Digital Security 91

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Ano 8 • No 91 • Março/2019

91 ISSN 2238-5711

www.revistadigitalsecurity.com.br

Referência em tecnologia para o mercado de segurança eletrônica

Entrevista CARLOS E PAULO SCHOWOCHOW DIRETORES DA SEVENTH

Avenues São Paulo

INVESTIMENTO IP PARA SEGURANÇA E INTEGRAÇÃO GLOBAL

CRIADO NO BRASIL PREPARADO PARA www.digifort.com.br

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O MUNDO! 1º SOFTWARE BRASILEIRO DE MONITORAMENTO IP

Exportado para mais de 130 países em 18 idiomas.


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#credibilidade

Dahua Technology, paixão em proteger o mundo A multinacional Dahua Technology, fundada em 2001, é uma das principais marcas de soluções inteligentes no setor de videomonitoramento no mundo. A empresa, com a sua visão disruptiva, está sempre empenhada em fornecer produtos e soluções baseados em Inteligência Artificial, IoT e Cibersegurança que permitem a entrega de soluções de segurança end-to-end, para as mais diversas verticais de C

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negócio. O Dahua Cybersecurity Center (DHCC) coopera ativamente com empresas como Symantec, McAfee, Intel e Synopsys, alcançando altos padrões de segurança e estabelecendo mecanismos de proteção que incluem organização, procedimento, tecnologia e serviço. A Dahua Technology foi a primeira empresa do setor a receber a certificação da TÜV Rheinland, estando em total conformidade com o GDPR(Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Européia).


www.dahuasecurity.com

+1.400

+6.000

+10.000

40%

Patentes Arquivadas

Parceiros de Negócios

Engenheiros de Pesquisa & Desenvolvimento

Crescimento médio por ano em vendas. Em 2017, o faturamento foi aprox. de 3 bilhões de dólares

P&D

+12 milhões

Garantia

+1.200

Investimento de +10% da receita em P&D.

Até 5 anos de garantia*

Câmeras vendidas por ano para mais de 180 países

Projetos brasileiros realizados para empresas públicas e privadas

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Design

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Prêmios iF Design Award, uma das premiações de design mais conceituadas do mundo

Escritórios pelo mundo

Subsidiárias no Exterior

Colaboradores

Verificar com a Dahua Technology*

Alta tecnologia, qualidade e credibilidade


Editorial

Lições não

E

m 2011, a máquina do tempo nos faz lembrar de não esquecer: no Rio de Janeiro, um aluno volta a antiga escola armado, atira para todos os lados e faz onze vítimas antes de tirar a própria vida. Na época, a ação, até então inédita no país, abriu debate para um novo tipo de ação criminosa a se coibir, até então só vista nos Estados Unidos e fantasiada de ficção nos filmes de Hollywood. E, sob o peso da opinião pública, a promessa dos órgãos responsáveis de que algo assim não se repetiria. Poucos anos depois, em 2013, um incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria, região sul do país, colocava em cheque a forma de se fazer segurança em locais fechados sob um fato incontestável: o peso de 242 mortos e 680 pessoas feridas. Mais uma vez, logo após a tragédia, o debate em torno da segurança se abriu para questões até então pouco sondadas no mundo da segurança. Novamente, sob pressão da opinião pública, os responsáveis prometem agir para que tal tragédia não volte a acontecer. Novembro de 2015: o rompimento da barragem de rejeitos de mineração deixa um saldo de desabrigados e um prejuízo ambiental incalculável para o país que, segundo especialistas, ainda se fará sentir por muitos anos. Novos questionamentos e promessas. Os anos passaram e chegamos a 2019. No dia 25 de janeiro, a barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, se rompe. O saldo: mortos, feridos, soterrados. Quase dois meses depois, são confirmadas 206 mortes, sem falar no prejuízo ambiental sem precedentes. E os números não são definitivos. No início de fevereiro, uma falha nas instalações provoca um incêndio no Centro de Treinamento do Flamengo. Saldo: dez jovens mortos. Mais discursos, novas promessas. Ação zero. Mês de março. Dois alunos invadem a antiga escola e, armados de fuzis e outras armas, matam dez pessoas e ferem outras 11 antes de se matarem. Novamente, o choque da opinião pública e a promessa de ação. Não há como não ouvir nas duas tragédias recém-ocorridas o eco daquelas que abalaram o país há anos atrás. A pergunta que não se cala é: como pudemos repetir tragédias praticamente idênticas em curto espaço de tempo, mesmo com tudo o que foi prometido na época dos acontecimentos? Negligência, pouco caso ou falta de ação para criar soluções eficientes com as tecnologias existentes? Para a população que assistiu a esses acontecimentos no passado e, agora, em poucos meses, vê a repetição praticamente idêntica deles, fica o gosto amargo da reincidência e do descaso. Para quem trabalha com tecnologia e segurança eletrônica, imagino questionamentos mais diretos: Por que não conseguimos usar a tecnologia para evitar tais tragédias? Por que as soluções não são implementadas de modo a funcionarem quando for preciso? Onde está o controle de acesso? E o monitoramento? Desnecessário dizer que se fossem aplicados de forma mais inteligente e eficaz, tais tecnologias teriam ajudado a dificultar a vida dos assassinos e dado o alerta a tempo para que as áreas de risco pudessem ser evacuadas. A resposta para tais perguntas parece uma só: enquanto no Brasil se pensar em segurança de forma reativa e não preventiva, teremos resultados semelhantes aos apresentados acima. E a máquina do tempo não nos deixará esquecer de nossos novos antigos erros. Infelizmente.

Redação Publisher

Eduardo Boni (MTb: 27819) eduardo.boni@vpgroup.com.br Editor Assistente

Gustavo Zuccherato gustavo.zuccherato@vpgroup.com.br Coordenador Editorial

Flávio Bonanome flavio.bonanome@vpgroup.com.br

Arte Flavio Bissolotti flavio.bissolotti@vpgroup.com.br

Comercial contato@vpgroup.com.br

Presidente & CEO Presidência e CEO

Victor Hugo Piiroja victor.piiroja@vpgroup.com.br Financeiro Rodrigo Gonçalves Oliveira rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br Atendimento Jessica Pereira jessica.pereira@vpgroup.com.br Digital Security Online www.revistadigitalsecurity.com.br

Tiragem: 22.000 exemplares Impressão: Gráfica Mundo

Eduardo Boni Publisher

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Al. Madeira, 53, cj. 91, 9º andar - Alphaville Industrial 06454-070 - Barueri, SP – Brasil + 55 (11) 4197 - 7500 www.vpgroup.com.br



Sumário

produtos e serviços

Pelco by Schneider Electric

pg10 Fabricante lança linha Spectra Professional 4K de câmeras PTZ E mais novidades da Senstar, Segware e Hanwha Techwin

CASE STUDY

Avenues São Paulo

pg22 Com a meta de oferecer uma formação global e compartilhada, a Avenues investiu em infraestrutura IP para dar suporte a sua proposta pedagógica e melhorar a experiência de pais e alunos

Mercado

ABESE

pg12 Mercado de segurança eletrônica prevê crescimento de 10% em 2019

Colégio apostou em um sistema de plataforma aberta com 340 câmeras, combinando soluções da Axis Communications, Averics e Milestone Eventos

AI Experience

pg 14 Hikvision, Intel e Seagate uniram forças para mostrar os avanços e casos de uso do deep learning

Extreme Now World Tour

pg 16 Após reposicionamento estratégico, Extreme Networks apresenta ofertas de redes ponta-a-ponta para seus canais

entrevista

Carlos e Paulo Schwochow

pg28

Diretores da Seventh

MWC 2019

pg 20 Maior evento de mobilidade e telecomunicações do mundo, o MWC celebrou as possibilidades do 5G aliada a inteligência artificial

Nova fábrica da Nice

pg 21 Com investimento de R$ 20 milhões, planta unifica e aumenta capacidade produtiva de eletrônicos e treinamentos do grupo no Brasil

ARTIGO

Seu rosto, sua chave: reconhecimento facial no controle de acesso pg34 6



95% Similar

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Conheça a linha de produtos com inteligência artificial e deixe os dados trabalharem por você! Siga a Hikvision nas redes sociais:


Banco de dados

Poder de processamento

Deep Learning

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL O FUTURO DA SEGURANÇA ELETRÔNICA

Reconhecimento Filtragem de Facial Falsos Alarmes

Contagem de Pessoas

Algoritmos Estruturados

Busca e Comparativo de Pessoas

Mais segurança e mais inteligência ao seu alcance.


