Panorama Audiovisual 84

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ISSN 2236-0336

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Ano 6 - Edição 84 - Fevereiro/2018

Olimpíadas de Inverno

Produção Esportiva abaixo de zero


A melhor imagem

Até eventos sociais

As câmeras 4K oferecem mais do que imagem; elas provocam uma revolução em suas produções. Versáteis e fáceis de manusear, são indicadas para todos os tipos de filmagens: de grandes produções a eventos sociais, você sempre terá a garantia da melhor filmagem. Descubra o que mais a Panasonic pode fazer pela sua empresa. Acesse nosso site e redes sociais.

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Editorial

Do Rio 2016 a PyeongChang 2018: A evolução do espetáculo esportivo Redes 5G, HDR, 4K, 8K, áudio imersivo e câmera super lenta: Um pouco de tudo que representa os avanços e o futuro da tecnologia para produção audiovisual foi utilizado nos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, na Coreia do Sul. Nesta edição a OBS, empresa responsável pelas transmissões internacionais do evento, voltou a trabalhar em conjunto com a emissora japonesa NHK para captar e distribuir imagens em 8K. O diferencial é que desta vez o HDR esteve presente em grande parte dos trabalhos. Se durante as Olimpíadas do Rio eram usadas de quatro a sete câmeras por transmissão, em PyeongChang este número subiu para até dez equipamentos, incluindo um modelo para câmera super lenta rodando a 120 frames por segundo. Para processar todas imagens a NHK enviou duas unidades móveis ao evento, além de dois caminhões para mixagem do áudio imersivo em 22.2 canais. A emissora japonesa já tinha aperfeiçoado a técnica de captação no Rio de Janeiro, quando posicionava até dez microfones adicionais, além dos ‘normais’ utilizados pela OBS na transmissão principal. A quantidade de sinais chegando à mixagem não torna a operação complexa em si, o desafio é entregar 22.2 canais em camadas – chão, nível dos ouvidos e teto. No momento da reprodução, as 24 caixas são dispostas de forma a representar a distribuição dos microfones em diferentes alturas, dando ao espectador uma sensação de envolvimento extremo na cena. Além da cerimônia de abertura, a cobertura em 8K esteve presente na patinação artística, patinação de velocidade, salto com esqui e snowboard. Entre os modelos 8K selecionados estavam câmeras da Ikegami e Sony. Para a câmera lenta em 8K@120 fps foram usadas câmeras criadas pelo laboratório NHK STRL (Science & Technology Research Laboratories), uma divisão que apoio o avanço tecnológico da emissora. No caso da patinação artística, por exemplo, podiam ser vistas em ação as câmeras Ikegami SHK-810 8K, Sony HDC-4800 4K, também usadas para gravação em câmera super lenta e convertidas para 8K, além das câmeras próprias da NHK STRL. Como sempre acontece nestas situações, alinhar as cores entre modelos fabricados por empresas diferentes sempre é uma dor de cabeça, mas a experiência falou mais alto. Além da captação em si, houve a preocupação de equalizar as cores no padrão HDR HLG, desenvolvido pela NHK e BBC, e mantê-las compatíveis com as transmissões em 4K SDR (REC 709). Todo conteúdo em 8K HDR pode ser assistido na sala de cinema Super Hi-Vision 8K Theatre, equipada com uma tela de 350 polegadas e quatro projetores 4K combinados da Panasonic. O resultado agradou a todos que puderam acompanhar de perto o evento e estará em destaque na NAB Show 2018, que será realizada em Las Vegas no próximo mês de abril. Por sua parte, a emissora oficial OBS dedicou-se a ampliar a captação de imagens em 4K SDR, embora a sua base de produção ainda seja HD 1080i. A empresa usou mais de 400 câmeras HD e outras 250 câmeras de uso especial, na água e no céu, por exemplo. Já as possibilidades criadas pela pelo streaming através de redes 5G foram coordenadas pela Korea Telecom, que mobilizou uma para este fim com estações rádio-base nas áreas de competição. Usuários selecionados e com smartphones habilitados para 5G puderam acompanhar os testes, selecionar ângulos de câmeras e ainda rastrear os competidores ao longo das provas em tempo real. Toda esta evolução estará presente no dia dos telespectadores asiáticos nos próximos meses. Neste momento a NHK já exibe conteúdos em 8K em áreas públicas e faz testes com satélites. Até dezembro já devem estar disponíveis para o consumidor final dois canais com programação 100% em 4K e 8K. A expansão da tecnologia, assim como do 5G, deverá atingir seu ponto alto em 2020, com as Olimpíadas de Tóquio.

Ano 6 • N° 84 • Fevereiro de 2018

Redação Editor e Jornalista Responsável

Fernando Gaio (MTb: 32.960) fernando.gaio@vpgroup.com.br Editor Internacional

Antonio Castillo acastillo@panoramaaudiovisual.com Coordenador Editorial

Flávio Bonanome flávio.bonanome@vpgroup.com.br Arte Flávio Bissolotti flavio.bissolotti@vpgroup.com.br Comercial Gerentes de Contas

Alexandre Oliveira alexandre.oliveira@vpgroup.com.br Colaboradores Gustavo Zuccherato

Presidente & CEO Presidência e CEO

Victor Hugo Piiroja victor.piiroja@vpgroup.com.br Financeiro Rodrigo Gonçalves Oliveira rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br Atendimento Jessica Pereira jessica.pereira@vpgroup.com.br

Panorama Audiovisual Online www.panoramaaudiovisual.com.br Tiragem: 16.000 exemplares Impressão: Gráfica57

Fernando Gaio (MTb: 32.960) Editor Al. Madeira, 53, cj 92 - 9º andar - Alphaville Industrial 06454-010 - Barueri – SP – Brasil +55 11 4197-7500 www.vpgroup.com.br PanoramaAV

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Sumário

12 Olimpíadas de Inverno O desafio dos broadcasters em um dos eventos mais complexos do planeta

Nesta Edição 08 Novidades

22 Artigo: Cyber-Crime e Segurança

Todas as notícias do segmento broadcast e produção audiovisual.

Como proteger seus ativos de mídia em uma era onde há criminosos capazes de assaltar seu storage.

12 Pyeong Chang

24 10 Perguntas: David Ross

O uso de 8K, 4K HDR, 5G e outras tecnologias conviveram com temperaturas abaixo de -20ºC

O CEO da Ross Vídeo comenta o momento de consolidação do mercado.

24 10 Perguntas:

22 David Ross

Artigo Cyber-Crime e Ativos de Mídia

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Notícias

Moisés Queiroz Moreira é o novo secretário de radiodifusão do MCTI Moreira já ocupava o cargo de forma interina desde janeiro

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Casa Civil confirmou o nome de Moisés Queiroz Moreira para a Serad (Secretaria de Radiodifusão) do MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), cargo que ele já ocupava de forma interina desde o início de janeiro, em substituição a Vanda Bonna Nogueira. Antes de ocupar a Serad, o engenheiro Moisés Queiroz Moreira trabalhou no Ministério das Cidades (2015). Entre 2016 e 2017, foi chefe da Assessoria Parlamentar do MCTIC e também assessor especial do ministro Gilberto Kassab.

No início da semana, o Diário Oficial da União publicou também a nomeação de Inez Joffily França para exercer o cargo de diretora do Departamento de Radiodifusão Educativa, Comunitária e de Fiscalização da Serad do MCTIC. Inez faz parte do Comitê de Governança Digital e do Grupo de Implantação do Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV e RTV (Gired). Foi diretora substituta da Secretaria de Outorgas de Serviço de Comunicação Eletrônica, no antigo Ministério das Comunicações e gerente de Arrecadação da Anatel. PA

É criada a primeira associação para o ecossistema OTT Batizada de Abotts, entidade deve focar-se na luta por regulmamentação, uma política tributária clara e vencer a pirataria

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oi lançada ontem, em São Paulo, a primeira associação de empresas, provedores, desenvolvedoras e indústria focado na distribuição Over-The-Top. Com o intuito dar voz ao segmento e pleitear o lado dos profissionais frente as iniciativas de regulamentação, sobretudo tributária, do setor, a Abotts, como ficou chamada, já nasce com foco certo em debater impostos e pirataria. Confira a reportagem no vídeo Durante o evento, foi realizada a primeira assembleia da associação, escolhido a mesa diretora, conselheiros e aprovado o estatuto da entidade. Na presidência da associação ficou Alexandre de Brito que promete levar à Brasilia os pleitos da entidade perante agências regulamentadoras, congresso e outras associações do segmento.

