Digital Security 93

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Ano 8 • No 93 • Maio/2019

93 ISSN 2238-5711

www.revistadigitalsecurity.com.br

Referência em tecnologia para o mercado de segurança eletrônica

Entrevista ROGÉRIO CARMAGO CEO DA ALARMTEK

Centro de Operações Integradas

OSASCO APOSTA NA UNIÃO DE FORÇAS PARA INTELIGÊNCIA URBANA

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Editorial

Mercados Redação Publisher

Eduardo Boni (MTb: 27819) eduardo.boni@vpgroup.com.br Editor Assistente

Gustavo Zuccherato gustavo.zuccherato@vpgroup.com.br Coordenador Editorial

Flávio Bonanome flavio.bonanome@vpgroup.com.br

Arte Flavio Bissolotti flavio.bissolotti@vpgroup.com.br

Comercial contato@vpgroup.com.br

Presidente & CEO Presidência e CEO

Victor Hugo Piiroja victor.piiroja@vpgroup.com.br Financeiro Rodrigo Gonçalves Oliveira

A

mudança no calendário da ISC Brasil 2019, que fez o evento deste ano ocorrer poucos dias após o Ciab Febraban – o mais destacado encontro de TI para bancos da América Latina – expõe com mais evidência o quanto a alta tecnologia tem derrubado fronteiras e alinhado sob bases muito parecidas segmentos que antes guardavam distância e realidades bastante distintas entre si. Tanto em um evento como no outro, ganham força expressões como “Experiência do Usuário”, “Cybersegurança”, “Mobilidade”, entre outros, demonstrando que as demandas do público consumidor estão cada vez mais parecidas, independe da sua área de atuação. Tanto lá como cá, o mercado identificou que valem muito mais soluções integradas que atendam as necessidades do público do que tecnologias isoladas – por mais fantásticas que sejam. Do mesmo modo, soluções inovadoras prometem, a cada dia, deixar para trás o velho mundo que conhecíamos há alguns anos. Por parte das instituições financeiras, novos serviços oferecidos por Fintechs e Big Techs, aliados a inovações que conectam dados à entrega digital, aumentam as expectativas dos consumidores e exigem processos de inovação contínua dos bancos. No caso das empresas de segurança eletrônica, a ISC Brasil deste ano vai mostrar que os mercados onde ela está presente também se tornam cada vez mais exigentes, pedindo por novidades constantes, mas, ao mesmo tempo, retribuindo com generosidade aqueles que ousam inovar ao oferecer novos segmentos para serem conquistados. Dessa forma, as ascendentes tecnologias presentes no mercado, - como Inteligência Artificial, Machine Learning, Realidade Aumentada Blockchain e IOT, entre outras - ofereceram aos mais diversos segmentos um ar de renovação total. Que o digam setores como Condomínios e Casas Inteligentes, Bancos, Segurança Pública e Smart Cities. Ainda no segmento de segurança – desta vez cibernética – a ISC Brasil terá como evento paralelo a Infosecurity, que chega ao Brasil trazendo mais de duas décadas de experiência na indústria mundial de Segurança da Informação, com soluções para segurança de dados, gestão de riscos e cibersegurança. Toda essa tecnologia combinada só reafirma o que temos dito neste espaço mês a mês já há algum tempo: a inovação se tornou o principal alimento das indústrias. Ela anda em velocidade cada vez maior e não perdoará quem não se adaptar a ela.

rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br Atendimento Jessica Pereira jessica.pereira@vpgroup.com.br Digital Security Online www.revistadigitalsecurity.com.br

Tiragem: 22.000 exemplares Impressão: Gráfica Mundo

Al. Madeira, 53, cj. 91, 9º andar - Alphaville Industrial 06454-070 - Barueri, SP – Brasil + 55 (11) 4197 - 7500 www.vpgroup.com.br

Eduardo Boni Publisher

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Sumário

produtos e serviços

Staff Security

pg06 Novo sistema colaborativo inteligente de rastreamento de veículos

HID Global

pg06 Fabricante lança nova plataforma de gerenciamento de identidade e acesso em nuvem

CASE STUDY

Centro de Operações Integradas de Osasco pg26 Prefeitura aposta na união entre os diversos agentes atuantes no município para ações mais inteligentes

Nice

pg10 Aplicativo Especialista 2.0 já está disponível

Mercado

FSP LATAM

pg12 United Technologies une marcas de combate à incêndio e de segurança na Fire & Security Products LATAM pg12 Multinacional contrata quatro novos executivos no Brasil

Segunda fase inclui novas câmeras, radiocomunicação digital, telemetria veicular, sistemas de despacho e cercamento eletrônico entrevista

Dahua

Rogério Camargo

pg30

CEO da Alarmtek

Eventos

Huawei Enterprise Brasil Partner Summit pg 14 Casos de sucesso, nova política comercial para parceiros e laboratório de inovação aberta no Brasil

Exposec 2019

pg 20 Confira todos os lançamentos e novidades do maior evento de segurança da América Latina

Prêmio Digital Security

pg 24 Os vencedores do principal prêmio Top of Mind do mercado de segurança eletrônica

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ARTIGO

Recuperando o valor do mercado

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Produtos e Serviços

Staff Security

Novo sistema colaborativo inteligente

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Staff Security anunciou no mês de maio o lançamento de um novo serviço de rastreamento, o STAFF CR05. Conhecida por seu sistema de segurança colaborativa baseada em reconhecimento facial, o Facewatch, a Staff traz uma abordagem semelhante para superar o desafio da recuperação de veículos roubados no país. Segundo dados da Polícia, em caso de roubo de veículos, quando não há nenhum tipo de informação em até 2 horas após o sinistro, as chances de recuperação do carro reduzem em cerca de 90%. Para contornar esse potencial problema, a Staff procurou criar uma solução inteligente que otimizasse esse tempo de reação ao integrar os serviços e tecnologias de rastreamento aos órgãos de segurança pública. Na prática, com o STAFF CR05, quando o cliente relata o sinistro para a operadora de seguros, o batalhão de polícia mais próximo recebe a notificação simultaneamente. Através da geolocalização, os mapas das operadoras são integrados e a polícia tem a indicação de onde está o veículo roubado, relaciona todas as viaturas dentro de um raio de ação e dispara uma ocorrência em tempo real do sinistro, indicando a localização dos suspeitos. O serviço está disponível para clientes públicos e privados, como empresas de rastreamento, proprietários individuais de veículos, empresas de transporte de valores e de cargas. Para o cliente privado, existe uma taxa de adesão cobrada por veículo leve, pesado ou carga, que varia entre 3 a 7 reais, permitindo que empresas de rastreamento agreguem a tecnologia ao seu serviço para o cliente-final, por exemplo. Para o ente público, a plataforma é cedida sem custo, como convênio. Com esse tipo de ação, a possibilidade de recuperação do veículo aumenta consideravelmente. “O sistema foi criado para dar agilidade na captura de veículos roubados, modernizando e inovando o setor de rastreamento ao

mesmo tempo em que trazemos mais eficiência para os setores público e privado”, ressaltou Humberto Bambirra, CEO da Staff. “Com um valor de integração extremamente baixo, acreditamos que oferecemos uma tecnologia democrática e acessível a todos os bolsos. Além disso, o sistema pode ser integrado a qualquer plataforma ou equipamento já existente, sem exigir que o distribuidor, integrador ou prestador de serviço de rastreamento compre e troque qualquer tipo de hardware ou software em sua infraestrutura”. De acordo com o executivo, o sistema está em avaliação em mais de 8 estados e secretarias de segurança, no sul, sudeste, norte e nordeste do país. “Todos estão realizando testes e avaliações e, até o momento, estão totalmente satisfeitos com os resultados, mas ainda aguardam a finalização do período de testes para anunciar oficialmente as parcerias”, pontua. DS

HID Global

Fabricante lança nova plataforma

A

A HID Global anunciou a disponibilização do novo Serviço de Autenticação HID, que faz parte de sua plataforma de identidade em nuvem, projetado para oferecer um conjunto de soluções de identidades confiáveis. Esse serviço de autenticação multiproprietário (multi-tenant) proporciona uma integração simplificada de usuários e autenticação sem atritos, com o gerenciamen-

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to de identidade e acesso (IAM) em grande escala, para clientes abrangendo diversos setores. Preparado para atender regulamentos como o GDPR (Regulamento Geral de Proteção de Dados), a Lei de Privacidade do Consumidor da Califórnia (CCPA), a Diretiva Revisada de Serviços de Pagamento (PSD2) e a HIPAA (Lei de Transferência e Responsabi-



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Banco de dados

Poder de processamento

Deep Learning

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL O FUTURO DA SEGURANÇA ELETRÔNICA

Reconhecimento Filtragem de Facial Falsos Alarmes

Contagem de Pessoas

Algoritmos Estruturados

Busca e Comparativo de Pessoas

Mais segurança e mais inteligência ao seu alcance.


