Panorama Audiovisual 98

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98 ISSN 2236-0336

Ano 8 - Edição 98 - Abril/2019

Monitorando OTT

As complexidades da rede TCP/ IP para distribuição de vídeo O Poder por trás da Magia da Mídia Com as soluções premiadas da Grass Valley, nossos clientes podem criar e compartilhar o melhor conteúdo para levar os espectadores mais perto da ação, mais comprometidos e mais conectados.

NAB Estande SL106 Copyright © 2019 Grass Valley Canada. Todos os direitos reservados

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25/03/2019 17:15:18


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Broadcast 3.0

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A Falácia da Inteligência Artificial Em todo o segmento de tecnologia a terminologia Inteligência Artificial, ou IA, parece ter se tornado a escolha dos desenvolvedores para explicar como algo funciona sem precisar dizer muito. Sempre que apresenta-se uma nova solução capaz de poupar horas de trabalho de seres humanos, ou verdadeiras chaves-mestras em fluxos de trabalho complexo, em seguida já vem os dizeres “este sistema usa uma tecnologia de IA de última geração para realizar estas tarefas” e é isso. Inteligência Artificial se tornou uma espécie de “palavrinha mágica” que todo mundo aceita como capaz de explicar qualquer coisa. Mesmo na indústria broadcast temos visto a aumento da oferta de soluções que empregam IA seja para inserção de meta-dados em ativos de mídia, seja para fazer reconhecimento facial em vídeo e acelerar fluxos de trabalho de edição. Acontece que tudo que estamos vendo hoje não se trata exatamente de uma IA mas sim de uma AI, sendo menos enigmático, não são “Inteligências Artificiais” reais, mas sim ferramentas de “Automação Inteligente”. A diferença reside na própria natureza do tipo de atividade que estas novas ferramentas vem executando. Automação nada mais é do que acelerar processos de forma mecânica baseado em regras pré-determinadas. Alguém, normalmente um ser humano, determina que um sistema de logística automatizado capture informações do peso de cada pacote que transporta e coloque pacotes pesados embaixo e mais leves em cima. No caso da Automação Inteligente, as máquinas são dotadas da capacidade de “aprender”, o que na verdade quer dizer refinar as regras já pré-determinadas a um nível de detalhe extremo. Para isso, os sistemas fazem uso do que ficou conhecido como “Machine Learning”, que nada mais é do que um sistema de tentativa e erro de altíssima velocidade. Em outras palavras, as máquinas aprendem na força bruta, e não na abstração de conceitos. Um sistema de reconhecimento facial já é pré-programado para encontrar faces em imagens e, caso o resultado seja positivo, adicionar uma TAG ao Frame dizendo que ali há um ser humano. Podem haver ainda regras para saber se é uma criança ou um adulto, o sexo, etnia, etc. Todas estas regras são pré-estabelecidas, deixando à máquina a tarefa de fazer a ação milhões de vezes, recolhendo dados de sua própria performance, e refinando estas regras para que a tomada de decisão na hora de adicionar a TAG seja o mais preciso possível. Agora, Inteligência Artificial de fato vai um pouco além disso. Tratar-se-ia de máquinas capazes de criar as próprias regras, de entender as demandas de um desafio e projetar por si um fluxo de trabalho opara resolvê-la. Máquinas capazes, inclusive, de sugerir que a forma mais efetiva de realizar alguma tarefa seja, por exemplo, mão-de-obra humana. Em outras palavras, seria um sistema capaz de receber a tarefa de “Organize meus ativos de mídia” e decidir per se quais seriam os critérios para fazer as diferentes TAGs e pastas baseados no que ela conhece do fluxo de trabalho que aqueles ativos vão sofrer. E neste aspecto, IA continua sendo ficção científica. Mesmo as pesquisas mais avançadas em universidades como o MIT estão bastante longe de desenvolver uma máquina realmente pensante. Até porque, ainda não atingimos nem a superfície do que as automações inteligentes podem fazer para nos ajudar. Me resta somente a curiosidade de qual expressão os gênios do marketing vão usar quando realmente estivermos empregando IA.

Ano 8 • N° 98 • Abril de 2019

Redação Coordenador Editorial

Flávio Bonanome flávio.bonanome@vpgroup.com.br Editor Internacional

Antonio Castillo acastillo@panoramaaudiovisual.com Arte Flávio Bissolotti flavio.bissolotti@vpgroup.com.br Comercial Gerentes de Contas

Alexandre Oliveira alexandre.oliveira@vpgroup.com.br Colaboradores Gustavo Zuccherato

Presidente & CEO Presidência e CEO

Victor Hugo Piiroja victor.piiroja@vpgroup.com.br Financeiro Rodrigo Gonçalves Oliveira rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br Atendimento Jessica Pereira jessica.pereira@vpgroup.com.br

Panorama Audiovisual Online www.panoramaaudiovisual.com.br

Boa leitura.

Tiragem: 16.000 exemplares Impressão: Gráfica57

Flávio Bonanome Coordenador Editorial Al. Madeira, 53, cj 92 - 9º andar - Alphaville Industrial 06454-010 - Barueri – SP – Brasil +55 11 4197-7500 www.vpgroup.com.br PanoramaAV

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Sumário

22 TCP/IP para OTT As complexidades e comportamento de redes e seu impacto na distribuição de vídeo

Nesta Edição 08 Capitã Marvel

Os detalhes técnicos por trás da super produção da Marvel

26 Artigo: Qualidade da Experiência

20 Semana ABC

28 Artigo: A TV Paga orientada por dados

As principais tecnologias e temas debatidos no maior encontro para produção de cinema do país

22 Guia: TCP/IP para OTT Os detalhes técnicos e funcionamento de redes TCP/IP e como isso impacta na distribuição de vídeo

20 Semana ABC: As novidades do encontro de cinematografia

Os principais fatores que afetam a qualidade de experiência do espectador em plataformas OTT

Como as ferramentas de BI podem ajudar na gestão de uma plataforma de Pay-TV mais eficiente

20 10 Perguntas: Nicolas Bourdon Para comemorar os 25 anos da EVS, conversamos com o Vice-Presidente de Marketing da companhia

30 10 Perguntas: Nicolas Bourdon


A Sony apresenta uma solução ideal para produção ao vivo em 4K / HD, oferecendo operação eficiente e expandindo as aplicações no mercado Broadcast, além da criação de conteúdo para produção. A nova câmera portátil HD HXC-FB80 é equipada com três sensores CMOS ExmorTM Full-HD de 2/3 de polegada para fornecer excelente sensibilidade (F13 @ 50 Hz e F12 @ 59,94 Hz no modo 1080) com uma relação sinal/ruído típica de -60 dB. Esse sensor de imagem permite que a câmera seja configurada com flexibilidade, conforme necessidade, e você pode usar uma ampla gama de formatos de saída. A recém desenvolvida plataforma 3G aprimora as capacidades da HXC-FB80 no processamento de sinais de 1080/50P e 59,94 59,94P, ao mesmo tempo em que mantém baixo consumo de energia. Além disso, em combinação com a unidade de controle de câmera 4K / HD HXCU-FB80, a HXC-FB80 oferece capacidade de expansão útil, incluindo upscale de 4K e Suporte HD-HDR (no padrão HLG - Hybrid Log-Gamma)* para uma solução preparada para o futuro. O software opcional de Controle Remoto HZC-RCP5 (baseado em PC) também está disponível para composição de sistema de aplicação mais simples. * Suportado com a HXC-FB80 e o HXCU-FB80. O suporte HD-HDR requer atualização de firmwar ONDE COMPRAR: REVENDAS AUTORIZADAS SONY BRASIL


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Ben Davis Grava Cenas de Ação de Capitã Marvel da Marvel Studios com Blackmagic Design Filme do universo cinemático da Marvel contou com tecnologia da Blackmagic para as sequências

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Blackmagic Design anunciou hoje que a Blackmagic Micro Cinema Camera foi usada nas filmagens das principais sequências de ação de “Capitã Marvel” da Marvel Studios. A vigésima entrada no Universo Cinematográfico Marvel foi filmada pelas lentes do cinegrafista Ben Davis, membro da British Society of Cinematographers (“Vingadores: Era de Ultron”, “Doutor Estranho” e “Três Anúncios para um Crime”). Optando por uma câmera digital de formato grande equipada com uma mistura de lentes esféricas e vintage Panavision como o pacote principal, Davis necessitava de uma câmera menor e mais versátil que fornecesse alternativas durante a filmagem. “Testamos várias opções quando pesquisamos por essa combinação mágica de tamanho e qualidade, e a Blackmagic Micro Cinema Camera ganhou de longe”, contou. Segundo Davis, as configurações da Blackmagic Micro Cinema Camera foram as menores possíveis, com o transmissor sem fio encoberto por uma mochila carregada pelo operador de câmera. “A porta de expansão da câmera nos deu muitas opções de montagem de rigs para operações remotas e monitoramento. Além disso, o fato de poder gravar RAW onboard usando cartões SD ajudou a manter tudo bem compacto.” “No passado, cometi o erro de montar um rig de câmeras de ação pequenas com lentes grandes, sem mencionar uma gaiola protetora, um motor para ajudar na focagem, um monitor para enquadramento e um transmissor para transferir as informações”, continuou Davis. “Mas, aí você acaba atrapalhando justamente o motivo pelo qual você optou pelo uso.” “Em ‘Capitã Marvel’, também usamos gaiolas para as câmeras, mas no final das contas foram pouco necessárias. A estrutura do corpo é tão sólida que você não precisa das gaiolas, na minha opinião.” Davis preferiu usar fixadores e braços para encaixar as câmeras em veículos, por exemplo, e foco fixo. Ele, então, verificava as imagens depois de executar a sequência, fazia os ajustes e reconfigurava para a próxima tomada.

