Digital Security 90

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Ano 8 • No 90 • Fevereiro/2019

90 ISSN 2238-5711

www.revistadigitalsecurity.com.br

Referência em tecnologia para o mercado de segurança eletrônica

Entrevista CARLOS BONILHA PRESIDENTE DA DIGIFORT

BR Properties

UNIFICAÇÃO REDUZ CUSTOS OPERACIONAIS EM IMÓVEIS COMERCIAIS

CRIADO NO BRASIL PREPARADO PARA www.digifort.com.br

mscommidia

O MUNDO! 1º SOFTWARE BRASILEIRO DE MONITORAMENTO IP

Exportado para mais de 130 países em 18 idiomas.


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#credibilidade

Dahua Technology, paixão em proteger o mundo A multinacional Dahua Technology, fundada em 2001, é uma das principais marcas de soluções inteligentes no setor de videomonitoramento no mundo. A empresa, com a sua visão disruptiva, está sempre empenhada em fornecer produtos e soluções baseados em Inteligência Artificial, IoT e Cibersegurança que permitem a entrega de soluções de segurança end-to-end, para as mais diversas verticais de C

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negócio. O Dahua Cybersecurity Center (DHCC) coopera ativamente com empresas como Symantec, McAfee, Intel e Synopsys, alcançando altos padrões de segurança e estabelecendo mecanismos de proteção que incluem organização, procedimento, tecnologia e serviço. A Dahua Technology foi a primeira empresa do setor a receber a certificação da TÜV Rheinland, estando em total conformidade com o GDPR(Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Européia).


www.dahuasecurity.com

+1.400

+6.000

+10.000

40%

Patentes Arquivadas

Parceiros de Negócios

Engenheiros de Pesquisa & Desenvolvimento

Crescimento médio por ano em vendas. Em 2017, o faturamento foi aprox. de 3 bilhões de dólares

P&D

+12 milhões

Garantia

+1.200

Investimento de +10% da receita em P&D.

Até 5 anos de garantia*

Câmeras vendidas por ano para mais de 180 países

Projetos brasileiros realizados para empresas públicas e privadas

42

+13.000

Design

173

Prêmios iF Design Award, uma das premiações de design mais conceituadas do mundo

Escritórios pelo mundo

Subsidiárias no Exterior

Colaboradores

Verificar com a Dahua Technology*

Alta tecnologia, qualidade e credibilidade


Editorial

Portas abertas Redação

H

á tempos o sistema bancário é um convite ao crime. Pouco importa o número de pessoas nas agências, se é dia ou noite; os bandidos sempre encontram uma maneira de agir. Os artifícios são inúmeros e sempre encontram novas maneiras de agir para roubar. Segundo dados do Centro Integrado de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (CIISP), o número de casos de ataques a agências bancárias e a caixas eletrônicos com explosivos aumentou 72% no estado de São Paulo no primeiro bimestre de 2018, em comparação com o mesmo período de 2017. O número de boletins de ocorrência passou de 18 para 31. Já os furtos e roubos a agências e aos caixas – incluindo explosivos, maçaricos ou o uso de outros tipos de armas, por exemplo - passaram de 76 no primeiro bimestre do ano passado para 84 nos primeiros dois meses de ano passado, uma alta de 10,5%. Se antes eram apenas as agências eram o alvo principal dos criminosos (e em boa parte ainda são), em tempos de inteligência virtual e internet das coisas, os ataques cibernéticos vêm se tornando a forma predileta de ação das quadrilhas. O cenário inspira cuidados. Ao mesmo tempo em que as agencias devem ter a capacidade de proteger clientes, funcionários e instalações, é ainda essencial oferecer aos clientes um estilo de “bancada” de autoatendimento mais aberto. Nesse ambiente, o monitoramento das áreas de alto risco é a principal questão para a segurança ao mesmo tempo em que é preciso garantir a segurança nos ATM. É preciso estar atento a todos esses riscos de segurança presentes, como roubos ou retiradas forçadas. Por isso, graças a velocidade com que os sistemas de segurança física estão se integrando, é hora de as instituições financeiras considerarem a implementação de sistemas de segurança abrangentes, combinando sistemas de vigilância e segurança convencionais aos sistemas antifraude que evitam a ação dos cybercriminosos. Com os ataques cibernéticos em ascensão, as identidades digitais podem ser comprometidas em grande escala, uma vez que os bandidos estão cada vez mais audaciosos no roubo de identidades, como IDs de usuário e senhas ou para criar contas falsas. Com ataques de phishing bem direcionados, difíceis de detectar e que garantem a intrusos maliciosos ampla permissão para (acessar) dados confidenciais, dispositivos e serviços online, os integradores, mais do que nunca, devem se preocupar em cruzar o mundo da segurança física e virtual. Uma abordagem integrada combina sistemas de segurança, monitoramento remoto e serviços de gerenciamento que aprimoram as eficiências operacionais de um banco e fornecem aos gerentes informações sobre os negócios. Com o monitoramento remoto, alertas e vigilância por vídeo ao vivo podem ser realizados em qualquer dispositivo móvel, o que permite que a equipe de segurança responda em tempo hábil. Para combater eficazmente os riscos cibernéticos e físicos, é necessário ter controles automatizados e integrados para detectar e prevenir ameaças conhecidas e desconhecidas em todas as etapas do ciclo de vida do ataque. Os ataques podem ser iniciados não apenas por atores externos, mas também por funcionários do banco, tornando crítico o papel do controle de acesso forte. Nesse caso, a solução ideal deve combinar segurança eletrônica (software bancário) e segurança física (câmeras de vigilância, controle de acesso, alarmes contra roubo) e a integração de ambos os sistemas – com um auxiliando o outro. Eis o segredo dos projetos mais bem sucedidos quando o tema é segurança ao sistema bancário – seja ele físico ou remoto.

Eduardo Boni Publisher

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Publisher

Eduardo Boni (MTb: 27819) eduardo.boni@vpgroup.com.br Editor Assistente

Gustavo Zuccherato gustavo.zuccherato@vpgroup.com.br Coordenador Editorial

Flávio Bonanome flavio.bonanome@vpgroup.com.br

Arte Flavio Bissolotti flavio.bissolotti@vpgroup.com.br

Comercial contato@vpgroup.com.br

Presidente & CEO Presidência e CEO

Victor Hugo Piiroja victor.piiroja@vpgroup.com.br Financeiro Rodrigo Gonçalves Oliveira rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br Atendimento Jessica Pereira jessica.pereira@vpgroup.com.br Digital Security Online www.revistadigitalsecurity.com.br

Tiragem: 22.000 exemplares Impressão: Gráfica Mundo

Al. Madeira, 53, cj. 91, 9º andar - Alphaville Industrial 06454-070 - Barueri, SP – Brasil + 55 (11) 4197 - 7500 www.vpgroup.com.br



Sumário

produtos e serviços

Intelbras

pg10 Fabricante lança kit pré-configurado de conexão sem fio para CFTV IP

TS Shara

pg10 Novos nobreaks para automação de portões eletrônicos

CASE STUDY

BR Properties

pg24 Johnson Controls conquistou um projeto para monitorar as operações, sistemas e tecnologias de manutenção predial e segurança de 18 dos 70 edifícios da BR Properties

Mercado

MERCADO

HID Global

pg12 Rogério Coradini assume como diretor de vendas para América do Sul Sistemas Metasys e C-Cure permitem centralizar toda a gestão no Centro de Operações Remotas da Johnson Controls em Sorocaba

entrevista

ISS

pg12 Novo diretor regional e quatro executivos reforçam equipe no Brasil

Carlos Bonilha

pg28

Presidente da Digifort

Seventh

pg14 Companhia anuncia crescimento de 43% em 2018

TENDÊNCIA

Bem vindo à máquina

pg16 Com o crescente surgimento de soluções que empregam Inteligência Artificial, o quão de fato precisamos destas ferramentas e o quanto é marketing?

Conheça a trajetória, os diferenciais e a visão sobre concorrência e tecnologia da desenvolvedora

ARTIGO

A avaliação de inteligibilidade de fala e sistemas de alarme pg34 6



95% Similar

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Conheça a linha de produtos com inteligência artificial e deixe os dados trabalharem por você! Siga a Hikvision nas redes sociais:


Banco de dados

Poder de processamento

Deep Learning

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL O FUTURO DA SEGURANÇA ELETRÔNICA

Reconhecimento Filtragem de Facial Falsos Alarmes

Contagem de Pessoas

Algoritmos Estruturados

Busca e Comparativo de Pessoas

Mais segurança e mais inteligência ao seu alcance.


Produtos e Serviços

Intelbras

Fabricante lança kit pré-configurado de

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A Intelbras lança no mercado o Kit conexão sem fio para CFTV IP, APC 5A-15. A solução é a primeira do tipo no país, com equipamentos pré-configurados que criam uma conexão sem fio a distância para a transferência de imagem, apenas ligando os equipamentos na tomada. A novidade vem para completar a linha de rádios IP outdoor da Intelbras, que possui produtos ideais para sistemas de segurança nos quais a passagem de cabos é um problema, como em elevadores, grandes áreas externas, praças, fazendas, etc. Além disso, a robustez e versatilidade dos equipamentos potencializa a aplicação para Smart Cities, Indústria 4.0, portos e aeroportos, além de se adequar perfeitamente para necessidades do agronegócio. Um perfeito exemplo para a aplicação de Smart Cities é o monitoramento de espaços públicos, como ruas e praças, pois geralmente são locais distantes das centrais de monitoramento e tornam difícil e caro o acesso por cabos.

