po Prateep Ungsongtham Hata, Thailand

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NOMEADA • Páginas 46–50

Prateep Ungsongtham Hata

Por que Prateep é nomeada? Prateep Ungsongtham Hata é nomeada à Heroína dos Direitos da Criança da Década do WCPRC 2009 por sua luta de 40 anos pelos direitos das crianças mais vulneráveis da Tailândia. Desde os 16 anos, Prateep dedica-se integralmente a oferecer a dezenas de milhares de crianças pobres nas favelas e no campo uma vida melhor e a chance de ir à escola. A organização de Prateep oferece apoio financeiro à crianças, dirige quinze creches, uma escola para crianças com dificuldade de audição, lares para crianças vulneráveis, constrói bibliotecas escolares, concede empréstimos através do “Banco dos pobres” e dirige “A estação de rádio dos pobres” onde as crianças podem se fazer ouvir. A vida de Prateep é ameaçada por gangues das favelas de Bangkok. Elas não gostam que Prateep dê às crianças pobres a oportunidade de estudar e dizer não ao trabalho nocivo, às drogas, à prostituição e à criminalidade.

Prateep Ungsongtham Hata nasceu em Klong Toey, a maior favela de Bangkok. Quando tinha dez anos, ela retirava ferrugem dos navios do porto para sobreviver. Nos sonhos, porém, ela ia à escola... Hoje Prateep tem 56 anos e há 40 vem ajudando milhares de crianças tailandesas pobres a terem uma vida melhor e a frequentarem a escola.

A

história de Prateep começa antes do seu nascimento, em uma pequena vila de pescadores ao sul de Bangkok. Seu pai, o pescador Thong You, escutou os boatos de que o porto de Bangkok precisava de gente para trabalhar. Decidiu então, mudar-se com toda a família. Gente pobre de todos os lugares do interior se aglomerava no porto com a esperança de ter uma vida melhor na cidade. Eles começaram construindo pequenos barra-

cos de chapas de metal, papelão e velhas tábuas. Assim nasceu a favela de Klong Toey. Vendia doces Quando Prateep nasceu, seu pai trabalhava no porto, mas toda a família tinha que ajudar a ganhar dinheiro. – Aos quatro anos, comecei a perambular e vender doces que mamãe fazia, recorda Prateep. Toda manhã, ela dava água aos patos da família e procurava os ovos que eles botavam. Aqueles ovos que a família não precisava, Prateep vendia na feira. Todo dia, ela também ajuda-

va sua mãe a buscar água a dois quilômetros de distância. Sua mãe Suk queria que Prateep frequentasse a escola, porém não havia nenhuma escola em Klong Toey. E como Prateep, assim como todas as crianças pobres dali, não possuíam uma certidão de nascimento, elas não podiam entrar na escola pública da cidade. Sem certidão, as crianças não são consideradas cidadãs tailandesas e, por isso, não tem direito de ir à escola. Afinal, quando Prateep tinha sete anos, a mãe encontrou uma escola privada barata que aceitaria a filha. – Eu estava felicíssima! O primeiro dia de aula foi o mais feliz da minha vida. Prattep se saiu muito bem na escola. Ela não se importava que os colegas tivessem roupas melhores. Estava feliz só de poder ir à escola. De tarde, Prattep continuava a vender doces. Ela tinha muito o que fazer, porém estava feliz.

Prateep acha uma injustiça que as crianças pobres não possam ir à escola.

Prateep abriu uma escola em sua casa.

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