Odonto Magazine nº 30 - Julho/2013

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Ano 3 - N° 30 - Julho de 2013

www.odontomagazine.com.br

comunicação integrada

comunicação integrada

Reportagem Arquitetura e decoração em ambiente odontológico



Editorial Edição: Ano 3 • N° 30 • Julho de 2013 Presidência & CEO Victor Hugo Piiroja e. victor.piiroja@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7501

Educação e prevenção para um futuro melhor

Gerência Geral Marcela Petty e. marcela.petty@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7502 Financeiro Rodrigo Oliveira e. rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7761 Assistente Administrativo Michelle Visval e. michelle.visval@vpgroup.com.br Marketing Ironete Soares e. ironete.soares@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7500 Designers Cristina Yumi e. cristina.yumi@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7509 João Corityac e. joao.corityac@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7521 Web Designer Robson Moulin e. robson.moulin@vpgroup.com.br Mobile Cláudia Mardegan e. claudia.mardegan@vpgroup.com.br Analista de Sistemas Fernanda Perdigão e. fernanda.perdigao@vpgroup.com.br Sistemas Wander Martins e. wander.martins@vpgroup.com.br Editora Vanessa Navarro (MTb: 53385) e. vanessa.navarro@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7506 Publicidade - Gerente Comercial Christian Visval e. christian.visval@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7760

A

pós 45 anos de formada, não tenho dúvidas que o caminho ideal para promoção de saúde bucal é a Odontopediatria. Esta linda especialidade beneficia o ser humano, pois atua nos primeiros anos de vida orientando pais e crianças na questão do autocuidado, além de estabelecer uma relação positiva com o paciente, diminuindo os traumas e a necessidade de tratamentos invasivos. Felizmente, pude constatar esta evolução em meu consultório, aonde os pequenos pacientes vêm para a primeira consulta enquanto bebês, e passam pela sua infância, adolescência e fase adulta sem problemas bucais. Além do mais, tenho a honra de receber filhos de ex-pacientes, que trazem seus bebês para o meu cuidado, em busca do mesmo resultado de sucesso. Não tenho a menor dúvida dos resultados da prevenção. E, parafraseando Massler (1974), digo: “Melhor preparar e prevenir, do que reparar e repetir”. Muitas vezes, penso no quanto de tempo é despendido na busca de novos produtos e tecnologias para tratamentos curativos, sendo que o mais importante acaba sendo esquecido pelo profissional. Precisamos educar mais e motivar, constantemente, os nossos pacientes. Só assim teremos uma melhora e efetiva mudança na condição bucal dos seres humanos deste país. Espero, também, que as ações de políticas públicas contemplem a área da Odontologia com programas, ações e atividades, para que toda a população tenha acesso à informação e a um serviço odontológico digno. Se eu tivesse que voltar para o início de minha carreira, faria tudo igual. Aprenderia com os meus erros e acertos. Continuaria atendendo meus pacientes com amor, carinho, querendo sempre ajudar o próximo e fazendo o melhor por ele. Temos que gostar do que fazemos! Temos que fazer com garra! Só assim seremos felizes e gratificados por tudo o que foi realizado. Para finalizar, quero agradecer a Deus por tudo o que Ele fez por mim e por ter me dado a dádiva de me sentir realizada e plena em minha profissão.

Publicidade - Gerente de Contas Victorio Rosa e. victorio.rosa@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7768 Conselho Científico Alice Granthon de Souza, Augusto Roque Neto, Danielle Costa Palacio, Débora Ferrarini, Diego Michelini, Éber Feltrim, Fernanda Nahás Pires Corrêa, Francisco Simões, Henrique da Cruz Pereira, Helenice Biancalana, Jayro Guimarães Junior, José Reynaldo Figueiredo, José Luiz Lage Marques, Júlio Cesar Bassi, Lusiane Borges, Maria Salete Nahás Pires Corrêa, Marina Montenegro Rojas, Pablo Ozorio Garcia Batista, Regina Brizolara, Reginaldo Migliorança, Sandra Duarte, Sandra Kallil Bussadori, Shirlei Devesa, Tatiana Pegoretti Pintarelli, Vanessa Camilo, Wanderley de Almeida Cesar Jr. e William Torre. A Revista A Odonto Magazine apresenta ao profissional de saúde bucal informações atualizadas, casos clínicos de qualidade, novas tecnologias em produtos e serviços, reportagens sobre os temas em destaque na classe odontológica, coberturas jornalísticas das mais importantes feiras comerciais e eventos do setor, além de orientações para gestores de clínicas. É uma publicação da VP Group voltada para profissionais de Odontologia das mais diversificadas especialidades. Conta com a distribuição gratuita e dirigida em todo território nacional, em clínicas, consultórios, universidades, associações e demais instituições do setor.

Maria Salete Nahás Pires Corrêa

Membro do Conselho Científico

Odonto Magazine Online s. www.odontomagazine.com.br Tiragem: 37.000 exemplares Impressão: HR Gráfica

Alameda Amazonas, 686, G1 - Alphaville Industrial 06454-070 - Barueri – SP • + 55 (11) 4197 - 7500 www.vpgroup.com.br

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Sumário

Julho de 2013 • Edição: 30

pág.

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Reportagem

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Entrevista

3

Editorial

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Programe-se

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Notícias

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Odontologia Segura

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Produtos e Serviços

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Arquitetura na Odontologia

pág.

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A hipnose na Odontologia Marivaldo Santo Pietro

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Espaço Equipe

Práticas educativas em Odontologia Danielle Ramos

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Relacionamento

Johnson & Johnson: qualidade e respeito a todos os públicos José Eduardo Pelino

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Ponto de vista

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Prevenção: a importância do checkup digital

Conheça alguns dos produtos que o mercado odontológico oferece para a conquista do sorriso perfeito!

Caso Clínico

Clareamento dental: técnica sem troca do gel clareador Fabiano Carlos Marson e Luís Guilherme Sensi

Milton Raposo Jr. 34

Especial Estética

Colunistas

50

Odontologia Especial:

Normas para publicação

Julio Cesar Bassi 36

Prevenção:

Helenice Biancalana

pág.

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Os artigos e as entrevistas são de inteira responsabilidade do autor e/ou entrevistado, e não refletem, obrigatoriamente, a opinião do periódico.



Programe-se

Julho

Agosto

21º Congresso Internacional de Odontologia do Rio de Janeiro - CIORJ

Jornada Odontológica Sul Rio-grandense – JOS

10 a 13 de julho de 2013

16 a 18 de agosto de 2013

O CIORJ - Congresso Internacional de Odontologia do Rio de Janeiro é o ponto de encontro dos dentistas e profissionais da saúde bucal no Rio de Janeiro. O evento traz os últimos trabalhos de pesquisa, novidades tecnológicas e produtos para cuidados com a saúde bucal, ortodontia e estética.

Rio de Janeiro - RJ www.ciorj.org.br

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I Encontro Carioca de Odontologia para Pacientes Especiais 12 de julho de 2013

O encontro, que acontece no Congresso Internacional de Odontologia Rio de Janeiro (CIORJ), abordará temas atuais, como o uso da toxina botulínica. Outro assunto de grande interesse, como a palestra sobre sedação oral, será abordado pelo Professor Eduardo Dias de Andrade. O evento contará com a presença do ilustre presidente da Associação Brasileira de Odontologia para Pacientes Especiais, Dr. João Ferreira.

Rio de Janeiro – RJ www.ciorj.org.br

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XXI Congresso Brasileiro de Estomatologia e Patologia 17 a 20 de julho de 2013

Em julho de 2013, a SOBEP realizará seu congresso anual na acolhedora cidade de Salvador. Com sua característica itinerante, passando por todas as regiões do país, o evento anual acontecerá, desta vez, na capital do estado da Bahia, conhecida por sua importância histórica e cultural. A tradição de elevada qualidade acadêmica associada ao clima agradável e profícuo das discussões científicas e à descontração nos momentos de confraternização, característicos dos eventos da nossa sociedade, farão parte do XXI Congresso Brasileiro de Estomatologia e Patologia Oral.

Salvador – BA www.estomatologiabahia.com.br

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IN - Latin American Osseointegration Congress

Um número muito grande de associados e de colegas manifestou-se favoravelmente a nova fórmula para a Jornada. Grande também é a satisfação das autoridades da Serra Gaúcha com a realização do evento. Estão sendo programadas reuniões paralelas tratando do Ensino e da Pesquisa no nosso País.

Serra Gaúcha – RS

25 a 28 de setembro de 2013

Sob a presidência de honra de Per Ingvar Brånemark, o IN 2013 deverá reunir cerca de 5.000 especialistas de todo o Brasil e dos demais países latino­ americanos.

São Paulo – SP (11) 3566-6205

Outubro 9º Congresso Internacional da ABOR

www.abors.org.br

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XXII Congresso Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial – COBRAC 20 a 24 de agosto de 2013

O evento contará com renomados cirurgiões brasileiros e estrangeiros, de riquíssima contribuição científica mundial, discutindo sobre o que há de mais novo na especialidade. Serão abordados os temas: cirurgia dento-alveolar, trauma maxilofacial, enxertos ósseos, distracção osteogênica, cirurgia ortognática e estética facial, patologia oral e maxilofacial, ronco e apneia do sono, cirurgia da ATM, cirurgia endoscópica, navegação e novas tecnologias.

Rio de Janeiro – RJ

www.cobrac2013rio.com.br

Setembro XII Congresso Internacional de Odontologia do Paraná – CIOPAR

09 a 12 de outubro de 2013

A Associação Brasileira de Ortodontia e Ortopedia Facial – ABOR promoverá o 9º Congresso Internacional da ABOR, no Centro de Convenções de Natal (RN), que estima ter um público de 2.500 participantes. Nesse sentido, o evento objetiva promover o intercâmbio científico entre os pesquisadores, educadores e profissionais nacionais e internacionais que atuam nessa área, possibilitando a troca de experiências e inovações.

Natal - RN

www.congressoabor2013.com.br

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13º Congresso Internacional de Técnicos em Prótese Dentária 11 a 13 de outubro de 2013

Renomados palestrantes e expositores, compondo o maior e mais respeitado evento científico voltado à Prótese Dentária. Um evento imperdível para você, técnico em prótese dentária e cirurgiãodentista.

São Paulo – SP

www.apdesp.org.br/tpdinteligente

19 a 21 de setembro de 2013

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O evento contará com palestras nacionais e internacionais ministradas pelos mais renomados profissionais de saúde bucal.

17º Congresso Internacional de Odontologia de Goiás – CIOGO

Curitiba - PR

16 a 19 de outubro de 2013

www.ciopar.com.br

O evento reunirá renomados profissionais da Odontologia que apresentarão as técnicas mais recentes.

