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Carro híbrido

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Fonte de energia

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Vamos então avaliar se compensa ter um carro com potência e outro com economia. Um número crescente de pessoas pensa num carro híbrido quando decide comprar um modelo novo.

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Muitos imaginam que o primeiro modelo híbrido foi o Toyota Prius, mas a realidade é bem diferente.

Existem algumas versões sobre qual foi realmente o primeiro, mas todas datam de uma época quando os próprios carros convencionais ainda estavam se popularizando.

A mais antiga é de 1896, quando surgiu o modelo Armstrong Phaeton.

Ele foi feito a partir de uma encomenda da Roger Mechanical Carriage Company ao engenheiro eletrotécnico Harry E. Dey, que ainda teve que recorrer a uma terceira empresa, a Armstrong Electric, para criar o primeiro protótipo.

Apesar de parecer uma charrete com volante, o Armstrong Phaeton foi uma das maiores inovações da indústria automotiva, especialmente para sua época.

Com um motor a gasolina de 6,5 litros e 2 cilindros e

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outro propulsor elétrico, o híbrido podia rodar apenas com um dos dois.

Ele também tinha uma bateria que era recarregada por um dínamo nos freios, além de uma ignição que usava a energia acumulada da bateria, eliminando a necessidade de uma alavanca para dar a partida.

O detalhe mais impressionante: restaurado após sofrer com uma enchente, ele ainda funciona!

Claro que o Prius tem uma parte importante na história dos híbridos, pois foi o primeiro modelo a ser produzido em massa.

Lançado pela Toyota no Japão em 1997, ele chegou aos outros mercados em 2001. Desde então várias gerações já foram lançadas, e o Prius segue como o modelo mais popular e mais vendido entre os híbridos.

Um carro híbrido é aquele que funciona com duas fontes de força e não apenas uma, como os carros convencionais que estamos acostumados a ver.

Ou seja, além do motor a combustão, que pode ser a gasolina (mais comum), diesel ou etanol, o carro ainda tem outro propulsor, elétrico.

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O objetivo principal dessa mistura é combinar as principais características positivas de cada um.

Quando falamos de modelos convencionais, com motor a combustão, vemos que sua principal função é gerar o melhor desempenho possível.

Eles ainda contam com uma boa autonomia, o que significa que podem rodar grandes distâncias sem ter que abastecer novamente.

Por outro lado, conforme a potência aumenta, o consumo aumenta também e mais poluentes são lançados no ar.

Um motor elétrico, por outro lado, não emite nenhum poluente, e tem um custo por km rodado muito mais baixo.

Contudo, isso também tem seu lado negativo, pois esses modelos costumam ter uma autonomia baixa, e ainda demoram mais para voltar a rodar, pois, recarregálo obviamente demora mais do que parar para abastecer um modelo convencional.

Mas só de pensar no bem que faz para a saúde, chegamos a conclusão que compensa ter um.

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O principal ponto positivo de um carro híbrido, é combinar a boa autonomia e potência do motor a combustão, com a menor emissão de poluentes e economia do propulsor elétrico.

Para atuarem juntos, o sistema de ambos foi aperfeiçoado, obtendo o melhor resultado possível. Basicamente, esses modelos podem ser divididos em três tipos:

O primeiro é o Híbrido em série, nesse tipo, os motores atuam ligados em sequência, ou em série, sendo que a saída de um alimenta a entrada do outro.

Normalmente é o motor a combustão que alimenta o motor elétrico, sendo que apenas esse último atua sobre as rodas, deixando o primeiro apenas para gerar eletricidade.

Exemplos de modelos desse tipo: Chevrolet Volt e o Opel Ampera.

O segundo é o Híbrido em paralelo, aqui os dois propulsores são usados para gerar a força necessária, mas apenas um deles atua, sendo que o outro o auxilia para melhorar seu desempenho.

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Exemplos de modelos desse tipo: carros da Honda, como Civic Hybrid e Insight.

O terceiro é o Híbrido misto, ou combinado, é um sistema mais comum entre os modelos híbridos, essa categoria de funcionamento usa os dois motores, de forma separada ou simultaneamente, e os dois podem atuar sobre as rodas.

Se eles atuarem juntos, um se encarrega de fazer o carro andar, enquanto o outro gera a energia elétrica, tudo sendo definido instantaneamente por um computador.

Exemplos de modelos desse tipo são os modelos híbridos da Toyota (como o Prius), da Lexus (como o CT200h) e o Ford Fusion Hybrid.

O quarto é o Carro híbrido, com diferenças ao dirigir, independentemente do sistema usado, o principal objetivo sempre é a economia. Isso é visto, por exemplo, no tamanho do motor a combustão geralmente usada, menor do que em outros modelos convencionais de mesmo porte, e também no seu ciclo de funcionamento. O motor elétrico também tem características importantes

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que contribuem para isso, como a frenagem regenerativa.

Toda vez que o freio é acionado, ou mesmo quando o acelerador é aliviado, o motor elétrico funciona num modo reverso, mandando energia de volta para as baterias.

A aerodinâmica do carro e o uso de pneus com menor resistência também fazem o consumo cair consideravelmente.

Tudo isso não terá o efeito desejado se o modo de condução não for apropriado. Como a proposta é a economia de combustível, nada de acelerações bruscas sem necessidade.

O modo totalmente elétrico desses modelos também funciona até uma certa velocidade (por volta 40 ou 50 km/h). Se for possível ficar dentro dela, principalmente em trajetos curtos, a economia será maior.

Um cuidado que todo motorista deve ter quando dirige um modelo híbrido, e que todas as montadoras alertam, é exatamente que em modo elétrico ele não faz nenhum barulho, o que prova ainda mais o benefício que traz a

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saúde, já que barulhos geralmente, faz mal a saúde e estressa.

Quando falamos sobre o cenário do carro híbrido em nosso país, ainda pesa muito que o governo não dá tantos incentivos para a sua compra.

Isso pode mudar em breve, já que em janeiro desse ano foi anunciada a possibilidade de diminuição da alíquota de IPI para carro híbrido e elétrico, que cairia de 25% para 7% (o mesmo dos modelos 1.0).

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