A conexão wireless dos rádios IP também é protegida por criptografia, garante a Intelbras, impedindo o acesso aos dados, tornando a solução perfeita para cidades digitais. “A Intelbras valoriza em seus produtos o que seu cliente valoriza no dia a dia, que é a praticidade nas instalações e a oportunidade para agregar mais valor ao seu serviço”, afirma Amilcar Scheffer, diretor da unidade de Redes da empresa. “Às vezes percebemos que alguns profissionais têm a visão de que os produtos de redes são complexos, por isso a nossa missão é simplificar a tecnologia para torná-la mais acessível”, completa. O kit também é uma boa opção de custo-benefício, especialmente a partir de 250 metros de distãncia, já que poupa com gastos com cabos e conversores e ainda reduz o custo de trabalho. Além disso, a solução permite a flexibilização das instalações de câmeras pois, quando necessário, é só mudar a câmera de local e realinhar as antenas, sem depender da infraestrutura de cabeamento. DS

TS Shara

Novos nobreaks para automação

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TS Shara, fabricante nacional de nobreaks e estabilizadores de tensão, anuncia uma nova linha de nobreaks voltada para o segmento de portões eletrônicos. O UPS Gate + Universal foi desenvolvido para atender qualquer demanda no processo de automação de portas e portões eletrônicos residenciais e corporativos, com os recursos mais avançados de engenharia. Disponível nas potências 1.700VA, 2.200VA e 3.200VA, o UPS Gate + Universal é de fácil instalação e o único no mercado que oferece a função voltagem universal, a qual permite conexão com qualquer rede elétrica do país, seja 110V ou 220V. A nova linha ainda oferece tensão de entrada bivolt automática, 12 tomadas de saída para ampla possibilidade de ligação de equipamentos, função blecaute e também conta com desligamento e religamento automáticos. “Nosso portfólio atende diferentes setores e portes de empresas, permitindo o funcionamento seguro e sem interrupções dos trabalhos. A linha de nobreaks para portões é um destaque para corporações e residências, pois garante a segurança e comodidade dos usurários”, explica Pedro Al Shara, CEO da TS Shara.

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A conexão das baterias externas é de engate rápido, o que permite que o nobreak mantenha a funcionalidade do portão mesmo em queda de energia. O número de ciclos (abertura e fechamento) dependerá do tipo de bateria utilizada, mas a TS Shara sugere os modelos de 45 Ah e 60 Ah, e para o aumento da autonomia pode-se utilizar baterias de até 240 Ah. O produto ainda conta com ampla aplicabilidade, pois além do portão eletrônico, o nobreak pode ser utilizado em fechaduras para portões, módulos de controle de acesso, interfones, câmeras de monitoramento e centrais de comunicação. “O desenvolvimento da indústria nacional nos últimos anos permitiu o desenvolvimento de produtos acessíveis para todos os nichos. A falha no fornecimento de energia não é uma opção para nenhum deles. Por isso, apostamos em tecnologia e qualidade para atender as necessidades do cliente e evitar situações indesejáveis”, afirma Al Shara. O produto pode ser adquirido em centros de revendas e distribuidoras autorizados pela TS Shara. DS



Mercado HID Global

Rogério Coradini assume como diretor

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HID Global anunciou que Rogério Coradini é o novo diretor de ventas de Sistemas de Controle de Acesso Físico (PACS, por sua sigla em inglês) para a América do Sul. O executivo brasileiro atua na indústria de segurança há mais de 20 anos, principalmente no setor de controle de acesso, desempenhando funções gerenciais em diferentes mercados no Brasil. “Nosso principal desafio para este ano de 2019 é manter a taxa de crescimento alcançada em 2018; nossa marca alcançou um ótimo resultado no ano passado na América do Sul e nossa expectativa é continuar com a expansão dos negócios através da migração tecnológica, cada vez mais acelerada, das soluções de acesso móvel”, disse Coradini. Rogério garante que a demanda pelo Mobile Access da HID, por exemplo, vem crescendo exponencialmente ano após ano e que cada vez mais clientes da região, estão interessados na segurança, mobilidade e conforto dessas soluções. “Esta é uma tendência sem volta; a importância dos smartphones em nossas vidas é inquestionável e nosso desafio é disponibilizar aos usuários, uma ferramenta que combina dois fatores muito importantes: conveniência e segurança, o que é difícil obter com os cartões físicos”. A chegada de Rogério à nova posição é complementada pelo novo panorama tecnológico que está sendo formado na região, a partir das novas tendências que o mercado local está incorporando, como a Internet das Coisas, Big Data e segurança cibernética. Desde sua nova função, Coradini menciona que o mapa da América do Sul pode ser dividido em duas partes: a primeira composta por países como Argentina, Chile, Brasil, Colômbia e Uruguai, onde a HID Global já está entre as principais empresas do segmento de

identidade segura e controle de acesso, inclusive como líder de mercado em algumas verticais. “Esses países já possuem um mercado consolidado e mais maduro, neles teremos que continuar nos diferenciando através da inovação, da qualidade dos produtos e soluções e da credibilidade da marca. Na segunda parte do mapa estão os países que apresentam um interessante potencial de crescimento como Peru, Bolívia, Equador e Paraguai “, explicou o executivo. O novo diretor de vendas de PACS para a América do Sul é um profissional em gestão estratégica e possui um MBA (Master in Business Administration) em gestão comercial. Ele iniciou seu percurso na HID Global em 2015 como diretor de vendas de seu país natal, e está atualmente em sua nova posição desde o primeiro dia do ano em curso. DS

ISS

Novo diretor regional e quatro executivos

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econhecida pelos seus sistemas de vigilância de segurança e vídeo analíticos, a ISS anuncia a saída de Alexandre Nastro, que durante 11 anos atuou na empresa como country manager e, agora, parte para novos desafios profissionais. Em seu lugar, assume Daniel Feitosa, que nos últimos 6 anos gerenciou as regiões Norte e Nordeste e, agora, passa a liderar toda a equipe da ISS no Brasil. Além da troca de comando, a ISS também anuncia a contratação de quatro novos executivos, que atuarão para fortalecer a sua estratégia comercial no Brasil em 2019, ampliando a atuação em projetos de segurança públicos. Em função da grande procura de soluções pelos órgãos de segurança pública em todo o Norte e Nordeste do país, a ISS inicia 2019

reforçando sua equipe nesses locais. Na gerência regional de vendas para essas regiões, a empresa passa a contar com Wagner Vasconcelos, que substitui Daniel Feitosa. “As perspectivas para 2019 são as melhores possíveis, haja vista o alto nível tecnológico das soluções e o reforço da atuação comercial e técnica da ISS no país. Vamos trabalhar para o crescimento da participação da ISS nesses mercados, principalmente em projetos segurança pública, que é uma demanda forte aqui no Nordeste e, também, na região Norte”, afirma. Para o setor de pré-vendas, a ISS contratou Ari Araújo, que acumula 30 anos de experiência em empresas de tecnologias e instituições de saúde. O executivo atuará nos contatos iniciais com o cliente, apresentando as soluções, conhecendo suas necessidades

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alarmte


PRESENTE EM MAIS DE 9 MIL AGÊNCIAS BANCÁRIAS PELO PAÍS O sistema de segurança e autodefesa da Alarmtek integra videomonitoramento, alarme e neblina para desorientar qualquer ação de bandidos. Instalada em mais de 9 mil agências bancárias pelo país, a tecnologia também é indicada para proteger farmácias, joalherias, ERB’s, casas lotéricas e outros alvos.

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Mercado WDC Networks

e entregando as melhores soluções, e dará suporte ao pós-vendas, apresentando projetos e estudando as aplicações. “Fazer parte da ISS é um reconhecimento ao meu trabalho e, sem dúvidas, um momento importante na minha carreira. Em um primeiro momento, irei trabalhar de forma mais consultiva, dando apoio ao Wagner Vasconcelos principalmente em Fortaleza, Recife e Salvador”, detalha. Apesar de os analíticos serem conhecidos e populares nas regiões Sul e Sudeste, eles ainda não são muito utilizados nos projetos de videomonitoramento. Para aumentar as vendas de analíticos de vídeo e, consequentemente, ampliar sua atuação e receita nessas duas regiões, a empresa contratou para a gerência regional de vendas o executivo Gustavo Maciel. Com passagens pela WDC Networks, Gunnebo Brasil e AlarmTek Eletrônica, Gustavo conta com mais de 20 anos de experiência no mercado de segurança eletrônica em toda a América Latina e se apoiará em seu histórico de sucesso na implementação de planos de marketing para expandir a base de clientes. “Os analíticos são uma tendência que veio para ficar, e diversos setores poderão investir nesse produto em 2019. É, sem dúvida, um mercado que vai crescer muito este ano, sobretudo nos ramo de transportes (rodovias, portos, aeroportos) e, principalmente, varejo (para o controle de perda de produtos)”, destaca. A região Centro-oeste também passará a ser observada sob uma nova ótica comercial e estratégica a partir de 2019. “Boa parte das empresas que atuam na região focam, hoje, apenas em projetos governamentais. Já a ideia da ISS é ir (bem) além deste mercado, abrindo o leque e abrangendo o agronegócio e as indústrias”, afirma Clístenes de Paula. Recentemente contratado para a gerência regional de vendas do Centro-oeste, o executivo conta com 30 anos de carreira e passagens pela Caixa Econômica Federal, Sebrae Na-

cional, Enterasys Networks, Redesul Informática e América Tecnologia. Seu maior desafio será estruturar uma rede de parceiros que tenham capacidade para compreender a abrangência e as necessidades desses mercados. Para Daniel Feitosa, que atuará como diretor regional da ISS no Brasil, a empresa vive seu melhor momento no país, e a maturidade da equipe é reflexo do sucesso e da popularidade das soluções em projetos de Norte a Sul. “Poder contar com pessoas experientes, com grande vivência em tecnologia e totalmente alinhadas com os nossos valores é um incremento importante em nossa estratégia. Tenho certeza que, com a ajuda desses reforços, vamos alcançar as metas traçadas, e consolidar ainda mais a nossa presença em projetos que fazem a diferença”, declara. DS