Goiânia – GO

www.abo-go.org.br/ciogo2013



Notícias

Aprimoramento e integração O Congresso Internacional de Odontologia do Rio de Janeiro acontece entre os dias 10 e 13 de julho de 2013, no Riocentro. São esperados mais de 41.000 participantes, entre congressistas, visitantes e expositores. Realizado pela Associação Brasileira de Odontologia- Seção Rio de Janeiro (ABO-RJ), bianualmente, há quase 40 anos, o CIORJ é considerado o maior encontro científico de Odontologia no Brasil, com mais de 800 horas de atividades científicas. Além dos profissionais da área, o Congresso atrai um grande número de estudantes de graduação, que serão os profissionais de amanhã; e pós-graduação, já que um dos principais objetivos do congresso é a motivação e o aprimoramento dos jovens, destacando-se a importância incalculável da integração da classe, troca de informações e experiências. As atividades científicas serão realizadas durante todos os dias do evento, das 09h00 às 18h00. Estão previstas 800 horas de atividades científicas entre eventos paralelos, módulos, conferências, simpósios, mostra de painéis, etc. A cada nova edição, o CIORJ tem sido visitado por uma

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quantidade crescente de profissionais do ramo e de outras pessoas com interesses afins. Negócios e mercado Os participantes do evento poderão conhecer o que há de mais novo em produtos e serviços odontológicos. Serão aproximadamente 300 empresas, em um espaço de 22.700 m², apresentando as novidades do mercado. Algumas empresas que não estiveram presentes na edição de 2011 já fizeram sua reserva de espaço. Este aumento no número de empresas participantes é, segundo avaliação da comissão organizadora, consequência de dois fatos. O primeiro é, sem dúvida, o bom resultado alcançado por grande parte das empresas expositoras no 20º. CIORJ. Outro fato importante é o crescimento do número de empresas no mercado. A cada ano, novas empresas surgem e muitas delas veem nos congressos a oportunidade de divulgar seus produtos e serviços para um grande público. www.ciorj.org.br



Notícias Negócios e atualização em Odontologia Evandro Povh

Feira Comercial do 3º Neodent International Congress

A Neodent comemora os resultados da terceira edição do Congresso Internacional, realizado de 13 a 15 de junho, em Curitiba (PR). Posicionado como um dos principais eventos da área de Odontologia do Brasil, o Congresso Internacional da Neodent superou todas as expectativas da empresa. Mais de 2.300 pessoas, dentre cirurgiões-dentistas, protéticos e demais profissionais da área conferiram as 218 atividades científicas, que foram realizadas por especialistas nacionais e internacionais reconhecidos pela comunidade odontológica. O congresso também foi uma plataforma de negócios e contou com 43 estandes na Feira Comercial, com empresas que são destaque nos segmentos da área de saúde bucal. Um destes estandes recebeu a equipe da empresa Straumann, parceira da Neodent. Para o CEO da companhia suíça, Marco Gadola, que prestigiou os três dias do congresso, a programação científica

Futuro sem cárie

A cárie atinge 88% da população brasileira e é o maior problema de saúde bucal do mundo. Em 2013, a Aliança para um Futuro Livre de Cárie no Brasil já se reuniu duas vezes para reforçar as mensagens do programa, mostrar os avanços realizados desde sua primeira reunião, em 2012, e planejar as próximas iniciativas. Personalidades importantes e influentes no assunto, como o professor inglês Nigel Pitts, um dos maiores especialistas em cárie no mundo, Dr. Gilberto Pucca, coordenador nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, o Prof. Dr. Marcelo Bönecker, titular da disciplina de Odontopediatria da FOUSP – Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo e presidente da Aliança Global no Brasil, a primeira dama da cidade de São Paulo e professora da disciplina de Odontopediatria da FOUSP, Dra. Ana Estela Haddad, entre outros, estiveram presentes e debateram as oportunidades para tornar a importância do tema cárie cada vez mais conhecido entre dentistas e a população.

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impressionou. “Toda a estrutura e a qualificação reconhecida dos palestrantes ajudaram a valorizar ainda mais o evento da Neodent e reafirmaram a condição de líder no mercado onde atua”, disse. De acordo com o CEO da Neodent, Geninho Thomé, o sucesso conquistado neste congresso é a coroação do trabalho desenvolvido nos últimos meses por todos os profissionais responsáveis pela organização do evento. “Foi um trabalho incansável dos nossos consultores científicos, assessores comerciais e demais colaboradores envolvidos”, afirmou. Contribuição científica Thomé também destacou que a Neodent, além de ser pioneira na fabricação de implantes de alta qualidade no Brasil, também investe constantemente na área acadêmica. “O congresso é um importante incentivo à pesquisa científica e sentimos orgulho por poder levar esse conhecimento para todo o Brasil e também para diversos outros países” comemorou. Diferenciais O Congresso Internacional da Neodent foi além da programação científica e contou com atividades paralelas ao evento, que comemorou as duas décadas de história da empresa. Os participantes do encontro tiveram a oportunidade de conferir um show exclusivo com a cantora Maria Rita, realizado no Teatro Positivo – Grande Auditório. Outra atração foi o jantar de confraternização, que reuniu mais de duas mil pessoas no complexo fabril da Neodent. www.neodent.com.br

Para o Dr. Gilberto Pucca, a cárie ainda é um grande problema de saúde pública que o Brasil enfrenta atualmente. “A ACFF – Aliança para um Futuro Livre de Cárie – é um aliado importante do Governo, pois ela potencializa as frentes estratégicas das políticas públicas de saúde. Com a ajuda deste projeto, nós vamos capacitar os agentes comunitários de saúde e os dentistas para que eles possam educar a população sobre a importância da higiene bucal para prevenir a cárie e outras doenças decorrentes dela. Ser livre de cárie significa cidadania”, afirma Pucca. Entre as metas estabelecidas pela ACFF, encontram-se: • Em 2015, 90% das faculdades e associações odontológicas no país deverão ter incluído e promovido a “nova” abordagem da cárie para melhorar seu manejo e prevenção. • Em 2020, os membros regionais da Aliança para um Futuro Livre de Cárie deverão estar integrados, atuando localmente na implantação da prevenção, manejo e monitoramento adequados da cárie. • Toda criança nascida a partir de 2026 deverá ser livre de cárie durante toda a sua vida. Para o Prof. Dr. Marcelo Bönecker, a água fluoretada consumida pela população brasileira por meio da rede de abastecimento, graças às ações do Governo é de extrema importância no processo de prevenção da cárie, mas não é suficiente. “O dentifrício fluoretado aliado ao consumo mais regulado de açúcar também tem papel fundamental no combate à cárie em qualquer idade, afinal, ela não aparece apenas em crianças, como muitos adultos imaginam. Se conseguirmos conscientizar a população sobre isso, estaremos muito perto de atingir nossas metas”, explica Bönecker. www.aliancaparaumfuturolivredecarie.org



Odontologia Segura

Doenças reemergentes no mundo

Lusiane Borges Biomedicina - UNISA / UNIFESP. Odontologia – UMESP. Especialização em Microbiologia – Faculdade Oswaldo Cruz. Especialista em Controle de Infecção em Saúde – UNIFESP. MBA em Esterilização - FAMESP. PósGraduanda em Prevenção e Controle de Infecção em Saúde – UNIFESP, São Paulo. Coordenadora de Cursos de ASB/TSB desde 2000. Membro do Conselho Científico da Odonto Magazine, São Paulo. Autora-coordenadora do livro “AST e TSB – Formação e Prática da Equipe Auxiliar”. Consultora em Biossegurança em Saúde – Biológica. Consultora Científica da Oral-B, Fórmula & Ação, Sercon/Steris e outros. Representante do Brasil na OSAP (Organization for Safety, Asepsis and Prevention), EUA. Responsável pelo site www.portalbiologica.com.br.

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oenças reemergentes são sistematicamente noticiadas no mundo com grande ênfase e levantam muita discussão e dúvidas. Assim, é fundamental abordarmos o assunto neste espaço. Doenças reemergentes, segundo o Ministério da Saúde, são aquelas já conhecidas e que foram controladas, mas voltaram a apresentar ameaça para a saúde humana. São elas:

anormal temporada chuvosa no Kenya e na Somália no fim de 1997 e início de 1998, RVF ocorreu em vastas áreas, causando febre hemorrágica e morte pela população humana. O severo grau desta doença se deve a muitos fatores, incluindo condições climáticas, má nutrição e possivelmente, outras infecções.

Cólera

Exemplo de doença para a qual há várias vacinas, mas, devido ao uso não generalizado para todas as áreas de risco, epidemias continuam a ocorrer. A ameaça da febre amarela está presente em 33 países africanos e oito sul-americanos. É comum em florestas tropicais, onde o vírus sobrevive em macacos. As pessoas levam vírus para os vilarejos e a simples presença de um vetor espalha rapidamente a doença, que mata facilmente pessoas imunossuprimidas.

Reapareceu em países onde ela já havia previamente desaparecido a medida que as condições de saneamento e alimentação se deterioraram. Em 1991, na América do Sul, mais de 390 mil casos foram notificados, sendo que por um século não se registravam casos de cólera.

Dengue Espalhou-se por vários países do sudeste asiático desde a década de 1950 e reemergiu na América na década de 1990, como consequência da deterioração do controle ao mosquito e a disseminação do vetor em áreas urbanas.

Difteria Reemergiu na Federação Russa e em algumas outras repúblicas da antiga União Soviética em 1994, e culminou em 1995 com mais de 50.000 casos relatados. A reemergência está associada a um declínio dramático nos programas de imunização, seguidos de uma “falência” nos serviços de saúde que se iniciou com o fim da URSS.

Febre Rift Valley (RVF) Doença caracterizada por febre e mialgia, mas em alguns casos progride para retinite, encefalite ou hemorragia. Seguindo uma

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Febre Amarela

Tuberculose A tuberculose se comporta como uma doença reemergente devido ao aumento gradativo de casos no passar dos últimos anos. Isto se dá pelo processo de seleção responsável pela existência de cepas altamente resistentes a antibióticos. Além disso, o HIV contribui largamente para a manifestação da doença. As causas comuns de emergência e reemergência de doenças infecciosas, são: » Crescente número de pessoas vivendo e se deslocando pelo mundo. » Rápidas e intensas viagens internacionais. » Superpopulação em cidades com precárias condições sanitárias. » Aumento da exposição humana a vetores e reservas naturais. » Alterações ambientais e mudanças climáticas. Até a próxima!


Produtos e Serviços Colgate lança enxaguante bucal 2 em 1 A Colgate apresenta ao mercado o novo Colgate Plax 2 em 1, o primeiro enxa­ guante bucal que limpa a boca e mostra o resultado. O lançamento chega para revolucionar a categoria, que nunca contou com um produto que apontasse as bactérias presentes na boca. Com uma tecnologia eletrostática presente em sua composição, o novo Colgate Plax 2 em 1 revela na pia, por meio de pequenas manchas roxas, partículas e bactérias que estavam na boca, provando ao consumidor que, além de refrescar o hálito e não arder, o produto limpa a boca. Além disso, sua fórmula única e inovadora traz um efeito visual diferenciado, chamado de bifásico. Isso significa que o enxaguante, disponível nas variantes Cool Mint e Fresh Mint, possui duas fases, que devem ser misturadas antes do uso. www.colgate.com.br

Funcionalidade e estética A Morelli Ortodontia acaba de lançar seus braquetes cerâmicos na prescrição Roth. A linha Ceramic Morelli conta agora com as versões Roth e Edgewise para ortodontistas e pacientes que esperam por beleza, funcionalidade e resistência, reunidas em um produto sofisticado e de forte apelo estético. Construídos em cerâmica de Alumina, os braquetes Ceramic Morelli são translúcidos, quimicamente estáveis, biocompatíveis e não perdem a sua cor original, mesmo em ambientes de extrema agressão. O design foi criado especialmente para proporcionar grande conforto ao paciente, privilegiando as formas arredondadas e perfil reduzido. A base, constituída de micropinos com raio cérvico oclusal, observa uma ótima capacidade de adesão ao esmalte sem os indesejáveis efeitos habituais na retirada das colagens cerâmicas. O lançamento oferece alto grau de deslize pelas angulações nas entradas e fundo de slot polido por sistema exclusivo para cerâmicas. Desta maneira, fica garantida a livre movimentação dos arcos, mesmo em condições de extremos desníveis. www.morelli.com.br

Proteção para os atletas O mercado odontológico dispõe de dois tipos de protetores bucais esportivos. Um deles, normalmente vendido em farmácias e lojas de esportes, é simples e possui valores acessíveis. Por ser confeccionado em um material muito flexível, não oferece proteção completa ao atleta, evitando somente cortes na mucosa. O outro tipo, mais completo e efetivo, são os protetores feitos sob medida por dentistas. Eles promovem a proteção real, porém, normalmente têm valores altos, o que dificulta a adesão de muitos atletas. Atenta a esta necessidade, a australiana Myofunctional Research Co. desenvolveu os Powrgards, uma série de protetores bucais esportivos que busca aliar proteção completa com custos acessíveis. Aprovados por dentistas e ortodontistas em mais de 64 países, os Powrgards proporcionam proteção para os dentes, mucosa, maxilares e ATMs. Além disto, aumentam a resistência e o rendimento do atleta e mantêm um fluxo de ar constante, facilitando a respiração, mesmo com os dentes cerrados. Os produtos são distribuídos pela OrthoMundi. Mais informações podem ser obtidas por meio da Central de Atendimento: 0800 510 3001.

