada, atendendo às demandas de mercado para grandes eventos, segurança pessoal, empresarial e governamental. Além disso, ministra palestras e cursos na área de sobrevivência em ambientes hostis e estratégias de segurança urbana.

A

trajetória

do dicionário na História: do séc. XXVI a.C. ao séc. XXI d.C.
WAGNER AZEVEDO PEREIRA

Este artigo tem como objetivo fornecer uma breve trajetória do dicionário na História. Abrange o aparecimento de textos que ao percorrer dos séculos, com a evolução da escrita e do conhecimento linguístico, tornar-se-ia um dicionário, como o conhecemos hoje.

Aparecimento

A origem do dicionário está paralela ao surgimento da escrita (DURÃO, 2010). Boisson, Kirtchuck e Béjoint (apud WELKER, 2004, p. 6) utilizam a expressão paleolexicografia para as manifestações elaboradas (proto-escrita) como princípio da escrita nas tabuinhas e nos papiros egípcios.

Não se sabe exatamente quando e onde surgiu o primeiro texto na História da Humanidade que viria inspirar o que hoje conhecemos como dicionário, mas os registros mais antigos desses precursores têm cerca de 2600 a.C. Eram tabletes em escrita cuneiforme1 da civilização da Suméria, antigo país da Mesopotâmia (atual Iraque), e, “eram repertórios de signos, com nomes de profissões, de divindades e de objetos usuais, que funcionavam como dicionários unilíngues”, registra a lexicógrafa Ieda Maria Alves, da USP. (SILVA, 2016). Após os protodicionários vieram os glossários medievais, ascendentes da lexicografia e dos dicionários clássicos e, por fim, chegaram os modelos modernos que conhecemos hoje, com as partes que compõe o Sumário: Prefácio, Apresentação, o tema (quando se trata de tema específico), e as Referências Bibliográficas (fonte dos textos que serviram de pesquisa do corpus para compor a obra).

Até o final do século XX historiadores não se questionavam que a Mesopotâmia teria sido o berço da escrita sistêmica, explicou Burgierman (op. cit.), mas após descobertas arqueológicas de textos no Egito e no Paquistão, tal expectativa se problematizou. Encontraram em 1998, numa tumba em Abidos (Egito), 180 tabuinhas de argila grafadas e no ano seguinte, no Paquistão, encontraram fragmentos de vasos com sinais gráficos. Com essas descobertas alguns cientistas da língua propõem que o surgimento da escrita aconteceu de maneira independente em diversas culturas do mundo. Entretanto, os registros mais antigos dos protodicionários, como já mencionado, foram encontrados na Mesopotâmia, cujo povo utilizou a escrita para registrar listas de coisas (FISCHER, 2009, p. 24). Tal escrita era formada por pictogramas (desenho de objeto) arcaicos que sofreram evolução no percurso da História para ideogramas (representação de ideias) até chegar aos fonogramas (signos abstratos, os sons que constituem palavras) e consequentemente nas letras da escrita cuneiforme, que se apresentavam mais simplificada e podiam ser copiadas e memorizadas.

1 escrita cuneiforme – tipo de escrita feita com o auxílio de objetos em forma de cunha (objeto de metal ou madeira em forma de prisma agudo em um dos lados para o corte).

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A Mesopotâmia estava localizada entre dois rios, o Tigre e o Eufrates e havia vizinhos com culturas e línguas diferentes. Para se relacionarem por meio de comércio e batalhas fez-se necessário criar repertórios bilíngues (sumério-acadiano, sumério-eblaíta etc.). Nasceram a partir desses acontecimentos e necessidades textos com tradução de palavras. Exceto o dicionário monolíngue com definições que são criados bem mais tarde na Grécia, na China e Índia, foi a civilização suméria que apresentaram os paradigmas de quase todos os dicionários que existem hoje no mundo. (DURÃO, 2010, p. 20).

Diferente dos sumérios que já elaboravam repertórios lexicais em ordem alfabética, os egípcios faziam-nos de maneira aleatória 2. Seus repertórios eram sobre nomes de plantas, de animais, profissões etc. (BOISSON; KIRTCHUCK; BÉJOINT apud WELKER, 2004, p. 62-63).

Os Gregos

A partir do 1o século d.C., os gregos criam os lexicons para catalogar os usos das palavras de sua língua — os dicionários como são conhecidos atualmente só surgiram durante o Renascimento, como obras de tradução, do latim e o vernáculo.

A Idade Média

A Idade Média é período da História, especialmente europeia por convenção, que compreende desde a queda do Império Romano (476, no séc. V) até a queda de Constantinopla (1453, séc. XV), conquistada pelo Império Turco-Otomano. O termo Idade Média foi cunhado como termo considerado pejorativo3 , como se fosse um intervalo entre a época Clássica (das glórias da Grécia e Roma Antigas) e a Idade Moderna (momento de resgate daquela época Clássica). Nesta acendeu a idealização humanística da cultura em geral e da filosofia, iniciada pelos primeiros gregos e romanos.

Escrever era uma atividade que cabia a poucos no mundo antigo. E foi no período da Idade Média que quem exercitava tal atividade obteve destaque nos livros de História na figura do copista. Com o fim do Império Romano todo o conhecimento cultural ficou guardado nos mosteiros. Como a vida no Ocidente ficou baseada em trabalhar na terra, os monges copistas é que passaram a copiar livros à mão. Havia dois grupos: o dos pendolistas, quem copiavam os códices; e os dos miniaturistas, quem tinha a tarefa de iluminá-los. Eles trabalhavam no scriptorium, dentro dos mosteiros. O que motivava e justificava os monges copiarem livros era que eles imaginavam estar cumprindo um ofício e com isso agradando a Deus e outra que sabiam estar perpetuando o conhecimento.

