Digital Security 84

Page 1

9 772238 571003

Ano 8 • No 84• Agosto/2018

84 ISSN 2238-5711

www.revistadigitalsecurity.com.br

Referência em tecnologia para o mercado de segurança eletrônica

Entrevista ANDREI JUNQUEIRA CHANNEL BUSINESS MANAGER DA MILESTONE SYSTEMS

DF Century Plaza

SEGURANÇA DE VANGUARDA EM EMPREENDIMENTO DE USO MISTO

CRIADO NO BRASIL PREPARADO PARA

O MUNDO!

www.digifort.com.br

Exportado para mais de 130 países em 18 idiomas.


Anuncio Institucional_Dahua Technology_Agosto_Página Dupla_Digital Security.pdf 1 15/08/2018 17:56:28

#credibilidade

Dahua Technology, paixão em proteger o mundo A multinacional Dahua Technology, fundada em 2001, é uma das principais marcas de soluções inteligentes no setor de videomonitoramento no mundo. A empresa, com a sua visão disruptiva, está sempre empenhada em fornecer produtos e soluções baseados em Inteligência Artificial, IoT e Cibersegurança que permitem a entrega de soluções de segurança end-to-end, para as mais diversas verticais de C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

negócio. O Dahua Cybersecurity Center (DHCC) coopera ativamente com empresas como Symantec, McAfee, Intel e Synopsys, alcançando altos padrões de segurança e estabelecendo mecanismos de proteção que incluem organização, procedimento, tecnologia e serviço. A Dahua Technology foi a primeira empresa do setor a receber a certificação da TÜV Rheinland, estando em total conformidade com o GDPR(Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Européia).


www.dahuasecurity.com

+1.400

+6.000

+10.000

40%

Patentes Arquivadas

Parceiros de Negócios

Engenheiros de Pesquisa & Desenvolvimento

Crescimento médio por ano em vendas. Em 2017, o faturamento foi aprox. de 3 bilhões de dólares

P&D

+12 milhões

Garantia

+1.200

Investimento de +10% da receita em P&D.

Até 5 anos de garantia*

Câmeras vendidas por ano para mais de 180 países

Projetos brasileiros realizados para empresas públicas e privadas

42

+13.000

Design

173

Prêmios iF Design Award, uma das premiações de design mais conceituadas do mundo

Escritórios pelo mundo

Subsidiárias no Exterior

Colaboradores

Verificar com a Dahua Technology*

Alta tecnologia, qualidade e credibilidade


Editorial

IoT: mar de sensores Redação

T

ido como um dos grandes assuntos do mercado de tecnologia nos dias atuais, o IoT (Internet das Coisas, em português) parece ter chegado para ficar. Essa tendência já foi colocada em pauta mais de uma vez neste espaço, quando a temática ainda dava seus primeiros passos e suas possibilidades mal eram conhecidas por aqui. De acordo com um estudo feito pela McKinsey, o impacto econômico mundial da Internet das Coisas pode chegar a 11 trilhões de dólares na economia mundial até 2025. Para o Brasil, a cifra pode bater a casa dos 200 bilhões de dólares na economia nacional nesse mesmo período. Mas o que embasa tamanho potencial de mercado e como saberemos se o país está preparado para aproveitar essa oportunidade? Temos infraestrutura necessária para garantir todo o suporte para tirar o máximo proveito desse conjunto de tecnologias que representa o IoT? De acordo com especialistas, os problemas de conectividade já foram resolvidos pela engenharia eletrônica, as plataformas de cloud estão prontas e o mercado conta com tecnologias como analytics, big data, inteligência artificial, computação cognitiva e bancos de dados protegidos. Contudo, ainda estão pendentes questões associadas ao acesso às bases de informação. A tecnologia pode trazer mais conveniência e controle para os consumidores nas mais diversas verticais - do mercado residencial, passando por varejo, medicina, segurança pública, setor automotivo e indústria. No segmento da Medicina, a Internet das Coisas tem ajudado de forma inédita pacientes com doenças crônicas. Em alguns países, a nova realidade do IoT permite que as pessoas usem dispositivos e sensores para monitorar sinais vitais. Além disso, os sensores, quando conectados a hospitais ou empresas de saúde, estabelecem mais pontos de contato com o paciente, reduzindo visitas médicas ao estritamente necessário. De acordo com os especialistas em tecnologia, uma pessoa gera em sua vida 200 terabytes relacionados a saúde e mais de 50% desses são relacionados a estilo de vida e comportamento, ou seja, não necessariamente estão em hospitais e laboratórios. De acordo com a IBM, 90% dos dados de saúde são perdidos hoje por não serem apropriadamente processados ou guardados. Quando se fala do Brasil, a tecnologia vai avançando com cuidado, porém a passos firmes. Depois da ação do BNDES e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) para produzir o estudo “Internet das Coisas: um plano de ação para Brasil”, chega a hora de definir planos sobre IoT e elaborar planos de ação a serem implementados. Essas e outras questões serão debatidas no final do mês de agosto no Congresso Brasileiro e Latino Americano de IoT. Nele poderemos conhecer como as grandes empresas pretendem trabalhar a questão da Internet das Coisas e responder algumas das perguntas feitas no início deste texto. Evento imperdível para quem deseja saber como caminhará o futuro do IoT no Brasil.

Publisher

Eduardo Boni (MTb: 27819) eduardo.boni@vpgroup.com.br Editor Assistente

Gustavo Zuccherato gustavo.zuccherato@vpgroup.com.br Coordenador Editorial

Flávio Bonanome flavio.bonanome@vpgroup.com.br

Arte Flavio Bissolotti flavio.bissolotti@vpgroup.com.br

Comercial contato@vpgroup.com.br

Presidente & CEO Presidência e CEO

Victor Hugo Piiroja victor.piiroja@vpgroup.com.br Financeiro Rodrigo Gonçalves Oliveira rodrigo.oliveira@vpgroup.com.br Atendimento Jessica Pereira jessica.pereira@vpgroup.com.br Digital Security Online www.revistadigitalsecurity.com.br

Tiragem: 22.000 exemplares Impressão: Gráfica Mundo

Eduardo Boni Publisher

4

Al. Madeira, 53, cj. 91, 9º andar - Alphaville Industrial 06454-070 - Barueri, SP – Brasil + 55 (11) 4197 - 7500 www.vpgroup.com.br


CRIADO NO BRASIL PREPARADO PARA

O MUNDO!

Exportado para mais de 130 países em 18 idiomas.

Vídeo Monitoramento • Reconhecimento Facial • Video Synopsis Módulo de Gestão de Eventos • Leitura de placas de automóveis • Alarmes e automação Analítico Inteligente de vídeo • POS • OCR para containers • Integração com controle de acesso

Conheça nossos distribuidores e equipamentos homologados:

www.digifort.com.br


Sumário

produtos e serviços

Motorola Solutions e Avigilon

CASE STUDY

pg10

Novo appliance de inteligência artificial e integração de plataformas

Eventos

pg 12 Grupo Policom promove encontro para mostrar avanços em segurança e redes da Dahua Technology, Nexans, Netscout e TP-Link

DF Century Plaza

pg24 Com 240 mil m², empreendimento privado une shopping, hipermercado, apart hotel, três torres residenciais e outras duas torres comerciais

Para a segurança dos ambientes, a administradora ABL Service Manager apostou em mais de 500 dispositivos inteligentes da Hikvision

Workshop Inovações Tecnológicas

entrevista

Andrei Junqueira

pg28 Channel Business Manager da Milestone Systems

REPORTAGEM ESPECIAL

A Lei Geral de Proteção de Dados na segurança eletrônica pg14

Pioneira no mercado de plataformas de gestão, a Milestone está se preparando para um futuro recheado de sensores e dispositivos conectados com uma estratégia de canais que possam oferecer soluções avançadas, específicas e customizadas aos seus clientes. Entenda a estratégia dessa reformulação nesta entrevista exclusiva. Preparamos um material especial para esclarecer algumas dúvidas jurídicas específicas, entender como as empresas já estão se adequando e compreender o que a indústria precisa fazer para se adequar

6

agenda

pg34



C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Siga a Hikvision nas redes sociais



Produtos e Serviços

Motorola Solutions e Avigilon

Novo appliance de inteligência artificial

N

este mês de agosto, a Motorola Solutions anunciou uma novidade que é resultado da aquisição da Avigilon: a integração entre as plataformas de gestão das marcas, o Avigilon Control Center (ACC) e o CommandCentral Aware. Como um avanço constante das suas ofertas, a Avigilon também formatou hardwares que permitem levar inteligência artificial para quase qualquer câmera IP, os AI Appliance. O CommandCentral Aware faz parte da série de software de centro de comando de ponta-a-ponta da Motorola Solutions que funciona de maneira integrada para melhorar as operações desde o momento em que a chamada é recebida até a resolução do incidente. Com a integração do ACC, tanto despachadores como analistas de inteligência contarão com uma fonte de inteligência em tempo real que inclui feeds de vídeo, detalhes de incidentes, alertas, mapeamento de dados e localização de socorristas. “Completamos o primeiro grande passo deste processo de integração que possibilita a implementação de feeds de vídeo da Avigilon no CommandCentral Aware. Agora, os analistas podem ver vídeos ACC utilizando uma fonte centralizada,” afirma Andrew Sinclair, gerente geral e vice-presidente corporativo da unidade de Software Enterprise da Motorola Solutions. “Também estamos integrando o recurso de análise baseado em inteligência artificial (IA) do ACC. Isso fará com que a videovigilância deixe de ser um monitoramento reativo para se transformar em alertas automatizados proativos ao detectar uma pessoa, objeto ou veículo de interesse.”