Produtos e Serviços

Pelco

Fabricante lança linha Spectra Professional

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Pelco by Schneider Electric anunciou no mês de março a disponibilidade imediata das novas câmeras 4K Spectra Professional para seu portfólio de câmeras fixas PTZ de alta resolução. De placas de carros a rostos, a câmera externa possui resoluções de última geração e padrões de compressão para esclarecer detalhes em áreas lotadas ou mal iluminadas, como vigilância municipal, aeroportos, estações de metrô, portos, estradas, pontes e outras aplicações comerciais ao ar livre. “Tradicionalmente, quando os operadores aumentam o zoom em vídeo 1080p, os detalhes podem ficar indistintos, porque não há tantos pixels”, explica Rob Yockey, Gerente de Linha de Produtos Sênior da Pelco. “Com a resolução 4K, uma câmera pode cobrir uma grande área e oferecer capacidade de ampliar com mais detalhes. Essa tecnologia melhora muito as operações de segurança tanto no monitoramento ao vivo quanto na análise forense”.

A tecnologia da câmera Spectra Professional 4K aprimora a capacidade de reconhecer e identificar objetos a distâncias maiores. Também fornece iluminação infravermelha de até 150 metros, transmite vídeo nos formatos H.265, H.264 ou MJPEG e pode ver 15 graus acima do horizonte. A nova câmera também inclui o Pelco Smart Compression, que reduzem o armazenamento necessário, preservando a qualidade da imagem. Com capacidade de resposta PTZ e recursos como padrões e varredura de frames, o Spectra Professional 4K permite rastreamento manual de pessoas ou veículos, bem como a capacidade de cobrir espaços de maneira automatizada. Também permite uma área de visualização estendida acima da maioria das câmeras dome como EIS (estabilização eletrônica de imagem), reduzindo o desfoque associado ao movimento da câmera em ambientes sujeitos a vibrações. DS

Acesse nosso portal e assine nossa newsletter para receber as principais notícias do mercado de segurança eletrônicas todos os dias www.revistadigitalsecurity.com.br

Senstar disponibiliza software de gerenciamento de vídeo Symphony 7.2

Segware lança o ‘Serviços My Security

Hanwha Techwin lança câmeras de montagem de canto, dome PTZ e térmicas 10



Mercado

ÃBESE

Mercado de segurança eletrônica prevê

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setor de segurança eletrônica faturou no ano passado R$ 6,52 bilhões no país, alta de 8% frente ao ano anterior – e para 2019 as oportunidades podem ser ainda maiores. Alavancado por novas tecnologias que facilitaram a instalação e o uso de soluções de segurança, o mercado se prepara para oferecer cada vez mais projetos residenciais. Hoje, são cerca de 815 mil imóveis com sistemas eletrônicos de segurança no país e, no último ano, 69% dos prestadores de serviços atenderam projetos para residências. Os dados são da Pesquisa Nacional sobre Segurança Eletrônica, realizada pela SMG com exclusividade para a ABESE com indústrias, distribuidores e prestadores de serviço de todo o país, que também indicou que entre as soluções mais buscadas estão: videomonitoramento e sistemas de alarme com e sem fio. Segundo a ABESE, o setor espera fechar o ano com crescimento de 10%. “A estimativa indica que, mais do que números, haverá o crescimento da participação do setor na sociedade – abarcando o setor público, privado e, agora, residencial. A busca por soluções

de tecnologia está baseada na sensação de insegurança que assusta principalmente os centros urbanos”, explica Selma Migliori, presidente da ABESE. Segundo dados da Social Progress Imperative, o Brasil é o 11º país mais inseguro do mundo, o que reflete em um grande potencial para que câmeras de videomonitoramento e alarmes atuem para assegurar a segurança patrimonial e física dos cidadãos. Atualmente, as câmeras IP e analógicas são os produtos mais vendidos do setor de segurança pública e patrimonial. Juntas representam 66% das vendas no Brasil. E para 2019 novas soluções devem chegar ao consumidor final, 95% da indústria pretende lançar novos produtos este ano – o que deve aquecer ainda mais o bom momento do setor. Para os próximos três anos o setor espera integrar cada vez mais soluções e oferecer serviços cada vez mais intuitivos. A aposta para o futuro gira em torno do uso de aplicativos de segurança em dispositivos móveis, plataformas na nuvem para integração de sistemas de hardware e software, automação residencial integrada ao sistema de alarme, e a participação maior da tecnologia IoT. DS

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PRESENTE EM MAIS DE 9 MIL AGÊNCIAS BANCÁRIAS PELO PAÍS O sistema de segurança e autodefesa da Alarmtek integra videomonitoramento, alarme e neblina para desorientar qualquer ação de bandidos. Instalada em mais de 9 mil agências bancárias pelo país, a tecnologia também é indicada para proteger farmácias, joalherias, ERB’s, casas lotéricas e outros alvos.

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Eventos AI Experience

Aprofundando o Promovido pela Hikvision, a Intel e a Seagate, o AI Experience mostrou os avanços e casos de uso reais da inteligência artificial baseada em deep learning por Gustavo Zuccherato

Confira essa e outras reportagens em vídeo em nossas redes sociais www.revistadigitalsecurity.com.br

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om a inteligência artificial se fazendo cada vez mais presente nos projetos de segurança, a apresentação e a discussão a respeito das possibilidades da tecnologia tem ganhado cada vez mais espaço. Neste sentido, a Hikvision tem promovido ao redor do mundo o AI Experience, um evento focado em parceiros e clientes para abordar a história da evolução e conceitos de Inteligência Artificial, discutir casos de usos reais e apresentar soluções específicas para cada vertical foco da fabricante chinesa. No Brasil, a primeira edição ocorreu no mês de março, no Hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo. Realizado em conjunto com a Intel e a Seagate e com as distribuidoras All Nations Security, INGRAM Micro e WDC Networks, o AI Experience Brasil reuniu mais de 150 pessoas que puderam conferir os avanços em soluções e sistemas para as verticais de Shoppings e Varejo, Hospitais e Educação e Transportes e Cidades Inteligentes. A série de palestras iniciou-se com a apresentação da equipe de desenvolvimento de verticais da Hikvision, apresentando um contexto histórico e abordando os usos específicos da Inteligência Artificial para integração entre câmeras, alarmes, controle de acesso e sistemas adequados para cada necessidade de mercado. Iniciado no mundo da vigilância com os chamados vídeo analíticos, que eram baseados na análise de pixels de uma imagem, a Inteligência Artificial no mundo da segurança evoluiu significantemente graças a incorporação de processadores e chipsets de deep learning nos dispositivos. No caso da Hikvision, a criação dessas soluções foi acelerada graças a parceria estabelecida com a Intel e a Seagate, integrando em suas soluções os processadores Movidius e HDs Skyhawk AI. Até por isso, os executivos dessas companhias seguiram a rodada de palestras demonstrando as especificidades desse portfólio de produtos. Além das palestras, é claro, o espaço contava com três ilhas de demonstração de soluções para verticais específicas, integrando produtos

das linhas DeepInView e DeepInMind. Na área de Shoppings e Varejo, o destaque ficava para a análise de comportamento dos clientes para gerar dados úteis para equipes de operação e marketing otimizarem a atuação dos colaboradores e as vendas, com dispositivos capazes de realizar reconhecimento facial, análise de filas e mapas de calor, por exemplo. Na ilha de Educação e Hospitais, o foco era na integração das capacidades analíticas com o controle de acesso para melhorar a conveniência e velocidade de identificação dos usuários-finais utilizando tanto as câmeras DeepInView como os terminais de reconhecimento facial autônomos, DS-K5603-Z e DS-K1T605MF. A última ilha focava em soluções para melhorar a eficiência das áreas de Transportes e Cidades Inteligentes, com identificação automática de possíveis quebras de processos ou acidentes que podem impactar uma operação. Neste caso, o destaque fica para a integração entre a plataforma de gestão iVMS 8600 com periféricos da cidade, como semáforos, e os dispositivos avançados da marca, como as câmeras DeepInView PTZ que, ao mesmo tempo que monitoram a visão geral de determinado ambiente, podem se aproximar automaticamente quando identificam uma situação de alerta para capturar detalhes, como um carro parado no acostamento, por exemplo, trazendo informações mais completas que incluem a cor, a placa, a velocidade e até a marca do veículo. Com o uso do iVMS 5200 Mobile, por outro lado, a Hikvision demonstrou o monitoramento do motorista e do veículo, identificando automaticamente situações perigosas, como cansaço, o uso de celular, cigarros ou excesso de velocidade. Por fim, o AI Experience também deu uma prévia do AI Cloud, uma arquitetura de plataformas da Hikvision para levar a inteligência artificial para a nuvem, permitindo uma gestão centralizada e compartilhada. O evento deve percorrer as principais capitais do país em edições menores ao longo de 2019. DS

