Panorama Audiovisual 90

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90 ISSN 2236-0336

Ano 8 - Edição 90 - Julho/2018

SET EXPO 2018

Produção ao vivo Notícias Entrega de Conteúdo Networking

Digitalização, IP, Cloud Computing, e muito mais Número 1 em Tecnología de Mídia e Conteúdo

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Agosto, mês do…. OTT? O Mês de agosto começou com uma notícia de grande impacto para a indústria audiovisual: o canal Esporte Interativo deixaria de existir nas plataformas de TV. Ganhando destaque desde 2014 como canal fechado com direitos de transmissão da Champions League e Copa do Nordeste, a empresa vinha numa ascendente que foi acentuada com a aquisição pelo grupo Turner em 2017, o que trouxe uma enorme injeção de capital e a possibilidade de brigar pelos direitos de transmissão dos campeonatos nacionais mais tradicionais. A decisão, pautada também por problemas com o CADE (como parte do guarda-chuva At&t, a operação controlaria canal de conteúdo e operadora de sinal ao mesmo tempo) e pela queda na quantidade de assinaturas nas plataformas de TV Paga, não afeta, porém, a estratégia online. De acordo com o comunicado oficial enviado ao mercado, o EI deve continuar transmitindo os jogos a que tem direito via seus canais de streaming e redes sociais, e ainda destacaram a crescente audiência que estas plataformas têm conquistado para os fãs do esporte. De fato, como publicamos em nossa edição especial da Copa do Mundo Fifa, o OTT vem vivendo uma crescente monstruosa para transmissão esportiva, tendo registrado números incríveis durante as partidas do mundial de futebol e outros eventos, como o Superbowl. Em termos técnicos, este tipo de transmissão massiva tem conseguido ser executada sem grandes problemas, com taxas de problemas de transmissão inferiores a 0,13% dos casos. Ao mesmo tempo, ainda no começo de agosto, assistimos ao lançamento do Play Plus, primeira plataforma OTT multi-estação do Brasil. Capitaneada pela Record, ESPN e PlayKids, a plataforma cobrará uma assinatura acessível para oferecer programação ao vivo e sob demanda de jornalismo, dramaturgia, esportes, infantil e ainda agrega uma porção de rádios de grande alcance. Com todos estes movimentos acontecendo simultaneamente no Brasil, fico com a impressão de que o posicionamento das emissoras tradicionais dentro do streaming está acontecendo em uma velocidade muito maior do que a prevista pelos especialistas. Hoje todas as grandes emissoras de TV Aberta do país já contam com sua plataforma OTT, com conteúdos exclusivos e modelos de monetização independentes, garantindo uma oferta de conteúdo online quase única no mundo. Claro que isso não significa que as emissoras estão se preparando para a substituição da radiodifusão ou TV à cabo por um modelo 100% online a curto prazo, mas ainda sim soa como uma preparação. Não me parece que o Globo Play, por exemplo, exista como um concorrente do Youtube, mas sim como uma forma de dar à uma audiência já cativada a possibilidade do online e portátil, e daí fica difícil não falar sobre substituição. O momento é de esperar os resultados destas ações. Se o EI conseguirá manter seu engajamento e relevância com uma plataforma unicamente online, e quanto a audiência e monetização destas novas plataformas das emissoras vão de fato representar dentro do escopo maior, e aí sim ,falar de futuro.

Ano 8 • N° 90 • Agosto de 2018

Redação Coordenador Editorial

Flávio Bonanome flávio.bonanome@vpgroup.com.br Editor Internacional

Antonio Castillo acastillo@panoramaaudiovisual.com Arte Flávio Bissolotti flavio.bissolotti@vpgroup.com.br Comercial Gerentes de Contas

Alexandre Oliveira alexandre.oliveira@vpgroup.com.br Colaboradores Gustavo Zuccherato

Presidente & CEO Presidência e CEO

Victor Hugo Piiroja victor.piiroja@vpgroup.com.br Financeiro Rodrigo Gonçalves Oliveira rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br Atendimento

Boa leitura.

Jessica Pereira jessica.pereira@vpgroup.com.br

Panorama Audiovisual Online www.panoramaaudiovisual.com.br Tiragem: 16.000 exemplares Impressão: Gráfica57

Flávio Bonanome Coordenador Editorial Al. Madeira, 53, cj 92 - 9º andar - Alphaville Industrial 06454-010 - Barueri – SP – Brasil +55 11 4197-7500 www.vpgroup.com.br PanoramaAV

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Sumário

12 SET EXPO 2018 O aquecimento para o principal encontro de tecnologia para broadcast e produção audiovisual do país

Nesta Edição

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10 Record lança plataforma Play Plus

30 Um mundo Multi-Codec

Primeira iniciativa multi-programação do país nasce em parceria com ESPN, PlayKids e emissoras de rádio.

O aritgo explora os desafios e propõe soluções para distribuir streaming em um ambiente de codificação plural.

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12 Aquecimento SET Expo 2018

36 O Futuro do Broadcast

As principais atrações do maior evento de produção e distribuição de mídia da América Latina.

O CEO da Grass Valley aborda a fusão SAM-GV e faz suas projeções para o que será da indústria.

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38 Indo além da entrega de conteúdo multiscreen

Liliana Nakonechnyj, presidente da SET fala sobre os 30 anos da instituição.

As plataformas de distribuição VOD permitem que os provedores de serviços aprimorem rapidamente seu catálogo.

30 Artigo: Como sobreviver em um mundo Multi-codec

24 10 Perguntas: Liliana Nakonechnyj

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Notícias

Esporte Interativo encerra atividades na TV Operação pertencente ao grupo Turner deve seguir a transmissão esportiva dentro dos canais TNT, Space e por Streaming.

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Esporte Interativo publicou um comunicado oficial no fim da manhã do dia 09 de Agosto anunciando o fim de sua operação como canais individuais na TV. De acordo com o documento, os acordos de direitos de transmissão continuarão a ser honrados e a programação esportiva deve migrar para os canais TNT e Space, presentes na TV Paga e por Streaming. A EI detém direitos de transmissão da UEFA Champions League por mais 3 anos e de alguns clubes do Campeonato Brasileiro a partir de 2019 até 2024. A Panorama Audiovisual conversou com fontes do departamento técnico da emissora e apurou que mais de 200 profissionais foram desligados da empresa após o comunicado. Ainda não há clareza sobre como ficará a operação e qual será o destino da infraestrutura de estúdios e operacional montados no Rio de Janeiro e São Paulo. Os sinais vão permanecer no ar pelos próximos 40 dias. Com a decisão sendo tomada verticalmente pela AT&T, nova proprietária do grupoTurner, a justificativa fica em parte por conta da queda da quantidade de assinantes deTV Paga no Brasil. Só em 2017 a queda foi de 5%, com um acumulado de 2 milhões de assinantes perdidos desde 2014. Outro ponto importante é a pressão vindo de órgãos de regulamentação após a aquisição da Tuner pela At&T. Aqui no Brasil, o CADE já havia solicitado explicações sobre suposta prática de “Abuso de poder econômico”, uma vez que a compra colocava a AT&T como operadora de TV Por Assinatura e Provedora de Conteúdo ao mesmo tempo, o que contraria texto da Lei do Seac.

Como fica o futuro De acordo com as fontes internas questionadas, ainda não há uma definição em como ficará a operação. O comunicado afirma que a transmissão esportiva deve passar para a TNT e o Space, canais da TV Fechada parte do grupo Turner, criando no Brasil o modelo de Super Stations, já populares nos EUA, que são canais fechados com programação diversificada. Por outro lado, o comunicado deixa claro que a EI não tem interesse

em perder o engajamento de redes sociais e a operação de transmissão por streaming. Confira abaixo o comunicado oficial na íntegra.

Comunicado Oficial Esporte Interativo “Nós do Esporte Interativo/Turner, agora uma afiliada AT&T, anunciamos hoje que estamos migrando a nossa programação de TV com o futebol nacional e internacional para as marcas TNT e Space. A Turner continua comprometida com a Liga dos Campeões da UEFA pelas próximas três temporadas, iniciando as transmissões a partir deste mês. Além disso, a partir do ano que vem, começaremos a transmitir a série A do Campeonato Brasileiro até 2024. Os canais do Esporte Interativo na TV serão desativados nos próximos 40 dias e deixaremos de transmitir competições que nos orgulhamos muito durante os últimos anos. Entretanto, as nossas atividades no mundo digital seguem firmes, e continuaremos levando a emoção que o Brasil merece pra vocês através do nosso Facebook, Instagram, Youtube, Twitter, EI Plus e qualquer outra plataforma digital em que os apaixonados por esporte estejam presentes. Não dá pra negar que estamos tristes com o fim dos canais Esporte Interativo na TV, mas ao mesmo tempo estamos ansiosos e animados com o futuro, em que estaremos todos os dias na TNT e Space, com as mesmas narrações, comentários e brincadeiras que nos acostumamos a ouvir nos últimos 11 anos. E claro, seguiremos juntos, diariamente, com a nossa família de mais de 20 milhões de fãs nas redes sociais. Muito obrigado pelo apoio de sempre. Contamos com vocês nessa nova caminhada. Tamo junto! <3” PA

Rohde & Schwarz inaugura nova sede no Brasil Espaço de mais de 700 m² integra equipes em um único andar de prédio pomposo na zona oeste de São Paulo

