Digital Security 88

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Ano 8 • No 88 • Dezembro/2018

88 ISSN 2238-5711

www.revistadigitalsecurity.com.br

Referência em tecnologia para o mercado de segurança eletrônica

Entrevista CARLOS FERNANDES VICE-PRESIDENTE REGIONAL DE VENDAS PARA O BRASIL DA ANIXTER

Havan

MIGRAÇÃO IP PARA GESTÃO UNIFICADA

CRIADO NO BRASIL PREPARADO PARA

O MUNDO!

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Anuncio Institucional_Dahua Technology_Agosto_Página Dupla_Digital Security.pdf 1 15/08/2018 17:56:28

#credibilidade

Dahua Technology, paixão em proteger o mundo A multinacional Dahua Technology, fundada em 2001, é uma das principais marcas de soluções inteligentes no setor de videomonitoramento no mundo. A empresa, com a sua visão disruptiva, está sempre empenhada em fornecer produtos e soluções baseados em Inteligência Artificial, IoT e Cibersegurança que permitem a entrega de soluções de segurança end-to-end, para as mais diversas verticais de C

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negócio. O Dahua Cybersecurity Center (DHCC) coopera ativamente com empresas como Symantec, McAfee, Intel e Synopsys, alcançando altos padrões de segurança e estabelecendo mecanismos de proteção que incluem organização, procedimento, tecnologia e serviço. A Dahua Technology foi a primeira empresa do setor a receber a certificação da TÜV Rheinland, estando em total conformidade com o GDPR(Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Européia).


www.dahuasecurity.com

+1.400

+6.000

+10.000

40%

Patentes Arquivadas

Parceiros de Negócios

Engenheiros de Pesquisa & Desenvolvimento

Crescimento médio por ano em vendas. Em 2017, o faturamento foi aprox. de 3 bilhões de dólares

P&D

+12 milhões

Garantia

+1.200

Investimento de +10% da receita em P&D.

Até 5 anos de garantia*

Câmeras vendidas por ano para mais de 180 países

Projetos brasileiros realizados para empresas públicas e privadas

42

+13.000

Design

173

Prêmios iF Design Award, uma das premiações de design mais conceituadas do mundo

Escritórios pelo mundo

Subsidiárias no Exterior

Colaboradores

Verificar com a Dahua Technology*

Alta tecnologia, qualidade e credibilidade


Editorial

Crescimento para Redação

N

esta época, é comum reavaliarmos o ano que chega ao fim sob o prisma das conquistas e daquilo que o período representou. Para nós, do segmento tecnológico, as questões são mais diversas: pensamos números, pensamos o impacto das novidades e o que há de vir pela frente. O ano que chega ao fim foi, aos poucos, sendo vencido. As dificuldades, embora muitas, deixaram de ser empecilho para a realização de negócios e muitas empresas consideraram 2018 como positivo, apesar de tudo, com a economia em recuperação lenta, mas oferecendo um terreno relativamente fértil para o crescimento. Nesse período tivemos a ascensão de algumas tecnologias e o estabelecimento definitivo de outras, mostrando que o segmento de segurança eletrônica há muito tempo deixou de pensar apenas em equipamentos. Agora, a busca é por soluções que atendam as novas demandas para administrar mega quantidades de dados e milhões de dispositivos. Definições como Inteligência Artificial, Deep Learning e IoT estão em todas as discussões. Como aplicar, como fornecer e como tirar o melhor proveito delas foi o grande assunto do ano nas feiras, nos eventos e nas principais associações que cuidam do tema segurança eletrônica. As principais pesquisas do mercado indicam que as tais novas tecnologias vão dominar o mundo nos próximos anos e apresentarão um crescimento exponencial até 2022. Obviamente, as formas de utilização vão se modificar nesse período e devem resultar num quadro amplo de novos negócios, levando em conta as particularidades de cada vertical. Devem crescer muito até lá, por exemplo, as aplicações ligadas a automação residencial – segmento até então pouco restrito e pouco explorado pelos distribuidores e fabricantes de segurança. Em um cenário novo como este, ganham aquelas companhias que têm solidez e tradição no mercado. Não por acaso, as mesmas que não tiveram medo de investir e se reinventar em tempos de crise. Larga na frente quem conseguir olhar o mercado além do óbvio e manter a serenidade nos investimentos. No Brasil, felizmente, temos algumas dessas gigantes. Companhias que não desanimaram durante o ano e souberam buscar oportunidades e que no final do período contam o lucro. O ano de 2019 chega para elas com as portas abertas para se manterem na liderança.

Publisher

Eduardo Boni (MTb: 27819) eduardo.boni@vpgroup.com.br Editor Assistente

Gustavo Zuccherato gustavo.zuccherato@vpgroup.com.br Coordenador Editorial

Flávio Bonanome flavio.bonanome@vpgroup.com.br

Arte Flavio Bissolotti flavio.bissolotti@vpgroup.com.br

Comercial contato@vpgroup.com.br

Presidente & CEO Presidência e CEO

Victor Hugo Piiroja victor.piiroja@vpgroup.com.br Financeiro Rodrigo Gonçalves Oliveira rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br Atendimento Jessica Pereira jessica.pereira@vpgroup.com.br Digital Security Online www.revistadigitalsecurity.com.br

Tiragem: 22.000 exemplares Impressão: Gráfica Mundo

Eduardo Boni Publisher

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Al. Madeira, 53, cj. 91, 9º andar - Alphaville Industrial 06454-070 - Barueri, SP – Brasil + 55 (11) 4197 - 7500 www.vpgroup.com.br


CRIADO NO BRASIL PREPARADO PARA

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Sumário

produtos e serviços

Hikvision

pg10 Novas câmeras térmicas com deep learning, PIR Turbo HD e panorâmica PanoVu

CASE STUDY

Havan

pg24 Gigante brasileira de lojas de departamentos está investindo mais de R$ 3 milhões em um projeto de segurança que trará economia de custos e inteligência de negócio para todas as suas lojas

Mercado

Western Digital

pg12 Marcio Siliprandi assume gerência para o segmento de segurança

Prosegur

pg12 Multinacional adquire empresa de cibersegurança Cipher

Eventos

Congresso ABESE

pg 14 Debates de alto nível, networking, demonstração de novas tecnologias e ações futuras marcam finalização de 2018 para a principal associação representativa do setor de segurança eletrônica

Em parceria com a Intelbras e a Genetec, companhia já implementou mais de 2 mil câmeras, 1.800 sensores de presença e 200 controles de acesso biométricos

entrevista

Carlos Fernandes

pg30 Vice-presidente regional de vendas para o Brasil da Anixter

Campinas Safe City

pg 20 Projeto-piloto no município de Campinas (SP) utiliza tecnologia da Huawei e análise de dados da CPqD para oferecer vários serviços em favor da segurança pública e defesa civil municipal A Anixter passou por grandes mudanças em 2018 para pavimentar o caminho como uma distribuidora de valor agregado para o mercado

ARTIGO

Como a blindagem digital pode evitar invasões físicas pg34 6



95% Similar

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Conheça a linha de produtos com inteligência artificial e deixe os dados trabalharem por você! Siga a Hikvision nas redes sociais:


Banco de dados

Poder de processamento

Deep Learning

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL O FUTURO DA SEGURANÇA ELETRÔNICA

Reconhecimento Filtragem de Facial Falsos Alarmes

Contagem de Pessoas

Algoritmos Estruturados

Busca e Comparativo de Pessoas

Mais segurança e mais inteligência ao seu alcance.


