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A Cidade: Amsterdam, Holanda

a cidADE

amsterdam

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Para a compreensão do ethos em que se insere Berlage e seu plano para Amsterdam-Sul, é importante retomar o período da Revolução Industrial, após a introdução da máquina na malha urbana a cidade sof re transformações.

Além de ser um local de concentração cultural, comercial e de poder popular, a cidade torna-se um espaço de concentração de pessoas, matérias primas, capital e energia. Essas transformações ocorrem em descompasso com a capacidade prévia dos centros urbanos, criando situações de insalubridade, más condições de vida e o surgimento de epidemias. Na época, a ideia das doenças era ligada aos miasmas, surgindo teorias sobre a transmissão de agentes patológicos por meio da água e do ar. Junto dessas teorias florescem pelo campo arquitetônico e urbanístico um novo modo de projetar.

Aliada às ideias de Haussmann, a arquitetura higienista se desenvolve e se fortalece UM ARQUITETO, UMA CIDADE no século XX, apoiada e desenvolvida por nomes como: Camillo Sitte, Ebenezer Howard e Ildefons Cerdà. Uma nova forma de projetar que pensa além do cercamento da propriedade privada, mas também na limpeza e na salubridade do habitar, através de técnicas de ventilação e insolação dos cômodos.

É dentro dessa mesma lógica sanitarista que enfermidades como a tuberculose passam a ser tratadas. A tuberculose, apesar de ser um doença existente há muito tempo, apenas passou a ser compreendida e estudada efetivamente entre os séculos XVII e XVIII, por meio dos estudos da anatomia. Já entre os séculos XIX e XX, surgem tratamentos relacionados ao ar livre e à exposição ao Sol, trazendo à tona discussões sobre a arquitetura, os congressos internacionais e a criação dos sanatórios. CONTEXTO

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a cidade pré-industrial

Nascida como uma vila de pescadores, Amsterdam sempre manteve uma relação inerente com a água. Fundada abaixo do nível do mar no século XIII, a cidade passou, um século depois, pela a construção de um dam, uma estrutura similar a um dique e que tem como função - além de impedir a passagem da água do mar para a terra - reter a água, agindo como uma represa. Por estar localizado no rio Amstel, o dam foi responsável pelo nome Amsterdam, junção das duas palavras.

A participação da Holanda na Liga Hanseática no século XIV - formada por países de influência alemã como um acordo comercial responsável pelo monopólio comercial de alguns produtos - e a sua dependência da Espanha, que, junto com Portugal, tinha a hegemonia sobre as Grandes Navegações no século XV, elevaram o nível comercial do país. Assim, Amsterdam se torna berço de um dos portos mais importantes do mundo, precedida por Lisboa.

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Imagem 02: Amsterdam em 1538

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Devido à dificuldade em edificar em áreas próximas e sobre os diques, a lógica da cidade Pré-Industrial se resumia à maximização de lotes. Isso gerou um parcelamento irregular de lotes estreitos, e, consequentemente, com uma testada pequena, e compridos, buscando ocupar toda a quadra. O espaço intersticial das quadras era, então, muito reduzido, destinando às áreas de circulação o papel de espaço público, ao qual se buscava garantir que todas as casas tivessem acesso, com as pequenas dimensões da f rente do lote. Assim, os lotes compactados em um desenho de quadra que exprimia a densidade da cidade, criava uma paisagem linear, mas heterogênea onde vielas, ruas e canais comportam toda a vida urbana.

Novos impostos, repressão e a ausência de liberdade religiosa foram alguns dos motivos que levaram a Holanda a participar da Guerra dos Oitenta Anos contra a Espanha. Durante o período da guerra, o país se opôs ao impedimento espanhol sobre seus comércios e fez trocas com outras regiões, como Malabar e as Antilhas, e em 1581, a Holanda se tornou independente do governo de Felipe II.