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Eventos Extreme Now World Tour

Redes otimizadas Após a aquisição de várias linhas de produtos complementares de rede, a Extreme Networks formatou ofertas completas de redes definidas por software para as necessidades específicas de seus clientes por Gustavo Zuccherato

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o mês de março, a Extreme Networks realizou em São Paulo o seu roadshow mundial Extreme Now World Tour 2.0, compartilhando a sua visão, portfólio de produtos e estratégia da empresa para seus parceiros no país. Em 2018, a companhia incorporou em suas operações as recentes aquisições de três linhas de negócio de outras marcas, a Zebra WLAN, a Avaya Networking e o datacenter da Brocade, posicionando a empresa no Top 3 de principais fornecedoras de rede do Gartner. Nascida em 1996 como uma fabricante de switches para data centers e redes de operadoras, essas aquisições permitiram que a companhia se reposicionasse como uma fornecedora de redes seguras e otimizadas fim a fim para os mais variados setores, baseado em plataformas definidas por software que atendem as necessidades específicas de cada vertical de negócio. Fomentado pelo surgimento e fortalecimento de cada vez mais ofertas baseadas em Internet das Coisas, a Transformação Digital das empresas tem causado um aumento exponencial dos dispositivos e clientes conectados as redes, criando grandes desafios estratégicos e operacionais para as companhias ao redor do mundo. Incapazes de crescer na mesma velocidade que as exigências deste novo ecossistema, as equipes de TI necessitam de soluções que automatizem processos operacionais, dando uma visão mais estratégica e analítica do comportamento da rede. Nesse sentido, a Extreme Networks criou seus três pilares de atuação, o Smart OmniEdge para o controle do acesso à rede, o Secure Automated Campus para o monitoramento e gestão completa da rede baseada em serviços hipersegmentados, e o Agile Data Center para a criação e automação de fluxos de trabalho para as necessidades específicas de cada serviço. Assim, é possível trafegar dados, CFTV e fornecer acesso a internet para clientes, por exemplo, em uma única infraestrutura de rede. Na prática, a equipe da Extreme e seus canais atuam como uma consultoria estratégica oferecendo hardware, sof-

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tware e serviços de rede que atendam os anseios do cliente. “Uma máquina de ressonância com um sistema operacional antigo vai ter um determinado acesso a rede para enviar uma informação, de forma ciclica e padronizada. Nossas soluções entendem e monitoram esse comportamento por um período de tempo e, a partir dali, criam todas as regras de acesso e políticas de segurança daquele dispositivo à rede de forma automática. Qualquer comportamento diferente, pode ser uma tentativa de invasão ou uma vulnerabilidade e que será bloqueada e alertada”, exemplifica Wayne Uyeda, engenheiro de sistemas da Extreme Networks. Defesa para IoT No evento, a companhia também apresentou um novo produto com potencial de facilitar a implementação de cibersegurança de maneira faseada nos negócios, o Defender for IoT. Funcionando como um gateway para ser implementado entre o switch e os dispositivos IoT na ponta, a solução oferece todas as funcionalidades de controle e gestão da rede ofertadas pela Extreme. “Essa solução foi pensada para aqueles negócios que não tem capacidade de trocar toda a sua rede de uma vez e querem proteger sistemas críticos para sua operação”, pontua Uyeda. “É um primeiro passo para um período de transição para, no futuro, em uma eventual atualização na rede, possam ser implantados equipamentos que sejam capazes de trazer toda essa inteligência para toda a rede”. Além do appliance de uma porta que pode ser expandida para proteger até 8 dispositivos, a Extreme também possui o AP3912, um access point com as mesmas funcionalidades para até 40 dispositivos, sendo 16 nas duas antenas Wi-Fi e mais 24 nas três portas de rede disponíveis. Com essa abordagem diferenciada, a Extreme Networks certamente é uma força para se ficar de olho como uma potencial parceira em negócios em projetos que exijam robustez, confiabilidade e disponibilidade máxima de rede daqui para frente. DS


Transforme sistemas de câmeras antigos em soluções eficientes de AI Appliance de AI Avigilon

Projetado para alto desempenho, capacidade e resiliência, o Appliance de Inteligência Artificial Avigilon (Appliance de AI) oferece hardware de última geração e vem em dois modelos comportando até 60 câmeras de 2 MP para escalabilidade empresarial.

Análise de vídeo para câmeras não analíticas Habilita a inteligência do vídeo analítico de autoaprendizagem da Avigilon em qualquer câmera não analítica compatível, permitindo o reconhecimento preciso de movimentos de pessoas e veículos.

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Pode ser associado ao ACC para habilitar a Appearance Search O GPU integrado é compatível com a tecnologia Avigilon Appearance Search™ no software Avigilon Control Center (ACC)™ independentemente do gravador de vídeo em rede utilizado.

avigilon.com/pt-br/ai-appliance | asksales@avigilon.com © 2018, Avigilon Corporation. Todos os direitos reservados. AVIGILON, o logotipo da AVIGILON, AVIGILON APPEARANCE SEARCH, AVIGILON CONTROL CENTER e ACC são marcas registradas da Avigilon Corporation.




Eventos MWC 2019

O futuro da conectividade Maior evento de mobilidade e telecomunicações do mundo, o MWC19 foi uma verdadeira celebração de como a Internet das Coisas baseada em redes 5G e aliada a inteligência artificial revolucionará os modelos de negócio ao redor do mundo por Gustavo Zuccherato

Confira todas as entrevista realizadas durante o MWC19 em nossa página do Facebook www.revistadigitalsecurity.com.br

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a vanguarda da tecnologia de telecomunicações, o 5G ganha os holofotes em qualquer cenário. Embora careça de um - ainda incerto - processo burocrático de concessões de faixas de espectro para ser implementado no Brasil, a próxima geração de conectividade móvel já é uma realidade em alguns países do mundo. Aliado ao uso de inteligência artificial, a tecnologia tem criado modelos de negócio completamente novos e revolucionado muitos mercados baseado no aumento das capacidades de transmissão de dados e conexão de dispositivos e sensores para, de fato, possibilitar uma Internet das Coisas massiva em todo mundo. No final de fevereiro, a Digital Security viajou até Barcelona, na Espanha, para acompanhar o MWC 2019, o maior evento de mobilidade e telecomunicações do mundo, e pudemos garimpar algumas dessas oportunidades de inovações, especialmente pensando nas áreas de segurança e cidades inteligentes. De carros e robôs autônomos à realidade virtual, softwares inteligentes e dispositivos móveis conectados de última geração, os mais de 240 mil m² de área de exposição e congresso do Fira Barcelona foram uma verdadeira celebração do que a Internet das Coisas aliada a inteligência artificial traz para o presente e trará ao futuro das companhias e da vida em sociedade. Falando especificamente de segurança, a aposta das companhias segue em soluções para tornarem as cidades e as casas mais conectadas e inteligentes. Ao passo em que os dispositivos de vigilância evoluem para oferecer imagens de altíssima resolução através de uma rede celular 5G, a inteligência artificial e a integração