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a tarde desta terça-feira (7), a Rohde & Schwarz realizou um evento de inauguração da sua nova sede no Brasil. Localizado no 17º andar da torre Continental no Cidade Jardim Corporate Center, na zona oeste da cidade de São Paulo, o novo espaço unifica quase toda a equipe da empresa no Brasil

em um único ambiente com escritórios, salas de reunião, linha de montagem de equipamentos e assistência técnica. “Hoje contamos com 50 colaboradores em São Paulo, além de uma pessoa em Manaus, uma em Brasília e uma em Porto Alegre, que prestam atendimento para todo o Brasil”, disse Alipio

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Notícias

Antônio Teixeira, CEO da Rohde & Schwarz no Brasil. “Estamos com um espaço maravilhoso, próximo a centros comerciais, que traz uma satisfação muito maior aos nossos colaboradores pela facilidade de encontrar serviços úteis próximos. Além disso, mudamos de quatro andares na nossa antiga sede para um único andar, colocando todos no mesmo ambiente e facilitando a in-

tegração do time e o trabalho em equipe. A satisfação é total”. O evento contou com uma breve apresentação da companhia onde o CEO e os gerentes de cada área de negócios agradeceram a presença de clientes, funcionários, parceiros e executivos globais da fabricante de sistemas de testes e medição, radiodifusão e multimídia, comunicações seguras e cibersegurança, seguidos de um coquetel e visita à nova sede. Ao todo, cerca de 120 pessoas entre representantes de emissoras, operadores e órgãos governamentais participaram do encontro. “Estamos em um momento muito importante, não só pelo nível de complexidade tecnológica que nossas soluções alcançaram mas também pela nossa estratégia de desenvolver soluções integradas. Em todas as áreas, estamos atentos às novas necessidades e carências que o mercado nos traz para que possamos ir ao encontro delas e atendê-los da melhor forma possível”, ressaltou Teixeira. “No mercado de broadcast e mídia, hoje há uma necessidade de equipamentos mais compactos e com nível de acuracidade muito maior, devido ao aumento da resolução nas telas e a necessidade imposta pelo switch off da TV analógica. As empresas precisam de equipamentos mais compactos e que possam atender as suas demandas de forma mais integrada e é nisso que viemos trabalhando ao longo dos anos”. Em relação aos produtos, o CEO ainda destaca que as linhas de baixa e média potência continuam sendo importadas diretamente da Alemanha, enquanto a linha de alta potência é produzida no Brasil. “Como novidade para o mercado, nos últimos 12 meses, temos disponibilizado linhas de créditos próprias da Rohde & Schwarz para financiar um projeto diretamente com a empresa, sem passar por um banco”. PA

CIS Group amplia equipe no Brasil A empresa anunciou a contratação de Felipe Andrade, Felipe Domingues e Eliana Cordoba

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CIS Group, uma das principais integradoras de tecnologia atuando em território nacional, anunciou hoje (30) uma nova expansão na sua equipe brasileira. Entre os novos membros que chegam ao time estão Felipe Andrade, que assume como Diretor de Vendas – Brasil, Felipe Domingues que exercerá o cargo de Arquiteto de Soluções e Eliana Cordoba como Office Manager. “Estou empolgado em me juntar à CIS Group, uma empresa que tem tanta história no Brasil. Estou ansioso para liderar os esforços de vendas para a região”, afirma Andrade. O novo diretor tem mais de 25 anos de experiência nos mercados de Broadcast, Vídeo Digital, Mídia & Entretenimento na América do Sul. Em seu currículo estão passagens em cargos de liderança na SAM, Avid e Grass Valley. Como Diretor de Vendas – Brasil, Andrade vai comandar e desenvolver as vendas no território e gerenciar a bem sucedida equipe comercial brasileira ajudando a definir e executar estratégias de vendas. Como novo Arquiteto de Soluções, Felipe Domingues traz mais de

14 anos de experiência na indústria broadcast atuando em empresas como SAM, Imagine Communications e Grass Valley. Domingues tem muito conhecimento nas necessidades da indústria broadcast, trazendo conhecimento aprofundado e muitas habilidades que trarão grande valor aos clientes da CIS. Já Eliana Cordoba, que assume o cargo de Office Manager no Brasil, trabalhou em cargo similar na SAM. Com a responsabilidade de manter os negócios funcionando com tranquilidade no país e nas vendas, Cordoba vai trabalhar para garantir a alta qualidade de suporte e soluções pelas quais a CIS Group é renomada. “Estamos felizes em continuar a expansão da CIS Group com a adição de Felipe Andrade, Felipe Domingues e Eliana Cordoba”, afirmou Matt Silva, Diretor de Desenvolvimento Corporativo da CIS group. “A empresa está passando por um momento de crescimento e expansão muito dinâmico e estes novos colaboradores são parte essencial em nossa visão de futuro para a CIS Group e nossos clientes”. PA


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Notícias

Record lança plataforma OTT em parceria com ESPN, Playids e Supertoons. Com lançamento da plataforma Play Plus emissora espera atingir uma nova fatia de mercado

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uscando ampliar sua audiência para múltiplas plataformas, a Record anunciou no último dia 14 de Agosto o lançamento de sua mais nova plataforma de streaming, a Play Plus. Com um aplicativo para iOS e Android, além de aplicação para navegadores web, o serviço vai entregar programação linear ao vivo e por demanda da Record, ESPN, PlayKids e Supertoons, além do acervo histórico da emissora, como os festivais de MPB e produções nacionais dos anos 1960-1980. “A Record continua acreditando fortemente na força da TV Aberta, sobretudo em um país como o Brasil, mas é natural que em momentos de deslocamento ou espera fora de casa, o espectador possa estar em contato com o conteúdo que tanto gosta”, afirmou Antônio Guerreiro, diretor de operações multi-plataforma do grupo. Um dos diferenciais do serviço é o fato de agregar diferentes produtores de conteúdo em uma mesma plataforma, algo inédito no mercado brasileiro. Em um primeiro momento as transmissões esportivas da ESPN, conteúdo infantil da PlayKids, SuperToons, FishTV

e das rádios 98 FM, Sociedade, Vagalume, Energia 97 e Transamérica estarão embarcados juntos na plataforma, mas com o passar do tempo outros distribuidores podem estar agregados. Outro ponto que chama atenção na iniciativa é a promessa da disponibilização dos conteúdos de arquivo da emissora dentro do APP, o que daria acesso à produções como “Família Trapo”, “Festival MPB”, “Bronco Total”, “Especial Elis Regina” e “Programa Flávio Cavalcanti”. Os históricos festivais de MPB dos anos 1960 também devem entrar em um segundo momento assim que questões de licenciamento e direitos conexos dos artistas envolvidos forem sanados para a plataforma. O PlayPlus já está disponível para download e acesso via internet e substitui o antigo serviço de streaming da emissora. É possível usar o serviço gratuitamente com restrições quanto aos conteúdos por demanda da Record e até mesmo ao vivo de outros parceiros, como a ESPN, mas com uma assinatura de R$ 12,90, todos os conteúdos se tornam disponíveis. PA


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SET EXPO 2018

Congresso da SET 2018 debate o futuro do broadcast e do audiovisual Com a proposta de discutir o cenário disruptivo do audiovisual, Congresso SET EXPO vai reunir especialistas de várias partes do mundo Da Redação

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avanço da tecnologia tem revolucionado a forma como as pessoas consomem informação e entretenimento ao redor do mundo, e esse movimento tem impactado diretamente a cadeia produtiva do audiovisual – da criação ao consumo. Diante deste cenário de intensas mudanças e constante adaptação, o Congresso do SET EXPO 2018, maior congresso de capacitação e atualização profissional da América Latina, reunirá em São Paulo especialistas, líderes empresariais, startups e empreendedores, de todas as partes do mundo, para discutir as tendências e os desafios do setor. O evento acontece entre os dias 27 e 30 de agosto, no Centro de Convenções do Expo Center Norte, e é organizado pela SET, associação referência do setor de tecnologia audiovisual no Brasil, que este ano completa 30 anos. Serão quatro salas simultâneas de conteúdo ao longo de quatro dias e a expectativa é reunir mais de 1.500 participantes, que poderão assistir e interagir com mais de 250 especialistas do mercado em mais de 60 painéis (e mais de 300 palestras). A programação inclui temas como inovação e tecnologias disruptivas; produção de conteúdo;

contribuição audiovisual e infraestrutura; distribuição audiovisual; eletrônica de consumo; e assuntos regulatórios e de normatização. Todas as mídias estão contempladas: dos aplicativos aos smartphones; dos drones às câmeras e ilhas de edição; da TV ao cinema; dos satélites ao streaming de vídeo. Além desses, todos os produtos de entretenimento, como séries, filmes, documentários, rádio, música, jornalismo, esportes, publicidade e games. “O setor audiovisual está no meio de uma revolução tecnológica e o SET EXPO é, no Brasil, a melhor vitrine sobre os impactos que essas inovações trazem na forma de produzir, comercializar e consumir conteúdo audiovisual”, avalia Liliana Nakonechnyj presidente da SET. “O momento agora demanda empresas, profissionais e escolas cada vez mais atentos às transformações digitais e às novas exigências do mercado e do público em ambientes multiplataforma, multitelas e em múltiplos dispositivos. O Congresso do SET EXPO busca promover a troca de conhecimentos, o aperfeiçoamento e o debate sobre o futuro da cadeia produtiva do setor audiovisual no Brasil”, completa.