Assim, no início do século XVII, o país se encontra em seu auge, tornando-se o mais importante núcleo financeiro do mundo. Este século é chamado o Primeiro Século de Ouro de Amsterdam. A cidade fervia com a arte e a intelectualidade: de Rembrandt a Spinoza, o leque de estudiosos era grande. Além disso, esse caráter cosmopolita é fortalecido pelas diversas religiões e culturas presentes, como católicos, protestantes e judeus, que viviam de forma passiva e respeitosa. A cidade atraía grande número de imigrantes, por questões econômicas e sociais, visto que a tolerância religiosa era uma questão conflituosa no

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Imagem 04: f rentes das habitações, enfatizando a pequena testada dos lotes e sua relação com o canal

Imagem 03: quadras e lotes próximos aos canais Imagem 05: vias estreitas da Cidade Pré Industrial.

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mundo e Amsterdam possuía esse diferencial.

Também se destacava nos mares, já que os colonizadores holandeses, que partiam do porto de Amsterdam, conquistavam mais espaço nas navegações, chegando a criar, em 1602, a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais para lutar pelo monopólio da rota. O poder econômico de Amsterdam ganhou ainda mais força com a criação do Banco de Amsterdam em 1609, elevando a cidade ao posto de núcleo financeiro mais influente do mundo.

Com a expansão mercantil da cidade, também se fez necessária uma expansão urbana, oficializada com um plano em 1607. O plano constituía na criação de três canais concêntricos, perto dos quais se estabeleceram os comerciantes com suas lojas e moradias.

Um dos bairros mais marcantes é o do Jordaan, que se formou em antigos terrenos de cultivo junto aos canais, destinado aos trabalhadores e artesãos. Os lotes eram alinhados em relação aos canais e as quadras distribuídas seguindo uma hierarquia social. Os

16 Imagem 06: Limites do bairro de Jordaan

Imagem 07/09: Fachadas próximas aos canais

Imagem 08: Bairro de Jordaan em 1950 lotes cuja f rente se dava para o canal eram destinados às habitações de classes sociais mais altas, além de abrigar os equipamentos públicos e os grandes negócios. Já os terrenos situados nas vias paralelas e transversais aos canais eram ocupados por oficinas, pequenos comércios e casas da população mais pobre. O parcelamento do bairro ficou sob responsabilidade da especulação dos comerciantes. A ausência de limite de construção nos fundos dos lotes de bairros como o Jordaan resultou em quadras com pouco ou nenhum espaço livre no interior da quadra: além de ocupar quatro pavimentos, os edif ícios normalmente possuíam anexos à construção, gerando uma projeção quase equivalente ao desenho do lote.

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Entre os séculos XVII e XIX, a Holanda sof reu com um recesso em sua economia e em seu crescimento demográfico, que colocava um fim à sua Primeira Era de Ouro, por conta do bloqueio comercial e da invasão f rancesa em 1810, que ocorreram devido às Guerras Napoleônicas. Esse domínio dura até 1813, quando a Holanda se torna independente da França. Em 1815, ocorre o Congresso de Viena, quando é criado o Reino Unido dos Países Baixos, unindo também Bélgica e Luxemburgo, liderado pelo rei Guilherme I.

Essa união perdurou até 1839, quando o Tratado de Londres oficializou a inde- pendência da Bélgica, após revoluções desde 1830, e de Luxemburgo, consequentemente, reduzindo o Reino Unido dos Países Baixos ao Reino dos Países Baixos. Essa separação, junto com as mudanças constitucionais devido à contração do título de Reino Unido, que cristalizou essa condição, incomodaram o rei Guilherme I, que renunciou em 1840, deixando seu filho, Guilherme II, no comando.

