Revit - Apostila

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RESUMO Curso

de

programa

de

linguagem BIM para projetos de arquitetura com foco na documentação gráfica 2D e 3D para projetos. O objetivo secundário do curso é criar modelos tridimensionais para posterior renderização por interoperabilidade com programas específicos para essa função.

VITTO GERMOGLIO

BIM Autodesk Revit

BIM para projetos de arquitetura utilizando o Autodesk Revit


I

SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1 BUILDING INFORMATION MODELING (BIM) ...................................................................................... 1 VANTAGENS................................................................................................................................. 1 QUAL PROGRAMA UTILIZAR? ..................................................................................... 1 COMO BAIXAR A VERSÃO ESTUDANTIL GRATUITA POR 3 ANOS..............................................................2 QUAL A CONFIGURAÇÃO DO COMPUTADOR? .....................................................................................4 CONFIGURAÇÃO DE SISTEMA PARA AUTODESK REVIT 2016 ................................................................4 Configuração mínima – nível de entrada .................................................................................4 Configuração media – melhor custo-benefício ......................................................................... 5 Configuração ótima: para modelagem de grandes projetos...................................................... 5 CONCEITOS ............................................................................................................... 7 PARAMETRIZAÇÃO ........................................................................................................................ 7 COMPORTAMENTO DE ELEMENTO EM UM MODELADOR PARAMÉTRICO ................................................. 7 MODELAGEM ...............................................................................................................................8 ESTRUTURA DE ELEMENTOS DO REVIT .............................................................................................8 Categoria ...............................................................................................................................9 Família ...................................................................................................................................9 Tipo ........................................................................................................................................9 Instância ................................................................................................................................9 INICIANDO O REVIT ...................................................................................................10 CONFIGURAÇÕES INICIAIS DO PROGRAMA ................................................................. 11 INICIANDO UM NOVO PROJETO ................................................................................. 12 INTERFACE ................................................................................................................................. 12 PALETA DE PROPRIEDADES ........................................................................................................... 13 NAVEGADOR DE PROJETO ............................................................................................................ 14 BARRA DE STATUS ...................................................................................................................... 14 BARRA DE CONTROLE DE VISUALIZAÇÃO ........................................................................................ 15 VIEW CUBE ................................................................................................................................ 15 BARRA DE OPÇÕES ..................................................................................................................... 16 FERRAMENTAS DE SELEÇÃO E EDIÇÃO ...................................................................... 16 SELEÇÕES.................................................................................................................................. 16 FILTRO ...................................................................................................................................... 16 VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


II

MODIFICAÇÕES .......................................................................................................................... 16 ANTES DE COMEÇAR ................................................................................................ 18 VERIFIQUE QUAL O ARQUIVO TEMPLATE QUE ESTÁ ATIVO:................................................................. 18 VERIFICAÇÕES INICIAIS ................................................................................................................. 19 INSERINDO O DESENHO................................................................................................................ 19 Preparando o desenho CAD .................................................................................................. 19 Importando o arquivo ........................................................................................................... 19 DESENHANDO SOBRE O PLANTA BAIXA........................................................................................... 19 Paredes ................................................................................................................................ 19 Pisos .................................................................................................................................... 20 PAREDES ...................................................................................................................................20 INSERÇÃO DE PAREDES NO PROJETO ........................................................................ 22 EDITANDO A PAREDE APÓS A INSERÇÃO .........................................................................................24 CRIANDO UM NOVO TIPO DE PAREDE ........................................................................24 CRIANDO UM MATERIAL ............................................................................................................... 25 PAREDES CORTINA .................................................................................................. 29 TIPOS........................................................................................................................................29 PAREDES EMPILHADAS ............................................................................................. 30 AJUSTE DE JUNÇÕES DE PAREDES .................................................................................................. 31 PISOS ....................................................................................................................... 31 NÍVEIS ...................................................................................................................... 32 TIPOS DE INSERÇÃO DE PISO ......................................................................................................... 32 INSERINDO O PISO ....................................................................................................................... 33 MODIFICANDO PISOS JÁ CONSTRUÍDOS .......................................................................................... 34 INCLINANDO O PISO .................................................................................................................... 34 FORRO......................................................................................................................34 TELHADO ................................................................................................................. 35 GUARDA-CORPO ....................................................................................................... 37 RAMPAS .................................................................................................................. 39 ESCADAS ................................................................................................................. 40 FAMÍLIAS: INSERÇÃO ................................................................................................43 VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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CONCEITO DE FAMÍLIA ................................................................................................................. 43 Diferentes tipos de famílias ................................................................................................... 43 INSERINDO FAMÍLIAS CARREGÁVEIS................................................................................................44 CRIANDO UMA NOVA FAMÍLIA NO PROJETO ..................................................................................... 45 FAMÍLIAS: EDIÇÃO.....................................................................................................47 ABRINDO O EDITOR DE FAMÍLIAS ................................................................................................... 47 COMO CRIAR UMA FAMÍLIA A PARTIR DO ZERO .................................................................................48 INTERFACE DO EDITOR DE FAMÍLIAS ...............................................................................................49 ADICIONANDO PARÂMETROS E RESTRIÇÕES .................................................................................... 50 MODIFICANDO A VISUALIZAÇÃO DOS OBJETOS ................................................................................ 51 AMBIENTES, CORES E ÁREAS ..................................................................................... 52 INSERINDO NOMES NOS AMBIENTES .............................................................................................. 53 DIVIDINDO AMBIENTES ................................................................................................................ 54 ESQUEMAS DE COR ..................................................................................................................... 54 CÁLCULO DE ÁREAS..................................................................................................................... 55 ANOTAÇÕES ............................................................................................................. 57 ANOTAÇÕES .............................................................................................................................. 57 COTAS ...................................................................................................................................... 58 IDENTIFICADORES ....................................................................................................................... 59 TEXTOS ..................................................................................................................................... 61 SÍMBOLOS .................................................................................................................................62 TABELAS E LEGENDAS ............................................................................................. 63 TABELAS ................................................................................................................................... 63 LEGENDAS ................................................................................................................................. 65 PRANCHAS DE DESENHO ......................................................................................... 66 CRIAÇÃO ...................................................................................................................................66 INSERÇÃO ..................................................................................................................................68 FASES DE PROJETO .................................................................................................. 69 CONFIGURAÇÃO DAS FASES .......................................................................................................... 70 Fases de projeto .................................................................................................................... 70 Sobreposição gráfica............................................................................................................. 70 FILTROS DE FASES ....................................................................................................................... 71 APLICAÇÃO ................................................................................................................................ 72 VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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MODELAGEM DE TERRENOS ...................................................................................... 72 INSERINDO PONTOS .................................................................................................................... 73 DESENHANDO SOBRE UMA IMAGEM ............................................................................................... 73 IMPORTANDO UM ARQUIVO CAD .................................................................................................. 74 COMPONENTES DE TERRENO .................................................................................... 75 COMPONENTE DO TERRENO ......................................................................................................... 75 COMPONENTE DE ESTACIONAMENTO............................................................................................. 75 PLATAFORMA DE CONSTRUÇÃO .................................................................................................... 75 FERRAMENTAS DE MODIFICAÇÃO DO TERRENO ........................................................ 76 DIVIDIR/MESCLAR SUPERFÍCIE....................................................................................................... 76 SUB-REGIÃO .............................................................................................................................. 76 LINHA DE DIVISA ......................................................................................................................... 76 REGIÃO COM EIXOS ..................................................................................................................... 76 COTAS DE CURVA DE NÍVEL ........................................................................................................... 76 IMPRESSÃO E RENDERIZAÇÃO.................................................................................. 76 RENDERIZAÇÃO .......................................................................................................................... 77 IMPRESSÃO ................................................................................................................................ 78 IMPORTANDO COMPONENTES MODELADOS EM OUTROS PROGRAMAS..................... 80 OBSERVAÇÕES INICIAIS ................................................................................................................80 IMPORTAÇÃO ............................................................................................................................. 81 PARÂMETROS............................................................................................................................. 83 MATERIAIS .................................................................................................................................84

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INTRODUÇÃO BUILDING INFORMATION MODELING (BIM) O antigo conceito do CAD de ser uma linguagem de desenho técnico auxiliado pelo computador, onde linhas, blocos e padrões eram desenhados para representar elementos da construção, está sofrendo uma melhoria. Neste curso iremos entrar no mundo da linguagem BIM, isto é, da modelagem de informações de construção. Iremos criar uma Construção virtual de onde poderemos extrair qualquer informação, seja ela um desenho ou uma especificação ou mesmo uma tabela de quantitativos ou de esquadrias. O BIM trabalha com a parametrização dos elementos que são incluídos no modelo virtual. Trocando em miúdos, podemos dizer que construímos no computador com objetos que carregam não só a sua representação gráfica, como também, as informações necessárias para a sua construção, como: quantidade de material, tipo de material, características físicas do material etc. Tudo isto é possível porque nos programas que utilizam a ideia do BIM o projetista irá utilizar um banco de dados para modelar o seu projeto. É como na vida real. Construímos edifícios com tijolos, tinta, cerâmicas, argamassa e afins e depois decoramos com móveis, luminárias etc. Cada elemento desse é especificado e cadastrado anteriormente para que se utilize na construção. Porém, a maior vantagem dos programas que utilizam a linguagem BIM é a Interoperabilidade. Trata-se da possibilidade de trabalho de diversas disciplinas em um mesmo modelo em softwares diferentes, possibilitando a coordenação de projeto durante o processo de projeto de todas as disciplinas envolvidas.

VANTAGENS 

Maior velocidade de entrega – economia de tempo

Melhor coordenação – menos erros nos desenhos

Diminuição dos custos – economia de dinheiro

Maior produtividade usando um único modelo digital

Trabalho com maior qualidade

Novas oportunidades de receita e negócios

Mais foco no projeto

Redução de trabalho

QUAL PROGRAMA UTILIZAR? O BIM não é um programa de computador, mas sim uma linguagem. Por isso, existem no mercado diversos softwares que modelam e geram relatórios das informações modeladas/parametrizadas, até alguns

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que utilizam a plataforma do CAD para torna-los, digamos, mais inteligentes. Dentre eles estão: o Autodesk Revit, o Archicad, o Vectorworks, o Bentley e o AllPLan. Como a Autodesk tem uma fatia maior de mercado, pois o AutoCAD é quase um padrão mundial, isso fez com que o Revit se tornasse o software BIM mais difundido, por isso, ele será utilizado neste curso.

COMO BAIXAR A VERSÃO ESTUDANTIL GRATUITA POR 3 ANOS Para fomentar a utilização de seus programas, a Autodesk possui uma comunidade virtual de estudantes e professores. Para estes usuários a empresa disponibiliza os programas gratuitamente, sem a temida faixa de programa educacional gerada em versões anteriores nas impressões. Para fazer o download acesse o sítio eletrônico da Autodesk (Autodesk.com), clique em “sign in” para acessar a sua conta Autodesk1 e escolha a opção “Education Community”.

Na janela que aparecerá você deve clicar em “need na Autodesk ID?” caso você ainda não possua, caso já tenha, faça o login. Para quem clicou na opção para criar uma ID, preencha os dados que são solicitados na próxima janela. Finalize com o login.

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A conta da Autodesk possibilita ao usuário utilizar todas as ferramentas online como: renderização na nuvem, armazenamento na nuvem (Autodesk 360) e também o registro dos certificados obtidos. VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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Ao final você terá a janela abaixo aberta. Agora é só escolher o software desejado, sua versão e fazer o download.

Tudo acertado, escolha a opção “Browser download” para que o instalador fique salvo em seu computador. Salve em uma pasta que você saiba onde estará o arquivo ao final do download.

A essa altura a Autodesk já lhe enviou um e-mail para o endereço cadastrado com o CD-KEY e o Serial Number da sua cópia. Utilize-as na instalação quando solicitados. Ao final do download clique no ícone que fica abaixo da janela do navegador, ou acesse o arquivo na pasta onde foi salvo. Clique em “Executar” na próxima janela.

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Aceite o local de descompactação dos arquivos.Será feito um download. Ao seu final execute a instalação e siga os passos.

QUAL A CONFIGURAÇÃO DO COMPUTADOR? Façamos um apêndice para falar sobre a configuração do hardware necessário para que se rode confortavelmente o programa. O Autodesk Revit é um programa que gera o objeto arquitetônico em 3 dimensões, isto faz com que os arquivos fiquem pesados, assim, vale a pena investir em um bom computador. A Autodesk recomenda três níveis de configuração descriminadas abaixo ou vistas neste link http://knowledge.autodesk.com/support/revit-products/troubleshooting/caas/sfdcarticles/sfdcarticles/System-requirements-for-Autodesk-Revit-2016products.html :

CONFIGURAÇÃO DE SISTEMA PARA AUTODESK REVIT 2016 CONFIGURAÇÃO MÍNIMA – NÍVEL DE ENTRADA 

Windows 7 SP1 64-bit Enterprise, Ultimate, Professional, ou Sistema Operacional edição Home Premium

Single- ou multi-core Intel Pentium, Intel Xeon, ou processador da série I (i3, i5 ou i7) ou equivalente AMD com tecnologia SSE2 (recomenda-se a maior classificação de velocidade do CPU)

Os processadores multi-núcleo auxiliam na criação de imagens com mais de 16 cores, isto é, naquelas que são próximas à realidade.

4 GB de RAM (é o suficiente para a edição de um modelo único de aproximadamente 100 MB em disco, o que dá para fazer uma casa de até 500,00 m²)

Modelos criados em versões anteriores do Revit irão requerer mais memória para o processo de atualização.

Não recomendasse a utilização de memórias RAM de 3 GB. O Software e o Sistema Revit podem desestabilizar com os conflitos de memória entre os drivers de vídeos quando a troca de 3GB está ativa.

5 GB de espaço livre no disco

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Monitor com 1,280 x 1,024 e true color, com display capaz de se adaptar aos gráficos básicos de 24 bit, 256 MB DirectX 11, com capacidade para o Shader Model 3, como recomendado pela Autodesk.

Microsoft® Internet Explorer® 7 (ou superior)

MS-Mouse ou 3Dconnexion®-componente compatível

CONFIGURAÇÃO MEDIA – MELHOR CUSTO-BENEFÍCIO 

Sistema Operacional Windows 7 SP1 64-bit Enterprise ou Professional edition, ou Windows 8 64bit Enterprise, Pro.

Single- ou multinúcleo Intel Pentium, Intel Xeon, ou processador da série I (i3, i5 ou i7) ou equivalente AMD com tecnologia SSE2 (recomenda-se a maior classificação de velocidade da CPU)

Os processadores multinúcleo auxiliam na criação de imagens com mais de 16 cores, isto é, naquelas que são próximas à realidade.

8 GB de RAM (é o suficiente para a edição de um modelo único de aproximadamente 300 MB em disco, o que dá para fazer um pequeno edifício de 5 pavimentos)

Modelos criados em versões anteriores do Revit irão requerer mais memória para o processo de atualização.

Não recomendasse a utilização de memórias RAM de 3 GB. O Software e o Sistema Revit podem desestabilizar com os conflitos de memória entre os drivers de vídeos quando a troca de 3GB está ativa.

5 GB de espaço livre no disco

Monitor com 1,680 x 1,050 e true color, placa de vídeo com capacidade para DirectX 11, com Shader Model 3, como recomendado pela Autodesk

Internet Explorer 7 (ou superior)

CONFIGURAÇÃO ÓTIMA: PARA MODELAGEM DE GRANDES PROJETOS 

Sistema Operacional: Windows 7 64-bit Enterprise ou Professional edition, ou Windows 8 64-bit Enterprise, Ultimate, Professional, ou Home Premium edition

Single- ou multinúcleo Intel® Pentium®, Intel® Xeon®, ou processador da série I (i3, i5 ou i7) ou equivalente AMD com tecnologia SSE2 (recomenda-se a maior classificação de velocidade da CPU)

Os processadores multinúcleo auxiliam na criação de imagens com mais de 16 cores, isto é, naquelas que são próximas à realidade.

16 GB de RAM (é o suficiente para a edição de um modelo único de aproximadamente 700 MB em disco) VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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Modelos criados em versões anteriores do Revit irão requerer mais memória para o processo de atualização.