Produtos e Serviços

lidade de Seguro Médico; o serviço de autenticação impulsiona as organizações ao proporcionar a segurança, praticidade e conformidade para o acesso dos usuários. Algumas organizações implantam uma variedade de soluções de identidade – localmente, na nuvem ou híbridas – de diferentes fornecedores, que não operam adequadamente em conjunto ou não fornecem os serviços de autenticação necessários, para atender as necessidades específicas de conformidade legal e regulamentar. As consequências dessa multiplicidade de soluções são complexas, aumentam a sobrecarga de TI, causam distúrbios organizacionais, conduzindo a soluções que não escalam, ou não têm conformidade. Este serviço de autenticação HID promete eliminar essa complexidade e os desafios relacionados ao fornecimento de autenticação multifatorial, para uma população crescente e diversificada de usuários. Além disso, a nova solução em nuvem IAM continuará a incorporar novos serviços e fornece logs de auditoria centralizados para simplificar os processos de conformidade e reduzir custos com auditorias. “A HID está entre os únicos provedores de soluções de IAM que podem oferecer autenticação, tanto para casos de aplicação de alta segurança, quanto uma autenticação corporativa multifatorial básica. Com essa amplitude de soluções, acreditamos que as organizações, em particular, nos mercados regulamentados, obterão os benefícios mais significativos do Serviço de Autenticação HID”, informou Brad Jarvis, vice-presidente e diretor administrativo de Soluções de Ge-

Nice

Aplicativo Especialista

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stá disponível a nova versão do aplicativo Especialista 2.0 da Nice, multinacional italiana referência mundial no segmento de automação e segurança residencial. A nova atualização é gratuita e está disponível para download no sistema Android e em breve estará também em iOS. O aplicativo ganhou três novos recursos: agenda, espaço para cadastro de clientes e, principalmente, um sistema de avaliação. Com ele, após a conclusão do trabalho, o instalador pode solicitar um rating de até 5 estrelas. As avaliações serão disponibilizadas no site da Nice, ajudando o consumidor final a escolher os profissionais mais recomendados. “A nova versão dá mais visibilidade ao instalador e valoriza os melhores profissionais, ajudando os consumidores”, destaca David Girelli, gerente de Marketing da Nice. A ferramenta, que está disponível desde 2017, foi pioneira no mercado com recursos para facilitar o dia a dia dos profissionais que trabalham com automação e segurança eletrônica, como instaladores de portões e alarmes. As muitas funcionalidades das versões anteriores continuam presentes: catálogo de produtos, suporte técnico, manuais de instalação, vídeos tutoriais, gerador de orçamentos, serviço de geolocalização para encontrar o distribuidor mais próximo e ferramenta que informa, por meio do preenchimento de parâmetros, a solução ideal para determinada finalidade. DS

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renciamento de Identidades e Acesso (IAMS) da HID Global. Nos serviços financeiros, por exemplo, o acesso a transações de alto valor pode ser protegido pela integração de chamadas de API, ao Serviço de Autenticação HID, por meio de softwares de terceiros, como a Temenos T24, principal plataforma bancária. Na área da saúde, um parceiro pode criar acessos para os pacientes a portais de serviços de saúde, para manter a conformidade com a HIPAA. Para que isso ocorra, a HID disponibiliza APIs para desenvolvedores, parceiros e provedores de serviços de segurança gerenciados (MSSPs), para oferecer serviços de autenticação escaláveis e integrados. Como um parceiro confiável, a HID fornecerá kits com ferramentas para integradores de sistemas e programadores de TI, para apoiar o lançamento. DS



Mercado

FSP LATAM

United Technologies une marcas

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s unidades Global Fire Products LATAM, incluindo a Kidde, e a Global Security Products LATAM, composta pelas marcas LenelS2, Interlogix, Onity e Supra se unem em um único grupo Fire & Security Products LATAM (FSP LATAM). O objetivo do grupo é se preparar para a retomada da economia, maior foco nos negócios verticais, fornecer soluções integradas aos clientes e aumentar a competitividade e rentabilidade da companhia. A FSP LATAM é uma divisão da Fire & Security Products Americas, que pertence ao Grupo Carrier (unidade da United Technologies Corporation). A FSP LATAM é um grande grupo que também representa na América Latina produtos nos segmentos de aplicações especiais das marcas Det-Tronics, Autronica e Kidde Fire Systems para clientes nos segmentos de petróleo, gás e industrial e da Automated Logic que fabrica sistemas para controle e automação predial, ambas pertencentes ao Grupo Carrier. “Para integrar os negócios, de forma mais efetiva, todas as equipes do grupo, inclusive a Kidde, ocupam um amplo escritório central na Vila Olimpia, em São Paulo. O novo espaço possui um centro de treinamento com foco em fornecer maiores oportunidades de treinamento técnico e comercial para parceiros e clientes”, explicou o diretor geral da divisão FSP LATAM para América do Sul, Marcelo Zeppelini. “Outro fator importante que aconteceu foi a mo-

dernização da fábrica da Kidde, localizada em Extrema (MG). Todas as linhas de fabricação de extintores, mangueiras, pó químico e espumas foram atualizadas com as melhores tecnologias em produção. Nosso objetivo é oferecer soluções inteligentes em todos os segmentos de atuação”, afirma. DS

Dahua

Multinacional contrata quatro

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linhada à estratégia de crescimento da empresa no País, a Dahua Technology amplia seu time e anuncia a contratação de quatro novos executivos para as Regiões Brasil, Centro-Oeste e Norte do Brasil. Adriano Oliveira assume a gerência da área de Produtos, com o objetivo de continuar identificando as necessidades e demandas do mercado brasileiro, além de desenvolver tecnologias focadas na melhor experiência do cliente. Oliveira atua no mercado de segurança há 18 anos e é pós-graduado pela Universidade Paulista em Segurança da Informação e graduado na área de Tecnologia, com ênfase em Redes de Computadores. Para gerenciar a área de pré-vendas, a Dahua Technology anuncia Lucas Kubaski. Com sua experiência de 12 anos no segmento, ele é formado em Tecnologia em Automação Industrial pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná e com MBA em Gestão de Empresa pela FGV.