A Abots surge para muito além do Youtube, Netflix e Spotfy. O segmento OTT hoje abarca também aplicações menos óbvias, como ensino à distância, jornalismo e comunicação corporativa, dando ao mercado um grande potencial econômico. Só no Brasil, trinta e cinco por cento da população é impactada por alguma fonte de conteúdo over-the-top, o que faz do país o oitavo com maior abrangência. O crescimento rápido coloco o setor na mira das políticas tributárias brasileiras, e iniciou um momento de incerteza sobre a legalidade de alguns modelos de negócios e sob quais impostos deveria incidir sobre os produtos, pontos que a nova associação quer levar como foco principal. PA


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EPTV expande sua cobertura com antenas Dielectric A empresa trabalhou em parceria com a brasileira IF Telecom para instalar antenas slot UHF da série TFU

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EPTV, filial da Rede Globo, expandiu o sinal de cobertura com as novas antenas slot UHF da série TFU da Dielectric, fabricante de antenas e sistemas de RF para broadcasters de TV e transmissores FM. A companhia customizou e entregou as antenas, enquanto a IF Telecom, fabricante brasileira de antenas, ofereceu o suporte técnico local necessário à instalação dos sistemas nas estações de Campinas e Ribeirão Preto, cidades do interior paulista. As antenas estão sintonizadas ao canal digital 25 e são polarizadas elipticamente para melhorar a cobertura em áreas congestionadas do centro da cidade, além de aperfeiçoarem a recepção móvel orien-

tada pelo padrão ISDB-Tb. Entre os produtos adquiridos estão a antena principal TFU-GTH para montagem no topo ou na lateral de torre, de cada cidade, e antenas TFU-DSB para montagem lateral como backups do sistema auxiliar. São quatro antenas, leves e com carga de vento reduzida. As laterais estão presas às estruturas de pó de alumínio para reduzir ainda mais a carga total da torre. Já as de montagem superior são totalmente protegidas contra intempéries. As antenas foram entregues logo após a construção da nova e mais alta torre da EPTV em Campinas e desde então, a emissora fortaleceu a sua posição entre os broadcasters da região. PA

Anatel autoriza Instituto Brasil de Tecnologia a certificar equipamentos O IBrTec irá atuar como Organismo de Certificação Designado de equipamentos como transmissores, antenas e receptores

O

s radiodifusores brasileiros contam com mais uma opção para buscar a certificação de equipamentos como transmissores, antenas e receptores. O IBrTec (Instituto Brasil de Tecnologia) foi autorizado pela Anatel para atuar como OCD (Organismo de Certificação Designado). Com isso, a empresa poderá coordenar o processo de avaliação e, assim, expedir certificados, indicando se o equipamento está em conformidade com a re-

gulamentação emitida ou adotada pela Agência. “Somos mais uma opção com uma equipe diversificada e com experiência para executar as avaliações necessárias em equipamentos para o setor”, afirma o diretor de Tecnologia do IBrTec, Ronald Barbosa. Além dos radiodifusores, os fabricantes e fornecedores de equipamentos também poderão ter a certificação dos seus equipamentos antes de vendê-los ao mercado nacional. Para mais informações ligue para (61) 3574 200. PA


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Notícias

Avid nomeia Jeff Rosica como novo CEO da empresa A troca de posição segue a demissão de Louis Hernandez Jr., antigo executivo da companhia por conduta inapropriada.

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Avid acaba de anunciar a nomeação de Jeff Rosica como novo CEO (Chief Executive Officer) da companhia a posição até então ocupada por Louis Hernandez Jr. Hernandez, que também era Chairman do conselho de acionistas foi afastado de ambas as posições após uma investigação independente encontrar indícios de Conduta Inapropriada não ligada à assuntos financeiros. Nancy Hawthone foi eleita como Chariman do conselho no lugar do executivo. Rosica entrou na Avid em 2013 e acumula mais de 30 anos de experiência na indústria broadcast. Em 2017 foi apresentado ao mercado como novo Presidente da companhia, assumindo uma das funções que também era exercida por Hernandez como uma forma de liderança mais íntima com a indústria por conta de seu histórico. De acordo com a nova Chairman do conselho Nancy Hawthorne, Rosica era o sucessor natural para o cargo. “A profunda experiência de Jeff na indústria combinado com seu conhecimento dos negócios e estratégias da Avid fazem dele a escolha óbvia para atuar como CEO”, explicou em comunicado oficial. Em sua conta oficial na plataforma LinkeDin, Rosica comento que está honrado e empolgado com a nova nomeação. “Esta mudança vem em um momento muito importante para a empresa e o incrí-

vel time de profissionais que compõe a Avid”, afirmou. O executivo também prometeu mais informações durante o AvidConnect, evento realizado anualmente pela empresa às vésperas da NAB Show. PA

Sony cria sensor CMOS retroiluminado com conversor A/D de pixel paralelo e função de obturador global O novo conversor A/D de pixel paralelo converte instantaneamente o sinal analógico de todos os pixels, simultaneamente expostos, em paralelo para um sinal digital.

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Sony Corporation anunciou o desenvolvimento do sensor CMOS retroiluminado de 1.46 megapixel com conversor A/D de pixel paralelo e função de obturador global. O novo conversor A/D de pixel paralelo converte instantaneamente o sinal analógico de todos os pixels, simultaneamente expostos, em paralelo para um sinal digital. Esta nova tecnologia foi anunciada na ISSCC (International Solid-State Circuits Conference), nos Estados Unidos, em 11 de fevereiro. Ainda com 1Megapixel, o sensor não representa uma utilidade imediata para o mercado audiovisual, mas começa a revolucionar aos poucos a forma como os sensores das câmeras

broadcast e cinema devem ser construídos em um futuro próximo. Até então, os sensores de imagem CMOS utilizam o método tradicional de conversão A/D que faz a leitura dos fotoelétricos de pixels linha por linha, ou seja, uma coluna vertical de pixels após a outra. Esse processo “atrasa” a conversão do sinal analógico para o digital, resultando em distorção de imagem (chamada também de distorção de plano focal). Já o novo sensor da Sony está equipado com novos conversores A/D, de baixa corrente e posicionados abaixo de cada pixel. Eles convertem instantaneamente o sinal analógico de todos os pixels,


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que são expostos simultaneamente e não linha à linha como no formato tradicional. Assim, o sinal digital é convertido em paralelo e armazenado temporariamente na memória digital. Esta arquitetura elimina a distorção do plano focal, já que a leitura é instantânea, possibilitando a função Obturador Global. Segundo a Sony, é o primeiro sensor CMOS retroiluminado de alta sensibilidade com conversor A/D de pixel paralelo com mais de um megapixel do mercado. A inclusão de aproximadamente mil vezes mais conversores A/D de pixel paralelo em comparação com o tradicional método de conversão A/D de coluna significa o aumento da demanda por corrente. E a Sony solucionou este problema desenvolvendo a nova solução em formato compacto e 14 bits de baixa corrente.

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Tanto o conversor A/D quanto os espaços de memória digital são protegidos em uma configuração empilhada de elementos integrados dentro do chip. A conexão entre cada pixel no chip superior usa a conexão Cu-Cu (cobre-cobre). Essa conexão é uma tecnologia que a Sony desenvolveu para fornecer continuidade elétrica através de almofadas de cobre conectadas ao empilhar a seção do sensor CMOS (chip superior) e os circuitos lógicos (chip inferior). Esse método oferece mais liberdade aos projetos, aumenta a produtividade e permite o tamanho mais compacto. Além disso, um mecanismo de transferência de dados recentemente desenvolvido foi implementado ao sensor para habilitar a leitura paralela de dados com alta velocidade necessária ao processo de conversão A/D. PA

Sony anuncia câmera a7 III com CMOS full frame Entre as novidades estão o sensor Exmor R CMOS full frame de 24.2 MP com retroiluminação, autofoco aprimorado e a bateria com mais duração

O

s investimento da Sony em sensores de imagem agora alcançaram os modelos mirrorles . A câmera 7 III lançada em 2014 acaba de ganhar uma atualização que vai garantir a retroiluminação ao sensor de full frame, autofoco aprimorado e a bateria com mais duração. O novo sensor Exmor R CMOS full frame de 24.2 MP (35,6 x 23,8 mm) com design de retroiluminação funciona com um mecanismo de processamento de imagem Bionz X atualizado, promovendo o aumento da sensibilidade à luz e um amplo intervalo dinâmico. A câmera vem com estabilizador de imagem de cinco eixos, que estabiliza os vários tipos de desfocagem causados pelo movimento da câmera, e uma função anti-cintilação para compensar disparos com iluminação artificial. Pode capturar imagens fixas para o formato de arquivo RAW de 14 bits e possui capacidade de gravação de vídeo 4K (3,840 x 2,160) HDR, embora o modo slow motion com 120 frames por segundo em Full HD com rastreamento AF também esteja disponível. Possui AF híbrido rápido com AF com detecção de fase no plano focal de 693 pontos, que cobrem 93 % da área da imagem, e AF de detecção de contraste de 425 pontos. Os pontos de foco podem ser movidos rapidamente graças à adição de um joystick de focagem automática. A 7 III também vem com o Eye AF com ativação pelo olhar, uma função que encontra e mantém foco no olho de quem está sendo fotografado, com precisão e velocidade mesmo quando a câmera ou a pessoa se move, ou quando o personagem olha para outra direção. A 7 III oferece sensibilidade de ISO 100-51,200 expansível para ISO 50-204,800. A captação contínua em alta velocidade de até 10 frames por segundo com foco automático de rastreamento para disparos de até 177 imagens JPEG, 89 arquivos RAW comprimidos ou 40 imagens RAW descompactadas. A Sony também melhorou a 7 III para os slots de cartão SD duplo, uma porta USB-C e Wi-Fi para a transferência sem fio de arquivos

para um dispositivo móvel. Uma novidade bacana é o aumento da vida da bateria, agora de 610 disparos quando usada em EVF (Viewfinder Eletrônico) OLED de 2.3 milhões de pontos, ou um extra de 100 (ou mais) se estiver usando o monitor LCD de 3 polegadas. A câmera Sony 7 III deve ser lançada em abril por 2 mil dólares, ou 2.200 com o kit de lentes FE-28-70 mm e F3.5-5.6. “Com a nova 7 III, utilizamos muitas das nossas mais recentes e avançadas tecnologias de imagem dos aclamados modelos 9 e 7R III e os emparelhamos com um novo sensor de retroiluminação de 24.2 MP para entregar a melhor câmera de frame completo”, disse Neal Manowitz, da Sony. “Combinada com a nossa seleção de 26 lentes nativas de montagem E com frame completo, ela fornece alto nível de desempenho”. PA