Frente às pressões populares, uma vez que a Primavera dos Povos em 1848 se alastrava pela Europa, temendo que tais ideias alcançassem a Holanda, o monarca prefere o desenvolvimento de uma nova constituição a perder seu poder, com a criação de um comitê constituinte liderada pelo liberal Johan Thorbecke. Em 1849, após a morte repentina de Guilherme II, a constituição é instituída por Guilherme III, de modo a reduzir os poderes monárquicos e aumentar os direitos de voto da população. Com o passar dos anos, a influência liberalista, somada ao poder das Igrejas Católica e Calvinista, a Holanda retoma seu potencial comercial e econômico. Assim, o país passa por um período de prosperidade industrial, denominado Segundo Século de Ouro, que auxilia na expansão geográfica e demográfica da

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Imagem 11: Mapa do Reino Unido dos Países Baixos, 1831 21

cidade.

Por volta de 1870, Amsterdam chega a ter cerca de 500.000 habitantes e passa por diversas intervenções, com a construção de museus, teatros e da Estação Central em 1889. Além disso, surgem novos bairros de trabalhadores para além do canal Singelgracht. Ao mesmo tempo, desde 1867, surgiam melhorias sociais devido à novas legislações.

Com a vinda de um grande número de trabalhadores do campo para a cidade para operar nas fábricas, e o consequente adensamento desses bairros, as habitações eram muito precárias. Além da oferta reduzida de casas, a desvalorização da qualidade de vida era notória pela falta de inf raestrutura, como notou Donald I Grinberg, estudioso que focou na precariedade e na política habitacional da Holanda na sua obra “Housing in the Netherlands”.

A transformação do pensamento holandês acerca da habitação se deu com o

22 surgimento de diversas epidemias que, de acordo com a teoria miasmática vigente entre especialistas da saúde e higienistas na época, se espalhavam através do ar e estavam associadas à falta de ventilação e de exposição ao sol. Assim, associou-se o surgimento e a proliferação dessas doenças à má qualidade das moradias.

Imagem 12: Habitações precárias dos trabalhadores em Amsterdam

Imagem 13: Habitações precárias dos trabalhadores em Amsterdam

Em 1902, após um período próspero a nível de reformas sociais e de crescimento sindical (resultando inclusive na criação de partidos progressistas como o Partido Social-Democrata dos Trabalhadores, SDAP-1894, e a União Democrática Liberal, VDB-1901), as decisões sobre as questões habitacionais passam a ser, em sua maioria, responsabilidade do Estado, substituindo a lógica mercadológica anterior. Isso se dá pela instituição do Ato Habitacional, ou Housing Act, que determinava, entre outras questões, que toda cidade com mais de 10.000 habitantes ou com um crescimento populacional de mais de 20% nos últimos 5 anos seria obrigada a fazer um plano habitacional. Além de colocar a habitação como centro da discussão urbanística, essa decisão tinha como premissa a melhor distribuição de renda.

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plano zuid

A primeira versão do plano de Amsterdam Sul foi projetada por H. P. Berlage em 1904. Seu desenho era curvilíneo e f ragmentado em pequenas unidades de vizinhança. Ainda que aprovada pelo conselho em 1905, a versão apresentava muitas dificuldades associadas pela desapropriação excessiva e por pressupor a utilização de espaços que não pertenciam à administração do governo municipal, não sendo, portanto, executada.

Em 1915, Berlage apresentou ao conselho uma nova versão, agora levando em consideração o Ato Habitacional de 1902. Essa nova versão, aprovada em 1917, apresentava, ao contrário da anterior, eixos retilíneos e longos, além da presença de simetria. Grinberg, sobre o plano do arquiteto, afirma:

“o plano de expansão de Berlage era uma visão urbanística que refletia as influências de Brinkmann, Sitte e Unwin. A rua, os blocos habitacionais e as construções especiais como pontos de destaque eram os elementos básicos. Para Amsterdã, o plano continha uma gradação de espaços abertos ainda não obtida nesta escala”. (GRINBERG, 1982, p. 43). 26

Imagem 15: Desenho da primeira versão do plano de Amsterdam Sul

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O desenho viário partia de uma hierarquia das vias de maior fluxo às vias de menor fluxo. As grandes vias leste-oeste Vrijheidslaan, Rooseveltlaan e Churchillaan e os seus prolongamentos ligavam o rio Amstel ao Estádio Olímpico e as vias menores e locais eram mais tranquilas, destinadas à habitação.