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Reportagem

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Reportagem

Arquitetura na Odontologia

Com um consultório bem planejado, é possível unir arquitetura e decoração com a funcionalidade que os ambientes odontológicos devem ter, atraindo mais pacientes. Por: Viviam Santos

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uando se atende pessoas e precisa passar confiança e tranquilidade, como no caso dos consultórios e clínicas odontológicas, não é só em seu serviço que o profissional deve estar atento – ele também precisa pensar no ambiente que irá construir para atender seus pacientes. Além de pensar em seu conforto e nas funcionalidades do ambiente no seu dia a dia, uma vez que irá passar boa parte de seu tempo no trabalho. Portanto, a arquitetura humanizada e especializada em saúde vem se mostrando muito importante para que o planejamento e resultado final dos ambientes odontológicos sejam os melhores possíveis – com o aumento, inclusive, de pacientes e de execução de tratamentos. A arquiteta especializada em projetos na área da saúde, marketing e comportamento, Suelena Morais* - atualmente consultora e professora do “MBA Compacto de gestão e mercado” para profissionais da saúde do Grupo Caproni e do curso de “Gestão e Marketing” do Grupo Gioso -, trabalha exclusivamente com projetos na área de saúde, desde 1995. Ela ainda é diretora da Ambiente Amigo Arquitetura Especializada em Saúde Ltda., que desenvolve projetos arquitetônicos com aprovação da Vigilância Sanitária e de interiores humanizados, realizados à distância, objetivando a otimização dos resultados de consultórios e clínicas. Suelena contabilizou, até o fim de 2012, em torno de 400 clínicas de saúde – sendo destas, aproximadamente 280 de Odontologia -, além de reformas e ajustes para decoração e humanização. Ela comenta que, quando o arquiteto é especializado em ambientes de saúde, o dentista pode ficar mais tranquilo com o resultado do projeto: “Ser especialista em uma área facilita a elaboração de um projeto. Na medida em que conhecemos as legislações, conhecemos as necessidades dos clientes e aprendemos um pouco mais em cada projeto. Assim, podemos usar esta experiência adquirida a cada projeto para resolver questões que surgem e para orientar os clientes sempre que for necessário”. A arquitetura humanizada, de acordo com ela, “tem como foco principal o conforto, físico e psicológico, das pessoas que utilizarão o espaço”. Assim, se uma sala de espera de clientes (ou ‘sala de estar’ para os arquitetos) for parecida com a sala de estar da casa destes clientes, eles se sentirão mais bem recebidos no local. “Com isso, a percepção do valor do serviço da clínica será bem maior”, acrescenta. Ou seja, a arquitetura humanizada é criada para fazer com que os clientes se sintam mais confortáveis nos ambientes, com menos medo e mais felizes. “O cliente, quando chega a uma clínica, pode não estar bem, principalmente psicologicamente. A humanização do espaço procura alterar o estado de espírito deste cliente, fazendo com que ele se sinta melhor. O que temos como retorno das reformas que foram feitas em clínicas é que esta preocupação com

o bem-estar do cliente, nos mínimos detalhes, faz com que aumentem os números de fechamentos de tratamentos e das indicações dos clientes e faz também com que eles retornem para outros tratamentos. Ou seja, a humanização promove uma fidelização dos clientes que já existem e um aumento de novos clientes. O resultado para o dentista é apenas um reflexo natural destes fatores”, explica Suelena. O ideal é que o projeto seja feito por um profissional que tenha executado outros projetos odontológicos, segundo ela, já que a arquitetura do ambiente em Odontologia e do ambiente hospitalar são diferentes. “São ambientes que têm necessidades muito diferentes, devido às diferentes atividades que são desenvolvidas em cada um. Um hospital precisa também ter espaços ergonômicos e confortáveis, respeitando sempre as expectativas, necessidades e desejos do cliente a ser atendido, mas, em uma clínica odontológica, podemos aplicar estes conceitos de maneira mais fácil, principalmente devido ao menor número de clientes atendidos por dia. Este fluxo menor de pessoas, quando comparado aos hospitais, abre um leque maior de possibilidades de uso dos materiais de acabamento e de diferentes soluções na decoração”, diz Suelena. Quanto à aprovação do projeto, há uma legislação que deve ser usada para se projetar um espaço de saúde: a RDC-50, de 2002. “Ela trata claramente dos ambientes hospitalares e precisa ser analisada com atenção, para ser corretamente aplicada ao projeto de uma clínica odontológica que, na maioria dos casos, tem espaços mais reduzidos que precisam ser muito bem aproveitados. O entendimento desta norma é fundamental para a aprovação do projeto”, esclarece. Com tantas especificidades no projeto de arquitetura do consultório do dentista, a procura por arquitetos com tais conhecimentos aumentou, na percepção de Suelena: “Notei que, nos últimos anos, um número bem maior de dentistas tem nos procurado para projetar suas clínicas, para que fiquem funcionais para seu trabalho e confortáveis para os clientes. Temos já muitas clínicas montadas e que tiveram ótimos resultados no mercado. Acredito que este ‘boca a boca’ positivo de nossos clientes na indicação de nossos serviços tem aumentado muito o fluxo de projetos”.

Planejamento A arquiteta explica que o planejamento depende do tempo de clínica e público-alvo atendido. Para uma clínica nova, em um local em que o dentista ainda não é conhecido, o planejamento começa quando o profissional escolhe o perfil de cliente que deseja atender. Em função deste perfil, será feita a escolha do local onde deve ser a clínica: “A partir dos variados serviços que forem

* Suelena Morais é arquiteta especializada em projetos na área da Saúde, Marketing e Ciência do Comportamento. Consultora e professora do “MBA Compacto de gestão e mercado” para profissionais da saúde do Grupo Caproni e do curso de “Gestão e Marketing” do Grupo Gioso. É palestrante internacional e diretora da Ambiente Amigo Arquitetura Especializada em Saúde Ltda.

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Reportagem oferecidos - especialidades, tratamentos e número de salas clínicas -, calculamos quantos metros quadrados serão necessários para desenvolvermos o projeto”. Depois de feito o projeto, ele deverá ser encaminhado para a Vigilância Sanitária e para a Prefeitura, quando for o caso, para a aprovação. “Somente depois destas etapas é que o projeto de decoração humanizada poderá ser desenvolvido, tendo como foco o perfil do cliente escolhido”, acrescenta. Quando o planejamento for de uma reforma em clínica existente, ela diz que é preciso pesquisar qual é o público que esta clínica atende para criar uma decoração que não os afaste. “É importante observar que se uma clínica for reformada e ficar muito mais sofisticada do que era antes, os clientes mais simples vão se afastar, pelo receio de o preço ter sido aumentado. Neste caso, vão preferir procurar uma clínica que tenha mais identidade com eles. Temos vários casos de alunos que nos relatam que passaram por esta experiência depois de uma reforma mal planejada. Portanto, conhecer o perfil do público atendido é importantíssimo para o planejamento, tanto de uma clínica nova quanto de uma reforma de clínica existente”. A ergonomia é um conceito importante no planejamento, uma vez que o dentista tem suas peculiaridades profissionais – que devem ser estudadas pelo arquiteto. “Cada dentista tem sua maneira de trabalhar, que desenvolveu durante anos de trabalho, movimentando-se todos os dias, várias vezes, de uma mesma maneira. Um simples apoio colocado na reforma, ao lado contrário da cadeira odontológica, pode criar uma situação altamente estressante para o profissional. Portanto, analisar a ergonomia, respeitando o sistema de trabalho de cada profissional é muito importante para o projeto, pois somente assim podemos determinar, de maneira correta, a posição de todos os móveis e apoios dentro dos ambientes clínicos”, ressalta Suelena. A sustentabilidade também deve ser considerada nos projetos de arquitetura, inclusive das clínicas odontológicas. Ao mesmo tempo em que se evita maiores impactos no meio ambiente, é promovida economia nas contas de energia. “Podemos usar iluminação de LED, que promove uma economia de energia de aproximadamente 80%, segundo especialistas em iluminação, torneiras com controle de fluxo de água, válvulas de descarga de fluxo duplo, revestimentos decorativos feitos em materiais reciclados e persianas de tecido que promovam a proteção solar. Além disso, é importante a escolha de imóveis que possam ter as faces das salas de uso contínuo [como as salas de atendimento] voltadas para o sol da manhã, pois assim os gastos com a climatização do ambiente são diminuídos. O importante é sempre procurar soluções que diminuam o impacto das construções no meio ambiente e que promovam economia no uso dos recursos naturais”, diz ela.

Decoração e estilo Após o planejamento das funcionalidades dos ambientes, é preciso planejar o estilo e decoração deles, também conforme o público que o dentista quer atingir. Tal planejamento inclui todos os ambientes: sala de espera (sala de estar), banheiro para os clientes do dentista, sala de atendimento e até mesmo os ambientes de apoio, onde ficam os funcionários do consultório ou clínica. A sala de estar precisa ser confortável, bonita e adequada ao público-alvo da clínica. “Se os clientes forem simples, a estética do ambiente deve ser simples. Se forem sofisticados, o ambiente deverá ser sofisticado. Se forem na maioria clientes jovens, a sala de estar deve ter uma estética jovial. Portanto, a decoração desta sala deve respeitar o gosto estético do cliente,

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sem preconceitos”, diz a arquiteta. O resultado de uma decoração bem feita neste sentido, segundo ela, é a criação de um ambiente altamente familiar para o cliente, o que faz com que ele se sinta em casa e que tenha menos medo do tratamento. Na sala de atendimento, ambiente em que o profissional passa a maior parte de seu dia, “o principal objetivo é criar um ambiente que seja mais tranquilizador para o cliente e mais ergonômico para o dentista”. Neste caso e nos ambientes de apoio da clínica (copa de funcionários, descanso de funcionários, etc), “é preciso criar na decoração soluções que façam com que os profissionais se sintam mais confortáveis e com propostas de ergonomia que façam com que tudo esteja sempre à mão”. As cores e tonalidades dos ambientes também influenciam muito no humor e percepção dos clientes e funcionários da clínica odontológica, por isso, é preciso saber o perfil da maioria dos pacientes para planejar quais tonalidades a clínica adotará. “Descobrimos que boa parte dos pacientes tem medo do tratamento odontológico, por isso sempre que escolhemos formas e cores para compor uma decoração para este público, precisamos pensar em soluções que tranquilizem, confortem e amenizem esta situação”, diz Suelena. Para tal efeito tranquilizante, ela recomenda cores frias como o azul, o verde e o violeta – “ou mesmo o branco, usado como neutro”. As cores que não devem estar nestas clínicas são as conhecidas como “estimulantes”: vermelho, laranja e amarelo. “Claro que tudo é uma questão de adequação ao que é desejado para o espaço. Por exemplo, podemos criar aconchego usando tonalidades terrosas na sala de espera, inclusive em materiais naturais, e estas mesmas tonalidades não seriam bem-vindas nos ambientes clínicos, pois podem lembrar sujeira”, afirma. Nos ambientes clínicos, segundo a arquiteta, o ideal é evitar o bege, o palha, o marfim e outros que lembrem um “branco sujo”, já que nestes ambientes o cliente espera ter limpeza extrema. “As formas arredondadas são mais amigáveis que as formas retas e também podem nos ajudar na criação destes ambientes aconchegantes que precisamos nas clínicas”, acrescenta. Quanto à decoração em si, quando se fala em iluminação, cortinas e plantas, é preciso manter como foco o perfil do público­ alvo atendido e também o gosto pessoal do dentista. “Precisamos achar um meio termo entre estes dois estilos, pois o cliente precisa se sentir em casa e o profissional precisa gostar do ambiente onde vai passar boa parte do seu dia. Por isso, não há uma regra pré-estabelecida e cada clínica vai ter uma solução determinada pela junção destes desejos, dos clientes e do profissional”, diz a arquiteta. Para finalizar, Suelena sugere alguns fatores que podem ser considerados no planejamento de todos os tipos de clínicas: “Priorizar plantas naturais nos ambientes em que são permitidas, procurar ter iluminação natural nas salas clínicas, escolher salas voltadas para o sol da manhã, usar luminárias que tenham uma boa reprodução de cores, cortinas que sejam de fácil higienização, dentre outros detalhes”.

“É preciso criar na decoração soluções que façam com que os profissionais se sintam mais confortáveis e com propostas de ergonomia que façam com que tudo esteja sempre à mão”

Suelena Morais



Entrevista

A hipnose na Odontologia A prática da hipnose, apesar de ainda ser pouco utilizada pelos cirurgiões-dentistas, é cientificamente efetiva e reconhecida oficialmente pelo Conselho Federal de Odontologia. A entrevista com o Dr. Marivaldo Santo Pietro, diretor do Departamento de Hipnose da APCD – Central de São Paulo, apresenta um pouco mais desta técnica.

Por: Vanessa Navarro

Marivaldo Santo Pietro Cirurgião-Dentista. Especialista em Medicina Comportamental pelo Departamento de Psicobiologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP. Certificado em Hipnose pelo Centro de Estudos do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo. Diretor do Departamento de Hipnose da APCD – Central de São Paulo. Membro da Comissão de Terapias Complementares do CROSP – Área Hipnose. Professor da Escola de Aperfeiçoamento Profissional (EAP) da APCD – Central - Área Hipnose. Estagiário da Cadeira de Prótese Fixa e ATM da Faculdade de Odontologia da USP - Área Hipnose.