Quem também passa a integrar na equipe comercial da empresa é Alan Silva, novo gerente Regional para as Regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil. O executivo possui 12 anos de experiência e é graduado em Segurança da Informação e pós-graduado em Engenharia de Software pela FACITEC (Faculdade de Ciências e Tecnologias). Por fim, Bruno Lima assume o cargo de engenheiro de Pré-Vendas. Aliando seus 8 anos de experiência nas áreas de Engenharia, TI e Segurança eletrônica ao vasto portfólio da Dahua Technology, Lima e a equipe de Suporte irão prover atendimento diferenciado e personalizado, auxiliando os clientes e integradores a criarem soluções sob medida para os mais variados projetos e alta tecnologia para todas as situações, com a qualidade e credibilidade pela qual a multinacional já é reconhecida. Lima tem Graduação em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, pela Universidade Católica de Brasília, e Pós-Graduação em Cloud Computing, pelo Senac. DS

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Eventos Huawei Enterprise Brasil Partner Summit

Otimizando Evento da Huawei para área enterprise apresenta nova política para parceiros, casos de sucesso e novo laboratório de inovação aberta no Brasil por Gustavo Zuccherato

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Huawei realizou no começo de maio em São Paulo o Huawei Enterprise Brasil Partner Summit, um encontro para apresentar suas novidades tecnológicas, posicionamento estratégico e celebrar suas parcerias no país. “No Brasil, somos líder de mercado na área de Carrier, e queremos fortalecer nossa presença também na área de Enterprises. O Enterprise Brasil Partner Summit 2019 é o espaço ideial para fortalecer as oportunidades de crescimento que temos em conjunto com os nossos parceiros, além de apresentar inovações, tecnologias e ferramentas capazes de acelerar o sucesso mútuo”, destacou Ricardo Matsui, diretor de desenvolvimento de canais da Huawei Brasil. “Colocamos num único ambiente as mais diversas áreas em que atuamos em Enterprise – Cloud, Energia, Transporte, Canais, ISP (provedores locais), Data Center, entre outras – para apresentar a amplitude do nosso portfólio, além de criar a chance de conexão entre nossos parceiros”. Com uma programação repleta de apresentações e pronunciamentos da fabricante chinesa, de principais parceiros e clientes da companhia, o encontro ainda reservou espaço para exibir as

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tecnologias mais avançadas da empresa, incluindo soluções para datacenters e infraestruturas em nuvem e para aplicações de segurança. Mais do que isso, o Enterprise Brasil Partner Summit mostrou a força e a importância da unidade de negócios para a marca no país, respondendo por um volume de vendas de mais de US$ 1 bilhão em toda a América Latina, além do interesse em fortalecer essa área com uma política baseada no desenvolvimento de um ecossistema. O presidente da Huawei Enterprise para América Latina, Steven Zhu, explicou essa mudança de mentalidade. “Nós acreditamos que o núcleo da competição no futuro não serão os produtos ou soluções, mas sim as plataformas. Por isso, a Huawei está criando plataformas que suportam ofertas de produtos, soluções e serviços avançados aos nossos parceiros baseado em três componentes principais: chips proprietários, algoritmos matemáticos e projetos de arquitetura que, juntos, criam valor para nossos clientes, empoderam e melhoram a vida das pessoas e inspiram inovação para organizações de todas as formas e tamanhos”.



Eventos Huawei Enterprise Brasil Partner Summit

Com isso, a companhia criou o conceito de Horizontal Smart Campus Solution, que une tecnologias de IoT inteligente, serviços de localização, Wi-Fi ubiquo e Video Cloud, incluindo videomonitoramento, analíticos inteligentes e controle de acesso. “A Huawei está tentando padronizar essas soluções para facilitar a venda para os parceiros e permitir que esse conceito seja aplicado em qualquer vertical para criar cidades, escritórios, aeroportos, hotéis, estádios e ambientes educacionais mais inteligentes”, pontuou Zhu. Fechando 2018 com mais de 300 canais de vendas, treinamento e serviços no país - um crescimento de 71% em número de parceiros ativos em relação ao ano anterior -, a Huawei sentiu a necessidade de reformular seu programa de parcerias no país. Durante o evento, Ricardo Matsui, diretor de desenvolvimento de canais, e

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Rômulo Horta, diretor de marketing, apresentaram essa nova política baseada nos pilares PSEE: Profitability (Rentabilidade), Simplicidade, Enablement (Capacitação) e Ecossistema. Em termos de rentabilidade e simplicidade, com a normalização de políticas e processos, a partir deste ano a Huawei passa a oferecer rebates para cada centavo que o parceiro vende de seus produtos e serviços com porcentagens que variam de 2% para os parceiros Silver à 4% para os distribuidores e parceiros de valor agregado (VAP, da sigla em inglês). Na linha de capacitação e certificação, a companhia se compromete em oferecer uma melhor capacitação do parceiro, incluindo descontos de até 70% para a realização de cursos de certificação. Por fim, em termos de ecossistema, a Huawei pretende atuar para ter um engajamento estratégico e atrair novos negócios para os parceiros no país. Além disso, a companhia está preparando um novo espaço dentro de sua sede para permitir que parceiros construam soluções e aplicativos para verticais de negócios específicas. “Diferentemente de outros espaços de demonstrações de tecnologias para cliente, o OpenLab é efetivamente um laboratório onde o parceiro poderá criar soluções específicas para verticais e trazer seus clientes para fazer demonstrações”, explica Matsui. “Estamos preparando meio andar do prédio da Huawei com varias posições de trabalho e equipamentos para que o parceiro posssa trazer sua equipe e construir essas soluções”. O Huawei Enterprise Brazil Summit também foi palco para premiação de parceiros que se destacaram ao longo do último ano e para a apresentação de casos de sucesso de desenvolvimento de soluções em todo o país, como o projeto-piloto de uso do reconhecimento facial no carnaval do Rio de Janeiro em parceria com a Oi e o desenvolvimento das plataformas de inteligência artificial BIA do Bradesco. DS


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Eventos Exposec 2019

Inteligência artificial e os novos serviços A 22ª Exposec reuniu mais de 45 mil visitantes que conferiram a proliferação de soluções de reconhecimento facial, internet das coisas e cibersegurança

por Gustavo Zuccherato / Fotos: Flávio Bonanome

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aior evento de segurança da América Latina, a Exposec chegou a sua 22ª edição carregando os ares da transformação pela qual a indústria de segurança está passando. Muito mais do que lançamentos de produtos que fazem o monitoramento e controle de acesso de ambientes para a proteção do patrimônio e das pessoas, o mantra de inovação tecnológica da vez segue com as plataformas que integram os diversos dispositivos e sistemas e permitem gerar novos serviços e dar mais capacidades para os clientes-finais, especialmente com o uso da Inteligência Artificial. Pelos estandes das mais de 800 marcas expositoras, os 45 mil visitantes deste ano puderam conferir a proliferação de ofertas de reconhecimento facial, além da expansão de linhas de produtos de várias fabricantes visando atingir novas verticais de negócio específicas, como condomínios, varejo, residências e até igrejas, e trazer mais rentabilidade aos parceiros de negócio. Além disso, a presença de autoridades e órgãos públicos no evento mostrou que, mais do que nunca, a tecnologia é um dos vetores essenciais para unir a iniciativa privada e o setor público e dar mais poder e inteligência às pessoas para o combate aos crimes. “É onde as pessoas moram, nos municipios e nas comunidades, que começa a segurança publica. É ali que vemos a importância da segurança comunitária, que pede tecnologia; da segurança privada que impõe tecnologia; e a segurança pública, onde a tecnologia é

um corolário”, disse o secretário de segurança pública do Estado de São Paulo, general João Camilo Pires de Campos, durante a cerimônia de abertura. “Estamos aqui em um evento que integra o comando, o controle, a coordenação e a inteligência, que valoriza pessoas porque otimiza a aplicação das pessoas, que favorece a gestão da inteligência, que mostra que a tecnologia é fundamental para inteligência e é base para tudo que queremos ver daqui para frente” Também vale o destaque para a Arena ABESE Conecte-se, um área inedita dedicada a expôr e discutir as tendências do mercado, especialmente na relação com o ecossistema IoT e as startups. “A Exposec não fala mais só de produtos. Todos os expositores se reinventaram e estão se preparando para uma revolução rumo as soluções de segurança eletrônica”, ressaltou Selma Migliori, presidente da Associação Brasileira de Sistemas Eletrônicos de Segurança. “Trazemos esse palco de discussões para o aprimoramento do setor como um todo, buscando a disseminação de informação de qualidade sobre o futuro do mercado, com uma rodada de apresentações com mais de 40 palestrantes que abordam a aplicação da inteligência artificial, do IoT e blockchain”. A equipe da Digital Security esteve presente durante todos os dias da Exposec para trazer as principais novidades do evento em tempo real. Você confere todos os materiais produzidos em nossa FanPage no Facebook, escaneando os QR Codes abaixo, e em nosso portal. DS

Arena ABESE Conecte-se

Came do Brasil

Conheça o espaço que congregou o que há de mais avançado em tendências tecnológicas para segurança eletrônica junto ao ecossistema IoT e de startups

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Seguindo a tendência da Internet das Coisas, a CAME do Brasil expande a conectividade de suas soluções com o aplicativo Came Connect.