Produtos e Serviços

Hikvision

Novas câmeras térmicas com deep learning,

A

Hikvision anunciou uma série de lançamentos de novas câmeras no final de 2018, pensadas para proteção de perímetros e de grandes áreas. As câmeras térmicas Deep Learning Bullets da Hikvision estão ganhando uma atualização, trazendo inteligência para a operação, com capacidade de proteção perimetral e detecção de incêndio avançada para monitoramento de ambientes críticos, como centrais elétricas, aeroportos, minas e fazendas. O equipamento oferece também uma análise de comportamento precisa, incluindo detecções de cruzamento de linha, invasão de intrusos e entrada e saída de indivíduos do local, ajudando a reduzir alarmes falsos. Além disso, as câmeras térmicas bullet de aprendizagem profunda da Hikvision são equipadas com uma GPU integrada com tecnologia avançada de processamento de imagens, que cria os melhores resultados de imagens térmicas e possibilita atualizações futuras, com algoritmos mais complexos e amostras de dados maiores, para melhorar ainda mais o efeito inteligente dos analíticos. Com tamanho pequeno e design limpo, as câmeras facilitam a instalação e o ajuste do ângulo livremente e oferecem um novo suporte de parafuso único para montagem na parede, no teto ou no suporte. Ainda em fase de homologação, as câmeras térmicas estarão disponíveis em breve no Brasil. Pensada especificamente para proteção de perímetros, a nova Câmera Infravermelho passiva HD (PIR) Turbo HD oferece tecnolo-

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gia avançada para melhorar a precisão do alarme e evitar instrusões. A solução chega ao mercado para resolver problemas dos sistemas de proteção de perímetro tradicionais, que usam detecção de infravermelho ativa que, segundo a Hikvision, oferece uma detecção insuficiente em termos de estabilidade e confiabilidade. Além disso, por também captar imagens ópticas, a câmera ajuda a detectar com mais facilidade a fonte causadora do alarme. Com uma taxa de resposta rápida e precisão do alarme quando pessoas suspeitas cruzam perímetros estabelecidos, a câmera possui um detector integrado que captura a luz infravermelha emitida por qualquer pessoa e a distingue de outros “ruídos” visuais. Além disso, a nova câmera Hikivision tem capacidade de produzir uma luz estroboscópica branca intermitente que serve como sinal de alerta contra intrusos. Outra novidade é a câmera Panorâmica Dome Série PanoVu Ultra HD. Com 32 MP de resolução a 30 fps, a DS-2CD6984G0-IH (S) (AC) usa quatro sensores CMOS de 0,5 polegada para oferecer um panorama horizontal real de 180 graus, bem como campo de visão vertical de 95 graus, combinando as quatro imagens em uma única panorâmica. A câmera ainda possui quatro LEDs infravermelhos embutidos para captar imagens em ambientes de pouca luz e até mesmo sob condições de 0 lux em uma distância de até 20 metros. Além da vista panorâmica padrão de 32 MP, os usuários ainda podem optar por enviar as imagens individuais em resolução de 8 MP para gravação. DS



Mercado Western Digital

Marcio Siliprandi assume gerência

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m sua confraternização de fim de ano com a imprensa, a Western Digital apresentou algumas mudanças em sua estrutura organizacional no Brasil. Como principal novidade para a área de segurança está o anúncio de Marcio Siliprandi como o novo gerente de contas estratégicas responsável por todo o segmento de segurança na fabricante de soluções de armazenamento. Formado em Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e com MBA em Varejo pela Universidade de São Paulo (USP), o executivo tem mais de 20 anos de experiência na área comercial, passando por multinacionais como Pepsico e 20th Century Fox, e desde 2012 atua na Sandisk, fabricante adquirida pela WD em 2016. “A Western Digital está passando por um processo de harmonização da sua estratégia de comunicação das suas marcas com o mercado. Agora, todas as soluções voltadas para o mercado B2B estarão sob o escopo da marca Western Digital Corporation, enquanto o mercado de consumo continuará com as marcas Sandisk, WD e G-Technology”, explicou Alexandre Jannoni, country manager para o Brasil da Western Digital. “O Fabricio Pinheiro, que era o responsável pelo mercado de segurança no Brasil, está se transferindo para Miami, onde assumirá outras funções dentro da companhia, e o Marcio irá assumir essa oportunidade para cuidar de todo o nosso portfólio de produtos para segurança, especialmente a linha WD Purple, e atender todo o mercado”. “Estou há 6 anos atendendo o mercado de varejo dentro da Western Digital e, agora, por uma mudança estratégica para cada vez dar mais foco neste tipo de segmento como o de segurança, eu assumi essa posição e esse desafio”, disse Siliprandi. “A Western Digital tem alguns produtos que sempre foram mais direcionados

ao mercado de varejo que estamos trazendo para o segmento de segurança, como os cartões micro-SDs Purple, onde nossa experiência no varejo pode contribuir para realizar algumas ações de bundle diretamente com alguns produtos ou de venda direta em nossos principais distribuidores”. DS

Prosegur

Multinacional adquire empresa

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Prosegur, empresa espanhola especializada em segurança privada, anunciou a compra da participação majoritária na Cipher, fornecedora de soluções de cibersegurança com presença na América Latina, América do Norte e Europa. Os valores da transação não foram divulgados. Segundo informações do portal ComputerWorld, o acordo ainda está sujeito à aprovação das autoridades administrativas correspondentes. A Prosegur visa fortalecer sua atuação em segurança cibernética para aprofundar a transformação de

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seus negócios de segurança e tecnologia. No Brasil, a área de negócio responsável pelos serviços de segurança corporativa é liderada pela SegurPro, empresa da Prosegur. A SegurPro atuará em conjunto com a Cipher para o desenvolvimento do mercado brasileiro. Com a conclusão da transação, Alejandro Alonso, ex-Managing Director da Prosegur Cybersecurity, será o novo Executive Chairman. Eduardo Bouças, fundador e CEO da Cipher, permanecerá na empresa como acionista e CEO Global da Prosegur Cybersecurity. DS


Imagem ilustrativa.

QUANDO O ASSUNTO É SEGURANÇA, NÃO DÁ PARA SER PELA METADE. SegurPro. Segurança por completo.

O Grupo Prosegur apresenta a empresa que vai transformar o mercado de segurança: SegurPro. Ela chega com expertise de 40 anos de atuação global, somada a soluções baseadas em inovação tecnológica e integração de recursos. Tudo para oferecer alta performance, customização e níveis cada vez mais elevados de segurança. Com a SegurPro, é você completamente tranquilo e sua empresa completamente segura.