10

Com a análise baseada em IA do ACC, os analistas de inteligência que utilizam o CommandCentral Aware serão alertados automaticamente quando uma atividade não usual for detectada. Já não será necessário dedicar tanto tempo ao monitoramento de vídeo e haverá mais tempo disponível para ajudar os socorristas em campo. O AI Appliance, por sua vez, permite adicionar análises de vídeo de autoaprendizagem patenteadas e a tecnologia Avigilon Appearance Search a quase todas as câmeras IP. Quando conectados ao software Avigilon Control Center (ACC), os clientes podem evoluir sistemas de câmeras já existentes em soluções de inteligência artificial. “A demanda por análise de vídeo está aumentando globalmente e acreditamos que todos os sistemas de segurança precisarão utilizar essa tecnologia para se tornar uma solução proativa e, eventualmente, preventiva”, explica James Henderson, presidente e diretor de operações da Avigilon. “Com a grande maioria dos sistemas de câmera legados sem a inteligência de análise, o AI Appliance fornecerá a mais clientes a capacidade de usar nossa análise de vídeo avançada para mudar drasticamente a maneira como eles interagem com seus sistemas.” Projetado para alto desempenho, capacidade e resiliência, o AI Appliance será oferecido em dois modelos e possui hardware CPU e GPU que suportam simultaneamente a análise de vídeo da Avigilon e a tecnologia Avigilon Appearance Search. O AI Appliance está disponível para pré-encomenda. DS



Eventos Workshop Inovações Tecnológicas

Avanços em Dahua, Nexans, Netscout e TP-Link apresentaram suas ofertas durante uma manhã no Policom Solution Center, em São Paulo por Gustavo Zuccherato

Os GigaSwitch da Nexans convertem sinais de fibra óptica em 4 portas RJ45 com até 30 W de PoE por porta

Confira a reportagem completa em nosso site www.revistadigitalsecurity.com.br

N

o começo do mês de agosto, o Grupo Policom realizou mais uma edição dos seus eventos de apresentação de tecnologias e relacionamento com parceiros integradores e instaladores. Denominado Workshop Inovações Tecnológicas, o encontro reuniu cerca de 40 pessoas no Policom Solution Center, em São Paulo. Mais familiar aos profissionais de segurança, as soluções da Dahua Technology foram apresentadas por Marcos Paulo Martins, gerente técnico do Grupo Policom. Entre alguns dos produtos e recursos destacados está a linha de câmeras da série Ultra Smart, com opções de 1.3 à 12 MP e WDR de até 140 dB para lidar com ambientes de alto contraste na iluminação; as câmeras PTZ óptico-térmicas série Ultra; as câmeras que fazem leitura automática de placas de veículos em velocidades de até 200 km/h da linha ITC602; e os recursos inteligentes dos drones da marca, já homologados pela ANATEL para comercialização no Brasil. Infraestrutura avançada A venda de projetos de segurança dificilmente engloba apenas a implementação dos dispositivos de vigilância e proteção em determinado ambiente. Muitas vezes, a construção de uma infraestrutura de conectividade ou adaptações na rede já existente são necessárias e, sem dúvidas, ser capaz de fornecer o que há de melhor neste sentido é um diferencial importante para um integrador ou instalador. Assim, o workshop do Grupo Policom trouxe três importantes empresas que fornecem soluções avançadas para redes. A primeira delas foi a Nexans destacando o LANactive, uma solução de topologia FTTO (fiber-to-the-office) que promete reduzir em até 30% o custo total de um projeto com base nos switches ativos compactos GigaSwitch V3 que convertem as portas SFP de fibra óptica para quatro RJ 45 com PoE de até 30 W por porta. “Em uma solução de cabeamento estruturado tradicional, com os cabos de cobre limitados à distância máxima de 90 metros, nor-

12

malmente há uma central técnica de distribuição de rede, com suas próprias regras, como ter espaço para circulação, os patch panels para receber o backbone e distribui-los, o fornecimento de energia, o ar condicionado; e várias outras salas secundárias distribuídas que precisam seguir essas mesmas regras”, explica Sérgio Beserra, engenheiro de aplicação da Nexans. “Com a solução FTTO da Nexans, essas salas secundárias podem ser diminuídas ou até mesmo eliminadas, reduzindo todos os custos com a sua construção e manutenção”. Em seguida foi a vez da equipe da TP-Link mostrar os seus sistemas de Wi-Fi corporativo. Falando sobre todos os recursos e vantagens que um sistema profissional pode oferecer em relação à um sistema residencial comum, o analista de pré-vendas Ismael Mota conduziu a palestra. Disponível em vários modelos para necessidades específicas de cada ambiente, a linha Omada EAP de Access Points oferece recursos avançados de gestão centralizada e em nuvem, maior facilidade de instalação, capacidade de atender uma alta densidade de clientes e segurança. Por fim, a especialista em soluções de análise e gestão de performance de rede e aplicações Netscout destacou seus dispositivos que trazem confiabilidade para o serviço prestado por um técnico na implementação das soluções de rede. As soluções permitem que o técnico conecte o ponto de rede no dispositivo da marca para que possa fazer, na palma da mão e em instantes, teste de link (com informações de modelo do switch, nome, IP, porta conectada e VLAN), de ping, conexões DHCP, ao gateway e à internet, medição do cabo e identificação de ponto de falha, entre outros parâmetros. “A linha de equipamentos da Netscout vai ajudar a acelerar e identificar problemas na implementação, reduzindo os custos, e trazendo credibilidade ao cliente porque todas as informações geram relatórios de validação em nuvem”, ressaltou Giselle Lopes, gerente de canais da Netscout. DS



Reportagem LGPD

A Lei Geral de Proteção de Dados Buscamos entender o que a chegada da LGPD muda no mercado de segurança. por Gustavo Zuccherato

N

o dia 14 de Agosto foi sancionada a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LDPD), certamente um grande avanço nas políticas públicas que dão mais privacidade e maior controle das pessoas sobre os dados que disponibilizam às empresas e organizações. Para além da agitação inicial, com várias notícias generalistas sobre o tema, agora cabe uma análise mais aprofundada e específica para a área de segurança eletrônica. Sem a pretensão de esvaziar este assunto complexo em uma única reportagem, a Digital Security preparou um material especial para esclarecer algumas dúvidas jurídicas específicas, entender como as empresas já estão se adequando à legislações internacionais e compreender o que uma indústria que captura dados o tempo todo, como imagens e informações biométricas, precisa fazer para se adequar à nova realidade. Inspirada na General Data Protection Regulation (GDPR), lei europeia que entrou em vigor em maio desse ano, a legislação brasileira é o marco legal que estabelece os conceitos-base sobre como as empresas do setor público e privado devem tratar os dados pessoais que coleta dos cidadãos. Além disso, estabelece que as empresas são responsáveis pela segurança desses dados, prevendo penalização em caso de descumprimento.

14

Minha empresa precisará atender ao LGPD? É importante ressaltar que trata-se de uma Lei Geral inédita no país e, como tal, a LGPD ainda carece de avaliação para especificidades que não podem ser contempladas em uma legislação que se propõe a ser abrangente. Ainda assim, é preciso compreender no que a lei se foca para saber se uma empresa precisará proteger os dados das pessoas que tenham qualquer relação com seu negócio. “O conceito de dado pessoal é tudo aquilo que identifica ou torna identificável uma pessoa física, referenciada na lei como pessoa natural”, pontua Caio César Lima, sócio do Escritório Opice Blum, Bruno, Abrusio e Vainzof Advogados. “É o que chamamos de conceito expansivo: tudo aquilo que de alguma forma puder tornar identificável uma pessoa física será considerado um dado pessoal”. Assim, com um conceito tão abrangente, basta que uma empresa registre uma informação simples, como o nome, uma foto da pessoa ou até mesmo um endereço IP de um dispositivo móvel associado ao nome de um usuário para estar sujeita à LGPD. Neste ponto, vale ressaltar que a legislação brasileira é ainda mais específica do que a GDPR ao estabelecer também o conceito de dados pessoais sensíveis com tratamento diferenciado. Aqui, enquadram-se informações como origem racial ou étnica, orienta-



Reportagem LGPD

Selma Migliori, presidente da ABESE: “Essas informações representam verdadeiros ativos para diversos negócios que, aliadas a tecnologias disruptivas, têm dado margem para alguns excessos, desvirtuamentos e inseguranças. Logo, vemos com bons olhos a nova Lei Geral de Proteção de Dados”

ção sexual, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou político, mas também dados referente à saúde e a biometria. Este último, em específico, é bastante utilizado nos sistemas mais avançados de segurança, como o reconhecimento facial ou de íris com câmeras e o controle de acesso por impressão digital, por exemplo. Assim sendo, é importante que as empresas entendam os fundamentos que permitirão que os dados sejam coletados, processados e armazenados para que possam se proteger se forem indiciadas ou processadas com base na LGPD quando a lei efetivamente entrar em vigor, daqui há 18 meses. O Artigo 7 e o Artigo 11 definem as hipóteses em que o tratamento é possível, indo desde o consentimento do usuário até casos classificados como de interesse legítimo para cumprimento de obrigações legais, realização de estudos, tratamentos de saúde, entre outros. Para a área de segurança, vale o destaque para a alínea que permite o tratamento de dados “para proteção da vida ou incolumidade física do titular dos dados ou de terceiros”. Segundo o advogado Caio Lima, esses pontos da legislação mostram que é possível sim que os dados sejam tratados, mas que existirão requisitos e objetivos mais robustos que precisarão ser contemplados. “Em uma situação onde um estabelecimento usa dispositivos de segurança, ele poderá tratar o dados desde que seja com o objetivo de evitar um dano ou um problema para aquela pessoa. A lei permite que o negócio colete essa informação com essa finalidade específica e somente isso. Sem o consentimento, o estabelecimento não poderá usar esse dado para saber que horas uma determinada pessoa entrou no local, que horas ela chegou na loja A ou B, o horário e onde ela especificamente foi almoçar utilizando um recurso de reconhecimento facial, por exemplo”. Além disso, a lei proíbe o chamado “vício de consentimento” que é mais facilmente exemplificado nos infindáveis termos de uso para serviços e plataformas online que quase ninguém lê. Embora o usuário tenha marcado a opção de concordar com os termos, ele não está realmente ciente de quais dados são coletados, por quem e o porquê serão utilizados. De acordo com os termos da lei, o consentimento tem que ser livre, informado e inequívoco para finalidades específicas previstas