Os livros copiados tinham um valor muito alto porque a matéria-prima utilizada era o pergaminho (pele de ovelha, carneiro ou outro animal), que “para se obter uma folha grande se consumia a pele de um animal inteiro”. (ROCHA; ROTH apud DURÃO, 2010). “Para que uma cópia da bíblia fosse feita, gastavam-se cerca de trezentos animais, já que o pergaminho podia ser escrito dos dois lados, economizando-se espaço”. (id. ibid.). Outras coisas que contribuíam para encarecer o livro era o uso de ouro nas placas de encadernações e a utilização de pedras preciosas e marfim nas decorações.

Ao copiarem os textos, os copistas faziam anotações, denominadas glosas, nas margens (glosa marginal) dos manuscritos ou entre as linhas (glosa interlinear) para facilitar a interpretação dos textos escritos em latim. Daí surgiu a expressão glossário que atualmente é utilizada no final de alguns livros técnicos. Como as glosas eram anotadas por necessidade de explicação, elas passaram a ser colocadas em material anexo ao 2 Foi a partir do século III d.C. que os egípcios começaram a organizar seus repertórios em ordem alfabética, talvez por influência dos gregos, que já no primeiro século tinham criado os verbetes.

3 A Idade Média também foi chamada de “Idade das Trevas” porque era tido como período medieval obscuro, sem criação intelectual de relativa importância. Atualmente essa expressão foi abandonada pela historiografia, que reconheceu uma vasta produção cultural desta época de dez séculos.

livro e em sequência de que eram encontradas. Depois é que foram organizadas em repertórios com ordem alfabética para facilitar a consulta. Esses textos arrumados alfabeticamente transformaram-se na criação da lexicografia e do dicionário. Bustos Tovar (2000), aponta que:

“En principio, pues, las glosas no eran repertorios léxicos, sino comentarios variados a los textos que era preciso explicar. A veces tenían la forma de diccionario, pero la intención de sus redactores no era la propia de un lexicógrafo, sino la de un recopilador del saber. A la caída del Imperio florecieron los glosarios (…). Surgió al mismo tiempo un tipo de obra con mayor carácter lexicográfico, constituyendo repertorios de sinónimos y de ‘diferencias de palabras’. De entre los primeiros destacan las famosas Synonima Ciceronis o Synonima Calligere. (…) Por outra parte, el Libro X de las Etymologial, De Vocabulis, sí constituyeron un verdadero repertorio lexicográfico. Lo cierto es que al llegar el siglo VIII (…) hay en toda Europa una verdadera tradición glosística consolidada”.

O Renascimento

O Renascimento é o período histórico que compreende o século XV, com um movimento cultural, político e econômico que surge na Itália e se estende por toda a Europa, até o século XVII. Reaparecem nessa época valores da Antiguidade Clássica e inicia-se uma intensa modificação na vida dos povos, a Idade Média dá lugar à Idade Moderna. O dicionário como gênero didático moderno passa a partir desse momento a ser construído com finalidade pedagógica. Agora as obras passariam a ter a finalidade de auxiliar no ensino da língua latina, paralelamente com o vernáculo.

O primeiro dicionário no Ocidente

O monge italiano Ambrosio Calepino (1440-1510) publicou a primeira edição bilíngue em Reggo, Itália, em 1502, o Dictionarium Linguae Latinae, das línguas latina e italiana. Como a elaboração foi feita num mosteiro,

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possivelmente houve participação de um grupo de religiosos, propõe Eucárdio de Rosso. O sucesso da obra foi tão grande que nas edições seguintes houve a participação de outros dicionaristas de outras línguas que incluíram outros idiomas. A obra passou a incluir 11 línguas e ficou concluída em 1809 com mais de 1300 páginas. As outras línguas são: hebreu, grego, belga, francês, alemão, búlgaro, polonês, inglês e espanhol. O livro ficou tão famoso que o nome de autor original, Calepino, virou sinônimo de “dicionário”.

Dicionário vem do latim tardio dictionarium ‘coleção de palavras’. Registrado desde c.1220 pelo Dicionário Houaiss, a palavra foi usada em 1925, pelo musicólogo inglês John de Garlandia na sua obra Dictionarium (sobre música e instrumentos musicais). Depois a Inglaterra adaptou a palavra para dictionary; a França para dictionnaire; e a Espanha para diccionario. Dicionário é o repertório de vocábulos da língua comum e/ou de determinado tema, uma obra “didático-pedagógica que auxilia os consulentes no aprimoramento se sua produção linguística”. (BOLZAN e DURÃO apud DURÃO, 2010).

O dicionário é um gênero à parte dos gêneros textuais. A obra do vernáculo contém grande parte dos vocábulos e locuções usadas por um povo. Sua estrutura apresenta: entrada, lema, verbete, acepção, às vezes índice remissivo, expressões regionais, vocábulos e expressões estrangeiras entre outras características.

O vocabulário é um repertório terminológico (termos de uma área de conhecimento ou do saber).

O glossário é uma lista de palavras de um texto ou lista de termos de determinado campo lexical. Por exemplo, para “mar” temos “marinheiro”, “maresia”, “maré”, “espuma” e “onda”.

A enciclopédia é a obra que reúne todos os conhecimentos humanos ou apenas um domínio deles. No Brasil houve a enciclopédia Barsa (junção dos sobrenomes do casal, da estadunidense Dorita Barrett e seu marido, o então diplomata baiano Alfredo de Almeida Sá [Sa]).

O dicionarista é quem trabalha, constrói dicionários. Hoje conhecemos e chamamos vários dicionários pelo nome de seus criadores, como: Aurélio, Houaiss, Caldas Aulete, Michaelis Larousse etc.