Eventos Exposec 2019

Elsys

Fulltime

Apostando em novas frentes de atuação, a Elsys apresenta as suas linhas de câmeras, controle de acesso e videoporteiros voltados para segurança residencial.

Giga Security

A Fulltime está congregando várias de suas plataformas de gestão e monitoramento para rastreamento, segurança, alarmes, automação e IoT em torno do FullArm.

Hikvision

Com mais de 60 lançamentos em produtos, a Giga Security traz a análise inteligente para produtos de menor custo com a série Orion, fortalece a visibilidade em baixa luminosidade com a linha Super Starvis e diversifica ainda mais seu portfólio com centrais de alarme.

Intelbras

A Hikvision do Brasil mostra a força dos seus sistemas de reconhecimento facial com o lançamento dos seus terminais para controle de acesso em ambientes de grande fluxo, além de uma nova série HiLook de câmeras de entrada.

ISS

Com um dos maiores estandes da feira e uma lista extensa de mais de 130 lançamentos, a Intelbras trouxe a tecnologia de reconhecimento facial para suas linhas Multi HD e IP além de preparar uma experiência completa de soluções para condomínios em parceria com a Prediotech.

Reconhecida por sua plataforma VMS SecurOS, a Intelligent Security Systems apresentou as novas versões e melhorias oferecidas pelos seus analíticos inteligentes e a integração com controle de acesso.

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Eventos Exposec 2019

JFL Alarmes

Nice

A JFL Alarmes lançou novas soluções que trazem mais capacidade para instaladores e clientes-finais de seus sistemas de alarmes, além de mais velocidade para automatizadores de portões.

Seventh

A Nice Brasil apresentou lançamentos e remodelações em quatro linhas de produtos para segurança e controle de acesso, incluindo cancelas, automatizadores de portões e central de alarmes

Segurpro

Com um estande logo na entrada da feira, a Seventh aposta em um crescimento ainda maior para esse ano com as novas versões dos seus softwares D-Guard e Situator e um novo aplicativo que permitirá a integração entre centrais de alarmes e CFTV, o Controli.

Tecvoz

TS Shara

A Tecvoz apresentou sua plataforma Tecvoz Play, para que instaladores e integradores parceiros possam oferecer novos serviços de TV online para seus cliente-finais, além de incorporar o reconhecimento facial em suas soluções graças a uma parceria com a InovaMind. 22

Reconhecida por seus serviços de vigilância e integração, a SegurPro reforçou seus conceitos de soluções que integram homem e tecnologia para melhorar a segurança e o atendimento aos seus clientes, além de apresentar pela primeira vez as soluções da recém-adquirida Cipher, empresa especialista em cibersegurança.

Especializada em nobreaks, a TS Shara apresentiy uma série de melhorias para os seus nobreaks, aumentando a autonomia e trazendo versatilidade para vários tipos de aplicações.



Eventos

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oi realizado durante a Exposec 2019, a cerimônia de entrega do prêmio Digital Security. Chegando a sua oitava edição, este ano a premiação teve participação recorde de marcas e serviços, com mais de 112 soluções competindo em 15 categorias pelos mais de 5.900 votos. Com 60 dias de promoção, o processo da premiação consiste na inscrição de produtos e serviços em 13 das categorias. Nas duas últimas, Inovação de Segurança e Melhor Case, a escolha dos finalistas é realizada diretamente pela equipe Digital Security. Em seguida, abre-se o processo de votação para profissionais do se-

tor para a escolha das soluções, caracterizando o Prêmio DS como uma premiação Top of Mind. Todo o processo é realizado diretamente em parceria com as ferramentas do Google para garantir transparência e segurança ao processo. Após o encerramento das votações, este ano no dia 18 de maio, é realizada uma auditoria para remoção de potenciais votos duplicados ou qualquer outro problema ou artificio. A Digital Security agradece à todos que tiraram um pouco de seu tempo e ajudaram a escolher estes vencedores, e também à parceria com a ABESE e Exposec nesta ação. DS

Melhor Câmera IP Móvel Vencedor: AXIS Q6155-E – 30,2% 2º: Intelbras VIP 7245 SD – 18,5% 3º: Dahua SD8A840WA-HNF – 14,2%

2º: Intelbras 7100 HEXA – 8,8% 3º: Hikvision Terminal Facial – 6,8%

Melhor Câmera IP Fixa INDOOR Vencedor: Dahua IPC-HFW8241X-3D – 32,5% 2º: AXIS P1365 MKII – 22,8% 3º: Intelbras VIP 3230 D – 14,7% Melhor Tecnologia de Compressão de Vídeo Vencedor: Zipstream – Axis – 23,1% 2º: Dahua Smart H.265+ – 17,3% 3º: Smart Compression Pelco – 16,1% Melhor Software VMS Vencedor: Digifort – 44,5% 2º: Seventh – 25,9% 3º: Security Center Intelbras Edition – 9,2% Melhor Sistema Analítico Inteligente Vencedor: Digifort Video Synopsis – 46,6% 2º: Intelbras VIP 72100 D FACE – 24,9% 3º: MVI – IDEMIA – 8,7% Melhor Tecnologia de Leitura Biométrica Vencedor: MorphoWave Compact – By Idemia – 47,4% 2º: Reconhecimento facial Digifort – 19,4% 3º: LINEAR LN30 – NICE – 12,8% Melhor Solução de Catracas e Automatizadores de Portões Vencedor: Digicon – 24,5% 2º: Hikvision – Terminal de Acesso Para Catracas – 19,3% 3º: Nice / Peccinin – 17,9% Melhor Solução em Tecnologia de Intrusão e Acesso Vencedor: Seventh Situator – 63%

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Melhor Solução de RFID Vencedor: INEAR RFID LN-104 NICE – 40,2% 2º: Cisco – 35,4% 3º: Accura – 24,3% Melhor Distribuidora de Tecnologia para o Mercado de Segurança Vencedor: WDC – 35,6% 2º: Intelbras – 33,2% 3º: Brako – 12,3% Melhor solução para gravação de imagens em nuvem Vencedor: D-Cloud Seventh – 60,7% 2º: Digifort Cloud – 30,6% 3º: Camerite – 4,2% Solução de Comunicação Vencedor: Motorola Solutions – 29,5% 2º: Hikvision Vídeo Porteiro – 28,6% 3º: Avaya – 22,5% Melhor Serviço de Suporte, Assistência Técnica e Pós-Vendas Vencedor: Intelbras – 51,8% 2º: Seventh – 23,8% 3º: Digifort – 12,8% Inovação Tecnológica para Segurança Eletrônica Vencedor: Huawei VCM – 36,3% 2º: Seventh D-Guard Web Manager – 19,4% 3º: Vivotek IP 9172 LPC – 9,2% Melhor Case de Segurança Eletrônica de 2018-2019 Vencedor: BI da Havan – 28,8% 2º: City Câmera – 22% 3º: Arena da Baixada – 17,7%