Não recomendasse a utilização de memórias RAM de 3 GB. O Software e o Sistema Revit podem desestabilizar com os conflitos de memória entre os drivers de vídeos quando a troca de 3GB está ativa.

5 GB de espaço livre no disco; com mais de 10.000 RPM para interações do Point Cloud.

Monitor com 1,920 x 1,200 e true color, placa de vídeo com capacidade para DirectX 10, com Shader Model 3, como recomendado pela Autodesk

Internet Explorer 7 (ou superior)

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CONCEITOS A partir de agora precisaremos conversar na linguagem BIM, por isso passamos à fase de conceitos utilizados no programa.

PARAMETRIZAÇÃO É a partir deste conceito que o BIM se alicerça. A parametrização é a forma de associar a um elemento de projeto informações a seu respeito, por exemplo, quando inserimos uma cadeira no projeto, não só suas representações gráficas 2D e 3D são inseridas, os materiais que a compõem (com todas as informações de compra, características físicas do material, representação gráfica 2D, configuração para renderização e até o endereço do site do fabricante), a catalogação do elemento na planilha de obra/fornecimento, a fase da construção onde ela será comprada e levada para a obra e o fornecedor da cadeira, tudo pode a qualquer momento, ser agrupado em alguma tabela ou relatório.

COMPORTAMENTO DE ELEMENTO EM UM MODELADOR PARAMÉTRICO

Os elementos no Revit não são distribuídos nem organizados por camadas, como acontecia no CAD. Eles são entendidos como elementos de composição do modelo e são organizados de acordo com o gráfico acima. Então, um elemento pode ser atribuído a três grupos: 

Modelo: aqueles que representarão a forma do objeto arquitetônico em si. Estão divididos em dois grupos: VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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o

Os hospedeiros que fazem parte do sistema, isto é, do arquivo e servem como base para que outros elementos sejam inseridos;

o

os componentes do modelo, aqueles que são aqueles elementos que serão inseridos tendo como base um hospedeiro.

Dados: São aqueles elementos que servirão de base referencial para a elaboração do modelo.

Específicos da vista: são elementos 2D que servirão para ilustrar e informar melhor os desenhos de cada vista. São divididos em dois grupos: anotações, como o próprio nome diz, aqueles que representarão toda e qualquer tipo de inserção de símbolos, textos e cotas nos desenhos; e detalhes, que são os desenhos em 2D que irão melhorar a representação gráfica de um desenho.

MODELAGEM Modelagem é o ato de criar o projeto. Nos programas BIM nunca se projeta em 2D, apenas se detalha nesta dimensão. Todo o projeto é feito em três dimensões As vistas são a representação de uma visualização do modelo. Um exemplo que um aluno me falou em aula e que é muito interessante: imagine uma maquete do edifício e diversas câmeras posicionadas ao redor dele. Cada câmera é uma vista do objeto. É diferente do CAD 2D onde tínhamos uma prancheta eletrônica onde fazíamos o mesmo que fazíamos com régua paralela, lápis e nanquim.

ESTRUTURA DE ELEMENTOS DO REVIT Dentro do Revit os elementos são organizados de acordo com o esquema abaixo:

Categoria

Coluna

Família Tipo

Coluna Redonda

Coluna Redonda 300mm

Coluna Retangular

Coluna Redonda 600mm

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Coluna Retangular 300x300mm

Coluna Retangular 400x600mm


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CATEGORIA Comparada ao método de trabalho do AutoCAD, a categoria seria a camada

FAMÍLIA Aqui não há comparação com o AutoCAD, pois não existe um equivalente. A família seria o agrupamento de elementos com as mesmas características principais. No exemplo acima temos colunas redondas (seção circular) e colunas retangulares (seção retangular) separadas como grupos, mas poderíamos ter, por exemplo, portas de madeira, de alumínio e de PVC como exemplos de famílias.

TIPO Seria a especificação da família. No exemplo dado no item anterior, as portas de madeiras poderiam ter os tipos de 60cm, 70cm e 80cm como tipos.

INSTÂNCIA Após a inserção do objeto no modelo, ele será chamado de instância. Não há diferença entre instância e tipo. Essa diferença existe apenas nos parâmetros dos objetos. Mudar uma característica de tipo muda em todas as instâncias inseridas no projeto. Uma mudança de característica de instância (aquela que fica no menu de propriedades) altera apenas o elemento selecionado.

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INICIANDO O REVIT Vamos aprender o programa (finalmente!).

Figura 1. Página incial do Revit

Na tela inicial do Revit encontramos 3 grupos: 1.

Projetos: Aparece uma lista com os templates (arquivos modelo), as opções Abrir (para abrir um novo projeto) e Novo (criar um novo projeto) e os três últimos projetos abertos e salvos.

2.

Famílias: com as mesmas opções de projeto, porém, com arquivos .rtf (Revit Family)

3.

Recursos: Opção para demonstração dos recursos do programa. Quando criamos um arquivo novo no Revit ele pede para selecionarmos um arquivo modelo. Este

arquivo é muito importante para o Revit, pois nele estarão os elementos já configurados das famílias de sistema (paredes, pisos, tetos e cobertas) que servirão de hospedeiros para as demais famílias.

Figura 2. Diálogo Novo Projeto

Figura 3. Diálogo Novo Projeto: seleção de template

Figura 4. Localização dos templates

A criação de um template é um trabalho perpétuo no Revit. A evolução do usuário na utilização do programa vai elaborando o seu arquivo modelo.

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Alguns templates com configurações brasileiras estão disponíveis na internet, porém, sugerimos que o aluno crie o seu durante o curso e depois vá aprimorando-o durante a utilização no seu escritório. Esta metodologia impedirá o aparecimento de representações indesejadas.

CONFIGURAÇÕES INICIAIS DO PROGRAMA Como todo software, o Revit possui suas configurações de sistema. Abaixo enumeramos aquelas que são as mais importantes para este nível de conhecimento do aluno.

Figura 5. Geral

Figura 6. Locais de arquivos

Figura 7. Gráficos

Para acessar as opções clique no ícone do menu de aplicações e depois no botão opções. Na aba Geral temos as opções de notificações, onde podemos controlar o tempo de salvamento; e o número de gravações de segurança. Na aba Locais de arquivos, podemos carregar os arquivos template para que eles apareçam na lista de templates da caixa de diálogo inicial e gerenciar as pastas para o salvamento de outros arquivos. Na aba gráficos gerenciamos a forma como o Revit utiliza o hardware do computador. Nem todos os computadores possuem o hardware mínimo para o Revit, principalmente as placas gráficas (placas de vídeo). Por isso aparece uma notificação como a da Figura 7.

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INICIANDO UM NOVO PROJETO

Figura 8 Menu de aplicações

Figura 9. Menu Novo Projeto

Após a escolha do template podemos iniciar um novo projeto através do menu de aplicação. Acima nas figuras podemos ver quais os tipos de projeto que o Revit faz: 

Projeto: é o projeto em si. Nesta opção o Revit estará configurado para realizar um projeto de arquitetura, estrutura ou de instalações. O arquivo será salvo com a extensão .rvt.

Família: opção que abrirá uma caixa de diálogo onde escolheremos qual tipo de família iremos criar. Família para o Revit pode ter o entendimento dos blocos para o AutoCAD, mas são mais do que isso, pois carregam consigo todas as informações daquele objeto.

Massa Conceitual: uma forma diferente de iniciar o projeto. No Revit podemos começar modelando uma forma e depois transformá-la em elementos construtivos.

Bloco de margens e carimbo: cria as famílias de blocos e carimbos para as pranchas.

Símbolo de anotação: cria os símbolos de anotação, como: norte, corte, nível de piso etc.

Interface Interface baseada no padrão do Microsoft Office 2007, isto é, as ferramentas são agrupadas por grupos e estes dispostos em faixas.

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Figura 10. Interface de Usuário do Revit

PALETA DE PROPRIEDADES Paleta que mostra todas as propriedades dos elementos selecionados, ou quando não há nenhum selecionado mostra as propriedades da vista ativa. Normalmente está visível quando o arquivo é aberto, porém, caso não esteja, pode ser aberta pelos seguintes caminhos: 

Clique no ícone propriedades no painel propriedades da aba modificar da faixa de comandos.

Selecionar Propriedades no menu contextual que surge quando clicamos com o botão direito do mouse.

Pressionar as teclas Ctrl+1 do teclado, como se fazia para fazer o prompt de comando do AutoCAD surgir.

Ou digitar o atalho de teclado PP.

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Seletor de tipos

Filtro

de

propriedades Mostrar Propriedades do tipo

Propriedades das Instâncias

Figura 11. Menu de Propriedades

Figura 12. Filtro de Propriedades

Quando temos mais de um elemento selecionado, podemos filtrar, também, pelo filtro de propriedades. Esta é uma forma de filtrar e manter a seleção múltipla.

NAVEGADOR DE PROJETO

Figura 13. Navegador de Projeto

Menu que gerencia a navegação entre as vistas do Revit e entre os elementos inseridos.

BARRA DE STATUS

Figura 14. Barra de Status

Provê o usuário de informações sobre os elementos selecionados.

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BARRA DE CONTROLE DE VISUALIZAÇÃO

Figura 15. Barra de Controle de Visualização

Determina a forma de visualização dos elementos em uma determinada vista. Da esquerda para a direita, os ícones representam: 

Escala do desenho

Nível de detalhamento do desenho

Estilo de visualização

Caminho solar: liga ou desliga o estudo solar através do transferidor

Sombras

Renderização (aparece apenas em vistas 3D)

Recorte: liga ou desliga

Mostrar ou Esconder o Recorte da vista

Travamento da vista 3D (surge apenas nas vistas 3D): serve para travar a vista 3D e possibilitar a inserção de dados como textos e cotas nestas vistas

Isolar ou Esconder Temporariamente

Revelar Elementos Escondidos

Vista Temporária de Template

Mostrar Modelo Analítico

Mostrar Configurações de Deslocamento: para modelos explodidos

VIEW CUBE

Figura 16. View Cube Figura 17. Menu do View Cube

O view cube tem funções muito semelhantes àquele do AutoCAD, isto é, serve para facilitar o giro da vista 3D para posições pré-determinadas pelas suas faces, arestas e quinas. Também serve para guardar as funções de Steering View e de Zoom. Nas suas opções podemos criar as vistas perspectivadas de cortes e plantas. VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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BARRA DE OPÇÕES

Figura 18. Barra de Opções. Comando Parede Ativo

Os comandos do Revit possuem opções para a sua utilização que ficam em uma barra logo abaixo das faixas de comando. Esta barra é denominada Barra de opções. Ela muda de acordo com o comando ativo e tem uma função semelhante àquela do prompt de comando do AutoCAD.

FERRAMENTAS DE SELEÇÃO E EDIÇÃO SELEÇÕES A seleção de objetos no Revit é semelhante àquela feita no AutoCAD: clicando-se diretamente sobre o objeto, criando uma caixa de seleção da direita para a esquerda ou selecionando através de caixa da direita para a esquerda. Como os elementos se sobrepõem nas suas linhas limite, teclando-se o TAB do teclado podemos trocar o elemento a ser selecionado, basta visualizar na barra de status qual o elemento que está sendo percebido pelo programa. Ainda há a possibilidade de seleção de um elemento através da árvore de elementos inseridos no modelo localizada no navegador. Em casos de seleções múltiplas, como as feitas pelas caixas de seleção, pode-se filtrar os objetos através do filtro de seleção do menu de propriedades ou através da ferramenta filtro.

FILTRO Ferramenta que seleciona os elementos pelas famílias às quais pertencem. Quando selecionamos um modelo podemos pegar diversos tipos como: pisos, paredes, portas, janelas, textos, cotas etc. Para auxiliar a seleção o Revit possui a ferramenta Filtro (Filter) que aparece quando se faz uma seleção múltipla. Ao clicar no ícone da ferramenta podemos selecionar quais famílias desejamos trabalhar. Lembra-se que caso haja mais de um tipo de família todos eles serão selecionados e não há como separá-los em uma seleção múltipla, isto é, caso haja piso de granito, piso de ardósia e piso de cerâmica, todos serão lidos como pisos e assim serão selecionados.

MODIFICAÇÕES Todo elemento do Revit possui características próprias, sendo assim, a aba Modificar possui duas formas de visualização, a primeira é a contextual, é aquela que muda de acordo com o elemento selecionado, VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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abrigando ferramentas específicas para um determinado elemento. A segunda é a aba modificar padrão, que agrupa as ferramentas que são comuns a todos os elementos. Abaixo explicaremos as ferramentas que estão agrupadas no segundo tipo de aba modificar, no grupo Modificar. As ferramentas do primeiro tipo de modificações serão explicadas a cada comando de modelagem.

Figura 19. Aba Modificar

Enumerando-se as ferramentas do grupo modificar da figura acima, temos: 

Alinhar (align) – AL – Alinha os objetos. Talvez seja o comando de modificação mais usado. Para utilizálo basta selecionar a linha que servirá de base para o alinhamento e depois o objeto a ser alinhado.

Deslocamento (offset) – OF – Copia objetos com distâncias fixas. Não tem a mesma importância do CAD e raramente é utilizado fora dos comandos de desenho de perfis (piso, forro, telhado etc.). Para utilizar, acione o comando, determine a distância na barra de opções e depois selecione o objeto. Aparecerá uma linha tracejada informado para que lado o objeto será copiado. Clique do lado desejado e o elemento será copiado.

Espelhar selecionando um eixo (mirror) – MM – Espelha os objetos selecionados a partir da seleção de uma linha já existente que servirá de eixo. Para utilizar selecione os objetos desejado e depois a linha que servirá de eixo. Caso queira apagar os elementos iniciais desmarque a opção na barra de opções.

Espelhar desenhando um eixo (mirror) – DM – Espelha os objetos selecionados a partir de um eixo que será desenhado pelo usuário. Para utilizar selecione os objetos e depois desenhe o eixo. Caso queira apagar os elementos iniciais desmarque a opção na barra de opções.

Dividir elemento (Split) – SL – Um comando muito usado, já que separa paredes para que partes delas sejam editadas separadamente. Para utilizá-lo selecione a ferramenta, o ponteiro do mouse ficará com a aparência de um estilete, clique nos pontos desejados dos elementos para que eles sejam separados. A partir daí as partes serão tratadas como elementos separados.

Dividir elemento com separação (Split with gap) – Ferramenta semelhante à anterior, porém, cria um espaço (gap) entre as duas partes separadas. O Revit sugere a ferramenta para criar elementos prémoldados.

Destravar elemento (unpin) – UP – Como no Revit não há a opção de travamento de camada, a solução encontrada é o travamento do elemento. A ideia é semelhante a um pino que segura um papel na prancheta. A opção destravamento tira o bloqueio a movimento do elemento travado.

Mover (move) – MV – Move os objetos selecionados. A ordem de seleção habilita ou não os snaps (ganchos de seleção). Para utilizar o comando com os snaps, selecione a ferramenta e depois os objetos. Assim você poderá pegar um ponto de referência e depois leva-lo ao ponto desejado. VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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Copiar (copy) – CO – Copia objetos. Funciona de forma semelhante ao mover. Para criar múltiplas cópias selecione a opção na barra de opções.

Rotacionar (rotate) – RO – Rotaciona os elementos selecionados. A base de rotação é o ponto azul. Para muda-lo basta selecioná-lo e levar para o local desejado. A rotação precisa de um ponto inicial e depois do ângulo de rotação.

Aparar/estender para o canto (Trim) – TR – Une os elementos em cantos. Funciona como o Fillet, com raio zero, do AutoCAD. Para acioná-lo clique no ícone, depois no primeiro elemento e em seguida no segundo elemento. Eles irão se encontrar na projeção.

Matriz (array) – AR – Semelhante ao SketchUp, copia os elementos e deixa-os agrupados. O número de repetições pode ser modificado após a confirmação do comando. Não funciona como array do AutoCAD, pois só faz repetições em um eixo (Horizontal ou vertical ou diagonal). Possibilita a repetição por elementos, por número de elementos entre o primeiro e o último. O arranjo circular pede o eixo e o ângulo e também pode ser feito por número de elementos a partir do primeiro ou entre o primeiro e o último.