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Reportagem

Tecnologia de ponta abaixo de zero Nestes jogos olímpicos as emissoras enfrentaram algo além dos desafios técnicos de um evento deste porte: a temperatura extremamente gelada de PyeongChang

Por Flávio Bonanome e Keila Marques

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oucos eventos são tão desafiadores para os broadcaters como os jogos olímpicos. Centenas de provas, em dezenas de diferentes venues, milhares de profissionais e uma transmissão que atinge o globo como um todo acontecendo em quinze dias e com uma agenda extremamente apertada de competição. É por isso que as olimpíadas sempre são encaradas como uma vitrine da real capacidade do que a tecnologia para produção ao vivo está em condições de atingir. Realizado entre os dias 9 e 25 de fevereiro, os Jogos de Inverno de PyeongChang na Coreia do Sul serviram como vitrine para futuras práticas de produção ao vivo, sobretudo em infraestrutura, uma vez que o país-sede é um dos mais avançados do mundo em tecnologias de telecomunicações. Além disso, apesar de menos popular que os jogos de verão, o evento traz um desafio extra que são as condições climáticas extremas e, nesta edição, isso se fez bastante presente, com termómetros marcando até -20º C nos primeiros dias, o que obrigou mudanças no cronograma das provas e até o risco de mal funcionamento de alguns equipamentos. “Da mesma forma que os Jogos de Inverno são menores do que os de verão, a possibilidade de cancelamentos são muito maiores, e isso pode acabar obliterando nossa agenda”, explica Sotiris Salamouris, CTO da OBS, braço do Comitê Olímpico Internacional que gerencia o trabalho de transmissão do evento. “A única forma de lidar com este tipo de alterações é ter os recursos disponíveis para adaptar-se e usar a tecnologia para ajudá-lo”, explica. Salamouris é o homem responsável pela liderança técnica da empresa Olympic Broadcast Services (OBS), criada e, 2001 como um braço técnico responsável por toda a infraestrutura relativa à transmissão televisiva e negociação de diretos de transmissão. A OBS unifica o trabalho de captação de áudio e vídeo dentro das venues, bem como a equipe responsável pela operação, e constrói a estrutura do International Broadcast Center (IBC), uma gigante instalação onde as emissoras que adquirirem os diretos de transmissão podem ocupar espaços para montar estúdios, cabines de locução, ilhas de edição, etc. As licenciadas têm acesso ao enorme servidor de mídia instalado no IBC, com imagens das competições, dos locais, takes documentais e até mesmo imagens de cobertura, além dos feeds ao vivo de cada uma das venues para que possam realizar seu trabalho por cima e transmitir até seu país de origem. Para as Olimpíadas de PyeongChang, a OBS construiu um IBC de 36 mil metros quadrados que abrigou mais de 7 mil colaboradores de

67 diferentes países. Ao todo, foram 45 emissoras, ou grupos, que adquiriram os direitos, sendo a maior delas a americana NBC seguido pelo consórcio de emissoras europeias Eurosport. A OBS precisou transportar cerca de 300 containers de navio para construir toda infraestrutura sendo 80 deles contendo somente os equipamentos de broadcast, tudo conectado por mais de 900 km de cabos. Toda esta infraestrutura foi responsável por entregar às emissoras licenciadas mais de 5 mil horas de cobertura, incluindo 850 horas de feeds ao vivo por meio de 20 feeds HD multilaterais com áudio surround e estéreo, 7 feeds UHD e nove feeds multiclip que entregavam melhores momentos, conferências de imprensa e outros conteúdos pontuais. A OBS estava trabalhando com cinco diferentes tipos de produção: 8H HDR, 4K HDR, 4K SDR, 1080i SDR e 4K SDR, dando opções aos broadcasters do tipo de trabalho a ser realizado. Para a operação a OBS levou até a Coreia do Sul mais de 4 mil colaboradores próprios.


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Novas tecnologias Uma das principais expectativas para a operação dos Jogos de Inverno de PyeongChang era a possibilidade de ter uma cobertura ao vivo broadcast fazendo uso da 5ª geração de conectividade de telecomunicações pela primeira vez. As operadoras de telecom do país já haviam se comprometido, em 2017, a ter a infraestrutura 5G funcional para as olimpíadas, apesar de as previsões de comercialização para o usuário final serem de 2020, principalmente para usar o evento como vitrine e teste de seu padrão como carro-chefe da tecnologia. A tecnologia 5G difere-se da 4G não só em termos de velocidade, que pode chegar a 100 vezes mais rápida, mas principalmente na questão de confiabilidade. Pensada para ser a coluna cervical das aplicações de Internet das Coisas e Veículos Autônomos Conectados, a tecnologia traz uma latência extremamente baixa e confiabilidade alta, o que também a torna extremamente atrativa para os broadcasters.

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Para os jogos de 2018 a OBS fechou uma parceria com a Korea Telecom para o uso da tecnolgia 5G na venue onde ocorria a prova de bobsleigh. Para tanto, foi instalado câmeras compactas em todo o percurso da decida conectadas via modens 5G com a infraestrutura central, permitindo que elas enviassem audio e vídeo de alta resolução com uma latência baixa simultaneamente à decida dos trenós pela pista. “O uso da tecnologia 5G não é somente uma evolução, mas sim uma revolução”, explica Sotiris Salamouris, CTO da OBS. “Quando você usa redes 4G há uma latência inerente que temos que aceitar. Mas com 5G a latência é baixa, afinal de contas, esta é uma tecnologia que está sendo bancada para o uso de internet das coisas e carros autônomos”, explica. Após a experiência, Salamouris tornou-se um defensor da tecnologia como substituta do RF tradicional para aplicações sem-fio. “As necessidades de RF pelos broadcasters são grandes e baseadas em


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Reportagem

sistemas proprietários desenvolvidos por fabricantes que não conversam entre si, criando um mercado extremamente fragmentado. As capacidades do 5G são abertas, de largo uso e com uma banda enorme com baixa latência. Devemos ver o 5G se tornar a fundação de aplicações que usam equipamento sem-fio em grandes áreas, como cobertura de maratonas, ciclismo ou mesmo obtenção de imagens aéreas com helicópteros ou drones”, conclui.

Audio imersivo e temperatura congelante Não é só na qualidade de imagem que os Jogos de Inverno de PyeongChang traziam inovação. Com a crescente demanda das emissoras por áudio imersivo, sobretudo a japonesa NHK com seu padrão Super HiVision com surround 22.2, as demandas por multicanais são crescentes neste tipo de evento. De acordo com Nuno Duarte, gerente senior de áudio da OBS, cada um das venues tinha entre 50 e 100 microfones posicionados. “Ape-

sar de termos estas enormes possibilidades em mãos, fazer uma transmissão de qualidade não é só ter um bom desenho de posicionamento de microfones em quantidade. É preciso conhecer o espaço e principalmente conhecer o projeto do reforço sonoro do local nos PAs, pois é preciso posicionar os microfones de forma a captarem o máximo possível sem sofrerem interferência do PA”, explica. Outra preocupação é a escolha e aprovação dos projetos de áudio. Duarte conta que usou trinta diferentes tipos de microfones para a captação dos esportes, sempre cruzando as características específicas de cada microfone e de cada modalidade. “Porém, isso não basta. É preciso sentar com antecedência com a federação responsável pelo esporte para que eles possam aprovar o posicionamento e escolhas de forma que não interfira na montagem do circuito ou do desempenho da prova”, conta. Mesmo após estes enorme trabalho de planejamento, como tudo nos Jogos Olímpicos, os imprevistos podem acabar gerando grande preocupação. Foi o caso das temperaturas extremas enfrentadas nos primeiros dias do evento que acabou deixando os responsáveis pelo áudio de cabelo em pé. Veja o caso dos Audio-Technica AT405oST e BP4025, microfones estéreo usados em grande quantidade para captar a ambiência de muitas das venues. A própria fabricante alerta para a possibilidade de frio extremo causar um enrijecimento do diafragma o que pode deixar o equipamento produzindo um ruído constante e inadequado. “Congelar um microfone não vai danificá-lo, no entanto, com congelamento automaticamente surge umidade, não tem como evitar isso”, explica um artigo no Blog da própria fabricante. “Se você usar o microfone em temperaturas congelantes, você deve esperar que haja mais ruído e que a resposta de frequências mude (devido ao enrijecimento do diafragma) e devido ao ruído adicionado pela umidade”. De acordo com o gerente de produtos da linha sem-fio da Shure Michael Johns, sistemas wireless como o Shure Axiente Digital, que foi usado nas provas de Ski em PyeongChange, podem ser diretamente afetados por temperaturas extremamente baixas. Para começar, a tela LCD e o indicador de bateria podem ficar menos responsivos e