16

nos contratos firmados entre as empresas e seus clientes. No caso de dados pessoais sensíveis, esse consentimento ainda tem que ter um destaque maior em relação aos outros. O titular dos dados ainda poderá exigir a exclusão deles mas há limitações. “Eu não posso pedir a exclusão sobre exatamente tudo que existe sobre a minha pessoa, porque essa exclusão vai até o limite que há uma outra lei que me permite armazenar aqueles dados. Se um código tributário exige que uma loja mantenha uma nota fiscal por 20 anos, mesmo que o usuário exija a exclusão de todos os dados dele, o estabelecimento precisará manter essa informação”, pontua Lima. “Quando se fala em investigações policiais, não existe prazo para armazenamento desses dados: enquanto estiver acontecendo a investigação, a autoridade policial poderá manter esses dados”. A sistematização do compliance A ferramenta pela qual as empresas comprovarão que seguem as determinações da LGPD também é prevista no texto da lei. Chamado de Relatório de Impacto à Proteção de Dados Pessoais, o documento reúne uma série de informações técnicas e operacionais que incluirá, entre outros levantamentos, o nome do Encarregado da Proteção de Dados Pessoais; as regras de Segurança da Informação; um Manual de Incidente de Segurança da Informação, com os procedimentos que o gestor de segurança deve tomar caso haja algum incidente como um vazamento; e o Ciclo de Vida de Dados Pessoais, um mapeamento sobre todas as formas de coleta dos dados pessoais, todos os seus usos, os compartilhamentos, onde e como eles são armazenados e o processo de exclusão das informações. É exatamente neste último ponto onde a tecnologia será uma grande aliada do negócio. Sistemas capazes de auditar todo o tráfego de informação em uma rede conectada terão uma clara vantagem para entrarem em conformidade com a LGPD. A capacidade de anonimizar os dados, com o uso de algoritmos, por exemplo, e criptografar essas comunicações para dificultar o acesso por qualquer pessoa não autorizada também é um diferencial importante. Tudo isso, é claro, dependerá de uma profunda avaliação de negócio que resultará na criação e/ou fortalecimento de procedimen-


Reportagem LGPD

Apesar dos inúmeros Gadgets captando informações pessoais o tempo todo, os dispositivos de segurança eletrônica também são responsáveis por absorver dados sensíveis de usuários, como biometria, aspectos físicos e até horários de entrada e saída

tos e processos em qualquer empresa. Ainda não há um modelo certo a ser seguido, mas alguns passos já podem ser tomados. Para o advogado Caio Lima, o primeiro ponto é realizar um treinamento que promova uma cultura de proteção de dados para todas as pessoas da empresa. “A Ideia é explicar os pontos principais do LGPD e quais os principais impactos que ela pode trazer para dentro da organização”, explica. Feito esse encontro de nivelamento, a organização deve esco-

Fátima Gonçalves, diretora da Trimble:” Sem a compreensão adequada das ameaças, os controles de segurança podem ser ineficientes ou até agravantes”

lher as principais pessoas que tocarão o projeto dentro da empresa. “Elas, então, farão o processo de mapeamento do ciclo de vida dos dados pessoais e, em seguida, terão ferramentas para redigir as políticas internas de segurança da informação, as cláusulas contratuais, disclaimers e aditivos de contrato necessários”. Por fim, deve se estabelecer uma Política Externa de Segurança da Informação para exigir níveis semelhantes a qualquer terceiro que eventualmente tenha acesso a dados pessoais das pessoas de uma organização, já que a lei prevê responsabilização caso haja vazamento por um terceiro. Lima estima que um projeto completo de compliance ao LGPD deve demorar de 12 a 18 meses para ser concluído. A LGPD não trará vantagens apenas para os titulares dos dados, mas também para as empresas controladoras, com maior segurança jurídica e servindo como comprovação de capacidade de garantir os mais altos níveis de segurança para seus clientes e parceiros. A LGPD terá um grande impacto na forma de se fazer negócios nacional e internacionalmente. Empresas sérias dificilmente farão negócios com outras empresas que não estejam em conformidade com a lei por receio das sanções e multas que podem chegar a até R$ 50 milhões por infração. Embora a criação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) – espécie de agência reguladora para o tema – tenha sido postergada para um projeto de lei de autoria do executivo federal, as empresas não devem cair na falsa impressão de que a lei não será efetivamente aplicada. Com os princípios impostos pela LGPD, o poder judiciário poderá conduzir os processos independentemente da existência ou não da ANPD. Assim, é essencial que todos comecem a se preparar para, no futuro, evitar problemas de qualquer ordem. Um avanço natural O tema da proteção de dados pessoais não é nenhuma novidade e não surgiu do dia para a noite mas certamente ganhou um apelo muito maior após os diversos casos de vazamento de dados que disponibilizaram informações de várias pessoas em todo o mundo pela internet. A própria LGPD é fruto de projeto de lei apresentado em 2010 e serve mais como um “norte” para qualquer legislação que vá tratar sobre o tema em terras brasileiras daqui para frente.

17




Reportagem LGPD

Especialmente no mercado digital, o Marco Civil da Internet já tratava sobre a proteção de dados e a privacidade e a LGPD é encarada como uma evolução das normas existentes. Pelo menos, é o que avaliam os presidentes de importantes associações representativas do setor de tecnologia para segurança no Brasil. “Essas informações representam verdadeiros ativos para diversos negócios que, aliadas a tecnologias disruptivas, têm dado margem para alguns excessos, desvirtuamentos e inseguranças. Logo, vemos com bons olhos a nova Lei Geral de Proteção de Dados”, pontua Selma Migliori, da Associação Brasileira de Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança. Já para Francisco Camargo, da Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES), a LGPD é uma lei que visa resolver um problema muito complexo, em que a proteção da privacidade individual não deve interferir com a inovação, com o desenvolvimento do Brasil rumo à Economia Digital, baseada na análise dos dados. No entanto, para ele, a falta de uma análise de impacto regulatório pode prejudicar essa inovação. “As pequenas e médias empresas e as startups poderão ter um grande custo adicional para se adequarem, que pode ser uma gigantesca barreira ao empreenderismo no Brasil”. Aí está um ponto realmente preocupante, mas que deve ser solucionado quando a Autoridade Nacional de Proteção de Dados for efetivamente criada, podendo formatar modelos e auxiliar as micro,

pequenas e médias empresas que não tenham tanta capacidade de investimento. Na GDPR, por exemplo, a figura do Data Protection Officer (DPO) – que aqui será conhecida como Encarregado de Proteção de Dados Pessoais -, é exigida apenas quando há um tratamento em alta escala de dados ou quando o tratamento possa trazer um risco elevado aos titulares e, de acordo com a lei, a ANPD também terá liberdade para definir um requisito mínimo semelhante. De qualquer forma, ambas associações dizem estar se preparando para auxiliar seus filiados a atender a legislação. “Todos sabemos das limitações do Governo, e, em contrapartida, dos avanços que só a iniciativa privada é capaz de promover com eficiência, especialmente em termos de tecnologia”, pontua Selma. “A ABESE tem essa visão há tempos, e por isso criou comitês temáticos justamente para desenvolver regras de governança, de boas práticas na gestão de serviços de segurança eletrônica e, evidentemente, na proteção de dados. Ainda nesse ano devemos lançar alguns manuais no âmbito dos Comitês de Portaria Remota, que trata do mercado de segurança que desenvolve controles de acesso, e de Rastreamento, outro segmento da segurança eletrônica, igualmente em franca expansão. A ABESE conta ainda com os Comitês de Leis, do Consumidor e de Internet das Coisas (IoT), todos estratégicos e voltados para governança. Então, já estaremos mais do que preparados para contribuir quando a lei entrar em vigor daqui a um ano e meio”.

Opinião de especialista

C

om o surgimento da LGPD surgem alguns questionamentos para quem trabalha com segurança eletrônica: Vou precisar pedir autorização de todas as pessoas que passarem pelo campo de visão da câmera da minha empresa? Posso usar analíticos de vídeo para aplicações de inteligência de negócio sem consentimento? Afinal, o que efetivamente pode ser considerado um dado pessoal quando se fala de monitoramento? Para esclarecer algumas dessas dúvidas, a Digital Security conversou com o advogado Caio César Lima, sócio do Escritório Opice Blum, Bruno, Abrusio e Vainzof Advogados, referência em atuação na área de tecnologia, fraudes cibernéticas, compliance digital, proteção e gerenciamento de dados, contratos de tecnologia, propriedade intelectual e telecomunicações. Digital Security: A nova lei de proteção de dados não é aplicada para casos de Segurança Pública e Defesa Nacional, mas no caso da Segurança Privada há diversas tecnologias que podem capturar dados pessoais. Até que ponto esses dados coletados podem ser considerado um dado pessoal para ser enquadrado dentro dessa lei? Caio Lima: Essa é uma questão muito pertinente porque estamos falando de uma Lei de Proteção de Dados Pessoais e o primeiro ponto que temos que entender sobre essa lei é o que é um dado pessoal para que as empresas entendam efetivamente o que vai ser objeto da sua proteção. O conceito de dado pessoal é tudo aquilo que identifica ou torna identificável uma pessoa física, referenciada na lei como pessoa natural. É o que chamamos de conceito expansivo: tudo aquilo que de alguma forma puder tornar identificável uma pessoa física será considerado um dado pessoal.