Escala (scale) – RE – Escala os objetos. Funciona como o scale reference do AutoCAD, isto é, precisa da dimensão inicial do objeto e a dimensão final, caso a opção seja a gráfica. Se for a numérica, basta incluir a escala na barra de opções.

Travar elemento (pin) – PN – Travas os elementos que desejamos não mover. Utilizado para travamento de elementos estruturais, eixos de referência ou qualquer outro elemento que não possa ser movido durante o processo de modelagem. Para usá-lo basta clicar no objeto. Um símbolo de pino será adicionado ao elemento travado. LEMBRETE: objetos travados PODEM ser apagados, porém um lembrete do Revit irá aparecer informado a ação.

Aparar/Estender elemento único (extend) – funciona da mesma forma que no AutoCAD. Seleciona-se a referência e depois o objeto. Algumas vezes a ferramenta Alinhar funciona da mesma forma.

Aparar/Estender vários elementos (extend) – Possibilita a seleção da referência apenas uma vez.

Excluir (delete) – Exclui os elementos

ANTES DE COMEÇAR VERIFIQUE QUAL O ARQUIVO TEMPLATE QUE ESTÁ ATIVO: Na tela inicial vá ao botão R, localizado no canto superior direito da tela. No canto superior da caixa de rolagem que surgirá, procure pelo botão OPÇÕES. Na caixa de diálogo que surgirá procure na lista do lado esquerdo a opção “LOCALIZAÇÃO DE ARQUIVOS”. Nas opções que abrirão verifique se o nome do arquivo template desejado está na lista, caso não, clique no botão “+” verde e procure o arquivo desejado. Após a seleção clique em OK.

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Na tela de abertura escolha a opção novo na lista de projetos. Na caixa de diálogo escolha o template que irá utilizar no grupo “template”. Clique em OK para finalizar.

VERIFICAÇÕES INICIAIS Primeiramente verifique qual a unidade de desenho utilizada. Digite UN ou vá para a faixa “Gerenciar”, no grupo “Ajustes”, opção “Unidades do projeto”. Na caixa de diálogo clique sobre o primeiro botão (comprimento). Escolha a unidade que irá trabalhar. Para o exercício utilize “metros e centímetros”, para finalizar clique em OK. Depois escolha a forma como as casas decimais e de milhar são separadas. Escolha a opção “123.456.789,00”. Insira níveis quantos forem necessários. Clique em uma das elevações no “Project Broswer”. Na faixa “Arquitetura”, no grupo “Anotações”, clique no botão com o símbolo de nível e acrescente níveis, nomeando-os e colocando as distâncias entre os demais já existentes. Lembre-se que o nome dado ao nível será o nome do título do desenho na prancha.

INSERINDO O DESENHO PREPARANDO O DESENHO CAD Prepare o desenho do AutoCAD para a inserção. Elimine blocos desnecessários, anotações, cotas, hachuras. Deixe apenas aqueles elementos que servirão de base para o projeto no Revit, isto é, estrutura, alvenarias, esquadrias e mobiliários (incluindo louças e metais).

IMPORTANDO O ARQUIVO Para inserir o desenho CAD no Revit, vá à aba “Inserir”, escolha a opção “Importar CAD” no grupo “Importar”. Na caixa de diálogo que se abrirá escolha o arquivo desejado. Na opção de cores escola “preservar”; na opção Camadas/Níveis escolha a opção “todos”; na opção unidades de importação escolha a opção “metros”. Certifique-se que na opção posicionamento esteja em “auto – centro para centro”, e na opção “inserir em” esteja o nível “térreo”. Clique em OK para finalizar.

DESENHANDO SOBRE O PLANTA BAIXA PAREDES Para um desenho mais rápido não se preocupe com o detalhamento das paredes. Desejamos apenas o desenho, o detalhamento pode ser feito a posteriori. Na faixa “Arquitetura” escolha a opção “Paredes” no grupo “Construir”. Escolha a parede “Genérica – 15cm”, caso ela não exista edite uma parede para que ela possua as características desejadas. Sugiro que essa parede possua pelo menos diferença entre o núcleo e os acabamentos. (núcleo com 10 cm de espessura e acabamentos com 2,5cm de cada lado). Não esqueça que estas paredes devem ser inseridas a partir do centro do núcleo e devem estar travadas no pavimento imediatamente superior. VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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Utilizem a ferramenta “pegar linha” (linha verde no grupo de desenho) e não se preocupem com o alinhamento neste momento. Após a inserção de todas as paredes inicie o alinhamento. Nesta hora é melhor colocar um pino no desenho CAD base para que ele não se mova por engano. Lembre-se que o comando alinha (AL) pede o destino e depois o objeto que será movido.

PISOS Acabada a fase de inserção de paredes, podem-se inserir os pisos. Na faixa “Arquitetura”, grupo “Construir”, escolha “Pisos”. Escolha aquele tipo de piso desejado para cada ambiente, lembrando que há pisos estruturais e pisos de acabamento. Para esta fase de conhecimento considere todos como pisos de acabamento. Outro lembrete, para o Revit, os pisos alinham-se ao nível de desenho pela face superior, isto é, sua espessura ficará para baixo do nível que se está desenhando. Dentro da ferramenta pisos, o Revit muda a interface inserindo uma nova faixa de edição dos pisos com ferramentas específicas. Escolha a forma de desenho do piso, podendo ser formas geométricas, pegando paredes ou pegando linhas. Sugiro que se desenhem as linhas com figuras geométricas ou com linhas. Ao final do desenho, que deve estar totalmente fechado, sem sobreposição de linhas ou linhas soltas, basta clicar no símbolo verde na faixa. Caso estejam trabalhando com pisos no primeiro pavimento, após a inserção o Revit pergunta se você deseja que o piso se uma às paredes do nível inferior, responda NÃO. Outra sugestão é a forma de inserção dos pisos. Escolham o desenho de ambiente por ambiente, assim será mais fácil a posterior edição.

PAREDES Família de Sistema, só pode ser criada dentro de um arquivo, isto é, não existe um arquivo específico com extensão .rtf pra a criação de um tipo de parede. A ferramenta está na aba arquitetura ou home, dependendo da versão do Revit, no grupo construção.

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Figura 20. Ferramenta Parede Figura 21. Menu Propriedades Parede

Existem três famílias de parede, as básicas, as cortina e as empilhadas. As básicas são aquelas construídas com uma estrutura única. As cortina são as paredes formadas por montantes e painéis; estes podem ser transparentes (vidro) ou opacos (MDF ou gesso acartonado por exemplo); as empilhadas são aquelas formadas pela montagem vertical de várias paredes básicas. O menu de propriedades da parede básica oferece as seguintes opções: 

Restrições o

Linha de localização: o usuário pode escolher a opção de alinhamento entre a linha de inserção da parede e os elementos de referência da mesma. As opções são: centro do núcleo, centro da parede, face interna do núcleo, face externa do núcleo, acabamento externo e acabamento interno.

o

Restrição de base: informa a qual nível a base está restrita.

o

Deslocamento de base: informa a distância entre a base e o início da parede.

o

A base está anexada: informa se a parede está restringida pela base à algum elemento.

o

Restrição superior: informa a qual nível o topo da parede está vinculado. Existe a opção de desconectado, caso esteja nesta opção habilita-se o campo de altura da parede.

o

Altura desconectada: informa a altura da parede quando ela está com o topo desconectado de um nível.

o

Deslocamento superior: determina a altura de deslocamento do topo da parede em relação à sua restrição superior.

o

O topo está anexado: informa se o topo da parede está anexado à algum elemento.

o

Delimitação de ambiente: informa se a parede irá determinar o limite de um ambiente.

Estrutural o

Estrutural: informa se a parede irá fazer parte do sistema estrutural. Esta informação servirá para os cálculos estruturais do modo “estrutura” do Revit. VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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o

Ativar o modelo analítico: informa se a parede irá fazer parte da visualização do modelo analítico da estrutura.

o 

Uso estrutural: Determina qual vai ser o uso estrutural da parede.

Cotas o

Comprimento: informa o comprimento da parede.

o

Área: informa a área da parede em uma face.

o

Volume: informa o volume da parede.

Dados de identidade o

Comentários: informa os comentários sobre a parede inseridos na criação do seu tipo.

o

Marca: informa a marca dada à parede quando se cria o tipo.

O menu de propriedades da parede-cortina diferencia-se da parede básica apenas nos grupos que controlam os eixos dos montantes. Abaixo as opções: 

Eixo vertical/horizontal o

Número: quantidade de eixos no sentido.

o

Justificação: forma como o montante irá se alinhar ao eixo de divisão.

o

Ângulo: ângulo do montante em relação ao nível.

o

Deslocamento: Distância entre o montante e o eixo de divisão.

Caso apareça o grupo Fase, este informa qual fase de projeto/construção o elemento pertence. Por definição o Revit insere todos os elementos na fase Nova Construção, caso o objeto de estudo seja uma reforma, por exemplo, podemos trocar a fase para Existente e, posteriormente, aqueles elementos que irão ser demolidos, para a fase Demolição. Esta é a forma que o Revit produz os projetos de reforma e de fases ou mesmo propostas. Veremos isto mais adiante. Quando uma parede é inserida no projeto aparecerá em um dos lados um conjunto de setas em sentido duplo. Essas setas informam o lado externo da parede e servem para que se possa inverter a posição do mesmo.

INSERÇÃO DE PAREDES NO PROJETO Para inserir uma parede no projeto precisamos configurar a forma como ela será inserida. Logo após a seleção do tipo de parede desejado, no menu de propriedades, escolhemos os seguintes parâmetros na barra de opções:

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Escolha do nível

Altura desconectada

Referência da linha

Construção múltipla

de topo

Figura 22. Barra de Opções Parede

Figura 23. Seletor de Tipos Parede Básica

Figura 24. Seletor de Tipos Parede Cortina

A inserção pode ser feita através de cliques em dois pontos direto na área de desenho, ou pode usar uma das ferramentas de desenho da figura abaixo:

Figura 25. Ferramentas de desenho de paredes

Seguindo a ordem da esquerda para a direita e de cima para baixo, na figura acima, temos as ferramentas de desenho abaixo: 

Linha

Retângulo

Polígono inscrito

Polígono circunscrito

Círculo

Arco por três pontos: início, fim e raio

Arco do centro para a extremidade

Arco final tangente

Arco em concordância (o fillet do AutoCAD)

Selecionar linhas: opção mais utilizada quando se tem um projeto importado do AutoCAD.

Selecionar faces: utilizada quando se inicia um projeto pelo estudo de massa.

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EDITANDO A PAREDE APÓS A INSERÇÃO A parede pode ser modificada utilizando-se das ferramentas de edição mostradas na aula 01. Além delas, podemos utilizar os grips (pequenos círculos azuis que ficam nos pontos de construção da parede) para justar comprimentos e raios. Os grips possuem uma versão 3D. Nas vistas de elevação e 3D elas possuem um grip em forma de triângulo que possibilita a edição da altura e da largura das paredes. As paredes não precisam ser necessariamente conectadas a um nível superior, elas podem ser moldadas para terem formas diferentes para fazer elementos como empenas e ameias. Empenas são feitas através da ferramenta anexar topo a base, com ela pode-se anexar o topo da base à forma do telhado, por exemplo. Para criar aberturas ou desenhos diferentes na forma da parede utilizamos a ferramenta editar perfil. Com esta ferramenta podemos desenhar um novo limite para a parede, ou vazios internos.

Figura 26. Edição do perfil da parede - processo

Figura 27. Edição do perfil da parede - resultado

CRIANDO UM NOVO TIPO DE PAREDE Para criar novos tipos de paredes devemos selecionar um tipo próximo ao que desejamos e clicar no botão editor de tipo (edit type). Para fazer uma nova parede devemos duplicar a existente dando a ela um nome. Logo após podemos clicar no botão editar da opção estrutura.

Figura 28. Diálogo Propriedades do Tipo

Figura 29. Diálogo Editar Montagem

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No diálogo editar montagem encontramos a descrição da parede como os dados sobre: família, tipo, espessura total, resistência física (R) e massa térmica. Do lado direito há uma caixa onde podemos informar o tamanho da amostra de parede que aparecerá na visualização à esquerda. Esse valor servirá apenas para a visualização de corte. No centro da caixa de diálogo há um quadro onde encontramos linhas. Existem duas linhas de cor cinza informando o limite do núcleo da estrutura da parede. Acima destas linhas temos o lado externo da parede, abaixo está o lado interno. São nessas linhas que definimos as camadas que formarão a parede, bem como seus respectivos materiais, espessuras e nível de hierarquia. Para inserir, excluir e mover as faixas utilizamos os botões abaixo da grade. Na coluna “cobertura” definimos se uma camada irá fazer parte do acabamento dos cantos das paredes. Na coluna “estrutural” informamos se uma camada irá fazer parte da estrutura da parede. Abaixo dos botões de controle encontramos o controle de virada de revestimento. Neles informamos como serão as viradas de revestimento nas inserções (portas, janelas e aberturas quaisquer) e nos finais das paredes. Lembramos que essas viradas só acontecem “em planta”, os acabamento de topo da parede devem ser feitos de outra forma. O último grupo do diálogo de dição de montagem diz respeito à montagem vertical da parede, isto é, possibilita a modelagem das camadas no sentido vertical, caso não haja necessidade de uma determinada camada ir além de uma certa altura e coisas do tipo; criar frisos e saliências. Inicialmente vamos ver como associamos um material a uma camada.

CRIANDO UM MATERIAL Na camada desejada clica-se no canto direito da célula do nome do material, isso faz com que surja a caixa de diálogo navegador de materiais, na opção gráficos. A caixa de diálogo é formada por três campos principais: o primeiro, na esquerda, mostra uma lista de materiais carregados no projeto; o segundo, abaixo do primeiro, mostra uma lista de bibliotecas de materiais que podem ser carregados no projeto, além de botões para cópia e/ou criação de novos materiais; o terceiro campo é uma barra lateral à direita com possibilidade de abertura de 5 abas – Identidade, gráficos, aparência, propriedades físicas e térmico. Para escolher um material e associá-lo a uma camada da parede basta selecioná-lo na lista e clicar no botão aplicar. Caso não haja o material desejado deve-se proceder da seguinte forma: 

Clicar no botão novo material e copiar um material semelhante àquele desejado

Renomear o novo material de acordo com o material desejado

Na aba “gráficos” escolher: o

Cor de sombreamento: cor que o elemento terá nas visualizações do Revit

o

Padrão de superfície e cor: hachura que será utilizada para a representação gráfica do objeto quando visto e a cor das linhas VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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o

Padrão de corte e cor: hachura que será utilizada para a representação gráfica do objeto quando visto e a cor das linhas

Figura 30. Navegador de materiais - gráficos

Figura 31. Padrão de Preenchimento Desenho

Figura 32. Padrão de Preenchimento - Modelo

Figura 33. Novo padrão

Na aba Aparência escolher as características desejadas para a aparência de renderização do material. Caso seja necessário um mapa (imagem) deve-se procurar uma imagem no seu banco de materiais.

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Figura 34. Navegador de materiais - Aparência

Figura 35. Caixa de diálogo de mapas de materiais Figura 36. Diálogo editor de textura

As demais abas (identidade; propriedades físicas e térmico) podem ser configuradas apenas quando for necessário. Na aba identidade editamos os dados de referência do material para que ele seja identificado nas tabelas. Na aba propriedades físicas informamos as propriedades físicas (estrutura) e térmicas do material para que o Revit possa fazer as análises de consumo de energia e estrutura no modelo.