“Era aí que o uso da câmera se justificava. A sua montagem em rig é muito rápida. Muitas vezes, operamos duas ou três ao mesmo tempo em sequências, como a da pista de kart. Deixávamos tudo alinhado, ligávamos e começávamos a gravação. Havia bastante vibração e impacto nos karts, mas nenhum arquivo foi corrompido.” A Blackmagic Micro Cinema Camera foi usada por Davis e pela segunda unidade em toda a fotografia principal, que aconteceu em grande parte em locação, em Los Angeles e Luisiana. “O nível de exigência das sequências de ação foi elevado de tal maneira que, para tudo isso funcionar, tivemos que usar as câmeras de um jeito bastante criativo”, concluiu Davis. “Queria colocar o público no meio da ação, e ter uma câmera pequena que possa ser montada em rig bem rapidamente é excelente para isso. É disso que gosto nas câmeras de ação como essas da Blackmagic Design. Elas se encaixam em lugares que normalmente seriam impossíveis com câmeras comuns.” PA

Panora


Alto-Falante Alto-falante integrado para monitoramento de áudio.

Botões de Controle 7 botões para controle de transporte, remoto e LUT 3D.

Visor LCD Exibe vídeos, controles de transporte, medidores de áudio e menus.

Fone de Ouvido Conector tipo jack de 1/4" para monitorar áudio com fones de ouvido.

Cache Cache de mídia opcional para gravações à prova de falhas.

Pontos de Entrada e Saída Defina pontos de entrada e saída para editar ao estilo de “fita para fita”.

Controles de Transporte Controles de transporte na tela de toque para reprodução e gravação fácil.

Medidores de Áudio Monitore até 4 canais usando medição VU ou PPM.

Seleção de Reprodução e Gravação Selecione qual deck você deseja como um leitor ou um gravador.

Controles de Transporte Controles de deck broadcast tradicionais.

Indicador de Tempo Monitore o código de tempo do deck em um visor LED nítido.

Controle Shuttle/Jog Botão giratório grande com engrenagem eletrônica para os modos jog/shuttle e navegação de gravações.

Apresentando o HyperDeck Extreme 8K HDR! O primeiro deck 8K com gravação de H.265 tela de toque, cache, escopos e muito mais! O novo HyperDeck Extreme 8K HDR inclui as últimas inovações, como arquivos H.265 para economia de espaço, escopos integrados, cache interno opcional, LUTs 3D, 8K nativo e suporte a HDR! A tela de toque grande garante a visualização perfeita da sua gravação, além do controle de todas as configurações do HyperDeck. Adicione um HyperDeck Extreme Control para transformá-lo em um deck broadcast tradicional!

Tela Grande com Controle por Toque A interface do usuário inovadora com tela LCD sensível ao toque oferece controle incrível. Você obtém botões dedicados para reproduzir, cessar e gravar, além de uma minilinha de tempo para navegar pelas suas gravações. O LCD inclui um heads-up display com exibição do código de tempo, padrão de vídeo, status da mídia, além de medidores de áudio. Inclusive, você pode exibir escopos e ferramentas de assistência para o foco e a exposição em tempo real. Além disso, você pode carregar e salvar LUTs 3D!

Perfeito para Produção Ao Vivo, Sinalização Digital e Arquivamento

Escopos HDR Integrados!

Com sua versatilidade incrível, o HyperDeck Extreme 8K HDR também é ideal para produção ao vivo e como um gravador de master, leitor de clipes e para gravações de câmeras ISO. As entradas analógicas permitem que você grave a partir de fitas antigas, ajudando a disponibilizar programação preexistente em serviços de streaming. A sinalização digital em 8K fica fácil com o HyperDeck Extreme 8K HDR, já que ele conta com Ethernet 10G para carregamento rápido das mídias.

O HyperDeck Extreme 8K HDR inclui monitoramento em forma de onda interno completo. A exibição em forma de onda demonstra os níveis de luminância tradicionais do seu vídeo. A exibição do vetorscópio permite que você visualize a intensidade das cores. Também há monitores de padrões RGB e YUV que são ideais para a correção de cores ou verificação de níveis ilegais. O histograma exibe o recorte de realces ou sombras. Além disso todos os escopos ocorrem em tempo real, mesmo em 8K ou HDR!

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LiveU anuncia investimento majoritário da Francisco Partners para acelerar o crescimento Agora a LiveU pode se concentrar na estratégia de longo prazo e avançar em seus objetivos de negócios

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LiveU, líder em soluções de vídeo IP ao vivo, tem o prazer de anunciar que a Francisco Partners, empresa global de capital privado focada em tecnologia, juntamente com a co-investidora IGP Capital, adquiriu a LiveU de seus atuais acionistas para acelerar ainda mais a expansão global da empresa. Com o apoio de seus novos investidores, a LiveU continuará com a forte dinâmica de crescimento da empresa. A LiveU está democratizando o vídeo ao vivo fornecendo soluções de vídeo ao vivo de alta qualidade para TV, celulares, online e redes sociais com seus inovadores dispositivos portáteis e serviços em nuvem. Com mais de 3.000 clientes em mais de 130 países, a tecnologia da LiveU é a solução preferida pelos principais broadcasters, organizações esportivas, agências de notícias, online e redes sociais. Samuel Wasserman, CEO e co-fundador da LiveU, disse: “Estamos muito satisfeitos em ter a Francisco Partners, uma empresa com um histórico estabelecido, como nosso novo proprietário majoritário. Isso nos permitirá focar em nossa estratégia e crescimento de longo prazo, beneficiando nossos clientes, parceiros e funcionários. Eu gostaria de aproveitar esta oportunidade para agradecer aos nossos acionistas anteriores, a Canaan Partners, a Viola Ventures, a Pitango Venture Capital e a Lightspeed Venture Partners pelo seu valioso apoio ao longo do caminho e contribuição para nosso sucesso. ” “Fizemos um tremendo progresso ao cumprir nossa promessa de estabelecer a LiveU como líder de mercado no fornecimento de so-

luções de streaming de vídeo ao vivo para TV, mídia digital e redes sociais”, acrescentou Wasserman. “Isso não poderia ter sido possível sem os esforços incansáveis de nossos incríveis funcionários desenvolvendo e impulsionando soluções tecnológicas superiores que contribuem para a atual posição de mercado da LiveU. ” “Estamos extremamente entusiasmados com a parceria com a LiveU, pois a empresa entra no próximo capítulo de sua história de crescimento”, disse Eran Gorev, sócio operacional sênior da Francisco Partners. “A LiveU já é reconhecida como a líder do setor e esperamos fazer uma parceria com a IGP Capital e a equipe de gerenciamento da LiveU para aprimorar ainda mais as soluções da empresa, aumentar a base de clientes e aprimorar suas metas estratégicas”. Mario Razzini, diretor da Francisco Partners, acrescentou: “As indústrias de transmissão e mídia estão em um período de rápidas mudanças e a LiveU está em uma posição privilegiada para ajudar os clientes a aproveitar essa oportunidade com sua forte posição de mercado e sua inigualável inovação e desempenho de produtos”. Assaf Harel, sócio geral da IGP Capital, acrescentou: “Estamos muito contentes por nos unirmos à Francisco Partners para apoiar a empresa e sua talentosa equipe de profissionais. A LiveU está posicionada de forma única nos mercados globais de transmissão e mídia, e estamos empolgados em apoiar a empresa com novas iniciativas de investimento e perspectivas futuras de crescimento”. PA



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BBC e BT fazem primeira contribuição televisiva utilizando 5G público Pela primeira vez uma equipe de produção da BBC utiliza rede pública 5G para um programa de televisão ao vivo

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pesar de os espectadores do programa BBC Breakfast da manhã de 30 de maio não tenham percebido, assistiram um momento histórico para a emissora pública. Durante o programa, a empresa inglesa empregou pela primeira vez uma rede pública 5G para fazer uma contribuição ao vivo desde o popular Convent Garden em Londres. Esta foi a primeira vez que uma equipe de produção utilizou uma rede pública 5G para um programa de televisão ao vivo, e demonstra o potencial que tem o 5G na produção de programas de televisão. Segundo a BBC, com o tempo, a internet desempenhará um papel cada vez mais importante em todos os aspectos da radiodifusão, desde cenários de produção, como esta contribuição, até a forma que se distribui conteúdo e, em última instância, chegar até o espectador onde quer que ele esteja.