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Eventos Congresso ABESE

Conclusão de ano O Congresso ABESE marca a finalização de 2018 para a principal associação representativa do setor de segurança eletrônica do Brasil com debates avançados, networking e demonstração de novas tecnologias

por Gustavo Zuccherato

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estino certo de final de ano para qualquer profissional que queira acompanhar um debate de alto nível e fortalecer seu networking, o Congresso da ABESE de 2018 foi mais um sucesso em um ano repleto de conquistas para a principal associação representativa do setor de segurança eletrônica do Brasil. Lotando o Millenium Centro de Convenções do começo ao fim no dia 11 de dezembro, a programação intensa de palestras e debates reuniu setor público e privado levantando questões como a visão do consumidor sobre as tecnologias de segurança, o empreendedorismo e inovação no segmento, e a revolução 4.0 com a Internet das Coisas e a cibersegurança ganhando cada vez mais importância. É claro, o painel de Ações ABESE também trouxe os resultados do trabalho realizado ao longo de 2018 e os próximos passos dos diversos comitês que compõe e fomentam a representatividade da associação. Além da celebração da conquista de uma cadeira na Câmara de IoT do Ministério das Ciências, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), da criação dos comitês de startups, rastreamento e IoT, do sucesso da Exposec 2018 e das iniciativas contínuas de luta pela regulamentação do setor, vale o destaque para duas novidades anunciadas durante o Congresso. A primeira delas será um showroom interativo vivo para que os associados e apoiadores da iniciativa possam demonstrar, na prática, o funcionamento dos seus dispositivos e sistemas, facilitando a comunicação e a disseminação de informações a respeito das tecnologias de segurança disponíveis atualmente. “O ABESE Smart House vai movimentar o mercado, abrir as portas para a imprensa e apresentar, durante todo o ano, as últimas tecnologias aplicadas em um ambiente real, conectando pessoas e tecnologia para fomentar um mundo mais seguro”, ressaltou Selma Migliori, presidente da ABESE. “Temos alguns parceiros já definidos mas ainda estamos abertos a novos interessados. Realizamos o lançamento hoje no Congresso e temos como projeto inaugurar essa casa inteligente em 2019”. O outro destaque é uma iniciativa que ainda está em fase de planejamento para lançamento em 2019, mas que deve ajudar o setor a acelerar a resolução de seus principais problemas de gestão e operação dos negócios. Trata-se de um Programa de Inovação Aberta, que traz um conceito novo para superar os desafios comuns ao setor. Sob o escopo do Comitê de Startups e com apoio da Innoscience, uma das maiores consultorias em inovação aberta do Brasil, a

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ideia do projeto é colocar frente a frente empresas do setor que enfrentam dificuldades em determinada área de sua operação e startups inovadoras que podem resolver aquele problema. “Tradicionalmente, a inovação é uma demanda interna em que as equipes de uma empresa buscam criar formas de melhorar a operação, aumentar as vendas e reduzir custos. A inovação aberta significa você pegar aqueles problemas que você tem e, em vez de tentar resolver internamente, você abrir como desafios para o mercado, seja na área operacional, comercial, financeira, de RH, entre outras. A ideia é expor as áreas em que você busca empresas que lhe ajudem a inovar”, explica Edson Pacheco, coordenador do Comitê de Startups. Além disso, nos métodos tradicionais de inovação aberta, esse tipo de iniciativa é feito exclusivamente por uma única empresa com o apoio de uma consultoria especializada, mas a ABESE pretende tornar esse processo menos oneroso para os mantenedores. “A


Eventos Congresso ABESE

ideia é criar desafios comuns, expôr ao mercado e, posteriormente a um processo de seleção, realizar uma rodada de apresentação para as empresas, que avaliam se aquela startup atende a demanda específica dela. Isso significa mais eficiência e menos custos para as empresas mantenedoras desse processo”, destaca Pacheco. O Congresso também serviu como plataforma de pré-lançamento da Pesquisa Nacional sobre Segurança Eletrônica, realizada pela SMG com exclusividade para a ABESE com indústrias, distribuidores e prestadores de serviço de todo o país. Uma prévia dos dados da pesquisa foi apresentada por Helton Haddad, um dos responsáveis pela pesquisa. De acordo com o levantamento, os consumidores finais estão encabeçando as demandas do setor. No último ano, 69% dos prestadores de serviços atenderam projetos para residências. Entre as principais solicitações estão videomonitoramento e sistemas de alarme com e sem fio.

As câmeras de videomonitoramento IP são os produtos mais vendidos do setor de segurança pública e patrimonial. De acordo com o levantamento, as câmeras IP representam 36% dos produtos mais vendidos – encabeçando a lista. No entanto, as câmeras analógicas ainda representam uma boa parcela de vendas no Brasil – 30%. Ainda assim, dentre as empresas que atendem ao setor de videomonitoramento, 82% trabalham com serviços e produtos IP, enquanto 72% ainda trabalham com soluções analógicas. A pesquisa ainda mostra que 75% do mercado de segurança é composto por prestadores de serviço. O número indica que o setor atrai empreendedores em todo o país e o videomonitoramento é a área de atuação de 90% dos prestadores de serviço. Ainda na lista dos produtos mais trabalhados pelos prestadores de serviços estão os sistemas de alarmes com fio e sem fio – 89% e 74%, respectivamente; seguidos pelo Controle de Acesso, que compreende 71% dos serviços prestados e ainda Softwares (49%) e Rastreadores (25%).

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Eventos Congresso ABESE

O mercado de segurança está otimista para 2019, 95% da indústria pretende lançar novos produtos em 2019, mesmo que para 46% dos entrevistados a carga tributária é ainda o principal desafio. Para os próximos três anos as principais apostas do segmento são o uso de aplicativos de segurança em dispositivos móveis com 94%, plataforma na nuvem para integração de sistemas de hardware e software com 84%, automação residencial integrada ao sistema de alarme com 81%, IoT com 80%, serviços de automonitoramento com 64%, inteligência artificial com 63%, portaria remota com 60%, sistemas de inteligência aplicada para análise de comportamento com 55% e monitoramento por áudio com 27%. O evento também contou com as tradicionais mesas para que os patrocinadores exibissem seus mais recentes lançamentos aos participantes. Digifort, Fulltime, Getrak, Honeywell, Kiper, Lacerda, PPA, Segware, Systemsat, TS Shara, Tyco e Virtueyes compuseram o espaço de exposição. Trazendo mais capacidade para seus clientes diretos e os usuários-finais, os softwares para centrais de monitoramento tem se reinventado, incorporando recursos, funcionalidades e novos aplicativos para o controle dos dispositivos de segurança e automação. A Digifort exibia a mais recente versão da sua plataforma de gestão, incluindo o recém-lançado Digifort Cloud. “O Digifort Cloud dá acesso a todos os recursos do software VMS a partir da nuvem, incluindo a capacidade de reproduzir gravações, criar mosaicos, controle de câmeras PTZ, entre outros” disse Leonardo Ribeiro, gerente de negócios da desenvolvedora. “A ideia é pulverizar as capacidades avançadas da

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nossa plataforma também para clientes de pequeno porte, como uma pequena loja ou residencia que possui uma dezena de câmeras e quer ter redundância na gravação dos principais streams de vídeo”. A Fulltime, por sua vez, se uniu à PPA para mostrar a integração completa de sistemas de videomonitoramento, alarme e automação residencial possibilitadas por sua plataforma FullArm em conjunto com a linha Spirit. “Ao longo de 2018 preparamos o FullArm para ser uma plataforma completa para o mercado de monitoramento, permitindo integrar todas as soluções e estabelecer cenários para disparar ações específicas como, por exemplo, abrir um portão da sua casa, acender as luzes e ter a entrada assistida pela central de monitoramento”, explica Jean Frabetti, comercial externo da Fulltime. “Também passamos a oferecer suporte para a Amazon Alexa, o Google Home e o IFTTT, permitindo que o usuário controle seu sistema com ações pré-definidas a partir de reconhecimento de voz”. Ainda nesse sentido, a Segware apresentava uma versão prévia do novo aplicativo My Security 3.0. Totalmente integrado ao SIGMA Image Monitoring e ao SIGMA Cloud, o app passará a permitirá a gestão completa do parque de CFTV junto aos alarmes, com busca por gravações e automação de dispositivos para dar mais inteligência às centrais de monitoramento e maior capacidade para os usuários-finais. Especializada em soluções tecnológicas para condomínios residenciais, a Kiper também aproveitou o Congresso ABESE para lançar o seu módulo de automação IoT e destacar suas soluções complementares para os serviços de portaria remota, como o Kiper Locker. “O módulo de IoT serve para automatizar tarefas que, até