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Figura 37. Navegador de materiais - Identidade

Figura 38. Navegador de materiais - Propriedades físicas

Figura 39. Navegador de materiais - Térmico Para facilitar a catolagação de materiais e paredes, bem como de outros elementos, sugiro usar as tabelas abaixo:

Figura 40 Mapa de catalogação de tipos de parede

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Figura 41 Mapa de catalogação de tipos de materiais

PAREDES CORTINA TIPOS No Revit existem 3 tipos de parede cortina: o

Parede Cortina (curtain wall)

o

Vidraça Externa (Exterior Glazing)

o

Vitrine (Storefront) Apesar das famílias serem diferentes todos funcionam da mesma forma. A diferença está na

forma de edição das propriedades, por exemplo, podemos mudar o leiaute dos montantes de uma vidraça externa no menu de propriedades, já na vitrine esta mudança só pode ser feita na edição do tipo. Já a parede cortina é a mais maleável de todas, podendo iniciar toda a construção de montantes a partir do painel inicial. As paredes cortina são formados por 5 elementos básicos: o

Painel cortina

o

Eixos verticais

o

Eixos horizontais

o

Montantes verticais

o

Montantes horizontais São inseridas da mesma forma que as paredes, sem a possibilidade de escolha da linha de inserção

da parede. Cada um dos elementos da parede cortina pode ser alterado individualmente.

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Figura 42. Seletor de tipo Parede Cortina

Figura 43. Propriedades do tipo de paredes cortina

PAREDES EMPILHADAS As paredes empilhadas são a união de vários tipos de parede no eixo vertical. Podemos especificar em quantas camadas forem necessárias, qual o tipo e até que altura este tipo será usado. Para utilizar o comando devemos escolher um tipo de parede empilhada e criar um novo, como fazemos com as paredes básicas. Na edição do tipo aparecerá a seguinte caixa de diálogo:

Figura 44. Propriedade de tipo de parede empilhada

Figura 45. Editor de montagem de parede empilhada

No editor de montagem devemos escolher a linha da camada e determinar qual o tipo de parede básica irá ser usada, depois a altura. O deslocamento é a distância entre o eixo de alinhamento e o eixo da parede. As camadas são sempre colocadas abaixo da linha número 1, pois esta é a que fechará a parede até o nível de travamento. Todos os demais itens de edição de paredes funcionam com as paredes empilhadas, porém devemos ter o cuidado nas interseções, pois o comando de ajuste de união pode ter problemas com o número de possibilidades de junções.

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AJUSTE DE JUNÇÕES DE PAREDES No Revit existe uma ferramenta que organiza como as paredes irão funcionar em caso de união. Ele se chama união de paredes. Funciona como um “trim”, basta selecionar a ferramenta e aproximar o cursor, agora um quadrado, da união que se deseja juntar. Com cliques no botão seguinte ou anterior da barra de opções se controla a forma com as paredes se unem, criando possibilidades de união como as mostradas na própria explicação da ferramenta, vista na figura abaixo.

Figura 46. União de paredes

PISOS Apesar de serem categorias diferentes, os pisos, forros e telhados possuem semelhanças nas suas inserções, por isso agrupamos estes elementos em uma só aula. Está será a aula mais básica até agora, focando no conceito de inserção e edição das instâncias. Posteriormente passaremos a uma análise mais aprofundada de elementos componentes das categorias.

Figura 47. Aba arquitetura, grupo Construir

Os pisos dependem, como todo elemento do Revit, dos níveis de piso. Estes níveis são visualizados nas elevações e cortes e indicam quais são as vistas em planta que podemos gerar. Existe a possibilidade de criação de níveis sem a geração de vistas em planta e são utilizados para a inserção de elementos intermediários.

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Figura 48. Relação entre Níveis e Pisos

NÍVEIS Os eixos são inseridos apenas em uma vista de elevação ou corte através da aba arquitetura (home ou architecture), grupo dados (datum), ferramenta nível (level) ou através do atalho LL. Para inserir basta clicar no lugar próximo ao desejado de um lado da área de desenho e depois do outro. O ajuste da altura pode ser feito na cota temporária entre os níveis ou no valor da cota de nível próxima ao nível de símbolo. O nome pode ser modificado no nome próximo ao símbolo de nível ou no nome da vista na lista do navegador de projeto. Quando se muda o nome o Revit pede para você confirmar a mudança do nome em todas as instâncias inseridas e vistas relacionadas.

Figura 49. Grupo Dados. Ferramenta Eixo Figura 50. Eixos em uma elevação

TIPOS DE INSERÇÃO DE PISO Existem três opções de inserção de piso no Revit: arquitetura, estrutura e por face, a diferença entre os dois primeiros é a função do piso, caso seja de arquitetura, você está informando ao Revit que ele não terá função estrutural (não suportará nada do edifício, fará apenas peso); na função estrutural ele será levado em consideração para os cálculos estruturais. A opção por face é utilizada quando produzimos um modelo através da modelagem, esta ferramenta transformará a forma em piso. VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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Há uma quarta opção no botão de rolagem de piso, a viga de borda. É uma opção de inserir uma viga de bordo nas lajes sem necessariamente inserir uma viga (processo um tanto trabalhoso no Revit). Esta opção, quando configurada pode nos ajudar a criar um elemento que não existe no Revit como um comando ou opção, o rodapé.

Figura 52. Aba Contextual Modificar/Criar Pisos

Figura 51. Opções de inserção de Pisos

Figura 53. Perfil (limites) do piso sendo construído

Figura 54. Seta de inclinação do piso

INSERINDO O PISO Como categoria, os pisos possuem famílias e tipos, que funcionam da mesma forma que as famílias e tipos de parede, sendo o editor de montagem muito semelhante ao das paredes. O processo de inclusão é o seguinte: 

Escolha um tipo.

A aba condicional “Modificar” (modify) irá surgir e mostrará opções de inserção. Dentre elas, fora as que são iguais às das paredes, temos as opções: selecionar viga e selecionar parede. A opção selecionar parede é a que deve ser usada como padrão, as demais devem ser utilizadas quando não se pode utilizar a primeira. Por quê? Porque o Revit logo saberá que haverá junção entre os elementos parede e piso e fará as concordâncias entre as camadas formadoras dos mesmos.

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Ao acionar o comando aparecerá uma faixa diferente de comandos, são os específicos do comando de desenho de piso. Devemos fazer o desenho desejado e clicar sobre o ícone verde em forma de “tick”, assim o piso será finalizado. O piso estará inserido tendo a última camada de revestimento (aquela primeira linha do editor de

montagem) alinhada ao nível de desenho, o restante da estrutura do piso estará abaixo do nível de desenho (ver Figura 48).

Figura 55. Aviso de união entre piso e paredes limítrofes

Figura 56. Aviso anexar topo/base das paredes do nível inferior

Esta solução implica na interferência entre pisos e paredes do nível inferior, por isso, o Revit pergunta se você deseja anexar os topos das paredes à base do piso. A resposta sim deve ser dada apenas para as paredes internas, para as paredes externas a resposta é não, pois uma segunda pergunta é feita pelo Revit para esta situação, se o piso deve ser unido às paredes externas. A resposta sim, neste caso, fará com que a estrutura do piso e a estrutura da parede fiquem alinhadas e os revestimentos externos sobreponham a união.

MODIFICANDO PISOS JÁ CONSTRUÍDOS Selecione o piso clicando sobre ele ou utilizando o filtro de seleção. Aparecerá na aba contextual uma ferramenta denominada editar limite. Clique nela e a configuração de desenho do perfil será reaberta.

INCLINANDO O PISO Para fazer com que o piso tenha inclinação edite o perfil e insira a inclinação com a ferramenta seta de inclinação. Depois defina o valor no menu de propriedades (ver Figura 51).

FORRO Muito semelhante ao piso, o forro é inserido da mesma forma que o piso. Na aba arquitetura (architecture ou home) aciona-se a ferramenta forro (ceiling) do grupo construção (build). Escolhe-se o tipo, depois o ambiente no qual será inserido o forro. Há uma ferramenta de seleção automática dos limites do ambiente. Caso não haja parede em um dos lados do ambiente deve-se desenhar o contorno do forro. A altura do forro é determinada apenas no menu de propriedades. Na barra de opções encontramos apenas a opção deslocamento, que funciona como o offset, o raio para desenhos em curva e a VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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opção cadeia para desenho das linhas em série ou não. Caso queira-se mudar tipo, altura do pé-direito e outras informações deve-se utilizar o menu de propriedades. A inclinação do forro é feita através da ferramenta seta de inclinação localizada no grupo.

Figura 57. Escolha de inserção Automática ou por croqui

Figura 58. Aba contextual Modificar/criar forro

Figura 59. Forro sendo criado

Modificações em forro funcionam da mesma forma que nos pisos. Vide acima. Forros elaborados devem ser feitos com recortes, criação de vazios, mudanças de altura entre forros construídos e criação de massas para fechamento vertical.

TELHADO Telhados são inseridos de três formas: perímetro (footprint), que utiliza um perímetro desenhado ou selecionado de forma semelhante ao que fazemos com o piso e o forro; por extrusão (extrusion), onde desenhamos um perfil e escolhemos o tipo e o Revit cria o telhado de acordo com o perfil dado, e; pela face (by face), aquela opção para quem modelou a volumetria por massa. Além destas três opções, a ferramenta telhado possui ainda três sub-ferramentas de acabamento: o sofito (sofit) que fecha o espaço entre o beiral e a parede; a borda (fascia), que fecha a face do beiral, e; a calha (gutter), que faz o que o nome diz. Todas elas se utilizam da seleção de um perfil e depois de um lado dos telhados para criar objetos extrudados que fazem as vezes das suas funções.

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Figura 61. Aba conxtetual Telhado por extrusão

Figura 60. opções de ferramentas de telhado

A inclinação do telhado é informada por um símbolo em forma de triângulo equilátero que fica junto ao limite do perfil. Ele indica que aquele limite é a base da inclinação, isto é define inclinação (defines slope). O valor da inclinação é dado e/ou corrigido no menu de propriedades. As paredes que irão até o telhado devem ser anexadas (anexar topo/base) aos telhados, assim, as empenas são feitas automaticamente.

Figura 62. Barra de opções do telhado por perímetro

Figura 63. Croqui do telhado por perímetro

A distância entre o beiral e a parede pode ser definido pelo “deslocamento” na hora do desenho do perfil do telhado, ou após a sua construção através da edição do perfil (edit footprint).

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GUARDA-CORPO

Figura 64. Exemplos de escadas

Figura 65. Exemplos de Guarda-corpos

Nesta aula veremos os gradis que servem de corrimão e/ou guarda-corpo, as escadas e as rampas. Estes são categorias que dependem de muitos parâmetros para serem configurados. Devemos criar arquivos separados com diversos tipos já configurados para depois serem colados nos projetos em execução, assim, não carregaremos o template e ganharemos tempo na elaboração do projeto. As ferramentas desta aula são encontradas na aba Arquitetura (archictecture ou Home), no grupo circulação.

Figura 66. Grupo Circulação da Aba Arquitetura

A ferramenta guarda-corpo está localizada na Aba Arquitetura – Grupo Circulação – Ferramenta guarda-corpo (padrão para croqui, opção para inserção em hospedeiro – rampa ou escada). Dependentes de uma combinação de perfis, os gradis precisam apenas da determinação do seu caminho de inserção.

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Figura 67. Ferramenta Guarda-corpo e opções

Figura 68. Aba Contextual Guarda-corpo e sua Barra de opções

Um guarda-corpo é inserido de forma semelhante ao piso. Após o acionamento da ferramenta aparecerá ao lado do apontador do mouse a linha rosa para o desenho do caminho do elemento. Ao final do desenho basta clicar na confirmação para que o guarda-corpo seja desenhado. Após a inserção podemos mudar o tipo do objeto para que fique da maneira desejada.

Figura 69. Guarda-corpo sendo inserido

O Guarda-corpo é formado por dois elementos: corrimão e balaústres. Os balaústres são os elementos verticais que fazem o fechamento do vão entre os corrimãos, os elementos horizontais. Nas propriedades do tipo podemos modificar tanto um quanto o outro. Todos eles são elementos baseados em perfis pré-desenhados nas famílias carregáveis.

Figura 70. Caixa de Diálogo de Propriedades do Tipo

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Figura 71. Caixa de Diálogo Editor de corrimãos

Figura 72. Caixa de Diálogo editar balaústres

Para se criar um novo corrimão devemos proceder de forma semelhante aos outros tipos já criados, isto é, duplicar o tipo existente no editor de tipos, renomear de forma que possamos identificar rapidamente o tipo novo criado e, posteriormente, verificar as possibilidades de modificação do tipo nas propriedades. No caso dos guarda-corpos podemos editar os corrimãos, aqueles elementos horizontais formadores do guarda-corpo, e os balaústres, os elementos verticais, que são divididos nos polos e no padrão principal. Os polos são aqueles que iniciam e finalizam o guarda-corpo, o padrão principal são aqueles que formam o fechamento entre os polos. Todos os elementos de construção do guarda-corpo são perfis que devemos posicionar em relação ao deslocamento do piso, à regra de inserção, isto é, distância entre postes e do piso.

RAMPAS Apesar dos pisos poderem ser inclinados, eles não podem ser modificados através de regras de forma mais fácil como as rampas. Assim, o Revit possui uma ferramenta específica para as rampas. Dica: rampas de acessibilidade de calçadas, bem como para acesso de veículo para garagens devem ser feitas com inclinação de pisos e não coma ferramenta rampa.

Figura 73. Aba Contextual Rampa e Barra de Opções

Para inserir uma rampa devemos estar em uma vista de planta e acionar a ferramenta que fica na aba arquitetura – grupo circulação. Há apenas uma opção na ferramenta, ao acioná-la a área de modelagem fica preparada para a inserção do caminho da rampa. O usuário irá desenhar o caminho central da rampa, caso queira fazer patamares basta clicar para finalizar o primeiro lance e reiniciar em algum ponto à frente para continuar. Automaticamente o Revit informa quanto falta de comprimento para que a rampa alcance o pavimento acima. VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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Figura 74. Rampa sendo inserida Figura 75. Menu Propriedades

As modificações da instância são feitas no menu propriedades, porém, para alterar o tipo da rampa deve-se editar o tipo seguindo o processo padrão de duplicação e renomeação. A inclinação da rampa é uma definição de tipo e assim deve ser mantida para que não haja problemas de rampas de características iguais com inclinações diferentes. Símbolos e informações são inseridas automaticamente.

Figura 76. Caixa de diálogo edição de tipo

ESCADAS Desde a versão 2013 o Revit possui duas ferramentas de inserção de escadas, a “por desenho” e a “por elemento”. A primeira se determina o percurso da escada e ela é construída, caso seja necessário patamares, basta arrastar os degraus no local desejado que ele será feito. Na ferramenta “por elemento” o desenho é divido por partes, isto é, desenha-se os lances, depois, os patamares. Ambas as ferramentas são boas e podem ser utilizadas em qualquer situação. VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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Figura 77. Aba Contextual Escada por elemento

Figura 78. Aba Contextual Escada por croqui

A inserção da escada através da opção por croqui é semelhante à rampa, porém, serão informados os degraus faltantes até o nível acima. O mesmo acontece com a escada “por elementos”, porém, nela só se desenha os lances. As configurações da escada são as seguintes:

Figura 79. Menu propriedades Escada por elemento

Figura 80. Menu propriedades Escada por croqui

Para modificar as características da escada devemos entrar no editor de tipos, essas configurações são as mesmas para os dois tipos de escada. Nas escadas feitas pelo método “por elemento”, cada parte dela é formada por um tipo, isto é, o lance e o patamar são tipos que, juntos, formarão o tipo de escada desejado. Sendo assim, é interessante aprender a modificar os elementos no tipo de escada feita “por croqui”, onde vemos todos os parâmetros, depois, podemos criar os tipos separados do método “por elemento”.

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Figura 81. Caixa de diálogo Propriedades do tipo

Os elementos formadores da escada são definidos diretamente na caixa de diálogo de propriedade de tipo. A única informação que é modificada fora da caixa é a regra de cálculo, aquela que define como serão calculados a altura do espelho e a profundidade dos pisos.

Figura 82. Caixa de diálogo calculador de escadas

Figura 83 Resumo de criação de fórmula geral de escadas

Para facilitar, criei para os meus alunos uma fórmula que atende às duas normas ABNT que tratam de escadas, a NBR 9050 e a NBR 9077, além da fórmula de Blondell, base para o cálculo de conforto para escadas. Abaixo o resumo: As escadas, quando inseridas, não possuem numeração de degrau, apenas a informação de subida ou descida, assim, na aba anotar – grupo identificadores – ferramenta Número do piso, podemos inserir de forma automática a numeração dos pisos. O tipo de fonte pode ser editado escolhendo-se o tipo de fonte desejado no menu de propriedades.