20

Dessa forma, é óbvio que o nome, RG e CPF, por exemplo, são dados pessoais. Dentro desse contexto, ainda há o conceito de dados pessoais sensíveis, que são aqueles que tem um grau ainda maior de tratamento para que eles possam ser utilizados. Dentro dos dados sensíveis, entram informações de orientação política, filosófica, questões de orientação sexual, dados de origem étnica, social, informações médicas e de saúde e também informações que possam ser de biometria. Neste caso que você mencionou, as informações do rosto de uma pessoa são dados pessoais sim, e são dados pessoas dessa categoria especial. Para que esses dados possam ser tratados, temos que estar dentro de uma das hipóteses trazidas dentro da legislação. As empresas realmente tem que ter uma atenção muito grande em relação ao tratamento de dados de biometria de pessoas porque é uma categoria especial dentro da lei. Digital Security: De um ponto de vista mais prático, pegamos um exemplo de um shopping que tem câmeras instaladas com reconhecimento facial. Isso claramente é um dado pessoal sensível. O shopping precisaria pegar o consentimento dessa pessoa que está circulando no local para usar esses dados? Caio Lima: Neste caso, entraria um debate sobre a finalidade pela qual a empresa irá coletar esses dados. No artigo 11, inciso II, alínea e, a LGPD diz que posso coletar dados pessoais para proteção da vida ou incolumidade física do titular ou de terceiro. Então, nesta situação, eu posso tratar dados sensíveis desde que esse tratamento seja com o objetivo de evitar um dano ou um problema para aquela pessoa, para os usuários daquele shopping. A lei permite que o shopping colete essa informação com essa finalidade específica de segurança e somente isso. Sem o consen-


Reportagem LGPD Analíticos de câmeras de segurança usadas para aplicações extra-proteção, como relatórios de Business Intelgicente, podem ferir a LGPD

timento, o estabelecimento não poderá usar esse dado para saber que horas uma determinada pessoa entrou, que horas ela chegou na loja A ou B, o horário e onde ela especificamente foi almoçar, com o uso de reconhecimento facial. Mas, para questões de segurança, há uma alínea específica para isso. Digital Security: No artigo 12, a LGPD prevê que se os dados forem anonimizados, eles não serão considerados dados pessoais. Neste caso, o negócio poderia usar informações para outras aplicações que não estão relacionadas necessariamente à segurança, como o planejamento de negócio? Caio Lima: Nessa situação, entra um outro princípio que é extremamente importante e está previsto na lei: o da minimização da coleta. Eu até posso coletar informações desde que aquilo seja estritamente necessário para que eu possa atingir a finalidade que eu desejo. É um exercício constante que as empresas vão ter que fazer, se perguntando se realmente precisa coletar aquele dado para atingir o fim que almeja. Um exemplo claro é um hospital, onde a primeira pergunta que vão te fazer depois do nome e endereço é qual é a sua religião. Essa pergunta é feita em alguns hospitais porque, na realidade, eles querem saber se é permitido fazer transfusão de sangue naquele paciente já que a denominação religiosa Testemunhas de Jeová não permite que esse procedimento seja feito. Se a gente passar por um princípio de minimização da coleta, a pergunta tem que ser não a minha religião, mas se eu aceito ou não fazer a transfusão de sangue. Uma pergunta sobre minha religião vai pegar mais dados do que ele precisa para atingir a finalidade que ele deseja. Exatamente nesse sentido, esse shopping talvez não precise coletar e identificar o meu rosto, mas tão somente identificar aquelas pessoas que estão passando pela finalidade de segurança. Porque

tem que ter uma finalidade justificável e tem que ter uma coleta mínima necessária para atingir aquele fim que criei. Digital Security: Ainda neste exemplo, se um shopping ou qualquer outro estabelecimento tem uma parceria público-privada para ter acesso a um banco de dados de pessoas procuradas e ele usar um reconhecimento facial para identificar essas pessoas, não se enquadraria em uma lei de proteção de dados pessoais? Caio Lima: Neste caso, ele teria que ter uma certa autorização do poder público para que ele tivesse acesso a esse banco de dados. Suponha que o estabelecimento coloca uma câmera na sua entrada principal e essa câmera fica vasculhando as pessoas que passam por lá e, se essa pessoa tiver um match com o banco de dados de procurados pela polícia, vai soar um alerta vermelho na cabine de segurança do shopping. Nesse caso, ele está tratando o dado apenas para fazer uma checagem se aquela pessoa é procurada pela polícia, se enquadrando em uma operação de segurança e proteção da vida e incolumidade física do titular ou de terceiro. É interessante ver essa questão porque a intenção tem que ser muito específica para isso. Digital Security: O estabelecimento apenas terá que explicar essa intenção à Autoridade Nacional de Proteção de Dados ou ao poder judiciário, caso seja processada em algum caso baseado nessa lei? Caio Lima: Exatamente. É preciso ter uma autorização específica para isso com o poder público para que consigam fazer esse uso. Mesmo assim, essa uso terá que ser com essa finalidade muito restrita porque vai tratar dados pessoais sensíveis.

21


Reportagem LGPD

Preparação tecnológica Embora a LGPD exija uma atenção maior aos processos relacionados ao compliance, a exigência de garantir a segurança das informações resultará em um aquecimento do mercado de tecnologias que auxiliam nesses procedimentos. “As tecnologias que protegem o acesso à rede interna de um organização, como Firewalls, Web Application Firewall, Anti-Virus, criptografia de banco de dados, são o primeiro passo lógico e o mínimo que a empresa tem que ter”, ressalta Francisco Camargo, presidente da ABES. “Garantida a segurança, temos que garantir a privacidade, avisando os visitantes e outros detentores de dados que dados estão sendo coletados, que uso terão esses dados, etc. Uma norma pública sobre privacidade é essencial e deve estar disponível no site da empresa”. Além disso, as práticas de desenvolvimento seguro devem ser outro caminho para se preparar. Neste caso, há vários guias, padrões e práticas recomendadas disponíveis no mercado de várias organizações e institutos de padronização. Um exemplo é a norma ISO 27001, voltada para a segurança da informação. A NIST, instituto nacional de padrões e tecnologias dos Estados Unidos, recentemente atualizou a sua framework para que as empresas e outras entidades tenham uma referência para a proteção cibernética de infraestruturas críticas. “Em tese, todos os sistemas desenvolvidos para armazenar informações pessoais e viabilizar uma compra, um acesso de segurança, dente outras finalidades, são codificados, criptografados. Acontece que ao tempo em que as tecnologias avançam e rompem barreiras, a ausência de metodologias e de protocolos de conduta aliados a efetiva regulamentação, fragilizam a segurança que se almeja”, lembra Selma. “Ainda assim, vemos na iniciativa privada constante preocupação com essas informações, traduzida no desenvolvimento de sistemas submetidos a rigorosos testes, na aplicação de procedimentos de conduta sérios, com previsão de responsabilidades, dentre outras providências adotadas por muitas empresas sérias”. Ainda não há fórmula ou tecnologia mágica que garanta, por si só, a segurança de todos os dados. Para qualquer empresa, nunca será cedo ou tarde demais para entender e atender essa legislação e, como em qualquer mercado profissional, o preparo e treinamento são essenciais. Um bom primeiro passo é participar dos treinamentos da Opice Blum Academy, do escritório brasileiro de advocacia especializado em segurança digital. Além de realizar treinamentos personalizados para empresas interessadas, o escritório já programou cursos nas cidades de São Paulo, Florianópolis e Porto Alegre para o mês de setembro. Internacionalmente preparada Multinacional americana que atua com sistemas que reduzem custos e aumentam a produtividade para os segmentos de Agricultura, Transportes e Logística, Geoespacial e Construção de Infraestrutura e Edificações, a Trimble é um exemplo claro de empresa de tecnologia que buscou se adequar as normas da GDPR, começando a se preparar dois anos antes da legislação entrar em vigor. “Desenvolver soluções seguras começa por entender contra quais ameaças essas soluções precisam ser protegidas. Sem a compreensão adequada das ameaças, os controles de segurança podem ser ineficientes ou até agravantes”, pontua Fátima Gonçalves, diretora de novos negócios da Trimble. “Por essa razão, além do departamento responsável pela proteção de dados na Trimble, cada divisão conta com especialistas no segmento de atuação com longa experiência na compreensão das ameaças”. As etapas de adequação relatadas pela executiva são muito semelhantes àquelas recomendadas pelo advogado Caio Lima. Após a compreensão inicial do GDPR, a empresa realizou um levantamento de quais sistemas armazenavam dados de clientes, verificando a aderência às

22

Francisco Camargo, presidente da ABES: “As pequenas e médias empresas e as startups poderão ter um grande custo adicional para se adequarem, que pode ser uma gigantesca barreira ao empreenderismo no Brasil”

regras de segurança e manutenção dos dados pelo período necessário para realização de negócios e prestação dos serviços até a destruição segura, quando os dados não forem mais necessários. “O passo seguinte foi criar um treinamento específico sobre Segurança de Dados Pessoais de Clientes, obrigatório para todos os funcionários, e repetido periodicamente, sobre como identificar e proteger dados que possam identificar pessoas, sobre as regras de compartilhamento somente com pessoas autorizadas, que se somou ao treinamento de Segurança da Informação e de Condução de Negócios com Ética”. A garantia de funcionamento dos processos não é a única estratégia adotada pela multinacional. Para os serviços online Tekla da Trimble, Fátima relata o uso de algumas tecnologias e métodos de trabalho baseado em padrões consolidados do mercado, como a própria ISO 27001. O protocolo HTTPS/TLS, por exemplo, é usado para assegurar os dados dos clientes quando transitam pela internet, com hospedagem em data centers de classe mundial com redundância geográfica para garantir alta disponibilidade e escalabilidade. “Isso é especialmente crítico em serviços por onde transitam projetos/modelos e outros dados criados por nossos clientes”, diz. “Somado a isso, muitos requerimentos de segurança estão alinhados ao padrão da indústria, como por exemplo BSIMM (Building Security in Maturity Model) e OWASP ASVS (Application Security Verification Standard)”. Mesmo depois de garantir que todas as aplicações foram desenvolvidas de acordo com as melhores práticas da indústria e por profissionais altamente qualificados, a empresa ainda submete os serviços à auditorias de segurança realizadas por entidades certificadoras reconhecidas, como a Cert. “Essas auditorias são realizadas com os padrões e frameworks OWASP Foundation ASVS 3.0 e o OWASP Top 10 ou ainda o OWASP Mobile Top 10. Todos os pontos levantados são ranqueados de acordo com o método CVSS (Common Vulnerability Scoring System)”, destaca a executiva. De fato, o caminho para adequação às legislações de proteção de dados não parece fácil mas é necessário e indispensável em um mundo cada vez mais conectado. DS


Segurança tem nome. Intelbras. Sempre próxima.