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atém mesmo pararem de funcionar completamente. Além disso, baterias recarregáveis são pensadas para trabalhar dentro de certos extremos de temperatura. “Se a temperatura for baixa o bastante, pode afetar a performance da bateria interferindo na quantidade de corrente entregue ao microfone ou bodypack, e também na capacidade de carregamento destas baterias”, explica Johns. Outro problema destacado pelo especialistas é um pouco mais prático: o vento. Além do problema óbvio com ruído de vento nas capsulas, há a questão das antenas, que “normalmente tem formatos como de remos, o que podem fazê-las voarem como velas em locais com ventos extremos, como montanhas de ski, por exemplo”. Mesmo com os desafios, a OBS parece ter seguido a filosofia do CTO e nenhum grande problema de transmissão foi registrado.

Distribuição OTT A entrega dos conteúdos dos jogos olímpicos para plataformas mobile não é exatamente uma novidade. Nos últimos jogos a OBS já disponibilizava o OVP, um aplicativo voltado direto para o consumidor final poder acompanhar a transmissão ao vivo e alguns highlights dos jogos direto da emissora oficial. Com o crescimento da importância da receita de OTT para as emissoras ao redor do mundo, porém, surgiu a necessidade das licenciadas construírem uma infraestrutura para entregar o conteúdo via streaming dentro de suas plataformas próprias, o que gerava uma duplicação do custo de operação. Visando solucionar isso, a OBS passou a operar em PyeongChang de forma diferente. A empresa agora entrega um pacote de streams encodados para suas licenciados diretamente via nuvem que podem ser integrados dentro dos apps proprietários das emissoras. Em outras palavras, seria a versão OTT do que a OBS já faz para a produ-

ção ao vivo, um sinal limpo e white label que pode ser usado pelas emissoras licenciadas dentro de sua estratégia comercial. Do ponto de vista do modelo de negócio, o serviço faz todo sentido, uma vez que as audiências dos APPs das emissoras já está consolidada, e precisar migrar para outro aplicativo para acompanhar os jogos pode ser um elemento de dissuasão. “As pessoas estão ficando cada vez com menos memória disponível em seus smartphones e nem todos os usuários são fluentes em um ambiente com múltiplos aplicativos”, explica Matt Milington, chefe do braço digital da OBS. “Então nós decidimos partir o OVT para permitir que as emissoras tenham acesso à solução com stream dedicado. A economia de escala significa que podemos entregar este serviço bem mais barato do que se as emissoras fizessem per se”, conta. O departamento digital da OBS já está se preparando para Tokio,


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onde deve oferecer uma experiência ainda mais robusta, com APIs e SDKs abertos para as emissoras desenvolverem e customizarem em cima do serviço oferecido pela empresa.

Fornecedores Sempre rodeado de segredos, os Jogos Olímpicos são uma das principais vitrines para as provedoras de solução demonstrarem suas capacidades. Apesar disso, os contratos de confidencialidade costumam barrar algumas das ousadas estratégias de divulgação criadas pelas fabricantes. Aqui segue a lista que a Panorama Audiovisual conseguiu apurar de quem estava fazendo o que durante os Jogos de Inverno de PyeongChang 2018. A TSL atendeu a CCTV (China Central Television Network) com uma unidade de monitoramento de áudio e vídeo PAM2-IP. O sistema foi instalado na sede da emissora em Pequim para atender a infraestrutura de produção ao vivo e remota. A necessidade era de uma solução com capacidade para a distribuição IP. Flexível e multiformato, o PAM2-IP suporta fontes sem compressão SMPTE 2022-6 e SMPTE 2110 e recebe fluxos de sinais 3G, 4K e IP. A BPM (Broadcast & Professional Media GmbH) forneceu unidades de monitores touch inteligentes TM3-3G da RTW para o BNC (Broadcast Network Connections GmbH), utilizadas, principalmente, no IBC. O monitor TM3-3GS é parte da estratégia da BNC para aumentar a capacidade das ilhas de edição móveis, não só para os Jogos Olímpicos de Inverno, mas também para os campeonatos de ski, Fórmula 1, eventos culturais e políticos. Essa unidade foi escolhida por descartar a necessidade de um embedder dedicado, pois as saídas de áudios digital são conectadas ao console de mixagem de áudio. Já o sinal de entrada SDI-3G é encaminhado para o monitor de vídeo, o que garante que a imagem exibida é exatamente a que foi mensurada. A Harmoinc forneceu os seus sistemas de armazenamento compartilhado MediaGrid e servidores de mídia integrados Spectrum MediaDeck para a produção da NBC Olympics. Uma variedade de aplicações de produção, incluindo broadcast, on-demand, digital, operações de notícias e arquivo que permitiram capturas em tempo real e geração proxy. Os servidores de mídia MediaDeck gravaram em 60 canais ao mesmo tempo, nos estúdios da NBC em PyeongChang, proporcionando à equipe da emissora em Stamford (Estados Unidos), o controle independente sobre esses 60 canais adicionais de ingest do conteúdo produzido na Coreia do Sul. Cada gravação proxy foi replicada em tempo real no sistema de armazenamento MediaGrid conectado através de dois circuitos de 10 Gigabit para um segundo sistema armazenado na sede da emissora. Em menos de um minuto, o conteúdo de alta definição criado no MediaGrid da Coreia do Sul foi replicado no MediaGrid dos Estados Unidos para uso imediato em streaming, VOD e edição tradicional para broadcast. A ChyronHego forneceu a solução de criação e exibição de gráficos e textos, Live Compositor e PRIME Clips para a NBC para produzir gráficos, programação adicional e conteúdo digital durante a cobertura dos Jogos. Foram usados 30 sistemas de textos, com metade na matriz em Stamford e o restante no IBC, em PyeongChang. Além disso, múltiplos sistemas ChyronHego Live Compositor foram empregados na produção de programas adicionais e conteúdo digital. Mais especificamente, as soluções escolhidas foram o Mosaic XL2, Mosaic Duo com Lyric PRO e o PRIME Clips. Os consoles de áudio ficaram sob a responsabilidade da Calrec, que levou os modelos Summa, Artemis Ray e Brio Digital. O Summa foi instalado na sala de controle de áudio do IBC, junto do Artemis Ray 56 faders e outro de 72 faders, ambos como console primário, porém na cobertura de esportes diferentes em PyeongChang. O sistema de produção remota Calrec RP1 e o console compacto Brio foram

utilizados em operações no estúdio, possibilitando à NBC controlar a produção remotamente a partir de múltiplas salas de controle na sede, em Stamford (EUA). Nos Jogos Olímpicos 2016 realizados no Rio de Janeiro, a Calrec forneceu as placas modulares Calrec AoIp, e agora em 2018, as placas modulares Waves. A operação de áudio foi 100% baseada em rede, com Dante em uma rede Hydra2. A FOR-A forneceu soluções 4K como switcher de roteamento e vídeo, multiviewer e tecnologias para conversão de vídeo. Entre os produtos escolhidos estão os switchers de vídeo HVS-490 e HVS-2000. O HVS490 é indicado para produção móvel e eventos ao vivo. Já o switcher HVS-2000 oferece capacidades como o MELite que permite ao tradicional bus AUX ser transformado em um M/E funcional com controle de corte, mixagem e limpeza; um FLEXaKEY, que permite adaptar a produção adicionando e mudando a chave DVE para o tradicional M/E ou MELite, e o sistema de painel de memória, P-MEM, que inclui a recuperação de eventos e lembranças de memória macro. Já a unidade de conversor de frame FRC-9000 suporta 4K/3G/HD/SD multiformato e conversão com processamento de compensação de movimento. A solução oferece a opção de upgrade para a conversão de canal duplo em 3G/HD-SDI e suporta até dois módulos opcionais Dolby E encoder/decoder. A NEP Group forneceu unidades de broadcast NCP8 A e B, Iridium e Zinc, assim como todos os equipamentos associados e suporte técnico para a cobertura ao vivo da cerimônia de abertura no estádio