A Língua Portuguesa

A Lexicografia em Língua Portuguesa aparece no século XVI, mas até o século XVII poucas obras são criadas (MURAKAWA, 2006). Quase todos eram dicionários bilíngues: latim-português e serviam como ensino e aprendizado de vocábulos de textos de autores latinos clássicos e como tradução.

Foi na primeira década do séc. XVIII que o religioso inglês dom Raphael de Bluteau (1638-1734) criou a primeira grande obra lexicográfica da Língua Portuguesa, o Vocabulário portuguez e latino. Publicou oito volumes entre 1712 e 1721 e depois entre 1727 e 1728 mais dois volumes suplementares. Os dez volumes foram

DICIONÁRIO DE FIGURAS DE LINGUAGEM

publicados em Lisboa e Coimbra (em Portugal). Essa obra inaugurou uma nova era na lexicografia da língua. Foi construído baseado em palavras de 410 obras de 288 autores: sendo 46 escritores latinos de vários períodos da literatura latina; de escritores estrangeiros e portugueses, em sua maioria. Bluteau buscou nesses livros equivalência para palavras portuguesas que, embora o título mostre bilinguismo (com a entrada latim-português), a obra criada é um dicionário da língua portuguesa, traz a marca do espírito renascentista.

Em 1789 o lexicógrafo carioca formado em Direito pela Universidade de Coimbra, Antonio de Morais Silva (1755-1824), modernizou, ampliou a obra de Raphael de Bluteau e publicou o Diccionario da língua portuguesa . Ele mesmo disse que a construção foi de Bluteau e que apenas a completou. Utilizou nessa obra o corpus (fontes 4 em Lexicografia, segundo Porto-Dapena [2002]) de referência de 203 autores de aproximadamente 250 obras de escritores portugueses dos séculos XVI a XVIII (id., ibid.). Em 1813 publica a segunda edição e nesta considerou-se seu autor exclusivo. A partir de então são publicados vários tipos de dicionários na Língua Portuguesa: de gírias, da fala regional, indígena, de folclore, de termos artísticos etc.

Os dois dicionaristas utilizaram-se, dessas duas fontes documentais, primárias e secundárias. Haensch (1982, p. 443) acrescenta que para além dessas duas fontes a inaugurar um novo procedimento de elaborar dicionários, há de se considerar uma terceira: a competência linguística de cada um para desenvolver a nomenclatura de seus dicionários.

“se es cierto que el aprovechamiento de extensos corporas (incluso con computadores) representa un grande progreso en la lexicografia, hay que admitir, no obstante, que el sistema individual del lexicógrafo sigue desempeñando un papel muy importante” (HAENSCH, 1982, p. 443).

O Brasil

No século XVIII aparecem dicionários que tinham o objetivo ao ensino de línguas. Muitas obras de diversos dicionaristas foram criadas e colocadas no mercado.

No século XX o avanço da tecnologia modernizou a imprensa, trouxe o CD, o DVD, o pendrive e agora com sites na internet o acesso aos dicionários estão à disposição de qualquer pessoa.

Em 2016, com a publicação do Dicionário de Onomatopeias e Vocábulos Expressivos: Registrados nas literaturas brasileira e portuguesa, letras da MPB e Histórias em Quadrinhos — (atualmente na 2ª edição – Editora Moan) — o dicionarista Wagner Azevedo inaugura nova fase de dicionários no Brasil e no mundo, com os corpora destes textos mencionados no subtítulo nas capas, além dos que se encontram nos códigos do Direito Brasileiro (Código Civil, Constitucional, Penal e outros) e com Índice Remissivo. E denomina-os nas entrevistas e palestras de Dicionários Azevedo. Até a publicação deste artigo, são 21 dicionários inéditos publicados.

Conclusão

4 Porto-Dapena (2002) divide as fontes em: 1) linguísticas ou primárias, representadas ‘por toda realización concreta de la lengua, sea un texto oral ou escrito’; 2) metalinguísticas ou secundárias: ‘constituidas por todas aquellas obras – por ejemplos otros diccionarios – que se ocupan de alguma manera del léxico que va a ser estudiado por el diccionario’ ”. (MARAKAWA apud ISQUERDO, 2012).

DICIONÁRIO DE ONOMATOPEIAS

O objetivo de se elaborar um dicionário é deixar registrado, documentado os vocábulos e expressões utilizados por uma comunidade linguística de uma nação, mostrar como funciona determinado estágio numa época. Mas importa dizer que um dicionário não tem “prazo de validade”. O que pode acontecer é que algumas palavras/expressões podem cair em desuso, mas não todo o vocabulário. E por outro lado vários outros que a sociedade criam e os utilizam no uso diário, como jargões, neologismos, estrangeirismos etc., passam às vezes a ser incorporados, ou seja, o dicionário é atualizado. Isso em relação ao dicionário das palavras gerais de uma língua, pois sempre aparece um dicionário específico, de determinada área do conhecimento humano. Como os Dicionários Azevedo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AZEVEDO, Wagner. Dicionário de Onomatopeias e Vocábulos Expressivos: Registrados nas literaturas brasileira e portuguesa, letras da MPB e Histórias em Quadrinhos. 2ª ed. rev. e ampl. Foz do Iguaçu, PR: Editora Moan, 2022.

BUSTOS TOVAR, José Jesús. El uso de glosarios y su interés para la historia de la lengua. X Semana de Estudios Medievales. Nájera 1999 / Coord. por José Ignácio de la Iglesia Duarte, 2000. ISBN 84-89362-80-7, páginas 329-356. PDF Disponível no site: < https://dialnet.unirioja.es/servlet/autor?codigo=515996 >. Acesso em 14/02/2023.