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SET EXPO 2018

Tecnologia para Jornalismo O Congresso vai reunir quatro dos maiores especialistas do cenário nacional na área de jornalismo e tecnologia para debater como as estruturas de produção, geração e apuração jornalísticas evoluem de acordo com o impacto dos avanços tecnológicos. Roberto Cabrini (SBT), Raimundo Lima (SBT), Paulo Zero (Globo) e Hugo Gaggioni (Sony) estarão juntos no painel “Jornalismo e Esporte Avançado – Produção Remota”, no dia 29 de agosto, a partir das 11h30. O moderador do debate será Paulo Lima, diretor editorial da “Revista da Set” e diretor de Tecnologia e Operações do SBT. “Tenho feito

este painel há anos e ele nunca é o mesmo, pois a tecnologia muda constantemente. Ele trata de quanto a tecnologia tem influenciado a produção do jornalismo e do esporte. Por exemplo, se antes produzíamos uma reportagem pensando apenas em um telejornal, hoje precisamos pensar no telejornal, no site, nas redes sociais. Cada plataforma exige uma divulgação de forma diferente”, explica Lima, que tem um currículo de 38 anos na TV aberta. Os palestrantes, Roberto Cabrini (apresentador e editor-chefe do “Conexão Repórter”, do SBT), Paulo Zero (jornalista e cinegrafista da TV Globo) e Hugo Gaggioni (diretor de Tecnologia da Sony Professional Solutions Americas), vão discutir como as novas plataformas de comunicação de massa, aliadas às necessidades contínuas de consumo de notícias do mundo contemporâneo, transformaram qualquer cidadão de posse de um smartphone em um potencial produtor de notícias. O debate também vai abordar a explosão do volume de informação ao alcance dos consumidores, que ocorreu graças às facilidades de publicação dos conteúdos e o surgimento de ambientes colaborativos remotos.

5G e o futuro A próxima geração de conexão móvel sem fio, o 5G, é uma inovação tecnológica que prevê não apenas garantir velocidade maior em celulares e tablets, como permitir a consolidação dos sistemas inteligentes, como as “casas do futuro”. Os cenários para a rede inteligente do futuro serão tema de discussão durante o Congresso. O painel “Visão Geral do 5G: Situação atual e cenários para a


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SET EXPO 2018

rede inteligente do futuro” será realizado no dia 27 de agosto, segunda-feira, a partir das 17h. O debate terá como moderador José Raimundo Cristóvam, diretor técnico da UNISAT e vice-diretor da Regional Sudeste da SET, com as participações de Athul Prasar, diretor de Modelagem e Análise de Negócios 5G da Nokia, e de Carlos Alberto S. Camardella, consultor de Engenharia de Telecom da Claro Brasil. Entre os temas centrais do debate estarão as seguintes perguntas: A tecnologia 5G vai criar um novo ecossistema de aparelhos conectados daqui a poucos anos? Haverá impactos para a área do audiovisual? Quais serão os novos serviços digitais e modelos de negócios que surgirão com a inovação?

MAM e Archiving No século passado, arquivos de imagem eram normalmente guardados de forma material (como em rolos, fitas de videocassete, CDs e DVDs). Atualmente, as imagens transformaram-se em ativos imateriais (são salvas no computador ou “em nuvem”). A tecnologia facilitou a produção e o arquivamento desse patrimônio digital, mas, ao mesmo tempo, criou novos desafios, como a gestão desses acervos. Essa discussão será tema de um dos painéis do Congresso SET EXPO 2018, maior congresso de capacitação e atualização profissional da América Latina, que acontece entre os dias 27 e 30 de agosto, no Centro de Convenções do Expo Center Norte, e é organizado pela SET – Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão, que este ano completa 30 anos. O debate será promovido no painel “MAM – Os Desafios da Gestão de Acervos Frente à Imaterialidade da Imagem”, que terá como moderador Teder Muniz Morás, consultor de Mídias Digitais do SBT Canal 4 SP. MAM é a sigla de Media Asset Management (em português, Ge-

renciamento de Ativos de Mídia). No painel serão discutidos temas como a compatibilidade entre diferentes hardwares e softwares que compõem um ambiente técnico-operacional, definições sobre a melhor solução que atenda a determinado modelo de negócio, qualificação profissional, entre outros. Na programação de palestras, Erick Soares, expert em Tecnologia da Sony Brasil, vai abordar os desafios do acervo e preservação. Ele falará sobre a escolha ou definição de tecnologia para preservação e acervo diante das opções existentes e a evolução tecnológica, com enfoque na tecnologia óptica para arquivo. Na palestra “Conteúdo Líquido”, Giuliano Chiaradia, head de Conteúdo Digital do SBT, discutirá como surgem novas narrativas com tantas novidades tecnológicas ao nosso redor, mostrando como o futuro da comunicação integrada se apresenta numa narrativa não linear, colaborativa, interativa e sem limites entre o real e o virtual. Juliana Ferrari, Media manager do SBT, fecha o ciclo de discussão com a palestra “Media Center, MAM, Ativos Digitais, Eficácia e Eficiência no Atendimento ao Cliente”, com um overview sobre o assunto, mostrando que já não há mais espaço para o analógico, e o terreno digital é vasto em possibilidades.

Copa do Mundo e Transmissão Esportiva A Copa do Mundo também tem a ver com tecnologia e será tema de debate durante o evento. O painel “Inovação na Copa do Mundo da Fifa – Rússia 2018”, que será realizado no dia 27 de agosto, segunda-feira, entre as 11h30 e as 13h, vai mostrar como esse evento, que reúne audiência global de 3,2 bilhões de espectadores (praticamente metade do planeta), pode ser transformado no momento ideal para introduzir inovações tecnológicas na produção e distribuição de conteúdo.

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SET EXPO 2018

Com mediação de José Manuel Mariño, diretor de Tecnologia de Esportes da TV Globo, o painel vai mostrar como players do mercado aproveitaram a oportunidade para surpreender e encantar clientes, além de desenhar operações mais eficientes, discutindo temas como 4K HDR, produção de notícias, grafismo e distribuição multiplataforma. Luis Santos, VP de Engenharia e Operações da Fox Network Group, também estará presente, e vai mostrar como foi a experiência da Fox Sports na cobertura do evento. O palestrante vai falar o que foi feito antes (foram quatro anos de preparação) e durante o evento, abordando não só a cobertura, como o desenvolvimento de soluções técnicas.

Inteligência Artificial A Inteligência Artificial rompeu as telas de cinema e já é realidade no dia a dia de empresas e de pessoas. Como a IA está revolucionando mercados, substituindo atividades rotineiras e ajudando a potencializar a criatividade humana será tema em discussão durante o Congresso. No painel “Inteligência Artificial – Plataformas Cognitivas – Data Analytics”, especialistas vão compartilhar conhecimentos sobre as novas tecnologias e novidades dos mercados nacional e internacional na produção de esportes, jornalismo e eventos em massa com pouca ou nenhuma ação humana, usando como fonte de informação as mídias sociais e dados de uso dos consumidores finais. O painel será realizado no dia 28 de agosto (terça-feira), a partir das 16h. O moderador será o engenheiro Hugo Nascimento, da CTO Ad Digital. Na programação, Alberto Menoni, Head of Broadcast Media Entertainment do Google, fará palestra onde discutirá o tema “Digitalização: Assistência ou Tecnologia?”. Na oportunidade, o especialista falará sobre tecnologias específicas para construir aplicativos de TV, Cloud e Mobile, dando ao público um panorama sobre o que está acontecendo na vida das pessoas e como isso muda as suas expectativas como consumidoras. Na sequência, Washington Cabral, Client Technology Advisor de Media & Entertainment da IBM, vai mostrar como o mundo de mídia e entretenimento vem se adaptando rapidamente com o advento da indústria 4.0. Além da exposição teórica, o executivo também mostrará exemplos práticos de como essa evolução pode ser aplicada ao mercado de broadcast atual. Skip Pizzi, vice-presidente de Educação Tecnológica e Outreach da NAB, instituição que mantém há tempos uma estreita relação com a SET Brasil, completa as palestras com a discussão sobre a IA na produção de mídia e sistemas de entrega, dando uma visão geral

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SET EXPO 2018

de como as tecnologias de Inteligência Artificial, Machine Learning e Redes Neurais estão sendo usadas na indústria da mídia e de tendências nesse segmento. O que o vapor, a ciência e o digital têm em comum? Cada uma dessas inovações foi responsável por uma grande revolução que moldou a sociedade moderna. Agora, com o advento de novas tecnologias, o mundo está à beira de uma mudança que pode ser ainda mais radical. A chamada Revolução Industrial 4.0 será um dos temas em debate no Congresso SET EXPO 2018, maior congresso de capacitação e atualização profissional da América Latina.

A indústria de mídia na revolução Mobile O painel “4ª Revolução Industrial e o Impacto no Mercado de Mídia e Entretenimento” será a Hot Session de 30 de agosto, das 11h30 às 13h, e terá como mediadora Daniela Souza, SVP AD Digital e Diretora de Marketing da SET. O debate contará com a participação de Washington Cabral, assessor de Tecnologia para Clientes de Mídia e Entretenimento da IBM (com o tema especial “A Inteligência Artificial como Elemento da Indústria 4.0 Aplicada ao Setor Criativo”) e Luis Mauricio Chopard Bonilauri, diretor-geral da Accenture (“A Disrupção Digital está Transformando o Broadcasting”). O foco do painel será em torno de como essa revolução impacta diretamente a indústria da mídia e do entretenimento. Entre os temas estão a chegada dos assistentes de voz, o crescimento massivo do e-commerce, a publicidade migrando para o Móbile, a flexibilização de empregos, a alta de serviços de assinatura e a privacidade de dados. A discussão mostrará como o efeito combinatório de inovações, como Inteligência Artificial (AI), robótica e blockchain estão provocando mudanças na forma como vivemos e trabalhamos. Também serão abordados temas como cloud computing, redes sociais, mobilidade e Internet das Coisas (IoF).