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Reportagem

B olímpico de PyeongChang e alguns jogos. A equipe enviada para a cobertura dos Jogos Olímpicos inclui 15 engenheiros de broadcast e 17 membros que trabalharam em planejamento e gestão de operações e consultas técnicas na área de produção da NBC no IBC. A SES usou sua plataforma de satélite para distribuir o sinal HDR da NBC Olympics para seus afiliados nos Estados Unidos, utilizando o satélite SES-1. Como parte da implementação, a SES forneceu receptores de satélite pré-configurados às afiliadas que receberão o sinal HDR. A plataforma 4K da SES oferece aos MVPDs (distribuidores de programas de vídeo multicanal) dos Estados Unidos o maior pacote de programação linear 4K do mundo. O sinal 4K HDR distribuído pela SES complementou a oferta de VOD disponível para MVPDs e provedores de satélites dos Estados Unidos. A NBC Olympics distribui cobertura 4K HDR fornecida pelos Serviços de Radiodifusão Olímpica (OBS) e a emissora japonesa NHK para parceiros de distribuição que escolheram, individualmente, como disponibilizar o conteúdo para seus clientes. A Lawo forneceu infraestrutura de produção remota e controle baseado em IP para possibilitar o controle, roteamento principal e a gestão de tally, conectando o sistema a múltiplos dispositivos de terceiros em um backbone IP end-to-end. Este sistema VSM também provê informação de tally entre o IBC em PyeongChang e a matriz em Stamford (EUA). A NBC Olimpics também implantou o sistema de comentários de áudio IP da Lawo com vários processadores de vídeo Lawo V__pro8 para gerenciar a cobertura jornalística em Stamford. A Lawo trabalhou com a NBC para desenvolver uma versão aprimorada da LCU (Lawo Commentary Unit) para atender aos objetivos de produção. No caso, o V__pro8s funcionará juntamente das tecnologias de transmissão de áudio e vídeo em tempo real via IP, RAVENNA e MADI, respectivamente, que alimentarão o sistema de comentários LCU da Lawo. Porém, a novidade deste ano será o uso do sistema de comentários IP lá na Coreia no Sul, no IBC e remotamente em áreas como o Ski Jump, formando um fluxo de trabalho de comentários. Além disso, vários locais estarão conectados ao complexo NBC Olympics por meio das unidades V__remote4 da Lawo, que fornecem conecti-

vidade e processamento de sinais de áudio e vídeo via IP. A Grass Valley forneceu o encoder para streaming SME-1901 de vídeo e áudio sobre IP. Com entradas de 3G/HD/SD SDI, a solução permite que o time de produção visualize as entradas de vídeo de qualquer câmera, além de editar conteúdo de alta e baixa resolução em um desktop ou laptop. Além disso, outros produtos fizeram parte da produção como o sistema de controle e monitoração iControl; o painel de controle remoto Densité para placas Densité; três roteadores híbridos NVision 8500; um roteador compactor NVision CQX, um conversor de fibra de alta densidade Lumo; e 34 multiviwer Kaleido-IP. A Avid ofereceu suporte com as plataformas Avid MediaCentral e Avid Nexis. O sistema MediaCentral | Production Management ajudou a gerenciar a criação de conteúdo, workflow automatizado e facilitar a colaboração entre o IBC e as locações dos Jogos Olímpicos. Já o MediaCentral | Asset Management contribuiu para a localização de arquivos de mídia, simplificação de operações de produção e potencialização das capacidades de criação de conteúdo. A NBC Olympics também utilizou o Avid Nexis, uma plataforma de armazenamento baseada em software conectada às ilhas de edição com o sistema de edição de vídeo não linear Media Composer. A Ericsson é responsável por prover soluções de contribuição de vídeo para a NBC Olympics, incluindo os encoders AVP 2000 e os receivers modulares RX8200. As soluções da Ericsson vão suportar a distribuição de vídeo da NBBC com conteúdo HD através de uma combinação de fibra e satélite. Além disso, a equipe de engenheiros da companhia ofereceu suporte 24/7. A Intel fez uma performance com drones durante a cerimônia de abertura que rendeu até recorde mundial do Guinness como “o maior número de veículos aéreos não tripulados já visto voando simultaneamente”. Um total de 1.218 drones Shooting Star foram usados durante os jogos com performances durante as cerimônias de premiação. Já na cerimônia de abertura, 300 voaram ao vivo formando os anéis olímpicos. Os drones Intel Shooting Star são projetados especificamente para fins de entretenimento e equipados com luzes LED que podem criar inúmeras combinações de cores e ser facilmente programadas para realizar qualquer animação. A frota de drones é controlada por um piloto. PA


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[ˈbrɔːdkæːst 3.0] Broadcast 3.0 é baseada nos pilares do conceito de transporte IP; A definição de processamento por software, organização e controle contínuo de todos os recursos de rede e fluxos de trabalho automatizados. Com a terceira geração e as soluções de infraestrutura broadcast vão aumentar as capacidades de produção para um novo nível, permitindo o uso de recursos de forma mais eficiente e criando conteúdo de forma mais inteligente.

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BROADCAST CONTROL

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Junte-se a nós: NAB, North Hall #2913


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Artigo

Cyber-crime, segurança e Hackers: Como proteger seus ativos Por Diego Buenaño

H

acks custam à indústria de mídia e entretenimento centenas de milhões de dólares em perda de monetização irrecuperável e muitos profissionais podem potencialmente perder seus empregos e carreiras como o resultado destas perdas significantes. Sony Pictures, HBO, Netflix já sofreram com conteúdos roubados ou perdas sérias. Recentemente a América Latina tem tido um aumento considerável na produção de conteúdo para provedores de serviço como Netflix, Hulu, etc., fazendo da implementação de estratégias para proteger e salvaguardar conteúdo valioso um dever crítico. Apesar de o risco de sofrer um hack nunca pode ser completamente eliminado, ter um registro auditado digital de todas as atividades dos arquivos pode deter e reduzir significativamente as tentativas de roubo de conteúdo. Evidências empíricas sugerem que, na maioria dos casos, o roubo de conteúdo de alto valor acontece dentro das próprias instalações da empresa, e depois é colocado na internet; esta é uma das principais razões pelas quais há vazamento de vídeos de alta qualidade online. E é por isso que criar uma infraestrutura de armazenamento segura e criar registros auditados é a prioridade número um para a muitas empresas de mídia e criação em 2018. Clientes e empresas precisam seguir os requerimentos de auditoria de governança globais da Motion Picture Association of America (MPAA). Alguns estúdios, como os que produzem conteúdos para a Disney ou Marvel, possuem requerimentos ainda mais restritivos para proteger seu conteúdo de alto valor. As melhores práticas im-

postas tanto pela MPAA são :não perca conteúdo; não deixe ninguém roubar conteúdo; se conteúdo for perdido ou roubado, reporte imediatamente; não deixe que medidas de segurança atrapalhem a produção. Em termos de segurança de armazenamento de mídia, auditar é crítico e além da MPAA, existe uma crescente necessidade de proteger direitos de propriedade intelectual e reconhecer que precauções à segurança de conteúdo são um caminho necessário e parte de uma era de economia de informação saudável para o planeta.

Capacidades de auditoria de arquivos Enquanto grande parte das soluções e camadas de segurança busca bloquear acesso físico, interno e externo à mídia, soluções de Auditoria de Arquivos têm foco em responder a pergunta “quem fez o que à qual arquivo e quando foi feito?”. Estas capacidades podem dar aos gerentes das instalações capacidade de determinar a causa de mudanças inesperadas nos arquivos, por exemplo. Soluções de auditoria de arquivos geralmente são ligadas de forma muito próximas à sistemas específicos. No caso do sistema de armazenamento EditShare XStream EFS, a auditorial de arquivos opera como parte do sistema de arquivos em si. De tal forma, ele “enxerga” o comportamento de todos os usuários incluindo todos os logins e logouts e todas as aberturas, criações, modificações, movimentos e apagamentos. A presença de uma capacidade de auditoria forte pode significar uma dissuasão significativa das ameaças internas. Por meio de trei-


Artigo <<

namentos e follow-ups das atividades expostas pelo processo de auditoria, os colaboradores rapidamente ganham apreciação pela capacidade do sistema.

Capacidade de análise forense As melhores práticas da MPAA pede que as auditorias de arquivos tenham capacidade de logging em todos os sistemas e estações de trabalho para coletar a informação de logging para a auditoria em um repositório central e posteriormente armazenar esta informação por no mínimo um ano. É mais fácil imaginar que em uma instalação de produção ou pós-produção moderna haverão dezenas de sistemas (firewalls, servidores de autenticação, Gateways de VPN, estações de trabalho, armazenamento e servidores de aplicação) gerando grandes volumes de dados de log de auditoria de arquivo. Este tsunami de de dados apresenta um número de novos desafios à gerentes de sistemas e das instalações. Armazenar o log da auditoria por um ano ou mais é um desafio à parte. No nível de sistema, armazenar arquivos de auditoria in-loco consome recursos do sistema (espaço em disco, RAM, energia, resfriamento) que poderiam estar sendo melhor empregados para as funções nativas do sistema. Claramente, a MPAA reconhece este desafio ao permitir que os dados de auditoria possam ser coletados e armazenados em um repositório central ao invés de cada sistema individual. Na indústria da segurança, é senso comum que alguns eventos de segurança podem ser melhor detectados por meio da correlação de eventos separados acontecendo em diferentes sistemas em toda a instalação. Por exemplo, é possível detectar acesso não autorizado à ativos de mídia por meio da leitura da movimentação de arquivos no servidor de armazenamento combinado com o registro de cópias de arquivos para um dispositivo de armazenamento removível, como um drive USB.