Seventh

Companhia anuncia crescimento

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pesar do ano conturbado para a economia, a crise passou longe de alguns setores do mercado brasileiro. A Abese (Associação Brasileira de Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança) apurou em uma pesquisa nacional que a sensação de insegurança refletiu na procura maior por itens de proteção e vigilância em 2018. Enquanto a economia do país registrou expansão de 1,38% entre janeiro e novembro do ano passado, segundo o índice de atividade econômica, IBC-Br (considerado uma prévia do Produto Interno Bruto – PIB), a Seventh registrou 43,62% no crescimento do faturamento em relação a 2017. Para o diretor da empresa de software de Florianópolis (SC), Carlos Schwochow, o mercado em expansão, a participação em eventos e os investimentos em inovação impulsionaram os resultados da Seventh. “Investimos em novos produtos e na melhoria daqueles que já tínhamos, sempre acompanhando a evolução das tecnologias que são aplicadas no setor de segurança. Além disso, a participação em eventos específicos do setor é uma grande ferra-

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menta para a apresentação destes investimentos na forma de novos produtos. Isso abre oportunidades para novos negócios e nos dá mais competitividade no mercado”, explica Schwochow. Com o aquecimento nos resultados, a empresa também apostou em converter parte da receita na ampliação das equipes. Em um período repleto de cortes e oscilações na política e economia, a Seventh registrou aumento de 60,71% no quadro de profissionais entre fevereiro de 2017 e janeiro de 2019. “Temos todos os motivos para acreditar que 2019 será outro ano forte. Começamos desenvolvendo hardwares e nem sonhávamos chegar onde estamos agora, com mais de 1 milhão de câmeras monitoradas em cerca de 10 mil projetos de monitoramento. Nossa projeção é superar os 40% de crescimento”, destaca o diretor Paulo Schwochow. Os diretores revelaram ainda que neste ano a empresa deve focar em uma expansão maior no Brasil e América Latina, atuando em mercados pouco explorados, no lançamento de novas tecnologias e na melhoria contínua das soluções existentes. DS



Tendência O IMPACTO DA IA NA SEGURANÇA

Bem vindo Com o crescente surgimento de soluções que empregam Inteligência Artificial, o quão de fato precisamos destas ferramentas e o quanto é marketing? por Flávio Bonanome

A

té há pouco tempo, era comum ouvirmos a máxima “qualquer sistema de monitoramento é tão bom quanto a pessoa atrás dos monitores”. Apesar de repetida ao ponto de tornar-se um clichê do mercado, poucas frases de efeito são tão verdadeiras como esta tornou-se conforme foram surgindo experiências e estudos sobre o impacto do elemento humano em um sistema de vídeomonitoramento. Nos anos da era analógica, ou mesmo no começo dos sistemas digitais, grande parte da utilidade de um sistema de vídeomonitoramento estava em fornecer informações para investigação após alguma ocorrência. As raras vezes em que era possível atuar preventivamente dependiam exclusivamente das habilidades de atenção, percepção e leitura de contexto do profissional por trás das telas. Claro que como qualquer sistema onde o elemento humano é crucial, a incidência de erros e stress aplicado sobre o operador formaram o grande gargalo da segurança.

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Segundo uma pesquisa realizada em 2018 pela Universidade Católica de Pelotas, onde foram entrevistados mais de 223 vigilantes de 13 empresas prestadoras diferentes, mais de 19% possuem algum problema de saúde relacionado ao stress, 30% costumam se automedicar para combater sintomas como ansiedade e fatiga e mais de 63% se dizem estressados. Outra pesquisa do mesmo ano, desta vez feita pelo pelo Centro de Proteção da Infraestrutura Nacional do Reino Unido, apontam outros problemas relativos à mão de obra exclusivamente humana. De acordo com o estudo, cerca de 80% de todos os julgamentos realizados por profissionais atuando em monitoração são feitos baseados em estereótipos ou crenças pré-existentes, onde se enquadrariam preconceitos raciais, religiosos, étinicos ou mesmo relativo à vestimenta e status social. Diante deste desafio, era bastante óbvio que a indústria buscaria desenvolver ferramentas que minimizassem o impacto humano


Tendência O IMPACTO DA IA NA SEGURANÇA

O uso de algorítmos de Deep Learning permite que um sistema aprenda por meio de identificação de padrões

na predição de ocorrências. Os próprios analíticos embarcados em câmeras ou fornecidos por softwares VMS permitiram criar relatórios estatísticos bastante úteis para entender vulnerabilidades e modus operandi de incidentes mais comuns. Claro que este tipo de inteligência é bastante útil quando se trata de um sistema muito grande, quando por exemplo o CCTV unificado de uma grande rede varejista com dezenas de lojas. A quantidade de informação estatística que um sistema desse é capaz de compilar traz informações muito mais ricas do que a que um pequeno lojista ou condomínio consegue recolher ao longo de seu uso. Seria necessário que as informações acumuladas ao longo do uso geral destes equipamentos pudesse ensinar para outros iguais as informações que estavam sendo agregadas. É neste ponto que entram algumas das principais BuzzWords dos últimos anos no mercado da segurança eletrônica. Se você nunca ouviu esta expressão, BuzzWords são espécies de chavões que

pairam sobre um segmento da indústria de tecnologia durante algum tempo, uma mistura de tendência e moda, quase como se todo novo desenvolvimento deste mercado obrigatoriamente precisasse estar ligado à algumas destas palavras. E aqui estamos falando de AI (Inteligência Artificial), Big Data e Deep Learning. Agora que você já leu as três expressões, com certeza já sabe do que se trata uma BuzzWord. Aliás, se você está de alguma forma ligado à indústria da segurança eletrônica, tenho certeza de que não conseguiu passar os últimos 12 meses sem ler ou ouvir essas palavras. Só aqui na Digital Security, publicamos nos últimos 12 meses 110 matérias (de um total de 451) que continham algumas destas palavras, sendo “Inteligência Artificial” a grande campeã com 73 materiais Mas então, seria o uso de IA o grande avanço tecnológico capaz de reduzir o impacto negativo do elemento humano nos sistemas de segurança? Além disso, o que mais esta tecnologia tem à oferecer

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Tendência O IMPACTO DA IA NA SEGURANÇA

Alguma das aplicações mais comuns de IA é o uso para reconhecimento facial em sistemas de vídeo-monitoramento

para a atividade de monitoramento? E mais importante, seria ela algo que de fato está sendo implementado para além do efeito marketeiro da BuzzWord? Aprendendo a aprender Para responder aos questionamentos anteriores, primeiro precisamos definir com cautela como se define o que é Inteligência Artificial. O termo surgiu pela primeira vez em 1956 quando um dos maiores nomes das Ciências da Computação de todos os tempos, o professor emérito da Universidade de Stanford Jonh McCarthy organizou uma conferência sobre o tema em Darthmouth, nos Estados Unidos. O objetivo do professor era reunir as principais vanguardas do estudo de “máquinas pensantes” para debater e comparar os diferentes esforços de pesquisa neste campo. Segundo McCarthy, o termo representava certa neutralidade de forma a não parecer que o evento estava endossando especificamente alguma das áreas de pesquisa a ser apresentadas. Esta conferência é considerada o marco do surgimento do campo do conhecimento de Inteligência Artificial. De lá para cá muitos avanços aconteceram, e com eles diversas atualizações na definição se um sistema possui ou não inteligência artificial. Desde o mais simples “máquinas que automatizam tarefas complexas”, até “Sistemas capazes de coletar informações do ambiente, analisar e decidir a melhor forma de atingir um objetivo específico”, passando por “máquinas capazes de imitar o comportamento humano”. Hoje, porém, é mais comum pensarmos que sistemas de Inteligência Artificial são aqueles que, além de misturar todas as definições acima, são capazes de aprender. A grande revolução da IA que colocou ela como BuzzWord 60 anos depois de seu primeiro uso é a aliança com outro conceito, o do DeepLearning, o que significa que cada vez que um sistema realiza a tarefa para o qual foi feito, ele aprende algo com aquilo e fará melhor da próxima vez.