Os enlaces de rede 4G requerem múltiplas conexões para proporcionar a capacidade de transportar vídeo ao vivo. Nesta prova de 5G suportada pela rede experimental da operadora BT, foi necessária somente uma conexão, reduzindo tanto a complexidade como o custo da produção. Para fazer a prova possível, foram conectados modems 5G especializados às câmeras da BBC News para a aproveitar a nova rede. A prova também permitiu que às equipes explorar diferentes opções de codificação para comprimir o vídeo, o que garantiu o envio à New Broadcasting House e descomprimí-lo para a emissão ao vivo. “O 5G é uma área de grande interesse para explorarmos, com potencial de reduzir o custo e complexidade das emissões externas, e como forma de entregar conteúdo às audiências no futuro”, afirma Matthew Postgate, diretor de tecnologia da BBC. PA

Screen Brasil manifesta-se sobre compra da ONEtastic pela Gates Air Em comunicado, empresa garante continuidade da parceria para digitalização do Brasil Profundo.

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pós o anúncio da aquisição da italiana ONEtastic pela Gates Air no começo da semana, a Screen Brasil veio a público por meio de um comunicado para manifestar como fica a situação da empresa frente o movimento. A justificativa surge devido a parceria de longa data entre Screen e ONEtastic na criação da linha de transmissores NeXT e Screen ONE para o mercado nacional.

Com caráter apaziguador, o texto do documento dá conta de uma continuidade da parceria, agora entre Screen e Gates. O principal objetivo é atingir o chamado “Brasil Profundo”, com os cerca de 3.000 municípios com menos de 50 mil habitantes que ainda aguardam a digitalização da TV. Confira o documento na íntegra.



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COMUNICADO SOBRE AQUISIÇÃO DA ONETASTIC POR PARTE DA GATESAIR Prezado(a) parceiro(a), Desde o começo de 2016, ano em que a Screen Brasil e a ONEtastic começaram a colaborar para o mercado brasileiro, foram inúmeros os casos de sucesso, que levaram a Screen a liderar vários segmentos do mercado de broadcast no Brasil. Primeiramente com o lançamento da linha NeXT, depois dos transmissores de alta potência e alta eficiência, e enfim do Screen ONE, o primeiro sistema de compartilhamento de infraestrutura para enfrentar o desafio da digitalização dos municípios remanescentes. A Onetastic, empresa derivante do esforço conjunto dos históricos fundadores da Screen na Italia, veio nos últimos anos inovando constantemente e apresentando ao mundo produtos com um alto grau de inovação e desempenho, inclusive para a GatesAir, com a qual a ONEtastic colaborava há muito tempo. Ganhadora de inúmeros prêmios Best of Show, a ONEtastic se destacou com um dos

players mais inovadores no mercado, e com isso despertou o interesse da empresa americana. Conforme comunicação publicada no último dia 31 de Maio, a GatesAir adquiriu a totalidade da Onetastic A parceria entre a Screen Brasil e a ONEtastic será agora entre a Screen Brasil e a GatesAir, a qual adquiriu, além dos ativos e dos projetos da primeira, o contrato que tem como objeto a atuação no mercado Brasileiro, nos mesmos moldes atuais e com a mesma vontade de apresentar melhorias contínuas em termos de inovação, serviço, atendimento e qualidade dos produtos oferecidos. Não muda a velocidade, a inovação, o desempenho, as condições comerciais. Mudam a força de atuação e a possibilidade de aproveitar a colaboração com a maior empresa fabricante de transmissores para radiodifusão do mundo, com potencia global e atuação local Mudanças, estas que representam uma enorme oportunidade para todos os nós e os nossos stakeholders Com a atitude e o espírito de sempre, e com uma força ainda maior, queremos potenciar a nossa atuação e lhe oferecer quanto há de melhor para a sua emissora de televisão. PA

EditShare recebe aporte de capital majoritário de fundo de investimento Baseado em Boston, a ParkerGale Capital passa a ser majoritária da empresa, com injeção de capital focada no desenvolvimento tecnológico.

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EditShare, fabricante de sistemas inteligentes de armazenamento compartilhado, gerenciamento de mídia e controle de qualidade, anunciou hoje a entrada do fundo de investimento ParkerGale Capital como parte majoritária de seu quadro acionário. Baseada em Boston, o grupo de investimentos é focado na aquisição e injeção de capital em empresas de software de diferentes áreas e é a primeira vez que entra na indústria audiovisual. Com muito cuidado para não divulgar a ação como uma aquisição, a EditShare faz questão de frisar o movimento como uma grande entrada de capital em sua infraestrutura como uma forma de crescimento em desenvolvimento. “Temos uma grande lista de demandas que nossos clientes gostariam que desenvolvêssemos. Com isso em mente, comecei a ir atrás de uma forma de conseguir mais recurso financeiro para investir neste tipo de desenvolvimento”, explicou o fundador Andy Liebman em exclusividade para a Panorama Audiovisual. De fato, de acordo com Liebman, a EditShare precisou passar por um verdadeiro processo seletivo para chegar ao modelo de acordo com a ParkerGale. “Eles são um grupo de investimento grande que recebem mais de 200 propostas de empresas procurando investimento, e acabam selecionando 2 ou 3 por ano para aportar capital”, explicou. Este acordo final é fruto de mais de um ano de negociações. Tentando evitar as turbulências comuns deste tipo de operação, a empresa está mantendo tanto o fundador Andy Liebman, que agora passa a responder como Chief Strategist Officer focando-se no desenvolvimento de tecnologias e Tara Montford que segue como Vice-Presidente de Negócios. Novo no quadro é Conrad Clemson, que assume como CEO apontado pela ParkerGale.

Clemson atuou muitos anos na indústria de tecnologia, sobretudo na área de TI, tendo participado de grandes operações de compra na Motorola e Cisco. “A EditShare sempre conseguiu levar à seus clientes as soluções antes mesmo que o problema fosse reconhecido. Com esta operação a capacidade e flexibilidade da empresa crescerá vertiginosamente para fazer movimentos tecnológicos demandados pela indústria”, explica. Além do cargo executivo, Clemson também adquiriu parte acionária da empresa. Em um bate-papo exclusivo com a Panorama Audiovisual, o o novo CEO explicou quais os planos para gastar todo este dinheiro recém adquirido. “Sem sombra de dúvida expandir para soluções em nuvem é algo que estamos buscando como prioridade, além de tecnologias de compartilhamento remoto para além do uso de internet”, afirma Clemson. Questionamos também os planos da empresa para ampliar sua presença local, uma vez que faz menos de um mês que foi anunciada uma nova parceria de distribuição em território nacional com a empresa Mdotti. “Entendemos que há uma grande dificuldade para realizar importações para o Brasil, e acreditamos que com a Mdotti trabalhando na montagem dos sistemas em território nacional teremos muito mais presença. Mas ainda é cedo para falar sobre o que vamos fazer”. De fato, no momento da entrevista fazia poucas horas que o contrato com a ParkerGale havia sido assinado e ainda há poucas certezas sobre o quão profundo este investimento vai transformar a companhia. Historicamente, há experiências boas e ruins na indústria broadcast quando grupos de investimento tomam conta de empresas do setor, mas o sorriso dos fundadores Andy e Tara durante a entrevista mostram que há, pelo menos, muito otimismo e esperança de crescimento em tecnologia para seus clientes. PA


Produção completa como nunca antes


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O faturamento da indústria dos e-sports superarão 900 milhões de dólares em 2019 Com este crescimento, garantir direitos exclusivos será uma questão estratégica para broadcasters.

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Fucturesource Consulting realizou um estudo em que destaca que o fatuamento total da indústria de eSports superarão os 900 milhões de dólares este ano. O número representa um crescimento de 18 por cento, o que impulsionará os ingressos até alcançar os 1,8 bilhões de dólares em 2023. A medida que os eventos chave começam a atrair cifras e audiências similares a das competições esportivas de primeiro nível, garantir a exclusividade das principais competições será primordial na estratégia das emissoras. Segundo a consultoria, isso valerá tanto para as plataformas de OTT e Live Streaming como para a transmissão esportiva tradicional. Os eSports estão se tornando cada vez mais populares e já formam

parte da vida universitária, sobretudo nos Estados Unidos, da mesma forma que equipes de futebol ou hockey figuram como atividades acadêmicas. As universidades estão construindo laboratórios de eSports onde suas equipes locais podem praticar em condições de alta qualidade com direito à sistemas pensados para a transmissão. Algumas universidades estão, inclusive, investindo em suas próprias arenas de eSports, onde centenas de espectadores poderão acompanhar as competições ao vivo em telas gigantes. Ainda de acordo com o estudo, escolas secundárias também têm investido na modalidade e em ambos os níveis educacionais, cursos que misturam o conhecimento em jogos eletrônicos com administração, negócios e eventos têm surgido com bastante força. PA

UEFA lança sua plataforma de OTT gratuíta A nova plataforma de streaming UEFA.TV pretende oferecer aos espectadores um maior acesso aos conteúdos de vídeo ao vivo de diversas competições.