Soluções SIEM Detectar atividade suspeita geralmente requer monitoramento simultâneo de múltiplos sistemas; por exemplo, acesso físico aos sistemas e logins de usuário. SIEM (sigla para Segurança da Informação e Gerenciamento de Eventos, em inglês) é a prática de combinar informação de múltiplos sistemas para identificar ameaças de segurança de forma mais rápida e precisa ao agregar dados de log da rede, segurança, servidores, bancos de dados, aplicações e eventos correlatos em pacotes relevantes. É a crença da EditShare que cada toque digital em um arquivo deve ser gravado, seja uma ação de cópia, apagamento ou substituição de arquivo, de forma a manter um registro da pegada digital de todas as atividades relativas aos conteúdos de mídia dentro de uma instalação.

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Estas soluções lhe garantem duas armas importantes na guerra contra as ameaças cibernéticas. Os sistemas provêem uma coleção centralizada de dados de log da auditoria de arquivos bem como dados de log de switches, roteadores, firewalls e outros elementos da infraestrutura TI. Eles também normalizam os dados para que eles possam ser armazenados de forma eficiente. Isso permite que você armazene de forma eficiente os dados de auditorial caso sejam necessários para propósitos forenses. Sistemas SEM também provêem capacidade de observar arquivos individuais e correlacionar eventos para identificar de forma mais precisa eventos e ameaças. Uma vez detectadas, os Sistemas SIEM são capazes de notificar partes interessadas para que uma resposta imediata possa ser dada.

Conclusão Uma solução de camadas de segurança é uma das melhores formas de proteger o surgimento crescente de ameaças em uma instalação de vídeo moderna. Enquanto muitas soluções de camada antigas têm foco em erguer barreiras imperfeitas aos ativos de mídia, desenvolvimentos recentes nas capacidades de auditoria de arquivos prometem proteger contra ameaças internas e externas ao rastrear “quem fez o que com quais arquivos e quando”. Por meio da auditoria de arquivos, organizações de mídia podem otimizar a segurança de dados ao auditorar cada espaço de mídia, cada arquivo aberto, lido, movido, acessado ou apagado e cada tentativa de login ou logout de usuário, independente do resultado. Se alguém copia um arquivo, ele é rastreável ao usuário. Ao invés de atolar administradores com um tsunami de dados de logs de arquivo, a aplicação de auditoria de arquivos da EditShare provê ferramentas e relatórios para filtra atividades por períodos de tempo (Segundos, minutos, horas, dias, semanas), por usuário, por endereço de IP, ou por tipo de evento. Com as capacidades de auditoria de arquivos do EFS, a EditShare está liderando o caminho o qual organizações de mídia vão proteger melhor a si mesmas e à seus ativos. PA

SOBRE O AUTOR *Diego Buenaño é Gerente de Vendas para América Latina da EditShare


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10 Perguntas

10P David Ross Conversamos com o CEO da Ross Video sobre tecnologia, momento da empresa e a consolidação pela qual passa a indústria broadcast. Por Flávio Bonanome

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le é provavelmente um dos CEOs mais carismáticos do mercado broadcast. Durante seus Keynotes na NAB ou no IBC, David Ross faz questão de apresentar cada uma das novas tecnologias de sua empresa com a empolgação de um jovem exibindo seu carro novo para os amigos, conquistando sorrisos dos presentes e contagiando a todos com a atmosfera de excitação gerada pelo discurso animado e sua postura de showman. À frente da Ross Video pelos últimos 12 anos, David Ross herdou a liderança de seu pai e fundador da empresa Jonh Ross e seguiu uma trajetória que colocou a companhia canadense de começos humildes no porão da família entre as líderes mundiais na fabricação de sistemas de produção ao vivo. Hoje a empresa fabrica switchers de produção de todos os portes, sistemas de grafismo, servidores de replay, câmeras, sistemas de chroma-key e mais um sem número de produtos. David Ross sempre enaltece com orgulho o fato de sua empresa

ser uma das poucas do segmento que é totalmente privada, pelo menos entre as de grande porte. Apesar disso, sempre partilha os resultados da empresa com o público, fazendo questão que todo os profissionais do segmento, e seus concorrentes, saibam que a empresa está em um ascendente de 26 anos seguidos de crescimento. Esta mesma postura imperou no começo de 2018, quando o CEO decidiu compartilhar com o mundo, por meio de uma rede social, o fato de o primeiro trimestre do ano ter sido o mais lucrativo da história da companhia, superando a previsão de lucro para o ano todo em apenas três meses. “Eu queria mostrar à todos que não estamos no mesmo balaio de empresas passando por momentos difíceis, como nossos concorrentes estão”, explica. Para falar deste momento da empresa, tecnologia e também da atual conjuntura de consolidação agressiva da indústria, a Panorama Audiovisual conversou com David Ross por telefone. Confira a entrevista abaixo.



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10 Perguntas

Panorama Audiovisual: Recentemente vimos um post seu no LinkedIn afirmando que o primeiro trimestre de 2018 foi o segundo melhor primeiro trimestre da história da Ross Video. O que exatamente isso significa em comparação com outros anos? David Ross: Estamos falando de um aumento de 15% com relação ao mesmo período do ano passado, o que eu considero um crescimento saudável. Em termos de lucro, superamos nossa expectativa do ano todo só nestes três primeiros meses, o que faz deste trimestre o mais lucrativo de todos os tempos para a Ross Video.

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PAV: E quais as razões disso, porque este trimestre foi tão especial? Ross: Uma das coisas interessantes da Ross Video é que temos crescido numa média de 15% a 17% todos os anos por mais de 26 anos seguidos, então ter um trimestre recorde é algo que acontece praticamente todo ano para nós. A grande questão é porque eu quis tornar isso público. Há muita coisa acontecendo na indústria neste momento de consolidação, e uma das coisas que está empurrando esta consolidação é que diversas empresas da indústria estão passando por problemas financeiros sérios. Outro dia eu estava lendo sobre uma empresa que foi comprada recentemente que teve um resultado anual de EBITDA negativo. Prejuízo é uma coisa, agora EBITDA negativo significa que você não tem nenhuma razão plausível para considerar seu ano como positivo. Por causa destes fatores ajudarem na consolidação, e muitas das companhias nesta situação serem concorrentes da Ross, eu não queria que nossos clientes nos colocassem no mesmo balaio, porque a Ross é uma empresa muito especial.

PAV: Estes 26 anos seguidos de crescimento têm alguma coisa a ver com o fato de a Ross Video ser uma empresa de propriedade privada? Ross: Sim, este fator nos traz tantas coisas que nos dão vantagem, como poder fazer planos de longo prazo e executá-los de fato. Não é segredo que a maioria dos CEOs das empresas que concorrem com a Ross Video duraram menos de um ano em seus cargos. Hoje mesmo a Avid anunciou um novo CEO. É um momento dramático para a indústria. Agora olhe para a Ross Video, temos 44 anos de idade e nós só tivemos dois CEOs e ambos tem Ross no sobrenome. Então a estabilidade na direção, gerenciamento e na cultura da empresa é muito significante e dá para ganhar muito momentum por conta disso. A outra coisa que causa um problema na indústria é que normalmente as empresas compradas rapidamente abrem-se para fundos de investimento. E neste caso, é prometido aos investidores que eles receberão seu dinheiro de volta em um prazo específico com lucro. E ai a empresa entra num ciclo de empolgação, investimento, diminuição do ritmo, preparação para vender, demissão de pessoas, param de investir em pesquisa e desenvolvimento, e dai vão para a mão de outros proprietários e tudo começa de novo, mas com donos diferentes, cultura diferente e expectativa diferente. Isso gera um ciclo de vai-e-volta e falta de consistência em tudo, o que arruína a experiência de um cliente que compra um produto e precisa saber que terá suporte no futuro. Em outras palavras, você tem uma promessa da marca, você espera que aquela empresa tenha um nível de qualidade e serviço e que as pessoas estarão lá. Quando a liderança muda de uma forma radical, você precisa reaprender o que aquela marca significa.

