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Histórias e Memórias
by AAACM
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Jornadas de Trabalho da AAACM
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Faria Menezes (568/1969) usando da palavra. Aspecto da Assistência.

das Antigas Alunas do Instituto de Odivelas. No que se refere ao antigo convento, onde dantes estavam os alojamentos dos soldados, é evidente o estado de abandono do mesmo, estando uma pequena parte dele aproveitada com arrecadações da nossa Associação. Seja qual for o aproveitamento que for dado a esta parte do edifício do convento, o custo das obras inerentes a esse aproveitamento será muito elevado.
No que se refere às construções ao longo do lado Poente da propriedade, verificou-se que se tratava de antigas cavalariças abandonadas e de arrecadações maioritariamente devolutas. De acordo com a legislação municipal existente aplicável, estes edifícios, actualmente de um só piso, poderiam passar a ter dois pisos, o que implicaria a demolição dos existentes, que não estão preparados para receber um piso adicional.
Quanto ao Lar da Associação das Antigas Alunas de Odivelas, verificou-se ser o mesmo de elevada qualidade. Segundo informaram membros de antigas Direcções da nossa Associação, este Lar pode receber Antigos Alunos do Colégio Militar, até uma determinada quota do antecedente acordada. Já estiveram no Lar Antigos Alunos do Colégio, mas de momento não se encontra lá nenhum. Na parte da tarde do dia 26, realizaram-se as jornadas programadas, entre as 15H00 e as 19H00. Foram recebidas 12 comunicações, havendo a acrescentar a inscrição de dois Antigos Alunos para falar, sem que tivessem apresentado previamente comunicações. Os Antigos Alunos inscritos para intervenções foram os seguintes:
Eduardo Martins Zúquete (20/1945). Manuel Tavares da Silva (116/1950). José Fidalgo dos Santos (253/1951). Carlos Querido Baptista (303/1951). Francisco Silva Alves (392/1954). João Paulo Bessa (200/1957) Martiniano Nunes Gonçalves (9/1958). José Bravo Ferreira (204/1959). Filipe Soares Franco (62/1963). João Barrento Sabbo (17/1967). António Faria Menezes (568/1969). Miguel Félix António (302/1972). Marco Martinho da Silva (456/1983). Tiago Simões Baleizão (200/1987).
A súmula das intervenções feitas é apresentada no artigo intitulado «O futuro da AAACM», apresentado de seguida na presente revista, da autoria de Luís Miguel Guerreiro Félix António (302/1972), que em boa hora decidiu dar uma ajuda à redacção da ZacatraZ.
No final das intervenções, foi feito um breve intervalo, para inscrições para um período de perguntas e respostas subsequente. Retomados os trabalhos seguiu-se uma troca de impressões sobre as intervenções feitas, verificando-se que houve mais comentários do que perguntas relativas às referidas intervenções.
Assinala-se que as Jornadas tiveram uma assistência muito satisfatória, de mais de sessenta associados, comprovativa do interesse da sua realização. As Jornadas decorreram com as intervenções a sucederem-se a bom ritmo, respeitando as apertadas regras estabelecidas relativas aos tempos de intervenção, o que permitiu que todos pudessem expor as suas ideias. As Jornadas foram gravadas e serão objecto de uma acta. As intervenções foram entregues escritas, estando disponíveis para consulta. Espera-se que estas Jornadas tenham acções subsequentes, para que a próxima Direcção da Associação possa tirar o melhor proveito possível das sugestões apresentadas, que forem seleccionadas para concretização futura.