entre diversos sistemas segue como forte tendência para dar uma melhor capacidade de resposta a qualquer incidente de segurança. Exemplos não faltaram de empresas que disponibilizam câmeras para o mercado residencial integradas a softwares simplifcados para monitoramento e controle. Agregar valor aos sistemas de identificação biométrica para oferecer inteligência de negócio também é um caminho que tende a se fortalecer ainda mais daqui para frente. O reconhecimento facial baseado em deep learning para identificação de possíveis ameaças ou clientes especiais nos negócios era destaque de várias empresas no evento. A pesquisa e desenvolvimento em inteligência artificial e softwares inteligentes é um interessante caminho para posicionar qualquer empresa na vanguarda tecnológica mundial. Como não poderia deixar de ser, os diversos casos de uso reais já testadas em projetos-piloto e possibilitadas pelas redes comerciais disponíveis ao redor do globo foram destaque do MWC. Trabalhando em diferentes faixas de frequência para atender necessidades específicas de cada aplicação, seja mais velocidade, menor latência, maior alcance ou mais dispositivos conectados, o 5G certamente ajudará a levar a conectividade banda larga aos locais mais remotos e inóspitos e, assim, permitir novos usos de soluções IoT, incluindo dispositivos de segurança. Leia o QR Code desta página para acessar a nossa playlist de vídeos com entrevistas realizadas durante a feira, com produtos, soluções e ofertas de empresas que atuam na área de segurança e cidades inteligentes. DS

**Disclaimer: O jornalista Gustavo Zuccherato viajou para Barcelona a convite da Huawei Brasil 20


Eventos Nova fábrica da Nice

Unificando a produção Com investimento de R$ 20 milhões e planos para expansões futuras, planta aumenta capacidade produtiva e oferece espaço dedicado a certificações e treinamentos técnicos para parceiros por Gustavo Zuccherato

Veja essa e outras reportagens em vídeo em nosso portal www.revistadigitalsecurity.com.br

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Nice, multinacional italiana reconhecida no segmento de automação, segurança e inteligência residencial, inaugurou no final de fevereiro a sua nova fábrica na cidade de Santa Rita do Sapucaí, município do interior de Minas Gerais apelidado como o “Vale da Eletrônica” por abrigar importantes instituições nacionais de ensino em eletrônica e telecomunicações e cerca de 150 empresas de tecnologia em um arranjo produtivo local importante para a economia nacional. Parte de um plano de investimento mais abrangente no país, unificando toda a pesquisa, desenvolvimento e produção da eletrônica do grupo Nice no Brasil, o espaço é considerado o fechamento de uma primeira etapa no processo de consolidação e fortalecimento da marca no país. Nos próximos dois anos, a companhia também renovará as suas fábricas de São Caetano do Sul (SP) e Limeira (SP). A planta de Santa Rita do Sapucaí possui 6,2 mil metros quadrados, foi construída com investimento de cerca de R$20 milhões e atualmente já emprega cerca de 100 funcionários do grupo no Brasil. “Estamos orgulhosos de celebrar esse marco importante. Esse espaço é o fechamento de uma primeira fase na consolidação do grupo na América Latina, criando um verdadeiro pólo de excelência em eletrônica”, disse Roberto Griffa, CEO global da Nice. “Nós temos uma relação próxima com a região e o Brasil representa uma operação muito importante e estratégica para o grupo crescer na América Latina. É por isso que investimos no país. Nosso objetivo é oferecer tecnologias inovadoras e impacto positivo do ponto de vista ambiental e social, agregando valor a um país que oferece grandes oportunidades”. Além do chão fabril, com equipamentos avançados e automatiza-

dos que permitem ao grupo Nice produzir centenas de placas por dia a uma taxa de conformidade superior a 99,8%, a fábrica conta com área administrativa – incluindo vendas, RH, planejamento e pesquisa e desenvolvimento – e uma área totalmente destinada a clientes e parceiros, com auditório, centro de treinamento e showroom. Como uma verdadeira demonstração prática das capacidades que as soluções da Nice oferecem, essa área conta com todo o portfólio do grupo a disposição para a instalação e testes, dando as bases para treinamentos e certificações para técnicos de todo o Brasil. “Nossa planta em Minas Gerais representa um marco importante para a Nice dentro da estratégia global do grupo, que tem o Brasil como um centro relevante de competência tecnológica para produção, pesquisa e desenvolvimento de produtos com excelência em eletrônica”, disse Leonardo Sanchez, diretor-geral da Nice Brasil. “É aqui que estamos colocando a pedra fundamental para oferecer o melhor serviço aos nossos distribuidores e parceiros. Agora, os instaladores podem ser encaminhamos para serem certificados em todos os nossos produtos já disponíveis e que estão para ser apresentados. Estamos falando algo em torno de 1800 a 2000 técnicos que podem ser certificados em um ano, em turmas com 18 a 20 técnicos por vez. Neste processo, o instalador conhecerá como é feita a eletrônica, toda a nossa linha de produtos, entenderá como instalar e quais as melhores práticas para que esse produto chegue ao cliente-final na melhor condição possível”. Para conhecer quais lançamentos recentes e novidades que serão apresentadas na Exposec 2019 e que estavam em exposição no evento de inauguração, visite o nosso portal lendo o QR Code dessa página. DS

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Case Study Colégio Avenues

Criando bases A Avenues São Paulo investiu em um sistema de segurança baseado em infraestrutura IP para dar suporte a sua proposta pedagógica e melhorar a experiência de pais e alunos

por Gustavo Zuccherato

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arregando a fama de ser o centro de ensino escolhido por alguns dos mais bem sucedidos executivos e famosos do mundo para formar seus filhos, a Avenues World School traz um conceito diferenciado que busca minimizar as fronteiras e criar uma comunidade de aprendizagem global totalmente integrada, conectada e fundamentada por uma visão comum, com um currículo compartilhado e desenvolvimento profissional coletivo. É claro, o investimento em tecnologia é um fator primordial para alcançar essas metas e a construção de uma infraestrutura IP preparada para o futuro traz capacidades de integração únicas para os empreendimentos. Originada em Manhattan em 2012 e com a meta de construir várias escolas conectadas ao redor do mundo, a Avenues inaugurou o seu segundo campus em São Paulo em agosto de 2018 em um prédio suntuoso de 40 mil metros quadrados à beira da Marginal Pinheiros na zona sul da capital, para receber até 2.100 estudantes desde a educação infantil até o ensino médio. Como não poderia deixar de ser, a tecnologia IP está envolvida em todos os processos, da recepção dos alunos até a resolução de problemas cotidianos, como achar um objeto esquecido. O apoio de um solução de videomonitoramento, alarmes e controle de aces-

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so avançado e inteligente é primordial nesse contexto. Para isso, a Avenues São Paulo apostou em um sistema de plataforma aberta com 340 câmeras, combinando soluções da Axis Communications, Averics e Milestone. Acesso simplificado Com a preocupação de formar cidadãos do mundo baseados nos pilares de acolhimento, segurança e respeito, a Avenues considerava incongruente trabalhar com fronteiras físicas e barreiras - desde a arquitetura até as operações do cotidiano. “Ao invés de ter barreiras físicas na porta da escola que promoveriam uma primeira interação com pais e alunos bastante hostil ao barrar logo no primeiro contato, adotamos um sistema inteligente baseado em imagens e controle de acesso para proporcionar uma acolhida segura e funcional para pais e alunos tanto na entrada quanto na saída. A tecnologia possibilitou a eficiência da operação com equipes enxutas e mais integradas”, relata Lia Muschellack, diretora de tecnologia da Avenues São Paulo. Através do crachá, a entrada é liberada para os funcionários no estacionamento do local e a chegada é acompanhada por imagens em alta resolução. Há uma catraca com leitora de crachá em todos os