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David Ross no lançamento do primeiro produto de sua linha de câmeras, a Acid, durante a NAB 2016



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10 Perguntas

PAV: Temos visto a Ross Video anunciar uma grande quantidade de novas linhas de produtos e tecnologias nos últimos quatro ou cinco anos. Muitos dos seus concorrentes preferem uma abordagem diferente, mais conservadora em termos de quantidade de lançamentos, alegando uma dificuldade do mercado de absorver nesta velocidade. Como você vê isso? Ross: Até pelo que acabamos de falar, parece que nossa visão está indo muito bem não? Quando nós lançamos um novo produto, seja a compra de uma nova empresa, ou algo que desenvolvemos internamente, nós fazemos para adicioná-lo a uma oferta que já temos para as verticais de mercado. Por exemplo, as cameras Acid. São produtos com este lance de imagem 4:4:4 feito para nossos novos sistemas de Chroma Key, Virtual Sets, etc. Então foi pensada para combinarem com nossos produtos. Se um cliente opta por ter alguma parte da solução separada da outra, ele acaba não tendo um resultado final tão bom. Então o novo produto se torna parte da venda. Normalmente nós não entramos em uma situação de competição direta com outras marcas quando lançamos um novo produto. Outro ponto é nossa filosofia de aquisições. O que vejo na concorrência é que muito dinheiro é investido para tentar comprar as maiores marcas da indústria e colocá-las para trabalhar juntas dizendo que haverá sinergia, alguma economia, mas o que eu penso é que é difícil fazer isso. Veja, são empresas que já estão no topo, logo não há tanto crescimento potencial esperando. Na verdade é mais provável que as vendas caiam, porque normalmente mantém-se somente uma equipe de vendas ao invés das duas que haviam antes. A economia real está onde? Na parte financeira e gerencial? É muito difícil fazer destas aquisições algo lucrativo. O que nós fazemos é olhar para empresas menores que são o que eu chamo de “A futura geração dos melhores produtos do mundo”, não os melhores de hoje. Assim podemos fazê-las crescer no mercado e ser muito bem sucedidos com o passar do tempo. Você nos viu fazer isso com Câmeras Robóticas, com Roteadores, com Cenários Virtuais, com Gráficos, e tudo veio de aquisições pequenas que agora, sob nossa tutela, são as líderes ou vice-líderes em seus segmentos. Mas não começamos comprando pelo valor de uma empresa número 1 ou 2. Então podemos passar esta economia para os clientes.

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PAV: Recentemente tivemos uma enorme aquisição no mercado broadcast entre a SAM e a Grass Valley, o que colocou praticamente todos os grandes fabricantes ocidentais sob um mesmo guarda-chuvas. Como você vê esta consolidação?

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Eu poderia ter vendido a empresa há 10 ou 15 anos, e teria sido capaz de me aposentar ou fazer o que eu quisesse, mas qual a diversão nisso? A Ross Video não é um veículo financeiro, é uma paixão e é minha diversão. Maravilhar os clientes é uma recompensa per se.

Quando a liderança muda de uma forma radical, você precisa reaprender o que uma marca significa.

Acredita que o mercado broadcast vai se tornar algo similar ao de TI, com poucas empresas gigantes e um punhado de startups? Ross: Sendo sincero, me parece bastante que está indo nesta direção, não dá pra negar. É isso o que os consolidadores estão dizendo. Agora, eu sempre provoco meus gerentes de produto com a seguinte questão: “Por que você acha que empresas pequenas existem? Porque as empresas grandes, que tem as marcas mais fortes, os bolsos mais fundos, os maiores investimentos em P&D não dominam tudo? Por que ainda vemos gigantes surgindo do nada de novo e de novo, principalmente se falarmos da indústria TI?” O que acontece é que em empresas realmente grandes a equipe de vendas fica muito separada da de marketing, que por sua vez fica muito separada do departamento de desenvolvimento e com isso se perde ímpeto de inovação. Dai os executivos acham que podem recuperar isso comprando tecnologias por meio de aquisições, mas eles não têm isso internamente, começam a ficar ineficientes. Eu acho que ao mesmo tempo que há consolidação, continuaremos a ver novas empresas e novas ideias surgindo na nossa indústria, porque são áreas que serão deixadas de lado pelas empresas maiores. Nem sempre os maiores têm a melhor tecnologia. PAV: A Ross Video é uma empresa grande, isso quer dizer que vocês perderam o ímpeto de inovação? Ross: A Ross Vídeo é uma empresa grande, mas nós a organizamos como se fosse diversas pequenas empresas dentro de uma empresa maior. Colocamos muita responsabilidade nas mãos de times bastante pequenos. Os gerentes de produtos estão em contato com os clientes regularmente, os caras de desenvolvimento ainda falam direto com o pessoal de Marketing e os caras de vendas se envolvem no processo todo e tudo isso é suportado por uma grande infraestrutura de fabricação. Além disso escolhemos nosso pessoal muito bem, sabemos a tecnologia e os problemas dos clientes. Tentamos fazer a Ross Video continuar pequena mesmo crescendo. Outra coisa é que mantenho uma rotina de separar pelo menos uma semana todos os meses pelos últimos 15 anos para visitar nosso clientes, isso em todos os continentes e com regularidade, sejam eles clientes pequenos ou grandes. E o que o me surpreende é que provavelmente eu sou o único CEO de empresas de um porte considerável que faz isso. Eu não ouço um cliente dizendo “Sabe, o CEO da empresa X ou Y esteve aqui semana passada, falando de produtos e visão dele para o mercado”. Eu acho que muitos dos CEOs das empresas de hoje são mais ligados à finanças e não entendem os clientes. Estão fazendo decisões baseadas em números e relatórios e filtragem de dados. Enquanto que na Ross Video um Gerente de Produto pode me dizer que precisa desenvolver uma tecnologia específica e eu entendo do que ele está falando. Isso me permite fazer as coisas mais rápido, mas também tomar decisões muito boas porque estamos muito próximos aos clientes.

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PAV: Você acha que este movimento de consolidação traz junto um desenvolvimento tecnológico menor, uma vez que há menos concorrência?


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10 Perguntas

David Ross é conhecido por seu grande carisma e os memoráveis Keynotes que organiza durante a NAB Show e o IBC

deste ponto de vista, você pode fazer produtos mais complexos e pode atingir objetivos maiores por conta do seu número de vendas. Então deste ponto de vista, ser maior te permite desenvolver coisas muito legais. Por outro lado, você pode se tornar tão grande que ao ter muitos recursos de P&D você acaba por desperdiçá-los nas coisas erradas porque você não sabe mais o que mercado precisa, ou você perdeu seu ímpeto inovador. Então eu acho que a resposta é que veremos produtos incríveis surgindo deste grupo, mas não necessariamente eles serão tão bem sucedidos quanto se espera. Eu posso estar errado, vamos esperar e ver. PAV: Levando em conta que a Ross Video tem mostrado resultados tão impressionantes, imagino que você já deve ter recebido inúmeras propostas de compra da empresa. O que o impediu ou impede de fechar um negócio milionário desses? Ross: De fato, recebo sim. Mas veja, a Ross Video não se chama “Produtos de Broadcast Limitada” ou algo assim. Ross é meu sobrenome e é o sobrenome do meu pai. Vendê-la seria como como pedir para alguém vender a fazenda da família. O que você faria se vendesse a fazenda da família? Provavelmente compraria uma outra fazenda no mesmo lugar e continuaria a ser um fazendeiro, porque é isso o que você ama fazer. Eu poderia ter vendido a empresa há 10 ou 15 anos, e teria sido

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Ross: É como falávamos antes. Eu li algo no Press Release da aquisição SAM-Grass Valley que em uma empresa de tecnologia a briga não é por somente market share, é uma batalha por recursos para Pesquisa e Desenvolvimento, e isso é algo que eu sempre falei dentro da Ross Video. Lógico que se você tem o dobro do mercado, com sorte você consegue equiparar isso com o dobro de P&D. E


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10 Perguntas

capaz de me aposentar ou fazer o que eu quisesse, mas qual a diversão nisso? A Ross Video não é um veículo financeiro, é uma paixão e é minha diversão. Maravilhar os clientes é uma recompensa per se. PAV: Nos últimos dois anos vimos a Ross Video entrando em segmentos novos que são dominados por marcas consagradas, como é o caso de Servidores de Replay após a aquisição da Abekas. Como este segmento está indo? Você já vê a empresa capaz de competir de igual para igual com os líderes do segmento? Ross: Acredito que dois meses atrás nossa linha de Replay passou a representar 10% das vendas da Ross Video a nível global. Claro que nem sempre foi assim, mas eu fiquei muito contente em ver isso. Então está indo melhor do que esperávamos. Por outro lado ainda vemos operadores de broadcast exigindo produtos de marcas específicas sob pretextos de questões de integração, de transferência de arquivos e de treinamento de pessoal. Ao mesmo tempo a Ross Mobile, nosso braço de produção, têm usado nossos sistemas para fazer transmissões esportivas de primeiro escalão e tudo funciona perfeitamente. Isso me deixa muito confuso, pois temos a prova de que nosso sistema é totalmente integrado, que as transferências de arquivos funcionam bem e quanto ao treinamento, sendo sincero, eu acredito que operar replay seja o trabalho mais fácil dentro de uma Unidade Móvel.. se você não é capaz de treinar um operador de replay em um ou dois dias… ou mesmo em algumas horas, então eu não sei o que você está fazendo. Isso me deixa muito confuso. A escolha de um equipamento deveria ser uma questão de preço-performance, não de marca. Me sinto um pouco perdido aqui.

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PAV: Temos visto o surgimento de várias soluções “tudo em uma caixa”, como é o caso do Graphite da Ross Video. Você acredita que soluções como esta somado à aplicações em software é o futuro do fluxo de trabalho broadcast? Ross: Sim e não. Porque não existe um único fluxo de trabalho broadcast, não existe um único tipo de cliente, não existe um único tamanho de mercado. O que existe é um mercado de operações menores ficando cada vez maior e mais sofisticado e que está procurando soluções tudo-em-um para reduzir custo e trabalho, por outro lado, a tecnologia continua melhorando e há várias soluções híbridas surgindo que são muito interessantes. Do ponto de vista da Ross Video, nós precisamos estar prontos para nos posicionar em todas as linhas que envolvem produção ao vivo e conseguimos fazer isso de forma eficiente por conta da tecnologia que temos. Então o Graphite é uma peça da solução, mas não é a coisa toda dependendo de para quem estamos falando. Eu estou empolgado com o Graphite, não me entenda mal, eu sou o pai dele, então estou orgulhoso.