A luta contra as Fake News As fake news (notícias falsas), que têm o poder de manipular tendências sociais, econômicas e políticas, estão no centro das grandes discussões, no Brasil e no mundo, quando o assunto é tecnologia e redes sociais. O Jornalismo de dados é uma das principais soluções para combater esse mal dos tempos modernos. Na segunda-feira, 27 de agosto, às 14h, o painel “Jornalismo de Dados” vai abordar temas como evolução do big data, novas tecnologias de inteligência artificial e processamento de linguagem natural, abertura de dados públicos e uso massivo de redes sociais. A moderação será de Daniel Monteiro, gerente de P&D da TV Globo. A jornalista Bárbara Libório, da Editora Aos Fatos, falará sobre como a tecnologia pode combater as fake news. Ela vai abordar o projeto Fátima, de desenvolvimento de inteligência artificial na área de checagem de fatos. Fruto de uma parceria com o Facebook na área de educação para a mídia, Fátima é um robô para Messenger que orientará as pessoas sobre como trafegar no universo de informações na internet. Fátima vem de “FactMa”, abreviação de “FactMachine”. A visualização de dados na web será outro tema discutido, com o palestrante Helder da Rocha, Consultor e Instrutor da Argo Navis Tecnologia e Arte. A palestra fará uma breve introdução sobre visualização de dados e mostrará uma seleção de exemplos que usam o poder da web para revelar dados através de gráficos e mapas interativos, além de discutir as principais tecnologias, ferramentas e serviços que podem ser usados para criar visualizações interativas para a web. O palestrante João Castellani, gerente de Arquitetura de Informação e Integração da TV Globo, mostrará como a rede de televisão usa tecnologias de big data para contar histórias sobre dados, com casos práticos de uso.

Startups do Audiovisual ganham espaço As startups do audiovisual prometem esquentar os debates durante o Congresso SET EXPO 2018. Na terça-feira, 28 de agosto,



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SET EXPO 2018

às 14h, o painel “Startups do Audiovisual – Empreendedorismo e Inovações” mostrará que startups inovadoras e com modelos de negócios disruptivos no setor audiovisual são possíveis. A moderação será de José Carlos Aronchi, consultor em inovação e tecnologia e gestor do grupo negócios da mídia, audiovisual, games, mercado editorial, impresso e digital e do Centro de Economia Criativa do Sebrae. “Vamos apresentar três startups em fases diferentes de negócio”, explica Aronchi. Uma das palestrantes será Isadora Lemes, CEO da VAV Vitrine Audiovisual, o primeiro hub online de profissionais do audiovisual brasileiro que funciona como vitrine para projetos, profissionais e licenciamento de conteúdo. A empresa está no estágio inicial de desenvolvimento. Clayton Melo, CEO de A Vida no Centro, startup de informação e conhecimento focada no Centro de São Paulo, compartilhará suas experiências à frente de uma empresa já em operação e com receitas e despesas equilibradas. Já Fábio Ota, da IS Game – International School of Game, falará sobre os desafios da sua startup na busca da internacionalização. “As principais questões para o sucesso das startups são a capacidade de gestão da equipe, a validação com os clientes e o crescimento rápido e sustentável. Há muitas portas abertas que podem ser exploradas. Startup não é só de tecnologia, pode ser de todos os setores e segmentos, porém, a tecnologia deve ser embarcada como essencial para a inovação e crescimento do negócio”, explica Aronchi, lembrando que os inscritos para o Desafio SETup, iniciativa da SET que selecionará startups para apresentarem seus projetos no SET Innovation Zone (SIZ), estão automaticamente inscritos para o Speed Mentoring Audiovisual, do Sebrae. Trata-se de um programa de 50 horas para

capacitação de empreendedores que tem como foco a remodelagem e estruturação de um negócio. A edição do Speed Mentoring com foco no audiovisual acontecerá de 10 de setembro a 3 de outubro. É o terceiro ano de parceria entre o Sebrae e a SET. Os resultados são bastante positivos para empresas participantes. A vencedora do primeiro programa, a Netshow.me, empresa voltada para soluções de transmissões ao vivo, recebeu aporte de capital internacional. O tema aceleradoras também é vital para o universo das startups e será abordado no painel “Startups: Aceleradoras de Sucesso”, moderado por José Dias, CEO da Mixmedia e diretor de produção de conteúdo da SET. Cidinaldo Boschini, sócio-diretor na Midwest Early Stage Venture Capital S/A, falará sobre o papel dos investidores em startups, esclarecendo pontos sobre o mercado de venture capital no Brasil. Lima Santos, CEO da 5xMais Holding Business, falará sobre a jornada das startups de provável sucesso, focando no passo a passo para validar, crescer e dar escalabilidade a uma ideia. Jana Ramos, Head of Growth (5xMais Holding Business), mentora de growth para startups (SP Stars, Startup Weekend), instrutora de growth hacking (Udemy) e growth hacker (Growth Lovers), mostrará na prática, com cases e hacks reais, como growth hacking pode ser feito em qualquer tipo de negócio. “O objetivo geral deste tema no congresso SET é mostrar um pouco do universo e as possibilidades que o modelo de negócios das startups permite, buscando soluções inovadoras, com potencial de rápido crescimento”, observa Dias. “Acredito que o modelo de negócios das startups pode auxiliar, dinamizar e flexibilizar o modo como operam as estações de televisão, levando soluções inovadoras a este mercado consolidado”. PA


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10 Perguntas

10P Liliana Nakonechnyj Conversamos com a presidente da SET sobre o atual momento da instituição que completa 30 anos em 2018.

Por Flávio Bonanome

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Em 1988, quando foi fundada a Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão – SET (o primeiro fórum brasileiro para discussões das tecnologias aplicadas ao conteúdo televisivo) o mercado mundial de telecomunicação passava por profundas modificações. No Brasil, estas mudanças foram particularmente acentuadas, por conta da promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil, que decretava o fim da censura nos rádios, TVs, teatros, jornais, além de assegurar plenos direitos à União de explorar diretamente, ou mediante concessão a empresas sob controle estatal, os serviços de telecomunicações. A SET, que já vinha acompanhando ativamente a evolução das pesquisas de tecnologia de televisão desde sua fundação, chegando a propor alterações da norma PAL-M à Secretaria de Comunicações do Ministério da Infra-Estrutura e também sistemas de codificação de sinais de televisão para o uso no serviço de TV a cabo na cidade de São Paulo, une-se, em 1994, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), passando a analisar e propor sugestões para viabilizar a transmissão digital no Brasil, através do Grupo ABERT/SET. A partir daí, a SET ficou conhecida como ferramenta indispensável para a defesa dos interesses do modelo de televisão brasileiro, por respeitar o tamanho, a topografia e a demografia do Brasil, além de entender a necessidade de sistemas avançados de transmissão via satélite ou distribuição de sinais de televisão capazes de integrar as vastas regiões de população dispersa, tão características deste país. Com a assinatura da Lei Geral de Telecomunicações, em 1997, que culminou com o fim do monopólio estatal e a criação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para regulamentar os serviços de telecomunicação, a radiodifusão deixou de ser um serviço de telecomunicações, para se transformar num serviço independente. De lá para cá a Associação esteve presente diretamente em todos os momentos da evolução tecnológica e debates políticos concernetnes à radiodifusão no Brasil e no Mundo, incluindo a determinação do ISDB-Tb como padrão de TV Digital adotado no país e as discussões para o futuro do broadcast. Para entender o papel atual da SET e suas perspectivas, conversamos com Liliana Nakonechnyj, atual presidente da entidade.


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10 Perguntas

PAV: No passado havia o desafio de fazer a TV Aberta chegar ao máximo de lares brasileiros o possível para garantir que o negócio da televisão fosse relevante. O desafio continua sendo este ou hoje se trata mais de uma questão de colocar a tecnologia à serviço de manter esta audiência engajada? Nakonechnyj: Continuar equacionando como fazer sinais de televisão chegar às casas das pessoas não é um trabalho a ser subestimado, tendo em vista a imensidão do Brasil e que, pela gratuidade do serviço para os telespectadores, a televisão aberta ainda é a única mídia acessível a uma parte grande da população brasileira. Mas não resta dúvida que as emissoras precisam estar atentas à evolução dos hábitos de consumo de mídias. Com a proliferação de serviços offline e dos dispositivos pessoais, as pessoas passam a almejar ter os conteúdos que querem na hora que os querem assistir e, também, em qualquer lugar, bem como compartilhar conteúdos com os amigos em suas redes sociais. Para tanto, muitas emissoras começam a investir em distribuições multiplataforma, e já estão participando de redes pessoais. Por outro lado, para atender ao desejo crescente de imersão, as emissoras iniciam estudos para o oferecimento futuro das tecnologias que proporcionam maior qualidade de vídeo, como HDR, HFR, 4K e 8K, bem como desenvolvimentos de audio multicanal.