Eventos Congresso ABESE

então, exigiam uma pessoa no condomínio para realizá-las, como o controle da bomba de água de uma piscina, o controle da temperatura da sauna, a iluminação, a irrigação de jardim, entre outros”, ressalta Otavio Borba, partner success da Kiper Tecnologia. “O módulo de IoT é instalado no condomínio, mas quem faz a operação e tratamento disso é a base de monitoramento do parceiro Kiper que fica localizado nas regiões que tem operação de portaria remota”. Como nenhum sistema funciona sem energia elétrica, as empresas especialistas em nobreaks TS Shara e Lacerda aproveitaram a oportunidade para destacar novos produtos que trabalharão em 2019. A TS Shara está em processo de normatização e padronização para que toda a sua linha tradicional passe a ser Universal, ou seja, permitindo a entrada Bivolt automática e oferecendo uma chave seletora para saída em 115V ou 220V, com engate externo para aumentar a autonomia. Além disso, a empresa destacou também o lançamento dos seus modelos em formato de rack. “São nobreaks de dupla conversão com onda senoidal e display, que podem ser usados tanto em modo rack quanto torre, com engate externo, suporte para até 6 baterias estacionárias de 45 A/h e várias formas de comunicação para monitorar as cargas e equipamentos, tais como protocolos SNMP, RS232, USB”, explicou Rodolfo Al Shara, responsável por contas corporativas da TS Shara. A Lacerda, por outro lado, apresentava sua fam[ilia completa com a novidade da sua linha de nobreak solar e inversor ongrid Eccopower, que permite gerar energia e devolver para a rede elétrica, com economias de até 95% na conta no fim do mês. “Na linha ongrid, a energia gerada pelo painel fotovoltaico pode ser consumido pela residência

ou pelo comércio e o excedente volta para a concessionária, gerando créditos que são debitados da conta do cliente que optar por essa tecnologia”, destacou Roberto de Luca, gerente de produtos da Lacerda Sistemas de Energia. “Recebemos a certificação do Inmetro em outubro e já temos modelos de 3 e 5 kW disponível para o mercado” Por fim, fomentando o caminho para empresas fornecedoras de soluções para o mercado de rastreamento, o Congresso ABESE também reuniu fornecedoras de módulos IoT como a Getrak e de softwares de gestão, como a Virtueyes. Com o V.eye da Virtueyes, as companhias podem acompanhar de maneira muito mais inteligentes a telemetria dos seus SIM Cards em toda a sua rede. “Nossa plataforma permite identificar qualquer nuance na conectividade e fornecer ferramentas para que nossos clientes possam tomar ações corretivas para estarem com o maior tempo possível de disponibilidade”, disse Cristofer Kunst, gestor de contas da Virtueyes. “No V.eye entregamos um dashboard que, em um único painel de visualização, o usuário consegue ter em tempo real a situação de conectividade dos SIM Cards, a geolocalização de cada um deles, um mapa de calor para identificar a sua principal área de atuação, e caso haja alguma falha no cartão, ter acesso automático a informações como o IMEI, realizar o reset ou solicitar uma manutenção da linha além de extrair relatórios tirando dados cruciais para otimizar processos dentro da empresa e reduzir custos”. A próxima edição do Congresso ABESE está prevista para o dia 13 de dezembro de 2019, devendo migrar para um local maior devido a evolução do público e do apoio das empresas. DS

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Eventos Campinas Safe City

Cidade segura Projeto-piloto no município de Campinas (SP) utiliza tecnologia da Huawei e análise de dados da CPqD para oferecer vários serviços em favor da segurança pública e defesa civil municipal por Gustavo Zuccherato

Zou Zhilei, presidente para a América Latina da Huawei, e Jonas Donizette, prefeito de Campinas

A

pós nove meses desde a assinatura do memorando de entendimento, a Huawei, a CPqD e a Prefeitura de Campinas apresentaram no dia 15 de dezembro os primeiros resultados da sua parceria para transformar o município mais populoso do interior do Brasil em um verdadeiro laboratório vivo para a construção de conceitos, tecnologias e soluções relacionadas à Safe Cities. Mais do que a instalação de novas câmeras ou sistemas, o projeto tem o potencial de ser uma verdadeira reformulação no modelo de desenvolvimento de cidades inteligentes no Brasil. Combinando os esforços de todo o setor produtivo relacionado à inovação, tecnologia e segurança de uma cidade, a proposta traz a infraestrutura

Executivos da Huawei exemplificaram uso de reconhecimento facial para identificação de suspeitos e pessoas desaparecidas

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de rede e uma plataforma aberta para captação de dados e desenvolvimento de aplicações específicas para as diversas necessidades de um ambiente urbano. Na prática, o evento demonstrou o uso real de uma solução que agrega hardware e software para oferecer inteligência para a operação da cidade, o Video Cloud Solution. Com o uso da plataforma Huawei VCM (Video Cloud Management), os executivos da companhia demonstraram capacidades de reconhecimento facial e de cores para localização de suspeitos ou pessoas desaparecidas, de detecção de intrusão para proteção de áreas críticas e identificação de possíveis áreas alagadas, além de comunicações estratégicas via rede eLTE e outras possibilidades que já estão em desenvolvimento. Em sua essência, o objetivo do projeto-piloto é ampliar a capacidade de monitoramento por meio de câmeras e sistemas inteligentes. Atualmente, a cidade já conta com cerca de 500 câmeras. Nesta nova iniciativa, a estrutura de Campinas recebeu cerca de 30 novas câmeras inteligentes, controladas e monitoradas através da Central Integrada de Monitoramento de Campinas (Cimcamp). “Escolhemos instalar a maior parte dessas câmeras no Centro de Campinas pensando, inclusive, no aumento de circulação de pessoas por conta das festividades de final de ano. Então vamos reforçar a segurança nessa região”, afirmou o prefeito de Campinas, Jonas Donizette. O projeto visa a colaboração entre os parceiros na pesquisa e experimentação de soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) aplicadas à segurança pública. Ao Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) cabe customizar o sistema oferecido pela empresa, em conjunto com a IMA – Informática de Municípios Associados. Esse processo é importante para a adaptação do sistema às necessidades de Campinas.



Eventos Campinas Safe City

Plataforma permitirá integrar câmeras, pluviômetros e mini-estações meteorológicas para monitorar e enviar alarmes automáticos em caso de alagamentos

“Trata-se de um projeto de inovação destinado a customizar a solução a partir da integração com a plataforma aberta dojot, desenvolvida pelo CPqD, visando atender as necessidades específicas do município”, disse Maurício Casotti, gerente de desenvolvimento de negócios para cidades inteligentes do CPqD. “Com o dojot, a solução pode ser expandida para coletar, armazenar e disponibilizar dados de diversos dispositivos e sensores implantados na cidade, potencializando assim o ecossistema de inovação em cidades inteligentes de Campinas”. Como um verdadeiro arsenal tecnológico, capaz de armazenar uma quantidade enorme de dados e interpretá-los de forma rápida, assertiva e customizada, a plataforma da Huawei aproveita as capacidades dos servidores Safe City V100R003 e do anel de fibra óptica dedicado às soluções de segurança de Campinas para criar uma nuvem privada no ambiente do município-cliente e oferecer módulos independentes que podem ser escolhidos de acordo com as necessidades específicas de cada ambiente urbano. “Todas as informações que estão no Huawei VCM são consumidos pelas soluções da cidade através de um barramento do dojot. Temos uma camada SDK, com a sua biblioteca de rotinas seguindo um padrão aberto, baseado em protocolo REST. Qualquer middleware que esteja acima desta camada e entenda esse padrão, pode ler e enxergar os dados em nossa plataforma”, explica Rildo Santos, gerente de soluções para governo da Huawei Brasil. “As APIs abertas ficam mandando informação para esse barramento e cada aplicação consome essa informação e dá uma tratativa específica a esse dado”. Assim, as possibilidades são das mais diversas. Através de um desenvolvimento de aplicativo específico, por exemplo, é possível que os agentes de segurança na rua possam enviar e receber dados desse sistema em tempo real, como uma foto de um suspeito. Para demonstrar essa capacidade, durante a coletiva, uma pessoa foi escolhida para representar um suspeito. Uma foto desta pessoa foi tirada com um radiocomunicador, subindo essa imagem para a plataforma em nuvem de forma automática. O indivíduo, então, foi até a frente da prefeitura municipal, onde há uma câmera instalada com capacidade de reconhecimento facial.