A cada ano, a Intelbras evolui para oferecer aos clientes produtos com qualidade superior. E no próximo ano, queremos estar cada vez mais ao seu lado. Por isso, em 2018, continue com quem mais entende do mercado brasileiro e oferece as vantagens que você merece. Confie na marca da segurança. Confie na Intelbras.

Rede de revendedores especializados em todo o país

Qualidade reconhecida internacionalmente

Suporte técnico eficiente e especializado

Assistências técnicas em todo o Brasil

Imagens ilustrativas

Alto investimento em pesquisa e desenvolvimento


Case Study DF Century Plaza

Segurança inteligente de ponta Inaugurando o conceito de “mixed use” no Distrito Federal, o DF Century Plaza aposta em tecnologia e analíticos avançados da Hikvision para segurança dos seus mais de 240 mil m2 por Gustavo Zuccherato | Fotos: Jéssica Marschner

R

eúna escritórios, residências, comércios, serviços e lazer em um único espaço. Em uma resposta fácil e rápida, qualquer um diria que trata-se da região central de uma cidade mas a proposta já se reflete em empreendimentos privados por todo o mundo. O DF Century Plaza na cidade de Águas Claras foi uma das pioneiras em levar para o Distrito Federal o conceito de “mixed use” ao agrupar, em uma área de 240 mil m², um shopping, hipermercado, apart hotel, três torres residenciais e de serviços com 1.250 unidades e outras duas torres comerciais com até 890 salas modulares. Construído pela Brookfield Incorporações e pela Mirante Incorporações, o espaço foi inaugurado em setembro de 2017 oferecendo uma proposta de mais qualidade de vida para seus inquilinos e visitantes com a conveniência de poder morar, trabalhar e se divertir em um mesmo endereço, com uma localização estratégica, na entrada da cidade pela Estrada Parque Taquatinga e próximo de uma estação de metrô, universidades e o parque municipal.

24

Shopping, apart hotel, hipermercado, duas torres de escritórios e três torres residenciais compõe os 240 mil m2 de área do DF Century Plaza

Como não poderia deixar de ser, a segurança dos ambientes e pessoas que os frequentam é uma das prioridades da administradora ABL Service Manager, que emprega cerca de 200 pessoas em sua operação entre mão de obra orgânica e especializada. Para um projeto de grande porte e proposta inovadora como esse, com necessidades específicas para cada ambiente, uma integradora e parceira de negócios de alto nível era imprescindível. Enxergando uma excelente oportunidade de agregar o que pode oferecer de mais avançado em tecnologia, a Hikvision realizou um projeto personalizado para o empreendimento com atendimento direto pela sua equipe de engenharia.


Case Study DF Century Plaza

O software proprietário da Hikvision, IVMS 4200, permite o controle de todas as 500 câmeras, configuração de analíticos e do video wall a partir de uma única estação de trabalho.

Por ter uma fachada cheia de vidros, as câmeras DS-2CD4125FWD-IZ com tecnologia Lightfighter oferecem até 140 dB de WDR avançado

De acordo com Fábio Oliveira, gerente da ABL Service Manager, as maiores dificuldades estavam na complexidade do projeto, com diferentes necessidades de vigilância e com demandas de segurança muito específicas. “O principal desafio foi conseguir integrar toda a operação e encontrar um sistema que atendesse todas as exigências, desde alta qualidade técnica, custo acessível, durabilidade e trouxesse tecnologia de ponta”. Assim, após testes de soluções e uma sugestão de projeto elaborada pelo engenheiro de pré-vendas, Bruno Lima, com a supervisão da equipe da ABL, a Hikvision conquistou a administradora com uma proposta que inclui mais de 500 dispositivos e recursos avançados inteligentes, como contagem de pessoas, detecção de movimento, cruzamento de linha, leitura automática de placas para as entradas e saídas e as tecnologias Darkfighter e Lightfighter. A implantação foi dividida em duas fases com previsão de conclusão para novembro deste ano. A primeira delas, iniciada em janeiro,

teve duração de aproximadamente 4 meses e incluiu a construção de toda a infraestrutura de conectividade e a instalação de cerca de 100 câmeras, gravadores NVR e do Centro de Comando das Operações (CCO) com video wall gerenciado a partir da plataforma proprietária da Hikvision, o IVMS 4200 na versão mais recente 2.7.1.9. Com isso, durante 24 horas por dia, os operadores podem realizar o controle das câmeras de todo o complexo, fazer buscas de gravações de forma eficiente, disponibilizar as imagens para terceiros caso necessário, e ter disponíveis informações como contagem de frames por gravação e o controle de acesso dos operadores. Além disto, os responsáveis podem visualizar todo o local de forma remota com o apoio do aplicativo Hik-Conect. Para Alan Silva, gerente de desenvolvimento de negócios da Hikvision em Brasília, um projeto de alto nível como esse exige uma atenção especial no “correto dimensionamento para cada ambiente, com um sistema que possibilite futuras integrações e expansões, utilizando o protocolo de compressão de vídeo H.265+ da Hikvision, que garante qualidade de imagem com uma redução de até 80% no consumo de banda na rede”. Com exceção dos dispositivos específicos para contagem de pessoas, as iDS-2CD6810F/C, todos os 10 modelos diferentes de câmeras IP implementadas tem qualidade de 2 MP e variam entre os formatos bullet, dome e mini dome. A maioria delas, instaladas em todos os andares dos prédios residenciais e de escritórios, é do modelo dome fixa DS-2CD2125FWD-I, seguida pelas bullets DS-2CD2025FWD-I nos estacionamentos. O sistema de videovigilância monitora toda a área perimetral, as principais entradas e saídas, elevadores, subsolos, áreas comuns, além da cobertura e fachada, onde a equipe ainda implementou uma câmera PTZ, modelo DS-2DF8236IX-AEL, com 36x de zoom óptico.

Câmera bullet DS-2CD4A26FWD-IZS/P utiliza a tecnologia Darkfighter para oferecer imagens em cores com até 0,002 lux.

25


Case Study DF Century Plaza

Speed dome DS-2DF8236IX-AEL na fachada do complexo oferece zoom óptico de 36x e IR com alcance de até 200m, além de algoritmos de deep learning para inteligência

A maioria das câmeras é do modelo dome DS-2CD2125FWD-I com lente de 2.8mm, entregando um ângulo de visão de 108º

Ao todo, são 21 switches gerenciáveis e 9 NVRs de 64 canais espalhados por todo o complexo conectados por um backbone de fibra óptica monomodo

Além da certificação IP67 para ser resistente à água e poeira, o recurso Darkfighter marca presença em todos os modelos de câmera, permitindo captar imagens em alta definição e em cores em ambientes de baixíssima luminosidade, de apenas 0,002 lux. Localizadas em dezenas de recepções do complexo, residenciais ou comerciais, a maioria das câmeras ainda possuem o recurso de WDR com, no mínimo, 120dB de alcance dinâmico para lidar com ambientes de alto contraste na iluminação. As câmeras realizam um trabalho de compensação da luminosidade, oferecendo imagens de pouca saturação e alta nitidez. “As recepções das torres de escritórios são de vidro e durante boa parte do dia ficam com muita exposição de luz solar. Por isso, tivemos que optar por câmeras IP Hikvision inteligentes, DS-2CD4125FWD-IZ, com o recurso de Ultra WDR Lightfighter, que oferece até 140 dB”, relata Alan Silva. Além disto, todas as câmeras do perímetro do complexo oferecem recursos de análise de vídeo que vão desde detecção de movimento e cruzamento de linha até objetos abandonados, leitura automática de placas, contagem de pessoas, reconhecimento facial e detecção de exceções, para identificar mudanças repentinas na cena monitorada, como um um grito ou perda total do áudio, por exemplo. “O objetivo é a realização de controle de perímetro, com rastreio e busca de veículos pelas placas, contagem de fluxo e checagem de taxa de ocupação para emergências. O próximo passo é implantar o reconhecimento facial para controle de segurança e acesso”, disse o gerente de negócios da fabricante chinesa. Para lidar com essa alta demanda de transmissão de dados, uma infraestrutura de rede robusta teve que ser construída utilizando 21 switches gerenciáveis de 24 portas cada, do modelo DS-3E1326P-E, espalhados por todo o complexo, conectados por um backbone de fibra monomodo, com link de 1 giga entre os switches, em uma topologia estrela e usando redundância simples. De acordo com Alan Silva, o armazenamento fica por conta de 9 NVRs de 64 canais, modelo DS-9664NI-I8, cada um dos quais com 8 HDDs de 6 TB da linha Purple da Western Digital, específicos para aplicações de videovigilância, totalizando cerca de 380 TB de capacidade total utilizável, suficientes para armazenar as imagens e os eventos por, no mínimo, 30 dias. Como diferencial, a Hikvision ainda elaborou uma solução completa de video wall, incluindo hardware, software e estações de trabalho, com duas telas de 46”, duas telas para o operador e um decoder DS-6916UDI, capaz de decodificar até 16 canais de 12 MP ou até 128 canais de 2 MP, permitindo total controle das diversas telas e exibição de informações para a equipe de segurança e administradores. “A sala de controle faz monitoramento em tempo real permitindo o gerenciamento de diversas telas de forma simultânea em um único local e a publicação de diversos conteúdos em tempo real ou agendados”, explica o gerente de negócios. “Estamos muito satisfeitos com a qualidade da imagem e as opções de operação que nos foram oferecidas pela Hikvision”, pontuou Fábio Oliveira. Alan Silva ainda ressalta que a equipe da engenharia da Hikvision está pronta para selecionar os melhores produtos para auxiliar o integrador em qualquer projeto. “As vantagens do projeto devem chegar a todos. A Hikvision sempre busca beneficiar desde o integrador até o cliente e seus consumidores finais, tornando as mais complexas soluções técnicas em uma solução de segurança economicamente viável”. DS