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UEFA apresentou oficialmente sua nova plataforma de streaming OTT cujo objetivo é oferecer aos espectadores um maior acesso aos conteúdos de vídeo ao vivo e por demanda de uma grande variedade de competições. O serviço batizado UEFA. tv oferecerá inicialmente aos fãs de futebol uma plataforma de entre-

tenimento com programação original baseada nos 60 anos de história da federação europeia. A plataforma também contará com competições juvenis, femininas e de futsal com uma ampla cobertura ao vivo em todos os mercados pertinentes. Por último, também servirá para a promoção de todas



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as competições da UEFA, oferecendo conteúdos de bastidores, entrevistas e uma ampla gama de extras. Todo o conteúdo em vídeo se encontra disponível gratuitamente bastando apenas um simples registro, mesmo para acompanhar partidas ao vivo, até quando não há nenhum titular de direitos no território em que vivem. A partir da próxima temporada, a Bundesliga será a primeira liga nacional que estará representada no novo portal digital. A UEFA e a Deutsche Fußball Liga (DFL) firmaram uma associação que prevê um canal separado na plataforma de streaming com vídeos da Bundesliga além das competições europeias. Este serviço estará disponível a partir do lançamento e incluirá os melhores momentos das partidas do fim de semana e shows como o Bundesliga Special.

“O panorama digital está evoluindo e precisamos estar em uma posição em que possamos nos antecipar e responder a estas mudanças”,a firma o presidente da UEFA, Aleksander �eferin. “A UEFA é uma organização inovadora e, com a introdução desta plataforma, faremos com que o futebol e nossas competições sejam mais acessíveis aos fãs no mundo todo”. A UEFA.tv assegura que a plataforma não competirá com os canais de televisão, mas que será uma complementar aproveitando a ampla gama de conteúdos disponíveis pela UEFA, incluindo as imagens de arquivo, partidas gravadas, programas de revistas e as demais competições (futsal, liga feminina e ligas de base). Além, a ferramenta pode ser usada pelas 55 federações da UEFA para aumentar seu alcance e visibilidade a nível mundial. PA

Quase 40% dos internautas no Brasil pagam para ver filmes e séries no celular. Outros 20% pagam pelo streaming de música. Nelflix, Spotify e Deezer são os serviços mais usados pelos brasileiros, segundo o Panorama Mobile Time/ Opinion Box sobre uso de apps no Brasil

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nova edição do Radar de Popularidade de Apps, que integra o mais recente Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre uso de apps no Brasil, aponta que 38% dos 1.763 usuários brasileiros de smartphones, ouvidos pela pesquisa, pagam para ver filmes e séries no dispositivo móvel. Entre os 662 que responderam que assinam este tipo de serviço, 92% tem o Netflix contratado. Esta é a primeira vez que o Panorama Mobile Time/Opinion Box so-

bre uso de apps no Brasil pergunta sobre esse tipo específico de serviço, segundo informa Fernando Paiva, editor do Mobile Time e coordenador da pesquisa. “Antes, o enunciado era sobre serviços de entretenimento móvel, o que acabava misturando streaming de filmes e streaming de música. Agora, esses dois segmentos passam a ser tratados separadamente”, explica. Com a mudança, constatou-se que 20% dos internautas pagam para ouvir música no celular (neste

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caso a base é sobre 1.763 internautas com smartphone). No caso dos serviços de filmes e séries, segundo Paiva, não há diferenças significativas por gênero, classe social ou região do Brasil no público de assinantes de serviços de streaming de filmes e séries. “Porém, na comparação por faixa etária percebe-se que o hábito é mais comum entre os jovens. No grupo de 16 a 29 anos, 46% assinam esse tipo de serviço. Entre aqueles de 30 a 49 anos, a proporção cai para 34%. E na faixa de 50 anos ou mais, a proporção é de 26%”. detalha. O Netflix é disparado o mais popular, sendo que os demais serviços oferecidos – Amazon Prime, Globo Play e Telecine – foram citados cada um por apenas 1% do total dos entrevistados. Streaming de música: Spotify e Deezer na preferência dos usuários Nesta nova edição do Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre uso de apps no Brasil, com a separação das perguntas sobre os aplicativos de entretenimento, verifica-se que 20% dos entrevistados afirmam que pagam por serviços de streaming de música. A proporção é praticamente metade daquela verificada em streaming de filmes e séries (38%). A diferença pode ser explicada por dois fatores, segundo Fernando

Paiva: “O primeiro é que os principais serviços de música oferecem versões gratuitas em troca da reprodução de publicidade em áudio, enquanto o Netflix, líder do segmento de streaming de filmes e séries, não dá essa opção. Outra possível explicação é que muitas pessoas têm o serviço de música como parte integrante dos seus planos de telefonia e talvez não o percebam como um serviço pago, mas como um “brinde” da operadora”. Neste caso, a proporção de assinantes de streaming de música é maior nas classes A e B (30%) do que nas classes C, D e E (17%), o que reforça a tese de que provavelmente uma parcela significativa prefira a versão gratuita de serviços de streaming de música. Também há diferença significativa na comparação por faixa etária: o hábito de pagar por streaming de música é mais comum entre os jovens. No grupo entre 16 e 29 anos, a proporção é de 27%. O percentual cai para 17% na faixa entre 30 e 49 anos, e diminui para 10% entre aqueles com 50 anos ou mais. Entre os aplicativos preferidos, o Spotify e Deezer lideram a preferência dos consumidores brasileiros em streaming de música pago. O relatório completo está disponível para download gratuito em panoramamobiletime.com.br. PA



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Reportagem

Semana ABC Principal evento de cinematografia do Brasil reuniu estudantes, profissionais e especialistas para abordar técnica e tecnologia Da Redação

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igurando como um dos principais encontros de profissionais do audiovisual brasileiro, a Semana ABC 2019 mais uma vez aliou debates, palestras e workshops de qualidade com demonstração de tecnologia de ponta. Realizada entre os dias 15 e 17 de maio na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, o evento deste ano contou com 12 mesas sobre diversos temas, como as tradicionais voltadas à direção de fotografia, educação, som e direção de arte. Entre os destaques da Semana ABC 2019 estiveram as master classes da diretora de arte Jeannine Oppewall, indicada quatro vezes ao OSCAR, e do renomado diretor de fotografia Edgar Moura, além da mesa sobre mulheres na cinematografia e a exibição do documentário Moving Pictures: Filmmakers and the Art of Cinematography. Também aconteceu um painel sobre a São Paulo Film Commission. Quais os desafios para filmar na cidade, os impactos socioculturais e econômicos da atividade e como tornar São Paulo cada vez mais FilmFriendly são os eixos do debate. É a primeira vez que a Semana ABC promove uma mesa para discutir a atuação da área da Spcine.

Evento anual, promovido desde 2002 pela Associação Brasileira de Cinematografia, a Semana ABC tem o objetivo de apresentar ao mercado, estudantes e profissionais do audiovisual novas tendências de trabalho e gerar reflexão em torno de temas variados por meio de conferências, painéis e debates, que reúnem profissionais de diversas áreas do setor, do Brasil e do exterior, além de outras atividades, como a exposição de equipamentos, que contará com a empresas e instituições Arri, Canon, Cinecidade, Electrica, DCine, Disk Films, EliteCam, Fujifilm, I9tv, Locadora de Equipamentos, Locall, Lumatek, MonsterCam, Panasonic, Quanta Post, Sindcine, Sony e Zeiss, e duas instalações de realidade virtual. No dia 15 de maio acontece a Instalação The Tempest, realizada por Luiz Velho, diretor do IMPA, e nos dias 16 e 17 a Instalação BELEAF, uma experiência imersiva em realidade virtual realizada pela empresa Árvore Experiências Imersivas. A Panorama Audiovisual esteve presente no evento registrando algumas das principais novidades apresentadas. Confira os vídeos em nosso canal: PA


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Direto da Semana ABC: A Sony apresentou o seu kit de extensão para as câmeras Sony Venice. Com a novidade, é possível trabalhar com o sensnor até 6 metros longe da unidade principal. Confira a explicação de Ilson Brancaleoni Jr. e de Samuel W. Fares

Direto da Semana ABC: A Canon aproveitou o evento para fazer o lançamento da nova linha de lentes Sumire Prime PL. Além disso, a marca mostrou também sua câmera Full Frame C700 FF. Confira os detalhes do especialista Yuri Henrique Nieto

Direto da Semana ABC: A Fujifilm Brasil esteve presente na Semana ABC com dois lançamentos. As câmeras Mirrorless da Série X e as lentes da Série MK com bocal MFT. Marcel Gallo explica as novidades.