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Assim que esse suspeito foi identificado, a equipe da Huawei abriu o módulo de radio-despacho, identificando o Guarda Municipal mais próximo, notificando-o e enviando a imagem captada para o radiocomunicador do guarda, que pôde identificar o suspeito e abordá-lo no mesmo instante. Outra possibilidade que está em desenvolvimento pela equipe da CPqD é a integração em prol da Defesa Civil. Se há um ambiente com possibilidade de alagamento, é possível integrar câmeras com detecção de intrusão, pluviômetros e mini-estações meteorológicas para configurar ações em vista de enviar um alarme automático para a Defesa Civil para que o sistema específico deles acione um alarme sonoro na região. “Hoje fizemos uma demonstração do que fizemos até agora. Testamos a plataforma, a comunicação e o trabalho integrado e em conjunto entre todos os envolvidos, garantindo uma aplicação em um ambiente real de uma cidade”, ressaltou Santos. “Sabemos todas as implicações técnicas dessa abordagem, ajudando a prefeitura a planejar melhor seus recursos. Agora cabe aos envolvidos pensar nos casos de aplicação real e desenvolver soluções para resolver aquela questão”. Durante a coletiva, a presença de executivos globais da Huawei, como Victor Zhang, presidente mundial de relações com o Governo, e Zou Zhilei, presidente para a América Latina, além do Ministério das Ciências, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), na figura do secretário de políticas Thiago Camargo, mostraram a importância que tem se dado ao desenvolvimento deste projeto para todos os envolvidos. Todo esse trabalho resultou no documento “Uma abordagem para construção de cidades seguras e inteligentes no Brasil”, que foi disponibilizado aos participantes da coletiva e deve ser publicado para consulta e contribuições públicas no começo de 2019. O documento de 21 páginas elenca as tendências da indústria, um perfil e os desafios da segurança pública no Brasil, a visão e os objetivos esperados neste projeto, além dos princípios para a construção de cidades inteligentes e as tarefas para esse trabalho, separados em seis pontos prioritários. DS


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Case Study Havan

Unificação e Gigante brasileira de lojas de departamentos, Havan está investindo mais de R$ 3 milhões em um projeto de segurança que trará economia de custos e inteligência de negócio para todas as suas lojas

por Gustavo Zuccherato

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om mais de 30 anos de história, a Havan é uma das maiores redes de lojas de departamento do Brasil. Presente em 16 estados brasileiros e com mais de 1,5 milhão de metros quadrados construídos, a rede emprega 15 mil colaboradores diretos em cerca de 120 lojas, faturando aproximadamente 7 bilhões de reais por ano. Tais números, é claro, podem representar um verdadeiro caos para a administração de todos os riscos e vulnerabilidades de segurança possíveis. Se há alguns anos, a tecnologia analógica era a única alternativa para o videomonitoramento, permitindo apenas o armazenamento local das imagens sem qualquer inteligência para identificar previamente os delitos ou a necessidade de manutenção, a migração para tecnologia IP, por outro lado, representou uma verdadeira revolução para a Havan. Desde 2017, em parceria com a fabricante brasileira Intelbras, a companhia tem migrado sua infraestrutura de segurança para esse novo ecossistema, trazendo vantagens competitivas e economia financeira para o negócio, em um projeto de mais de R$ 3 milhões. A parceria entre as duas empresas teve início ainda em 2010, quando a Havan migrou o seu sistema de telefonia para tecnologia IP, por meio da customização da central telefônica CIP 850, trazendo economias para a comunicação entre os colaboradores de toda a rede ao migrar o sistema para a nuvem. Ao todo, a Havan possui 2.500 aparelhos telefônicos IP e 20 centrais telefônicas fornecidas pela Intelbras.

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“A relação da Intelbras com a HAVAN está muito bem estabilizada. Além dela revender nossos produtos, como aparelhos telefônicos, conversores digitais e roteadores, em suas lojas, agora também fornecemos soluções para o consumo próprio da empresa”, pontuou Márcio Ferreira, diretor comercial da Intelbras. Em 2017, então, a gigante varejista enxergou uma nova oportunidade de aumentar a segurança ao implementar uma plataforma IP, melhorando a resolução das câmeras e trazendo inteligência para o negócio - e essa parceria antiga foi o ponto de entrada para a Intelbras neste projeto. A lista de produtos Intelbras implementados na lojas Havan é extensa. Além da telefonia IP, cada loja recebe, em média, 52 câmeras, sendo mais de duas mil instaladas até o momento e com previsão de seis mil câmeras até o término do projeto. A atualização também já resultou na instalação de 1.800 sensores de presença, chegando a cinco mil quando instalados em todos os pontos de venda; e outros 200 controles de acesso biométricos - modelos SS411E e LE 311E - alojados em áreas restritas, como estoques e salas de segurança. Até o fim de 2018, 39 lojas já foram atendidas e a previsão é que 100% delas conte com o novo sistema até o final de 2019. Além dos novos dispositivos, a fabricante brasileira apostou na parceria com a canadense Genetec para fornecer a plataforma Security Center Intelbras Edition à Havan. A parceria da Intelbras com a Genetec teve



Case Study Havan

Câmeras monitoram todo o ambiente: do perímetro às áreas de circulação de pessoas e restritas à colaboradores

início em 2015 e juntas as empresas desenvolvem soluções de gerenciamento de sistemas de CFTV customizadas para o mercado brasileiro e a realidade do país. A solução possibilita a integração das tecnologias de videovigilância, alarmes de intrusão e controle de acesso sem complicações e oferece, em uma única plataforma de fácil utilização, as funcionalidades avançadas de todas essas tecnologias, permitindo a integração para facilitar a operação. O sistema melhora a performance dos

Com central unificada e guia de procedimentos pré-definidos, todos os dispositivos IP da Havan podem ser monitorados por apenas três operadores

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dispositivos, com controle da operação, velocidade nas buscas das imagens e centralização do sistema de todas as lojas em um único ponto, otimizando custos. “Investimos 6% do nosso faturamento em pesquisa e desenvolvimento, garantindo assim produtos e soluções de alta qualidade e ótimo custo benefício. A dimensão do projeto implementado na Havan reflete a confiança que o mercado possui na nossa marca”, ressaltou Ferreira. “Além disso, a Havan, por meio do Security Center Intelbras Edition, está oferecendo um sistema de segurança de confiança e qualidade aos seus clientes, contribuindo assim para o bem estar dos mesmos”. A capilaridade da Intelbras foi um dos fatores primordiais para a escolha da companhia como fornecedora nesse projeto. “Somos a única indústria que integra soluções de segurança eletrônica, controle de acesso, incêndio, telecom, redes e energia numa única marca e estamos presentes em 98% dos municípios brasileiros, o que atende ao projeto de expansão da Havan. Onde a empresa decidir abrir uma loja, vai encontrar um parceiro Intelbras, pois temos mais de 120 mil revendedores no país. Além disso, nossa rede de assistência técnica conta com 330 postos de atendimento e 20 laboratórios avançados”, ressaltou Ferreira. A migração para a arquitetura IP também permitiu que a Havan diminuísse seus custos operacionais e sistematizasse sua área de prevenção de perdas. Diferentemente da arquitetura analógica, onde cada local gravava as suas imagens para recuperar posteriormente a um delito, os recursos avançados de federação do Security Center Intelbras Edition permitiram que a Havan criasse a sua Central de Monitoramento Unificada. Embora o processamento e a gravação ainda seja feito em servidores de maneira local, a conexão federalizada permite que as câmeras sejam acessadas remotamente através da nuvem em um servidor centralizado, tendo a disposição todos os recursos do software VMS para a operação.