Case Study Centro de Operações Integradas de Osasco

Unificação para A Prefeitura de Osasco está investindo na ampliação do seu Centro de Operações Integradas com novas câmeras e sistemas para monitorar a entrada e saída de todo o perímetro da cidade

por Gustavo Zuccherato

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o roadmap do desenvolvimento de uma cidade inteligente, o investimento em dispositivos e sistemas de segurança sempre figura como uma das primeiras etapas. Não só pelos altos índices de violência que o Brasil enfrenta há anos, mas principalmente porque as capacidades que um sistema de vídeomonitoramento e comunicação eficiente trazem já vão muito além do que o uso para o combate aos crimes. Pensando nesse cenário, a cidade de Osasco, na região metropolitana de São Paulo, está passando por um processo de ampliação do seu Centro de Operações Integradas com a implantação de novas câmeras para monitorar todo o perímetro urbano, além de um novo sistema de rádio comunicação e de despacho totalmente digital, criando as bases para ações verdadeiramente inteligentes. Idealizado pelo prefeito Rogério Lins, o projeto teve início ainda em 2017 através da união entre as Secretarias de Segurança e Controle Urbano e a de Transportes e Mobilidade Urbana. “Na primeira fase do projeto, entregue em 2018, nós juntamos as câmeras da Guarda Civil Municipal, que eram utilizados para segurança pública, com as câmeras de trânsito, e integramos esses dois atores em uma central de monitoramento para que pudessem aproveitar todas as imagens em conjunto”, relatou Alex Soares, diretor de TI da Prefeitura de Osasco. Já na inauguração, o espaço do COI contava com 12 estações de trabalho e um videowall de 18 telas para a visualização de cerca

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de 200 câmeras e radares, além de uma sala de inteligência para apurações investigativas e de um sistema SCATS, para controle de semáforos inteligentes em tempo real. Toda a conectividade entre os dispositivos e o datacenter da prefeitura é feito através de um anel de fibra óptica com vários pontos de redundância, disponibilizado pelo contrato com a operadora Horizons Telecom, e todas as imagens captadas são armazenadas por 90 dias. Em 2018, visando trazer ainda mais inteligência e permitir uma maior colaboração entre os agentes de segurança, a Prefeitura deu início a segunda fase do projeto com a licitação para contratação de novas soluções de CFTV, de cercamento eletrônico, de rádio comunicação e telemetria para veículos. “Nós desenvolvemos um termo técnico de referência que conduziu todo o processo licitatório, traduzindo os anseios do município em comparação com outros modelos já implantados em outras cidades”, explicou Soares. Após a realização de todo o processo burocrático e de provas de conceito, a Arc Sinalização foi a empresa escolhida, entregando o projeto no ínicio de 2019 após aproximadamente seis meses de instalações. Como destaque dessa nova fase está o sistema de cercamento eletrônico, apelidado em Osasco como Muralha Digital, baseado na plataforma Sentry da Multiway. “Nós monitoramos mais de 90% das entradas e saídas de Osasco, fazendo a leitura de placas e



Case Study Centro de Operações Integradas de Osasco

identificação de veículos furtados e roubados, através da correlação com nossos bancos de dados e com o Detecta, da Polícia Militar”, explica Soares. Ao todo, são 80 novas câmeras Full HD, entre modelos fixas, PTZ e específicas para identificação veicular. “Trabalhamos com marcas conceituadas, buscando sempre o equipamento específico para atender as demandas de maneira mais eficiente possível. Para o videomonitoramento, optamos oor trabalhar com Axis, e para o cercamento eletrônico, utilizamos Pumatronix”, pontuou Odair José Rigoni, gerente do projeto da COI na Arc Sinalização. “O maior desafio foi buscar todos os fornecedores e tecnologias para fazer com que trabalhassem em conjunto e a prefeitura pudesse usar de forma centralizada para tomar decisões mais ágeis”. Nesta segunda fase, a prefeitura também atualizou todo o seu sistema de rádio comunicação para a tecnologia digital, baseado nos rádios da série STP9000 TETRA Sepura, e está implementando uma nova tecnologia de rastreamento para toda a frota de veículos do município em modalidade de serviço. “Nós fizemos uma pesquisa e notamos que o investimento na compra direta destes equipamentos, através de financiamento do BNDES, por exemplo, seria mais oneroso do que contratar como serviço. Além disso, caso a tecnologia fique ultrapassada, nós teremos mais facilidade de atualização, seja solicitando um upgrade para o prestador no contrato atual ou através de uma nova licitação”, enaltece o diretor de TI. Juntamente ao novo sistema de despacho TetraNode da Rohill, essa nova infraestrutura digital permite identificar qual veículo, guarda ou agente de trânsito mais próximo de uma determinada ocorrência e encaminhar as equipes de atendimento de maneira mais rápida e assertiva. Apesar disso, Soares afirma que, desde o início, a proposta do COI foi ser agnóstico a fornecedores. “Atualmente temos cerca de 300 dispositivos de vigilância das mais variadas marcas, além de contarmos com sistemas VMS e analíticos da Digifort e da Genetec, as plataformas de cercamento e de despacho eletrônico, e a integração ao Detecta, da Polícia Militar. Usamos o melhor de cada uma das plataformas”, pontua Soares. Iniciativas e resultados Com esses novos dispositivos e sistemas, a atuação do COI em Osasco passou a ser mais direcionada. “O objetivo é a prevenção dos crimes. Com esse sistema inteligente, nós conectamos e podemos alimentar bancos de dados que permitirão identificar os pontos de interesse para direcionar os esforços e economizar recur-

Sistema SCATS de controle de semáforos inteligentes e acompanhamento de alertas do Waze também auxiliam no trabalho do COI

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Sistema de rádio comunicação, telemetria e despacho digital permite o direcionamento da equipe mais próxima e adequada para as ocorrências

sos financeiros e operacionais atendendo aos casos que realmente precisam de atenção”, ressaltou o Cel José Virgolino de Oliveira, secretário de segurança e controle urbano de Osasco. Uma dessas iniciativas é a operação Amanhecer Seguro. “No período da manhã, quando as pessoas estão indo para seus trabalhos, nós fazemos rondas com as câmeras nos pontos de ônibus para identificar comportamentos suspeitos e evitar roubos e furtos dos cidadãos”, relata o Subcomandante Vaz da Guarda Civil Municipal. “Também já conseguimos recuperar alguns veículos através da Muralha Digital”. Para tornar essas ações possíveis, o COI possui equipes específicas para lidar com cada uma das demandas. “Assim que a equipe de monitoramento identifica algum comportamento suspeito ou um delito, ela alerta e encaminha as imagens para a área de inteligência que começa a mapear e coletar as informações para evitar ou resolver essa questão”, explica o subcomandante. “Muitas vezes, um veículo que está praticando um roubo é auxiliado por um segundo, que está fazendo escolta. Apenas esse trabalho de inteligência, de correlacionar os dados nos sistemas, permite a identificação de tais situações”. Daqui para frente, a prefeitura de Osasco ainda pretende disponibilizar toda essa estrutura tecnológica para mais agentes municipais e estaduais visando tornar as ações mais integradas. “Assim que todos os procedimentos operacionais padrões da Guarda Civil Municipal e do departamento de trânsito estiverem funcionando de forma adequada e que todos os equipamentos estiverem respondendo a altura, nós abriremos espaço para incorporar um novo ator dentro do COI, que pode ser um policial militar, o bombeiro, a SAMU”, garante Soares. “Há alguns municípios que acreditam que é a Guarda Municipal que tem que dar resultado. Nós acreditamos que é o trabalho integrado das forças de segurança atuantes no município que traz um melhor resultado”. Para isso, a prefeitura já possui projeto de construir um novo prédio de mais de 3 mil m², que vai unir o COI ao departamento de TI, a outras secretarias municipais e até ao comando regional da Polícia Militar. “O futuro do COI é quebrar todos os silos de dados entre as secretarias, unindo informações do sistema financeiro, tributário, da saúde, da educação, do meio ambiente, e cruzar essas várias fontes de dados para tornar Osasco uma verdadeira Smart City”, finaliza o secretário municipal. DS



Entrevista Rogério Camargo - Alarmtek

Simplificação Nova solução modular da Alarmtek une dispositivos que inibem ações criminosas em oferta única e acessível, abrindo o mercado internacional para fabricante brasileira. por Gustavo Zuccherato

Confira essa entrevista completa e em vídeo em nosso portal www.revistadigitalsecurity.com.br