Case Study Colégio Avenues

Plataforma Averics permitirá o compartilhamento de bancos de dados para controle de acesso de maneira global em todos os campi da Avenues ao redor do mundo

acessos do estacionamento que também funciona para os responsáveis dos alunos. A Avenues oferece um crachá para todos que tem direito de acessar o prédio. Para os colaboradores que chegam a pé ou que não utilizam o estacionamento, o Videoporteiro IP AXIS A8004-VE também está integrado à leitora de crachá. Esse dispositivo ainda permite ler códigos QR. Assim, no caso de algum evento na escola, por exemplo, cada convidado ou visitante recebe um QR Code no celular e o equipamento libera a entrada de acordo com o código. Houve também preocupação com acessibilidade. O videoporteiro foi adquirido com um kit que permite o acesso de maneira autônoma e inteligente para pessoas com dificuldades auditivas ou visuais. Visão abrangente O projeto de videomonitoramento para os 40 mil m² do campus brasileiro da Avenues incluiu 340 câmeras da Axis Communications em todas as áreas da escola, integradas à plataforma de gestão de acesso da Averics e ao software de gerenciamento da Milestone, permitindo o monitoramento por apenas dois funcionários por turno. As câmeras de videomonitoramento ajudam as equipes de segurança, de limpeza e pedagógicas no planejamento de suas ações,

A Avenues São Paulo conta com 340 câmeras da Axis Communications em todos os principais pontos de circulação e perímetro do campus

além de auxiliarem na hora de encontrar um estudante que não se apresenta quando seu portador vem buscá-lo e resolver ocorrências comuns em toda escola, como objetos esquecidos. “Nossos alunos não utilizam o celular na escola, mas recebem iPad ou MacBook para realizar tarefas pedagógicas. E não é raro algum estudante esquecê-los em algum lugar da instituição. Para resolver facilmente, recuperamos as imagens e acompanhamos o percurso do aluno para ver onde deixaram”, explica Lia. Com 340 câmeras de alta resolução, o volume de dados também foi uma preocupação da equipe de TI. Esse desafio foi superado através da tecnologia de compressão proprietária da Axis, o Zipstream, que preserva detalhes forenses importantes ao mesmo tempo que reduz os requisitos de largura de banda e armazenamento em cerca de 30% para o colégio. “É fantástico para a quantidade de imagens que precisamos armazenar. As imagens ficam armazenadas por período prolongado e seria inviável sem o Zipstream”, comenta Lia. Segundo a diretora de tecnologia, outro fator importante para a Avenues foi o posicionamento e a aparência discreta dos equipamentos, que se encaixam no design do empreendimento e evitam a sensação de vigilância constante. Além disso, a arquitetura privilegia a iluminação natural, o que exige equipamentos capazes de se adequar às diversas condições de luminosidade de cada momento do dia. Por isso, as câmeras contam com a tecnologia de compensação de iluminação (WDR) para estar preparadas para lidarem com os contrastes e, assim, oferecer imagens nítidas tanto em áreas de sombra quanto em áreas de luz intensa. Perímetro vigiado O campus da Avenues São Paulo, com seus oito andares úteis e mais três subsolos, fica localizado próximo a uma das vias principais da capital paulista. Para se proteger de possíveis invasões, a Avenues também apostou na tecnologia como forma de substituir as rondas de equipes de segurança, utilizando a solução Axis Perimeter Defender. Trata-se de um sistema altamente eficaz que detecta e responde automaticamente quando pessoas ultrapassam o limite demarcado pela Avenues, reduzindo a quantidade de alarmes falsos. A solução usa câmeras e analíticos avançados para detectar e analisar eventos, descartando os que não representam ameaça e notificando a equipe de segurança sobre situações possivelmente críticas – para

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13/11/2018 15:23


Case Study Colégio Avenues

Leitores Axis A4010-E são uma opção discreta para leitura de crachás e acesso aos ambientes da escola

que os profissionais decidam o que é uma emergência ou não. Na Avenues, o perimetro possui uma ampla área arborizada e, por isso, exigia um analítico preciso que conseguisse desconsiderar o movimento de folhas ou pássaros, por exemplo. “O fato de conseguir uma precisão de alarmes é algo muito positivo. Outro fator é a possibilidade de a tecnologia ir se adequando com o uso concreto de cada ambiente. Na primeira semana, por exemplo, tivemos alguns alarmes falsos, mas que com ajustes no analítico foram corrigidos”, disse a diretora de tecnologia.

“O que nos impressiona é como a solução é inovadora, aberta e consegue integrar facilmente novos recursos. O ponto alto do projeto é ter sempre a tecnologia a serviço dos processos e também a precisão dos alarmes” - Lia Muschellack, Diretora de Tecnologia da Avenues

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Mesmo sem depender de agentes de segurança, toda a área fica protegida, garante Lia. Um exemplo citado é quando invasores pularam o muro de um terreno ainda vazio ao lado da escola, e que futuramente acomodará outro empreendimento. Como o terreno já está protegido pela solução de proteção perimetral da Axis, a central recebeu o alerta na hora e acionou a polícia, que evitou que os invasores continuassem acumulando lixo e transformassem o terreno em um aterro ilegal. Integração global A Avenues atualmente é composta pelo campus em Nova Iorque e o campus brasileiro, mas já tem como previsão abrir mais duas unidades na China e uma em Miami ainda em 2019. Com a utilização da tecnologia IP, a integração vai além da administração e estratégias pedagógicas, podendo ser expandida para todos os processos. “A ideia é que tenham soluções integradas para todos os campi. Um aluno que entrou na Avenues São Paulo poderá acessar todas as outras com o mesmo cadastro, assim como funcionários que poderão, por exemplo, desempenhar a mesma função em qualquer lugar uma vez que o sistema é o mesmo, não precisaria de um treinamento específico para cada localidade. Essas marcas foram escolhidas também por serem marcas globais e o campus São Paulo servirá de modelo tecnológico para os futuros campi”, revela Muschellack. Outra expansão prevista na tecnologia é a utilização de áudio IP para comunicação em massa em tempo real. “Atualmente esses avisos diários são feitos por e-mail ou pelos professores. O áudio bem direcionado em qualquer campo é bem interessante”, comenta. Como o investimento no colégio se pagará dentro de 5 anos, durante todo esse período a Avenues terá garantido o funcionamento do sistema através dos 5 anos de garantia oferecida pela fabricante, com uma plataforma à prova de futuro que continuará pronta para agregar novas tecnologias e serviços. DS



Entrevista carlos e Paulo Schwochow - Seventh

Crescer pela Conversamos com os irmãos Carlos e Paulo Schwochow, diretores da Seventh, sobre as estratégias, tecnologia e apostas para seguir crescendo a uma taxa de mais de 30% ao ano por Por Gustavo Zuccherato

Carlos

C

om a perspicácia necessária para desenvolver novas tecnologias e descobrir novos mercados desde a sua fundação em 2001, a Seventh sempre teve a inovação em seu DNA. Idealizado como Trabalho de Conclusão de Curso pelos então estudantes de Ciências da Computação, Carlos Schwochow e Jean Holetz, e financiado pelo irmão mais velho, Paulo Schwochow, o protótipo de hardware e software que controlava algumas câmeras e automatizava luzes de maneira integrada evoluiu para o que hoje é a plataforma de escolha de algumas das maiores centrais de vídeo-monitoramento do país, o D-Guard - e não parou por aí. Ano após ano, o aumento de dispositivos integrados, a criação de novas funcionalidades e outros softwares para atender as demandas de mercado junto a uma estratégia comercial sustentável permitiram que a empresa catarinense alcançasse taxas de crescimento constantes superiores a 30%. Nesta entrevista, conversamos com os atuais diretores da Seventh, Carlos e Paulo Schwochow, sobre a história, a visão de mercado e os próximos passos da desenvolvedora para seguir inovando e conquistando cada vez mais espaço.