Odonto Magazine - Estudos de especialistas no comportamento humano mostram que a hipnose já era usada em tratamentos dentários no Antigo Egito. Qual é o histórico desta prática até os dias atuais? Marivaldo Santo Pietro - Os fenômenos hipnóticos surgiram com o próprio ser humano. Nós passamos por processos hipnóticos várias vezes por dia e todos os dias. Quando, por exemplo, estamos no “mundo da lua”, de certa forma, estamos em um estado mental onde focamos um pensamento, uma ideia ou uma situação, onde o restante passa não ter tanta importância e a não ser notado naquele momento. Em sua origem, o hipnotismo aparece envolto em um manto de mistérios e superstições. Os fenômenos relacionados à hipnose eram tidos como sobrenaturais, realizados por magos e feiticeiros em rituais religiosos. No Egito Antigo, existia o chamado “Templo dos Sonhos”, onde se aplicavam aos “pacientes” sugestões terapêuticas enquanto dormiam. Os gregos se reuniam no templo do Deus da Medicina, Esculápio, onde eram submetidos à hipnose pelos sacerdotes, os quais invocavam alucinatoriamente sua divindade para indicar os possíveis expedientes de cura. Na antiguidade, temos autores cujas raízes podemos encontrar modalidades terapêuticas com similaridades fenomenológicas com a hipnose, dentre os grandes homens, sábios, filósofos e líderes religiosos, que se dedicaram ao hipnotismo, figura como Avicena (séc. X), Paracelso (XVI) e muitos outros. Franciscus Antonius Mesmer (1700) defendia a ideia de que os astros e estrelas exerciam alguma influência no aparecimento e na cura das doenças. Esses corpos celestes emitiam um misterioso ”Fluido” que ele denominou como magnetismo animal, todo esse processo era chamado de “Mesmerismo”. Por volta de 1841, o Dr. James Braid marcou o fim do magnetismo animal com a teoria que diz ser o cansaço visual que leva a pessoa ao transe e não o magnetismo defendido por Mesmer.

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Braid procurou demonstrar o fato de o transe se assemelhar a um estado de sono que poderia ser induzido por agente físico, surgindo, assim, a palavra hipnotismo, derivada do vocabulário grego hypnos, que significa sono. Essa nova interpretação “científica” começou a ganhar popularidade e foi difundida, permitindo a uma nova geração de médicos a oportunidade de reavaliar a utilidade dessa prática terapêutica. À medida que novos modelos de terapias foram surgindo durante as primeiras décadas do século XX, o interesse científico pela Hipnose decresceu consideravelmente. O próprio Freud, depois de estudar com Charcot e defender as virtudes dessa prática terapêutica, cria a psicanálise. Com o advento do clorofórmio como anestésico, a hipnose passou a ser utilizada em cirurgias somente quando esse elemento não estava indicado. Pela facilidade no manuseio, o clorofórmio passou a ser muito mais usado do que as técnicas hipnóticas e tudo isso vem contribuir para um adormecimento da hipnose. A primeira guerra mundial fez voltar, por um pequeno período, a hipnose ao arsenal terapêutico quando de choques e neuroses de guerra. A segunda guerra mundial fez reavivar o interesse pelo hipnotismo, pois a falta de medicamentos no campo de batalha fez com que os médicos usassem a hipnose, principalmente, em cirurgias. Apesar dessas décadas de declínio, a hipnose científica permaneceu viva e cada vez mais presente na área da saúde. No Brasil, a hipnose passou a ser legalmente utilizada, primeiramente, pelos cirurgiões-dentistas através da lei 5081 de 1966 e depois outras áreas da saúde conseguiram e estão conseguindo essa autorização por meio de seus conselhos. Odonto Magazine - Quando o cirurgião-dentista deve optar pela hipnose no lugar da utilização de sedativos, da anestesia geral e do óxido nitroso?


Entrevista

Marivaldo Santo Pietro - O cirurgião-dentista deve fazer a opção pelo uso somente da hipnose em substituição a anestésicos e ao óxido nitroso quando o paciente tem algum tipo de problema que contraindica fazer uso desses procedimentos. Por exemplo, pacientes alérgicos ao componente químico utilizado ou, no caso do óxido nitroso, o desconforto na utilização da máscara ou não aceitação por parte do paciente. Muitos pacientes têm medo do tratamento odontológico, sentem-se desconfortáveis frente aos procedimentos. Nesses casos, as técnicas de hipnose serão usadas para trabalhar o estresse e para controlar a ansiedade que essa pessoa apresenta frente ao tratamento. Com isso, diminui ou até suspende o uso de sedativos. Com esse controle, o paciente sente-se mais confiante, seguro e motivado para enfrentar o tratamento odontológico que causava tanto sofrimento e angústia. No transtorno de ansiedade generalizada, o sintoma principal é a expectativa apreensiva ou preocupação exagerada, é um sentimento típico de quem vive no futuro, preocupando-se com coisas que ainda vão acontecer e tem a sensação que não vai dar conta das coisas. A pessoa está a maior parte do tempo preocupada em excesso e sofre de sintomas, como cansaço, inquietude, irritabilidade, tensão muscular, insônia, entre outros. Por isso, é importante trabalhar com técnicas de relaxamento e com o uso da respiração nesse paciente, para obter o controle da situação, principalmente durante o atendimento. É uma sensação muito desagradável e angustiante estar sempre em um estado de alerta por causa de uma situação que pode acontecer (ou não). Além de causar sofrimento, pode até desenvolver um quadro de pânico. Odonto Magazine - Como a hipnose pode se tornar favorável para o paciente e também para o dentista durante o atendimento odontológico?

Marivaldo Santo Pietro - Quando fazemos uso da hipnose no consultório, ensinamos à pessoa, por meio das técnicas hipnóticas, um novo padrão de resposta frente à causa de seus medos. A partir do momento que o paciente passa a ter um novo aprendizado com relação ao tratamento odontológico, seu comportamento passa a ser positivo diante da realização dos procedimentos clínicos, com isso, diminui muito o estresse durante o atendimento, tanto para o paciente como para o profissional, pois atender um paciente tranquilo e envolvido com o que está sendo realizado, permite ao profissional realizar um trabalho mais rápido, com mais qualidade e conforto para ambos. Além da redução da apreensão, são diversas as vantagens do uso da hipnose para o paciente, por exemplo, na anestesia, no combate a náuseas, na eliminação do cansaço, na recuperação pós-operatória, no relaxamento muscular, no controle do sangramento e da salivação, no controle da higienização bucal, no controle do apertamento, ranger dos dentes, etc. Odonto Magazine - Quais são os recursos odontológicos utilizados na prática da indução hipnótica? Marivaldo Santo Pietro - A indução hipnótica é o caminho para o processo hipnótico e existem várias maneiras para induzir o paciente ao transe, o profissional vai eleger a que for mais adequado àquele paciente naquele momento. Não devemos nos esquecer de que as pessoas são diferentes e reagem de maneiras diferentes diante de um mesmo estímulo e do meio que se encontram. Por isso, a indução deve ser personalizada para cada paciente e, às vezes, para cada momento. Um fator importantíssimo para a indução é a confiança que esse paciente deposita no profissional que o atende. Assim, ele vai se permitir passar pelo processo com total tranquili-

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Entrevista dade e usufruir de todo conforto e bem-estar que a hipnose proporciona. Como recurso para a indução, podemos fazer uso de tudo que cabe dentro do contexto do momento e que, de certa forma, possa ajudar o paciente a chegar ao objetivo proposto. Podemos incluir fraseologias, toques, ações não verbais, sons ambientes, como ruídos da rua, ar-condicionado, pássaros cantando, música ambiente, luzes e pontos que a pessoa pode fixar o olhar. Tudo isso serve para a indução e, ao mesmo tempo, para manutenção do transe. Alguns fenômenos hipnóticos ocorrem espontaneamente quando estamos hipnotizados e servem para sinalizar que o paciente está em transe, por exemplo, a diminuição da temperatura nas extremidades do corpo, diminuição da salivação, relaxamento corporal, respiração suave, movimentos palpebrais e outros. Odonto Magazine - Como o cirurgião-dentista deve lidar com transe hipnótico e extrair deste estado os melhores resultados? Marivaldo Santo Pietro - O cirurgião-dentista deve sempre fazer uso da hipnose dentro da sua área de atuação. A hipnose deve ser vista pelo profissional como mais um instrumento de trabalho que ele dispõe para atuar no paciente, ajudando-o a resolver o problema bucal apresentado. Dentro desse parâmetro, o cirurgião-dentista pode fazer muito para melhorar a qualidade de atendimento e o acolhimento às necessidades de seus clientes. Odonto Magazine - Existem restrições do uso da hipnose na Odontologia? Marivaldo Santo Pietro - Não existem restrições quanto à faixa etária, pacientes especiais ou com doenças crônicas para o atendimento odontológico. A hipnose, em si, é um processo natural inerente ao ser humano. Sendo assim, é segura para o uso em toda pessoa que possa, de certa forma, comunicar-se com o cirurgião-dentista e entender os comandos sugeridos pelo profissional. Esse sim, deve dominar o uso dessa ferramenta para poder ajudar da melhor forma possível. O que se deve ter é bom senso no atendimento. Há pacientes que, por falta de informação ou outros motivos, não aceitam passar pelo processo da hipnose, e isso deve ser respeitado. Devemos também respeitar as deficiências e os limites de cada paciente. Para isso, realizamos uma boa investigação em sua história médica. Caso seja aconselhável, o trabalho é feito de forma multidisciplinar, para evitar que o processo hipnótico seja mais uma fonte de ansiedade ou a causa de algum problema para o mesmo. Odonto Magazine - Quais são os cuidados que devem ser tomados durante o processo hipnótico em Odontologia? Marivaldo Santo Pietro - Devemos ter o cuidado de realizar uma boa anamnese antes de qualquer intervenção no paciente, para podemos programar como será e qual o objetivo a ser atingido durante a sessão. Outro cuidado a ser tomado é não fazer uso da hipnose para tratar queixas que não sabemos a causa, por exemplo, a dor. Toda dor tem de ser investigada para chegar a um diagnóstico e, assim, tratar a causa e não somente o sintoma. Por isso, às vezes é importante o trabalho multidisciplinar. Também devemos ter o cuidado de deixar o consultório o mais neutro possível quanto a odores, luzes ou ruídos que possam interferir no atendimento. Caso o paciente, durante a sessão, traga algum fator importante que foge ao campo de atuação

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do cirurgião- dentista, devemos ter o cuidado de não entrar na questão e orientá-lo a procurar outro profissional capacitado a ajudá-lo, por exemplo, um psicólogo ou um psiquiatra. Odonto Magazine – Como o cirurgião-dentista deve proceder caso haja a necessidades de uma intervenção odontológica invasiva durante a hipnose? Marivaldo Santo Pietro - A maioria dos procedimentos realizados na Odontologia é invasiva. Sendo assim, o cuidado maior é quando esses procedimentos são muito mais invasivos do que outros, como no caso de cirurgias mais complexas. Praticamente todos os procedimentos podem ser realizados por meio da hipnose. O que fazemos é adequar a profundidade do transe hipnótico com o tipo de procedimento a ser realizado, para que o paciente tenha a capacidade de responder positivamente aos comandos do profissional e o procedimento possa ser realizado sem causar incômodo ao mesmo. Em uma cirurgia, o paciente deve estar em um transe com profundidade suficiente para que desenvolva uma anestesia à altura do procedimento. Além disso, podemos dar sugestões para que ele mantenha a boca aberta sem se cansar, controlar sangramento e salivação e o que mais for necessário para o sucesso da intervenção. Quando o paciente não tem nenhuma contraindicação para o uso do anestésico químico, podemos diminuir a quantidade do anestésico injetado, potencializando o seu efeito através da hipnose. Odonto Magazine - Qual é a posição do CFO no que diz respeito à prática da hipnose nos consultórios odontológicos? Marivaldo Santo Pietro - O Conselho Federal de Odontologia recentemente normatizou o uso da hipnose na Odontologia. A lei 5081, de 24 de agosto de 1966, que regula o exercício da Odontologia no Brasil, através do artigo Art.6, que trata do que compete ao cirurgião-dentista, assegura que o profissional pode “empregar a hipnose, desde que comprovadamente habilitado, quando constituírem meios eficazes para o tratamento”. O Conselho Federal de Odontologia veio complementar a lei 5081, normatizando a hipnose na Odontologia, ou seja, dizendo o que é preciso e quem pode habilitar o cirurgião-dentista para fazer uso da hipnose e receber o certificado de habilitação fornecido pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO). Odonto Magazine - Como o cirurgião-dentista deve agir para se atualizar sobre a prática da hipnose na Odontologia? Marivaldo Santo Pietro - Os cirurgiões-dentistas interessados em hipnose devem procurar a sua associação para informações sobre cursos. Em São Paulo, temos na Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD-Central) um Departamento de Hipnose, onde ministramos cursos e palestras sobre o tema. O Conselho Federal de Odontologia estabelece que os cursos devam ser realizados por instituições de ensino superior, entidades especialmente credenciadas junto ao MEC/ ou CFO; entidades de classe, sociedades e entidades de hipnose, devidamente registradas no Conselho Federal de Odontologia (CFO), que o curso seja coordenado por cirurgião-dentista habilitado em Hipnose pelo Conselho Federal de Odontologia e que o corpo docente seja composto também por cirurgiões-dentistas habilitados em hipnose e profissionais da área da saúde com comprovado conhecimento técnico-científico.