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Essa tecnologia permite que, ao invés de criar algorítimos específicos e complexos para realizar tarefas como reconhecimento de texto em imagem, por exemplo, o programador possa ensinar a máquina a aprender como fazê-lo. Com isso feito, basta expo-la a um número de situações o bastante para que ela seja capaz de reconhecer os padrões e conseguir realizar sua tarefa, sempre aprimorando-se. É através deste aprendizado de padrões que câmeras inteligentes e softwares VMS são capazes de reconhecer comportamentos de risco ou realizar leituras de placas de carro, por exemplo. Ao comparar com o banco de dado de todos os padrões aprendidos pela máquina, o sistema é capaz de realizar um reconhecimento de forma muito mais precisa e complexa do que uma máquina unicamente programada para atividade. “Um ótimo exemplo disso é nosso LPR (Leitura de Placa), que hoje traz índices de assertividade de 95% mesmo com veículos em velocidades de até 210 km/h”, afirma Daniel Feitosa, Diretor Regional da ISS no Brasil. Sigla para Inteligent Security Systems, a ISS é uma das principais desenvolvedoras globais de software para vídeo-vigilância e que atualmente está na crista da onda quando o assunto é uso de inteligência artificial. “Todos os analíticos de vídeo de nosso software SecurOS utilizam a Inteligência Artificial atualmente. Utilizamos para o aprendizado dos algoritmos na leitura de placas, na classificação entre pessoas, veículos, animais e objetos, no reconhecimento de caracteres dos contêineres, no reconhecimento de caracteres para leitura de vagões de trem e no reconhecimento facial”, explica Feitosa. Um mercado em expansão frenética Parte do que torna o desenvolvimento de soluções de Inteligência Artificial tão atrativo é que vai de encontro com o que as gigantes da tecnologia estão desenvolvendo neste exato momento. A própria ISS integra, além de seu desenvolvimento interno, ferramentas e soluções da Intel e um algoritmo de código aberto chamado “Caffe”,



Tendência O IMPACTO DA IA NA SEGURANÇA

um dos mais populares para o reconhecimento de padrões em imagem. Como esta facilidade, os produtos deixam de ser desenvolvidos unicamente por grandes empresas prioritariamente para aplicações de alto-nível. O ecossistema de Inteligência Artificial é bastante rico no mundo das start-ups e de aplicações de nível mais acessível. É o caso da empresa japonesa Earth Eyes Corp que fez grande alarde em 2018 com um projeto chamado “AI Guardman”. A ideia é que pequenos comerciantes instalem uma câmera única de ângulo aberto em seus estabelecimentos. Usando um algorítmo de código aberto desenvolvido pela universidade de Carnegie Mellon (EUA), a câmeras e comunica com um software rodando em nuvem que compara as imagens do feed de vídeo com um banco de dados de poses e comportamentos das pessoas para levantar comportamento suspeito e alertar o proprietário da loja ou vigilante responsável. Tendo funcionado em uma espécie de Trial no Japão por 6 meses, a Earth Eyes Corp anunciou uma redução de 40% na taxa de furtos e outras ocorrências nos estabelecimentos que participaram dos testes. Claro que os números não são exatamente auditados de forma independente e vieram junto com o lançamento comercial do produto, então já fica o alerta. O destaque, porém, é a própria chegada do sistema ao mercado, que sairá pelo equivalente a US$ 2.150 mais uma assinatura mensal de US$ 40. Essa popularidade também ajuda as grandes marcas a explorarem este tipo de solução em países como o Brasil. De acordo com Daniel Feitosa, da ISS, todos os clientes que usam as soluções da marca no país contam com suporte em inteligência artificial. Só para exemplificar, no que diz respeito à captura de placas são mais de 3 mil câmeras integradas ao SecurOS fazendo este trabalho em território nacional. É claro que, mesmo com a popularidade da tecnologia, ainda há algumas barreiras para o mercado nacional. “A utilização de IA pela ISS nos outros países está bem mais avançada do que no Brasil, pois possuímos algumas soluções que utilizam hardwares desenvolvido

O AI Guardman foi desenvolvido pela Startup japonesa Earth Eyes Corp e criou alarde ao divulgar uma queda de 40% nos furtos em lojas

por nós em conjunto com algumas de nossas soluções de IA. Contudo, questões fiscais e de homologação nos órgãos legais do Brasil fazem com que essas soluções ainda não estejam disponíveis para o mercado nacional”, conta Feitosa.

“Questões fiscais e de homologação nos órgãos legais do Brasil fazem com que essas soluções ainda não estejam disponíveis para o mercado nacional”, afirma Daniel Feitosa, Diretor Regional da ISS no Brasil

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Não é só marketing Voltando à nosso questionamento inicial. A inteligência artificial chegou para ficar ou é mais uma BuzzWord focada em convencer compradores a fechar negócios? Um pouco dos dois. Da mesma forma que as vantagens da tecnologia são claras e as aplicações favorecem inúmeras vertentes do mercado de vigilância, a prevalência do termo em tudo que é novo acaba ganhando uma conotação negativa. Não há discussão na utilidade da tecnologia e como ela vai cada vez mais revolucionar a forma como planejamos e dimensionamos os sistemas de segurança. A dúvida é se todas as aplicações realmente carecem dela. É como se questionar se você realmente via precisar que seu fogão esteja conectado à internet ou se você precisa de um carro que chega a 240 km/h para andar em uma cidade como São Paulo onde a velocidade média raramente passa dos 30 km/h. Ao mesmo tempo, os resultados que vêm sendo apresentados por aplicações inteligentes, empolga e nos deixa ansiosos pelo que ainda está por vir neste segmento. Até onde poderemos contar com máquinas capazes de aprender e executar de forma inteligente onde nós cometemos falhas e qual será o impacto em questões como aprendizado, profissionalização e mão-de-obra. Mas isso é assunto para outra reportagem. DS


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Projetado para alto desempenho, capacidade e resiliência, o Appliance de Inteligência Artificial Avigilon (Appliance de AI) oferece hardware de última geração e vem em dois modelos comportando até 60 câmeras de 2 MP para escalabilidade empresarial.

Análise de vídeo para câmeras não analíticas Habilita a inteligência do vídeo analítico de autoaprendizagem da Avigilon em qualquer câmera não analítica compatível, permitindo o reconhecimento preciso de movimentos de pessoas e veículos.

GÊNERO: FEMININO ROUPA: PARTE SUPERIOR

Pode ser associado ao ACC para habilitar a Appearance Search O GPU integrado é compatível com a tecnologia Avigilon Appearance Search™ no software Avigilon Control Center (ACC)™ independentemente do gravador de vídeo em rede utilizado.

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Case Study BR Properties

Reduzindo A Johnson Controls conquistou um projeto para monitorar as operações, sistemas e tecnologias de manutenção predial e segurança de 18 dos 70 edifícios da BR Properties

por Gustavo Zuccherato

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ma das maiores empresas de investimentos em imóveis comerciais do Brasil, a BR Properties está passando por um processo de modernização e unificação das suas estruturas de segurança e automação predial. O projeto já trouxe economia de 15% nos custos operacionais além da melhoria nos processos organizacionais para a companhia. Com foco na aquisição, locação, administração, incorporação e venda de imóveis comerciais, especialmente imóveis qualificados como escritórios, galpões industriais e de varejo, localizados nas principais regiões metropolitanas do Brasil, a BR Properties atualmente possui 70 imóveis prontos ou em desenvolvimento nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre e outros. Com a proposta de dedicar especial atenção ao relacionamento com seus inquilinos, de forma a ser efetivamente provedora de soluções imobiliárias para as empresas ocupantes dos imóveis, a

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BR Properties busca sempre antecipar tendências e necessidades do mercado. O investimento em tecnologia, portanto, sempre foi uma forma de oferecer um diferencial a mais para os clientes. Como é de se esperar, a BR Properties contava com inúmeras empresas prestando serviços nos empreendimentos, cada um com seu gestor, seus processos, procedimentos, contratos e demandas, o que tornou a administração descentralizada e a qualidade não homogênea. Para tentar solucionar essa questão e prover o melhor gerenciamento dos seus empreendimentos, a companhia estabeleceu em 2018 uma parceria com a Johnson Controls. Com um portfólio de produtos e serviços extenso e knowhow em todas as frentes de manutenção e sistemas aplicados nos empreendimentos, integrando todos os aspectos de um edíficio - desde a segurança e proteção contra incêndio até o condicionamento de ar e gerenciamento de energia -, a Johnson


Case Study BR Properties

O Centro de Operações Remotas da Johnson Controls permite a gestão especializada completa de todos os sistemas e tecnologias de um edifício inteligente e conectado