DURÃO, Adja Balbino de Amorim Barbieri. “Seguindo os rastros do dicionário”. In ______. (Org.). Vendo o dicionário com outros olhos. Londrina: UEL, 2010.

FISCHER, Steven Roger. História da escrita. Tradução de Mirna Pinsky. São Paulo: Editora UNESP, 2009. HAENSCH, Günther. “Aspectos prácticos de la elaboración de diccionarios”. In ______. et al. La lexicografia: de la lingüistica teórica a la lexicografia práctica. Madrid: Editorial Gredos, 1982.

HOUAISS, Antônio e VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (Versão eletrônica). 1.0. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.

MURAKAWA, Clotilde de Almeida Azevedo. Antonio da Morais Silva: lexicógrafo da Língua Portuguesa. Araraquara: Cultura Acadêmica Editora, 2006.

PORTO-DAPENA, José Álvaro. Manual de técnica lexicográfica. Madrid: Arco/Libro, 2002.

SILVA, Cícero Henrique da. Qual o primeiro dicionário? Superinteressante, PE, online, 31 out 2016. Disponível em: < https://super.abril.com.br/cultura/qual-foi-o-primeiro-dicionario >. Acesso em 25/09/2024.

WELKER, Herbert Andreas. Dicionários: uma pequena introdução à Lexicografia. 2a ed. Brasília: Thesaurus, 2004.

WAGNER PEREIRA

Carioca, é Dicionarista com 21 dicionários inéditos e autor de 2 livros de contos. Doutor Honoris Causa em Educação, atua como 2º Vice-Presidente do IICEM e é membro da APALA e da AILB. Recebeu duas Moções de Louvor e Aplausos, além de prêmios.

Conectando espaços: como integrar o físico e o digital para empresas inteligentes e acessíveis

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Nos dias de hoje, a convergência entre os espaços físicos e digitais tornou-se um caminho natural para muitas empresas e organizações que buscam eficiência e acessibilidade. A Metodologia Abayomi recomenda que empresas e organizações observem as vantagens de conectar esses dois ambientes, utilizando-os de forma inteligente, sempre que isso for conveniente para as finalidades do negócio e para o conforto do cliente. A integração entre espaço físico e digital oferece uma oportunidade de potencializar operações, criar soluções inovadoras e ampliar a experiência do usuário, seja no ambiente de trabalho ou acadêmico, no atendimento ao cliente ou em estratégias comerciais.

Por outro lado, é essencial ter em mente que, ao planejar essa integração, as empresas e organizações devem considerar também a diversidade de acesso ao mundo digital. Nem todos possuem a mesma infraestrutura de internet ou equipamentos necessários para utilizar tecnologias avançadas, e é nesse ponto que a integração entre o físico e o digital deve ser feita com sensibilidade. O verdadeiro sucesso está em garantir que todas as partes envolvidas, sejam funcionários, parceiros, alunos ou clientes, possam se beneficiar dessas soluções, independentemente de suas condições digitais.

1. Replicando o Espaço Físico no Digital: Um Novo Mundo de Possibilidades

A integração entre o espaço físico e o digital oferece uma oportunidade para empresas e clientes: facilitar o acesso e otimizar a experiência sem comprometer a qualidade. No mundo digital, é possível replicar muitos

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dos serviços que antes exigiam presença física, como agendar consultas, marcar reuniões, ou até mesmo selecionar itens em grupo. Esse novo formato não só simplifica a vida do cliente, mas também dá às empresas a chance de oferecer um atendimento mais ágil, eficiente e sem barreiras.

Imagine um cliente que, ao invés de fazer longas filas ou se deslocar até um estabelecimento, pode simplesmente acessar uma plataforma online, preencher um formulário, fazer uma compra ou agendar um serviço em minutos. Essa conveniência é transformadora: reduz o tempo de espera, elimina frustrações e oferece uma experiência personalizada e prática, onde quer que o cliente esteja. Ao mesmo tempo, para as empresas, essa abordagem permite a redução de custos operacionais, otimiza o uso de recursos e abre portas para uma maior conexão com seu público, ultrapassando as limitações físicas e ampliando o alcance de seus serviços.

O digital deve ser visto como uma extensão do físico, não como uma simples substituição. Essa nova relação entre os dois mundos é uma verdadeira expansão de possibilidades, onde as empresas podem explorar novas formas de interagir com seus clientes, oferecendo-lhes mais autonomia e controle, e, ao mesmo tempo, permitindo maior flexibilidade e personalização em seus próprios processos internos.

2. Acessibilidade Sem Fronteiras: Facilitação e Inclusão Digital

A capacidade de conectar o espaço físico ao digital também significa expandir as fronteiras do acesso. Empresas e organizações podem utilizar plataformas digitais para garantir que todos, independentemente da localização ou da disponibilidade física, tenham acesso aos seus serviços. Seja para consultas médicas, compra de produtos, ou acesso a informações, o ambiente digital oferece uma maneira prática de reduzir barreiras geográficas e sociais.

Contudo, é importante que as plataformas digitais também sejam acessíveis para aqueles com limitações de tecnologia ou conectividade. Isso significa considerar alternativas como sites responsivos e apps leves, que funcionam bem até em conexões de internet mais lentas. As organizações podem investir em soluções inclusivas, como oferecer suporte remoto por telefone ou até agendamentos via SMS, garantindo que ninguém seja deixado de fora, independentemente de seu acesso ao mundo digital.