Espaço Equipe

Práticas educativas em Odontologia Danielle Ramos Cirurgiã-Dentista. Especialista em Programas Governamentais - Saúde Bucal da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. Especialista em Saúde da Família pela Universidade Federal de São Paulo. Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Universidade Cruzeiro do Sul.

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alar sobre educação em saúde é sempre um grande desafio. E falar e pensar nas práticas educativas na área odontológica, não seria diferente. Com todo contexto histórico da saúde bucal no Brasil nas últimas décadas e o movimento para romper com as práticas com foco na doença, temos no ato de educar, a oportunidade de

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provocar transformações e de levar as pessoas a refletirem sobre suas ações e valores. A percepção de saúde, pelos usuários, muitas vezes, refletem o momento de vida pelos quais estão passando. Pensando um pouco sobre nossas vidas, percebemos que as questões do autocuidado estão diretamente ligadas aos momentos de


Espaço Equipe ansiedade, alegria e tristeza pelos quais passamos. Por isso, é importante o profissional entender e atuar de acordo com as fases da vida dos usuários, levando as pessoas a refletirem sobre as informações, as trocas de experiências e o sentido que estas informações trazem para o momento atual. É importante lembrar que, o estado de saúde ou de doença das pessoas não está ligado apenas ao seu comportamento, mas também aos diferentes contextos de vida, trabalho e moradia. É necessário que as práticas educativas em saúde sejam espaços para trocas entre o conhecimento técnico­ científico e o conhecimento popular, no processo de construção coletiva. Deverá ser organizada, a partir das necessidades de acompanhamento em cada fase do ciclo de vida (infância, adolescência, adulto e idoso), prevendo a elaboração de grupos específicos, tais como: gestantes, hipertensos, diabéticos, entre outros. Cabe à Equipe de Saúde Bucal (ESB) organizar ações educativas em espaços sociais da área de abrangência da unidade de saúde, nos espaços escolares ou com grupos na própria unidade. A ação educativa pode ter uma abordagem individual, mas também de práticas grupais, que trazem como vantagem

a oportunidade dos participantes vivenciarem outras histórias, possibilitando uma ampliação do conhecimento. Esta abordagem pode trazer vários benefícios, como diminuição das consultas individuais, participação ativa do usuário no seu próprio processo de educação e aumento do seu vínculo com os profissionais de saúde. A ESB, além de participar ativamente desses grupos, orientando os pacientes, pode também captar essas prioridades (gestantes, diabéticos e outros) e ajudá-las a ter uma melhor condição de saúde, acompanhando-as de forma linear. Além de tudo que já fora supracitado, educar com qualidade faz parte do processo de corresponsabilização do cuidado. O paciente, sabendo de suas responsabilidades, é capaz de garantir a manutenção adequada do tratamento que fora realizado (preventivo e/ou curativo), mantendo sua saúde bucal e geral. Enfim, o profissional de saúde bucal tem, no ato de educar, uma grande oportunidade de estreitar os vínculos, de conhecer melhor a necessidade dos usuários, respeitando seus valores e crenças, conseguindo, assim, provocar modificações nos núcleos familiares.


Relacionamento

Qualidade e respeito a todos os públicos Com as marcas LISTERINE® e REACH®, a Johnson & Johnson do Brasil se consolida com produtos pioneiros e inovadores para saúde bucal.

José Eduardo Pelino Mestre e Doutor em Dentística Restauradora pela UNESP – São José dos Campos. Doutor em Dentística Restauradora pela USP – São Paulo e UCSF (University of California, San Francisco). Pósdoutorado em Odontologia Restauradora pela UCSF – University of California, San Francisco. Diretor de assuntos científicos da Johnson & Johnson.

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om um amplo portfólio de itens para saúde e bem-estar, os produtos da Johnson & Johnson alcançam 175 países e impactam diariamente a vida de mais de um bilhão de pessoas. A empresa é considerada a maior de cuidados com a saúde do mundo, contando com 129.000 funcionários divididos em 250 companhias de 65 países. A divisão de consumo brasileira é a segunda maior do mundo, e é conhecida pelas linhas de produtos para bebês e crianças, proteção solar, saúde bucal, além de produtos de higiene e beleza. No Brasil, a Johnson & Johnson iniciou suas atividades em 1933 e, desde então, lançou produtos pioneiros. Produziu em

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escala industrial o primeiro esparadrapo antialérgico, os primeiros soros para diagnósticos sanguíneos, agulhas e suturas cirúrgicas, as primeiras compressas estéreis e descartáveis para pronto uso. Nessa trajetória, a companhia identificou necessidades, treinou mão de obra, investiu em infraestrutura, cresceu e ganhou destaque. Uma das principais razões para o crescimento constante e credibilidade da empresa é a maneira como o negócio é conduzido. Na Johnson & Johnson há um conjunto de valores que permeiam a cultura da empresa, conhecido como “Nosso Credo” que consiste em uma carta de princípios feita na década de 1940 e até hoje é


Relacionamento ensinado e seguido pela empresa em todo o mundo. O Credo explica as responsabilidades da Johnson & Johnson com todos os seus stakeholders e segue seus preceitos para assegurar o sucesso, os valores e a sustentabilidade do negócio. O Credo influencia de maneira direta todas as ações da empresa, que atualmente é a única do segmento de saúde a ser a patrocinadora oficial da Copa do Mundo de 2014. Uma destas ações foi o lançamento da CARINHO INSPIRA CARINHO™, campanha global da Johnson & Johnson que celebra grandes e pequenos atos de carinho, a fim de inspirar um mundo melhor. O objetivo da campanha é mostrar que todos têm o poder de fazer coisas extraordinárias ao cuidar da saúde e bem-estar do próximo. A CARINHO INSPIRA CARINHO™ também é trabalhada pela área de higiene oral da Johnson & Johnson, que busca sempre reforçar para os consumidores a importância de realizar os três passos essenciais na rotina de higiene bucal: uso da escova, fio dental e enxaguatório bucal. A realização destes três passos é fundamental para garantir um sorriso saudável e uma boca limpa de verdade, afinal uma correta higiene bucal pode evitar uma série de problemas, como cáries, halitose, gengivite, entre outros. A prevenção é a maneira menos dolorosa e mais econômica de cuidar da higiene oral e, por isso, o reforço da importância dos três passos básicos é tão disseminada pela empresa na comunicação para seus consumidores, além da recomendação a visitas periódicas ao dentista, fundamentais para evitar problemas futuros. A Johnson & Johnson possui um portfólio completo de higiene oral para seus dentistas e consumidores, compostas pelas marcas de enxaguatórios LISTERINE® e pela marca de escovas e fios REACH®.

LISTERINE: segurança e eficácia LISTERINE® criou não só uma nova categoria dentro da rotina de higiene oral, como também um novo hábito com os cuidados bucais na vida das pessoas. Foi o primeiro enxaguatório bucal a ser vendido do mundo (criado em 1879). Líder da categoria de enxaguatórios bucais nos últimos seis anos, a marca existe há mais de 100 anos e é o antisséptico bucal de uso diário mais pesquisado globalmente, com mais de 50 estudos clínicos que comprovam sua segurança e eficácia. Mais de um bilhão de pessoas já usaram o produto, globalmente. O produto possui como princípio ativo uma combinação exclusiva de quatro óleos essenciais que matam até 99,9% dos germes causadores da placa, gengivite e mau hálito. Vários estudos antimicrobianos laboratoriais e clínicos, incluindo modelos de biofilme*, têm demonstrado que LISTERINE® é efetivo em matar os germes que causam a placa, a gengivite e o mau hálito. Com LISTERINE®, a Johnson & Johnson busca oferecer opções que atendam às diversas necessidades e perfis dos consumidores, prezando, sempre, pela qualidade de seus produtos e desenvolvimento um portfólio - que vai das linhas regulares até linhas avançadas, oferecendo benefícios adicionais a consumidores que têm necessidades específicas. No caso da linha regular de LISTERINE®, os produtos ajudam a prevenir a placa bacteriana, gengivite e mau hálito. Já os produtos avançados, como o LISTERINE® Cuidado Total, além das propriedades citadas anteriormente, também apresentam em sua composição o cloreto de zinco e flúor, que previnem a formação do tártaro e as cáries, respectivamente.

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Relacionamento Outro exemplo de produto com diferenciais é o LISTERINE® ZERO™, sendo o lançamento mais recente da empresa. Disponível desde 2012, é uma opção de enxaguatório bucal sem álcool na linha LISTERINE®, mais suave e mantendo a combinação exclusiva dos quatro óleos essenciais (OEs), [mentol, timol, eucaliptol e salicilato de metila], efetiva em matar os germes que causam a placa, gengivite e o mau hálito. LISTERINE® ZERO™ é mais uma opção para consumidores que gostam das propriedades antissépticas da linha de produtos LISTERINE®, mas preferem um enxaguatório bucal com sabor mais suave e sem álcool. Nenhum outro enxaguatório

da Fábrica de Plástico, inaugurada em 2011, que tem capacidade de transformar, por mês, 130 toneladas de aparas plásticas, originárias das linhas de produção de absorventes, em grânulos (pellets). E em outubro de 2011, a empresa ampliou a linha de escovas de dente com cabo reciclado, e lançou a REACH® Essencial, com 20% de polipropileno e polietileno reciclados pré-consumo. A linha REACH® do segmento de fios e fitas dentais é líder de mercado, sendo a marca mais recomendada por dentistas. Seus produtos contam com formato achatado sem torções e propiciam maior área de contato e arraste para uma eficiente remoção de placa nos espaços interdentais. Os fios especiais são mais deslizantes e texturizados, atendendo às mais diversas indicações.

Inovação e tecnologia bucal sem álcool é mais efetivo em matar os germes1 do que LISTERINE® ZEROTM. O produto é recomendado para toda a família, inclusive para as crianças, a partir dos seis anos de idade.