A “gradação de espaços abertos” a que se refere Grinberg foca não nas vias como ocorria anteriormente, mas no espaço interior às quadras. O artigo “Habitação coletiva e a evolução da quadra” de Mário Figueroa, publicado na revista Vitruvius em 2006, discute a relação dos desenhos da cidade e da paisagem em relação ao tratamento das quadras na história do planejamento urbano. Dos sete tipos de quadra mencionadas, destacam-se, para esta análise, três: a quadra tradicional, a quadra do plano Cerdá e a quadra com ocupação perimetral.

Enquanto em cidades com a quadra tradicional, como acontece em Paris no plano de Haussman, o desenho viário é priorizado, sendo

Imagem 17: Vista aérea de perspectiva das quadras do plano Zuid

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Imagem 18 quadra tradicional Imagem 19: quadra do plano Cerdá Imagem 20: quadra com ocupação perimetral

Imagem 21: vista aérea de satélite das quadras do plano de Haussmann

30 Imagem 22: vista aérea de satélite das quadras do plano Cerdá Imagem 23: vista aérea de satélite das quadras do plano Zuid

a quadra um resíduo deste planejamento, na quadra do plano Cerdá para Barcelona a quadra é entendida como um espaço e as esquinas, desenhadas com um corte de 45º, configuram um lugar.

A quadra com ocupação perimetral, que é o caso das propostas pelo plano Zuid, seria, nessa lógica, mais similar à de Barcelona, uma vez que seu interior também é um espaço vazio e suas esquinas têm importância na constituição da paisagem - ainda que não sejam em 45º como as de Cerdá, as esquinas têm um tratamento a nível do gabarito, se destacando por serem mais altas ou mais baixas que o resto da quadra, resultando em uma paisagem homogênea. O “miolo de quadra” de Berlage vai além, ao pensar em uma função semi pública para o local: podendo ser espaços ajardinados ou comportar equipamentos públicos - como é o caso da Open Air School de Duiker -, os centros das quadras são de responsabilidade tanto do poder público quanto dos moradores das residências que ocupam o seu perímetro.

Imagem 24: vista das esquinas do plano Zuid

Imagem 25: vista aérea de satélite da quadra da Open Air School de Jan Duiker

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Uma leitura mais atual pode considerar a ideia de Jane Jacobs aplicada ao projeto de Berlage: os moradores do térreo que tinham os fundos no interior da quadra e os residentes dos andares seguintes, que podiam observar a partir de seus balcões, incorporam o conceito de “olhos da rua” trazido pela autora. A presença desses indivíduos no local garante não só a sua segurança, mas a sua manutenção.

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Imagem 26: vista aérea das quadras do plano Zuid, enfatizando os espaços livres intraquadra

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ruas locais: residenciais e tranquilas

OS HOLANDESES E A ÁGUA

A história dos holandeses e suas técnicas de contenção do avanço das águas visando evitar enchentes, além da relação desses corpos d’água com as práticas humanas, não é recente.

Em algumas aldeias no norte dos países baixos, no final da Idade do Ferro, foram encontradas as primeiras indicações de construção de diques, até então com no máximo 70 centímetros de altura, feitos por meio do empilhamento de turfa, um material de origem vegetal e pantanoso. Entre 800 e 1250 a população holandesa começou a apresentar certo crescimento, após a retirada das tropas romanas e da instabilidade política, quando assentamentos voltaram a se formar nas regiões pantanosas, sendo construídos diques em pequena escala seguindo os contornos dos desníveis já existentes. Então, é a partir do século XII, após a drenagem de deltas para a criação de terras aráveis, seguida da oxidação da turfa, abaixando o nível do solo, que os polders mais tradicionais são construídos.