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PAV: Há grandes “gurus” de tecnologia que afirmam que a TV com transmissão terrestre tem um prazo de vida já com data marcada para o início da década de 2030. O que você pensa dessas afirmações? O broadcast vai acabar? Nakonechnyj: O broadcast continua sendo a forma mais eficiente de fazer chegar conteúdos, simultaneamente, a um grande número de pessoas, ou seja, nada como ele para Jornalismo, esportes, shows ou programas ao vivo – algo que as emissoras brasileiras sabem fazer muito bem, além de produzir e oferecer conteúdos que agradam aos brasileiros. Assim, não vejo por que ele deva acabar. Mas, para sobreviver, a radiodifusão precisa atualizar, também, seu modelo de negócios. As novas gerações de TV digital, em desenvolvimento no mundo, além de oferecer qualidades crescentes de vídeo e de áudio multicanal, proporcionam uma ligação absolutamente fluida entre os conteúdos transmitidos pelo ar e os que vêm da internet, na tela da TV. O que permitirá oferecer conteúdos customizados aos telespectadores, fora dos blocos de programas de interesse massivo, também com a ajuda da análise inteligente de dados.

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Mas não resta dúvida que as emissoras precisam estar atentas à evolução dos hábitos de consumo de mídias. Com a proliferação de serviços offline e dos dispositivos pessoais, as pessoas passam a almejar ter os conteúdos que querem na hora que os querem assistir

A virtualização e o trabalho colaborativo na nuvem são tendências inexoráveis, não apenas para as emissoras, mas para qualquer negócio de áudio e vídeo

PAV: O quão o mercado OTT é concorrente da radiodifusão tradicional? Existe espaço para ambos os serviços no país? Nakonechnyj: As OTTs vieram para ficar e atendem ao desejo do consumidor de escolha, de acessar o conteúdo que lhe agrada, no momento em que deseja vê-lo. Acredito que esse seja um dos formatos que as emissoras precisam também testar, num mercado cada vez mais competitivo, mas também complementar.

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PAV: Nos últimos anos vimos um grande esforço da SET em participar ativamente das políticas de desligamento do sinal analógico no país. Ao mesmo tempo, porém, globalmente passou-se a viver a transformação do fluxo de trabalho broadcast, seja com a entrada do IP ou dos suportes em nuvem e com máquinas virtualizadas. O quão ligadas nestes temas a SET se encontra hoje? Nakonechnyj: O desligamento analógico é um grande desafio que vivemos, e a SET tem buscado apoiá-lo através de grupo de trabalho e de sessões técnicas de discussões de soluções. Mas, na SET, são estudadas as tecnologias que movem os negócios de toda a cadeia de mídia e entretenimento audiovisual, desde a produção, até a distribuição. As tecnologias IP já vêm sendo debatidas há muitos anos em nossos eventos e temos até um grupo de estudos específico sobre elas, o Grupo de Estudo IP. A virtualização e o trabalho colaborativo na nuvem são tendências inexoráveis, não apenas para as emissoras, mas para qualquer negócio de áudio e vídeo.

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PAV: Outra transformação dos últimos anos tem a ver com o próprio profissional de broadcast, deixando de necessitar somente de conhecimentos de engenharia e passando cada vez mais a precisar de domínio sobre o universo TI. Estamos caminhando para a existência de profissionais híbridos ou as emissoras vão precisar contar com ambas qualidades? Nakonechnyj: As mudanças exigidas ao profissional de broadcast de hoje vão muito além de conhecimentos em TI. Estamos no limiar da 4ª Revolução Industrial, com a internet das coisas, ubíqua, ligando pessoas e máquinas, que, por sua vez, são dotadas de cada vez mais “ inteligência artificial”. Vivemos um momento de transformações rápidas, no qual os profissionais não podem ficar esperando que os treinamentos lhes sejam oferecidos, ou receitas de bolo para trabalhar... Eles precisam tomar nas mãos as rédeas de sua vida, buscar os conhecimentos que lhes faltam, se autocapacitar, ser empreendedores, seja como empresários ou como colaboradores de uma empresa.

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PAV: AInda sobre os profissionais do mercado, você acredita que o Setor esteja vivendo um apagão de mão de obra? Há uma concorrência agressiva pelos cérebros dos profissionais de telecomunicações sobre tudo pelas operadoras de telefonia?

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10 Perguntas

Nakonechnyj: Não acredito nisso. A cada dia, as mídias audiovisuais são mais convergentes, mais multiplataforma, mais atraentes para os jovens que entram no mercado, e também para os não tão jovens mas inovadores. A meu ver, têm chances parecidas de captar talentos as emissoras de TV aberta, as de TV paga ou as operadoras de telecomunicações que estão no mercado de distribuição de áudio e vídeo, sendo a questão da postura inovadora a que mais importa. Vejo muitos colaboradores talentosos em muitas emissoras. Naturalmente, a situação econômica pela qual passa nosso país afeta todo o mercado de trabalho, e as organizações internacionais podem ter, em momentos como este, uma facilidade maior em financiar suas operações no Brasil que empresas locais, seja em termos de investimento em ativos físicos ou intelectuais. PAV: Em um passado recente tivemos a problemática migração da faixa dos 700 Mhz para o setor de telecomunicações, que agora já está inclusive começando a ser usado pela telefonia 4G. Até onde vai o apetite das TelCos e será possível que os dois serviços (broadcast e telecom) convivam no futuro? Nakonechnyj: As condições de convivência entre os serviços de TV e o de LTE na faixa de 700MHz foram determinadas através de testes de laboratório e de campo, e o governo brasileiro estabeleceu um processo para garantir que elas sejam cumpridas. Com esse tipo de cuidado, será sempre possível a convivência entre serviços, para que os brasileiros possam continuar disfrutando dos avanços nos serviços de radiodifusão e de telecomunicações.

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PAV: Você diria que há um fator de poder econômico desigual nesta relação entre emissoras de TV e operadoras de telecomunicações? O que isso implica em termos políticos e como a SET pode ajudar neste termo. Nakonechnyj: A SET é um ponto de encontro de tecnologia para mídias audiovisuais – nela, profissionais ou interessados em tecnologia, se juntam para compartilhar problemas e soluções, difundir conhecimento a outros profissionais, enfim, elevar o nível tecnológico audiovisual no país. A radiodifusão é muito importante para nosso país – levando entretenimento, informação e cultura para todos os brasileiros, mas também espalhando nossa cultura pelo mundo, através de suas produções de altíssimo nível. A SET certamente contribuiu e continuará contribuindo para a evolução das tecnologias usadas pela radiodifusão. Mas também são benvindos na SET todos os demais players da cadeia – sejam os produtores independentes, as operadoras de TV por assinatura, sejam ou não parte de grupos de telecomunicações, as OTTs, enfim, todas as empresas e pessoa interessadas em discutir tecnologias de áudio e vídeo.

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Temos, mesmo, um dos sistemas mais modernos do mundo de televisão em nossas casas. Até hoje, viajando por outros países, observo as emissoras locais nas telas de TV, e a mistura da produção cuidadosa brasileira com nosso sistema de transmissão sempre vence, com louvor

PAV: Em uma entrevista recente a senhora afirmou que o Brasil possui um dos sistemas de televisão dos mais modernos do mundo, mas tenho a impressão que o espectador brasileiro não tem esta noção. Você acredita que falta à televisão publicizar mais sua excelência? Nakonechnyj: Temos, mesmo, um dos sistemas mais modernos do mundo de televisão em nossas casas. Até hoje, viajando por outros países, observo as emissoras locais nas telas de TV, e a mistura da produção cuidadosa brasileira com nosso sistema de transmissão sempre vence, com louvor. Quando os brasileiros substituem a TV analógica pela TV digital, em suas casas, fi cam impressionados, muito felizes, mais ainda se o televisor usado for de alta definição. Mas, como é natural do ser humano, nos acostumamos rapidinho com as coisas melhores e, dentro em breve, nem notamos mais... A menos, é claro, que as percamos. Quanto a fazer publicidade, não sei, deixo essa decisão para outros que têm mais conhecimento nessa área. O que me parece importante, mesmo, é não esmorecer em buscar sempre a inovação, em desde já planejar os próximos avanços, para que os brasileiros continuem tendo, sempre, o que há de melhor.