Linha REACH A marca REACH®, que possui um portfólio completo de escovas e fios dentais, chegou ao mercado em 1977 e trouxe inúmeras inovações ao longo dos anos. Dentro do portfólio de escovas, foi a primeira a ter cabo angulado e emborrachado, desenhada ergonomicamente para crianças, cerdas em dois níveis e a primeira escova a trazer o conceito de sustentabilidade para a categoria. Todos os seus produtos contam com cabo angulado e tufo frontal que auxiliam na remoção de placa, limpam melhor entre os dentes e a gengiva e facilitam a limpeza em regiões da boca em que as escovas comuns não alcançam. Com cerdas arredondadas, removem mais placa bacteriana e limpam os dentes sem ferir as gengivas. Um dos principais diferenciais da linha REACH® é a escova REACH® ECO™ que, além de ser ecologicamente correta e ter a mesma durabilidade dos outros produtos disponíveis no mercado, é também mais econômica. O uso do material reciclado, que tem custo zero, ajudou a reduzir o preço total do produto. A Johnson & Johnson realizou estudos para a utilização de material pré-consumo (aparas de absorventes) na elaboração dos cabos das escovas. Assim, ao mesmo tempo em que atendia uma necessidade do mercado, encontrou uma forma de reaproveitar parte dos resíduos que produz e que antes eram integralmente vendidos a outras empresas, tudo isso com viés sustentável. O sucesso da REACH® ECO™ foi tão grande que motivou a empresa a investir na construção

Para que toda a inovação chegue ao consumidor, a empresa conta com cinco Centros de Pesquisa e Tecnologia (CPTs) instalados no mundo, sendo que um deles está localizado no Brasil, dentro do Parque Industrial de São José dos Campos (SP). A fábrica instalada no Brasil exporta os produtos, entre eles os de saúde bucal, produzidos para 31 países ao redor do mundo. Também na área de saúde bucal, alinhada com todos os valores da empresa e com a finalidade de fortalecer ainda mais sua credibilidade e pioneirismo, a Johnson & Johnson realiza um importante trabalho com os dentistas. Todos os anos milhares de profissionais são visitados em seus consultórios, e a empresa também mantém um relacionamento consolidado com os dentistas por meio da participação nos principais congressos, palestras e eventos direcionados para dentistas do país. Além do trabalho com dentistas, são realizadas atividades de cunho científico com as principais universidades do país em parceria com a Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica (SBPqO). Para a empresa, o papel do dentista é primordial na disseminação da importância da realização dos três passos fundamentais para garantir uma higiene bucal completa, e sem a ajuda desses profissionais seria muito difícil reforçar a relevância dos cuidados com a saúde oral. Um dos principais objetivos da Johnson & Johnson é contribuir para o bem-estar dos seus consumidores, sempre prezando pela qualidade e respeito a todos os seus públicos. Uma destas frentes de atuação é levar produtos de higiene bucal para seus consumidores, com o objetivo de promover a educação para utilização dos três passos essenciais para a higiene bucal, a prevenção de doenças, manutenção da saúde bucal e melhoria futura dos cuidados com a saúde oral no país.

* Modelos de biofilme representam a melhor maneira de comparar formulações de enxaguatórios bucais sem estudos clínicos, pois demonstra uma correlação com a eficácia clínica e simula clinicamente um real uso de enxaguatório bucal. 1 - Estudo In Vitro

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    

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Ponto de Vista

Prevenção: a importância do checkup digital

Milton Raposo Jr. Mestrando em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial na São Leopoldo Mandic. Especialista em Implantodontia. Especialista em Estética Dental e Reabilitação Oral.

A

cultura de prevenção em saúde, tanto na área Médica quanto na área Odontológica, está a caminho. Para isso, a população mais informada deste país está entendendo, por meio da consciência dos profissionais de saúde e da mídia, que a busca do saudável é fundamental para a longevidade e qualidade de vida. A realização de exames periódicos, anualmente, ainda não é o costume da maioria da população brasileira. É importante qualquer profissional da saúde alertar aos pacientes sobre a importância de realizar exames de sangue, coração, próstata, mama e passar por uma seção de radiografias no corpo todo, com o objetivo de descobrir as doenças ainda em estágio inicial. Cerca de 15% da população (ou até menos) se preocupa em investigar o corpo e, certamente, menos de 5% procura o dentista com a finalidade de detectar cáries ou outras doenças bucais, por exemplo gengivite, periodontite ou presença de tártaro. Incentivar nos pacientes a consciência de que o checkup é de extrema importância para detectar problemas futuros é o primeiro passo para prevenir doenças e tratá-las em estágio inicial. Se 30% deste país é doente, restam 70% da população que acreditam ser saudáveis apenas pelo fato de não estarem doentes, com algum sintoma ou sinal de dor ou desconforto. Este é o equívoco para não se investir em saúde e/ou prevenção. O fato de não estar sentindo nada, nenhum desconforto, não quer dizer que esteja saudável, pois pode ter um colesterol altíssimo, estar no limite para um diabetes, pode

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estar vivendo uma sobrecarga em estresse e, para piorar, talvez não tenha uma boa dieta alimentar e/ou atividade física regular, etc. Tudo isso faz parte de uma situação muito comum entre a população, sendo assim, nunca deixarão a zona de risco. A nova filosofia valorizada pela Odontologia Moderna, através do checkup digital preventivo, visa descobrir as doenças em estágio inicial, para que o tratamento seja iniciado imediatamente, evitando grandes sofrimentos, perda de tempo e altos custos. O exame é realizado por meio de uma câmera intraoral de alta definição capaz de aumentar em até 60 vezes o tamanho natural de cada dente, algumas já com foco automático, o que permite analisar detalhadamente e encontrar problemas bucais quase que impossíveis de serem vistos a olho nu pelo profissional dentista e, principalmente, pelo paciente. É possível visualizar fissuras em restaurações, detalhes estéticos ou o início de uma cárie inicial. As vantagens de detectar problemas bucais no início são as mesmas de outras doenças. Por exemplo, se detectarmos uma cárie em seu estágio inicial quando está localizada ainda no esmalte, livramos o paciente de sentir dores devido a uma cárie mais profunda que atingiu a dentina ou a polpa dentária, excluindo-se um tratamento endodôntico. Com o tratamento na fase inicial, diminuímos o tempo e o custo do tratamento, bem como o desconforto ao paciente. É um exame que vem para complementar a radiografia digital da boca toda. Associando estes dois exames, é possível concluir a análise completa de cada dente, interna e externamen-



Ponto de Vista

A valorização do serviço odontológico também é possível quando podemos visualizar o antes e o depois do tratamento

te. Após a captura das imagens de todos os dentes, cada uma delas é analisada minuciosamente e, após o diagnóstico, um laudo é realizado, apontando todos os problemas encontrados, bem como um plano de tratamento, se necessário. Os dois exames associados demoram cerca de uma hora para serem realizados e os resultados saem na sequência. Os exames devem ser repetidos anualmente. Para o sucesso no tratamento odontológico, é imprescindível que cada paciente seja analisado em sua particularidade. Uma das vantagens de possuir a câmera intraoral no consultório é tornar o tratamento odontológico palpável e, de

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alguma maneira, materializado na cabeça do paciente, sendo possível mostrar todos os seus problemas bucais de forma detalhada e, assim, poderá fixar melhor a necessidade do tratamento. A valorização do serviço odontológico também é possível quando podemos visualizar o antes e o depois do tratamento, já que é possível o armazenamento digital das imagens e, com alguns tipos de câmeras intraorais, é possível filmar, por exemplo, a mordida do paciente, o que seria interessante em tratamentos ortodônticos para explicar melhor suas necessidades.


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Coluna - Odontologia Especial

Atendimento odontológico para gestantes: tratar ou não tratar? Julio Cesar Bassi Doutorando em Odontopediatria. Mestre e Especialista em Odontopediatria. Professor Assistente da Disciplina de Odontopediatria da Universidade Santa Cecília (Unisanta). Coordenador da Clínica de Bebês da Universidade Santa Cecília (Unisanta). Professor Assistente das Disciplinas de Cariologia e Saúde Coletiva da Universidade Santa Cecília (Unisanta). Coordenador do Curso de Especialização em Odontopediatria da Associação dos Cirurgiões-Dentistas da Baixada Santista (Acdbs). Professor Assistente do Curso de Especialização em Odontopediatria da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD - Central). Professor dos Cursos de Capacitação de Auxiliar em Saúde Bucal da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD) e da Associação Brasileira de Odontologia (ABO). Membro Diretor da Associação Paulista de Odontopediatria (APO).

O

tratamento odontológico na gestação requer que informações desencontradas sejam bem esclarecidas, já que não correspondem à realidade, afastando cada vez mais as gestantes dos consultórios odontológicos e de práticas ligadas ao seu bem-estar geral que a beneficiariam. Para o atendimento de pacientes grávidas, o cirurgião-dentista deve ser capacitado corretamente. Por apresentarem particularidades, elas merecem atenção redobrada e

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conhecimentos específicos. Além do possível despreparo dos próprios cirurgiões-dentistas, outro fator que poderia ser responsável pela falta de encaminhamento de gestantes ao atendimento odontológico é a desatualização dos médicos. Será que eles dão a devida importância que merece a Odontologia durante a gestação? Será que os médicos têm o conhecimento dos estudos atuais e de extrema relevância, relacionando doenças bucais com possíveis desagra-


Coluna - Odontologia Especial dos no período gestacional? Não é raro o cirurgião-dentista receber encaminhamentos que ordenam a utilização de um medicamento específico, sendo que nem sempre é o mais indicado para o tratamento daquela alteração, mesmo que o medicamento indicado seja seguro para a gestante. Por preocupação ou não, observa-se que as mulheres, durante o período gestacional, procuram evitar a consulta odontológica. Diversos mitos sobre o atendimento odontológico nessa época poderiam ser as explicações de todo esse receio. Sabe-se, entretanto, que a consulta odontológica realizada como complemento do pré-natal médico é de suma importância para a manutenção da saúde geral da gestante. É possível que, se essa informação fosse dada à gestante pelos próprios obstetras, o medo e a discriminação aos dentistas diminuíssem bastante. O próprio Ministério da Saúde Brasileiro ressalta a necessidade do acompanhamento odontológico durante o período gestacional. Mas, será que a gestante tem o conhecimento da importância do acompanhamento odontológico? Na maioria das vezes, se não informada pelo médico, ela desconhece essa informação. Sabendo-se da importância do atendimento odontológico durante o período pré-natal, o acompanhamento odonto-

lógico deveria sempre ser realizado, quer para prevenção, quer para tratamento. O cirurgião-dentista, portanto, deveria estar preparado para tal atendimento, conhecendo as alterações fisiológicas e psicológicas da paciente, o que, na maioria das vezes, não é observado. O receio existe para aqueles que não têm a devida preparação para atender gestantes. Será que eu posso anestesiar? Qual anestésico devo usar? Quantos tubetes? Não vou prejudicar o bebê? E a radiografia? Posso utilizar? Poderíamos descrever inúmeros questionamentos que surgiriam durante o atendimento, mas a maior preocupação é a de algum procedimento trazer prejuízos para a gestante e para o bebê. Dentro deste contexto, poderíamos dizer que o receio do cirurgião-dentista despreparado pode ser maior que o da própria gestante. A preocupação deixa de ser exclusivamente da paciente e passa a atingir o profissional. Esse é um momento que deve ser evitado, de modo que, caso sintase inseguro para o atendimento, o dentista tem a obrigação de encaminhar a paciente para outro profissional preparado.

Referência 1. Echeverria S, Politano G. Tratamento Odontológico para Gestantes. São Paulo: Santos, 2011.

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Coluna - Prevenção

Síndrome de Down: integralidade para a qualidade de vida Helenice Biancalana Especialista em Odontopediatria. Especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares. Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente. Diretora do Departamento de Prevenção e Promoção de Saúde da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas – APCD - Central. Diretora da Associação Paulista de Odontopediatria – APO. Coordenadora dos projetos de educação e prevenção desenvolvidos pela APCD em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – SMADs e com as Faculdades de Odontologia – Ação SOS Sorriso Saudável.