Case Study Havan

Localizada na sede da companhia em Brusque, o Central da Monitoramento da Havan permite o acompanhamento em tempo real de todas as câmeras da rede de lojas, em uma operação baseada em alarmes com guias de procedimento pré-definidas. “Nas docas de carga e descarga dos caminhões, em nosso depósito, tínhamos problemas com furtos. O gerente da área nem sempre tinha como estar a todo momento no local e suspeitávamos que colaboradores com acesso acabavam abrindo esse local e cometendo furtos lá”, exemplifica Valter Soares, gerente de TI da Havan. “Quando implementamos um sensor de presença e uma câmera no local, conseguimos criar um evento no qual a central automaticamente recebe um alarme no caso de abertura da doca e a imagem da câmera se sobrepõe às demais, permitindo que a equipe acompanhe todos os procedimentos padrões que devem ser seguidos”. Com isso, as mais de duas mil câmeras já instaladas podem ser monitoradas por apenas três ou quatro operadores por turno. Em caso de falha de comunicação, o sistema ainda continua em operação, com todos os recursos do VMS acessíveis no servidor da loja. “Eram coisas que estavam as cegas e que ficavam na filial, na ponta. Com esse novo sistema inteligente, trouxemos todas essas informações para a nossa central, permitindo que nossa equipe acompanhe todos os eventos que acabam acontecendo em áreas críticas ou fora do horário de funcionamento das lojas de maneira sistematizada e padronizada, facilitando a vida do operador. Isso realmente faz a diferença”, ressaltou Soares. Além disso, o Security Center Intelbras Edition permite que a companhia identifique rapidamente e emita um alarme em caso de falha ou desligamento de um dispositivo, garantindo a identificação e o planejamento eficaz de qualquer manutenção necessária, que ficará a cargo da rede de revendas da Intelbras por todo o Brasil. “Achávamos que com a adequação das lojas às novas soluções e a expansão da Havan pelo território nacional, a instalação dos novos equipamentos se tornaria um desafio. Porém, com o ótimo time de instaladores certificados da Intelbras, a transição e adequação está sendo bem tranquila”, destaca o diretor comercial da fabricante. Como parte da sua estratégia de melhoria e evolução contínua,

Algumas lojas da Havan, como a de Videira (SC), incluem praças de alimentação e até salas de cinema, sendo um verdadeiro centro de compras para a população local

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Lojas de departamento se caracterizam por vender uma ampla variedade de produtos: de alimentação à ferramentas, brinquedos, vestuário, eletrônicos e eletrodomésticos

em 2018, a Havan também adquiriu da Genetec o Retail Sense, uma ferramenta voltada para o varejo que aproveita a captura de informações dos dispositivos para dar inteligência de negócio ao empreendimento. Com dashboards interativos, a solução apresenta diversas informações de interesse dos gestores em tempo real como, por exemplo, a média de pessoas na loja, o número de vendas mensais, mapas de calor de movimentação em cada loja e taxa de conversão de compra permitindo, inclusive, a comparação entre diversas filiais. Com isso, o lojista pode extrair relatórios com números, dados e gráficos comparativos para o planejamento de ações de marketing e de vendas para a empresa, por exemplo. “A solução tem funcionamento em nuvem, é alimentada através de coleta de dados entre os servidores e pode ser integrada aos serviços de segurança patrimonial e às câmeras já instaladas no local”, explica Michel Ricardo da Silva, Gerente de Contas da Genetec. “A Intelbras trabalha para oferecer preços justos e competitivos aos nossos clientes, sendo eles corporativos ou residenciais. Sendo assim, é extremamente satisfatório para nós contribuir com o crescimento da Havan, fornecendo tecnologia, produtos e soluções feitos no Brasil e com ótima relação custo benefício”, comenta Ferreira. “A missão da Intelbras é colocar o cliente acima dos lucros. Com isso em mente, desenvolvemos nossa parceria com a Havan e o envolvimento da canadense Genetec, reconhecida mundialmente, só vem a agregar. Temos certeza que a parceria de sucesso entre as empresas durará muitos anos”, finaliza o executivo. DS



Entrevista Carlos Fernandes - Anixter

Reposicionamento A Anixter passou por grandes mudanças em 2018 para pavimentar o caminho como uma distribuidora de valor agregado para o mercado

por Gustavo Zuccherato

Confira essa entrevista e outros conteúdos em vídeo em nosso site www.revistadigitalsecurity.com.br

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econhecida como uma das maiores distribuidoras de segurança e infraestrutura do mundo, a Anixter passou por mudanças significativas em 2018. Além de uma troca na gestão regional, recentemente a companhia migrou para um novo escritório em São Paulo. Localizado no 20º andar do imponente prédio comercial Office Time no bairro Jardim das Perdizes, a apenas 2,7 km de distância da sua sede anterior, o espaço segue o mesmo conceito aberto e ajuda a posicionar a empresa como distribuidora de valor agregado para o mercado. Confira as novas estratégias da multinacional nesta entrevista exclusiva com Carlos Fernandes, vice-presidente regional de vendas para o Brasil. Digital Security: Quando viemos na inauguração do novo escritório, você nos falou que estavam mudando para ter um posicionamento mais corporativo perante o mercado. O que efetivamente isso quer dizer? Carlos Fernandes: Esse novo conceito, de um escritório totalmente open office e moderno, tem total sinergia com o que a Anixter vem buscando no mercado. A gente vem se posicionando cada vez mais voltado para o mundo de TI e de infraestrutura, de forma muito mais moderna e mais voltado à vanguarda da TI para que a gente

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consiga atender os nossos clientes da melhor maneira possível. O escritório é só mais um ponto para reforçar o quanto a Anixter vem se posicionando de forma diferenciada nesse mercado. Trata-se de um escritório muito mais voltado a clientes e parceiros. Temos um espaço dedicado ao nosso público interno, composto por nosso time de vendas e operações, mas há uma parte desse escritório dedicado para os nossos canais-parceiros, clientes-finais e fornecedores. Esse novo espaço nos favorece principalmente na integração, tanto do time interno quanto do time externo, para que a gente consiga desenvolver mais soluções aderentes ao mercado que estamos atendendo. Digital Security: Há planos para mais alguma mudança na infraestrutura física da Anixter no Brasil? Carlos Fernandes: Não. De imediato, as mudanças que precisávamos fazer, tanto de forma estrutural quanto de forma física, no que tange a escritório, já foram feitas. Agora, estamos com o ambiente corporativo aqui em São Paulo e o nosso warehouse em Itupeva (SP) já definido e destinado a nossos clientes. As nossas importações chegam até o Brasil e a gente concentra dentro do nosso warehouse em Itupeva. Hoje é um espaço que está destinado a atender 100% do nosso portfólio. Os nossos clientes e parceiros também tem espaço para poder utilizar essa infraestrutura.