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Panorama Audiovisual: É inegável o tamanho das contribuições que a SET trouxe para o setor e a sociedade brasileira nos últimos 30 anos. Em sua opinião, quais foram os momentos de maior destaque na história da instituição? Liliana Nakonechnyj: A SET foi fundada em 1988, por profissionais de TV, para ser um ponto de encontro no qual pudessem estudar e resolver problemas comuns, compartilhar conhecimentos e fomentar o melhor uso das tecnologias, também com o auxílio da academia. O primeiro estudo da SET recomendou ao governo que o PAL-M, sistema até então no Brasil para toda a cadeia de produção e distribuição de TV, ficasse restrito às transmissões de sinais. O uso NTSC desde a captação até a entrada do transmissor acelerou sobremaneira a chegada dos desenvolvimentos ao Brasil e foi o primeiro grande marco da SET. A partir de 1994, começaram, na SET, os estudos de TV digital, tanto no planejamento dos canais, como quanto aos estudos dos sistemas em desenvolvimento. Em 1999/2000, foram feitos os testes mais completos, até então, dos sistemas de modulação de sinais que haviam sido desenvolvidos nos EUA, Europa e Japão. Esses trabalhos e outros, que se seguiram, de mãos dados com a academia, foram fundamentais para a adoção do sistema ISDB-T, com melhorias integradas, em 2006, um momento de muita alegria para a SET. Atividades que contribuíram para a expansão da TV digital no Brasil continuaram sendo fomentadas por nossa associação, tais como os testes para determinar as condições de convivência entre TV e e LTE na faixa de 700MHz, as orientações para as emissoras em início de operação emanadas pelo grupo de Melhores Práticas de TV Digital, e a contribuição aos ajustes de normas técnicas ainda em andamento pelo pelo Grupo Espectro. Já, em seu papel de fomentar os negócios do setor, um divisor de águas para a SET foi o início do SETEXPO, em 2014, pois o mercado passou a contar com um evento muito mais bem estruturado, que hoje é o maior evento do setor na América Latina, com cerca de 15 mil visitantes à feira e 1500 congressistas. Um marco mais recente, também muito importante, foi o lançamento do Projeto UHD-Brasil em 2017. Trata-se de iniciativa que reúne os diversos setores da cadeia eletrônica de áudio e vídeo no Brasil, tendo como apoiadores ABERT, ABINEE, ABRATEL, ABTA, BRAVI, ELETROS, Fórum SBTVD e SET – e que visa facilitar a introdução de novas tecnologias ao longo dessa cadeia, harmonizando o fluxo de conteúdos ao longo das diversas plataformas de distribuição. PA

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Artigo

Prepara-se para um mundo Multi-Codec OTT está trazendo a jóia da coroa do conteúdo televisivo para mobile Por Paul MacDougall

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a última década, a indústria de tecnologia tem se consolidado em torno de um único codec de vídeo para streaming pela internet: O AVC/H.264 da MPEG. Agora o mercado está se movendo para uma nova geração de codecs de vídeo que oferecem entre 30% a 70% melhor compressão do que o H.264. Sua equipe está preparada para esta transição? Adotar a nova geração de compressão hoje é importante porque encolher arquivos de vídeo significa enviar vídeo de melhor qualidade pela mesma infraestrutura de rede, para uma experiência de usuário mais rica e engajadora e reduzir os custos de entrega para conteúdos populares. Vídeo compõe cerca de 70% de todo o tráfego da internet hoje. Este número deve aumentar para 82% até 2021, de acordo com pesquisas da Cisco. Este podroso e dinâmico mercado está puxando a adoção de novas tecnologias para codificar e decodificar vídeo de forma que ele possa viajar de forma mais eficiente pela web. Mas, por hora, não há um vencedor claro na corrida pelo codec mais eficiente.

Trocar ou não trocar: Aqui alguns fatores a se considerar A primeira vista, a abordagem lógica para empresas que suportam streaming de vídeo com H.264 hoje é manter o curso e trocar para o codec MPEG da próxima geração, o HEVC/H.265. Porém, os termos de licenciamento do HEVC/H.265 ainda não estão totalmente transparentes e este novo codec tem um suporte de dispositivos muito pequenos. Para muitas empresas, este é um bloqueio para a adoção. Em termos de compressão, o H.265 tem uma melhora significativa em relação ao H.264 - cerca de 50% mais eficiência. Isso o coloca em par com o codec VP9 da Google, que não cobra taxas de licença, mas também não oferece alcance para todos os dispositivos. Há ainda um terceiro caminho, o AV1, que é um codec open source da AOMedia. Continuando o trabalho inicial no VP10, o AV9 aumenta para 70% a capacidade de compressão com relação ao H.264. Isso chamou a atenção de muita gente, apesar de o AV1 ainda ser um trabalho em andamento.


SMART DATA COMPUTING


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Artigo

Fazendo a escolha pelo Codec Hoje, desenvolvedores de navegadores e dispositivos estão fragmentados em termos de suporte para estes novos codecs. O navegador Safari da Apple suporta HEVC/H.265, mas não VP9. O Google e o Firefox estão por trás do VP9 e do AV1, e se afastando do HEVC/H.265. Então como uma empresa pode se beneficiar de uma compressão mais eficiente e ainda assim atingir todas as plataformas de usuários? A maioria das empresas vai precisar tomar uma abordagem mais detalhada e pragmática ao adotar novos codecs de mídia. Neste momento nós temos três codecs de alta eficiência para escolher, com mais chegando para compressão de vídeo UHD e realidade virtual. O caminha a se seguir é uma abordagem híbrida multi-codec. Empresas terão que continuar a suportar o H.264 para garantir interoperabilidade com todos os dispositivos. Ao mesmo tempo, existe a oportunidade de construir suporte para HEVC, VP9 e AV1 que entregue vídeo de alta qualidade, para uma oferta de serviço diferenciada. Implementar esta abordagem requer um conjunto claro de critérios em volta de seu objetivo de negócios, por exemplo:

Quem é o público-alvo? Que tipo de conteúdo você está otimizando? É algo agendado, como

Fonte: netmarketshare.com * Disponível somente no Safari para iOS 11 e macOS High Sierra. ** Disponível somente no Edge 14.14291

um evento esportivo? Ou é inesperado, como notícias de última hora? Quão alta é sua demanda esperada? Quais plataformas os espectadores têm mais afinidade para se conectar? O quão importante é este conteúdo ter alta-qualidade? O quão importante são os tempos de download? Quais são os custos aceitáveis de largura de banda? Quantas plataformas você precisa suportar? Elas incluem novos dispositivos com acesso à web como set-top boxes e web TVs? Estas questões são importantes quando a hora de avaliar cuidadosamente como um novo codec por aprimorar suas oportunidades de negócios - e quando não vale o esforço de implantação.

Quando investir em melhor compressão Codificar conteúdo em vídeo em mais de um codec é custoso. Você está investindo em ciclos de CPU para o enconding em si, incluindo custos de energia, resfriamento e espaço de rack. Você também está pagando para armazenar duas ou mais versões do mesmo arquivo em seu data center. O lado bom, uma vez que você faz o encoding em um formato de


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Artigo

alta-eficiência, você acaba com arquivos menores para armazenar, que podem ser transmitidos mais rapidamente para muitas pessoas, o que implica em custos menores de largura de banda. Então, se a demanda para um ativo em particular é alta o bastante, é possível recuperar os custos de encoding - e entregar um produto de maior qualidade do que a concorrência. Se um vídeo se torna viral, e você pode atingir as plataformas corretas ou grupos de usuários com vídeo de maior qualidade, o investimento vale muito a pena. Construir um modelo inteligente de encoding pode ajudar seu negócio a encontrar uma solução otimizada para cada caso de uso. Por exemplo, adotar o VP9 e HEVC pode permitir a você atingir compressão avançada para cerca de 83% dos navegadores usados nos Estados Unidos. Os demais 17% caem no H.264 e vocÊ ainda tem uma cobertura completa para todos os navegadores.

Casos de uso comum de streaming multi-codec Um jornal online tem um furo de reportagem que espera ter um grande apelo. O publisher encoda sua filmagem exclusiva em HEVC/H.265 e VP9 além de H.264, aplacando o custo dobrado de encoding com taxas de banda mais baixas e entregando um visual mais limpo para smartphones e laptops. Uma empresa de video-on-demand é a primeira a conseguir os direitos para transmitir um filme blockbuster em alta definição (HD). Ela espera uma grande demanda em seu mercado-alvo, Ásia, onde a maioria dos usuários têm televisores HD com acesso à web. Ela encoda o arquivo em H.264, HEVC/H.265 e VP9, entregando imagem de alta qualidade para telas grandes. Uma grande plataforma de mídia social tem vídeos de alta taxa de trend e diversas imagens que acabam só sendo reproduzidas poucas dezenas de vezes. Os engenheiros de vídeo fazem encoding dos 20% mais vistos em HEVC/H.265 e VP9 para aprimorar a qualidade e velocidade de download para milhões de usuários e o restante continua no bom e velho H.264.

Componentes de um modelo inteligente de encoding Para implementar de forma bem sucedida um modelo inteligente de encoding, as empresas precisam de ferramentas e informações para fazer decisões-chave, normalmente durante o processo. Isso incluí: Uma plataforma de analíticos que possa mostrar atributos de usuários, como tipo de dispositivo e conexão. Uma ferramenta de encoding veloz para estar à frente das demandas de usuários. Um vídeo player que suporte uma ampla gama de codecs. Estes componentes podem ajudar a guiar sua empresa por meio dos passos de novos processos de tomada de decisão. Reunir informação: Analíticos podem ajudar empresas a determinar quais ativos de vídeo re-codificar em um codec de alta-eficiência - es-

Conseguir vídeo de alta qualidade para a audiência e plataforma certas no momento certo é um novo imperativo do mercado. Conteúdo popular viaja rapidamente, tenha certeza que sua ferramenta de encoding consegue manter o ritmo.