3. Eficiência Operacional: Automatizando Processos para Melhor Atendimento

O uso inteligente do espaço digital não se limita apenas à interação com o cliente, mas também na otimização interna dos processos da empresa. Ferramentas como softwares de agendamento, gestão de tarefas, e plataformas de comunicação em grupo, permitem que as organizações automatizem processos que antes demandavam grande esforço manual. Isso não só aumenta a produtividade, mas também garante que as interações com clientes e parceiros sejam mais rápidas e precisas.

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Esse tipo de automação contribui diretamente para uma melhor experiência do cliente, permitindo que ele obtenha respostas mais rápidas e serviços mais ágeis. Empresas que investem em tecnologia para otimizar seus processos conseguem atender mais clientes com menos esforço e mais precisão, criando uma relação de confiança e eficiência com seu público, além de reduzir erros humanos e aumentar a satisfação.

4. Personalização e Relacionamento: Conectando com o Cliente de Forma Única

Enquanto o espaço digital oferece conveniência, ele também possibilita uma experiência personalizada, onde as interações podem ser moldadas de acordo com as preferências e o comportamento do cliente. Utilizando dados e tecnologias, como plataformas de CRM (Customer Relationship Management), as empresas podem entender melhor as necessidades de cada cliente e oferecer soluções mais adequadas, criando uma experiência sob medida.

Ao integrar o digital ao físico, as organizações podem criar experiências contínuas e sem interrupções, onde o cliente percebe um atendimento mais individualizado, seja em uma loja online ou em uma consulta presencial que complementa o atendimento digital. Esse tipo de personalização vai além da simples oferta de produtos e serviços, mas também oferece ao cliente um sentimento de cuidado e valor, aumentando a fidelização e a satisfação.

Conclusão

A conexão entre o espaço físico e digital é mais do que uma tendência; é uma estratégia inteligente que pode transformar a forma como as empresas operam e se relacionam com seus clientes. Ao integrar os dois mundos, as organizações não só expandem seu alcance, como também melhoram a eficiência e oferecem experiências mais personalizadas e acessíveis. No entanto, é essencial que essa transição seja feita com sensibilidade às limitações de acesso, garantindo que todos, sem exceção, possam se beneficiar da união desses dois espaços.

O uso inteligente dos recursos digitais deve ser encarado como uma oportunidade de inovar, mas também de incluir, criando um ambiente onde o físico e o digital se complementam para oferecer o melhor de ambos os mundos. A chave para o sucesso está em como essas duas esferas podem trabalhar juntas, criando um ciclo de satisfação mútua entre empresas e clientes, e gerando valor a longo prazo.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL (IA)

é uma tecnologia de ponta desenvolvida por especialistas em ciência da computação. Especializada em processar e analisar grandes volumes de dados, a IA gera insights e previsões em diversas áreas, incluindo negócios, saúde e planejamento urbano. Seus algoritmos avançados e capacidades de aprendizado de máquina oferecem recomendações valiosas baseadas em dados, impulsionando a inovação e moldando o futuro.

Entendendo o Sistema de Unidades Acadêmicas

Abayomi (SAA): avançando na educação para um futuro mais brilhante

A Abayomi Academy busca aprimorar a educação, integrando tecnologia, sustentabilidade e foco na qualidade de vida, acreditando que a educação molda ambientes projetados para a felicidade e o bem-estar. A missão da Academia é criar um ecossistema de aprendizado onde os indivíduos possam maximizar seu potencial e adquirir os conhecimentos e habilidades necessários para prosperar em um mundo em constante mudança.

Por meio de um compromisso com a educação holística, a Abayomi Academy vai além do ensino convencional. Incorporando urbanismo inteligente, sustentabilidade, neurociência e bem-estar comunitário, a Academia capacita os alunos a liderar com propósito, inovação e empatia. Seja enfrentando desafios sociais ou promovendo o bem-estar pessoal, seus programas capacitam os estudantes a contribuir para a criação de ambientes mais inteligentes e felizes.

A academia oferece diversas oportunidades educacionais adaptadas às diferentes necessidades de aprendizado, desde cursos introdutórios gratuitos até certificações avançadas e programas de treinamento. Todos os programas são baseados no sistema de Unidades Acadêmicas Abayomi (SAA), que garante um aprendizado estruturado e eficaz com um impacto mensurável tanto para os indivíduos quanto para as comunidades.

ABAYOMI ACADEMY
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O Sistema de SAA: Visão Geral

O sistema de Unidades Acadêmicas Abayomi (AAU - Abayomi Academy Units) é uma estrutura educacional inovadora que mede o engajamento e o progresso dos alunos, garantindo uma experiência de aprendizado abrangente. Cada AAU representa quatro horas de aprendizado, divididas em instrução direta, estudo orientado e exploração independente. O sistema enfatiza o engajamento profundo com o material do curso e promove a maestria do conteúdo por meio de diversos métodos de estudo.

Componentes do AAU:

• 1 hora de instrução direta: Ministrada por meio de palestras ao vivo ou gravadas, webinars ou sessões presenciais.

• 2 horas de estudo orientado: Atividades como questionários, discussões em grupo, estudos de caso e leituras ou apresentações designadas que reforçam o aprendizado.

• 1 hora de estudo independente: Pesquisa autônoma, preparação para exames ou revisão de conteúdo, permitindo que os alunos reflitam sobre o material no seu próprio ritmo.

Essa estrutura oferece uma experiência educacional equilibrada, combinando instrução, aprendizado orientado e estudo independente. O sistema AAU promove flexibilidade, responsabilidade e progresso mensurável, tornando-o adaptável a diferentes contextos educacionais.

Características e Benefícios do Sistema AAU

Características Principais

• Aprendizado Estruturado: O sistema AAU organiza a educação em fases distintas, proporcionando aos alunos uma compreensão clara do esforço necessário para alcançar seus objetivos.