Direto da Semana ABC: A ARRI demonstrou no evento a sua linha de lentes Signature Prime com direito a presença do especialista Art Adams. Confira


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Guia - Monitoramento OTT

Conectando TI e Broadcast: Monitoramento OTT Por Tomy Orme

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iferente do broadcast tradicional pelo a e redes de distribuição via cabo, o OTT inclui muitos sistemas operados por empresas diferentes para entregar os conteúdos para a audiência, e existem silos potenciais que são os principais desafios enfrentados pelo OTT. Para permitir a entrega à uma quantidade enorme de dispositivos móveis, como telefones, tablets e laptops, a distribuição OTT provê múltiplos streams de dados com razões variáveis. Um usuário viajando pode estar em movimento entre cobertura celular boa e ruim. Ou uma rede wi-fi em uma cafeteria pode se tornar congestionada conforme mais clientes chegam, e a banda passa a ficar comprometida. Usando protocolos de streaming adaptativos, como DASH (Dynamic Adaptative Streaming sobre HTTP) ou HLS (HTTP Live Streaming), múltiplos streams precisam se acomodar de acordo com a disponibilidade de largura de banda da rede. Para um serviço em HD, deve existir cinco data rates diferentes entre 500 Kb/s e 5 Mb/s, por exemplo. Dispositivos móveis compatíveis com DASH e HLS recebem um arquivo manifesto descrevendo os diferentes streams disponíveis. O dispositivo móvel usa esta informação para trocar automaticamente entre os streams disponíveis. Visando a melhor experiência do espectador idealmente, o dispositivo móvel vai escolher o stream com o data-rate mais alto disponível, já

que este é o que entrega a melhor qualidade de imagem e som. No entanto, se o usuário se move para uma rede com baixa cobertura, os dados entregues podem não chegar ao dispositivo móvel a tempo e acontece a perda de buffer, resultado no infame “criando buffer, por favor aguarde”, que afeta seriamente a experiência do espectador. O dispositivo móvel precisa manter seu buffer interno otimizado para ter um bom nível de qualidade de experiência para o usuário. Se é muito baixo, ou vazio, a imagem eo som pode congelar ou travar. No entanto, ser compatível com DASH e HLS permite que o dispositivo detectei um nível baixo de buffer, calcule a largura de rede disponível e troque a qualidade do stream disponível para manter o buffer cheio. Esta escolha pode acarretar num vídeo com qualidade levemente inferior, mas a experiência do usuário é preservada. Se o dispositivo móvel detectar um data-rate disponível na rede, ele vai trocar de volta para o stream de melhor qualidade, melhorando a qualidade de vídeo e áudio.Tudo isso acontece automaticamente, sem a intervenção do usuário. Neste estágio, vale lembrar que o broadcast tradicional costuma ter um único canal de envio por canal em uma direção, da emissora para as residências. Quando o sinal deixa o transmissor da antena, nós podemos assumir tranquilamente que o sinal está sendo recebido pelo espectador. Redes broadcast são fechadas de forma que são proprie-


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dade e operadas pelas emissoras ou os sinais são transferidos por uma Telco privada diretamente contratada pela emissora. De qualquer forma, o broadcaster tem a visibilidade total da emissão unidirecional da estação de TV para o espectador por seus transmissores privados. Uma analogia similar pode ser feita sobre a distribuição broadcast feita via cabos. A rede é fechada, ou de propriedade da emissora ou diretamente contratada por uma Telco.

Flexibilidade OTT O OTT não opera desta forma. Do ponto de vista dos usuários, em um serviço destes, é possível acessar qualquer material via internet. Mas há muitos terceiros envolvidos na rede de distribuição, muito mais do que em uma rede de broadcast tradicional. Quando entrega um sinal SDI para uma Telco, a emissora pode ter certeza que o circuito tem os requerimentos mínimos de banda e jitter. Estes são cumprimentos com as especificações SMPTE 292M, por exemplo. A emissora pode ter certeza que a rota de sinal da Telco até o destino vai acontecer sem atrasos e chegará completamente intacto com a especificação. A desvantagem deste sistema é que ele é incrivelmente caro, restritivo e oferece pouca flexibilidade. Não tem uma forma fácil de enviar um programa para um dispositivo móvel usando transmissores e redes SDI. O Internet Protocol (IP) emergiu como um mecanismo de entrega dominante para a internet por ser totalmente agnóstico. IP pode facilmente ser distribuído tanto por Ethernet como Wi-Fi, os pacotes IP não tem conhecimento ou dependem do meio de transporte. No entanto,

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o IP nunca foi projetado para ser tolerante à falhas, mas sim, como um sistema de entrega de melhor esforço. Para entregar um um sistema com tolerância à falhas, nós usamos Transfer Control Protocol (TCP), que usa um sistema de janelas para garantir que grupos de pacotes são recebidos em seu destino. Se o receptor não enviar uma confirmação de que recebeu a última leva de pacotes, então estes pacotes são reenviados. Isso adicional algum atraso e latência, mas não é a história completa. Servidores de Web na internet usam a Hyper Text Mark-up Language (HTML) para prover dados e informação para que os navegadores web possam exibir. Desta forma, páginas HTML são transportadas entre servidores web e browsers usando Hyper Text Transfer Protocol (HTTP). E HTTP reside sobre TCP e depois IP. Apesar do IP formar a base do pacote de entrega da internet, é o HTTP que é a base da entrega da aplicação e distribuição de páginas web, e áudio e vídeo transmitido. HTTP foi escolhido pelos designers do DASH e HLS para transportar vídeo e áudio para dispositivos móveis já que ele forma a coluna vertebral da internet e é interoperável (em teoria). Da perspectiva de um provedor de serviços, HTTP é incrivelmente útil par ao modelo de negócios. Por exemplo, uma rede terceira Content Delivery Network (CDN) pode espalhar o custo de suas instalações para muitos clientes usando HTTP. ISPs adotam o mesmo modelo é esta partilha que permite que programas sejam entregues tanto de forma flexível como com bom custo benefício para broadcasters. Ser capaz de entregar para dispositivos móveis permitem um alcance muito maior de audiência.

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Reportagem - INTERBEE 2018

Broadcast tradicional é um sistema de distribuição unicast, onde sinais são ativamente empurrados para um receptor. A TV sempre recebe o sinal e o transmissor não sabe se o espectador de fato recebeu o sinal ou não. OTT depende do receptor, como um dispositivo móvel, requisitar os dados do broadcaster

HTTP provê flexibilidade A capacidade de emissoras em usar entrega em HTTP por redes partilhadas é o que deixa o OTT tão flexível. Mas com flexibilidade vem os desafios e as perdas. Reduzir a flexibilidade simplesmente nos levaria de volta as redes proprietárias SDI. Consequentemente, as emissoras agora se encontram compartilhando redes com outros provedores de serviços e usuários. Estas redes são incrivelmente complicadas e não são dedicadas a um único cliente. Isso leva a perdas por parte do provedor de serviços conforme eles fazem o possível para manter os clientes felizes. Estas redes complexas são dinâmicas, e seus comportamentos podem ser influenciadas por outros usuários do sistema. Se um operador de telefonia móvel disponibiliza um upgrade de software e milhões de usuários baixam ele ao mesmo tempo, isso poderia afetar a rede e influenciar a qualidade de experiência de quem está assistindo vídeo. Especialmente se as salvaguardas corretas dentro da rede não foram implementadas.

Pensamento em Silos Em uma canal de distribuição típico, muitos provedores de serviços podem formar links entre o broadcaster e sua audiência. Diferentes fornecedores provêm uma distribuição geograficamente separada por meio de CDNs e muitos ISPs e provedores de acesso entregam o programa final à seu usuário. Isso pode ser uma tarefa complexa e de alta demanda. Na hora de atribuir culpa a cultura de apontar o dedo pode acabar criando consequências terríveis na estrutura. Da perspectiva do usuário, OTT é uma solução em seu começo. Além disso, muitos fornecedores ainda estão experimentando métodos de otimizar a entrega dos serviços. Novas arquiteturas e protocolos estão constantemente sendo desenvolvidos para melhorar a qualidade do espectador. Trabalhando confinado dentro de seu próprio laboratório, uma empresa pode descobrir ser capaz de aprimorar a entrega de vídeo ao projetar uma nova arquitetura ou otimizando o protocolo. Mas é somente quando eles se conectam a outros provedores de serviço que eles poderão ver se a solução é completamente compatível. E estas mudanças não são sempre publicizadas então estabelecer que uma modificação aconteceu pode ser bem difícil. Alguns eventos criam enormes cargas de entrega nas redes, resultado em comportamento não-determinístico e imprevisível. Emissoras