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om 20 anos de história integrando tecnologias de segurança e automação, a Alarmtek está investindo para acelerar ainda mais seu crescimento em 2019 através de uma estratégia baseada na simplificação de autodefesa e internacionalização. Confira os detalhes dos próximos passos da companhia no mercado nesta entrevista exclusiva com Rogério Camargo, CEO da Alarmtek. Digital Security: Em seu posicionamento para o mercado, a Alarmtek tem trabalhado e defendido a ideia de autodefesa dos empreendimentos. O que esse conceito traz de novo para o segmento de segurança? Rogério Camargo: Esse conceito faz a evolução dos sistemas de segurança eletrônica atuais. Temos um legado de 40 anos de mesmos sistemas atuando em alarmes, em CFTV, mas sempre dependendo de pessoas, de vigilância, de forças policiais para defender os locais. Esses sistemas basicamente fazem a visualização e o “report” do incidente, mas nenhum deles tem a capacidade isolada de poder combater e proteger - ou autodefender - o bem principal do nosso cliente. O autodefesa é o principio que estamos trazendo para o mercado como a evolução desses sistemas, fazendo uma inovação. Os CFTVs

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e alarmes não se tornaram obsoletos do ponto de vista tecnológico, mas eles se tornaram obsoletos do ponto de vista de como eles foram concebidos. Agora, eles são ferramentas úteis e importantes quando combinados, ou seja, provendo a inteligência para que a gente tenha a ação de um sistema capaz de autodefender um local. A partir daí, há a introdução de outros equipamentos que ofereçam essa possibilidade. São equipamentos que impedem a visão, que impedem a audição ou que inibem a comunicação entre as pessoas que estão ferindo o bem do cliente, assim como convida esse individuo a sair do ambiente. São dispositivos que impedem que ele consiga lograr êxito atacando as partes sensitivas essenciais para ele, como a respiração, a visão ou a audição. É isso o que a autodefesa faz, sem efetivamente ferir a saúde ou a vida dessas pessoas mas tirando toda a sua capacidade de se manter naquele ambiente, protegendo o local por tempo suficiente até que as forças policiais cheguem ou que a invasão cesse por si só e eles vão para outros locais. Digital Security: Na ISC Brasil, a Alarmtek lança um novo produto dessa linha de autodefesa, o ATK3000. Quais os diferenciais dessa solução?


Entrevista Rogério Camargo - Alarmtek

Rogério: O ATK3000 é uma evolução fantástica exatamente no que estávamos falando anteriormente sobre o uso de tecnologias legadas de CFTV e alarme em conjunto. Apesar de termos evoluções em definição, em sensores mais potentes, nenhum destes sistemas nasceu para trabalhar juntos um com o outro. Hoje, o CFTV ainda é um equipamento isolado do sistema de alarme. A solução integra esses dois sistemas existentes, de diversos fabricantes e fornecedores diferentes, as vezes, já até instalados em um cliente ou para ser instalado, e formam um conjunto que funcione fazendo a autodefesa. O ATK3000 reúne internamente todos esse equipamentos de forma nativa, ou seja, ele já vem com o sistema de central de alarmes, de CFTV e junta isso com as capacidades defensivas de geração de neblina, de sprays neutralizadores para afetar a respiração, e incorpora sistema de áudio, de sirene, e até de controle de acesso. Em um único equipamento, o cliente passa a ter todos os sistemas integrados e com a capacidade inovadora de poder monitorar tudo isso remotamente. Pela primeira vez, o mercado conhecerá um sistema que é capaz de monitorar imagens, alarmes, as ferramentas de defesa e controles de acesso, incluindo tecnologias como reconhecimento facial, de uma forma absolutamente acessível financeiramente, já que ele é muito mais econômico do que a compra separada de cada um desses componentes. Além disso, o ATK3000 tem a vantagem de ser totalmente modular. O cliente é quem vai decidir o que ele precisa e, caso ele já tenha algum sistema de CFTV ou alarme instalado, ele não precisará descartar esses equipamentos já existentes, sendo integrado no sistema através de protocolos de comunicação. O nosso objetivo de trabalho é preservar o que o cliente já investiu. Essa solução é um máquina, com capacidade de software e hardware internos, que transforma equipamentos que nasceram para trabalhar individualmente para fazer parte de um sistema integrado. Essa é uma evolução absurda, única e inovadora sendo lançada na ISC Brasil. Digital Security: Como vocês vão disponibilizar essa solução para o mercado? Rogério- Assim que terminar a ISC, o lançamento brasileiro vai ser em 1º de julho. Já temos vários desses equipamento instalados em clientes renomados da Alarmtek em situações de teste de performance, mas livre para o mercado será a partir de 1º de julho. No início de 2020, também disponibilizaremos na América Latina, em parceria com uma fabricante internacional que está nos acompanhando nesse projeto, e em junho de 2020 pretendemos lançar na Europa. O que nos deixa muito orgulhosos é que é um produto que nasceu no Brasil. Toda a tecnologia embarcada de software é nacional, motivada pelos grandes desafios que nós temos no país de severidade dos ataques, o que resultou em um sistema muito robusto e eficiente. Em uma primeira fase, nós vislumbramos o uso do ATK3000 por instaladores e integradores, mas ele é de uma simplicidade tão única que, ao decorrer do tempo, ele até poderá ser tão fácil e útil que o próprio cliente poderá instalar em um comercio próprio sem a necessidade de um técnico ou grandes conhecimentos. Essa solução é plug and play, basicamente. Ela obedece os princípios de um celular. Quando você compra um aparelho novo, independente de marca ou do hardware com uma câmera com X pixels ou tela um pouco maior ou um pouco menor, ele vem embarcado com um software fantástico que sempre está se inovando. Essa é a nossa característica. O ATK3000 é um produto que foi lançado com o objetivo de sempre ter atualizações contínuas gratuitas. Esses upgrades é que fazem a

Autodefesa é a evolução dos sistemas de segurança eletrônicos atuais. Utilizamos tecnologias tradicionais, como CFTV e alarmes, para dar inteligência no acionamento de novos dispositivos que impedem a permanência de criminosos em um local grande capacitação do sistema para fazer as defesas e as funções que o que cliente necessita. De uma forma simples, essa solução vai poder atender todo e qualquer varejo e comércio, em uma condição que chamamos de “Next Next”, ou seja, você liga o aparelho na tomada e o display vai te guiando para que você possa fazer as configurações, de forma semelhante a quando você compra um celular novo. Apesar de toda a complexidade do nosso produto, ele não possui manuais, trazendo na mão de uma pessoa leiga toda a capacidade de auto programar o sistema. Apesar disso, nós continuamos atuando e pensando em ter os distribuidores para permitir que a Alarmtek se foque na parte do desenvolvimento e eles possam capacitar e treinar os integradores para ir a clientes de grandes porte, com centenas a milhares de locais. A solução se adapta desde uma única instalação simples até uma instalação mais complexa, como bancos, que tem 5 mil agências e vão precisar de 15 mil desses equipamentos. O ATK3000 traz a capacidade de se integrar e transformar tudo isso em uma plataforma única de maneira simplificada para o cliente, com capacidade de atuar automaticamente na defesa e uma enorme margem de segurança e efetividade. Digital Security: Essa solução abarca duas das palavras da moda do mercado de segurança nos últimos tempos: a inteligência artificial e a Internet das Coisas. Quais foram os principais desafios técnicos, operacionais e de negócios que a Alarmtek enfrentou para formatar essa solução? Rogério: São muitos os desafios, principalmente pela diversidade de fabricantes existentes e novos entrantes no mercado e nossa constante preocupação com dois fatores fundamentais: o legado dos nossos clientes e a capacidade dos sistemas novos conversarem com os anteriores. É muito fácil chegar com um produto novo e falar para o cliente trocar tudo o que ele tem porque, assim, vai funcionar maravilhosamente bem, mas isso é extremamente oneroso para o cliente. Nesse sentido, o nosso respeito ao cliente começa quando perguntamos o que ele já comprou, o que já tem embarcado em sua instalação. Temos clientes com milhares de equipamentos já insta-