Jornadas de Trabalho da AAACM
Luís Miguel Guerreiro Félix António
302/1972
O Futuro da AAACM
Sem prejuízo das diversas visões apresentadas nas Jornadas de Trabalho sobre o futuro da AAACM – nem sempre naturalmente coincidentes, penso que houve diversas ideias que podiam ser amadurecidas. Havendo uma nova Direção para o triénio 2019/2021 a ser eleita em Março, a ela caberá fazer essa avaliação, mas gostava de chamar a atenção para a pertinência ou oportunidade de muitas das sugestões formuladas nesse luminoso sábado, independentemente de nem todas, na minha apreciação, deverem ser consideradas prioritárias. Aqui deixo uma súmula muito resumida, do que retirei das intervenções efetuadas (é, pois, a minha leitura, e não propriamente uma ata da reunião…) esperando que os destaques abaixo sejam suficientemente apelativos para que todos procurem ler os seus conteúdos. O 20/1945, Eduardo Zúquete, aludiu à criação de uma biblioteca-museu – a instalar no espaço hoje devoluto entre o restaurante Jardim da Luz e o Teatro Dom Luiz Filipe – para preservação da memória do espaço colegial, libertando a Direcção do Colégio dessa preocupação e permitindo que esta se foque naquilo que considerou essencial: promover a melhoria no ranking escolar dos seus alunos. O 116/1950, Manuel Tavares da Silva, optou por defender que o Colégio deveria deixar de ter a exclusiva tutela do Exército, apontando dois caminhos alternativos: transferência da dependência do Exército para o Estado-Maior-General das Forças Armadas, ou introduzir parcerias civis na gestão do Colégio, para as áreas pedagógica e económico-financeira, mantendo o Exército a gestão das componentes relativas à atividade castrense. O 253/1951, José Fidalgo dos Santos, apresentando um extenso catálogo de medidas, propugnou por uma procura de novas fontes de rendimento para a Associação, por uma exploração mais abrangente do espaço da antiga Formação, nele incluindo locais de confraternização para os Antigos Alunos e o estabelecimento ou reforço da ligação institucional da Associação a outras organizações. O 303/1951, Carlos Querido Batista, sugeriu que fosse equacionada a instalação de um Lar para os Antigos Alunos na antiga Formação, considerando que, além do apoio social disponibilizado, no âmbito da função de solidariedade, constituiria uma fonte de rendimento adicional e uma razão forte para colar a presença da Associação ao espaço. O 392/1954, Francisco Silva Alves, deixou algumas pistas para o debate, em particular, a captação como sócios dos Antigos Alunos mais novos e os problemas, bastante complexos, associados à utilização e gestão da sede da Associação, no contexto da cedência do espaço estabelecida com o Exército. O 200/1957, João Paulo Bessa, centrou-se na importância do desenvolvimento de acções que criem actividades sustentadas no domínio da Actividade Física, do Exercício e do Desporto, aproveitando as infraestruturas desportivas do Colégio e aludiu à parceria entre a Associação e o Colégio para a formação de um clube desportivo que se chamará Clube Colégio Militar. 0 9/1958, Martiniano Nunes Gonçalves, referiu que a Associação tem, entre outros objetivos principais, a solidariedade e a intervenção na sociedade para fomentar e desenvolver os princípios e valores transmitidos no Colégio, defendendo o reforço da primeira através de diversos instrumentos, propondo um alargado conjunto de iniciativas, com rentabilização do espaço da Formação, muitas delas afloradas também em outras intervenções. Já quanto à segunda linha da sua intervenção, defendeu o envolvimento de não Antigos Alunos que assimilaram os valores do Colégio e o estabelecimento de protocolos com instituições que possam ampliar o nosso espaço de visibilidade, como forma de contribuir para a essência e a existência da Associação. O 204/1959, José Bravo Ferreira, deixou-nos as suas reflexões sobre o enquadramento de uma associação como a nossa no contexto mais alargado da evolução da humanidade, aludindo ao tipo de educação necessário para os mais jovens e ao maior envolvimento da Associação nesta matéria. O 17/1967, João Barrento Sabbo, propôs o lançamento de um inquérito a todos os Antigos Alunos, independentemente de serem ou não sócios da Associação, com o objetivo de conhecer os seus interesses e anseios em relação à comunidade colegial e, em particular, sobre a introdução de mecanismos de participação assentes nas tecnologias de informação e quotas com valor livre. O 568/1969, António Faria Meneses, com o profundo conhecimento que tem do funcionamento do Exército, defendeu essencialmente uma Associação mais virada para os Antigos Alunos, através do reforço do vínculo