Controls foi a empresa escolhida para unificar as operações de manutenção predial e de tecnologia de 18 dos 70 edifícios da BR Properties. São nove empreendimentos em São Paulo, oito no Rio de Janeiro e um no Distrito Federal, com uma média de 2 mil pessoas circulando todos os dias em cada empreendimento. “Possuíamos contratos de serviços em alguns empreendimentos da BR Properties. A partir de então, criamos uma estratégia baseada nos contratos vigentes a época e fizemos uma primeira investida, mas considerando a totalidade do portfólio”, disse Thiago Ribeiro, coordenador de serviços da Johnson Controls. “Após esse contato inicial e já com a atenção do cliente, montamos uma estratégia comercial que se tornou a base da nossa operação”. Para compreender todas as etapas e processos de trabalho que seriam necessários para atender todos os empreendimentos, a Johnson Controls sempre realiza um trabalho prévio de consultoria para um levantamento detalhado em campo. “Fazemos vistoria

do estado de cada equipamento, com tagueamento e relatório detalhado para, em seguida, vivenciar na prática a singularidade de cada operação. Assim, nos primeiros meses, entendemos junto com cada administradora a real necessidade de integração, as principais informações e sua real importância”, pontua o coordenador. Após esse levantamento, a empresa monta o plano de padronização para identificar se, de fato, as instalações atuais atendem às expectativas levantadas pelo cliente. “A partir de então, iniciamos a integração das plantas que atendiam as especificidades e montamos em conjunto um plano de investimento para os empreendimentos que necessitavam de retrofit”, pontua Ribeiro. De acordo com o coordenador, em alguns empreendimentos foi necessário apenas incluir alguns hardwares gerenciadores para realizar a leitura e processamento dos dispositivos já implantados para o padrão necessário, enquanto que em outros foram realizados retrofits de média à alta complexidade. A Torre Nações Unidas, por exemplo, exigiu a instalação de gerenciadores e alguns controladores, enquanto o Plaza Centenário incluiu dezenas de controladores e sensores. “Quando assumimos a operação, os empreendimentos possuíam grande variação de marcas e qualidade de hardware, desde Samsung até marcas chinesas”, pontua. “Atualmente, podemos dizer que a marca que mais aparece nas instalações da BR Properties é a linha Ilustra, em conjunto com o sistema exacqVision para CFTV. Na área

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de controle de acesso, passamos por um processo de padronização baseado no sistema C-CURE que aperfeiçoou a operação de todo o parque de equipamentos, além de permitir projetos com interação dos usuários com os empreendimentos. Em um dos locais, também contamos com o sistema de intrusão da DSC com sensores Bosch”. De forma geral, as câmaras monitoram as áreas de entrada e de saída, além de pontos críticos definidos em parceria com a equipe de segurança. A Johnson Controls é responsável pela operação remota dos sistemas, centralizando os dados e a inteligência dos empreendimentos no Centro de Operações Remotas (ROC), localizado na sede da companhia em Sorocaba, no interior do estado de São Paulo. “Atualmente, todos os dados são direcionados via VPN para nossa central de operações e, ainda em 2019, a equipe de TI da BR Properties fará adaptações na estrutura de transmissão de dados para a transmissão direta ao nosso ROC. Contratamos uma empresa de telecomunicações que realiza esse tipo de serviço” A central funciona 24 horas baseado nos sistemas de automação Metasys e de controle de acesso C-CURE. No mercado desde 1990, o Metasys é um sistema de automação que integra diversos tipos dispositivos - como sensores, controladores e gerenciadores - e sistemas informatizados, tanto em servidores locais como em nuvem. Trabalha com diversos protocolos, desde Modbus, Bacnet e M-BUS, até Lon Works, N2 e KNX, oferecendo gráficos foto-realistas para melhor visualização e rápida solução de problemas por meio de dispositivos móveis, como celular ou tablets, graças à sua linguagem HTML 5 totalmente criptografada. Estes gráficos são facilmente criados no Metasys sem a necessidade de qualquer software ou ferramentas adicionais, reduzindo significativamente o tempo de trabalho. Já o C-Cure centraliza todo o sistema de controle de acesso, permitindo que os administradores criem suas regras, façam o cadastro de usuários e obtenham relatórios detalhados a partir de uma plataforma unificada. Já que o servidor SAS fica em rede local com as controladoras e softwares clientes de acesso, a comunicação é rápida e eficiente para liberação de acesso. Ao mesmo tempo, o empreendimento pode ter autonomia total para fazer a intervenção no hardware e outras manutenções, sem gerar impacto em todo o sistema de controle de acesso dos empreendimentos integrados. “Os gestores e condôminos podem acessar os empreendimentos por meio de políticas globais de acesso, como por exemplo, locatários que possuam sedes em mais de um empreendimento podem ter acesso através de um cadastro único”, diz Ribeiro. “Além disso, o gestor tem acesso aos status dos empreendimentos, a saúde dos sistemas, a ocupação de áreas controladas, como salas de reuniões, entre outras funções”. A operação no ROC é feita pelo time técnico da Johnson Controls, que seguem procedimentos estabelecidos em parceria com a BR Properties e com o Grupo GR, responsável pela equipe de segurança privada dos locais, resultando em melhor performance e na redução de postos de trabalhos residentes dos locais. “A entrada da Johnson Controls nos trouxe de forma imediata grande impacto quanto à qualidade de execução das tarefas do dia a dia, processos e procedimentos, mesmo com redução de 20% da equipe de atendimento, se comparado à empresa anterior”, explica Ruddy Ricci Fuchs, gerente de operações e facilities da BR Properties. “Além de toda tecnologia agregada na operação e da supervisão dos empreendimentos, identificamos uma redução de 15% do OPEX, possibilitando redução das taxas condominiais, além de retorno de 2,7% dos valores investidos desde o início do contrato”, finaliza Fuchs.

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“Acredito que o ponto que torna viável e interessante um projeto como este para os clientes é o fato de poder centralizar sua operação, garantir um ponto central de comunicação e responsabilidade pelas rotinas diárias, e também, sem dúvida, do poder de negociação”, ressaltou Ribeiro. “Aliado a tudo isso, a Johnson Controls oferece uma atuação com o foco no cliente, garantindo seu conforto, segurança e alto nível de disponibilidade além do capacidade de se adaptar às constantes mudanças quanto à expectativa do cliente”. A multinacional norte-americana disponibiliza 100 especialistas nas áreas de mecânica, elétrica e civil para a manutenção predial dos edifícios. Além disso, a Johnson Controls implementou o controle de acesso C-Cure, que tem o objetivo de integrar o controle de acesso de todos os empreendimentos em uma única plataforma. “Com todas as soluções aplicadas em suas operações - como mecânica, elétrica, civil, sistema de automação predial, sistema de detecção e alarme de incêndio, CFTV (circuito fechado de TV), alarme de intrusão, entre outras -, somos um parceiro que propõe a inteligência nas propriedades administradas pela BR Properties. Por meio de relatórios gerenciais com aplicações personalizadas e tratativas diferenciadas de suporte de software e hardware, a Johnson Controls permite análises avançadas em tempo real para o cliente”, conclui Eduardo Abel, diretor de vendas da Johnson Controls no Brasil. DS



Entrevista Carlos Bonilha - Digifort

Criado no Brasil, Presente em mais de 140 países, a Digifort compete em nível de igualdade com os grandes softwares de nível mundial. Nesta edição, conversamos com Carlos Bonilha, presidente da companhia sobre a trajetória, concorrência, tecnologia e os diferenciais da marca por Por Gustavo Zuccherato / Foto: Flávio Bonanome

Confira essa entrevista completa e em vídeo em nosso site www.revistadigitalsecurity.com.br

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m um segmento em que estamos acostumados a sermos bombardeados com os méritos de empresas estrangeiras, como é o caso da segurança, a Digifort é um exemplo de que o Brasil abriga sim capacidade de inovação em tecnologia. Made in Brazil e traduzido para 18 idiomas, a empresa possui atualmente 14 escritórios internacionais e conquistou presença em mais de 140 países, consagrando-se como uma das maiores desenvolvedoras de soluções em software a nível mundial, mas mantém suas raízes firmes em território nacional. No DS Entrevista deste mês, visitamos Carlos Bonilha, presidente da Digifort. Durante a conversa, o executivo falou da trajetória da companhia, a concorrência, as tecnologias emergentes e os diferenciais que fizeram a marca conquistar números tão expressivos no mercado mundial. Digital Security: A Digifort hoje é uma marca mundial presente em mais de 140 países. Este sempre foi o objetivo, ou quando a empresa nasceu o foco era o mercado nacional? Carlos Bonilha: O nosso foco era nacional. Quando nós pensamos e começamos a desenvolver o software, até pela oportunidade que tivemos, o foco era o Brasil e, inicialmente, São Paulo. Isso veio

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crescendo de uma tal maneira que a gente acabou expandindo internacionalmente. Começamos em 2002 e em 2009 surgiu uma oportunidade de um distribuidor na Austrália, que nos contatou através do site para conhecer o produto. Eles vieram ao Brasil, conversaram conosco e nós tivemos a ideia de colocar o software fora do Brasil. Foi aí que começou essa oportunidade de colocar para outros continentes. Nós abrimos o primeiro escritório internacional na Austrália para poder distribuir a partir de lá para outros países. Digital Security: Durante o crescimento da empresa, você sentia que existia preconceito dos clientes brasileiros por ser uma empresa de tecnologia nacional? Isto ainda existe? Carlos Bonilha: É claro. Pelo menos no começo, aconteceu bastante isso conosco. Quando nós começamos a colocar o produto primeiramente no Brasil foi muito dificil mostrar para os distribuidores que existiam na época que o nosso produto nacional poderia ser tão bom quanto os importados. Até porque eles já tinham os produtos importados e, por isso, nós saímos atrás e corremos atrás. Esses distribuidores realmente não acreditavam no produto nacional. Tivemos uma