Figura 84. Anotação de números de pisos

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FAMÍLIAS: INSERÇÃO As famílias do Revit são os blocos do AutoCAD. Esta é a definição mais rápida para o entendimento do conceito para aqueles usuários que vieram de longa experiência com o CAD.

CONCEITO DE FAMÍLIA Uma família é um grupo de elementos com um conjunto de propriedades comum, chamado de parâmetros, e uma representação gráfica relacionada. Os diferentes elementos de uma família podem ter valores diferentes para alguns ou todos os parâmetros, mas o conjunto de parâmetros (seus nomes e significados) é o mesmo. Essas variações na família são chamadas de tipos de família ou tipos. Por exemplo, as categorias Mobiliário inclui famílias e tipos de famílias que podem ser utilizadas para criar diferentes peças de mobiliário, como mesmas, cadeiras e gabinetes. Mesmo que essas famílias sirvam a diferentes propósitos e sejam compostas de diferentes materiais, elas possuem uma utilização relacionada. Cada tipo na família tem uma representação gráfica relacionada com uma família específica e um conjunto de parâmetros idênticos, chamados de parâmetros de tipo de família. Quando um elemento é criado em um projeto com uma família e tipo de família específicos, uma instância do elemento é criada. Cada instância do elemento possui um conjunto de propriedades, nas quais é possível modificar alguns parâmetros do elemento independente dos parâmetros de tipo de família. Essas modificações se aplicam somente à instância do elemento, o único elemento no projeto. Se fizer qualquer alteração aos parâmetros do tipo de família, as modificações se aplicarão para todas as instâncias do elemento que foram criadas com aquele tipo.

DIFERENTES TIPOS DE FAMÍLIAS Existem três tipos de família no Revit. 

Famílias do sistema

Famílias carregáveis

Famílias no local A maioria dos elementos que são criados em seus projetos são famílias do sistema ou famílias

carregáveis. As famílias carregáveis podem ser combinadas para criar famílias aninhadas e compartilhadas. Elementos fora do padrão ou personalizados são criados utilizando famílias no local.

FAMÍLIAS DO SISTEMA As famílias do sistema criam elementos de construção como paredes, tetos, forros, pisos, e outros elementos que são montados em uma local de construção. As configurações do sistema, que afetam o ambiente do projeto e incluem tipos para níveis, eixos, folhas de desenho e viewports também são famílias do sistema.

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As famílias do sistema são predefinidas no Revit. Você não as salva em projetos a partir de arquivos externos, nem as salva em localizações externas ao projeto. Para criar paredes e não sobrecarregar o template, pode-se criar arquivos separados com vários tipos de paredes pré-definidos, os quais, posteriormente, podem ser levados a um projeto em andamento através de cópia (Ctrl+C + Ctrl+V).

FAMÍLIAS CARREGÁVEIS Famílias carregáveis são famílias utilizadas para criar componentes de construção e de alguns elementos de anotação. As famílias carregáveis criam os componentes de construção que normalmente seriam comprados, entregues e instalados em uma construção, como janelas, portas, gabinetes, materiais, mobiliário e vegetação. Elas também incluem alguns elementos de anotação que são rotineiramente personalizados, como símbolos e blocos de margens e carimbo. Devido a sua alta natureza de personalização, as famílias carregáveis são famílias que podem ser criadas e modificadas de forma comum no Revit. Diferente de famílias do sistema, as famílias carregáveis são criadas em arquivos RFA externos e importadas ou carregadas em seus projetos. Para famílias carregáveis que contêm muitos tipos, você pode criar e utilizar catálogos de tipos, que permitem carregar somente os tipos necessários para um projeto.

FAMÍLIAS NO LOCAL Os elementos no local são elementos únicos que você cria quando precisa criar um componente único que é específico ao projeto atual. Você pode criar a geometria no local para que ela referencie oura geometria do projeto, redimensionando ou ajustando de acordo se a geometria referenciada muda. Quando você cria um elemento no local, o Revit cria uma família para o elemento no local, que contém um único tipo de família. A criação de um elemento no local envolve muitas das mesmas ferramentas do Editor de família utilizadas ao criar uma família carregável. Nesta aula vamos ver apenas as famílias carregáveis e as modeladas no local. A edição das famílias carregáveis será vista na próxima aula.

INSERINDO FAMÍLIAS CARREGÁVEIS Este tipo de família se assemelha aos blocos CAD que são arquivos separados daquele em que estamos trabalhando. São semelhantes à opção Write Block do AutoCAD. As famílias carregáveis são denominadas componentes na aba Arquitetura (Home), grupo Construir, ferramenta Componente, há duas opções Inserir ou Modelar no local. A opção inserir irá abrir a opção de inserção de componentes já carregados no modelo. Escolha o componente desejado no menu de propriedades como se fosse um tipo de parede, piso ou forro e insira no local desejado. Com as ferramentas de edição mova, rotacione ou alinhe o componente no local desejado no modelo.

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Figura 85. Aba Arquitetura - Grupo Construir - Ferramenta Componente

Caso o componente não exista na lista de tipos é necessário carregar a família desejada. Existem duas opções, a primeira é na própria aba contextual da ferramenta inserir componente. No canto direito há uma ferramenta carregar família, clique nela e o Revit abrirá uma caixa de diálogo para que você procure no explorer onde está a família desejada. Por definição o Revit abrirá na pasta de famílias default, porém, se esta página não existir deve-se criar um atalho para uma pasta conhecida onde os componentes estão salvos.

Figura 86. Ferramenta Inserir Componente aberta

A segunda opção é através da aba Inserir, grupo carregar biblioteca, ferramenta Carregar família. O Revit levará para a mesma caixa de diálogo do caminho anterior.

Figura 87. Carregando Famílias através da aba Inserir

Figura 88, Caixa de Diálogo: Carregar Família

CRIANDO UMA NOVA FAMÍLIA NO PROJETO Esta opção de criação de família gera uma família que é modelada dentro do projeto em andamento. Se compararmos ao CAD seria um bloco interno, como um móvel específico, um conjunto estrutural ou coisa do tipo que só seria utilizado naquele projeto. VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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Os componentes criados desta forma não podem ser levados para outro modelo, sendo assim, a ferramenta servirá para criar elementos únicos para aquele projeto. Após o acionamento da ferramenta na aba arquitetura, grupo construir, ferramenta componente, opção modelar no local, o Revit abrirá uma caixa de diálogo onde o usuário deverá escolher que tipo de componente será modelado, isto serve para que o programa possa classificar o objeto, para posteriores edições como esconder ou esmaecer uma categoria inteira. É como se escolhesse a camada do objeto no CAD.

Figura 89. Opção de Ferramenta: Modelar no Local

Figura 90. Caixa de Diálogo: Categoria e Parâmetros de Família

Após a escolha da categoria, o Revit pedirá para que você escolha um nome para aquele componente. Isto servirá para você acha-lo no seletor de tipos de componentes caso queira inseri-lo novamente.

Figura 91. Caixa de Diálogo: Nome

Figura 92. Abas para modelagem de família

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Terminada esta fase o Revit mudará a área de trabalho. As faixas tradicionais serão modificadas e aparecerá uma aba diferente denominada CRIAR. Nesta aba estarão as ferramentas de modelagem, como: 

Extrusão: utilizada para criar sólidos através da extrusão de formas bidimensionais. Para utilizar a ferramenta, acione-a no ícone, a faixa de ferramentas mudará para inserir a aba de modificação contextual. Crie um desenho 2D através das ferramentas e no menu de propriedades defina aa alturas inicial e final de extrusão. Conclua a extrusão no botão de confirmação.

Mesclar: Funciona de forma semelhante ao comando anterior, porém, deve-se criar duas formas bidimensionais. O Revit fará a modelagem entre as duas formas.

Revolver: funciona de forma semelhante ao CAD, isto é, desenha-se um perfil e escolhe-se um eixo para que este perfil circule e modele a forma.

Varredura: Cria uma extrusão que acompanhará um perfil desejado. Nesta opção a forma 2D será extrudada de início ao fim.

Mescla com varredura: Fará a extrusão moldando a forma das faces entre a forma da base e a forma do topo, acompanhando o caminho desejado.

Formas de vazio: Modela formas que serão lidas como negativos, isto é, exclusões para criar vazios. Além destas ferramentas aparecerão abas e grupos já conhecidos, porém, com arranjos diferentes

e número reduzido. O usuário deverá criar o modelo utilizando-se destas ferramentas e, ao achar que está concluído, clicar no símbolo verde de conclusão de modelagem, caso queira cancelar, basta clicar no X vermelho. Assim está criado um componente modelado no local.

FAMÍLIAS: EDIÇÃO Na aula de hoje vamos aprender a modificar aquelas famílias que são alvas fora do arquivo template, isto é, os componentes ou famílias carregáveis (são a mesma coisa). No Revit esta modificação é feita no editor de famílias. O editor de famílias é uma forma reduzida do Revit. A interface muda para que as abas tenham apenas as funções necessárias para a modelagem do componente. Com cotas e restrições se consegue criar parâmetros para a modificação dos componentes dentro dos modelos do projeto principal.

ABRINDO O EDITOR DE FAMÍLIAS Existem três formas de abertura. A primeira é através da página inicial do Revit, abaixo do conjunto de arquivos recentes. A segunda é através do botão de aplicações (R grande que fica no canto superior esquerdo da tela) através da opção Novo – Família. Desta forma também podemos escolher as famílias de anotação (bloco de margens ou símbolos e anotações) que são famílias de elementos 2D de simbologia e anotações de projeto do Revit. A terceira forma de acesso ao editor de famílias é através da área de modelagem

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do projeto. Quando se seleciona um componente aparecerá uma aba contextual com a ferramenta editar família. Basta clicar nela que o Revit mudará para a interface do editor.

Figura 93. Grupo do editor de famílias na página inicial do Revit

Figura 95. Ferramenta Editar Família da aba contextual de componente

Figura 94. Menu Novo do botão de aplicações

COMO CRIAR UMA FAMÍLIA A PARTIR DO ZERO Antes de criar uma família vamos relembrar os termos que utilizamos no Revit. 

Projeto: é o todo formado pelo modelo geométrico e as informações demonstrados em plantas, cortes, elevações, tabelas etc.

Categoria: é a estrutura a qual contém os elementos que serão colocados no Revit. É como o Revit organiza os elementos e os relaciona entre si, por exemplo, como uma porta interage com uma parede, para isso o Revit precisa saber que o elemento que está representando uma parede deve estar na categoria paredes e o que está representando a porta deve estar na categoria portas, se não for assim, eles não se relacionarão como tal (a porta, na inserção, não cortaria a parede, por exemplo).

Família: similar aos blocos do AutoCAD, é a geometria que representa o elemento.

Tipo: é a variação de uma família sem que haja necessidade de criação de uma nova família, por exemplo, uma porta de madeira com abertura de giro simples pode ter as variações (tipos) de largura e altura.

Instância: é o elemento inserido no projeto. VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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Quando acionamos o editor de famílias a partir da página inicial ou do botão de aplicações o Revit abre uma caixa de diálogo onde encontraremos arquivos modelo para todas as categorias de elementos de projeto. Devemos escolher, portanto, aquele arquivo que servirá para criar o elemento desejado, ou aquele que mais se aproxima.

Figura 96. Caixa de diálogo de seleção de arquivo modelo para família

Caso queira saber quais são as categorias que o Revit possui, vá para a aba Vista – grupo Gráficos – Ferramenta Visibilidade/Gráficos (atalho VG). O Revit abrirá a caixa de diálogo da Figura 97. Lembramos que a lista de categorias não pode ser modificada, nem para acrescentar, nem para tirar categorias.

Figura 97. Caixa de diálogo da visibilidade de gráficos

INTERFACE DO EDITOR DE FAMÍLIAS Semelhante à interface de projeto no editor de família é apenas mais simples, a aba home deixa de existir, dando lugar à aba “Criar”, onde estão as ferramentas de modelagem listadas na aula passada, que repetiremos aqui para fixação: 

Extrusão: utilizada para criar sólidos através da extrusão de formas bidimensionais. Para utilizar a ferramenta, acione-a no ícone, a faixa de ferramentas mudará para inserir a aba de modificação contextual. Crie um desenho 2D através das ferramentas e no menu de propriedades defina aa alturas inicial e final de extrusão. Conclua a extrusão no botão de confirmação. VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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Mesclar: Funciona de forma semelhante ao comando anterior, porém, deve-se criar duas formas bidimensionais. O Revit fará a modelagem entre as duas formas.

Revolver: funciona de forma semelhante ao CAD, isto é, desenha-se um perfil e escolhe-se um eixo para que este perfil circule e modele a forma.

Varredura: Cria uma extrusão que acompanhará um perfil desejado. Nesta opção a forma 2D será extrudada de início ao fim.

Mescla com varredura: Fará a extrusão moldando a forma das faces entre a forma da base e a forma do topo, acompanhando o caminho desejado.

Formas de vazio: Modela formas que serão lidas como negativos, isto é, exclusões para criar vazios.

Figura 98. Aba criar do editor de famílias

O navegador de projeto muda e as plantas de pavimentos são trocadas pelo nível de referências. As elevações deixam de ser em pontos cardeais para serem denominadas frente, costas, esquerda e direita. Há uma ferramenta, a ultimado lado direito denominada carregar no projeto, durante a elaboração da família podemos, ao término da modelagem ou a qualquer momento para que se faça testes, carrega-la no projeto principal clicando nesta ferramenta. O plano de referência sempre vai mostrar uma cruz formada por planos de referência. Não apague estes planos, eles são a referência do ponto de inserção do componente. E a partir dele você pode criar a modelagem e ancorar cotas e restrições.

Figura 99. Navegador de projeto do editor de família

Figura 100. exemplo de componente no plano de referência do editor

ADICIONANDO PARÂMETROS E RESTRIÇÕES Após a modelagem do componente podemos criar parâmetros que serão modificados após a sua inserção no projeto. Os parâmetros poderão ser de tipo (caso seja modificado todos os componentes daquele tipo serão modificados ao mesmo tempo), ou de instância (apenas aquele elemento selecionado sofrerá modificações). VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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Os parâmetros são colocados após a seleção de uma cota. Para isso, vá na aba anotar e escolha a ferramenta cota alinhada. Cote o elemento desejado de acordo com a forma com a qual você deseja que o elemento reaja após a modificação de parâmetros. Na barra de opções escolha Adicionar parâmetros. O Revit abrirá uma caixa de diálogo onde você poderá escolher se o parâmetro será de tipo ou de instância. Escolha e depois defina o nome do parâmetro. Este será o título do parâmetro ou no editor de tipos ou no menu de propriedades. Caso você queira que componentes do modelo não se modifiquem, deve mantê-los bloqueados, isto é, insira uma cota e depois clique no cadeado para fechá-lo, desta forma, mesmo o Revit modificando o tamanho do objeto todo, aquele elemento manterá a distância travada. Como exemplo podemos citar a distância da fechadura em uma porta ou a altura de uma bancada.

Figura 101. Barra de opções para adiconar parâmetro

Figura 102. Caixa de diálogo Propriedades de parâmetro

MODIFICANDO A VISUALIZAÇÃO DOS OBJETOS O Revit possui 3 níveis de representação gráfica controladas na barra de visualização. O nível Baixo (Coarse), o nível Médio (Medium) e o nível Alto (Higher). Eles controlam a quantidade de informação mostrada para cada elemento componente do modelo naquela vista. Na construção das famílias pode-se informar quais os elementos serão mostrados em quais vistas e em quais níveis de detalhamento. Para isso devemos acionar a ferramenta

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Figura 103. Barra de visualização - Nível de detalhamento de vista

Figura 104. Menu de propriedades - acionando o controle de visibilidade

Para controlar a visibilidade basta selecionar os elementos desejados e informar ao Revit na caixa de diálogo que é aberta após se clicar no botão editar do menu propriedades, quais as vistas onde aqueles elementos serão mostrados e em quais níveis de detalhamento.