26

2974_0


2974_003_AnĂşncio expositores_novo KV_23x31.indd 1

24/07/2018 12:16


Entrevista Andrei Junqueira - Milestone Systems

Agregando valor Pioneira no mercado de plataformas de gestão, a Milestone está se preparando para um futuro recheado de sensores e dispositivos conectados com uma estratégia de canais que possam oferecer soluções avançadas, específicas e customizadas aos seus clientes. Para entender as estratégias dessa reformulação, conversamos com Andrei Junqueira, recém-anunciado como Channel Business Manager da empresa no Brasil. por Gustavo Zuccherato

Q

uando se trata de projetos profissionais de segurança, não basta instalar uma câmera, controle de acesso, alarme ou detector de incêndio. A integração inteligente em tempo real a partir de um centro de comando é mandatório. Possibilitados inicialmente pelos softwares VMS, hoje, as plataformas evoluíram para uma abordagem mais unificada e mais inteligente, incluindo analíticos de vídeo e ferramentas de pesquisa avançadas para investigações. Uma das pioneiras nesse mercado de plataformas de gestão é a Milestone. Fundada em 1998 e adquirida pelo grupo Canon em 2014, a desenvolvedora da plataforma XProtect recentemente anunciou Andrei Junqueira como seu novo gerente de canais para o Brasil. A Digital Security foi até a sede da empresa em São Paulo para entender as novas estratégias no mercado brasileiro.

A segunda linha de produtos compreende as versões XProtect Essential, Express e Professional, que chamamos de Business-Ready, onde os canais entram aprendendo com a tecnologia com um nível de requerimento menor e com um pouco menos de funcionalidades. Para explicar o licenciamento, é interessante ressaltar que a Milestone faz tudo muito simples. A empresa faz um licenciamento de câmeras e um licenciamento do sistema, não do servidor. São duas

Digital Security: Como é a atuação da Milestone aqui no Brasil? Andrei Junqueira: A Milestone atua no mercado através de vendas indiretas. Hoje temos três distribuidores, a SDC, a Network1 e a Anixter, e atuamos através de canais. Prezamos muito o valor agregado que o canal nos traz. Por isso, todas as vendas de projetos que a gente faz, sempre é importante ter um canal envolvido. Hoje, temos uma rede de canais altamente treinados que são rankeados nos níveis Silver, Gold e até Platinum. Esses níveis são definidos de acordo com o investimento do canal em treinamentos, vendas e promoção do produto Milestone. Fazemos um trabalho de promoção e incentivo à educação do usuário-final sempre andando junto com os canais. Isso é muito importante para fidelidade a longo prazo e o canal tem a garantia de que, uma vez fazendo investimento nos treinamentos da Milestone ou na própria marca, ele vai ter um retorno trazendo leads para ele. Há uma categoria de produto conhecida como Advanced, englobando as licenças XProtect Corporate e o XProtect Expert. Esses dois produtos exigem um nível de treinamento e especialização que traz um diferencial para o canal, sendo comercializado apenas para quem tem as certificações. Essas versões englobam o máximo de funcionalidades que a Milestone permite nas integrações que fazemos com câmeras IP e analógicas e, além disso, as integrações que vem de sistemas terceiros, incluindo controle de acesso, a parte de video wall, tudo embarcado em uma única solução. A solução Advanced também incorpora os níveis de TI mais sofisticados, como a robustez de sistemas de redundância, failover, sistemas de aceleração de hardware, entre outros.

Confira essa entrevista e outros conteúdos em vídeo em nosso site www.revistadigitalsecurity.com.br

28


Modernização inteligente

Foto: Alexandre Carvalho/A2img

Após 4 anos desde a inauguração da estação Fradique Coutinho, a ViaQuatro precisou encontrar um novo fornecedor de tecnologias de segurança para as estações que iriam ser inauguradas em 2018. O Genetec Security Center 5.7 foi a escolha para gerenciar o novo parque de CFTV

Câmeras monitoram áreas internas e externas das novas estações e trens da Linha 4-Amarela Estação Higienópolis-Mackenzie foi inaugurada em abril de 2018, recebendo mais de 100 câmeras gerenciadas pelo Security Center

P

arceria público-privada pioneira no Brasil, a Linha 4-Amarela do metrô de São Paulo tem a inovação como parte do seu DNA. Em busca de máxima eficiência em suas atividades, a concessionária ViaQuatro encontrou em um sistema de CFTV um aliado de peso para oferecer segurança aos seus mais de 700 mil passageiros diários. Depois de quatro anos desde a inauguração da estação Fradique Coutinho, em 2018 o governo do Estado deu continuidade a fase dois do projeto, inaugurando as estações Higienópolis-Mackenzie em janeiro e Oscar Freire em abril. Especialmente no mercado de tecnologia, um período de anos como esse pode representar mudanças significativas. A própria Alstom, empresa escolhida em 2012 para implementar toda a infraestrutura de fornecimento de energia, telecomunicações, sistema de controle local e auxiliares para essa segunda fase, passou por uma grande transformação. Em 2015, a General Electric comprou toda a divisão de energia da companhia, o que resultou na diminuição do quadro técnico e operacional da empresa com foco neste tipo de trabalho no Brasil. Assim, depois da retomada das obras, a Alstom precisou encontrar uma parceira que pudesse atender todas as demandas da ViaQuatro a tempo do cronograma. Com uma experiência positiva de trabalho em conjunto no VLT do Rio de Janeiro, a multinacional francesa SNEF foi procurada para assumir todo o escopo do projeto. “Entramos como representantes da Alstom através de um aditivo do contrato original”, explica Marina Anholon, gerente de projetos da SNEF Brasil. “Dedicamos mais de 300 funcionários diretos e indiretos para atender essa demanda e conseguimos realizar todo o projeto, instalação, configuração e comissionamento dos sistemas em um período médio

de quatro meses, concluídos próximos da inauguração de cada estação”. Apesar da ViaQuatro já trabalhar com um sistema específico de uma fabricante nas estações já inauguradas, Marina conta que a concessionária estava insatisfeita. “Eles queriam uma solução mais fácil de usar e inteligente e nós tivemos a liberdade de estudar a possibilidade de troca de fornecedor de equipamentos e sistemas. O desafio foi achar uma solução e desenvolver parcerias que integrassem os dispositivos legados com o que de novo nós estávamos trazendo”. Tanto a estação Higienópolis-Mackenzie, como a estação Oscar Freire receberam, cada uma, mais de 100 câmeras IP Full HD da Huawei. “As câmeras estão nos acessos da estação, plataformas de embarque, mezanino, elevadores e entradas que são restritas apenas para acesso de funcionários”, pontua Marina. Para a gestão deste novo parque de CFTV, a plataforma de gestão de segurança Genetec Security Center 5.7 foi a escolha. A solução permite o acesso das imagens no Centro de Controle Operacional, localizado no pátio de estacionamento da ViaQuatro, ou remotamente em qualquer Sala de Supervisão Operacional (SSO) de qualquer estação da Linha 4-Amarela. “O sistema da Genetec pode integrar praticamente qualquer fabricante e, no caso da Huawei, a empresa possui uma licença específica que fortalece a cybersegurança do sistema como um todo. A Genetec sempre nos prestou um bom atendimento de help desk, dando todo o apoio necessário em todas as etapas do projeto”, ressaltou Marina. Agnóstico à hardwares, o Security Center 5.7 da Genetec já está preparado para integrar todos os dispositivos de segurança legados e futuros da ViaQuatro.

Informe publicitário


Entrevista Andrei Junqueira - Milestone Systems

licenças simples. O que mais facilita é que quando você quer um “sabor” maior, basta escolher entre as versões Business-Ready e a Advanced. O canal não tem muita especificidade, ele vai ter quatro ou cinco part-numbers de licença em que ele escolhe o tipo de produto que ele vai usar. Se ele vai partir para mais funcionalidades, ele escolhe um produto Advanced e nos diz apenas o número de licenças e o número de sistemas, facilitando muito a cotação e a comunicação com o usuário final que vai ter o contato direto com esse produto quando ele começar a usar. A Milestone criou uma maneira muito simples para que o canal entenda isso e venda as funcionalidades do sistema, não meramente o part-number. Não queremos amarrar o nosso cliente, seja o usuário final ou o integrador, porque o produto requer uma série de plugins ou uma série de licenças que são pagas. Não é isso. A questão é manter os nossos clientes a longo prazo e a simplicidade nos dá isso. Digital Security: Como funcionam os add-ons que a Milestone trabalha? Andrei Junqueira: A Milestone tem uma filosofia de ser uma plataforma aberta. Nós prezamos bastante o “core” do que a gente faz, o “engine” da parte de gravação, e também como a gente conecta os dispositivos IoTs na plataforma. Além disso, a Milestone cria possibilidades de parceiros fazerem integração, trazendo sistemas terceiros como de controle de acesso, de alarme ou de LPR, por exemplo, para dentro do XProtect. Isso é o que chamamos de add-ons. Dependendo da parceria que a Milestone faz com esse parceiro, nós não cobramos licenciamento. Fazemos de uma maneira muito simples e didática. Há o licenciamento de câmera, o licenciamento de sistema e, no caso de add-on, dependendo do parceiro, ele é cobrado ou não. Dentro do nosso portal, da nossa documentação, está muito claro como facilitar isso. Temos essa estratégia principalmente para nos diferenciarmos mostrando que a plataforma é de integração. O canal que trabalha com a gente já sabe disso: basta trazer para a gente o desafio de integração. Muitas vezes, o usuário parte de uma solução muito sofisticada como um PSIM ou uma solução customizada e a Milestone tem a capacidade de integrar com mais facilidade. A Milestone também oferece uma base de conhecimento muito abrangente, em nosso portal de integração, uma comunidade onde os desenvolvedores do mundo inteiro trocam informações de como integrar sua solução. Isso é muito interessante porque está aberto para todos os canais que trabalham com a Milestone. Esse canal sabe que se quiser uma integração de um analítico para incêndio, por exemplo, basta procurar nesse site e vai ter comentários de desenvolvedores de como fizeram essa integração. Em 2019, os parceiros podem esperar muita novidade, principalmente nessa parte de comunidade de integração. Vai ser uma comunidade aberta e vamos ajudar esses desenvolvedores parceiros que querem fazer integração a vender essa solução para nossa rede de clientes. Isso vai potencializar o negócio do integrador. Ele não vai vender só a solução trivial de câmeras com VMS, ele vai vender uma plataforma de integração onde ele vai poder, além das câmeras, do controle de acesso e do alarme, integrar soluções de terceiros desenvolvidos e disponibilizadas nesse comunidade. No próximo ano, vamos lançar um portal que vai possibilitar que os nossos parceiros de solução vendam suas ofertas para os nossos parceiros de integração, que são os nossos canais. Vai ser uma espécie de um “Online Market” que os canais vão poder comercializar suas soluções específicas. Aquele usuário existente do XProtect vai poder desfrutar de novas funcionalidades nesse mundo novo de integração que está por vir.