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Paulo

Digital Security: A Seventh é uma empresa que nasceu em 2001 fruto do trabalho de conclusão de curso do Carlos e que foi patrocinada pelo Paulo. Como surgiu e se desenvolveu essa ideia? Carlos Schwochow: Sou formado em Ciências da Computação na Universidade Federal de Santa Catarina e no Trabalho de Conclusão de Curso eu e o nosso antigo sócio, o Jean, fizemos um projeto de software integrado a hardware que quase não existia naquela época. A ideia era monitorar algumas câmeras e realizar automação. Fizemos uma placa de captura e um sistema que fazia um switch com aquelas câmeras e conseguimos controlar alguma coisa de automação, como acender uma luz e ligar uma TV. Quando apresentamos esse projeto para a banca, chamamos algumas empresas de segurança e elas ficaram bem interessadas, então vimos que havia mercado na época. Eu lembro que, na época, até existiam alguns produtos, mas que não faziam o que a gente conseguia fazer. Percebemos que poderíamos fazer algo melhor e, a partir daí, começamos a bolar a empresa. Paulo Schwochow: Eu também me formei em computação pela Universidade Federal em Santa Catarina e eles foram me apresen-


Entrevista carlos e Paulo Schwochow - Seventh

tar o projeto para conseguir um investimento para tocar o projeto deles. Eu vi que o negócio tinha futuro e investi para começar a empresa. Em 28 de março de 2001 começamos a Seventh. Carlos: Sempre gostamos de fazer algo inovador e diferente. Na época, vimos que no mercado até existiam algumas soluções que combinavam software e hardware, mas nada tão legal quanto um software que realmente conseguisse monitorar as câmeras, que fizesse automação ao mesmo tempo, permitindo ligar e desligar luzes e abrir porta, por exemplo. Enquanto nós já tínhamos algo nesse sentido desde aquela época. Além disso, como era um ambiente acadêmico, os trabalhos de conclusão de curso normalmente eram coisas muito técnicas, trabalhando com base de dados ou coisas mais conceituais, e nós gostávamos de mexer com coisas práticas e que teriam mercado no futuro. Digital Security: Quais os principais desafios e vantagens de se construir e trabalhar em uma empresa familiar? Carlos: Na verdade, não somos uma empresa familiar. Apesar de eu e o Paulo sermos irmãos, não consideramos e nem tocamos a Seventh como uma empresa familiar. No início da Seventh, até tínhamos outros sócios e apesar de agora eu e o Paulo sermos os sócios majoritários, nós tocamos a empresa de maneira totalmente profissional. Paulo: Na verdade, a Seventh se desenvolveu à partir de um projeto promissor. Nos unimos em torno de uma ideia e criamos uma empresa. Atualmente nós temos toda a gestão profissional com líderes em diversas áreas e cerca de 60 pessoas na empresa, então não há nada de familiar. Carlos: Até temos uma regra na empresa de que não podemos contratar familiares nem amigos próximos a nós. Realmente, até gostaríamos de descaracterizar essa questão, não somos uma empresa familiar. Digital Security: Como isso se reflete na relação de vocês com a equipe da empresa? Como vocês quebram essa possível imagem de uma empresa familiar, mesmo sendo irmãos? Carlos: Todos aqui na Seventh se sentem parte do negócio e sabem muito bem da sua função. Nosso organograma é extremamente horizontal, então não existem muitos níveis de gerência e diretoria. São três ou quatro níveis, no máximo. Assim, todos têm fácil acesso a qualquer área da empresa. Estimulamos muito a troca de ideias entre os setores da Seventh. As nossas portas estão sempre abertas para qualquer sugestão. Todos participam do levantamento de ideias e planejamento estratégico e por isso que conseguimos ser uma empresa extremamente inovadora, sempre a frente no mercado.

O investimento em inovação, em tecnologia e em pessoas é o triângulo que fez a Seventh crescer e ser a empresa que é hoje em dia.

Concorrência sempre vamos ter, mas como sempre estamos inovando, as empresas que vêm depois vão copiando e nos seguindo.

Paulo: Nós gostamos de ter sempre os melhores profissionais, então nós fazemos diversos testes e investimos tempo em nosso processo de contratação para não errarmos. Sempre tentamos contratar as melhores pessoas para formar o melhor time. Digital Security: Recentemente vocês anunciaram que, em cerca de 2 anos, cresceram a equipe em 60% e que o faturamento de 2018 foi 43% maior que 2017. Quais os planos de expansão da empresa? Carlos: A gente vem desde 2011 crescendo em torno de 30%. Se pegarmos a média dos últimos 7 anos, vai dar algo em torno de 35 a 36% ao ano. Estamos crescendo muito em faturamento e em pessoas. Estamos hoje com quase 60 pessoas no nosso time, estamos muito bem estruturados. O que sempre fazemos para conseguir esse crescimento e o que imaginamos para os próximos anos é o investimento em inovação, em tecnologia e em pessoas. É esse triângulo que fez a Seventh crescer e ser a empresa que é hoje em dia. Estamos sempre nos profissionalizando e expandindo, fidelizando e tratando muito bem os nossos clientes, parceiros e colaboradores para conseguirmos que todos trabalhem em equipe e atinjam o mercado de uma forma correta, sempre buscando um crescimento sustentável. Paulo: Outro fator que prezamos muito aqui é ter o domínio da tecnologia. Tudo que vendemos, nós buscamos dominar. Esse também é um dos nossos segredos de crescimento. Para 2019, queremos repetir essa mesma taxa de crescimento de, no mínimo, 40%. Digital Security: Que tipo de profissional uma empresa como a Seventh busca no mercado? Carlos: O tipo de profissional que buscamos é aquele profissional pró-ativo, inovador, auto-gerenciável e que não tenha medo de desenvolver coisas novas ou de pensar diferente. Inovar está em nosso DNA e nossos colaboradores têm que vestir a camisa da Seventh. A Seventh é como uma família, exigimos bastante para que o profissional entre aqui mas a partir do momento que ele entra, ele é muito bem acolhido. Em termos de competência técnica, atualmente temos várias áreas dentro da empresa como suporte, desenvolvimento, implantação, RH, equipe comercial, etc. Na área de desenvolvimento, por exemplo, nós lidamos com vários tipos de linguagens, então depende do produto e do módulo. Atualmente, estamos com sete vagas abertas, sendo três da área de desenvolvimento, um para linguagem

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Entrevista carlos e Paulo Schwochow - Seventh

Web, outro para Delphi e outro para C#, mas isso depende muito do momento, da tecnologia, do mercado e produto que estamos trabalhando. O D-Cloud, nossa solução em nuvem, usa uma tecnologia totalmente diferente do D-Guard desktop, que é totalmente diferente do Situator, nosso sistema web. Sempre estamos buscando as tecnologias mais modernas para agregar mais funcionalidades para poder oferecer o melhor produto ao mercado. Todas as informações de vagas podem ser conferidas em nosso site, na aba Trabalhe Conosco. É até interessante citar que, em 2018, por termos batido nossa meta, todas as pessoas da nossa equipe receberam 14º salário, ou seja, eles sempre têm participação nos resultados. Digital Security: A Seventh se orgulha ao afirmar que fornece seu software VMS para 90% do mercado de centrais de monitoramento. O que a Seventh fez para conquistar números tão expressivos? Carlos: Temos alguns dados que comprovam essa nossa liderança como software de videomonitoramento escolhido pelas principais centrais de monitoramento no Brasil. Temos mais de 1 milhão de câmeras monitoradas pelos nossos sistemas hoje e, desses, aproximadamente 600 mil câmeras são de empresas de monitoramento. As maiores empresas de monitoramento do Brasil utilizam o D-Guard, e isso foi fruto de um grande trabalho que a gente fez, sendo uma das primeiras empresas a entrar nesse mercado. Na realidade, criamos um mercado novo em 2011, que foi o de Software-as-a-Service (SaaS), onde começamos a locar a licença das câmeras e ganhar uma recorrência em cima das contas monitoradas dessas empresas. Com isso, conseguimos a liderança no mercado. Paulo: Hoje em dia temos algumas empresas que, sozinhas, têm mais de 40 mil câmeras conectadas no D-Guard. Há poucos sistemas no mundo que têm capacidade de monitorar essa quantidade de câmeras, com recursos que facilitam a operação, como integrações com sistemas de alarmes, eventos de queda de conexão, entre outros, em uma única plataforma. Digital Security: Ao mesmo tempo, existem empresas da área de alarmes que estão adaptando os seus softwares para também integrarem as câmeras de vídeo em uma plataforma unificada. Como é lidar com essa nova concorrência? Carlos: Concorrência nós temos e sempre vamos ter, mas como sempre estamos inovando, as empresas que vêm depois vão copiando e nos seguindo. Mas acredito que a concorrência é útil e boa porque nos estimula a desenvolver coisas novas para entregar melhores produto ao mercado. Paulo: Os clientes só têm a ganhar. Sempre iremos colocar mais