Dados HTTP são transportados via TCP. Devido a operação do TCP, pode haver consequências não desejadas caso grandes erros aconteçam. Apesar do data-rate aumentar, o datathroughput cai e a latência aumenta. É preciso tomar cuidado quando interpretar o bit-rate de uma rede

não podem sempre prever quantos usuários vão acompanhar o OTT ao invés da transmissão tradicional, então entender onde este recurso extra precisa ser provisionado é um desafio per se. Principalmente por conta das interações entre muitos elementos não relacionados dos provedores de serviço. Com os comportamentos de hoje de consumo de mídia extremos, muitos espectadores insatisfeitos usam as mídias sociais para soltar sua raiva e frustração. Marcas podem ser facilmente danificadas e perder muita receita. Com tantas opções de conteúdo, na melhor das hipóteses, o usuário simplesmente escolhe outro programa. Não é novidade ver as emissoras monitorando as mídias sociais para estabelecer a qualidade de sua entrega. Claramente isso é insustentável e não provê uma proposição de negócio sustentável. Devido a complexidade natural de transmissão em tempo real, muitas coisas podem dar errado em muitas localidades diferentes, e não é bastante óbvio que o problema está se manifestando em um provedor de serviços específico, sem razão óbvia. PA



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Provedores de vídeo: priorizar o monitoramento ou pôr em risco a qualidade da experiência (QoE) do consumidor Por Stuart Newton*

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as por que exatamente a indústria de TV Paga está sendo tão lenta em se adaptar a este novo mundo digitalmente transformado por dados? Existem alguns fatores em jogo. Em primeiro lugar, vem as velhas práticas de negócios. Automação, melhorias nO vídeo está agora disponível em qualquer lugar, para qualquer pessoa e em qualquer rede de acesso. Essa “acessibilidade global” ainda é um desenvolvimento relativamente novo na evolução da entrega de vídeo para as empresas de mídia que criam conteúdo e para as redes que o transportam. Como ocorre com a maioria

das inovações, o serviço geralmente precede a qualidade desse serviço, pois as empresas correm para ser as primeiras a comercializar e priorizam o serviço em si, em vez de monitorar esse serviço. Quaisquer problemas com o serviço resultam em uma triagem de emergência para descobrir o que está errado, e geralmente uma boa quantidade de acusações e culpas que geralmente não conseguem nada além de aumentar os níveis de estresse e atrasar a resolução do problema. O monitoramento, embora não seja glamouroso, é um desafio fasci-


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nante. Em geral, pode estar presente por razões de segurança, diagnósticos, rendimentos, eficiência de custos (tempo para resolução, redução da alocação incorreta de recursos humanos) e proteção de marca (que, aliás, é um dos principais motivos para monitoramento após as falhas de transmissão ao vivo nos últimos anos). A maioria das pessoas nem percebe que está lá. O velocímetro ou o medidor de temperatura em um carro, a luz de advertência do freio, um alarme de casa, um alerta em um smartphone, o monitoramento está em todo lugar. Na produção industrial, há monitoramento para segurança, monitoramento de desempenho e diagnósticos. Custa muito para uma linha de produção cair, especialmente com os métodos de produção sob demanda de hoje. Com o mundo sob demanda, o monitoramento é essencial para garantir que as peças ou os dados estejam onde precisam estar, ou funcionando adequadamente, em todos os momentos. Mesmo se houver um sistema de backup, ele precisa ser monitorado para garantir que esteja realmente disponível. Industrialização de vídeo: O monitoramento desempenha um papel crítico, mesmo em redes não gerenciadas O vídeo não é diferente de qualquer uma dessas aplicações. Hoje, as informações de vídeo são compactadas, colocadas em pacotes IP e enviadas para todo o mundo, ao vivo ou sob demanda, de acordo com os catálogos de streaming disponíveis atualmente. Esses pacotes precisam ser criados e armazenados (sob demanda) ou enviados imediatamente para streaming ao vivo, e precisam percorrer várias redes para serem decodificados novamente nas imagens que vemos em nossos televisores ou smartphones. Há uma infinidade de resoluções, de TVs de tela grande a smartphones, e taxas de bits diferentes (com qualidade variada do mesmo conteúdo de vídeo) para que os espectadores possam optar por diminuir a taxa de bits (para uma versão de qualidade inferior do mesmo vídeo) se a rede estiver ficando congestionada. Isso destaca outro desafio: a rede de fornecimento. Poucas pessoas percebem que, quando estão assistindo a conteúdo esportivo em sua TV e depois mudam para o celular temporariamente, o vídeo que estão assistindo no celular pode estar vindo de uma rede completamente diferente do vídeo que estavam assistindo na TV. Se eles saírem de casa e mudarem para uma rede celular, provavelmente será um caminho completamente diferente novamente, e quase certamente será um feed de qualidade diferente, com os pacotes provavelmente construídos por diferentes servidores em uma localização geográfica diferente. Ao entender isso, não é surpreendente que os streams raramente estejam em sincronia, com diferentes atrasos de tempo em relação à transmissão ao vivo. Mesmo o dispositivo de visualização irá adicionar diferentes níveis de atraso em comparação com a pessoa que assiste ao lado, devido aos cálculos de buffering relevantes para esse dispositivo e quão boa é a rede de fornecimento. Essas são apenas algumas das coisas que podem dar errado, ou afetar, a qualidade ou o desempenho do streaming de vídeo ao vivo. Mesmo no passado, quando as redes de distribuição de vídeo eram controladas de ponta a ponta por um provedor de serviços de vídeo (codificação, entrega multicast, rede de acesso, gateway residencial e decodificador) como em implementações de satélite, cabo ou IPTV,

Hoje, as informações de vídeo são compactadas, colocadas em pacotes IP e enviadas para todo o mundo

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O streaming de vídeo “a qualquer momento” e “em qualquer lugar” está amadurecendo, e os espectadores esperam um serviço de boa qualidade

o monitoramento era essencial para a maioria dos provedores. Sem monitoramento, pode levar dias, semanas ou até meses para isolar um problema (especialmente quando o problema ocorreu em momentos aleatórios) e, em muitos casos, resultaria na equipe de processamento de vídeo, a equipe central da rede, a equipe da rede de acesso, e a equipe de vendas (gateway residencial e STB), todos culpando uns aos outros.

A importância do monitoramento de demarcação em um ambiente multirede Com a mudança para o streaming adaptativo, tudo isso se agravou ainda mais. Múltiplas taxas de bits, múltiplos protocolos adaptativos (HLS, DASH e legado) e múltiplas redes de entrega que não são mais propriedade do provedor de serviços de vídeo (redes de entrega de conteúdo, redes de acesso múltiplo) tornaram essencial o monitoramento de vídeo. Isso também significa que, para o provedor de serviços de vídeo, é essencial saber como é a qualidade do transporte de vídeo que entra e sai das redes de terceiros. O monitoramento de demarcação é absolutamente essencial para entender onde começa a causa raiz dos problemas de entrega de vídeo, para que as equipes certas (e a empresa) possam corrigi-los. Também surgiram complexidades em torno da latência e, em muitos casos, levaram a entrega de vídeo atrasado em termos de problemas de tempo de atraso para eventos ao vivo. Um ótimo exemplo disso é o desafio que os provedores de serviços de vídeo têm na sincronização de vários ângulos de câmera para o espectador em sua TV. O sinal de TV principal pode estar vindo através da rede principal de telecomunicações, enquanto os diferentes ângulos de câmera podem ser fornecidos usando streaming adaptativo via diferentes redes nacionais ou globais, introduzindo um atraso significativo em relação ao sinal principal. O streaming de vídeo “a qualquer momento” e “em qualquer lugar” está amadurecendo, e os espectadores esperam um serviço de boa qualidade, especialmente se estiverem pagando por ele. O monitoramento em tempo real é absolutamente essencial para os serviços de streaming de vídeo e envolve um entendimento íntimo de todo o processo, de ponta a ponta, para a entrega de vídeo. O feedback em tempo real também é essencial para o futuro dos serviços de vídeo zero-touch (sem intervenção humana), em que os dados podem ser usados instantaneamente para corrigir ou compensar problemas com os serviços de vídeo. Sem o feedback em tempo real de vários pontos ao longo da cadeia de entrega de ponta a ponta, os recursos de loop fechado simplesmente não são possíveis. PA

*Stuart Newton é Vice-presidente de estratégia do grupo de desenvolvimento corporativo da Telestream.