Figura 105. caixa de diálogo de configuração de visibilidade de elementos de família

Com estes controles podemos ter um elemento modelado em 3D com poucos elementos, deixando-o leve, porém, quando se tem uma visibilidade em escala maior podemos ter um desenho mais elaborado, como detalhamentos em escala 1/10, por exemplo.

AMBIENTES, CORES E ÁREAS O objetivo de hoje é nomear os ambientes criados após a inserção de paredes. Para o Revit, os ambientes são delimitados apenas por paredes, por isso, existe a ferramenta de divisão de ambientes, que é uma linha que servirá como delimitador da área que pode ser uma divisão de um ambiente maior ou a criação de uma área externa apenas com pisos. Os indicadores de ambientes podem informar não só o nome do local, mas também, sua área, perímetro e volume, para isso devemos ajustar o componente identificador de ambiente. Nesse ajuste podemos modificar não só os rótulos das informações a serem mostradas, mas as características gráficas d identificador (tipo de fonte, tamanho da fonte, elemento gráfico que irá destacar o nome etc.). Os ambientes podem ser representados por cores que podem mostrar cada ambiente com uma cor diferente ou por setores, para isso, devemos configurar os modelos de configuração destas legendas de cor.

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Figura 106. Aba Arquitetura - Grupo Ambiente e área

As áreas informadas nos identificadores são as áreas internas dos ambientes, isto é, excluem-se as áreas dos elementos de divisão de ambientes. Para o cálculo das áreas de venda e de construção o Revit possui uma ferramenta específica que irá criar formas de cálculo e fará isso em vistas de planta separadas (semelhante às vistas de planta de forro). Partamos para os roteiros de ferramentas que irão fazer tudo o que falamos aqui.

INSERINDO NOMES NOS AMBIENTES Após a criação do ambiente com as paredes limite, devemos incluir o identificador de ambiente através da ferramenta Ambiente (atalho de teclado RM) localizada na aba arquitetura, grupo ambiente e área. Para inserir basta clicar dentro de um ambiente e escolher o local de inserção do identificador de ambiente.

Figura 107 Inserção de Identificador de ambientes

Figura 108 Ambientes com seleção após inserção de divisor de ambiente

Caso o identificador não seja aquele desejado, basta mudá-lo no seletor de tipos do menu de propriedades. Se o usuário apagar por engano o identificador de ambiente isso não quer dizer que o Revit apagou o ambiente. Ele ainda existe (aproxime o mouse do local onde estava o identificador e o “X” indicador do ambiente surgirá). Para recolocar o identificador utilize a ferramenta Identificar Ambiente que fica no mesmo grupo da ferramenta anterior. Essa ferramenta possui duas opções, identificar apenas um ambiente ou todos aqueles que estão apagados de uma só vez. Quando se opta pela opção de múltiplas marcações, devemos escolher na caixa de diálogo apenas a opção Identificador de ambientes, assim, o Revit irá ler o arquivo e irá por identificadores de ambiente em todos aqueles que estejam sem a família. VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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DIVIDINDO AMBIENTES Para dividir ambientes basta inserir uma quebra. A ferramenta encontra-se na Aba Arquitetura – Grupo ambiente e Área – Ferramenta Separador de Ambiente. Basta clicar e desenhar uma linha entre as áreas desejadas. Deve-se lembrar que os dois, ou mais, ambientes criados devem ter limites definidos por paredes ou outras linhas de divisão, só assim o Revit reconhecerá as áreas como ambientes e poderá demarcar com identificadores de ambiente.

Figura 109. Inserindo divisor de ambiente

Para áreas como varandas delimitadas por guarda-corpos e pisos externos devemos criar um polígono que abranja os limites desejados para a demarcação. Para isso devemos construir mais de uma linha de divisão, tantas quantas forem necessárias para se criar o polígono fechado.

ESQUEMAS DE COR Os ambientes podem receber uma forma de identificação por cores que podem representar qualquer informação desejada, como: tipo de atividade, tipo de área (seca ou molhada; íntima ou social) etc. Para isso devemos utilizar o esquema de cores, uma legenda que irá incluir os ambientes em determinada forma de organização. A ferramenta deve ser configurada clicando-se na seta ao lado do nome do grupo Ambiente e Área e escolher a ferramenta esquema de cores. Na janela aberta devemos escolher a categoria que servirá de base para a lista e no quadro ao lado qual será a forma de união das cores (nome, uso etc.).

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Figura 110. Planta com esquema de cores e legenda

Uma lista com os nomes dos ambientes surgirá e poderemos modificar os parâmetros de visibilidade, cor e padrão de preenchimento. O quadro visualizar mostra como ficará o padrão de preenchimento com a cor desejada e a coluna em uso mostra se o ambiente está em uso ou não no modelo.

Figura 111. Escolha do tipo de esquema de cores

Figura 112. Caixa de diálogo de edição do esquema de cores

Para inserir a legenda de cores basta ir na aba “Anotar” ou na aba “Analisar”, no grupo preenchimento de cores e escolher a ferramenta Legenda de Preenchimento de Cores que surgirá a legenda de cores para ser incluída no desenho.

Figura 113. Edição de Legenda

Figura 114. Grupo preenchimento de cores

CÁLCULO DE ÁREAS O Revit possibilita o cálculo de áreas dos projetos, porém, não é de forma automática igual à área dos ambientes, pois nesta ferramenta o objetivo é calcular as áreas complexas do objeto, isto é, áreas de venda, de construção total, área construída para cálculos de índices urbanísticos etc. A regra é escolher um método de cálculo de áreas (Rentable – área de venda; ou Gross Building – área total construída) e acionar a ferramenta área. Uma caixa de diálogo surgirá para que se escolha uma das

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vistas de planta para se criar uma cópia. Esta será incluída em uma nova seleção denominada Coordenação no navegador de projeto. Lá serão classificadas as vistas de planta com áreas de venda e de construção. Podemos criar novas regras de cálculo a partir da ferramenta Cálculos de área e Volume localizada no menu de rolagem do grupo Ambiente e Área da aba arquitetura. Lá escolhemos o método e damos um nome para a nova regra, que poderá ser escolhida no momento que se criar a nova planta.

Figura 116, Caixa de diálogo para escolha de tipo de regra e vista de planta

Figura 115. Ferramenta área

Após a escolha da planta surgirá um aviso perguntando se o usuário deseja criar os limites de área de acordo com as regras selecionadas ou não. Caso se selecione o Sim, o Revit colocará o perímetro de área (face externa do perímetro do edifício para o gross building e a face interna do perímetro do edifício para a rentable). Caso se escolha o Não, pode-se escolher qual será o perímetro de área, para isso recorre-se à ferramenta Limites de Área do mesmo grupo das demais. Deve-se tomar o cuidado de acionar, ou não, a opção Aplicas regras de área na barra de opções, se ela estiver acionada o Revit irá utilizar as regras pra inserir o limite, se não, o limite será aquele elemento escolhido pelo usuário.

Figura 117. Inserindo a área e o seu identificador

Figura 118. Planta com limites de área vendável (rentable)

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ANOTAÇÕES Nesta aula veremos como podemos inserir anotações em nossos projetos. Veremos os seguintes itens: 

Cotas. Como indicar as cotas do projeto em plantas e cortes. Cotas de níveis em plantas e cortes. Cotas de elementos curvos e não ortogonais.

Textos de especificação. Como inserir linhas de chamada para especificação dos materiais de construção e acabamento. Como inserir textos explicativos nos modelos.

Tags de identificação de materiais. Como identificar automaticamente os materiais e inserir elementos que servirão como símbolos de uma legenda de especificação.

Tabelas. Quantitativos, esquadrias, área, enfim, tabelas que incluem os dados necessários para a execução do projeto.

Legendas. Tabelas que explicam os símbolos e códigos inseridos no projeto.

Pranchas. A configuração das folhas das pranchas de desenho que serão impressas para serem levadas para a obra.

Selos. Componentes que servem para inserirmos os dados para a informação do projeto e desenhos inseridos na prancha. As anotações são famílias de elementos bidimensionais (2D) que servem para informar sobre

acabamentos, medidas, alturas, inclinações etc. Elas funcionam apenas em vistas ortogonais ou na perspectiva quando travada. Informam sobre dados que são inseridos quando criamos os tipos dos elementos com os quais modelamos. Para efeito didático iremos dividir a aula em três partes, a primeira será sobre como inserir informações no projeto através de linhas de chamada e incluirá cotas, textos de especificação e tags de identificação. O segundo grupo irá mostrar como se trabalha com as tabelas e legendas, pois são elementos de anotação que geram tópicos no navegador de projeto e funcionam de forma semelhante. O terceiro grupo tratará das pranchas de desenho, abrangendo os assuntos prancha e selos.

ANOTAÇÕES As anotações que podem ser inseridas no Revit estão concentradas na aba específica para o assunto, denominada Anotar.

Figura 119. Aba Anotar

Esta aba está subdividida em grupos (cota, detalhe, texto, identificador, preenchimento de cores e símbolos). Veremos cada um dos grupos de acordo com o andar desta aula. VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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COTAS O primeiro grupo a se tratar é o Cota. Nele encontramos as formas que o Revit pode medir um objeto ou um espaço entre objetos. A cota no Revit é semelhante ao autoCAD apenas na nomenclatura das formas de cota, o funcionamento de como podemos inseri-las é diferente. Temos as opções:

Figura 120. Grupo Legenda

Alinhada: utilizada para cotas da maioria das situações de arquitetura. Cria linhas de cota alinhadas ao elemento selecionado. Não faz cotas de elementos fora do esquadro. Para se cotar esses elementos devemos selecioná-lo e transformar a cota temporária em definitiva clicando no símbolo de cota que surge abaixo da linha de cota temporária. Possui mais formas de inserir cotas, podendo selecionar faces ou núcleos de paredes. Pode ser configurada para selecionar paredes inteiras também.

Linear: cotas que criam linhas horizontais ou verticais, independentemente da forma como os elementos estão alinhados. Cotas a partir de pontos.

Angular. Cota ângulos entre elementos selecionados. Seleciona-se linhas formadoras dos limites dos objetos a serem cotados.

Radial. Cota os raios dos elementos. Seleciona-se a linha do perímetro do objeto que se deseja cotar.

Diâmetro. Cota o diâmetro do objeto selecionado.

Comprimento de arco. Cota o comprimento do arco do objeto curvo selecionado. Para cotar desta forma deve-se selecionar os fechamentos da parede.

Elevação de ponto. Informa a cota de nível de um ponto específico da superfície. Apesar de cotar o nível, não é a forma mais correta de se fazer essa anotação. Serve para informações de pontos específicos de terrenos irregulares.

Coordenada de ponto. Informa a coordenada geográfica do ponto específico selecionado. É melhor utilizada quando o projeto está georreferenciado.

Inclinação de ponto. Informa a inclinação do ponto a ser cotado. Após a escolha da forma de cotar os objetos podemos escolher o tipo de cota a ser utilizada. Para

isso devemos escolher o tipo de cota no menu de propriedades. Caso não exista um tipo de cota da forma desejada, deve-se editar o tipo, duplica-lo e criar um novo com o nome e as características desejadas configuradas no quadro da Figura 121.

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Figura 121. Caixa de diálogo de edição de tipo de cota

Nesta caixa encontram-se três grupos de edição: gráficos, texto e outros. No grupo “gráficos” editam-se as características da linha de cota, como: tamanho, espessura, tipo de marcador, distância da linha de chamada em relação ao objeto cotado etc. No grupo texto editam-se as características do texto, como: tamanho, fonte, tipo de unidade, distância em relação à linha de cota etc. No último grupo, o outros, editam-se características relacionadas à ferramenta igualdade das cotas do Revit.

IDENTIFICADORES Os identificadores são as linhas de especificação do Revit. Com eles podemos criar e inserir os códigos de informações de diversos materiais e elementos inseridos no projeto.

Figura 122. Grupo identificadores

Existem dois grupos de identificadores:

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Identificadores: inserem símbolos ou linhas de chamada com especificação de elementos ou materiais. Suas ferramentas são: o

Identificar por categoria. Identifica elementos por categoria, isto, é, paredes, pisos, forros etc. Não por famílias ou tipos.

o

Identificar todos. Identifica todos os elementos de todas as categorias selecionadas caso eles não estejam aparecendo no desenho.

o

Anotações de viga. Cria identificação de vigas inseridas no modelo.

o

Múltiplas categorias. Identifica qualquer categoria com o mesmo tipo de símbolo.

o

Identificador de materiais. Identifica os materiais apontados. Neste caso, informa o nome do material utilizado para a montagem do elemento. A mudança do nome deve ser feito no editor de materiais.

Nota-chave: informa qual o código (nota-chave) do elemento em uma determinada tabela de código de composições (SINAPI e TCPO são exemplos destas tabelas de composições). As notas-chave podem ser de elemento, material ou do usuário. Os identificadores são famílias de anotações, isto é, são arquivos externos que estão armazenados

juntamente com os arquivos modelo para famílias de componentes, dentro da pasta anotações. Caso o Revit acuse a ausência de arquivo para aquela identificação, o usuário deve ir a pasta e selecionar o identificador específico para aquela chamada.

Figura 123. Caixa de diálogo Identificadores Carregados

Figura 124. Caixa de diálogos Identificadores carregados com escolha de Identificador de uma categoria

Figura 125. Caxa de Diálogo para carregar família

Figura 126. Arquivos armazenados na pasta anotações

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No caso das notas-chave, o arquivo solicitado é um arquivo em formato .txt onde estará construída a árvore de códigos de composições. Este arquivo, normalmente, está localizado na pasta de arquivos modelo de famílias de componente. Caso não haja arquivo, o usuário deverá criar ou gravar um arquivo deste tipo para que seja utilizado como base.

Figura 127. Ferramentas de Notas-chave

Figura 128. Caixa de diálogo para configurações de notaschave

TEXTOS Para o Revit, o textos explicativos são considerados como uma família de sistema. Para se criar um novo tipo de texto devemos copiar um existente e configurá-lo de acordo com as características desejadas. Deve-se lembrar que todas as medidas na caixa de diálogo de edição são para o resultado final do texto, isto é, a impressão na prancha, daí, as medidas são em milímetros. Caso se queira fazer uma anotação de especificação de material, por exemplo, deve-se configurar o texto para ter uma altura de 2,00mm (dois milímetros), que é a altura da régua 80 das réguas de normógrafo (base de referência da norma ABNT para representação de projetos de arquitetura).

Figura 129. Grupo texto

Figura 130. Aba contextual texto

A ferramenta texto possui o atalho de teclado TX. Após o seu acionamento o cursos muda de uma seta para uma cruz com a letra A ao lado, pedindo o primeiro ponto de inserção do texto. Clique no local desejado para inserir o texto e depois escreva o desejado. Ao acionar a tecla ENTER o Revit criará outra linha. Para terminar o texto bastar clicar fora da caixa de texto, teclar ESC ou clicar na ferramenta selecionar na aba.

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Figura 132. Menu propriedades - Textos Figura 131. Propriedades do tipo - Textos

Figura 134. Texto com linha de chamada curva

Figura 133. Escrevendo texto

Para o alinhamento utilize as ferramentas na aba contextual. Os textos podem ter linhas de chamada e estas podem ser configuradas para ficar em determinados pontos da caixa de diálogo, basta configurar nas ferramentas de texto da aba contextual. Para a linha chamada ficar curva ou reta devemos mudar o primeiro parâmetro de instância do menu de propriedades do texto. Os demais parâmetros mudam a forma como o texto e a linha de chamada se comportam.

SÍMBOLOS Os símbolos são famílias de anotação, isto é, estão fora do sistema e devem ser carregadas para serem inseridas nas vistas. A diferença entre um símbolo e uma cota ou identificador é que os parâmetros dos elementos não serão lidos automaticamente. Como exemplo cito o caso do símbolo de nível de piso e a cota de elevação de piso; o resultado é o mesmo, porém, a cota de elevação de piso já informa o valor do nível, enquanto o símbolo precisará da edição do texto do parâmetro de instância para que se informe o nível desejado. Com os símbolos podemos inserir as representações de Norte de projeto, escalas gráficas, indicação de acessos, setas de sentido de escadas, rampas e acessos de veículos etc. Podemos criar novos símbolos com o editor de famílias com o arquivo modelo de família mais próximo daquilo que queremos representar. Após a criação podemos carregar a família através da ferramenta “carregar família” localizada na aba Inserir. VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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TABELAS E LEGENDAS Tabelas e legendas funcionam como vistas para o Revit, portanto, não veremos elas inseridas em uma vista como a legenda de cores. Após a criação de uma tabela ou de uma legenda, aparecerão seus nomes no navegador de projetos. Para as inserir nas pranchas o processo é semelhante às vistas, basta arrastar para a prancha desejada e elas serão inseridas.