A maioria das empresas vai precisar tomar uma abordagem mais detalhada e pragmática ao adotar novos codecs de mídia. Neste momento nós temos três codecs de alta eficiência para escolher, com mais chegando para compressão de vídeo UHD e realidade virtual.

pecialmente útil para dispositivos móveis, Web TVs e set-top boxes. Uma vez que você tiver uma imagem clara de sua audiência, plataformas e demografia, é possível otimizar estas experiências enquanto contém os custos. Oportunidades de captura: Conseguir vídeo de alta qualidade para a audiência e plataforma certas no momento certo é um novo imperativo do mercado. Conteúdo popular viaja rapidamente, tenha certeza que sua ferramenta de encoding consegue manter o ritmo. Décadas atrás, levava horas para encodar um vídeo de 30 minutos. Agora, as ferramentas de encoding mais velozes trabalham em velocidades de 100:1, significando que um vídeo de 100 minutos pode ser encodado em 1 minuto. Velocidades mais rápidas que tempo real significa que seu negócio pode responder rapidamente aos interesses dos usuários em determinados ativos de mídia - e continuar flexível se você quiser recodificar em plataformas adicionais durante o processo. Atinja todos usuários: Tenha seu conteúdo suportado por toda a pipeline de streaming, da codificação de arquivos de mídia até o playout em um navegador. Você pode simplificar este processo ao padronizar em um player de vídeo que suporte uma gama completa de opções de codecs disponíveis hoje e ser capaz de identificar os dispositivos do usuário e o navegador para servir o conteúdo apropriado. A tecnologia de hoje está ficando mais complexa - e mais poderosa. Se você considerar o que experiências de vídeo de alta-qualidade podem trazer à sua base de usuários, é um bom momento para explorar as opções. Conforme as demandas atuais demonstram, vídeo tem um futuro particularmente brilhante na web. E o que virá à seguir? Curvas de crescimento igualmente empolgantes para tecnologias emergentes, como realidade virtual, aumentada e misturada, que prometem trazer ainda mais experiências educacionais e entretenimento para a web, para uma distribuição através de diferentes plataformas, culturas e continentes. Aqui na Bitmovin, nós resolvemos problemas complexos de vídeo, para que sua equipe possa focar-se em construir seu negócio. Como um provedor líder em infraestrutura de vídeo para empresas de mídia online em todo o mundo, o API da Bitmovin oferece o suporte para escalonar rapidamente e você confiar que vai funcionar. Para ter uma demonstração pessoal, visite a Bitmovin na SET Expo em São Paulo, de 27 a 30 de Agosto no estande #55. Não vai à SET? Você pode conferir demonstrações de streaming multi-codec e outras em bitmovin.com/demos PA

SOBRE O AUTOR *Paul MacDougall é Principal Solutions Architect na Bitmovin



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O futuro do Broadcast e da Mídia Por Timothy Shoulders, Presidente

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á se passaram quase seis meses desde que formalizamos a fusão da Grass Valley e SAM na nova Grass Valley. Tomamos algumas decisões difíceis e respondemos a muitas perguntas de clientes preocupados, mas, no geral, estamos felizes com o que está acontecendo aqui na Grass Valley e sentimos o mesmo nível de entusiasmo de nossos clientes. Por quê? Porque o benefício para eles é claro e se alinha bem com o que está acontecendo em toda a nossa indústria. Broadcasters e criadores de conteúdo estão respondendo aos crescentes custos e à nova concorrência, buscando maneiras de melhorar a eficiência, seja com novas ferramentas ou com a consolidação das operações. E eles não estão apenas consolidando suas próprias operações; eles estão consolidando o mercado por meio de fusões e aquisições em um ritmo recorde. Economia de escala é o nome do jogo. A transição que a Grass Valley fez é boa para nós e para nossos clien-

tes e parceiros. Nossos clientes que anteriormente eram clientes da SAM agora têm a garantia de que as soluções de que dependem têm um lar estável, dentro da família Belden. Além disso, eles ganharam acesso ao amplo portfólio de produtos da Grass Valley. Ao mesmo tempo, aqueles que eram clientes da Grass Valley se beneficiarão dos avanços em replay, playout, edição, MAM - e a lista continua que serão integrados da linha de produtos da SAM. O compromisso da Grass Valley para com todos os clientes é que seus investimentos de longo prazo sejam protegidos e apoiados. Os anunciantes estão prestando mais atenção às plataformas OTT e estão investindo fortemente nelas. De acordo com um artigo recente da Forbes, “os anunciantes experientes estão acompanhando o crescimento exponencial do público OTT e nosso setor fez avanços significativos no ano passado com o direcionamento, personalização, medição e engajamento em OTT”. Os broadcasters estão respondendo

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com seus próprios serviços de próxima geração, afastando-se de uma abordagem puramente linear para a criação e entrega de conteúdo. Isso traz seus próprios desafios; os broadcasters não apenas terão que oferecer melhores imagens para mais dispositivos, em formatos diferentes e com largura de banda limitada, mas também terão que fornecer mais serviços e reduzir simultaneamente os gastos. Isso geralmente significa novas abordagens, como virtualização ou automação, e novas tecnologias de infraestrutura. A Grass Valley tem soluções para ajudar broadcasters e organizações de mídia a aproveitar soluções baseadas em nuvem e IP que suportam conteúdo de maior resolução e permitem fluxos de trabalho flexíveis que fornecem conteúdo para várias plataformas. Apoiados pela marca Belden, com seu sólido balanço patrimonial e sistema de negócios líder, nossos clientes podem ter certeza de que somos bem financiados e temos um sólido plano de negócios. Porém, não é segredo que nossa indústria como um todo está em um período de transição. Os sobreviventes e vencedores finais do mercado serão aqueles que tomaram decisões inteligentes e permaneceram preparados para capitalizar no futuro. Investimos em inovação, fortalecemos as conexões com os clientes e mantemos nossa posição de liderança no mercado. Isso nos permite ser o parceiro de transformação de negócios em que nossos clientes podem confiar para orientá-los no futuro. Olhando para o futuro, espero que o mercado busque mais opções de produção remota e virtual que diminuam custos e aumentem a eficiência. Atualmente, muitas das tarefas realizadas nas próprias

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instalações são adequadas para a nuvem, o que pode ajudar nossos clientes a reduzir o desembolso inicial e aumentar sua flexibilidade financeira. A eficiência é a chave para se manter competitivo à medida que aumenta a pressão para fornecer conteúdo para uma variedade de dispositivos. A Grass Valley, como o fornecedor número 1 de soluções de mídia, oferece a mais ampla seleção de tecnologias e soluções que se integram facilmente e reduzem a complexidade. Continuaremos fazendo grandes esforços para otimizar a integração de nossos produtos para reduzir o custo da integração e minimizar o tempo para entrar no ar. Trabalhando com um único fornecedor, os broadcasters e criadores de conteúdo podem se concentrar no negócio de criar e monetizar seu conteúdo sem se preocupar com a complexidade de uma solução de vários fornecedores e vários pontos de contato para serviço e suporte. O relacionamento com o fornecedor adequado será fundamental para obter sucesso no mercado de transmissão em evolução. Estamos prontos para ser esse fornecedor para você. PA

SOBRE O AUTOR *Timothy Shoulders é o CEO da Grass Valley, uma marca Belden

Sua produção já está preparada para IP? Celebrando 50 anos de Inovação em Intercomunicações

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Indo além da entrega de conteúdo multiscreen Por Simon Trudelle*

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forma como as pessoas consomem conteúdo de vídeo está mudando drasticamente, especialmente para as gerações mais jovens e outras demografias que apreciam a conveniência de assistir o conteúdo a qualquer momento, sob demanda. Já ouvimos muito sobre o crescimento dos serviços OTT e multiscreen. Com mais de 500 milhões de horas de conteúdo do YouTube sendo assistidas em dispositivos móveis por dia e mais de 130 milhões de espectadores assinando a Netflix em todo o mundo, as principais operadoras de TV paga responderam oferecendo serviços de tela múltipla, o que significa que o conteúdo está sendo consumido em mais plataformas do que nunca. Mas os provedores de serviços estão fazendo o suficiente? Pesquisa anual do Fórum de Inovação da TV por Assinatura (Pay-TV Innovation Forum) mostrou que mais de 86% dos 233 maiores provedores de serviços em todo o mundo (93% do mercado de TV paga fora da China) implantaram serviços de TV multiscreen a partir de abril de 2018, um aumento de mais de 4% comparado a 2016. Esta é uma reação às crescentes demandas dos con-

sumidores, e é impulsionada pelo aumento do acesso a banda larga de alta velocidade, redes 4G e capacidade de smartphone. O resultado é que os consumidores esperam que conteúdo de alta qualidade esteja disponível em todas as telas, onde quer que estejam. Esse é um ótimo começo, mas aqueles que não desenvolvem ou continuam evoluindo nessas ofertas correm o risco de perder participação de mercado se não inovarem rapidamente. Embora ainda interessado em TV linear e esportes ao vivo, um segmento cada vez maior de telespectadores também começou a associar o OTT com os conteúdos on-demand e funções start-over, navegando como querem, sem restrições. Inspirados pelo que recebem em seus dispositivos móveis, eles esperam a mesma experiência do provedor de serviços de TV tradicional, em todos os dispositivos. Então, o que os provedores de serviços podem fazer para se adaptar à crescente demanda por uma melhor experiência de tela? Primeiro, muitos deles já ofereceram serviços multiscreen, mas não conseguiram que seus assinantes aproveitassem total-