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Cinco regras par ao sucesso da TV Paga em um mundo orientado por dados Por Jacques Edouard Guillemot*

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ara inovadores digitais como o Google, a Amazon, o Facebook, a Apple e o Netflix (GAFAN), muito do seu sucesso está na habilidade de reunir dados e usá-los de forma eficiente. Seus modelos de negócios são construídos ao redor de dados e, como resultado, seus usuários ficam diariamente conectados aos seus apps. Se tudo vai bem para as gigantes de tecnologia, a indústria de TV Paga ainda não conseguiu aproveitar os mesmos benefícios de seus dados. Na realidade, a indústria de TV Paga está se adaptando devagar a este mundo cada vez mais orientado por dados e analytics. Muitos players da TV Paga ainda têm dificuldade de alcançar seu verdadeiro potencial devido a sistemas legados, velhas formas de se pensar, estrutura organizacional ultrapassada ou até mesmo uma combinação destes fatores. Como resultado, poucos têm sido capazes de coletar de forma apropriada, implementar e usar dados para obter insights valiosos. Assim, eles falharam em melhorar o serviço de TV Paga e operações de negócios. Lembre-se, a indústria de TV paga possui o maior catálogo e a maior base de assinantes; e o fato de não estar adotando essa nova era é

uma questão importante – especialmente em um momento em que as pressões por resultados estão aumentando em uma escala sem precedentes. Mas por que exatamente a indústria de TV Paga está sendo tão lenta em se adaptar a este novo mundo digitalmente transformado por dados? Existem alguns fatores em jogo. Em primeiro lugar, vem as velhas práticas de negócios. Automação, melhorias nas operações de customer services, redução da rotatividade, entrega de anúncios mais segmentados, personalização de recomendações de conteúdos, otimizando o custo e a receita de seu portfólio de conteúdo – estas ações são cruciais para operadores de TV Paga. Ainda assim, muitos não conseguem acelerar este processo simplesmente por estarem presos a um jeito antigo de se pensar. Em segundo, talvez ironicamente, não vem a falta de dados, mas sim o excesso deles. E com hordas de dados armazenados, a fragmentação é inevitável. Os dados precisam estar conectados de ponta a ponta e de forma holística para que possam ser úteis. O terceiro ponto é a tecnologia – seja por uma questão de custo,


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implementação ou o fato de que a tecnologia está simplesmente fora de alcance. Os operadores estão encarando um campo de jogo fragmentado com tecnologias e capacidades mais avançadas do que nunca, sem mencionar que estão evoluindo extremamente rápido. Com isso em mente, problemas tecnológicos devem surgir. Mas se nos permitirmos sonhar por um momento, e se toda a indústria compartilhasse todos estes dados? O GAFAN hoje tem acesso a dados desde o ponto de criação do conteúdo até a entrega, o que lhes dá uma grande vantagem competitiva. Mas e se a indústria (incluindo os estúdios) permitirem a fusão de todos os dados, através de toda a cadeia? Naturalmente, seria necessário também haver concordância em uma padronização clara de como conteúdo e anúncios são vendidos. Porém trabalhar juntos para encontrar uma abordagem comum aos dados, também pode trazer benefícios incríveis: maior flexibilidade dos modelos de negócios de conteúdo, anúncios e, por último, assinaturas. Porém, com este pensamento otimista em mente, nós devemos antes estabelecer cinco regras de ouro para o sucesso da TV paga neste mundo orientado por dados: A primeira é com relação aos dados. Prefira qualidade a quantidade: é melhor ter poucos dados relevantes, do que um monte de lixo. Lagoas transbordando com dados são o maior inimigo de seu uso orientado a negócios. A segunda é adotar um padrão que assegure que seus diferentes sistemas possam contribuir para o seu esforço de dados geral. Novamente, os dados precisam estar conectados de ponta a ponta e de

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forma holística para poderem ser usados por uma indústria interessada em colaboração. A terceira é começar com a real questão: os problemas tangíveis de negócios que os operadores querem abordar. Por exemplo, qual questão que queremos resolver com dados? Queremos abordar a rotatividade? Podemos implementar previsões e recomendações para adereçá-los? Qual a melhor forma de encorajar o uso do serviço? Através de uma ação de marketing? Ou uma ação de recomendação? A quarta é levar o assunto de volta para a mesa da diretoria. Para se ter sucesso, é necessário ser um esforço transversal. Não pode ser orientado por apenas um departamento. A quinta e última, tenha em mente que o resultado deve ser transformado em ações reais de negócios, e não apenas gráficos e grupos de dados. Dados são bons, mas o que você faz com eles é que conta. Agora, manter essas regras de ouro ao pé da letra não garante sucesso para todos os operadores; afinal, os objetivos estão sempre mudando no mundo da TV por assinatura. Mas com tempos desafiadores à frente, eles podem servir como um guia prático para aqueles corajosos o suficiente para se adaptar, crescer e navegar no caminho para o sucesso. PA

*Jacques Edouard Guillemot é Vice-Presidente Senior de assuntos executivos da NAGRA

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10 Perguntas

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Nicolas Bourdon Vice-Presidente Senior de Marketing da EVS

Por Flávio Bonanome

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Sinônimo de produção ao vivo, a EVS completa em 2019 um quarto de século de existência. Nascida na Bélgica em 1994 com a ideia de criar um servidor de vídeo baseado em memória RAM capaz de armazenar entre 3 e 4 segundos de vídeo para ser reproduzido ao vivo, a empresa praticamente criou uma das ferramentas que se tornaram mandatórias na narrativa da produção esportiva moderna, o replay. Nestes últimos 25 anos, porém, a companhia expandiu sua tecnologia de forma vertiginosa, criando toda uma infraestrutura de servidores de mídia capazes de gerenciar os fluxos a vivo do ingest ao playout. Graças a esta tecnologia, a EVS é presença mandatória em todos os grandes eventos ao vivo do globo, como Copas do Mundo FIFA, Jogos Olímpicos e muito mais. Para entender um pouco melhor sobre a visão da empresa sobre sua história e o futuro da produção ao vivo, conversamos com

Nicolas Bourdon, Vice-Presidente Sênior da companhia. Durante o bate-papo, o executivo comentou sobre a fama da empresa como fabricante de replay ser prejudicial, e como a EVS deve se tornar o sistema operacional sob o qual a produção ao vivo do futuro deve funcionar.

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Panorama Audiovisual: Como é fazer parte desta história de 25 anos? Qual o sentimento geral dentro da EVS? Nicolas Bourdon: É incrível ver a evolução da companhia, começando em 1994 como uma empresa pequena com tecnologia disruptiva, a primeira a ver com um Gravador de Memória RAM, permitindo fazer um replay de 3-4 segundos, isso é o que dava pra conseguir na época. E ter alguns grandes clientes que confiaram e apostaram nesta empresa que estava começando, na Bélgica, e depois expondo e tomando o risco de usar esta tecnologia em 1996



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10 Perguntas

Bolo, papel picado e Champagne para celebrar os 25 anos da EVS durante a NAB 2019

nos jogos olímpicos de Atlanta, que é onde esta tecnologia de fato foi exposta ao mundo, e se tornou um padrão. PAV: E até onde foi este crescimento? Bourdon: Hoje nossa tecnologia está presente em mais de 95% dos OBTrucks, para toda a produção ao vivo, então é uma grande evolução. E claro, tanto na produção esportiva como em outros ambientes.

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PAV: Muita gente considera EVS sinônimo de servidor de replay, ao mesmo tempo a empresa não fabrica unicamente este tipo de solução. Você acha que esta alcunha é benéfica ou não para a empresa? Bourdon: Até certo ponto é algo benéfico quando sua marca se torna uma palavra do idioma comum do broadcast. Mas ao mesmo

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Temos nos esforçado para mostrar que a missão da companhia não é somente sobre replay, mas sim como criar a emoção ao vivo, como nós permitimos que nossos clientes criem conteúdo de forma mais rápida e melhor

tempo, vejo que você tem um ponto. Nos últimos 15 anos a EVS esteve expandindo muito em outros mercados se tornando parte da cadeia de valor. Sim, nós começamos como uma solução de replay, mas hoje construímos muitas soluções, ferramentas de gerenciamento de conteúdo, e sistemas que permitem acelerar e agilizar os processos de produção ao vivo. PAV: E como trabalhar para desfazer esta impressão geral? Bourdon: Temos nos esforçado para mostrar que a missão da companhia não é somente sobre replay, mas sim como criar a emoção ao vivo, como nós permitimos que nossos clientes criem conteúdo de forma mais rápida e melhor. Em alguma extensão, como nós temos que nos comunicar muito com o mercado, para explicar que a EVS não se trata somente de replay, e é nisso que todas as atividades de marketing da empresa tem se focado, para atingir mercados como o de estúdio, os Broadcast centers, para termos esta comunidade de operadores, não somente de replay, mas de vários sistemas, gerenciamento de conteúdo, edição, então tem evoluído muito.