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Imagem 31: quebra de um dique próximo a Bemmel, 1799, Christiaan Josi, 1802

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Progressivamente o nível do mar e o nível do solo tendiam a se igualar, então no século XIV são iniciadas as construções de diques em grande escala. Já na Idade do Ouro as grandes obras de engenharia hidráulica foram organizadas por coletivos, recuperando terras, pôlderes e extraindo turfa. É vista também a necessidade de não apenas drenar, mas de bombear a água para manter áreas secas, sendo criados complexos de moinhos de vento os quais exerciam essa função de bombeamento.

As grandes obras entraram em decadência com a rápida proliferação de um molusco, prejudicando as estruturas costeiras de madeira como o quebra-mar dos diques. Assim, impulsionando sua modernização, iniciou-se uma busca por materiais e designs alternativos para a construção dos diques que passaram a ter seus declives externos de baixo gradiente e sua estrutura fortalecida por meio de materiais rochosos, sendo desenvolvidos em massa, a partir de 1900, blocos de concreto.

Logo, com os avanços em conhecimentos, tecnologia e mobilidade, intervenções em maior escala no sistema hídrico foram possibilitadas. Apesar das inovações, em 1953, uma grande enchente provocou o rompimento de diques na região sudoeste dos países baixos, alavancada pela combinação entre a maré alta, uma tempestade vinda do norte-noroeste e a maré alta dos rios. Muitas vidas foram perdidas e mais de mil quilômetros quadrados de terra foram inundados. Como uma reação a essa catástrofe foram desenvolvidas muitas novas obras hidráulicas como parte do Plano Delta, sendo os diques largamente reforçados e as enseadas fechadas, após a aprovação do Delta Act de 1958, tornando a linha costeira mais curta e facilitando sua defesa. Os reforços aconteceram mais uma vez após as cheias de 1993 e 1995, sendo a isso somado o aprofundamento dos rios e alargamento dos seus leitos em áreas adequadas para a inundação, em um projeto chamado “Room for the River”, permitindo a prática da agricultura em faixas ao longo dos rios.

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100 DC | 1.500 km de linha costeira

1850 DC | 2.100 km de linha costeira 800 DC | 2.300 km de linha costeira

1950 DC | 1.600 km de linha costeira 1500 DC | 2.600 km de linha costeira

2000 DC | 880 km de linha costeira

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Entendendo de maneira mais aprofundada a história dos pôlderes na Holanda, é possível perceber o cuidado exaustivo dos holandeses com relação às enchentes, desenvolvendo novas tecnologias e designs para a manutenção dessas estruturas. Além disso, a relação que estabelecem com os corpos d’água é admirável, possibilitando que os rios atravessem as cidades destamponados e fazendo deles protagonistas e corpos ativos na cidade. A água, na Holanda, é vista como um espaço público a ser celebrado e integrado no dia-a-dia. Em eventos e festas populares, como acontece no Dia do Rei em Amsterdam, os habitantes se envolvem nas comemorações, ocupando o rio, enfatizando seu caráter importante na vida pública.

Comparativamente, vemos as cidades brasileiras, como é o caso de muitas do interior de São Paulo, destacando aqui a cidade de São Carlos, renegarem a presença e a importância dos rios que permeiam a malha urbana.

Negligenciada com o tamponamento do rio e a falta de inf raestrutura, a água retorna nas grandes e destruidoras enchentes anuais que ocorrem na cidade. Os rios, se estivessem associados às adequadas inf raestruturas verde e azul viabilizadoras da redução das enchentes que assolam os bairros localizados nas cotas mais baixas, poderiam funcionar como grandes espaços de sociabilidade, adquirindo um novo papel de lugar urbano, restituindo a relação natural entre o homem e os cursos d’água e aprimorando a qualidade de vida nas cidades.

Imagem 35: Córrego do Gregório, São Carlos

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