Entrevista Carlos Bonilha - Digifort

dificuldade muito grande em colocar o produto no mercado porque nossos concorrentes eram mais fortes. Os distribuidores diziam para nós que não havia necessidade de um produto nacional porque já haviam os importados, que ele dificilmente iria funcionar, que precisavam de mais suporte e de uma maior tecnologia. São coisas que a gente tentou convencê-los. Foi realmente muito difícil no começo, tivemos que batalhar bastante. Além disso, tudo foi feito através do nosso próprio investimento, sem nunca usarmos o dinheiro do governo. Mas com o trabalho que nós fizemos diretamente com integradores e clientes-finais, nós fomos convencendo esse pessoal que o software nacional poderia ser tão bom quanto qualquer produto importado. Isso foi sendo reconhecido vagarosamente e hoje somos líder absolutos no mercado. Digital Security: Como você diria que a Digifort está posicionada hoje com relação aos grandes desenvolvedores estrangeiros? Carlos Bonilha: Aqui no Brasil todos os nossos colaboradores, integradores e distribuidores fizeram um trabalho excelente de divulgação do produto, até pelas características que nós temos, então conseguimos ganhar bem o mercado e ser líder absoluto. Então a nossa concorrência aqui não é tão grande. É claro que, para se manter no topo, é muito difícil porque hoje eu tenho vários concorrentes internacionais presentes no Brasil. Em sua categoria, o Digifort compete com os softwares internacionais e, lá fora, já brigamos de frente com todos esses grandes fabricantes. A Digifort já é muito conhecida e também passa a ser uma referência em vários países, porque vende muito. Hoje, eu diria que estamos equiparados com os maiores softwares do mundo. Se a gente disser que temos, no mundo, uns 10 softwares de alta qualidade, o Digifort vai estar entre eles sem dúvida nenhuma. Esses são os comentários dos próprios fabricantes de hardware que nos passam essa informação, que a Digifort é um produto de alta qualidade, alta disponibilidade e que se equipara aos grandes softwares do mundo. Digital Security: Hoje a Digifort enfrenta concorrência tanto de empresas estrangeiras quanto nacionais. Qual concorrência incomoda mais?

No começo, os distribuidores diziam que não havia necessidade de um produto nacional porque já haviam os importados, que dificilmente iria funcionar, que precisavam de mais suporte e maior tecnologia.

Carlos Bonilha: Depende do qual módulo a gente fala. Os grandes concorrentes da Digifort, na categoria dela, são os importados. Não temos softwares nacionais com todos os módulos que temos que possam competir diretamente com a Digifort, apenas os importados, sem dúvida nenhuma. Mas alguns módulos que a Digifort possui, tem alguns softwares nacionais que competem com a Digifort, mas o que mais incomoda, sem dúvidas, são os estrangeiros. Além deles terem um poder aquisitivo muito maior para propaganda, para entrar no cliente, eles também tem um software de alta qualidade, que se equipara ao nosso. Digital Security: Para você, quais foram os principais pontos da história da Digifort que levaram a plataforma a conquistar a atenção de tantos clientes e parceiros no Brasil e internacionalmente? Carlos Bonilha: Foi um trabalho que foi feito desde a base com os nossos clientes, o usuário-final e o integrador. O respeito ao integrador e ao cliente-final, o atendimento e o suporte, a estabilidade e qualidade do produto, o preço muito acessível, o trabalho de participação nos eventos para mostrar o produto, foram pontos fundamentais. Mas, principalmente, é estar ao lado do cliente quando ele precisava. Nós trabalhamos muito com o cliente-final para mostrar o nosso produto. A partir daí, entregamos o trabalho para o integrador e o distribuidor. A Digifort vai até o cliente-final, como todos os fabricantes, para que mostre a sua marca e sua qualidade. São tantos módulos e facilidades que oferecemos no Digifort que, as vezes, o próprio integrador não conhece tudo. Por isso, nada melhor que a fábrica mostrar para o cliente e, a partir daí, o integrador vai fazer o seu trabalho. Sempre falamos que para você poder vender o seu produto, você precisa conhecê-lo muito bem. Então é importante que o integrador faça a sua certificação, porque quanto mais ele conhece, mais ele vai vender. Nós dizemos até que não adianta você querer vender para vários clientes e depois abandoná-los. É preciso vender e manter o seu cliente. Para isso é preciso ter respeito e quando ele precisar, o integrador deve estar junto dele para mostrar as facilidades e os novos módulos que o produto tem. É assim que o cliente vai ser fidelizado. Digital Security: O termo “tropicalização” é usado quando se fala em adaptar um produto estrangeiro às necessidades locais de um país como o Brasil. Como foi fazer o caminho inverso? Você se lembra de alguma necessidade específica do mercado internacional que resultou em uma adaptação específica no software da Digifort ou no próprio método de trabalho da empresa? Carlos Bonilha: É engraçado e uma verdade. Se o produto vem para cá, ele precisa se tropicalizar e se adequar às necessidades do Brasil. Nós fomos ao contrário. Como nós desenvolvemos o produto com as características brasileiras, isso foi até muito mais fácil para nós, porque uma vez que você desenvolve um produto desse tipo para o Brasil, ele serve para praticamente o mundo todo. De qualquer maneira, muitas solicitações são feitas lá fora. Um exemplo recente é a questão da segurança da informação, com o GDPR. Nós estamos desenvolvendo essa segurança a pedido de alguns países da Europa e será implementado em nossas soluções. O Brasil tem muitas solicitações até por causa da criatividade do povo mas, hoje, o produto já está adequado a realidade brasileira, então as maiores solicitações realmente vem de fora. Levamos tudo que tem daqui para lá e, quando eles solicitam, nós implementamos no produto e trazemos para cá.

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Entrevista Carlos Bonilha - Digifort

Uma das necessidades, por exemplo, foi a própria lingua. Precisamos adaptar o software em 18 idiomas. Chegávamos em um país, estava em inglês, espanhol ou português, mas não estava em determinada lingua da região que precisava ser colocado, como o Francês, por exemplo. Tivemos que traduzir no idioma daquele país e, com isso, abrimos bastante o mercado para a Digifort. Eu garanto que se tivéssemos apenas as três linguas principais para nós, não estaríamos atingindo tantos países. Digital Security: Vemos a Digifort já bastante avançada em termos de integração entre diversos sistemas de segurança e até de automação, com seus módulos de videomonitoramento, de alarmes, de controle de acesso, tudo dentro de uma única plataforma, já tornando essa proposta de um ecossistema IoT totalmente interligado muito mais real e palpável. Vocês pretendem lançar outros módulos para conectar outros tipos de tecnologias IP na plataforma de Digifort? Carlos Bonilha: Nós já temos diversos módulos que trabalham todos integrados e, além disso, nós temos módulos de parceiros que também estão integrados ao Digifort para que também possam se transformar em uma plataforma única. Não só o VMS, como também módulos de analíticos inteligentes de vídeo, análise forense, leitura de placa de automóveis, gerenciamento de eventos, sistema de alarme e automação, POS, entre outros. A Digifort sempre procura estar na vanguarda. Procuramos saber o que o mercado necessita e vamos implementando. A coqueluche hoje é a Internet das Coisas (IoT) e as pessoas perguntam se o Digifort está preparado para IoT. O Digifort já faz IoT há muito tempo. Muitas integrações que são necessárias nas cidades, nas residências, a Digifort já faz e, cada vez mais, a gente procura fazer essa integração. Nós integramos qualquer sensor do mercado. É claro que isso irá crescer e irá integrar cada vez mais coisas, e nós vamos nos adequar a essa necessidade. Mas uma das partes principais do IoT são os sensores, seja para uma residência ou para uma cidade, analógico ou IP, nós conseguimos controlar esses sensores. É evidente que o IoT vai evoluir e, por exemplo, entrar na área de eletrodomésticos. Nós vamos chegar a integrar coisas como essa,

Os grandes concorrentes da Digifort são os softwares importados. Não temos softwares nacionais com todos os módulos que temos que possam competir diretamente com a Digifort, apenas os importados, sem dúvida nenhuma. 30

O principal fator que alavancou nosso crescimento foi estar ao lado do cliente quando ele precisava.

mas somente na hora que isso estiver disponível e o mercado exigir essa integração. Nós estamos correndo, tentando se antecipar a algumas coisas e, em paralelo, vendo o que o mercado está lançando e fazendo essas integrações. Sem dúvida nenhuma, estamos de olho no mercado e procurando estar sempre na vanguarda, acompanhando as tecnologias que estão saindo no mercado. Digital Security: Nas versões mais recentes, o Digifort também tem oferecido em seus módulos inteligentes a tecnologia de Deep Learning, trazendo uma assertividade maior para os analíticos de vídeo, especialmente o de reconhecimento facial. O deep learning é um tipo de tecnologia que serve a qualquer projeto? Carlos Bonilha: Depende do módulo em que se vai aplicar o Deep Learning. Hoje, o mais conhecido é o reconhecimento facial. A Digifort já oferece um módulo de reconhecimento facial baseado neste aprendizado profundo da face que é muito mais eficiente do que a tecnologia anterior. Com isso, o integrador não é obrigado a colocar uma câmera com excelente iluminação voltada diretamente para face das pessoas para fazer o reconhecimento facial, como era antigamente. Hoje, uma câmera dome PTZ, mesmo que tenha apenas a iluminação da rua, ela conseguirá fazer uma captura e reconhecimento da face. Já estamos implementando isso em várias locais, com o primeiro grande projeto do Brasil na cidade de Praia Grande, em São Paulo, onde nós estamos instalando 60 câmeras de reconhecimento facial espalhado em toda cidade, de túneis, praças até a orla da praia. O deep learning é muito importante nesse sentido, mas também pode ser aplicado em outros locais, como em analíticos inteligente de vídeo. Nós já estamos com processo em desenvolvimento e que será lançado em breve, onde o analítico consegue entender o seu ambiente e qualquer coisa diferente do seu ambiente, ele já vai automaticamente soar o alarme. Vamos supor que você tenha uma câmera em uma sala e o sistema aprende que naquela sala há uma rotina no qual apenas duas pessoas entram lá. Se entrar uma terceira pessoa, o sistema automaticamente vai avisar. O deep learning é aplicado muito bem em analíticos e em reconhecimento facial, que eu acho que são os dois módulos que se encaixam bem no deep learning. Digital Security: Em 2018, a Digifort estabeleceu a sua oferta em nuvem que vai além da simples gravação das imagens. No que exatamente o Digifort Cloud se diferencia das outras soluções em nuvem oferecidas pelo mercado? Carlos Bonilha: Quando se fala em Cloud, vemos a tecnologia atual e as empresas que trabalham com isso no mercado oferecendo