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PAV: Outra impressão geral, provavelmente vinda da ótima relação da EVS com a Copa do Mundo da FIFA e os Jogos Olímpicos, é que é uma empresa focada em grandes eventos, levando a maioria dos profissionais a achar que as soluções são High-end demais para outras aplicações. Como você vê isso? Bourdon: Para responder isso eu gostaria de fazer uma analogia com o mercado automotivo. Você tem marcas como Renault ou Ford, que participam da Fórmula 1 como uma forma de expor seu nível mais alto de tecnologia, é exatamente a mesma coisa para

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Nós temos soluções acessíveis que permitem aos usuários produzir sem que precisem chegar até o nível dos grandes eventos que fazemos

nós. Estamos nos grandes eventos, e eles são nossa Fórmula 1, é onde mostramos as tecnologias mais novas, experimentamos as novidades, mas no final das contas vendemos nossas soluções para todos os tipos de clientes, desde as produções mais simples até as mais complexas. Nós temos soluções acessíveis que permitem aos usuários produzir sem que precisem chegar até o nível da Fórmula 1. PAV: A EVS teve alguns grandes avanços nos últimos anos, e o primeiro é o Divy, um Switcher baseado em GPU com esta abordagem de operação por camadas. Vocês foram os primeiros nisso, mas não vimos outras empresas vindo atrás desta tendência. Você acha que isso se deve ao fato de vocês estarem muito na vanguarda ou são as outras empresas tentando proteger seus legados? Bourdon: É interessante porque de fato o Divy é uma ferramenta que oferece muito mais potência e flexibilidade do que a maioria dos switches padrão hoje de mercado. Nós vemos que para esta tecnologia o nível de aceitação é lento, o que é uma abordagem puramente humana. Mas nós vemos que novos usuários de ponta, como o mercado de E-Sports, são caras que não vem com ideias já pré-concebidas de como um switches precisa ser, então estão dispostos a testar novas tecnologias e ideias com uma abordagem totalmente diferente. Isso é muito diferente no ambiente broadcast, onde os operadores são um pouco mais conservadores, leva tempo para que eles adotem novas tecnologias. Mas a mudança está vindo. Vemos a nova geração olhando para esta tecnologia e progressivamente mudando para ela. Um exemplo é o caso que apresentamos na NAB com a Universidade de Miami, onde os operadores são jovens e imediatamente adotaram a tecnologia e para nós é algo que Anna tem nem que se pensar. Então eu acho que este tipo de tecnologia é uma forma de nos movermos para o futuro pois ele será alimentado por este tipo de ferramenta.

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PAV: Outra grande novidade dos últimos anos é o sistema VIA, que é uma infraestrutura virtualizada baseada em micro-serviços, que é uma grande tendência do que o Broadcast será

No mercado de E-Sports, os operadores não vem com ideias pré-concebidas de como um switches precisa ser, então estão dispostos a testar novas tecnologias e ideias com uma abordagem totalmente diferente

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nos próximos anos, e estamos vivendo uma competição sobre quem será o “Sistema Operacional” deste futuro, e é algo que vocês estão investindo. Vocês pretendem ser a plataforma onde outros desenvolvedores vão implementar seus serviços para broadcast? Bourdon: Esta de fato é a abordagem que estamos visando. Com a posição que nós temos em produção e eventos ao vivo, todos os conteúdos acabam passando por nossos servidores, do ingest ao playout, então vimos que havia uma oportunidade de construir sobre isso. Uma nova plataforma e ferramentas que fosse extremamente flexível e customizável, e construir um verdadeiro ecossistema baseado em serviços, em motores. E tudo está baseado nesta lógica e estratégia que surgiu quatro anos atrás quando decidimos reinventar completamente a plataforma sobre a qual nossos produtos seria desenvolvido. PAV: Você pode deixar esta visão um pouco mais clara para os usuários de fato da solução? Bourdon: Então para esclarecer as expectativas dos clientes, o que vejo é que hoje falamos muito sobre tecnologia, bits and bytes, e os broadcasters e produtores de conteúdo estão complemente perdidos no meio disso. Então queremos focar em dar aos clientes a possibilidade de se focar no que eles realmente sabem fazer, que é criar conteúdo da melhor forma e o mais rápido possível. E para isso, uma plataforma baseada em aplicativos é a melhor maneira de atingir isso.

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PAV: A EVS foi a primeira empresa a apostar no E-Sport como parte de sua estratégia de mercado, já quatro anos atrás, quando a categoria ainda era vista como alienígena dentro da indústria. Pessoalmente, o quão longe você acha que o nível de produção destas competições vai chegar? Teremos o nível de uma Copa do Mundo da FIFA? Bourdon: Nós vemos os E-Sports como um grande mercado em potencial, e vemos um crescimento forte, cercada 20% ao ano, então claro que vemos como um segmento de grande potencial. Mas claro que este mercado ainda está muito fragmentado, a cadeia de valor entre publishers, organizadores de torneio, e plataformas on-line, tudo ainda é muito fragmentado, então ainda é um pouco complicado para eles construir um modelo de negócio para fazer dinheiro, mas aos poucos, está chegando. O que é muito interessante para nós, é que nós vemos nos E-Sports uma oportunidade de termos um verdadeiro laboratório ao vivo. É onde podemos experimentar muito das nossas novas tecnologias porque, é onde as novas audiências estão, e onde os novos hábitos de consumo de televisão vão se formar. E por enquanto é onde podemos experimentar produtos como o Divy, ou virtualização dentro do jogo. Então, podemos tentar algo que ainda não tentamos e que tem potencial para revolucionar a forma como conteúdo ao vivo é produzido.

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PAV: Para finalizar, devemos ver a EVS completando mais 25 anos? Bourdon: Eu vejo que temos falado muito sobre a plataforma VIA e a evolução desta plataforma é onde vemos a evolução do futuro da EVS. Vemos ela se tornando o ponto central onde todo o conteúdo se fará disponível para todos dentro da cadeia de valor. Não só para broadcasters, mas para produtores, plataformas OTT, mídias sociais. Pessoas dentro da cadeia dos eventos, como treinadores, árbitros, todos que precisarem ter acesso ao conteúdo instantaneamente para fazer algo, iriam até uma plataforma EVS. E esta é uma posição que estamos tentando tomar nesta indústria. PA

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Agenda Acompanhe aqui o roteiro com as melhores sugestões de congressos, festivais, exposições, mostras, cursos, treinamentos e eventos do mercado audiovisual.

27 a 29 de Junho de 2019 Church Tech Expo

A Church Tech Expo reúne o melhor das tecnologias de áudio e vídeo para templos, igrejas, locais de pregação e adoração. Exposição, palestras técnicas e workshops cobrem os segmentos de sonorização, mixagem, captação em vídeo, projeção, gravação, edição e transmissão. Em 2015, o evento reuniu 90 expositores, representando mais de 200 companhias, e mais de 7 mil visitantes. Participe e conheça o que há de mais inovador no setor. Aprenda com exemplos práticos como ampliar e otimizar as suas instalações ao lado dos principais fornecedores, integradores, consultores do mercado nacional e mundial. Entenda como e onde investir para ampliar o alcance de sua mensagem. O evento é destinado a líderes e representantes de religiões, membros de ministérios, equipes técnicas e de projeto, opera- dores de áudio e vídeo, e todos os envolvidos com áudio, vídeo e iluminação em templos e igrejas. O Congresso Church Tech Expo 2018 teve 100 de programação e recebeu 80 palestrantes em 65 sessão. Os temas centrais são: Integrando Áudio, Vídeo e Luz; Acústica e Inteligibilidade; Sistemas de PA e Sonorização; Produção de Apresentações Musicais; Mixagem e gravação; Seleção e configuração de microfones; Produção HD Ao Vivo; Implantação e Vantagens do Live Stream; Integração com Switcher e Robótica; Projeção e Processamento de Vídeo; Integração com Mídias Sociais; Infraestruturas baseadas em IP; Digital Signage Aplicada; Projetos de sucesso; Auto- mação de Processos e Eventos; Desafios da Iluminação. www.churchtechexpo.com.br

Latina no seu segmento, é realizado anualmente em São Paulo. O evento AES BRASIL EXPO tem quatro vertentes: Convenção, Congresso, Exposição e Demonstração. www.aesbrasilexpo.com.br

26 a 29 de Agosto SET Expo 2019

O SET EXPO é o maior evento de tecnologia para mídia e entretenimento da América Latina. O evento é voltado para profissionais, pesquisadores e estudantes da área de telecomunicações, do setor audiovisual e da radiodifusão para Apresentar e discutir as inovações técnicas, as regulações e os novos produtos do mercado audiovisual, cobrindo toda a cadeia de produção, desde a criação até a distribuição. www.setexpo.com.br

14 a 18 de Setembro IBC 2017

Considerado uma versão europeia da NAB Show, o IBC reúne em Amsterdam os líderes da indústria de radiodifusão, broadband e produção audiovisual. Mais de 1000 estandes apresentam um panorama completo do mercado. www.ibc.orgOperação em Mesas DigitaisTodo último final de semana de cada mês, o IAV promove o curso. Operação em Mesas Digitais. Indicado para profissionais de áudio interessados em ampliar seus conhecimentos e dominar a operação dessas mesas. O curso explora a infinidade de recursos disponíveis, através de um método prático exclusivo que desmistifica sua utilização. www.iav.com.br

01 a 04 de Julho

28 de Outubro a 01 de Novembro

Promovida pela AES (Sociedade de Engenharia de Áudio), entidade representante da instituição americana fundada em 1948, congrega os principais profissionais, empresas e acadêmicos do ramo em suas atividades, incluindo o mercado de vídeo, iluminação e instalações especiais. O evento, considerado o maior encontro da América

Principal evento do cone sul para produção audiovisual, broadcast e novas mídias. O enveto traz ampla programação de debates, palestras e treinamentos, além da exposição de tecnologias em primeira mão para o mercado argentino. www.caper.org.ar

AES BRASIL EXPO

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