Entrevista Carlos Fernandes - Anixter

Digital Security: Como está organizada a equipe da Anixter no Brasil atualmente? Carlos Fernandes: A equipe está formada basicamente por um time comercial e um de operações. Estamos falando em torno de 100 pessoas. Essas pessoas estão dedicadas a atender clientes, seja internamente aqui em nosso escritório ou na casa do próprio cliente, e estão extremamente capacitadas comercialmente e tecnicamente para atender 100% do portfólio que a gente comercializa. Basicamente, a equipe que está sob a minha responsabilidade é composta por um time de Outside Sales, carterizados e dedicados a clientes-finais e parceiros; um time de Inside Sales, com uma equipe técnica de engenheiros de pré-vendas e engenheiros de desenvolvimento de negócios para poder atender todas as verticais que damos suporte; além de um time de operações para garantir que a logística e a entrega seja feita dentro dos SLAs que nos comprometemos; e todo o time de back office para poder suportar essa operação. A equipe está em constantes desenvolvimentos e ajustes. De imediato, não temos previsto nada disruptivo em termos de novas contratações mas nós estamos sempre a caça de grandes talentos, então todos que tiverem interesse, são bem-vindos. Digital Security: Como é a relação dessa equipe local com a equipe global? Carlos Fernandes: Acho que essa é uma das nossas maiores fortalezas. A Anixter tem como cultura fomentar muito essa sinergia entre os times globais e locais. Como os nossos principais clientes tem muita presença em diversos países, essa sinergia entre os times só nos favorece para poder trocar as melhores práticas e poder ofertar soluções que sejam realmente aderentes a cada um dos segmentos que a gente atende. Digital Security: Quais são esses segmentos que vocês estão focando nesse momento? Carlos Fernandes: Hoje não temos uma estrutura dedicada a verticalização, então atendemos todo tipo de indústria. Sabemos que, dependendo do portfólio que esteja sendo comercializado, temos alguns segmentos-verticais que acabam sendo mais aderentes aos produtos, mas não temos nenhum tipo de restrição, seja no mercado público ou privado, estamos trabalhando com todo o portfólio. Hoje estamos muito fortes e bem posicionados nos mercados de infraestrutura, áudio e vídeo profissional, comunicações unificadas e segurança. Digital Security: Como a Anixter organiza seu Programa de Canais? Carlos Fernandes: Essa é uma das principais vantagens que os nossos parceiros tem. Nosso programa de canais, chamado Edge 2.0, visa fomentar negócios dentro dos nossos parceiros através de geração de demanda em clientes-finais. Temos, em média, cerca de 60 canais prioritários em âmbito América Latina. Não temos planos para 2019 de fazer a divisão por país. Esses canais tem uma grande vantagem quando fidelizam e se tornam um canal Edge dentro da Anixter. Conseguimos gerar demanda diferenciada, com uma quantidade de relatórios e ferramentas para dão acesso a um nível de informação que os canais tradicionais não teriam. Temos um atendimento dedicado e exclusivo com esses canais, nós carterizamos esses canais através do nível de relacionamento e quantidade de demanda gerada através de resultados históricos e projetados para que a gente consiga atendê-los de maneira diferenciada. Digital Security: Quais os planos da Anixter para captar novos canais? Carlos Fernandes: Cada vez mais o mercado de segurança está

O canal Edge 2.0 tem como principal vantagem o nível de informação dentro das nossas bases de dados, principalmente em contas globais, para que ele consiga ter acesso ao usuário-final e entenda a necessidade antes de qualquer outro mercado. muito integrado com os demais pilares de atuação. Nós temos muita atenção nos novos mercados para conseguir desenvolver canais que tenham total aderência e convergência para que consigam capturar e se beneficiar de toda essa sinergia de produtos. O mercado de segurança tem muita sinergia principalmente com o mercado de áudio e vídeo profissional. Enxergamos como sendo uma oportunidade e complemento de portfólio atuar com essas duas linhas de produtos. Digital Security: Quais vantagens esse programa oferece ao parceiro-integrador? Carlos Fernandes: O canal que é Edge 2.0 dentro da Anixter tem várias vantagens, mas a principal delas é o nível de informação dentro das nossas bases de dados, principalmente em contas globais, para que ele consiga ter acesso ao usuário-final e entenda a necessidade antes de qualquer outro mercado. Hoje, em virtude do nosso posicionamento, todas as contas que são multinacionais e podem ter um headquarter aqui no Brasil ou não, tem um atendimento diferenciado. Isso em virtude da sinergia que comentamos entre os times globais e locais. Além disso, conseguimos disponibilizar toda a nossa equipe técnica, de engenheiros de pré-vendas, para o desenvolvimento de soluções exclusivas para os canais Edge. Também temos Outside Sales exclusivos para atender esse tipo de canal e toda uma série de ferramentas de vendas, marketing e técnica de inventário direcionado a esse tipo de canal. Digital Security: Como os canais podem ter acesso ao cronograma de realização de treinamentos e certificações da Anixter no Brasil? Carlos Fernandes: A partir do momento em que o canal já é carteirizado e é denominado como um parceiro Edge, ele tem acesso a um portal exclusivo, onde ele consegue se certificar e se atualizar de uma maneira muito mais dinâmica e rápida. Digital Security: Quais os planos para realização ou participação em eventos setoriais em 2019? Carlos Fernandes: Enxergamos como sendo uma grande oportunidade e um reforço do posicionamento de marca estar dentro desses eventos.

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Entrevista Carlos Fernandes - Anixter

Cada vez mais, enxergamos como uma grande oportunidade trabalhar, seja na realização ou na participação, de eventos muito mais focados em grupos de clientes muito específicos. Nos eventos grandes, a Anixter vai marcar presença e reforçar a marca, mas vamos estar muito mais fortes em eventos direcionados para grupos de clientes conforme a verticalização. Pretendemos fomentar esses eventos muito em virtude dos clientes que a gente já tem contato, mas também utilizando a força dos parceiros, sejam eles os fornecedores ou os nossos canais. Digital Security: Por ser uma empresa multinacional, quais as vantagens e os desafios enfrentados pela Anixter na atuação em um território tão único e exigente como o Brasil? Carlos Fernandes: Conseguimos utilizar nossa maior fortaleza, que é estar presente em diversos países, para trazer as melhores práticas para o mercado nacional. Enxergamos como sendo uma necessidade, e acho que todas as empresas já perceberam isso, a questão do compliance, de atuar de uma forma diferenciada no que tange a anti-corrupção. A Anixter sempre trabalhou e vai continuar trabalhando dessa forma e isso os clientes tem valorizado cada vez mais. Estamos usando isso como sendo um diferencial. Sabemos que os nossos clientes podem confiar e eles tem nos procurado com relação a essas questões mais rígidas que o mercado brasileiro exige atualmente e é dessa forma que vamos continuar atuando e se diferenciando no mercado. Digital Security: Quais países podem ser bons exemplos de melhores práticas para serem aplicadas aqui no Brasil? Carlos Fernandes: Na América Latina temos o México, que passou por momentos similares ao do Brasil na questão econômica e política. Apesar disso, podemos dar como o melhor exemplo a América do Norte, os Estados Unidos, que é um mercado extremamente competitivo e que também segue regras rígidas, as quais estamos seguindo da mesma maneira. São bons exemplos de melhores práticas que a gente deve seguir. Digital Security: O mercado de segurança tem passado por uma reformulação, passando a coexistir com outras soluções tecnológicas, como uma parte de um ecossistema IoT muito maior. Como a Anixter está se preparando para essa nova realidade? Carlos Fernandes: Cada vez mais, enxergamos a linha de segurança como sendo parte integrante desse mundo de IoT. A Anixter vem se posicionando junto aos principais fabricantes do mercado, estudando as necessidades dos nossos clientes, e com verticalizações, como gestão de segurança pública e de segurança patrimonial dos nossos clientes, de uma maneira muito mais integrada e automatizada. O mundo vai ser gerenciado através de dispositivos remotos e a gente já está neste mundo. Já temos, dentro do nosso Briefing Center, as soluções totalmente integradas para demonstrar aos nossos clientes como os produtos e soluções funcionam. Digital Security: Ao mesmo tempo, o mercado brasileiro é bastante sensível a preço, especialmente em momentos de crise. Como esse momento do país refletiu no faturamento e na atuação da Anixter no Brasil? Carlos Fernandes: Não só no nosso segmento, eu acho que os últimos três anos foram muito duros para o nosso mercado, tanto na questão de recessão econômica como de incerteza política. Os clientes realmente tiverem um cenário de retração. Percebemos nesse último semestre uma reversão, com uma curva