30

Não queremos amarrar o nosso cliente só porque o produto requer uma série de plugins ou licenças. A questão é manter os nossos clientes a longo prazo e a simplicidade nos dá isso É interessante entender isso como uma filosofia de como a Milestone pode potencializar o canal para trazer algo diferenciado. Nesse mercado que está se desenvolvendo e amadurecendo, o canal busca formas de mostrar diferencial, de adicionar valor. Com a plataforma aberta, nós sempre estamos adicionando novidades, como o recente device pack que trouxe compatibilidade com câmeras vestíveis e integrações com edge storage, por exemplo. Em breve, teremos outros pacotes que incluirão integrações com caixas IoT. Com isso, o canal entra no cliente e depois coloca novidades fazendo com que ele consiga uma fidelidade maior do usuário que ele está vendendo solução. Digital Security: Quais as principais diferenças entre as versões do XProtect? Andrei Junqueira: Eu sempre comparo a Milestone como um chassi de carro moderno, ele serve tanto para o modelo mais popular quanto para o modelo mais sofisticado. Quando você compra a versão Essential, mais simples e gratuita para até 8 câmeras, ela já é o chassi para a versão mais complexa, a Corporate, apenas mudando o licenciamento. Ou seja, o custo de reinstalação é zero. Partimos de uma versão mais simples com integração de câmeras com funcionalidades limitadas em termos de gerenciamento de um único site e vai aumentando a complexidade, indo até a versão Professional, a última da linha Business-Ready, capaz de conectar vários sites a um único banco de dados porém sem as funções de failover corporativas. Quando parte para a linha Advanced, entram as funcionalidades de ter failover, aceleração gráfica, controle de smart wall, a possibilidade de integrações com terceiros com recursos para montar um ambiente de TI mais complexo, com redundância, archiving, grooming. Na versão mais avançada de todas, a Corporate, adicionamos um “sabor” a mais que é a parte de travamento de evidência quando é gravada no bookmark e o smart wall, permitindo que vários operadores em várias estações de trabalho compartilhem o controle do mesmo video wall, sabendo o que cada um está colocando em destaque. Essas funcionalidades permitem que o cliente tenha um produto modular, sem necessidade de preocupação com part-numbers. Temos perfis de produtos, que o custo de configuração é mínimo, é zero, para mudar de uma para outra. É somente alterar o tipo de produto com licenciamento, sem custos adicionais imprevisíveis na hora da instalação. Uma dica para os nossos canais é que ele pode preparar um hardware para receber uma série de integrações ou uma plataforma maior, começar com um sistema Milestone menor e, aí, promover


Entrevista Andrei Junqueira - Milestone Systems

a expansão de funcionalidades. O custo, ao longo do tempo, para esse canal, vai ser menor e ele vai conseguir mais rentabilidade. Um exemplo é que o integrador coloca um servidor que vai servir para 300 câmeras, só que ele vende o licenciamento inicial para 50, começa com uma solução mais simples e a medida que vai ficando mais complexo o cenário do usuário, ele poderá fazer modificações com o custo mínimo de instalação, apenas mudando a licença. Digital Security: Você passou mais de 10 anos atuando na Axis Communications, considerada uma marca “premium” do mercado de segurança que atua sob o conceito de oferecer valor agregado em suas soluções. Os parceiros de negócio da Milestone podem esperar uma postura semelhante da empresa daqui para frente? Andrei Junqueira: Com certeza. É indiscutível que eu trago a experiência que adquiri na Axis por 10 anos. A Milestone é uma empresa muito parecida em relação à busca de parceiros com valor agregado e a ideia é justamente adicionar valor e trazer confiança aos parceiros. Tem muito trabalho envolvido, obviamente, e eu vou trabalhar muito para mostrar que a Milestone veio para ficar em longo prazo. E isso não é só com a minha vinda: eu quero deixar claro que sou apenas uma das pessoas que está na estrutura da Milestone, e isso é um trabalho de equipe. A Milestone tem olhado bastante para os mercados da América Latina, principalmente Brasil e México, com planos de longo prazo para permanência nesse mercado. Valor agregado não é sinônimo só do André Junqueira, é uma posição da companhia. Digital Security: Como oferecer esse valor agregado em uma solução que é, essencialmente, software? Andrei Junqueira: Acho que a gente não pode vender só o produto porque o produto pode ser copiado, pode ser superado em preço, mas é necessário vender o valor da companhia. Isso é algo que não tem preço e que dura por muito tempo. A receita nesse mercado que está amadurecendo e que está tendo canais cada vez mais qualificados, é apresentar o que a empresa pode suprir. A empresa se diferencia por isso, com valores sérios, com um programa sério de canais, com respeito as oportunidades, trazendo leads, com ferramentas. Quando o canal tem acesso as nossas ferramentas, ele se capacita, tem possibilidade de montar o seu projeto, de receber os leads, de entrar em contato conosco para buscar o especialista, de uma maneira muito simples e rápida. Não importa se ele esteja aqui no Brasil ou fora. Isso é o valor que a gente traz. Quem está comprando o XProtect não está comprando seu produto, está comprando o valor Milestone.

Em 2019, vamos lançar um portal que vai permitir que os parceiros de solução vendam suas ofertas para os parceiros de integração. Vai ser uma espécie de Online Market para os canais

Digital Security: Quais benefícios a Milestone oferece aos parceiros integradores que optam por trabalhar com o XProtect? Andrei Junqueira: É interessante ressaltar que o programa exige um nível de investimento em treinamento muito intensivo porque isso também é o diferencial. Uma vez que o canal se capacita, ele tanto está habilitado como ele vai ser recomendado a instalar sistemas avançados. Isso significa que ele vai oferecer um produto diferenciado e ele também vai ser recomendado pelo próprio fabricante em oportunidades onde há esse requerimento. Basta ir ao site da Milestone. Quando os usuários-finais buscam onde comprar o software, ele busca por localidade, o nível da parceria e o tipo de produto que o parceiro pode vender. Isso é muito interessante e um potencial para aquele canal que quer trabalhar conosco porque mostra o nível de especialidade que esse canal tem. Estar no programa de canais da Milestone é um diferencial por si só. O programa é de certa forma até rigoroso com as certificações. Elas são importantes porque elas criam diferencial para aquele que instala. Não adianta você comprar um Milestone, colocar no seu servidor e instalar do jeito que está. Nós exigimos essa especialização porque sabemos que se a gente forçar o integrador a ter o conhecimento completo da plataforma, ele vai desenvolver o Milestone e vai criar outras oportunidades. Se ele sabe como funciona a integração com POS, por exemplo, ele não vai vender só câmera, ele vai vender as integrações. Eu tenho clientes hoje que vendem a Integração com POS e depois ele vai para câmera. O canal que almeja ser o Gold ou Platinum, tem um plano mútuo com a Milestone de reconhecimento, de oportunidades e cobrança mútua de aumentar as receitas com compromisso de ambas as partes. Digital Security: Como está a programação de treinamentos e certificações da Milestone no Brasil? Andrei Junqueira: Em primeira mão para a Digital Security, informamos que teremos uma capacitação técnica agora em outubro. A agenda ainda está para ser fechada mas informaremos a vocês para que possam divulgar. Fazemos a capacitação muito mais para que tenhamos um momento de conversar e de estar próximo com o canal do que pela simples necessidade. A Milestone criou uma plataforma de e-learning muito completa. Tudo está em nosso site www.milestonesys.com. Basta se cadastrar no portal MyMilestone onde há uma parte de e-learning no qual o interessado pode ter informações de treinamento, de webinars, de vídeos, para que o canal possa se capacitar. Além disso, as certificações são todas online. Uma vez que você se sinta apto a fazer, como hoje o nosso tempo é corrido, você pode fazer todas certificações online. Não necessita de ter um instrutor para acompanhar. Você entra na plataforma, faz a prova no tempo especificado e, uma vez que você passou, você já é certificado. Isso já facilita muito. Caso o canal queira ou tenha uma necessidade de um acompanhamento, nós também fazemos esses treinamentos presenciais, como a gente vai ter em outubro, para bater esse papo. Mas a ideia é que a gente possa facilitar a vida do canal para que ele possa se capacitar e capacitar muito mais pessoas dentro da equipe. Sabemos que o integrador, dono da empresa, as vezes tem dificuldade na retenção do talento. Pode acontecer da fabricante certificar o profissional, ele sair da empresa e o canal ficar na expectativa de quando a fabricante vai estar disponível novamente para outra certificação. A Milestone não quer criar empecilho. Nós colocamos as ferramentas a disposição e nosso engenheiro visita os canais para orientar mas, de certa forma, se ele quiser fazer isso independente, ele faz no site. Com isso, a gente aumenta a capacidade de ampliar o conhecimento sobre o produto.