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Entrevista Rogério Camargo - Alarmtek

lados, então não é uma situação confortável você chegar com um equipamento tecnológico absolutamente inovador e dizer para ele jogar tudo fora o que já tem. Respondendo a sua pergunta, o primeiro grande desafio foi pensar em como integrar passado com o presente da evolução tecnológica. Foram desafios de comunicação da nossa equipe de desenvolvimento em estabelecer contatos com esses grandes players do mercado de CFTV e de alarme. Ainda que o cliente tenha sistemas analógicos de CFTV, conseguimos embarcar e torná-los digitais com a solução de autodefesa. Da mesma forma, se o cliente tem uma central de alarme isolada, nós podemos integrar e, muitas vezes, até mesmo desbloquear potenciais que elas não estavam configuradas para ter, porque são equipamentos complexos. Quando passamos para grandes instalações, de um banco com 4 mil centrais de alarmes instaladas, eles não utilizam nem metade dos recursos que o sistema é capaz de entregar por falta de conhecimento técnico. Temos um país gigante e a capacitação dos técnicos espalhados por todas as regiões não é homogênea. Nossa ideia foi pegar esse legado, modernizá-lo e incorporar todas as boas práticas de forma unificada, sem depender de uma ponta técnica ir no local e ter que fazer qualquer ajuste. Se está funcionando, nós fazemos funcionar muito melhor. O segundo desafio vem do futuro para o presente. Muito dos equipamentos IoT ainda não são acessíveis e massivos no nosso dia a dia, mas o ATK3000 já está preparado para se comunicar com essa nova tecnologia e sem aterrorizar paradigmas que hoje existem nos nossos clientes. Muito dos nossos clientes ainda acham que o Wireless é perigoso. O IoT é uma coisa que ainda assusta. Eles questionam como que uma coisa sem nenhum cabo funciona, quem garante que ninguém vai hackear o sistema e invadir o local. Ainda temos muitos paradigmas a serem quebrados e a prova de confiança ainda está sendo testado, mas já trouxemos um produto que está com o pé no futuro, esperando o mercado estar capacitado para aceitar essas novas tecnologias. Digital Security: Recentemente, a Alarmtek anunciou a contratação de novos consultores comerciais visando a expansão para novos mercados. Qual é o principal mercado da Alarmtek hoje e quais são esses novos mercados que vocês estão buscando? Rogério: O bancário é o setor que temos atuado nos últimos 10 anos com uma intensidade muito grande. Nos especializamos nesse segmento e ganhamos força. É um segmento com desafios especiais por conta da magnitude desses clientes. Como eles estão no Brasil inteiro, nós precisáva-

Ainda há paradigmas a serem quebrados, mas os IoTs são a grande tendência e precisamos manter isso de forma totalmente segura para nossos clientes 32

mos ter cobertura nacional. Além disso, eles têm requerimentos de segurança no mais elevado nível. Os bancos são alvos de ataques muito agressivos com coisas que são inadmissíveis em países de primeiro mundo . Nesse sentido, o Brasil se assemelha com zonas de guerra: os bandidos usam dinamites e armamentos capazes de perfurar a blindagem de carros fortes e derrubar helicópteros. Eles chegam em segundos, explodindo tudo, porque enfrentam uma barreira muito singela. As agências bancárias possuem paredes de vidro. Os bancos ainda são, nesse momento, os pontos mais frágeis contra a bandidagem, por isso nós escolhemos esse nicho para prover a capacitação de autodefesa. O maior desafio deles é a grande quantidade e a distância entre as agências. Eles precisam de uma alta conectividade e monitoramento remoto. Esse é um dos grandes fortes do nosso sistema. Além de ser extremamente efetivo localmente para fazer a defesa, a evolução tecnológica permitiu que os dados sejam trafegados de maneira muito leve junto à mesma rede Intranet utilizada para transações bancárias. Até por isso, nosso sistema também teve que se provar dentro das premissas de segurança de um banco, que são do mais alto nível. Aí também está outra vantagem de sermos uma empresa brasileira. Quando falamos de lançamentos mundiais de produtos IoT, eles nascem para trafegar em redes de alta capacidade. No Brasil, temos lugares com capacidade muito limitada de tráfego de rede. Nosso sistema, então, tem que garantir uma compactação de alto nível para otimizar a velocidade de entrega. Esse é o nosso maior aprendizado nessa bagagem de 10 anos e nós estamos compactando o produto e essas soluções para levar para outros mercados. Digital Security: Quais as particularidades de cada um desses mercados e quais desafios vocês devem enfrentar nessa construção destes novos negócios? Rogério: Os desafios sempre vem junto ao aprendizado sobre qual a necessidade do cliente. Esses novos clientes possuem diferentes valores. Eles podem não ter dinheiro em um caixa eletrônico ou em um cofre, mas ele tem um celular, um estoque de remédios de altíssimo custo, tem jóias, enfim, tem outros valores. Valores são qualquer coisa que seja o bem e razão daquele negócio e que a perda daquele bem tira o foco daquele negócio. Hoje, o nosso desafio é proteger outras verticais que tem diferentes necessidades. A necessidade final é autodefender. Como e o que autodefender são as vertentes que vão dar essa mistura de experiências. Digital Security: No começo deste ano, a ABESE divulgou que o mercado de segurança cresceu cerca de 8% em 2018 e já projeta um crescimento ainda maior, na casa dos dois dígitos, para 2019. Como foi o ano passado para a Alarmtek e qual a projeção para esse ano? Rogério: Ano passado tivemos um crescimento de 30% aproximadamente, muito por conta do agravamento da crise. Infelizmente, nós andamos em compasso com a piora do cenário sócio econômico e com a fragilidade de investimentos na polícia orgânica. Quanto maior a crise e maior a agressividade no ambiente, melhor o setor de segurança cresce. Esses fatores fizeram a Alarmtek praticamente triplicar de tamanho nos últimos três anos. A previsão para esse ano começou um pouco diferente. Pelos entravamentos que o novo governo se viu obrigado, teve ou desejou fazer, existe hoje uma clara e visível apatia de novos investimentos no mercado. Apesar disso, a necessidade de segurança se mantem, e enxergamos um mercado crescente que vai manter a gente nesse patamar de crescimento.


Entrevista Rogério Camargo - Alarmtek

O ATK3000 traz a capacidade de integrar e automatizar CFTV, alarmes, controle de acesso, gerador de neblina, sprays neutralizadores e comunicação por áudio em uma plataforma única e simplificada para o cliente Digital Security: Quais fatores devem puxar essa patamar de crescimento? Rogério: São vários fatores que puxam esse crescimento. Um deles que estamos apostando é tornar acessível uma tecnologia extremamente sofisticada, que era possível somente para grandes corporações como bancos. Essas tecnologias se tornaram acessíveis pelo amadurecimento das plataformas, pelos investimentos já feitos, pela compactação e, em especial, pelo lançamento do ATK3000 que vai trazer a simplicidade. Se fizermos um comparativo em volume de equipamentos, antes eu teria uma mesa cheia dos equipamentos de central de alarme, de CFTV, gerador de neblina, sirenes, e que hoje eu consigo ocupar uma cadeira com uma única máquina que faz tudo isso. Compactar e incorporar as tecnologias em um software exige um grande investimento, mas depois de pronta, esse sistema se paga com um volume menor de vendas do que ter uma quantidade gigante de hardwares. A outra mantenedora desse crescimento, infelizmente, ainda é a instabilidade socioeconômica que vivemos e ainda não se estabilizou. Nós desejamos muito que os investimentos voltem no país, que a previdência seja estabilizada de forma definitiva, mas enquanto isso, o país ainda vem andando a trancos e barrancos. Esse ainda é um forte fator de crescimento. Os sistemas de autodefesa trazem tecnologias embarcadas que não são só para autodefesa. Um exemplo é o controle de acesso, que estamos disponibilizando de uma forma acessível como nunca antes. O reconhecimento facial hoje temos na palma da mão dos nossos celulares e a Alarmtek está fazendo a mesma evolução tecnológica para os controles de acesso, em patamares de valores de 1/3 do que o mercado vinha praticando externamente. Outra plataforma que temos lançado e apostado muito forte no ATK3000 é relacionado a conectividade, com o áudio pela internet. Nas alas novas do nosso escritório nós já nem temos mais telefones ou cabos de rede. São inovações que estamos aplicando na empresa e que vamos disponibilizar para o mercado. Sempre nos preocupamos em baixar o custo operacional dos clientes, o custo de venda dos nossos produtos e, por consequência, torná-lo acessível para uma camada maior e fazer o crescimento por volume.