Entrevista Carlos Bonilha - Digifort

nada mais do que um front-end para o usuário que captura as imagens daquela câmera e grava em nuvem, normalmente, em um datacenter fora do país. Isso causa diversos problemas, que são normais considerando a distância, porque um datacenter que fica fora do país possui vários nós até chegar a ele e isso pode provocar alguns problemas no caminho de delay, travamento, perda de frames, queda do sistema e pode ficar um pouco mais lento, sem dúvida nenhuma. Além disso, o usuário não tem muitos recursos. A Digifort começou a entrar nesse processo a pedido dos próprios clientes, que queriam um sistema que oferecesse mais condições. Por isso, nós resolvemos contratar um datacenter, que fica no Brasil, onde estão hospedados os maiores players do Brasil, como WhatsApp, Facebook, UOL e vários bancos, e nós colocamos o nosso sistema Digifort dentro desse datacenter. A nossa nuvem é diferente porque é um VMS na nuvem. Tudo que se faz com o Digifort localmente, o usuário poderá fazer na nuvem também. Mas a nuvem não foi desenvolvida para qualquer projeto de CFTV. Quando falamos em nuvem, muita gente pensa em dados, utilizados em sistemas CRM e ERP, que é uma coisa muito fácil de se colocar esses dados lá dentro, mas quando você fala em imagem, é completamente diferente porque exige muito link e muito armazenamento. Quando se pensou em nuvem para CFTV, pensamos no vizinhança solidária: naquela câmera externa que fica em frente à residência ou ao comércio. Não dá para colocar um projeto de 100 câmeras em 4 megapixels cada. Seria inviável em exigência de banda, armazenamento e velocidade de resposta. A ideia é realmente colocar a câmera que está em frente à residência ou ao comércio, que o usuário terá seu link de internet e conseguirá mandar as imagens sem problemas. Só colocar a câmera ali e mostrar a imagem é uma coisa, mas o importante para nós era colocar a câmera, mostrar a imagem, administrar, ter relatórios, poder usar determinadas facilidades que o software oferece para agregar valor para o integrador e para o cliente-final. Por isso, nós oferecemos todas as facilidades que o Digifort tem, na nuvem. Não se compara com o que existe hoje de processos em nuvem.

As empresas que atuam com cloud atualmente apenas oferecem um front-end que captura as imagens de uma câmera e gravam em nuvem. O Digifort Cloud é um verdadeiro VMS em nuvem, com todos os seus recursos e facilidades.

Com o Digifort em nuvem, o usuário poderá operar e manusear a sua câmera dome PTZ da forma que quiser. Em outros sistemas, no máximo, o usuário conseguirá usar os presets. O cliente também poderá usar analíticos embarcados na câmera. Se ele possuir uma câmera com analítico embarcado, ele poderá processar esse analítico no Digifort Cloud e receber todas essas informações. Além, é claro, de nós também conseguirmos colocar os nossos analíticos, quando o cliente não tem e usa uma câmera analógica, por exemplo. Os diferenciais são muitos. Quem tiver interesse, sugiro que entre em nossa página www.digifort.com.br, vá em produtos e veja o Digifort Cloud. Lá, a pessoa poderá ter acesso a todos esses diferenciais e, eu garanto ao integrador, que eles terão muito mais facilidade com um custo menor e vão ter módulos que darão novas possibilidades para oferecer aos clientes deles que, hoje, não é possível nos sistemas convencionais. Com isso, o integrador conseguirá ter uma receita muito maior e oferecer novas condições. Um exemplo é que já estamos fazendo alguns projetos em que, através de analíticos inteligentes embarcados nas câmeras, eu consigo proteger o comércio de um empresário a partir de um determinado horário em que ele fecha a porta. Se alguma pessoa tentar invadir ou ficar parado em frente ao comércio por um determinado tempo, o alarme pode soar para o integrador ou para a polícia, dependendo de como foi integrado. Quem tiver dúvidas, pode entrar em contato através do nuvem@ digifort.com.br e nós iremos passar todas as informações técnicas e comerciais e disponibilizar o ambiente por 30 dias para que o integrador possa fazer todos os testes e conhecer todo o Digifort Cloud, inclusive a parte de administração, com dezenas e dezenas de relatórios que ele pode receber do software. Digital Security: Como tem sido comercializada e como está a aceitação dessa oferta, tanto no mercado nacional quanto no internacional? Carlos Bonilha: Nós estávamos resistentes a entrar nessa área, mas a pedido dos nossos clientes, nós acabamos entrando. Fizemos vários testes ao longo de seis meses com o produto em nuvem, e ele funcionou muito bem, com uma resposta muito melhor do que o que existe hoje no mercado. Com isso, nós começamos a selecionar alguns integradores e o que aconteceu foi que não só o mercado privado como também o público começaram a nos procurar. Por isso, já disponibilizamos o produto para os dois mercados. As prefeituras e agentes do governo que procuram o Digifort Cloud estabelecem uma determinada parceria entre a cidade e o integrador da região. Com isso, o produto está sendo muito bem aceito. Além disso, pelo Digifort já ser bastante conhecido no Brasil, as pessoas também acreditam que o Digifort em nuvem vai funcionar direito. Mesmo assim, sempre colocamos o produto em teste, exatamente para mostrar que o sistema funciona. Evitamos vender o produto sem que antes o cliente teste. Esse processo está acontecendo no Brasil e fora do Brasil já existem várias solicitações, mas nós não pretendemos ainda colocar fora do Brasil até meados de 2019. Talvez só depois do terceiro trimestre que nós vamos escolher alguns integradores fora do país para usar o nosso produto. Digital Security: Por que vocês não querem levar para o mercado internacional ainda? Carlos Bonilha: Porque nós queremos dar oportunidade primeiro

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Entrevista Carlos Bonilha - Digifort

ao mercado brasileiro. Nós queremos fortalecer essa tecnologia aqui para, depois que tiver bem expandida e conhecida, também colocarmos lá fora. Sabemos que, uma vez colocado aqui, nós vamos poder colocar em qualquer outro local. Fora do Brasil eu pretendo, talvez, colocar em um datacenter que também esteja próximo desse potencial cliente para que não aconteça o que acontece hoje com outros produtos, onde há um datacenter no Brasil mas o serviço é oferecido lá no Equador, podendo causar aqueles problemas já mencionados. Ou não, se analisarmos que o Cloud vai funcionar muito bem com o datacenter apenas aqui no Brasil, poderemos manter assim, mas isso ainda vai ser muito bem testado antes de colocar para fora do país. Digital Security: Você considera a Digifort um case de sucesso para a indústria nacional de tecnologia? Carlos Bonilha: Eu sou um pouco suspeito de dizer isso, mas tirando o orgulho de lado, eu considero que, hoje, a Digifort é um grande case de sucesso porque é uma empresa brasileira, com o software que é exportado para mais de 140 países, em 18 idiomas, em todos os continentes. Não existe um outro software brasileiro que é exportado para tantos países, com vários módulos. Então, sim, a Digifort é um case de sucesso e conhecido por todos, elogiado por muita gente. Temos muitos distribuidores, integradores e clientes que vivem elogiando a gente. Sabemos que a Digifort é um grande case de sucesso e um exemplo para muitos outros softwares que queiram seguir o mesmo caminho que nós seguimos. Nós trilhamos esse caminho com muito trabalho e esforço e, evidentemente, quando falam que tivemos muita sorte, falamos que nossa sorte se chama trabalho. Vamos trabalhar bastante e acreditamos bastante nessa oportunidade e nessa ideia que tivemos. Digital Security: O que mais ainda falta conquistar? Carlos Bonilha: Sempre há algo que dá para melhorar e locais que você não chegou e que pode chegar. Existem mais de 190 países no mundo. Estamos em 140, então teoricamente eu tenho muitos países para chegar ainda e queremos atingir esses outros países. Isso exige muitos investimentos, porque não é só colocar um novo país, é também toda a infraestrutura que você tem que colocar. Hoje, temos 14 escritórios fora do Brasil para poder manter todas essas vendas e suporte para o mundo todo. A medida que eu vou crescendo para outros países, eu precisarei ter o mesmo suporte e qualidade que mantemos hoje. Existem grandes oportunidades, até mesmo dentro dos países que já estamos presentes. Eu posso ter atingido determinado país, mas tenho apenas 2% do mercado em relação a outros fabricantes,