Os profissionais não devem se intimidar pela tecnologia. Ela está aí para ajudá-los. É preciso estar atento ao mercado e se capacitar. 30

A Inteligência artificial é um processo que já está acontecendo. Aos poucos, a tecnologia vai ser aprimorada com mais players desenvolvendo, barateando os custos e facilitando a implantação em projetos de menor porte.

recursos e capacidades às nossas soluções para nos diferenciar da concorrência e oferecer um sistema cada vez melhor para os nossos clientes. Carlos: Temos alguns exemplos. Há dois anos, lançamos a Chave Virtual em uma feira e, na feira de 2018, já haviam várias empresas com chave virtual, com a mesma proposta e às vezes até com o mesmo design de produto que fizemos. Na verdade, a gente se sente honrado e gosta que as empresas nos tomem como referência para o desenvolvimento de seus produtos, porque mostra que estamos realmente inovando. Depois disso, concorrência é concorrência, faz parte dos negócios. Digital Security: Quais as principais diferenças do mercado de centrais de monitoramento para o mercado de projetos, considerando que vocês têm uma versão do D-Guard e do Situator para cada um desses mercados? Carlos: São dois mercados diferentes e tratamos eles de formas diferentes. As soluções para o mercado de centrais de monitoramento são classificadas como D-Guard Center e Situator Center. Nossos softwares são utilizados nas centrais para prover o monitoramento dos clientes delas. Nesse caso, é um modelo de locação, onde eles nos pagam por conta, por local monitorado. Já o modelo de projeto, identificado pelas soluções D-Guard Projects e Situator Projects, é o mercado mais tradicional, onde temos toda a cadeia de comercialização e são licenças permanentes, onde vendemos para o distribuidor e, este, revende e instala nos projetos. Paulo: O D-Guard Center é utilizado para mostrar os alarmes e imagens dos clientes dessas centrais de monitoramento, enquanto o Situator Center tem sido bastante utilizado para a parte de portaria remota. Digital Security: Quais as principais demandas tecnológicas desses mercados atualmente? Carlos: Recebemos muitas requisições dos dois lados, tanto de centrais quanto de projetos. Às vezes são semelhantes e às vezes são bem diferenciadas.


Entrevista carlos e Paulo Schwochow - Seventh

Na parte de centrais, normalmente as requisições são em relação a operação. Temos que colocar inteligência para facilitar a vida do operador para que eles consigam atender mais rapidamente os clientes. Já em relação a projetos, as solicitações são mais relacionadas a funcionalidades, como reconhecimento facial ou um analítico de vídeo mais avançado. Nosso LPR, por exemplo, agora já está reconhecendo placas do mundo inteiro, não somente do Brasil. Digital Security: Vocês também têm comentado que estão querendo fortalecer a atuação na América Latina. Está ficando mais difícil competir no mercado brasileiro? Carlos: Não. Muito pelo contrário. Como temos tido ótimos resultados no mercado brasileiro, já começamos um trabalho de expansão internacional há dois anos. Aqui na Seventh, sempre planejamos bem nossas estratégias, então já faz quatro anos que temos aulas de espanhol e inglês in company para capacitar nossos profissionais. Dois anos atrás começamos a vender nossos sistemas na América Latina, Europa e até na África mas, em 2019, vamos focar especificamente na América Latina. Pela nossa experiência, sabemos que é um pouco diferente o tratamento com os clientes de outros países do que os clientes daqui do Brasil. Estamos fazendo todo um trabalho em relação a isso, para ter o atendimento no mesmo padrão de excelência que oferecemos aqui no Brasil também lá fora. Não é simplesmente vender o produto, é oferecer toda a experiência Seventh nesses países. Paulo: Com esse crescimento que estamos registrando ao longo dos anos, conseguimos nos estruturar muito melhor para entrar, de verdade, na América Latina. Não só com comercial, na venda do produto, mas sim oferecendo principalmente o suporte que temos aqui nos países latino americanos, que é um dos grandes diferenciais da Seventh, seja com pessoas da própria Seventh ou com parceiros qualificados nos demais países. Carlos: O primeiro país que vamos estabelecer um escritório regional será na Argentina e, dependendo do sucesso lá, nós vamos estabelecer bases no Paraguai, Uruguai, Colômbia, México e países adjacentes. Mas o foco, em um primeiro momento, serão os países mais próximos do Sul do Brasil para conseguirmos dar o atendimento que esse pessoal precisa e merece.

Nossos softwares são de plataforma aberta, oferecemos nossas APIs para que qualquer sistema possa se integrar às nossas soluções. Integração é algo constante na Seventh, afinal estamos ganhando mercado em conjunto.

Digital Security: Quais são as principais dificuldades que vocês precisam superar nesse processo de internacionalização? Carlos: A grande dificuldade é cultural. O tempo de fechamento de negócio é totalmente diferente, até porque nesses países a Seventh não é tão conhecida como no Brasil, então precisamos fazer todo um novo trabalho de marketing e de parcerias com empresas locais. Há toda uma estratégia de abertura de mercado. Digital Security: A Seventh atua no mercado com três principais soluções, o sistema PSIM Situator, o VMS D-Guard e a solução em nuvem, o D-Cloud. Vocês têm planos ou vêem a necessidade de lançar outros novos sistemas nos próximos anos? Carlos: Sim, sempre estamos desenvolvendo soluções novas. Nesse momento, estamos com dois produtos em desenvolvimento, que ainda não podemos revelar por questões de estratégia de negócio, mas como nossa empresa tem o DNA de inovação, sempre temos equipes fazendo novos produtos e experimentos. Nesse quesito, funcionamos como uma startup. O que o mercado pode ter certeza é que, todo ano, alguma inovação vai surgir da Seventh. Até por isso, temos seis premiações de melhor inovação para o mercado, com o Prêmio da Digital Security. Paulo: Há muitas ideias que vêm do próprio mercado, que são captadas através da nossa equipe comercial, dos nossos colaboradores e também há muita coisa que captamos nas feiras de tecnologia, que conseguimos pensar sobre o quanto aquilo poderia fazer a diferença em nosso mercado. Nossa gestão de produto vai filtrando todas essas fontes de informações e vai colocando em nosso roadmap de acordo com o que acreditamos que será o futuro. Digital Security: As plataformas da Seventh seguem o conceito de software aberto, integrando hardwares e se comunicando com sistemas de terceiros, até com soluções que não eram de segurança, como o sistema para gestão de condomínios SCOND. Há outras parcerias de integração em mente para outras verticais de mercado? Carlos: Sim. Nossos softwares são de plataforma aberta, oferecemos nossas APIs para que qualquer sistema possa se integrar às nossas soluções. Inclusive, temos integração com diversas empresas concorrentes entre si: o D-Guard hoje é utilizado como software de gestão de vídeo por diversos sistemas de portaria remota, assim como o Situator pode ser integrado a outros sistemas de câmeras. O SCOND é um caso de sucesso e, como ele, temos diversas par-

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Entrevista carlos e Paulo Schwochow - Seventh

cerias interessantes na área de controle de acesso, na parte de monitoramento de alarmes, monitoramento de vídeo, etc. São várias soluções que se utilizam a nossa tecnologia para melhorar os seus produtos ou vice-versa. Integração é algo constante na Seventh, afinal estamos ganhando mercado em conjunto. Nas feiras do setor, sempre estamos com parceiros que têm soluções integradas conosco. Sempre há integrações novas saindo, o mercado pode aguardar por novidades na Exposec, na ISC Brasil e na ISC de Las Vegas. Digital Security: Que outras tecnologias ainda faltam para serem integradas na plataforma da Seventh? Carlos: Estamos lançando uma integração muito interessante na área de reconhecimento facial, tanto no D-Guard quanto no Situator. Fizemos uma parceria com uma empresa de Seattle (EUA), a RealNetworks, que possui uma tecnologia excepcional no reconhecimento facial, o SAFR. Fizemos um pré-lançamento no Seventh Tech Conference de 2018 e, além disso, estamos integrando outras tecnologias de inteligência artificial bem legais, como reconhecimento de placas e outros sistemas analíticos, além de melhorias na parte de atendimento no Situator, utilizando deep learning. São soluções tanto de analíticos inteligentes, quanto de inteligência do próprio sistema para facilitar a vida do operador. Como os nossos sistemas são muito utilizados em centrais de monitoramento, procuramos sempre pensar em facilitar a operação, evitando que o operador precise dar muitos cliques para realizar uma determinada ação importante, por exemplo. Não só colocando inteligência de analíticos no software mas também pensando muito na análise para a decisão correta. Digital Security: Como vocês enxergam o processo de aceitação e implantação de tecnologias de Inteligência Artificial no mercado de segurança atualmente? Em que momento vocês acham que a IA ganhará maturidade suficiente para deixar de ser tendência e virar