• Flexibilidade: Os alunos podem concluir as tarefas no seu próprio ritmo, equilibrando a educação com compromissos pessoais e profissionais.

• Padrão Internacional: O sistema está alinhado com as práticas educacionais globais, facilitando o reconhecimento internacional e transferências de créditos.

• Cobertura Abrangente: Uma combinação de métodos de instrução garante um aprendizado completo que atende às necessidades cognitivas, práticas e reflexivas.

Benefícios

• Experiência de Aprendizado Aprimorada: O sistema AAU integra teoria, aplicação e autoestudo para promover uma compreensão mais profunda e o desenvolvimento de habilidades.

• Reconhecimento Global: Cursos que seguem padrões internacionais melhoram a credibilidade profissional e a mobilidade dos alunos.

• Adaptabilidade: A estrutura flexível torna a educação acessível a uma ampla gama de alunos, permitindo que personalizem sua experiência de aprendizado de acordo com seus horários.

• Acompanhamento Eficiente do Progresso: O sistema permite que tanto os alunos quanto os educadores acompanhem marcos importantes, promovendo a definição de metas e o planejamento para o aprendizado futuro.

• Educação Holística: Modos de aprendizado diversos incentivam não apenas o consumo de informações, mas também a aplicação e a exploração.

• Avanço Profissional: A educação baseada em AAU apoia o desenvolvimento profissional, oferecendo qualificações reconhecidas.

• Maior Retenção e Maestria: A mistura equilibrada de métodos de aprendizado aumenta a retenção a longo prazo e promove a maestria.

Ofertas de Cursos na Abayomi Academy

Os cursos da Abayomi Academy atendem alunos em diferentes estágios de suas jornadas educacionais e profissionais. Esses programas são projetados para apoiar o crescimento pessoal e profissional, utilizando o sistema AAU para uma experiência de aprendizado equilibrada e progressiva.

1 - Cursos Livres

A academia oferece cursos introdutórios que cobrem conceitos básicos sobre ambientes inteligentes, sustentabilidade e bem-estar. Normalmente, com até 3 AAU, esses cursos fornecem conhecimento fundamental sem o compromisso de programas intensivos. Cursos livres incluem palestras, estudos de caso, passeios virtuais e hackathons, oferecendo aos participantes uma compreensão abrangente das metodologias da Abayomi e suas aplicações no mundo real.

2 - Certificações da Abayomi Academy

As certificações da Abayomi Academy são projetadas para proporcionar conhecimento profundo e habilidades práticas na criação de ambientes inteligentes e felizes. Essas certificações estão alinhadas com o sistema AAU, garantindo uma experiência educacional completa e mensurável.

SHEA (Smart & Happy Environments Associate): Esta certificação de nível básico de 12 horas (3 AAU) introduz os alunos aos princípios de ambientes inteligentes e bem-estar com a Metodologia Abayomi.

SHEC (Smart & Happy Environments Certificate): Com 36 horas (9 AAU), esta certificação aprofunda tópicos avançados no design e gestão de ambientes inteligentes.

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Certificações Avançadas: Estas certificações especializadas (36 horas, 9 AAU cada) estão disponíveis para aqueles que concluíram o SHEC. As opções avançadas incluem:

• SHEC + Cidadania Consciente (CC): Foca no engajamento comunitário sustentável e ético.

• SHEC + Ambientes Físicos e Digitais (PDE): Examina a integração dos elementos físicos e digitais em ambientes inteligentes.

• SHEC + Gestão Inovadora (IM): Aborda liderança e estratégias de resolução de problemas para ambientes inteligentes.

• SHEC + Comunicação Inteligente (IC): Desenvolve estratégias de comunicação para diferentes tipos de engajamento e interação com usuários.

• SHEC + Relações Humanas (HR): Explora inteligência emocional, trabalho em equipe e relacionamentos interpessoais.

• SHEC + Saúde e Bem-estar (HWB): Foca na integração da saúde e bem-estar no design ambiental.

3 - Certificações em Desenvolvimento da Felicidade

Além dos programas SHEC, a Abayomi Academy oferece certificações focadas na promoção da felicidade e do bem-estar em diferentes contextos.

• Certificação Hapiness Practitioner (HP): Este programa oferece estratégias práticas para melhorar o bem-estar mental, com 3 AAU (12h) de duração.

• Certificação Chief Happiness Officer (CHO): Voltado para líderes, este programa avançado de 24 horas (6 AAU) complementa as 12 horas da certificação HP e aborda liderança, estratégias de bem-estar e desenvolvimento organizacional.

Renovação das Certificações

As certificações da Abayomi Academy são válidas por dois anos. Para renovar, os participantes devem acumular Unidades de Educação Continuada (CEUs) ou AAUs ao se engajar em atividades relevantes. Para as certificações SHEA e HP, a renovação exige 3 AAU, enquanto SHEC e certificações avançadas requerem 9 AAU, sendo pelo menos 6 relacionadas à certificação específica.

Renovar certificações garante que os profissionais permaneçam atualizados com as práticas mais recentes e mantenham suas qualificações em ambientes inteligentes e felizes.

Conclusão

O sistema AAU é uma abordagem inovadora para a educação, enfatizando aprendizado estruturado, flexibilidade e reconhecimento internacional. Com suas ofertas diversificadas, desde cursos introdutórios até certificações avançadas, a Abayomi Academy promove um ambiente de aprendizado que prepara os indivíduos para liderar e inovar na criação de ambientes mais inteligentes e felizes. Ao capacitar os alunos com habilidades práticas e uma perspectiva global, a Abayomi Academy contribui para um futuro mais sustentável e brilhante para todos.