Digital Security: Em 2018, a Alarmtek também conquistou alguns projetos internacionais, especialmente na América Latina. Como está o processo de internacionalização da companhia e quais as vantagens de ser uma empresa brasileira competindo no mercado internacional? Rogério: Nós estamos buscando parcerias com empresas que já estão na Europa, além da nossa conectividade com fabricantes de produtos que estão no mercado 20 anos, com ramificação e atuação em mais de 50 países. Estamos programando um lançamento mundial em fases: primeiro no Brasil, depois na América Latina e aí partimos para a Europa Nós estamos nos focando em ter a base do produto e nos juntarmos a quem já tem uma base de venda e conhecimento desses outros locais. A nossa aposta é desenvolvermos um produto tão altamente capacitado tecnologicamente para um nível de ataque tão agressivo que as customizações para os outros mercados partem do maior e mais complexo para o menos agressivo e intenso, mas ainda assim com a altíssima tecnologia que foi desenvolvida no Brasil. Essa é nossa aposta para os próximos 12 meses, um ataque gradativo em 58 países. Digital Security: A Alarmtek faz parte de um grupo que também inclui uma fabricante de equipamentos para segurança, a RCL Indústria. Em um mercado cada vez mais comoditizado, por que continuar fabricando equipamentos? Rogério: A aposta em fabricar produtos no Brasil tem como pilar a evolução tecnológica de software. As pretensões da RCL jamais foram fazer um hardware sem inteligência. Temos mais desenvolvedores de software do que montadores. Embarcar uma alta capacitação nos hardwares é o nosso grande diferencial. Nós não trabalhamos pensando em competir com produtos, como uma central de alarme, um sensor, uma câmera ou um DVR. A RCL é uma indústria de soluções. Ela começa pelo software e se justifica pelo hardware. É dessa forma que a RCL consegue competir e até superar o resto do mercado, tendo pontualmente produtos capazes de atender a necessidade dos clientes. Digital Security: Qual a próxima onda tecnológica que irá mudar as regras do jogo no mercado de segurança e como a Alarmtek está se preparando para esse futuro? Rogério: A gente já vem colocando em todas as nossas soluções a parte de inteligência de vídeo, de Internet das Coisas e a tecnologia wireless. Essa tem sido a nossa aposta nos últimos 10 anos. Colocamos inteligência e automação para evitar ao máximo a possibilidade de erros humanos. A nossa tendência é, cada vez mais, ter menos pessoas comandando, mais sistemas automatizados, mais softwares capazes de incorporar hardwares novos ou antigos, provendo uma total capacitação de ter análises de vídeo, de tomar decisões, de fazer comparativos. A Alarmtek vem se preparando desde sempre. Nunca estivemos em uma posição estacionária. Sempre ouvimos o cliente para entender o que ele precisa para produzir a solução que atenderá essa necessidade. Hoje, temos uma equipe de desenvolvimento maior do que a equipe de montagem. São 10 pessoas que ficam focadas em desenvolvimento de software, de soluções, de melhores práticas e melhores capacitações dos nossos produtos com a ideia de prover soluções cada vez mais simplificadas para os nossos clientes. O futuro, sem dúvida, é simplificar instalações. Ainda com uma certa dificuldade, mas os IoTs vão ser a grande tendência e tudo isso se manter ainda de uma forma extremamente segura nessas redes. Essas são as nossas visões de desafios futuros. DS

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Artigos Análise comercial

Recuperando o valor de mercado por César Vivenes Sierralta*

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os últimos três anos, o mercado de segurança eletrônica sofreu um dano significativo devido às práticas executadas por alguns players do mercado. Ao longo da história, tais práticas já foram estudadas por centenas de especialistas do Marketing e negócios a nível mundial e, em todos os casos, acabaram por degradar os mercados. Falamos da brutal guerra de preços e a inobservância daqueles valores que mantinham um mercado sério, em crescimento, onde se cuidava da rentabilidade das operações, onde havia um alto nível de ética e de palavra nos negócios, onde o trabalho e o investimento dos integradores eram protegidos, onde se mantinham elevados padrões de qualidade de fabricação. Estes são valores que, de alguma forma, tinham impacto nas operações dos distribuidores e integradores. No entanto, esses valores foram degradados. O que aconteceu? Tínhamos um mercado com crescimento significativo e sustentável onde havia negócios rentáveis para todos. No entanto, algumas marcas que pertenciam ao mercado de massas, à compra transacional, em sua busca por entrar no setor corporativo, começaram a desenvolver uma estratégia baseada na redução de preços com a política de ganhar mercado sacrificando a rentabilidade, mas sem medir as consequências que isso traria no médio e longo prazo para o mercado, para a cadeia de distribuição e para os integradores. Dessa forma, começaram a invadir o mercado com suas ofertas excessivas e a fazer alianças com distribuidores ou integradores sob esta premissa. De alguma forma, conseguiram ganhar participação de mercado, mas não priorizaram o estabelecimento de relações comerciais de médio e longo prazo: foram, de certa forma, imediatistas. Assim, várias empresas adotaram a estratégia de ir a rentabilidades muito baixas, simplesmente para ganhar mercado, sem entender o prejuízo que estavam causando nele. O barato que sai caro De acordo com os grandes analistas de mercado, a guerra de preços tem consequências que se repetem ao longo da história. Uma delas é que “sempre haverá alguém que venda mais barato”. Quando esta guerra de preços começa, acostumamos os clientes a buscarem sempre o mais barato. E problemas de rendimento começam a aparecer buscando fazer negociações mais baratas onde se sacrifica a qualidade dos serviços pelo custo dos produtos. Além disso, “o valor dos seus serviços diminui” porque, quando você começa a baixar o preço dos produtos, você quebra uma relação entre o preço do produto associado e de alguma forma você pressiona para que o valor dos serviços também diminua. Ao baixar o preço dos serviços, a rentabilidade da empresa é afetada. Antes, havia uma proporção entre o custo de uma câmera e o da instalação. Quando o custo da câmera desce abismalmente, entende-se que o custo da instalação diminui, embora na realidade os custos originais para instalar este equipamento não sejam reduzidos, mas o mercado entende dessa forma. Então o valor dos serviços diminui.

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O terceiro ponto é que “o seu cliente não vai comprar pelo mesmo preço”. Depois de ensinar aos clientes que isto custa um real, eles vão querer comprá-lo a um real o tempo todo. Portanto, é muito fácil diminuir o valor das coisas no mercado; o que é realmente difícil é fazer com que elas atinjam novamente seu valor real. Então, para sua estratégia de imediatismo, essas marcas degradam os preços e assim acostumam o mercado a comprar barato. Tudo isso se traduz em ter que vender muito mais, estressar mais a estrutura, porque algumas empresas para ganhar o mesmo estão tendo que vender o dobro, o triplo. Isso gera pressão sobre as pessoas, porque elas vão para margens tão baixas, baseado no modelo de negócio estabelecido por essas empresas, que a parte pessoal dos vendedores acaba sendo afetada e isso, consequentemente, afeta as empresas. No final, se perde a relação de valor. O cliente que estava com você por ser uma empresa confiável e séria, que prestava um bom serviço, agora pode sair a qualquer momento, porque o que está definindo o negócio é o menor preço. Desta forma, qualquer empresa com uma estrutura de custos muito mais baixa pode fazer uma contra-oferta e degradar suas margens porque é assim que o negócio foi definido. Para entender outros impactos dessa guerra, as ilusões comerciais adotadas por essas empresas e como a Hanwha Techwin se compromete com valores, escaneie o QR Code dessa página para ler o artigo completo. DS

*César Vivenes Sierralta é Diretor Comercial da Hanwha Techwin para a Região Andina.



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