A

síndrome de Down (SD) ou Trissomia do 21 é a anomalia cromossômica mais comum da espécie humana. O primeiro relato ocorreu em 1866, pelo médico inglês John Langdon Down. Nos últimos anos houve um grande progresso no tratamento físico e mental de crianças com essa síndrome, resultando em um significativo aumento na sobrevida e maior integração à sociedade. A presença do cromossomo 21 extra na constituição genética determina características físicas específicas. Sabe-se que as pessoas com SD, quando atendidas e estimuladas adequadamente, têm potencial para uma vida saudável e plena inclusão social. No Brasil, nasce uma criança com SD a cada 600 e 800 nascimentos, independente de etnia, gênero ou classe social. A saúde bucal representa um aspecto importante para a inclusão social de pessoas com deficiência. As doenças bucais e as malformações orofaciais podem causar quadros de dor, infecções, complicações respiratórias e problemas mastigatórios, promovendo muito desconforto e comprometendo a qualidade de vida. Do ponto de vista estético, características, como mau hálito, dentes mal posicionados, traumatismos dentários, sangramento gengival, hipodontias, síndrome do respirador bucal com atresia do palato, mordida aberta anterior, protrusão interposição lingual, flacidez miofuncional, etc. Ressalta-se a importância da abordagem no atendimento do bebê com SD nos primeiros seis meses de vida, para que a família possa ser orientada e educada sobre os cuidados com a higienização bucal do bebê, limpeza da cavidade oral e escovação, a partir da erupção do primeiro dente decíduo com escova indicada e creme dental fluoretado com no mínimo 1100 ppm, tendo os pais como responsáveis pela colocação do dentifrício na escova em quantidade semelhante a um grão de arroz. A abordagem multidisciplinar vai ao encontro da discussão da integralidade na atenção e no cuidado dos programas de saúde. A equipe composta por especialistas, como Geneticista, Pediatra, Otorrinolaringologista, Odontopediatra, Ortopedista Funcional dos Maxilares, Fonoaudiólogos, Fisioterapeutas deve atuar de forma integral e interdisciplinar. Defender a integralidade significa buscar práticas de saúde em que os profissionais se relacionem com sujeitos e não com objetos. Integralidade, universalidade, equidade, participação social e descentralização são princípios do SUS, previstos no artigo

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198 da Constituição de 1988 e no Artigo 7.º do Capítulo II da Lei nº 8.080/1990. O princípio da integralidade propõe que “o SUS deve oferecer a atenção necessária à saúde da população, promovendo ações contínuas de prevenção e tratamento aos indivíduos e às comunidades, em quaisquer níveis de complexidade”. A ideia de garantir serviços de saúde integrais surgiu a partir da expansão das políticas sociais e dos sistemas de saúde ainda na primeira metade do século XX, tendo a criação do National Health Service (NHS), no Reino Unido, como o exemplo mais representativo desta nova concepção de serviços de saúde. No Brasil, a integralidade surgiu quando passou a fazer parte das propostas da reforma sanitária, no início dos anos 1980 e incluída em programas de saúde, até ser incorporada como uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). A prática da clínica ampliada é transdisciplinar e considera a complexidade da vida do sujeito na qual se desenrola o processo de adoecimento, o cuidado, a reabilitação, a prevenção e a promoção da saúde. Exige reorganização do serviço, revisão das práticas e elaboração de diretrizes. O trabalho na saúde na lógica da clínica ampliada exige dos profissionais: respeito e compartilhamento dos múltiplos saberes, diálogo,


Coluna - Prevenção flexibilidade e responsabilização pelo paciente. A proposta de cuidado para a pessoa com SD segue as seguintes diretrizes: 1 - compreensão ampliada do processo saúde e doença; 2 - construção compartilhada pela equipe multiprofissional do diagnóstico situacional e do Plano de Cuidado Individual; 3 definição compartilhada das metas terapêuticas; e 4 - comprometimento dos profissionais, da família e do indivíduo com as metas terapêuticas. A integralidade, como pressuposto teórico da clínica ampliada e do cuidado com o paciente com SD, pode ser entendida como qualidade do cuidado, como um modo de organizar a prática e como resposta governamental aos problemas de saúde da comunidade. Admitindo-se a integralidade como um aspecto da boa prática no cuidado à saúde, ela é um valor a ser preservado, uma vez que não reduz o indivíduo à sua biologia, mas amplia o olhar daquele que atende para as dimensões psico-socioafetivas daquele que é atendido. Incluindo também aspectos de prevenção, promoção e educação em saúde. O aumento da sobrevida e do entendimento das potencialidades das pessoas com síndrome de Down levou à elaboração de diferentes programas educacionais, com vistas à escolarização, ao futuro profissional, à autonomia e à qualidade de vida. Cada vez mais a sociedade está se conscientizando de como é importante valorizar a diversidade humana e de como é fundamental oferecer equidade de oportunida-

des para que as pessoas com deficiência exerçam seu direito de conviver em comunidade. A sociedade está mais preparada para receber pessoas com síndrome de Down e existem relatos de experiências muito bem-sucedidas de inclusão. Apesar da experiência acumulada nos últimos anos, não é possível prever qual o grau de autonomia que uma criança com SD terá na sua vida adulta. O potencial a ser desenvolvido é sempre uma fronteira a ser cruzada diariamente. No entanto, é consenso para as equipes que atuam no cuidado com SD, que todo investimento em saúde, educação e inclusão social resulta em uma melhor qualidade de vida e autonomia. Por fim, o cuidado compartilhado diz respeito ao trabalho em equipe multiprofissional, que constrói o diagnóstico, o projeto terapêutico, define metas terapêuticas, reavalia e acompanha o processo terapêutico em conjunto. Porém, o cuidado compartilhado também pode, aqui, ser entendido como a integração das diferentes densidades de tecnologias e de complexidade da atenção à saúde no Sistema de Saúde, bem como a integração destes com os recursos da comunidade. Compartilhar cuidados é também a corresponsabilização do processo do cuidado entre profissionais, o sujeito sob cuidado e sua família. As diretrizes de Atenção à Pessoa com Síndrome de Down podem ser consultadas no link http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/diretrizes_cuidados_sindrome_down.pdf.

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Estética: você é o que você compartilha

Wanderley de Almeida Cesar Jr.

Especialista e Mestre em Dentística pela USP. Diretor da SBOE - Sociedade Brasileira de Odontologia Estética. Criador da DLA - Doctors Leadership Academy, entidade que ministra cursos de gestão, estética, liderança e coaching em Odontologia. www.universidadedla.com.br

E

stamos vivendo em uma época em que há um bombardeio de informações muito grande. No meio de tudo isso, como um dos ícones da nova sociedade, está a aparência. As pessoas não só querem mais estética, como precisam dela! A estética faz parte, agora, de um grande instrumento para elevar a autoestima das pessoas em um mundo que se exige muito delas. Elas chegam ao consultório angustiadas, precisando se sentir mais belas e felizes. Você já percebeu como os pacientes que procuram a estética chegam ao nosso consultório? É desafiador, não é mesmo? É necessária uma boa dose de preparo psicológico e, principalmente, acolhimento e atenção. Talvez você já esteja parando de ler este texto agora. Pensando: acolhimento e atenção? Bobagem! Deixa-me ir logo ver os casos clínicos! Pode ser que você ainda acredita que pode vencer novas batalhas com armas antigas. Hoje não há como escapar! Você se torna o que você compartilha, parafraseando o Facebook. É a velha frase “quem planta, colhe”. É, não basta competência, é necessário muito mais. Esse “mais” está em todo lugar, mas poucos enxergam. Se você fizer lindas facetas para o seu paciente e ele ficar satisfeito, será ótimo. Mas se você tornar a estada inesquecível

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durante as consultas, aí sim, será algo “extraordinário”! Provavelmente, você não tenha entendido ainda que o paciente que procura estética ou está fugindo da vergonha de não poder sorrir ou está ávido em busca de um sorriso bonito para, talvez, resgatar um romance perdido. Meu amigo, por trás da sua técnica há um ser humano que precisa da estética, pois quem sabe ele esteja precisando ser notado. Dê isso a ele ou a ela. Perceba a sua presença, ofereça seu carinho, entendimento e segurança. Seu paciente merece a sua competência, mas merece, muito mais, o seu amor. Acredite nisso e perceberá a sua vida profissional mudar. Quando abrimos o nosso coração sem julgar o paciente pela aparência ou pelo que ele fala, ou pelo que exige, começamos realmente ser os escolhidos para mudar uma vida com o nosso trabalho. Não se surpreenda se suas esculturas começarem a sair perfeitas, suas moldagens sem bolhas e a cor der certo na primeira, isso é o estado de “flow”, onde tudo acontece sem esforço, pois seu coração entendeu que aquilo que você faz para o seu paciente é o que você faz para você, e o que você faz para você é o que você faz para Deus. Todos somos um!


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Caso Clínico

Clareamento dental: técnica sem troca do gel clareador Fabiano Carlos Marson Professor Doutor de Dentística e Clínica Integrada da Faculdade Uningá. Coordenador do curso de Especialização em Dentística da Faculdade Uningá Maringá e Unidade Cuiabá. www.clinicadeodontologia.com.br

A

tualmente, há uma grande procura dos pacientes por tratamentos estéticos. Um sorriso com dentes brancos e alinhados é tão cultuado pela mídia que passou a ser o desejo de grande parte da população. Um dos tratamentos mais solicitados é a clareação dentária, que tem a finalidade de melhorar a aparência dos dentes. Este procedimento pode ser realizado em dentes vitais através de duas formas: a supervisionada pelo dentista que necessita da colaboração do paciente (técnica em casa) ou realizado pelo profissional (técnica no consultório) erroneamente denominada técnica a “laser”1,2. Na técnica de clareamento dental no consultório são utilizadas concentrações mais altas, variando de 30% a 38% de peróxido de hidrogênio, em algumas aplicações. No entanto, o profissional deve ficar atento durante o procedimento clareador, pois a alta concentração pode induzir efeitos colaterais, como sensibilidade dentária, irritação gengival e ulceração nos tecidos moles bucais. Todos os tecidos moles do paciente (gengivas, bochechas, língua e lábios) devem ser isolados do contato com o produto clareador. O profissional e sua equipe também devem se precaver, utilizando luvas, aventais ou jalecos de manga comprida e óculos de proteção. A grande vantagem da técnica de clareação dentária no consultório é que os resultados são alcançados em poucas consultas (duas até quatro sessões), porém, longas1,3. Embora o clareamento caseiro seja a técnica mais utilizada, consagrada e estudada há quase 20 anos, alguns pacientes não optam por este tratamento, pois: » Não querem utilizar o produto clareador todos os dias durante o período (duas a três semanas). » Não se adaptam a técnica devido à utilização da moldeira plástica. » Fator marketing dos meios de comunicação e do dentista em relação ao clareamento no consultório. Esses pacientes solicitam o clareamento realizado no consultório dentário4,5. Vale ressaltar que, para a correta escolha da técnica de clareação, é necessária a avaliação completa do paciente, identificando o estado bucal através de radiografias, anamnese e exame clínico, visando diagnosticar a causa da alteração de cor. O diagnóstico irá nortear o dentista a definir qual plano de tratamento será o mais adequado6,7. As empresas que fabricam os agentes clareadores recomendam que o agente clareador permaneça no máximo 15 minutos sobre a superfície dental, podendo repetir esse

Luis Guilherme Sensi

Professor Doutor de Dentística, East Caroline University, NC, E.U.A.

processo por três vezes na mesma sessão clínica, contudo, não há na literatura científica uma base consolidada deste protocolo. Devido ao surgimento de novas perguntas sobre a técnica de clareamento dental, torna-se importante o estudo desse procedimento em relação a sua eficácia. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo avaliar “in vitro” e a decomposição do agente clareador, em relação ao tempo, e verificar os resultados na clínica.

Caso clínico A jovem paciente possuía os dentes hereditariamente amarelados, considerada a melhor indicação para a clareação de dentes vitais (figura 1). Em pacientes mais idosos, a clareação dentária responde mais lentamente, devido à menor permeabilidade do dente, necessitando de mais sessões ou dias de tratamento para obter um bom resultado. Para o clareamento dos dentes vitais foi utilizado o isolamento relativo da gengiva e a proteção do paciente da mesma maneira do caso clínico. O agente clareador utilizado foi o White Gold Office (Dentsply) a base de peróxido de hidrogênio a 35% aplicado sobre a superfície vestibular dos dentes a serem clareados, simultaneamente nos arcos superior e inferior. O gel clareador é composto de duas seringas, uma contendo o peróxido de hidrogênio e outra o ativador. A mistura do gel clareador seguiu as normas do fabricante, acoplando as duas bisnagas e misturando o peróxido com o ativador durante 10 vezes, aplicado com a ponteira sobre a superfície vestibular dos dentes a serem clareados (figuras 2 e 3). Não foi aplicado fonte de luz no tratamento clareador. A paciente foi submetida a três sessões de clareamento, com peróxido de hidrogênio a 35%, com uma aplicação do gel clareador em cada sessão clínica, cada aplicação foi de 40 minutos em cada consulta, o intervalo entre as sessões foi de sete dias. Para que haja uma maior estabilidade da cor na técnica no consultório, é necessário que se realize duas a três sessões clínicas ou associação das técnicas (caseira e consultório). A paciente foi monitorada, evitando o contato do gel com a gengiva, consultando-a quanto ao desconforto ou sensibilidade. Com auxílio de um pincel, o gel foi movimentado para liberar eventuais bolhas de oxigênio e melhorar o contato com os dentes. Para remoção do gel clareador, foi utilizada uma

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Caso Clínico cânula aspiradora em todos os dentes, evitando o contato do gel com os tecidos marginais (figura 4). Ao final de cada sessão, foi aplicado flúor neutro incolor8 por 10 minutos, com o objetivo de evitar a sensibilidade dentária e a

Figura 1

Figura 2

Foto inicial.

Gel aplicado sobre a superfície vestibular.

Figura 3

Figura 4

Gel aplicado sobre a superfície vestibular.