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Vejo com bons olhos termos um portfólio totalmente amplo, mas muito bem estruturado, para garantir o complemento de produtos e gerarmos soluções fim a fim para o cliente. de aumento de demanda, mas precisamos nos reposicionar nos últimos anos para poder se adequar a esse tipo de mercado. Por isso o novo posicionamento de tentar trazer mais valor ao negócio do cliente para trazer mais eficiência a esse tipo de negócio. Digital Security: Até que ponto ter um portfólio de marcas tão amplo ajuda ou prejudica o trabalho de uma distribuidora de tecnologia com marcas que se propõe a oferecer valor-agregado aos seus clientes? Carlos Fernandes: Eu registro com bons olhos. Quando temos um portfólio totalmente amplo, mas muito bem estruturado a partir do momento que garanta o complemento de produtos para gerarmos soluções fim a fim para o cliente. Quando nos aliamos a fabricantes que se posicionam de uma maneira muito diferenciada ou que se propõe a gerar valor agregado aos clientes, nós oferecemos soluções muito bem pré-definidas para cada um dos segmentos, permitindo gerar valor aos nossos clientes e trazer só benefícios. Digital Security: Atualmente, quanto o mercado brasileiro representa dentro dos negócios globais da Anixter e qual a meta para 2019? Carlos Fernandes: Para 2019, temos como previsão crescer acima dos 30%. O mercado brasileiro é muito representativo no que tange a América Latina e América Central, representando mais do que 35% dos resultados. Sabemos do potencial, mas sabemos que ainda tem muito a gerar a partir do momento de estabilidade econômica e financeira do país. Digital Security: Você passou vários anos trabalhando na Telefônica, chegando ao cargo de diretor comercial para a área Enterprise. Como essa experiência auxiliará no trabalho dentro de uma distribuidora? Carlos Fernandes: Acho que esse é o principal desafio que tenho, mas essa minha vivência dentro do mercado enterprise tem total sinergia e aderência a como a Anixter quer se posicionar dentro do mercado. Quando buscamos, cada vez mais, entender o negócio do nosso cliente e estar mais próximos do nosso usuário-final, essa experiência só nos beneficia. Esse é o mercado que eu venho trabalhando nos últimos anos e eu trago essa minha vivência para poder somar todas essas fortalezas que a Anixter já tinha. DS



Artigos Três camadas de proteção

Como a blindagem digital pode evitar invasões físicas por Paulo Santos*

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ualquer ambiente, físico ou digital, pode ser invadido. Seguindo a tendência global, tem aumentado no Brasil a preocupação com ambas as modalidades de invasão, e neste fim de ano a maioria dos gestores de TI está criando ou atualizando seus planos de segurança pensando em 2019 e adiante. Tanto no caso de cibersegurança quanto intrusões, há uma série de medidas preventivas para redução de riscos. Vamos começar, analisando as medidas anti-invasão física a grandes áreas protegidas. Essas áreas extensas incluem, por exemplo, plantas industriais, condomínios horizontais, fazendas e instituições de ensino. Para esses locais, está ganhando popularidade o conceito de três camadas de proteção. É importante entender como usar essas novas tecnologias para criar esse escudo abrangente e reduzir vulnerabilidades. Na verdade, algumas tecnologias recém-chegadas ao mercado estão permitindo uma completa revisão da estratégia de proteção contra invasões. A ideia é que o modelo de abordagem, além de aumentar a segurança, também reduza custos associados a tecnologias tradicionais. Um dos desafios é a tradição. O mercado está mais familiarizado com os métodos como proteção de perímetro com agentes de segurança (tipicamente quatro equipes, sendo uma para cada turno de 8 horas, mais os folguistas), uso de câmeras analógicas, controle de acesso veicular envolvendo verificação humana in loco, uso de alarmes para detectar objetos cruzando o muro, e envio de patrulha a áreas remotas para verificar alertas. Dependendo do caso, esses métodos são combinados de diferentes formas, sem uma visão abrangente. Trata-se de uma tradição do mercado que gera profundas fragilidades, como alarmes falsos, impossibilidade de verificar alertas à distância, exposição desnecessária dos agentes de segurança aos invasores, e custos operacionais relativos a recursos humanos. É por isso que algumas instalações estão começando a aplicar o método estruturado composto pela análise de camadas ou níveis de proteção. A 1ª camada de proteção refere-se ao perímetro. A solução adotada precisa ser capaz não só de detectar, mas sobretudo de identificar.

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Caso contrário, os alarmes falsos vão apenas detectar supostas invasões, elevando os custos operacionais e fragilizando a segurança. E identificação se alcança através de imagens de alta qualidade associadas a analíticos de vídeo. Já a 2ª camada refere-se a áreas amplas de segurança crítica do muro para dentro. Quem trabalha no setor de segurança sabe que essa área é o principal gap numa instalação. Quando há uma invasão, a equipe não sabe quantas pessoas invadiram nem qual sua trajetória – muito menos se estiver chovendo, com neblina ou em área encoberta por vegetação. Um sistema ideal precisa ser capaz de gerenciar cenas complexas para viabilizar uma ação inteligente – a exemplo do que faz o recém-lançado Radar IP. Por fim, a 3ª camada de proteção refere-se ao acesso de pessoas aos prédios em si, ou seja, conceder acesso apenas a pessoas autorizadas, tanto para proteger áreas valiosas, como armazéns, quanto áreas potencialmente perigosas, como estações de energia. A inteligência no gerenciamento desses acessos tem sido alcançada pela digitalização das tecnologias, viabilizada pela chegada ao mercado de produtos como controladoras de acesso IP, videoporteiros IP e teclados numéricos IP, entre outros. Todas as três camadas operam sobre uma mesma base: a rede do cliente. Isso permite inserir facilmente outros dispositivos IoT na mesma rede e, assim, complementar a solução. Uma ideia interessante, por exemplo, é agregar cornetas IP, para emitir mensagens pré-gravadas ou ao vivo para deter pessoas mal-intencionadas. Nesse caso, o sistema que originalmente estava desenhado apenas para detectar e identificar teria, com o áudio, também um caráter de inibição. Essas são, aliás, as três funções desejáveis para as 3 camadas de proteção: detectar, identificar e inibir. DS

* Paulo Santos é gerente de soluções da Axis Communications



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