ABAYOMI ACADEMY é uma associação sem fins lucrativos que une profissionais multidisciplinares dedicados a promover ambientes inteligentes e felizes. Por meio da educação e pesquisa, promove padrões globais para melhorar o bem-estar e a felicidade das comunidades. Com membros em todo o mundo, incentiva a inovação em cidades inteligentes e na vida sustentável.

CANTINHO DAS CRIANÇAS

Com a família e amigos sou mais feliz

Eu nasci em Maryland, nos Estados Unidos em 2015. Tenho quatro irmãos, então nossa casa sempre foi cheia e divertida. No dia que cheguei do hospital, depois que nasci, minha avó e minha bisavó também estavam lá, e minha família estava celebrando os 92 anos de minha “bisa”. Ter uma família grande sempre foi muito legal, porque nunca fico sozinho e sempre tenho alguém para brincar e aprender. Desde que nasci, minha família sempre esteve ao meu lado, me ajudando a crescer feliz e a fazer novos amigos.

Em 2017, comecei a pré-escola e foi lá que fiz meus primeiros amigos. Me lembro que a escola era pequena, mas tinha um trampolim e bolas para a gente brincar. Minha professora, Ms. Laine, era brasileira, muito legal e falava inglês e português, o que me ajudou muito, porque estava aprendendo os dois idiomas. Eu sempre fui muito sociável, adoro estar com os meus amigos, e na escola esses momentos me deixavam muito feliz.

Em 2018, nos mudamos para a Flórida, e eu precisei começar em uma nova escola. No começo foi um pouco difícil, mas logo comecei a fazer ainda mais amigos. A escola tinha um parquinho enorme, onde jogávamos futebol e íamos no balanço. Minha professora, Ms. Paula, era incrível, e sinto saudade dela até hoje. Agora, em 2024, estou no quarto ano e faço aulas avançadas de matemática. Tenho muitos amigos na minha sala e de outras salas também, que foram meus colegas nos outros anos. Gosto de ficar depois da aula só para ter mais tempo com eles.

Também comecei a jogar futebol numa liga competitiva, o que é ótimo, porque além de praticar o esporte, fiz mais amigos que gostam da mesma coisa que eu: o futebol. Faço aulas de português aos sábados e é lá que tenho amigos que falam português agora. São amigos que encontro também fora da escola de português. Estou também na catequese, me preparando para a minha Primeira Comunhão. A catequese é importante para mim porque, além de conhecer novas pessoas, me ajuda a cuidar do meu lado com Deus.

Minha família e meus amigos são muito importantes para mim. Eles sempre me apoiam e me fazem feliz. Com eles ao meu lado, sei que posso alcançar todos os meus sonhos e continuar crescendo com alegria! É importante cuidar da família e dos amigos!

DANIEL ROCHA

Tem 9 anos, é estudante do quarto ano do Ensino Fundamental na Flórida, EUA, escritor desde os 4 anos, adora esportes e traduz suas ideias e pensamentos em textos e desenhos.

IMAGEM CRIADA COM IA

NOVIDADES ABAYOMI

Novos Cursos da Abayomi Academy

A partir deste mês de outubro, a Abayomi Academy está lançando novos cursos e atividades em sua plataforma online. Com uma variedade de temas atualizados, focados no desenvolvimento profissional e pessoal, nossos cursos foram elaborados para proporcionar um aprendizado contínuo e transformador. E a cada mês, novos cursos e atividades serão adicionados, garantindo que você tenha acesso a conteúdos relevantes para o seu crescimento.

Se você deseja expandir seus conhecimentos e aprimorar suas habilidades, aproveite essa oportunidade para se inscrever e começar sua jornada com a Abayomi Academy!

Observatório Urbano: Pesquisa e Inovação para o Futuro das Cidades

O Observatório Urbano é um projeto da Abayomi Academy dedicado à pesquisa, inovação e discussão sobre o futuro das cidades e o desenvolvimento urbano sustentável. Neste espaço, empresas, universidades, centros de pesquisa e organizações públicas podem criar hubs colaborativos, interagindo com outros profissionais e contribuindo para soluções para os desafios urbanos do presente e do futuro.

As reuniões do Observatório Urbano acontecem regularmente em inglês e português e já temos a agenda programada até junho de 2025, disponível em nossa página de eventos. Se você é membro da Abayomi Academy, pode se inscrever gratuitamente. Para não membros, o valor de inscrição é de apenas US$10 por sessão.

Vale lembrar que a associação anual à Abayomi Academy custa apenas US$100, o que equivale a US$8,33 por mês, e garante acesso gratuito a todos os eventos do Observatório Urbano e outros benefícios. E para estudantes, aposentados e militares, oferecemos 50% de desconto na anuidade.

Hub Abayomi: Conexões e Inovação para Ambientes Inteligentes e Felizes

O Hub Abayomi é um espaço mensal de encontros que promove a troca de ideias e a busca por soluções inovadoras para criar ambientes mais inteligentes e felizes. Profissionais de diferentes áreas se reúnem para discutir as últimas tendências, compartilhar experiências e explorar como aplicar a Metodologia Abayomi em suas práticas, seja no urbanismo, educação, saúde, segurança ou outros setores.

As reuniões do Hub estão disponíveis em inglês e português, e são uma excelente oportunidade para quem deseja expandir sua rede de contatos e se aprofundar em soluções para um mundo mais inteligente e feliz. Acesse a página de eventos do nosso website para saber da agenda das reuniões já programadas até junho do ano que vem.

Os membros da Abayomi Academy têm acesso gratuito às reuniões, enquanto os não membros podem participar por US$10 por sessão.

Lembre-se: a associação anual à Abayomi Academy custa US$100 (o equivalente a US$8,33 por mês) e oferece acesso ilimitado a todas as atividades do Hub Abayomi, além de outros benefícios exclusivos.