O respeito que nós sempre tivemos com os clientes foi fundamental para crescermos no mercado, principalmente no suporte. 32

então também tenho que crescer lá dentro. Por isso, é importante sempre pensar que a oportunidade está na sua mão, basta querer, ir atrás e trabalhar para isso. Digital Security: Quais conselhos você pode dar para os empresários deste segmento baseado na experiência de expansão da Digifort? Carlos Bonilha: O caminho que nós trilhamos foi o de respeito ao cliente. Quando você oferece um bom produto e um atendimento especial para o seu cliente, você começa a ganhar confiança dessa pessoa ou empresa. O respeito que nós sempre tivemos com esses clientes foi fundamental para crescermos no mercado, principalmente no suporte. Hoje, o suporte da Digifort é gratuito dentro do horário de expediente e, para mim, não importa se o problema dele é no software ou não. Na realidade, os problemas que acontecem no cliente, normalmente, não são problemas do software. Afetam o software, mas não são problema dele e a Digifort dá o suporte nessa questão. Em 98% dos problemas que nós pegamos, eles estão relacionados ao equipamento, ao ambiente do cliente, aos servidores, aos links de comunicação, e não exatamente ao software. Mas a primeira coisa que o cliente vê na tela é o software e ele vai achar que o software parou. Na realidade, o software parou “por motivos de”, e nós vamos atrás desses motivos. O cliente não é obrigado a conhecer todo o sistema. Não dá para chegar no cliente e falar que não é problema do software e é um problema interno dele. O cliente, com certeza, ficará descontente com essa informação. Por isso, nosso pessoal é instruído a ir até onde eles conseguirem atingir para descobrir onde está o problema, seja o swtich, seja a comunicação, o storage, o servidor. Somos nós que conhecemos, o nosso cliente não conhece tudo. Assim, conseguimos chegar até onde está o problema e damos o diagnostico ao cliente com a prova. Com isso, ganhamos a confiança do cliente e isso foi fundamental. O respeito, o suporte técnico, o grande atendimento e o pós-venda são muito importantes. Também vale lembrar para todos os integradores que não adianta querer ter na mão 200 clientes. Não adianta vender hoje para um cliente e amanhã abandoná-lo, só para dizer que você tem 200 clientes. É preferível que você tenha de 20 a 30 clientes e atendêlos muito bem para continuar mantendo esse cliente, vendendo novas facilidades e módulos. Assim, o integrador vai ganhar muito mais do que ter vários clientes, porque a verdade é que nós cansamos de receber informações de clientes procurando novos integradores porque o anterior vendeu e não apareceu mais. Com isso, as pessoas mudam dentro da empresa, o integrador também não fica sabendo, sem fazer o seu pós-venda e dar o atendimento especial que o cliente merece e ai o cliente vai procurar um outro. É preferível que você tenha menos, com maior qualidade, oferecendo outros produtos, que esses clientes vão te indicar para outros. Não saia querendo atender todo mundo ao mesmo tempo. É importante ter a manutenção no cliente, mostrar a qualidade do seu serviço. Isso foi fundamental para nós, é fundamental para os integradores, é fundamental para o cliente. O respeito ao cliente, aos problemas que ele tem e saber entender o problema dele é fundamental. A Digifort vai ao cliente exatamente para isso, mas eu não conheço todo o ambiente do cliente. O integrador, por outro lado, até tem capacidade de conhecer. Se esse integrador conhecer muito bem o produto, o problema do cliente e saber ouvir, ele vai oferecer um serviço de qualidade para essa empresa e, sem duvida nenhuma, ele vai estar mais junto, vai conquistar a credibilidade do cliente e ter maior sucesso. DS


Artigos Sonorização

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A avaliação de inteligibilidade de fala e sistemas de alarmes por Joel Vieira de Brito**

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om a publicação da Norma Técnica NBR IEC 60268-16 pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) no final de 2018, o tema da inteligibilidade ganhou relevância especial dentro de projetos de instalação. Isso porque a normativa é uma adoção da norma internacional publicada pela IEC e tem o propósito de especificar os métodos objetivos para a classificação da qualidade da transmissão da fala em relação à inteligibilidade nos sistemas de sonorização. A fala é o nosso principal método de comunicação, portanto é importante que a palavra transmitida seja recebida de forma inteligível pelos ouvintes. Este aspecto é mais importante do que a qualidade sonora por si, já que não há sentido projetar um sistema se ele não for compreendido ou incapaz de “levar a mensagem”. Um erro comum quando se fala sobre inteligibilidade é confundir audibilidade com clareza. Só porque ouvimos um som não quer dizer que ele é inteligível. A audibilidade é ligada à capacidade do ouvinte de ouvir o som fisicamente, enquanto que a clareza descreve a habilidade de detectar a estrutura do som. No caso da fala, isso significa ouvir as consonantes e vogais corretamente para identificar o núcleo das palavras e frases e assim dar significado inteligível aos sons da fala. Apesar da qualidade sonora e inteligibilidade da fala serem intrinsecamente ligadas, não são a mesma coisa. É possível ter um sistema de sonorização que seja altamente inteligível mas com pouca qualidade (uma ligação telefônica, por exemplo, cuja banda passante é de 300 a 3kHz, gerando uma estética sonora ruim) e um sistema de alta qualidade que seja virtualmente incompreensível, por exemplo, um sistema de sonorização ‘estado da arte’ em um local (igreja, sala concertos) sem tratamento acústico e com uma reverberação alta. Método e medição O estudo da metodologia de medição da inteligibilidade tem mais de cinquenta anos. Inicialmente o nível era medido através da reprodução de um conjunto de palavras pré-estabelecidas para um grupo de ouvintes na sala ou espaço de interesse que, ao ouvir as palavras as escreviam em um papel. O percentual de número de acertos das palavras indicava a qualidade da inteligibilidade. Sendo um método trabalhoso, demorado e custoso, pesquisadores desenvolveram um sinal analítico que contém características espectrais e temporais da fala e que podem ser medidos com instrumentos adequados, substituindo assim os ouvintes, reduzindo consideravelmente o tempo e complexidade necessários para a realização da medição. Uma vez obtido o método de medição, foi criado um índice de transmissão de fala (STI) que varia de 0 a 1 e criadas bandas de qualificação flexíveis para aplicações diferentes com uma tolerância embutida de medição e/ou predição. Outro recurso possível com a introdução de métodos analíticos

Um erro comum quando se fala sobre inteligibilidade é confundir audibilidade com clareza. Só porque ouvimos um som não quer dizer que ele é inteligível.

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de medição da inteligibilidade é que os projetos também podem fazer uso desta técnica, implementada nos programas de CAD especializados em simulações eletroacústicas. Antes mesmo da construção do local e/ou da instalação de um sistema de amplificação de voz, torna-se possível estimar a inteligibilidade do mesmo no local e orientar alterações e ajustes necessários. Bastante detalhada na explicação dos diversos aspectos de que consiste o teste, a norma da ABNT fornece um manual completo para efetuar as medições, com diversos anexos informativos de grande utilidade para as pessoas encarregadas de aplica-la Inteligibilidade e Sistemas de Alarme Mensagens transmitidas através de um Sistema de Comunicação de Emergência fornecem informações que ajudam o público a decidir quais ações a tomar para diferentes cenários, tais como in-

Os métodos analíticos de medição da inteligibilidade permitem que programas de CAD façam simulações eletroacústicas antes mesmo da instalação do sistema

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cêndios, intempéries ou, mesmo, ataques terroristas. É imperativo, assim, que as pessoas recebam um conteúdo que consigam compreender. Tal compreensão pode ser a diferença entre as pessoas conseguirem chegar a um local seguro e permanecer em um local de perigo iminente. Um alarme ou uma sirene logram atrair a atenção do público e informam que há uma situação de perigo iminente. Mas é só. Ele não diz nem onde nem qual é este perigo. Muito menos orienta o público sobre o que deve fazer (e existem até situações em que a orientação é não fazer nada, ficar onde estão). Para isso é necessário um sistema de comunicação de voz que seja audível e inteligível. A Norma de Inteligibilidade é assim uma poderosa ferramenta na aferição da eficácia dos Sistemas de Comunicação e sua adoção como parte das melhores práticas dos projetos e instalações deve ser vista como uma prioridade por gestores e empresas prestadoras de obras e serviços. Uma norma que ajuda a salvar vidas uma vez que seja incorporada aos códigos de emergência e evacuação. A norma NBR IEC 60268-16 pode ser adquirida no site da ABNT (https://www.abntcatalogo.com.br/). Em sua Convenção Nacional que será realizada em São Paulo de 2-4/7 a Sociedade de Engenharia de Áudio (AES Brasil) terá palestras sobre inteligibilidade de sistemas de sonorização para quem quiser inteirar-se no assunto. DS

* *Joel Vieira de Brito é Engenheiro, Consultor Eletroacústico com 30 anos de experiência no mercado de áudio profissional. Membro e Diretor no Brasil da Audio Engineering Society, Secretário da C. E. 003 100 001 Áudio, vídeo sistemas de multimídia e equipamentos da ABNT e Coordenador do Grupo de Trabalho sobre a Norma de Avaliação objetiva da Inteligibilidade



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