Discussão No surgimento da técnica de clareamento dental no consultório foi preconizada a associação de fontes auxiliares de energia (Luz Halógena, Arco de plasma, LED, LED + Laser infravermelho, Laser) com o objetivo de acelerar a reação de oxi-redução do gel clareador9. Porém, vários trabalhos realizados em ambiente laboratorial ou clínico comprovaram que o importante no resultado final do clareamento é o agente clareador utilizado, o tempo de aplicação e o número de sessões clínicas e não a fonte de luz7,10-17. A utilização das fontes auxiliares de luz apenas é mais um aparelho milagroso (dentre tantos outros

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remineralização do esmalte. Não há necessidade de polimento dos dentes, a fim de evitar a desmineralização e o desgaste no elemento dental. O aspecto final, após as três sessões clínicas, pode ser visto nas figuras 5, 6a e 6b.

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Remoção do gel com cânula aspiradora.

mitos já lançados no mercado odontológico), que pode custar muito caro aos bolsos dos dentistas brasileiros e que no fim só servem aos interesses dos seus fabricantes. Além disso, a ativação do agente clareador deve ser analisada criticamente considerando implicações físicas, fisiológicas e patofisiológicas advindas da aplicação da luz18. A indicação padrão do tempo de aplicação dos agentes clareadores na técnica no consultório, é o agente clareador permanecendo sobre o dente no máximo 15 minutos, porém, não há na literatura uma base consolidada deste protocolo. Verificamos, através dos resultados, que a decomposição do agente clareador, em relação ao


Caso Clínico tempo, é mínima, sem diferença estatística, ou seja, os agentes clareadores avaliados promovem clareamento após 15 minutos19,20. O clareamento dental quando utilizado a técnica no consultório é preconizado o uso de agente clareador em alta concentração, peróxido de hidrogênio 35% a 38 %, podendo promover alterações na morfologia dos tecidos e nas estruturas dentais21,22. Porém, os dados referentes às alterações morfológicas dos tecidos dentários são conflitantes em função da grande variedade de metodologias utilizadas, bem como da diversidade dos agentes clareadores, tempo de aplicação, suas concentrações, pH do agente clareador e marcas comerciais utilizadas22,23. Além dos efeitos adversos verificados, in vitro, não são encontrados quando realizados, in situ ou in vivo5,11. A maior preocupação na indicação das técnicas de clareamento é a possibilidade da desmineralização do esmalte dental. Alguns géis clareadores possuem pH ácido, que pode favorecer essa desmineralização. Os agentes clareadores avaliados neste estudo, inicialmente possuíam pH próximo ao neutro ou básico, fator importante, pois as soluções clareadoras com pH ácido podem promover alterações na topografia do esmalte, permeabilidade do esmalte e maior sensibilidade dental24,25. O pH neutro ou básico dos agentes clareadores pode minimizar as alterações na estrutura dental, nos efeitos colaterais, como sensibilidade dental e irritação gengival8,25. Neste estudo foi verificado que, após certo tempo da manipulação do agente clareador, o pH de alguns agentes clareadores ficaram ácido, esses materiais devem ser removidos até 25 minutos de sua manipulação. Os géis clareadores que mantêm o pH básico ou próximo do neutro podem ser utilizados sobre o elemento dental sem troca, permanecendo sobre a estrutura dental por 45 minutos.

Conclusão O gel clareador utilizado na técnica no consultório é estável em relação a sua decomposição até 45 minutos após a sua aplicação. Na técnica de clareamento dental não há necessidade de três trocas do agente clareador durante a sessão clínica, desde que o pH do agente clareador seja neutro ou básico. Para um melhor resultado da técnica no consultório, é necessário que se realize, no mínimo, duas sessões clínicas. Na clareação dentária pela técnica no consultório não há necessidade do uso de fontes ativadoras.

Referências

Figuras 5, 6a e 6b

Aspecto final após três sessões clínicas.

1. Liebenberg W. Another white lie? J Esthet Restor Dent.;18(3):15560, 2006. 2. Marson, F.C.; Sensi, L.G.; Araújo, F.O.; Andrada, M.A.C.; Araújo, E. Na era do clareamento dentário a laser ainda existe espaço para o clareamento caseiro? Rev Dental Press de Est, Maringá, v.3, n.1, p.135-144, Jan./Fev./Marc. 2006. 3. Gottardi, S,M.; Brackett, M.G.; Haywood, V.B. Number of in-office light-activated bleaching treatments needed to achieve patient satisfaction. Quintessence Int., v.37, n.2, p.115-120, Feb. 2006. 4. Auschill, T.M.; Hellwig, E.; Schmidale, S.; Sculean, A.; Arweiler, N.B. Efficacy, side-effects and patients’ acceptance of different bleaching techniques (OTC, in-office, at-home). Oper Dent, Seatle, v.30, n.2, p.156-163, Mar./Apr. 2005. 5. Joiner, A. The bleaching of teeth: A review of the literature. J Dent, v. 34, n.7 p.412-419, Mar. 2006. 6. Gallagher, A.; Maggio, B.; Bowman, J.; Borden, L.; Mason, S.; Felix, H. Clinical study to compare two in-office (chairside) whitening systems. J Clin Dent, v.13, n.6, p.219-224, 2002.

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Caso Clínico 7. Riehl, H. Considerações clínicas sobre terapias dc clareamento Dental. Scientific-a, v.1, n.1, p.68-78, 2007. 8. Attin, T.; Kielbassa, A.M.; Schwanenberg, M.; Hellwig, E. Effect of fluoride treatment on remineralization of bleached enamel. J. Oral. Rehabil., v.24, n.4, p.282-286, Apr.1997. 9. Zanin, F. Clareamento dental com laser. Rev. Gaucha Odontol., Porto Alegre, v. 7, n. 2, p. 4, 2003. 10.Hein, D.K.; Ploeger, B.J.; Hartup, J.K.; Wagstaff, R.S.; Palmer, T.M.; Hansen, L.D. In-office vital tooth bleaching-what do lights add? Compend Contin Educ Dent, Jamesburg, v.24, n.4A, p.340-52, Apr. 2003. 11. Kihn, P.W. Vital Tooth Whitening. Dent Clin N Am , v.51,n.2, p. 319–331. 2007. 12.Papathanasiou, A.; Kastali, S.; Perry, R.D.; Kugel, G. Clinical evaluation of a 35% hydrogen peroxide in-office whitening system. Compend Contin Educ Dent, v.23, n.4, p.335-338, Apr. 2002. 13.Riehl, H.; Nunes, E. As fontes de energia luminosa são necessárias na terapia de clareamento dental. Jubileu de Ouro www.ciosp.com.br/ anais/Capitulos/Cap07 _alta Janeiro 2007. 14.Goodson, J.M.; Tavares, M.; Sweeney, M.; Stultz, J.; Newman, M.; Smith, V.; Regan, E.O. Kent R. Tooth whitening: tooth color changes following treatment by peroxide and light. J Clin Dent, v.16, n.3, p.78-82, 2005. 15.Marson, F. C. Avaliação clínica do efeito de diferentes unidades de ativação sobre o clareamento dental. 2006. 132f. Tese (Doutorado na área de concentração Dentística) – Programa de Pós-graduação em Odontologia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. 16.Marson, F.C.; Sensi, L.G.; Vieira, L.C.; Araújo, E. Clinical evaluation of in-office dental bleaching treatments with and without the use of light-activation sources. Oper Dent. Jan-Feb; v. 33, n.1, p.15-22. 2008. 17. Luk, K.; Tam, L.; Hubert, M. Effect of light energy on peroxide tooth bleaching. J Am Dent Assoc, v.135, n.2, p.194-201, Feb. 2004. 18.Buchalla, W.; Attin, T. External bleaching therapy with activation by heat, light or laser--a systematic review. Dent Mater. May;23(5):58696, 2007. 19.Marson, F.C; Sensi,L.G.; Strassler,H.; Riehl,H; Reis, R. In-Office Bleaching Gel ApplicationTimes: Clinical Evaluation. International Association for Dental Research. Abstract 1028. Toronto. 2008. 20.Marson, F.C; Sensi,L.G.; Strassler,H.; Miraziz.L.; Riehl,H; In-Office Bleaching Gel-Application Time Evaluation (3x15min X 1x45min) : Pilot studies. International Association for Dental Research. Abstract 1027. Toronto. 2008. 21.Azevedo, J.F.G. Avaliação do desgaste e da rugosidade superficial do esmalte bovino submetido ao clareamento e escovação simulada. 2005. 128f (Mestre em Odontologia- opção Dentística). Faculdade de Odontologia de Bauru. USP. 22.Spalding, M.; Taveira, L.A.; De Assis, G.F. Scanning electron microscopy study of dental enamel surface exposed to 35% hydrogen peroxide: alone, with saliva, and with 10% carbamide peroxide. Journal of Esthetic Restorative Dentistry. v. 15, n.3, p.154-164 2003. 23.Al Shethri, S.; Matis, B.A; Cochran, M.A.; Zekonis, R.; Stropes, M. A. Clinical evaluation of two in-office bleaching products. Oper Dent, Seatle, v.28, n.5, p.488-95, Sep./Oct. 2003. 24.Andrade, A.P. Efeito da técnica de clareamento no conteúdo mineral do esmalte dental humano. 2005. 92f. (Mestre em Odontologia- opção Dentística). Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. USP. 25.Price, R. B. T.; Sedarous, M.; Hiltz, G. S. The pH of tooth-whitening products. J.Can. Dental Ass., Ottawa, v.66, n.8, p.421-426, Sept. 2000.

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NORMAS PARA PUBLICAÇÂO A seção CASO CLÍNICO da ODONTO MAGAZINE tem como objetivo a divulgação de trabalhos técnico-científicos produzidos por clínicogerais e/ou especialistas de diferentes áreas odontológicas. Gostaríamos de poder contar com trabalhos originais brasileiros, produzidos por cirurgiões-dentistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e médicos, para divulgar esse material em nível nacional por meio da revista impressa e pelo site: www. odontomagazine.com.br Os trabalhos devem atender as seguintes normas: 1) Ser enviados acompanhados obrigatoriamente de uma autorização para publicação na ODONTO MAGAZINE, assinada por todos os autores do artigo. No caso de trabalho em grupo, pelo menos um dos autores deverá ser cirurgião-dentista. Essa autorização deve também dar permissão ao editor da ODONTO MAGAZINE para adaptar o artigo às exigências gráficas da revista ou às normas jornalísticas em vigor. 2) O texto e a devida autorização devem ser enviados para o e-mail: vanessa.navarro@vpgroup.com.br. As imagens precisam ser encaminhadas separadas do texto, em formato jpg e em altaresolução. Solicitamos, se possível, que o artigo comporte no mínimo três imagens e no máximo 30. As legendas das imagens devem estar indicadas no final do texto em word. É necessário o envio da foto do autor principal do trabalho. 3) O texto deve seguir a seguinte formatação: espaço entre linhas simples; fonte arial ou times news roman, tamanho 12. As possíveis tabelas e/ou gráficos devem apresentar título e citação no texto. As referências bibliográficas, quando existente, devem estar no estilo Vancouver. 4) Se for necessário o uso de siglas e abreviaturas, as mesmas devem estar precedidas, na primeira vez, do nome próprio. 5) No trabalho deve constar: o nome(s), endereço(s), telefone(s) e funções que exerce(m), instituição a que pertence(m), títulos e formação profissional do autor ou autores. Se o trabalho se refere a uma apresentação pública, deve ser mencionado o nome, data e local do evento. 6) É de exclusiva competência do Conselho Científico a aprovação para publicação ou edição do texto na revista ou no site. 7) Os trabalhos enviados e não publicados serão devolvidos aos autores, com justificativa do Conselho Científico. 8) O conteúdo dos artigos é de exclusiva responsabilidade do(s) autor (res). Os trabalhos publicados terão os seus direitos autorais guardados e só poderão ser reproduzidos com autorização da VP GROUP/Odonto Magazine. 9) Cada autor do artigo receberá exemplar da revista em que seu trabalho foi publicado. 10) Qualquer correspondência deve ser enviada para: Vanessa Navarro - Odonto Magazine Alameda Amazonas, 686 – sala G1 Alphaville – Barueri - SP CEP: 06454-070 11) Ao final do artigo, acrescentar os contatos de todos os autores: nome completo, endereço, bairro, cidade, estado, CEP, telefones e e-mail. 12) Informações: Editora e Jornalista Responsável Vanessa Navarro (MTb: 53385) e. vanessa.navarro@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7506 Publicidade - Gerente de Contas Victorio Rosa e. victorio.rosa@vpgroup.com.br t. + 55 (11) 4197.7768




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