Seja Membro da Abayomi Academy!

Ao se tornar membro da Abayomi Academy, você se junta a uma comunidade global de profissionais comprometidos com o crescimento pessoal e profissional e promoção de ambientes inteligentes e felizes. Com uma anuidade de US$100, ou US$8,33 por mês, você terá acesso a cursos, eventos como o Observatório Urbano e o Hub Abayomi, uma rede de network internacional fantástica, além de descontos especiais em todas as nossas iniciativas.

Estudantes, aposentados e militares têm 50% de desconto na anuidade, tornando essa uma oportunidade ainda mais acessível para todos.

Não perca essa chance de fazer parte de um movimento que está transformando o mundo!

COMO OS PROFISSIONAIS DE CONSTRUÇÃO, ARQUITETURA E URBANISMO PODEM COMEÇAR A PROJETAR ESPAÇOS QUE PROMOVAM A FELICIDADE E O BEM-ESTAR DOS MORADORES, INCORPORANDO A MOBILIDADE DE FORMA

SIMPLES E EFICAZ, E QUAL É O PRIMEIRO PASSO PARA APLICAR

ESSA

ABORDAGEM NOS PRÓXIMOS PROJETOS?

Abayomi Academy responde:

O primeiro passo para criar espaços que realmente promovam a felicidade e o bem-estar é começar a integrar a mobilidade de maneira inteligente e acessível, pensando em como as pessoas se movimentam e se conectam dentro dos ambientes. Mobilidade não é apenas sobre circulação física, mas sobre criar fluxos que favoreçam o convívio social, o acesso fácil a diferentes áreas e a sensação de liberdade. Isso significa projetar espaços onde caminhar, andar de bicicleta ou usar transporte público seja conveniente e prazeroso, com o mínimo de obstáculos.

Os profissionais de construção e projeto podem começar aplicando princípios de mobilidade nas fases iniciais de planejamento, como garantir que as áreas comuns sejam bem conectadas, com acesso fácil e intuitivo, e que cada espaço incentive a interação. Além disso, é importante considerar o design inclusivo, com soluções que atendam a todas as faixas etárias e capacidades físicas. Ao incluir a mobilidade de maneira integrada e eficiente, os espaços se tornam não só mais funcionais, mas também mais acolhedores, criando uma experiência emocionalmente positiva para os moradores e aumentando o valor do projeto.

AGENDA

Acompanhe nossa agenda de eventos sobre Cidades Inteligentes, Cidades Verticais e Mobilidade Urbana. Descubra as tendências e inovações que estão moldando o cenário urbano. De conferências a feiras, explore os principais encontros focados em planejamento sustentável, urbanização em altura e novas soluções de mobilidade. Conecte-se com especialistas e pioneiros que estão transformando o futuro das cidades para torná-las mais inteligentes e acessíveis.

OUTUBRO 2024

Webinar on Toolbox of design actions to nurture well-being in multi-unit housing Online

03/10

08/10

09/10

1-31/10

8-10/10

8-10/10

15/10

https://bchealthycommunities.ca/index.php/event/webinar-on-toolbox-of-design-actions-to-nurture-well-being-in-multi-unit-housing/

Urban Observatory’s Monthly Meeting - Abayomi Academy https://abayomiacademy.org/event/urban-observatorys-monthly-meeting-general-admission/

Abayomi Hub Meeting - Abayomi Academy https://abayomiacademy.org/events/month/2024-10/

Urban October - Global Events https://urbanoctober.unhabitat.org/

Portugal Smart Cities Summit - Lisboa, PORTUGAL https://portugalsmartcities.fil.pt/

2024 WRLDCTY Urban Summit - Bilbao, SPAIN & Online https://www.wrldcty.com/

Reunião mensal do Observatório Urbano - Abayomi Academy https://abayomiacademy.org/event/reuniao-mensal-do-observatorio-urbano-publico-geral/ 16/10

Reunião do Hub Abayomi - Abayomi Academy https://abayomiacademy.org/event/reuniao-do-hub-abayomi-publico-geral/

19/10

05-07/11

12/11

13/11

Colóquio 2: A Planta de Hidrogênio Renovável da AES no Brasil - Abayomi Academy https://abayomiacademy.org/event/coloquio-2-a-planta-de-hidrogenio-renovavel-da-aes-no-brasil/

NOVEMBRO 2024

SMART CITY EXPO WORLD CONGRESS - Barcelona, Espanha https://www.smartcityexpo.com/

Urban Observatory’s Monthly Meeting - Abayomi Academy https://abayomiacademy.org/event/reuniao-mensal-do-observatorio-urbano-publico-geral-2/

Abayomi Hub Meeting - Abayomi Academy https://abayomiacademy.org/event/abayomi-hub-meeting-general-admission-2/

14/11

16/11

19/11

20/11

21/11

23/11-01/12

P3C Regional Nordeste - Recife, PE

https://p3c.com.br/p3c-regional-nordeste/

Colóquio 3: Plantas da Casa dos Ventos - Abayomi Academy https://abayomiacademy.org/event/coloquio-3-plantas-da-casa-dos-ventos/

Reunião mensal do Observatório Urbano - Abayomi Academy https://abayomiacademy.org/event/reuniao-mensal-do-observatorio-urbano-publico-geral-2/

Reunião do Hub Abayomi - Abayomi Academy https://abayomiacademy.org/event/reuniao-do-hub-abayomi-publico-geral-2/

Parque da Mobilidade Urbana: Regional Centro-Oeste - Brasília-DF https://parquedamobilidadeurbana.com.br/pmu-regional-centro-oeste/

Recesso de Thanksgiving na Abayomi Academy

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