31


Entrevista Andrei Junqueira - Milestone Systems

Digital Security: A Milestone tem uma estratégia de lançar três grandes atualizações para o XProtect por ano, além dos pacotes de novos dispositivos compatíveis bimestralmente. Em 2018, as duas versões lançadas até agora focam-se principalmente na melhoria de desempenho dos servidores e estações de trabalho. Há uma estagnação no mercado em relação à novos recursos e possibilidades que podem ser oferecidas por esses softwares de monitoramento? Andrei Junqueira: De maneira nenhuma. Essa é uma pergunta que me fazem para tentar entender para onde caminha o mercado. A Milestone, na verdade, fez uma série de modificações na plataforma para torná-lo aquele chassi único que me referenciei em uma pergunta anterior, de maneira a facilitar a integração com dispositivos. Com isso, o usuário poderá mover para soluções mais avançadas de maneira mais facilitada. Além disso, a Milestone está abrindo outros centros de desenvolvimento no mundo e aumentando em 40% o efetivo de desenvolvedores. Vamos deixar praticamente 80% deles focados somente para a área de IoT. Aí que vem o diferencial. A Milestone se preparou nesse último um ano e meio para deixar a plataforma pronta para esse futuro com a parte de Inteligência Artificial, deep learning, com uma integração muito mais transparente para o XProtect mas também possibilitando novos dispositivos que vão desde um sensor de temperatura ou um sistema com GPS para monitorar o local em que um guarda está, por exemplo, ou até mesmo se o guarda está deitado ou em pé para saber se ele tomou um tiro ou não, sistemas que tem trackeamento por som, entre outros. Essa plataforma, hoje, está preparada para receber o IoT. O canal que está ficando mais educado, mais especialista, e que quer diferencial, tem que trabalhar com Milestone porque ele vai entender e vai conseguir oferecer ainda mais valor aos seus clientes, oferecendo mais coisas do que o simples videomonitoramento. Não há estagnação no mercado, há uma preparação e vocês vão ver o avanço que vai ter nos próximos anos principalmente em relação ao IoT, deep learning, dispositivos vestíveis com informações. Isso tudo vai ser integrado dentro da plataforma. Digital Security: Neste ecossistema de Internet das Coisas que se desenha, há uma necessária e crescente preocupação a respeito da cibersegurança dos dispositivos conectados. Qual o papel dos softwares de gestão nesse cenário? Andrei Junqueira: É muito importante. Em primeiro lugar, a Milestone sempre destaca que a cibersegurança não é somente ter um produto que é seguro - é um processo e uma cultura organizacional. Quando se fala sobre cibersegurança, não é só fechar portas de acesso, mas é educar o mercado como melhor utilizar a senha, os dispositivos, quais são as políticas de atualização, além da sua responsabilidade em atualizar, de fechar brechas, de corrigir falhas. A Milestone tem isso como missão número 1. Dentro das nossas

Estamos aumentando em 40% nosso efetivo de desenvolvedores. 80% ficarão focados na área de IoT 32

diretrizes, a cibersegurança é importante. A gente tem trabalhado com diversos órgãos de regulamentação, que eu ainda não posso revelar porque estamos em processo de validação e certificação, mas de maneira a ter um olhar constante de companhias de auditoria terceiras para os nossos sistemas, de maneira a garantir tanto uma isenção naquilo que a gente fala como também trazer segurança ao integrador quando ele estiver oferecendo Milestone. Além da cultura, nós também nos preocupamos em implementar novidades na plataforma que auxiliam nesse processo como, por exemplo, a questão de mudar o password de tempos em tempos, trabalhar em conformidade com Active Directory, que são os domínios corporativos do Windows, que fazem a mudança de password complexo. Tudo isso a Milestone tem implementado para enfrentar a grande maioria das brechas de segurança que são causadas por nós mesmos, quando a gente copia a nossa senha e deixa no computador, quando colocamos um pendrive que está contaminado, quando abrimos um arquivo indevido em um site suspeito. Tudo isso tem que ser implementado de maneira a forçar o operador a sempre estar de olho. Do ponto de vista de engine, o que é muito importante e a gente acabou de lançar no pacote no service pack 9.8 release 2, é o SRTP (Secure Real-time Transport Protocol), um protocolo de mercado para segurança do protocolo de comunicação do vídeo (RTP), permitindo uma segurança maior da comunicação entre a câmera e o gravador e consequentemente aos clientes. O mercado vai ver cada vez mais esse protocolo em soluções do mercado. Ele já é padrão hoje, por exemplo, dentro de processo governamentais na Europa e nos Estados Unidos. A primeira câmera que saiu com isso foi a integração com a Axis, a segunda câmera já vai ser a Bosch, e cada vez mais que as câmeras implementem esse protocolo, a Milestone se compromete a ser pioneira em colocar essa integração em efetivo. Dessa maneira, sendo pioneiro e pró-ativo, a gente vai garantir cada vez mais o ambiente seguro. Além disso, isso é uma plataforma de venda para o integrador. Se ele é compliant com a parte de cibersegurança, ele vende como um serviço e um valor da empresa. A Milestone vai garantir isso para o canais. Digital Security: Especialmente neste ponto da segurança digital, especialistas dizem que a colaboração é essencial para construir um ambiente mais protegido. Como a Milestone se organiza com os agentes de mercado para elevar os padrões de cibersegurança e proteção de dados em todo o mundo? Andrei Junqueira: Eu comentei anteriormente que a Milestone criou essa comunidade aberta de desenvolvedores. Ela é aberta de tal ponto não só a dar sugestões de integração mas também a possibilidade de indicação de falha. Além disso, a Milestone tem contato com consultores da área de segurança. Há empresas que contratamos que estão verificando os nossos sistemas, não só o XProtect, mas os nossos sistemas internos. Muitas vezes, não temos essa noção que a fabricante da solução de plataforma de videomonitoramento não é só o software que ela vende. Hoje, a fábrica também está em nuvem, está se conectando, buscando informação. Se eu tenho um sistema interno que não está seguro, ele também pode afetar o sistema do cliente. A nossa preocupação, abrindo a plataforma e trazendo consultores para verificar, é ter um terceiro olhar para ver se está tudo bem. Esse é nossa preocupação e isso vai continuar. Nós vamos abrir cada vez mais a plataforma para contribuição, não só de trazer produtos mas também de melhoria daqueles processos que a gente já tem. DS



Agenda

SETEMBRO TranspoQuip 2018 12 a 13 de setembro São Paulo / SP OTranspoQuip é um evento com foco em infraestrutura de transporte para os setores rodoviário, aeroportuário, ferroviário, metroviário e portuário. Além da feira, que apresenta as principais novidades em equipamentos e soluções para o setor, o evento tem um programa de conferências com palestras ministradas por especialistas sobre os assuntos mais relevantes do ano. Chegando em sua 10ª edição, o evento será realizado em parceria com o 20º Enacor (Encontro Nacional de Conservação Rodoviária), para apresentar e discutir soluções, novas técnicas, materiais, tecnologias e equipamentos destinados ao setor e a Expo Parking, showroom e palco de palestras dedicados à tecnologias avançadas para operação eficiente, monitoramento e gerenciamento de estacionamentos. www.transpoquip.com.br

Equipotel 18 a 21 de setembro São Paulo/SP A Equipotel é o ponto de encontro da hotelaria e gastronomia da América Latina. Figurando entre as cinco maiores do mundo no setor, é um polo de negócios e relacionamentos fundamental para o sucesso de empresas dos setores de hotelaria, gastronomia, alimentação e turismo. www.equipotel.com.br

Global Security Exchange 23 a 27 de setembro Las Vegas/EUA Depois de 63 edições que consagraram a ASIS Seminar and Exhibits como uma das principais plataformas de discussão e exibição de tecnologias de segurança na América do Norte, a associação internacional de profissionais de segurança ASIS se uniu à InfraGard e à ISSA International Systems Security Association International para renomear sua feira e congresso para Global Security Exchange - GSX. Mais do que uma mudança de nome, o GSX surge com uma proposta de elevar a experiência do evento com uma educação modernizada, networking revitalizado e um chão de exposição

34

reimaginado que permite explorar o cenário de segurança atual e futuro, trocar ideias e melhores práticas, expandir os contatos globais e experimentar as inovações do mercado. Para isso, o evento espera levar mais de 300 sessões em seu congresso, incluindo palestras, painéis de discussão, workshops e case studies. Nesta primeira oportunidade, o evento espera atrair mais de 22 mil profissionais para conferir as soluções e serviços de mais de 550 provedores durante três dias na cidade de Las Vegas. www.gsx.org

OUTUBRO Futurecom 15 a 18 de outubro São Paulo / SP Figurando como um dos maiores eventos de Tecnologia da Informação e Comunicação da América Latina, o Futurecom completa 20 anos em 2018 reunindo os mais importantes agentes da área de telecomunicações, TI e internet para discutir temas e expor soluções nas áreas de redes, nuvem, realidade aumentada, redes sociais, transformação digital, experiência do usuário, inteligência artificial, cidades inteligentes, Internet das Coisas, entre outros. No ano passado, o Futurecom contou com a participação de mais de 15 mil visitantes de 40 países, reunindo mais de 250 empresas expositoras de vários continentes. www.futurecom.com.br

NOVEMBRO Expoprotection 6 a 8 de novembro Paris Porte de Versailles/França A Expoprotection é o único evento na França que reúne os maiores especialistas internacionais de segurança e os mais inovadores equipamentos e soluções em só lugar. Combinando conferências e áreas de networking, o evento tem como objetivo demonstrar soluções que possam proteger os colaboradores, as instalações, os dados e o ambiente de trabalho das empresas e das administrações locais. www.expoprotection.com.br



99% de taxa de

C

Reconhecimento Facial

M

Y

Reconhecimento facial em 0,5 segundos

CM

MY

CY

Armazenamento de

CMY

10.000 faces

K

99% Reconhecimento facial traz mais seguranรงa para seu projeto

Siga a Hikvision nas redes sociais:


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.