TABELAS Localizada em duas abas diferentes, a ferramenta tabela pode ser acionada pela aba “Analisar”, grupo Relatórios e Tabelas, ferramenta Tabelas/Quantidades, ou pela aba “Vista”, grupo Criar, Ferramenta Tabela, opção Tabelas/Quantidades. A opção de caminho pela aba vista possibilita também achar a ferramenta de tabela de quantidade de materiais, na aba analisar só poderá ser criada a tabela de quantidade de elementos.

Figura 135. Aba analisar

Figura 136. Aba Vista com ferramenta Tabelas aberta mostrando as opções

Após o acionamento da ferramenta o Revit abrirá uma caixa de diálogo para a configuração da tabela. Esta caixa possui 5 (cinco) abas, cada uma com um grupo de configurações, são elas: 

Campos: nos campos definimos quais os campos que farão parte da tabela. São os nomes das informações das colunas. Após a seleção dos campos deve-se organizá-los através dos botões “mover para cima” e “mover para baixo” localizado abaixo da lista de campos tabelados. Quanto mais acima, mais à esquerda a coluna ficará na tabela.

Filtro: determina as regras de filtragem dos dados selecionados no modelo. Podem ser restrições ou aglutinações, depende do parâmetro de filtro selecionado. Os parâmetros funcionam relacionando o primeiro termo (seleção de uma das colunas da tabela) com o segundo termo (informação dada pelo usuário logo após o parâmetro), são: o

Igual

o

Não igual

o

Maior que

o

Maior ou igual a

o

Menor que VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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o

Menor ou igual a

o

Contém

o

Não contém

o

Inicia com

o

Não inicia com

o

Termina com

o

Não termina com

Figura 137. Propriedades da tabela - Campos

Figura 138. Propriedades da tabela - Filtro

Classificar/Agrupar. Nesta aba podemos configurar como os elementos serão listados. A ordem de classificação determina qual das colunas irá servir como parâmetro de classificação. Se vai ser em ordem crescente ou decrescente 9alfabética ou numérica dependendo do tipo de informação listada). A opção cabeçalho insere um cabeçalho antes do agrupamento, por exemplo, um conjunto de janelas do mesmo tipo poderiam ter um cabeçalho para agrupá-las e separá-las dos outros tipos. N opção linha em branco podemos colocar uma linha em branco entre os elementos listados que forem diferentes entre si, organizando a tabela. Na opção rodapé, caso marcado, podemos selecionar quais as informações que serão mostradas. Abaixo quais são: o

Título, contagem e totais

o

Título e totais

o

Contagem e totais

o

Somente totais Lembrando sempre que os totais de somatório só serão mostrados após a

configuração do campo na aba formatação. 

Formatação. Nesta aba podemos configurar como os dados serão mostrados na tabela. Podemos mudar o título da coluna (cabeçalho), o alinhamento do texto das linhas e a formatação do campo. Em campos de dados numéricos podemos acionar a opção de calcular totais, o que informará o total da soma.

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Figura 139. Propriedades da tabela - Classificar/Agrupar

Figura 140. Propriedades da tabela - Formatação

Aparência. Na última aba podemos configurar como ficarão as linhas divisórias e os textos. Após o término da edição (clicando-se no botão OK) estas configurações podem ser feitas na aba contextual de tabela.

Figura 142. Aba contextual - Tabela

Figura 141. Propriedades da tabela - Aparência

As tabelas de quantidade funcionam de forma semelhante, modificando apenas o s campos que poderão ser selecionados.

LEGENDAS Legendas também são modelos de vista como as tabelas, a diferença é que nelas podemos “carregar” as famílias de elementos que queremos exemplificar e criar as legendas necessárias para a explicação dos símbolos utilizados no projeto. Para isso, deve-se acessar a ferramenta através da aba Vista, grupo Criar.

Figura 143. Ferramenta Legenda e suas opções

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A ferramenta legenda possui as opções Legenda e Legenda de Notas-chave. A primeira possibilita a criação de qualquer tipo de legenda, já a segunda irá criar a legenda de notas-chave incluídas no projeto. A opção Legenda, quando acionada, abrirá uma área de modelagem onde o usuário deverá inserir os elementos que deseja explicar, arrastando-os da lista de famílias existentes no navegador de projetos e, posteriormente, inserir textos explicativos para cada símbolo. A opção Legenda de Notas-chave funciona de forma semelhante ás tabelas, abrindo caixas de diálogo semelhante às da tabela.

Figura 144. Área de modelagem da legenda de notas-chave

Figura 145. Caixa de diálogo para escolha de nome e escala da ferramenta Legenda

Figura 146. Área de modelagem da legenda

PRANCHAS DE DESENHO As pranchas para impressão são consideradas famílias de anotação pelo Revit, assim, devemos criar as nossas pranchas, já com os selos, e carrega-las de acordo com a nossa necessidade.

CRIAÇÃO A criação de uma nova prancha pode ser feita através da ferramenta Novo Bloco de Margens e Carimbo, localizado no menu de rolagem através do botão de aplicações (o R do canto superior esquerdo).

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Figura 147. Novo bloco de margens e carimbo

Figura 148. Caixa de diálogo para escolha do bloco de margens e carimbo

Quando se aciona a ferramenta uma caixa de diálogo se abrirá e pode-se escolher um arquivo para iniciar o desenho das margens e do carimbo. Esses desenhos são feitos com as ferramentas de desenho de linhas 2D, como os outros desenhos de detalhes já vistos. Linhas grossas, médias e finas são escolhidas no grupo subcategoria na aba contextual de desenho, que aparece após acionamento da ferramenta Linhas na aba criar.

Figura 149. Criar linha

Figura 150. Alterar espessura de linha

O carimbo pode ser desenhado junto com a prancha, ou pode ser criado separadamente e depois inserido na prancha ativa, para isso basta acionar a ferramenta inserir bloco de carimbo. As informações que serão título de células, por exemplo, os nomes: prancha, escala, proprietário, devem ser escritos com a ferramenta texto, já as informações que serão coletadas no modelo devem ser inseridas com a ferramenta legenda. Ambas estão localizadas na aba criar, grupo texto. Para a inserção de um texto basta escolher o ponto de início do texto, seu tipo e escrever o texto desejado, já com a legenda, o Revit abre uma caixa de diálogo onde pode-se escolher parâmetros para cada informação desejada. Estes parâmetros serão colhidos do modelo de projeto e dos desenhos arrastados para a prancha quando ela estiver carregada no modelo. Assim, devemos escolher cada parâmetro da coluna da esquerda e adicioná-lo ao quadro da direita. Caso não exista o parâmetro desejado, deve-se criar um novo.

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Figura 151. Ferramentas legenda e texto

Figura 152. Caixa de diálogo editar legenda - escolha dos parâmetros do carimbo

Figura 153. Escolha de novos parâmetros

INSERÇÃO Para inserir pranchas no desenho e, por conseguinte, desenhos na prancha é feita da seguinte forma. Na aba vista, no grupo, ferramenta Folha, aciona-se a ferramenta e uma caixa de diálogo surgirá para que se escolha a folha que será utilizada. Caso a folha não exista na lista, deve-se clicar no botão Carregar que levará para a pasta de arquivos modelo de família. As pranchas estão armazenadas na pasta blocos de margens e carimbos. Escolha o arquivo desejado e clique no botão abrir. O Revit volta para a caixa de diálogo de escolha da folha, já com a folha carregada na lista, escolhe-se a folha e clica-se em Ok para finalizar o carregamento.

Figura 154. Grupo composição da folha

A folha carregada irá para a lista do navegador de projeto, na seção folhas, e receberá um nome. Este nome pode ser trocado clicando-se com o botão da direita sobre o nome existente e selecionando-se a opção renomear.

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Figura 155. Caixa de diálogo escolha da folha

Figura 156. Caixa para escolha do arquivo de folha

Para inserir o carimbo, caso ele não esteja desenhado junto com a prancha, basta acionar o comando bloco de margens e carimbo e carregar a família do carimbo desejado. Depois, no seletor de tipos do menu de propriedades, escolher o carimbo desejado e inseri-lo na prancha. As informações que são coletadas pelos parâmetros já estarão carregadas. Aquelas que dependem da inserção dos desenhos serão atualizadas logo após a inserção dos desenhos. Já aquelas que necessitam de edição direta do usuário só serão atualizadas após a intervenção do mesmo. Logotipos deverão ser inseridos como imagens em formatos PNS ou JPG, ou devem ser desenhados no próprio Revit.

FASES DE PROJETO O Revit possibilita a criação de fases de projeto para que possamos representar elementos de acordo com a fase de construção. Esta ferramenta é utilizada para criar a representação de plantas de reforma e construção. A aula de hoje é especificamente para este assunto, pois o seu entendimento é complexo, já que não só o elemento possui fases, mas as vistas também. Para começar deve-se entender três aspectos sobre as fases: Qual é a fase principal do seu projeto? Como você utilizará as propriedades de fases para filtrar a representação de projeto na vista? Qual é a convenção de representação gráfica de projeto utilizada? As respostas a estas três perguntas estão nas abas da caixa de diálogo de Fases, que serão vistas a partir de agora.

Figura 157. Aba Gerenciar

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CONFIGURAÇÃO DAS FASES A configuração das fases é feita na ferramenta Fases, localizada na aba Gerenciar, grupo Fase.

FASES DE PROJETO A primeira das abas será a de configuração das fases de projeto. Nela definimos em qual fase o elemento será construído. Não é necessário criar uma fase de demolição, já que isso é feito na hora que demolimos um elemento na própria área de modelagem. Para um projeto de três fases apenas (existente, demolição e proposta) não se faz necessário mais do que duas fases (existente e proposta). Caso o projeto tenha mais de uma, por exemplo uma fase de ampliação futura, aí sim é necessário incluir mais uma fase com a denominação Ampliação ou coisa do tipo. Para criar novas fases basta clicar em Inserir e depois ajustar a localização da fase na linha de tempo. Quanto mais para cima, mais inicial é a fase, quanto mais baixa, mais próximo do final. Veja as palavras PASSADO e FUTURO informando esta condição acima do quadro de fases.

Figura 158. Caixa de diálogo de fases - aba fases do projeto

SOBREPOSIÇÃO GRÁFICA A segunda configuração a ser feita é a parte de representação gráfica dos elementos. Para diferenciar os elementos de mesma família e tipo que vão continuar existindo daqueles que serão demolidos ou construídos, devemos configurar a forma como eles serão representados nas vistas e cortes. O Revit utiliza a forma de sobreposição de linhas e padrões, que pode ser entendido como uma caneta que passa por cima do elemento naquela vista, sobrepondo a representação gráfica padrão definida na edição do tipo.

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Figura 159. Caixa de diálogo Fases - Sobreposição de gráficos

Nesta aba existem quatro status de fase: 

Existente: pode ser entendido como aquilo que já existe no local da construção, o resultado do levantamento cadastral do imóvel etc.

Demolido: aquilo que será demolido.

Novo: aquilo que será construído.

Temporário: aquilo que será construído e demolido, na mesma etapa de construção. Um exemplo para isso seriam as vedações de tapume de uma construção. Para cada um destes status devemos configurar a sua forma de representação em vista de planta

e em cortes. As configurações são para as linhas limítrofes e para os padrões de preenchimento. Quando clicamos sobre um desses campos será aberta a caixa de diálogo da Figura 160.

Figura 160. Caixa de diálogo de padrões de preenchimento

Figura 161. Caixa de diálogo gráficos de linha

Quando se clica sobre a célula do padrão será aberta uma caixa de diálogo se escolhe se o padrão será visível ou não, qual a cor e qual o padrão que será utilizado. Quando se clica sobre a célula da linha uma caixa de diálogo será aberta e escolhemos a espessura, a cor e o padrão (tipo) de linha. Escolhidas as sobreposições em cada um dos status pode-se passar para a aba de configuração de filtros de fase.

FILTROS DE FASES Nos filtros deve-se criar a forma como as informações serão lidas e interpretadas pelo programa naquela determinada vista, assim, teremos, por exemplo, o filtro para a planta de reforma, onde os elementos demolido e novos apareçam com sobreposição, isto é, demolidos amarelos com linhas tracejadas e novos com VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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linhas cheias e padrão de preenchimento vermelho. Podemos ter uma vista com elementos existentes e os novos apenas, criando a planta de situação proposta. Para essa configuração devemos mudar a forma como cada situação de status vai ser representada naquele filtro, como: 

Por categoria: da forma como foi configurado no seletor de tipo do elemento selecionado.

Com sobreposição: da forma que foi configurado na aba sobreposição de gráficos.

Não exibido: para não exibir os elementos neste status na vista.

APLICAÇÃO Deve-se lembrar que todo elemento inserido no Revit, por padrão, é uma nova construção, isto é, está na fase nova construção. Para este tipo de projeto devemos, posteriormente, definir qual a fase de construção que aquele elemento pertence, isto é, em qual fase ele será construído. Esta configuração é feita no menu de propriedades e pode ser feita antes ou depois da inserção. Para aplicar os filtros de fase sugere-se criar cópias com detalhamento das vistas desejadas. Nas cópias escolher no menu de propriedades a fase desejada, depois o filtro que será utilizado.

Figura 163. seletor de fase da vista

Figura 164. seletor de filtro da fase

Figura 162. menu de propriedades

O resultado final será mostrado na área de modelagem do projeto com os elementos surgindo de acordo com a configuração de cada filtro utilizado.

MODELAGEM DE TERRENOS Terrenos são os elementos mais difíceis de serem modelados em qualquer projeto. A forma de geometria complexa e a necessidade de fazer cortes e enchimentos muitas vezes tiram o sono de arquitetos e engenheiros quando vão projetar sobre terrenos com nivelamentos. O Revit talvez seja o software que melhor trabalhe com a modelagem de sólido. Suas ferramentas são simples e de fácil entendimento, além da fácil importação de dados vindos de equipamentos de topografia ou de arquivos CAD. VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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Esta aula tem o objetivo de apresentar as três principais formas de modelagem de solo e como podemos trabalhar a superfície após a sua criação.

INSERINDO PONTOS A primeira forma de modelar um terreno é através da inserção direta dos pontos que formarão as elevações. Para isso devemos acionar a ferramenta através da aba Massa e terreno, grupo Modelar terreno, ferramenta Superfície topográfica. Ao ser acionada, a ferramenta abre uma aba contextual onde se encontram as ferramentas para inclusão de pontos.

Figura 165. Aba Massa e Terreno

Os pontos são as elevações do terreno, assim, deve-se informar qual a altura do ponto na barra de opções, como também se a altura é absoluta ou relativa a uma determinada altura. Configurado, basta clicar na área de modelagem na vista Terreno.

Figura 166. Aba contextual

Figura 167. Barra de opções

DESENHANDO SOBRE UMA IMAGEM Como nem sempre temos tempo, nem verba para realizar um levantamento topográfico nos primeiros esboços do projeto, podemos utilizar uma imagem para criar a topografia. Para isso devemos importar uma imagem através da ferramenta Importar Imagem, localizada na aba Inserir, grupo Importar.

Figura 168. Aba Inserir, Grupo Importar

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A imagem ficará fixa no cursor, representada por uma retângulo com um “x”, esperando o ponto de inserção. Após isso, deve-se escalar a imagem para que se tenha uma dimensão aproximada ao tamanho real. A ferramenta para isso é a escala, localizada na aba Modificar, grupo Modificar, atalho de teclado RE. Devemos escolher o objeto, selecionar um ponto de referência inicial e um final, estes devem ser de uma dimensão conhecida. Após a escolha dos pontos devemos inserir a dimensão real na cota temporária que surgirá. Após o ajuste de escala, inserimos os pontos de elevação sobre as curvas da imagem importada.