Temos demandas tecnológicas tanto do mercado de centrais como de projetos. Na parte de centrais, as requisições normalmente são relacionadas a operação. Já os projetos solicitam mais funcionalidades, como analíticos mais avançados. 32

um pré-requisito nos projetos de segurança? Carlos: Enxergo como um processo que já está acontecendo, mas que vai crescendo aos poucos. Alguns projetos já estão começando a implantar, mas esse tipo de tecnologia vai gradualmente melhorando e sendo implementada em cada vez mais projetos. Como tudo que acontece na vida, não vai ser de uma hora para outra, mas tenho a impressão que, em algum momento, tudo terá algum tipo de analítico. Atualmente, o analítico é uma realidade em alguns projetos mais complexos. Eles exigem mais atenção na hora de configurar, mas aos poucos, a tecnologia vai ser aprimorada porque a tendência é ter mais players desenvolvendo, o que vai facilitar e levar essa tecnologia ao grande público. Paulo: Com mais players, a tecnologia vai ficando mais barata e vai ficando mais fácil de colocar em empresas e projetos de menor porte. Faz 10 anos que já se fala que o DVR vai acabar, mas ainda há muitos DVRs sendo vendidos. É necessário um processo de mudança de mentalidade em relação à essa tecnologia de vídeo análise, como acontece com qualquer outra tendência tecnológica. Digital Security: Como uma empresa de software consegue inovar sem ficar a mercê do que as fabricantes de hardware estão disponibilizando no mercado? Carlos: O hardware, para nós, é uma ferramenta que adquire informações para serem analisadas pelo software. Somos integrados com mais de 8 mil dispositivos, incluindo câmeras, controle de acesso, módulos de automação que controlam relés e sensores, além de outros softwares. O software, na realidade, é a inteligência de tudo. Enquanto uma câmera ou um controle de acesso possui atuação limitada, os nossos softwares conseguem abrir o leque e fazer tudo isso se comunicar e ter muito mais informações para atuar sobre um conjunto muito grande de dispositivos. Esse é o grande segredo do nosso negócio. Digital Security: Como a Seventh está se preparando para atender essa crescente demanda pela Internet das Coisas no mercado? Carlos: Para nós, quanto mais dispositivos puderem ser integrados em nossos softwares, melhor. Assim, temos mais informações a disposição para definir melhor as operações e melhorar os dados que disponibilizamos para nossos clientes. Se o dispositivo tiver IP, nós conseguimos integrar. Digital Security: Quais recomendações vocês dariam aos profissionais de segurança, instaladores e integradores para estarem mais preparados para esse futuro? Carlos: O principal é não se intimidar com a tecnologia. A tecnologia está aí para ajudá-los. Recomendamos sempre estar atento ao mercado, assistir vlogs, participar de cursos, etc. Inclusive, temos a Seventh Academy, criada em 2018, que é um centro de treinamento para qualificar profissionais em nossas soluções, permitindo que elas possam entender o que fazemos, como fazemos, qual o jeito certo de monitorar e todos os assuntos correlatos. Paulo: Temos uma agenda aberta do Seventh Academy em nosso site e todos os profissionais de tecnologia que se interessem podem acessar e se inscrever em nossos cursos. Nestas oportunidades, esse profissional aprenderá além da instalação e operação dos nossos softwares, também a parte de configurações de hardwares. São cursos bem completos e as pessoas que fazem cursos conosco conseguem extrair mais resultados das nossas soluções. DS



Artigos Inteligência Artificial

Seu rosto, sua chave: reconhecimento facial no controle de acesso por Erico Theis Pereira dos Santos*

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ecnologias biométricas de validação sempre causam admiração e “dão um ar” tecnológico e inovador a qualquer ambiente, e não é para menos, na era dos smartphones que desbloqueiam de forma segura apenas “olhando para você”, portar um crachá de identificação parece um tanto quanto antiquado. A bola da vez é o reconhecimento facial, que possibilita a identificação de pessoas à distância, sem a necessidade de pressionar, ou apresentar qualquer credencial de identificação, mas esta tecnologia é realmente confiável? Quais os benefícios e riscos de utilizá-la em ambientes corporativos? Da mesma forma que chamamos lâminas de barbear de “Gillette”, sempre que ouvimos o termo “biometria”, pensamos imediatamente na leitura das impressões digitais, afinal, estamos acostumados a cadastrar nossos dedos desde o surgimento das carteiras de identidade. Mas a palavra biometria em seu significado amplo, significa “o estudo das medidas de estruturas e órgãos de seres vivos”. A validação destes padrões biométricos para o controle de acesso aproveita-se de características únicas dos corpos humanos como íris e impressão digital, ou de artefatos produzidos pelo indivíduo como assinatura ou a voz, para autenticação. Esta chave pode ser utilizada na liberação de acesso físico em catracas e portas ou para acesso lógico, a sistemas ou smartphones, como têm sido amplamente utilizadas. Os sistemas Senior utilizam a validação biométrica para liberação em equipamentos há muitos anos. Para realizar o reconhecimento de uma pessoa por equipamentos biométricos, antes de mais nada, é necessário realizar um pré-cadastro obtendo uma imagem da parte do corpo a ser identificada (rosto, dedos, íris, etc). Através desta imagem, algoritmos de medição traçam padrões únicos da pessoa que está se cadastrando, armazenando o resultado destas medições em memória. Como as características das pessoas podem mudar com o passar do tempo (o dedo pode estar mais ou menos oleoso e o rosto pode estar com barba, maquiagem ou com o cabelo diferente do momento da validação), a cada tentativa de acesso os equipamentos de acesso comparam as medidas apresentadas em seus sensores com os padrões já armazenados na memória, aplicam um coeficiente de tolerância e comparam o resultado do algoritmo ao padrão gravado na memória. Para termos uma validação segura e ao mesmo tempo rápida, são definidos “índices de assertividade”. Este índice interfere diretamente nos “falsos positivos” e “falsos negativos”. Um “falso positivo” acontece quando a tecnologia erra na detecção de uma pessoa, liberando-a como se fosse outro usuário. Já o “falso negativo” ocorre quando uma pessoa devidamente cadastrada é bloqueada pelo equipamento, pois a biometria difere do padrão cadastrado. Para configurar a assertividade de acordo com o ambiente, as tecnologias geralmente dispõem de uma configuração de grau de conferência, que pode ser configurada de acordo com o ambiente. Em

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uma área restrita, por exemplo, é preferível que uma pessoa seja bloqueada e tenha que se posicionar melhor frente ao sensor, do que ser liberada indevidamente. Por outro lado, em algumas situações como, por exemplo, na saída de expediente de uma fábrica, pode ser melhor que uma pessoa consiga sair sem ser corretamente identificada, do que gerar fila e tumulto para que todos se posicionem de forma específica no sensor. Para entender como confiar nessa tecnologia para uso corporativo, mesmo que apresente a possibilidade de erro, quais as vantagens e riscos do reconhecimento facial e se já vale a pena investir neste tipo de identificação biométrica, leia o QR Code dessa página e acesse o artigo completo. DS

*Erico Theis Pereira dos Santos é Analista Técnico do Suporte de Gestão de Acesso e Segurança, Performance Corporativa e Aplicativos e Tecnologia da Senior Sistemas.



Entradas e Saídas

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