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A escolha de um equipamento de Replay deveria ser uma questão de preço-performance, não de marca. Me sinto um pouco perdido aqui.

As empresas da indústria não deveriam ter medo de novas tecnologias, porque nossos clientes não tem.

PAV: Você vê a questão da virtualização de soluções em nuvem como um futuro inexorável para a distribuição de mídia e operação ao vivo? Ross: Depende do que você está tentando fazer. Eu não sou um especialista em Playout, mas vejo ser algo mais próximo neste segmento porque quando você tem menos coisas acontecendo ao mesmo tempo, menos sinais, é mais fácil partir para uma solução baseada em nuvem, então acho que veremos o Playout crescer neste ramo virtualizado. Agora a produção ao vivo ainda está distante disso, pois há muitos sinais sem compressão e sem latência que precisariam entrar em uma caixa baseada em nuvem e voltar. Chegaremos lá? Sim, mas vai levar alguns anos além do que a hype da indústria está querendo dizer. O outro lado desta história é o debate de Nuvem Pública vs Privada. Há muita preocupação sobre onde seus dados estão armazenados, por quais países seus dados estão passando e o que acontece se sua conexão cair e você não puder correr para outro andar, refazer o roteamento porque você não tem nenhum hardware. Será uma transição um pouco conturbada.

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PAV: A Ross Video é uma das poucas empresas que leva à sério parcerias com desenvolvedores de Game Engines. Como você vê a integração desta tecnologia dentro do mundo broadcast e por que esta tecnologia assusta tanto as demais empresas do setor? Ross: Veja, nós temos duas plataformas para gráficos. Temos a Frontier, que é baseado numa Game Engine, e também Xpression que é proprietária. São aplicações muito diferentes. Produtos como o Xpression são pensado para quando se precisa de muita performance, controle real, precisão e conhecimento sobre como cada pixel é processado. Você pode fazer coisas incríveis com o Xpression e sua relação preço/performance é excelente também. Por outro lado, quando você precisa criar um mundo virtual, com chuva, grama e folhas se mexendo, cenários virtuais completos com reflexos, não dá pra vencer a tecnologia que está vindo da indústria de games. Os caras têm milhares de programadores trabalhando nisso para outra indústria e somos capazes de emprestar a tecnologia deles e trabalhar por cima. Vai levar um tempo até que ambas indústrias se misturem, porque as aplicações são diferentes, mas a Ross Video é a empresa que se pergunta sempre “Qual a tecnologia é necessária para resolver o problema do cliente?” e vamos afundo seja qual tecnologia for. Se eu só trabalhasse com o tipo de tecnologia que eu aprendi na escola, como engenheiro, então todos nossos produtos seriam somente placas de computadores, hardware e software incorporado, afinal, esse é o meu histórico, mas por alguma razão estou trabalhando com tecnologia de games, e construindo robôs, fibra óptica e tecnologia baseada em nuvem. Acho que a chave para qualquer empresa é não ter medo de tecnologia, ao invés disso, entender o que o cliente precisa. Sabe quem mais me impressiona? Os engenheiros-chefe de estações de TV. Esses caras precisam saber tudo, conhecer sistemas de edição, produção ao vivo, entender câmeras, saber sobre transmissão, micro-ondas… tudo. As empresas da indústria não deveriam ter medo de novas tecnologias, porque nossos clientes não tem. PA

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4ª Feira Internacional de Tecnologia, Inovação, Infraestrutura e Soluções para Templos e Igrejas

2018

Organização

13 A 15 DE JUNHO

Mídias oficiais


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Agenda Acompanhe aqui o roteiro com as melhores sugestões de congressos, festivais, exposições, mostras, cursos, treinamentos e eventos do mercado audiovisual.

07 a 12 de Abril NAB SHOW 2018

Feira e congresso promovidos pela Associação Norte Americana de Radiodifusores em Las Vegas. O NAB SHOW é considerado o maior evento do setor e é reconhecido pela capacidade de reunir os principais fabricantes e apontar as tendências dos setores audiovisual e broadcast. www.nabshow.com04 de Maio a 06 de JulhoCurso de Stop Motion - da Imaginação à ImagemO curso propõe a criação de uma animação “stop motion” (fotografias quadro a quadro), produzida pelos participantes, com a utilização de recursos simples, como papel e objetos do cotidiano. Os participantes atuarão como fotógrafos, manipuladores de objetos e coordenadores de movimento para criar um filme curta-metragem como conclusão da oficina de 10 semanas.Professora: Natalia Machiavelliinstitutodecinema.com.br08 a 26 de MaioCurso de Série de TV (ShowRunner) | Criação, Roteiro e ProduçãoCurso intensivo dividido em 9 encontros que ensina todas as etapas da concepção e produção de uma Série de TV, combinando aulas de Roteiro e Produção. Nele, os alunos poderão sair com um plano de negócios, carta de apresentação, ficha técnica e pitching da sua série original, pronta para aproveitar o boom causado pela Lei da TV Paga e inscrevê-la em editais, concursos, festivais e para apresentar às Emissoras e Canais de Televisão. institutodecinema.com.br

23 a 25 de Maio AES BRASIL EXPO

Promovida pela AES (Sociedade de Engenharia de Áudio), entidade representante da instituição americana fundada em 1948, congrega os principais profissionais, empresas e acadêmicos do ramo em suas atividades, incluindo o mercado de vídeo, iluminação e instalações especiais. O evento, considerado o maior encontro da América Latina no seu segmento, é realizado anualmente em São Paulo,em parceria com a FRANCAL FEIRAS. O evento AES BRASIL EXPO tem quatro vertentes: Convenção, Congresso, Exposição e Demonstração. www.aesbrasilexpo.com.br

13 a 15 de Junho de 2018 Church Tech Expo A Church Tech Expo reúne o melhor das tecnologias de áudio e vídeo para templos, igrejas, locais de pregação e adoração. Exposição, palestras técnicas e workshops cobrem os segmentos de sonorização, mixagem, captação em vídeo, projeção, gravação, edição e transmissão. Em 2015, o evento reuniu 90 expositores, representando mais de 200 companhias, e mais de 7 mil visitantes. Participe e conheça o que há de mais inovador no setor. Aprenda com exemplos práticos como ampliar e otimizar as suas instalações ao lado dos principais fornecedores, integradores, consultores do mercado nacional e mundial. Entenda como e onde investir para ampliar o alcance de sua mensagem. O evento é destinado a líderes e representantes de religiões, membros de ministérios, equipes técnicas e de projeto, operadores de áudio e vídeo, e todos os envolvidos com áudio, vídeo e iluminação em templos e igrejas. O Congresso Church Tech Expo 2015 teve 100 de programação e recebeu 80 palestrantes em 65 sessão. Os temas centrais são: Integrando Áudio, Vídeo e Luz; Acústica e Inteligibilidade; Sistemas de PA e Sonorização; Produção de Apresentações Musicais; Mixagem e gravação; Seleção e configuração de microfones; Produção HD Ao Vivo; Implantação e Vantagens do Live Stream; Integração com Switcher e Robótica; Projeção e Processamento de Vídeo; Integração com Mídias Sociais; Infraestruturas baseadas em IP; Digital Signage Aplicada; Projetos de sucesso; Automação de Processos e Eventos; Desafios da Iluminação. www.churchtechexpo.com.br

13 a 15 de Junho de 2018 PANORAMA SHOW

14 a 18 de Setembro IBC 2017

Considerado uma versão europeia da NAB Show, o IBC reúne em Amsterdam os líderes da indústria de radiodifusão, broadband e produção audiovisual. Mais de 1000 estandes apresentam um panorama completo do mercado. www.ibc.orgOperação em Mesas DigitaisTodo último final de semana de cada mês, o IAV promove o curso. Operação em Mesas Digitais. Indicado para profissionais de áudio interessados em ampliar seus conhecimentos e dominar a operação dessas mesas. O curso explora a infinidade de recursos disponíveis, através de um método prático exclusivo que desmistifica sua utilização. www.iav.com.br

O mais importante latino-americano dedicado às tecnologias de Produção Audiovisual e Broadcast será realizado no São Paulo Expo (antigo Centro de Exposições Imigrantes), em São Paulo. Serão três dias de exposição e congresso dedicados ao aperfeiçoamento profissional, debate sobre tecnologias e promoção de negócios. Os temas-chave do congresso são soluções para produção e distribuição de áudio e vídeo em TV, cinema, novas mídias, publicidade, animação e games. Em 2015 o evento reuniu 7000 visitantes, incluindo mais de 1000 congressistas, que participaram de 65 sessões de debate e workshops. www.panoramaaudiovisualshow.com.br


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