IMPORTANDO UM ARQUIVO CAD Podemos criar um terreno através da seleção de um arquivo CAD ou CSV. O arquivo CSV é um arquivo de texto com pontos listados. O Revit lê o arquivo e transforma as informações em um terreno. Para o arquivo CAD, deve-se ter o cuidado de deixar as curvas de nível com as elevações no eixo Z referentes às suas cotas antes de o importar. Para utilizá-lo deve-se importar o arquivo utilizando a ferramenta “importar CAD” localizada na aba Inserir, grupo importar. Na caixa de diálogo aberta devemos selecionar o arquivo e configurar os seguintes parâmetros:

Figura 169. Caixa de diálogo Importar CAD

Cores: configura como as cores das linhas do CAD serão exibidas no Revit. Preservar significa deixar da mesma forma do CAD, inverter significa mudar as cores para o seu espectro oposto, já deixar em pretoe-branco deixará tudo monocromático na cor preta.

Camadas e níveis: pode-se determinar quais as camadas que irão ser importadas, podem ser todas, apenas as visíveis no momento do salvamento do arquivo CAD ou selecionar aquelas que serão importadas.

Unidades de importação: determina-se a unidade de medida que será utilizada para importar o arquivo. Para que não haja problemas sempre selecione m (metro). VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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Posicionamento: determina-se como o arquivo será inserido na área de modelagem do Revit. No caso dos projetos de arquitetura, o mais comum é utilizar as opções automáticas, sendo a opção centro para centro utilizada quando não nos preocupamos com a georreferência, pois levará o centro geométrico do desenho do arquivo para o centro do sistema de coordenadas do Revit; a opção origem para origem deve ser usada quando se tem o terreno georreferenciado, pois a origem do sistema de coordenadas do Revit será a origem do sistema de coordenadas do levantamento.

Colocar em: determina qual o nível onde o terreno será inserido. Utilizar sempre o nível terreno (site). Terminada a importação deve-se acionar a ferramenta Superfície topográfica, localizada na aba

Massa e terreno, grupo Modelar terreno. Dentro dela existe uma ferramenta Criar da importação onde se pode escolher se o terreno será modelado a partir de um arquivo .CSV ou a partir de uma instância CAD. Neste caso, escolhe-se “Selecionar instância de importação” (ver Figura 166). Seleciona-se a instância CAD e uma caixa de diálogo surgirá. Nela serão escolhidas as camadas que serão utilizadas para se criar a volumetria do terreno. Para finalizar basta clicar no ícone de confirmação, o tick verde.

COMPONENTES DE TERRENO Além da ferramenta de criação da superfície topográfica, existem ferramentas que ajudarão à criar elementos que se fixam à superfície. Estes são componentes com características específicas para que sejam inseridos na superfície topográfica.

COMPONENTE DO TERRENO São vegetação, veículos e figuras humanas em formato RPC que, quando inseridos sobre a superfície, serão ligados a ela.

COMPONENTE DE ESTACIONAMENTO Insere a vaga de estacionamento no terreno, acompanhando o formato da superfície topográfica. Podem ser copiadas ou arranjadas para se criar filas de vagas.

PLATAFORMA DE CONSTRUÇÃO Para criar uma laje plana em um terreno deve-se criar uma plataforma de construção. Nesta ferramenta o usuário irá criar uma linha poligonal fechada com qualquer formato em um determinado plano de trabalho, para que o Revit crie uma plataforma, incluindo ou retirando solo para que a superfície topográfica fique plana naquela região. Esta é a forma mais rápida de se criar uma área plana, porém, sempre estará vinculada a uma laje plana que pode ser modificada para assumir as características desejadas pelo usuário.

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FERRAMENTAS DE MODIFICAÇÃO DO TERRENO Para modificar a superfície do terreno o Revit apresenta algumas ferramentas de edição e de representação, explicadas abaixo.

DIVIDIR/MESCLAR SUPERFÍCIE Com esta ferramenta pode-se dividir a superfície em várias partes, para isso basta criar uma linha poligonal. As partes se tornarão independentes. Para mesclar novamente as superfícies utilizar a ferramenta “Mesclar”.

SUB-REGIÃO Semelhante à ferramenta dividir, cria-se uma área separada da superfície original, onde até podese aplicar materiais diferentes, porém, a superfície não é dividida, apenas separada.

LINHA DE DIVISA Cria a linha de divisão do terreno, ou linha de propriedade. Esta linha pode ser simplesmente desenhada ou pode ser inserida através de pontos coordenados do levantamento topográfico.

REGIÃO COM EIXOS Esta é a ferramenta onde se pode calcular a quantidade de aterro e corte do terreno. Ela cria uma segunda superfície idêntica à original e quando se faz modificações na primeira, na barra de menus, surgirá a quantidade de aterro e corte feitos e a diferença entre eles.

COTAS DE CURVA DE NÍVEL Ferramenta de representação gráfica, e por isso deve ser utilizada apenas em vistas 2D, serve para aplicar a numeração nas linhas de cotas de níveis. Para utilizá-la basta criar uma linha que corte as linhas de níveis, assim, o Revit automaticamente colocará as devidas alturas nas cotas.

IMPRESSÃO E RENDERIZAÇÃO Última parte do curso básico, nesta aula serão vistos os conceitos de renderização e impressão do Revit. A renderização é a representação do modelo em forma foto realista, isto é, o Revit irá aplicar luzes e estas refletirão nos elementos do modelo refletindo as características físicas dos mesmos, produzindo, ao final do processo, uma imagem foto realística. A impressão é a reprodução das pranchas em meio físico. VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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RENDERIZAÇÃO Aba vista, grupo Gráficos, ferramenta Renderização, atalho de teclado RR, ou barra de visualização no ícone da chaleira, estes são os caminhos para a ferramenta de renderização do Revit. No programa, os materiais são configurados quando se configura os elementos compositivos do modelo, na ferramenta de renderização se configura como a imagem será vista e quais são os parâmetros de iluminação.

Figura 171. Barra de visualização Figura 170. Aba Vista, Grupo Gráficos

Na caixa de diálogo de renderização o Revit oferece os seguintes parâmetros de configuração:

Figura 173. caixa de diálogo de configuração de qualidade de renderização

Figura 172. Caixa de diálogo de Renderização

Qualidade: determina qual o nível de qualidade da renderização. Quanto melhor mais lento será o processo. Basicamente regula a quantidade de pixels que será renderizado, quanto menor a qualidade menor a quantidade de pixels por cm². A qualidade pode ser configurada na caixa de diálogo que surge quando se personaliza a imagem.

Configuração de saída: no Revit o tamanho da imagem pode ser configurada pela forma de saída da imagem, em telas ou em meio físico (impressa). Para cada um dos meios há tamanhos de imagens préconfigurados. VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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Iluminação: Aqui configura-se três parâmetros, o primeiro é o esquema, isto é, qual o tipo de ambiente que será renderizado, externo e interno, e quais serão as luzes que serão utilizadas: só natural, só artificial ou artificial e natural juntas. Os outros dois parâmetros são as configurações de sol, onde configura-se a posição geográfica, ou não, do sol, a outra é a configuração das luzes artificiais, onde regula-se a potência da luz.

Segundo plano: configura o que será mostrado no segundo plano da imagem. Aqui se pode inserir uma imagem de céu ou do local onde o projeto será construído para criar a fotoinserção.

Imagem: Neste parâmetro configura-se a imagem CRIADA, isto é, regula-se os parâmetros de exposição, saturação, contraste, brilho etc. para melhorar a imagem após a renderização.

Figura 174. Caixa de diálogo de configuração do sol

Figura 175. Caixa de diálogo de configuração de exposição da imagem

Exibir: é um botão que só se torna visível após a renderização, quando se pode voltar ao modelo ao clica-lo. As imagens criadas na renderização podem ser guardadas como vistas e posteriormente podem

ser levadas às pranchas para impressão. Elas ficam classificadas no navegador de projeto como Renderizações. Para isso deve-se clicar em “Salvar para projeto” nas opções de imagem.

IMPRESSÃO Neste item temos a principal diferença para o CAD. Lá a configuração de impressão era feita de duas formas, ambas dependendo de como o usuário iria configurar suas camadas (layers). Caso fosse com cores a impressão seria color-dependend (dependente das cores), levando o usuário a configurar um arquivo a parte informando qual a relação entre cor e espessura de linha de impressão. A segunda forma seria a configuração das espessuras de linhas nas próprias camadas, assim, não havia a necessidade de configuração de arquivo de penas. VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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No Revit esta confusão não existe, pois parte-se do princípio que o que você vê é o que você terá impresso, um conceito conhecido como “what you see is what you get”, em inglês. Sendo assim, o usuário deverá ter o cuidado de configurar bem suas vistas, cada uma delas, para que quando forem montadas as pranchas tudo já esteja de acordo com o que se deseja impresso.

Figura 177. Caixa de diálogo de configuração de impressão

Figura 176. Acesso ao comando imprimir pelo botão de aplicações

Na configuração de impressão há poucos parâmetros, mais relacionados a elementos de desenho que serão ou não impressos. Os grupos existentes na caixa de diálogo são: 

Impressora: escolha da impressora que será utilizada para a impressão.

Papel: escolha do tamanho do papel que será utilizado. Configurações de tamanhos diferentes deverão ser feitas nas configurações da impressora.

Orientação: escolha da orientação do papel: paisagem ou retrato.

Colocação no papel: escolha do posicionamento do desenho em relação ao papel.

Vistas de linhas ocultas: escolha do processamento que será utilizado para se esconder linhas. O processamento por vetor é utilizado quando só há linhas, caso haja cores ou imagens, é utilizado o processamento raster.

Zoom: ajusta o desenho ao tamanho do papel ou imprime a prancha em um percentual em relação ao tamanho real.

Aparência: determina qual a qualidade de impressão para cada tipo de elemento. Raster para cores e imagens e vetor para linhas.

Opções: determina quais os elementos que serão impressos ou não. VITTO GERMOGLIO CONSULTOR BIM 83 9112 7723 –vgermoglio@gmail.com


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Configurada a impressão, o comando de impressão pode ser acionado através do botão de aplicações (o R grande no canto superior esquerdo) ou através do atalho de teclado Ctrl+P. na caixa de diálogo que se abrirá aparecerão as opções de impressão. Esta caixa é bem simples e se parece muito com as caixas de diálogo de impressão de programas como o Word. Nesta caixa encontra-se a opção de imprimir para arquivo. Quando a opção está acionada será aberta uma opção para se determinar o caminho de salvamento do arquivo.

Figura 178. Caixa de diálogo Imprimir

IMPORTANDO COMPONENTES MODELADOS EM OUTROS PROGRAMAS A maior dificuldade na implantação do Revit nos escritórios de projetos é a falta de componentes que façam as vezes dos blocos do AutoCAD. Aqueles mais exigentes gostam de inserir os blocos do produto exatamente como eles são na realidade, para isso, possuem bibliotecas dos fabricantes ou pessoais amealhadas durante todo o tempo de vida de estudante e profissional. O Revit é relativamente novo no mercado e, por isso, não possui uma biblioteca de componentes tão extensa e minuciosa como a do CAD ou do SketchUp, porém, ele possui uma forma de criar componentes através da importação de modelos 2D ou 3D modelados em outros programas. Com esta possibilidade podemos aproveitar toda a biblioteca on line do SketchUp e/ou toda a biblioteca CAD que possuímos nos nossos HDs. O objetivo desta aula é criar um componente através da criação de nova família no Revit a partir da importação de um modelo feito no SketchUp, criando parâmetros de escolha de materiais.

OBSERVAÇÕES INICIAIS Para se criar um componente no Revit é importante observar os seguintes pontos nos programas originais de modelagem: 1.

Os modelos devem estar com suas partes separadas em camadas de acordo com os materiais.

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2.

É interessante que o modelo seja modelado nas unidades de uso igual à do Revit. Se o usuário utiliza a unidade Metro no Revit, deverá configurar o programa original (CAD ou SketchUp) para trabalhar em Metros.

3.

O modelo deverá ser feito próximo ou com um dos pontos na origem do sistema de coordenadas do programa. O primeiro ponto ajudará na configuração do modelo no Revit, possibilitando a mudança de

materiais após a sua inserção. O segundo ponto ajudará na configuração da escala do modelo após a importação no Revit. A equivalência de escalas poupará tempo nos ajustes do desenho. O terceiro ponto ajudará da mesma forma que o segundo, isto é, diminuindo o trabalho de localização e movimento do modelo após a importação no Revit.

IMPORTAÇÃO Abra o programa Revit. Inicie uma nova família.

Figura 179. Página Inicial do Revit

Escolha o arquivo modelo para a função daquele modelo a ser importado, por exemplo: se será importado uma cadeira, utilize o template Mobiliário Métrico. Rft; no caso de uma importação de uma luminária, escolha o template luminária métrica baseada no forro.rft.

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Figura 180. Caixa de diálogo para escolha de template de família

Estes arquivos modelo guardam as características pertinentes a cada função. São eles que organizam os modelos dentro do modelo da construção, por isso, é imprescindível a organização e a escolha correta para que o projeto seja quantificado perfeitamente.

Figura 181. Área de modelagem do template Mobiliário Métrico

Figura 182. Ferramenta Importar CAD

Na aba inserir, grupo importação, escolha a ferramenta Importar CAD. Escolha o modelo desejado e configure os seguintes pontos:

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Figura 183. Caixa de diálogo Importar Formatos de CAD

Escolher formato de arquivo. Neste caso, SKP nativo do sketchup. 

Cores: preservar.

Camadas: todos.

Unidades de importação: aquela que será trabalhada, no exemplo, metro.

Posicionamento: caso o modelo esteja localizado na origem do SketchUp, escolhe-se Auto – Origem para Origem; caso não, escolhe-se Auto – centro para o Centro. A diferença é que no centro para centro o Revit calculará o centro geométrico do projeto e levará este centro para o centro das vistas prédefinidas.

Colocar em: nível de referência.

Corrigir linhas fora do eixo: deixar marcada

Orientar para vista: deixar marcada. Caso o desenho não fique no centro do sistema (cruzamento das linhas tracejadas verdes) mova

o modelo para lá.

PARÂMETROS Para ajustar os parâmetros do objeto deve-se ajustar os estilos dos objetos, para isso busca-se a ferramenta estilos de Objeto localizada na aba Gerenciar.

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Figura 184. Localização da ferramenta Estilos de Objetos

Nela pode-se configurar as características dos objetos que são vistos no Revit. No caso dos objetos importados, deve-se ir par a aba Objetos Importados.

Figura 185. Caixa de diálogo Estilos de Objeto

Nas camadas podemos configurar a cor da linha de representação, o padrão (tipo) de linha e o material.

MATERIAIS Selecionando o material, com um clique sobre o nome e outro sobre o botão com 3 pontos que surge no canto direito, entra-se na caixa de diálogo de edição de materiais.

Figura 186. Navegador de Materiais - Gráficos

Os parâmetros Sombreamento, Padrão de superfície e Padrão de corte, configuram as características de representação do material enquanto desenho de representação. Na aba Aparência se configura o material para quando ele for renderizado.

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Figura 187. Navegador de Projetos - Aparência

Nesta aba encontram-se os parâmetros que criaão as características físicas do material para a sua reprodução quando for renderizado. Pode-se escolher um mapa ou construir as características.

BIBLIOGRAFIA Duell, Ryan, Tobias Hathorn, e Tessa Reist Hathorn. Autodesk Revit Architecture 2014 Essencials. Indianápolis, Ilinois: Sybex, 2013. Garcia, José. Revit Architecture curso completo. 2ª. Lisboa: LCA Editora de Informática LTDA, 2012. Justi, Alexander Rodrigues. Revit Architecture 2010. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Ciência Moderna LTDA, 2010. Lima, Claudia Campos Netto Alves de. Autodesk Revit Architecture 2011: conceitos e aplicações. São Paulo, São Paulo: Érica, 2010. Read, Phil, Eddy Krygiel, e James Vandezande. Mastering Autodesk Revit Architecture 2013. Indianápolis, Ilinois: Sybex, 2012.

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