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mente a experiência, seja porque o conteúdo (somente formato longo, sem conteúdo premium), a oferta de serviço (sem recursos sob demanda, catálogo limitado) ou os recursos (sem multi-audio, sem legendas, interface de usuário ruim etc.) estavam faltando ou eram insuficientes. Fazer uma pesquisa adequada sobre o mercado consumidor e corrigir esses problemas é um primeiro passo fundamental. E outro elemento vital é tomar medidas para comercializar esses serviços para os consumidores de forma mais eficaz. Isso se refere especialmente a educar e informar os assinantes para que eles estejam cientes do valor dos novos recursosmultiscreen oferecidos. Não esqueçamos que, com as expectativas do consumidor aumentando e a diferenciação baseada apenas na exclusividade do conteúdo está diminuindo (conforme as revelações da Pay-TV Innovation), isso está se tornando cada vez mais desafiador na maioria dos mercados. O UX (experiência do usuário) é agora um dos principais fatores que os consumidores considerarão ao escolher um operador habilitado para multiscreen. Desde o fornecimento fácil de acesso ao conteúdo por demanda, start-over, catch-up TV e DVR na nuvem, a aplicativos OTT incorporados e conteúdo como Netflix, pesquisa por voz e veiculação de canais lineares a qualquer tela, os líderes do setor começaram a evoluir com sucesso suas plataformas de TV para fornecer mais conveniência e melhor acesso ao conteúdo. Operadores e provedores de conteúdo também podem oferecer um valor melhor para seus assinantes, enriquecendo a experiência de vídeo com conteúdo multi-áudio e legenda. As plataformas de distribuição e contribuição VOD permitem que os provedores de serviços aprimorem rapidamente seu catálogo com filmes e séries internacionais e nacionais. As ofertas mais atraentes para mercados multiculturais devem ser disponibilizadas em vários idiomas, com legendas e closes. No entanto, mais conteúdo cria seus próprios desafios e mais tem de ser feito para atender às necessidades de diferentes demografias de assinantes através de uma simplificação do UX com uma experiência multi-jornada, que agrada a um público multi-geracional. Os provedores também devem oferecer recursos eficientes de transmissão de dispositivos móveis para a TV, de modo que possam cumprir suas funções na melhoria da conscientização e do acesso ao conteúdo, integrando perfeitamente a conexão com a tela grande. Da mesma forma, os STBs da Android TV podem ajudar a reduzir o custo de integração de con-

Com mais de 500 milhões de horas de conteúdo do YouTube sendo assistidas em dispositivos móveis por dia e mais de 130 milhões de espectadores assinando a Netflix em todo o mundo, as principais operadoras de TV paga responderam oferecendo serviços de tela múltipla

As plataformas de distribuição e contribuição VOD permitem que os provedores de serviços aprimorem rapidamente seu catálogo com filmes e séries internacionais e nacionais.

teúdo e fornecer acesso contínuo a serviços avançados e várias fontes de conteúdo. Outra prioridade importante para as operadoras hoje é habilitar o multiscreen através da alavancagem de uma infraestrutura de nuvem elástica e escalonável. Um aumento no consumo de conteúdo OTT também significa que as operadoras podem obter acesso a dados técnicos e de uso que podem ser aplicados juntamente com inteligência artificial para otimizar a experiência do usuário, o catálogo de conteúdo e acelerar a utilização de serviços multiscreen. Sem dúvida, a próxima geração de entrega de conteúdo é um jogo em tela inteira. O Facebook, o Twitter, o Google e outros gigantes globais e regionais estão tentando capturar a participação nos dispositivos móveis de smartphone, tablet ou laptop e ampliar sua presença a partir da tela grande. As operadoras de televisão por assinatura não podem permitir que esse movimento de transformação digital os ultrapasse. Isso destaca dois riscos enfrentados pelos provedores estabelecidos. Se eles se movem muito lentamente, a distribuição de vídeo OTT pode afastá-los, deixando-os irrelevantes em um novo cenário de mídia. Eles também têm de fornecer valor tangível e tornar isso conhecido aos seus assinantes, se eles não fizerem de suas telas múltiplas um sucesso, poderão desperdiçar dinheiro na implantação de serviços de infraestrutura e marketing que servirão apenas a um público limitado enquanto potencialmente perdem recursos de longo prazo sem ganhar novas adesões. Mas, se investirem em soluções multiscreen inteligentes, as oportunidades são consideráveis. Executado adequadamente, o multiscreen abrirá novos fluxos de receita e potencialmente atrairá uma nova base de clientes totalmente móvel. A transição será mais fácil com a ajuda de soluções de TV multitelas seguras e com recursos completos que oferecem acesso a conteúdo premium de Hollywood e esportes, bem como novos tipos e formatos de conteúdo, incluindo os de formato curto que os consumidores de 12 a 35 anos certamente apreciarão. Se os investimentos são feitos de forma eficaz, os provedores de serviços de TV paga têm a oportunidade de desenvolver soluções baseadas em nuvem que evoluem rapidamente sob demanda, da mesma forma que as plataformas de vídeo OTT, enquanto também fornecem uma solução de TV de próxima geração. PA

SOBRE O AUTOR *Simon Trudelle é Diretor Sênior de Marketing de Produtos da NAGRA

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Programe-se!

Agenda Acompanhe aqui o roteiro com as melhores sugestões de congressos, festivais, exposições, mostras, cursos, treinamentos e eventos do mercado audiovisual.

28 a 30 de Agosto

06 a 11 de Abril

Congresso e feira realizado pela Sociedade de Engenharia de Televisão, reúne profissionais da área técnica de emissoras de rádio e televisão para debater tecnologias, tendências e desafios do mercado. São três dias de congresso e feira onde os principais fabricantes internacionais exibem suas tecnologias para o mercado brasileiro e ofertam produtos e serviços. www.setexpo.com.br

Feira e congresso promovidos pela Associação Norte Americana de Radiodifusores em Las Vegas. O NAB SHOW é considerado o maior evento do setor e é reconhecido pela capacidade de reunir os principais fabricantes e apontar as tendências dos setores audiovisual e broadcast. www.nabshow.com

14 a 18 de Setembro

27 a 19 de Julho de 2019

IBC 2018

Church Tech Expo

Considerado uma versão europeia da NAB Show, o IBC reúne em Amsterdam os líderes da indústria de radiodifusão, broadband e produção audiovisual. Mais de 1000 estandes apresentam um panorama completo do mercado. www.ibc.orgOperação em Mesas DigitaisTodo último final de semana de cada mês, o IAV promove o curso. Operação em Mesas Digitais. Indicado para profissionais de áudio interessados em ampliar seus conhecimentos e dominar a operação dessas mesas. O curso explora a infinidade de recursos disponíveis, através de um método prático exclusivo que desmistifica sua utilização. www.ibcshow.com

A Church Tech Expo reúne o melhor das tecnologias de áudio e vídeo para templos, igrejas, locais de pregação e adoração. Exposição, palestras técnicas e workshops cobrem os segmentos de sonorização, mixagem, captação em vídeo, projeção, gravação, edição e transmissão. Em 2017, o evento reuniu 90 expositores, representando mais de 200 companhias, e mais de 7 mil visitantes. Participe e conheça o que há de mais inovador no setor. Aprenda com exemplos práticos como ampliar e otimizar as suas instalações ao lado dos principais fornecedores, integradores, consultores do mercado nacional e mundial. Entenda como e onde investir para ampliar o alcance de sua mensagem. O evento é destinado a líderes e representantes de religiões, membros de ministérios, equipes técnicas e de projeto, operadores de áudio e vídeo, e todos os envolvidos com áudio, vídeo e iluminação em templos e igrejas. O Congresso Church Tech Expo 2017 teve 100 de programação e recebeu 80 palestrantes em 65 sessão. Os temas centrais são: Integrando Áudio, Vídeo e Luz; Acústica e Inteligibilidade; Sistemas de PA e Sonorização; Produção de Apresentações Musicais; Mixagem e gravação; Seleção e configuração de microfones; Produção HD Ao Vivo; Implantação e Vantagens do Live Stream; Integração com Switcher e Robótica; Projeção e Processamento de Vídeo; Integração com Mídias Sociais; Infraestruturas baseadas em IP; Digital Signage Aplicada; Projetos de sucesso; Automação de Processos e Eventos; Desafios da Iluminação. www.churchtechexpo.com.br

SET EXPO 2018

24 a 26 de Outubro CAPER

A CAPER SHOW é um evento reconhecido internacionalmente e convoca, a cada ano, mais de 6 mil diretores, profissionais, técnicos, docentes estudantes relacionados com a indústria audiovisual da Argentina e América Latina. Durante o evento se realizam apresentações técnicas, acadêmicas e os que participam como palestrantes são referência na indústria audiovisual. Local: Buenos Aires -AR www.caper.org.ar

NAB SHOW 2019


Para mais informaçþes, entre em contato no tel + 1 203.402.7979 ou por e-mail sales.America@vitecgroup.com


AVID: MUITO ALÉM DA NUVEM Novos fluxos de trabalho, capacidades e oportunidades. Nossos fluxos de trabalho baseados em nuvem oferecem à empresas inovadoras novas oportunidades para criar, gerenciar, distribuir e monetizar seu conteúdo de uma forma muito mais eficiente e rentável. Com a plataforma MediaCentral® baseada em nuvem e um conjunto das melhores ferramentas do mercado, como nosso software de edição não linear de vídeo Media Composer®, o sistema inteligente de armazenamento compartilhado Avid NEXIS® e o poderoso sistema de gerenciamento de conteúdo MediaCentral® | Editorial Management, a Avid permite aumentar o poder criativo e operacional de seu negócio, criando fluxos de trabalho mais eficientes e lucrativos. Visite-nos durante o SET 2018 e descubra como aproveitar o poder da nuvem para maximizar sua eficiência, aumentar sua flexibilidade e expandir seu negócio. www.avid.com SUA PLATAFORMA PARA A N U V E M © 2018 Avid Technology, Inc. All rights reserved. Avid, the Avid logo Avid NEXIS, MediaCentral, and Media Composer are either registered trademarks or trademarks of Avid Technology, Inc. in the United States and/or other countries.


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