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Plástico biodegradável
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Hoje em dia com a falta de conscientização da população, vários rios estão cheios de lixos o que acabam contaminando rios e assim prejudicando até mesmo a pescaria, já que o lixo acaba matando os peixes nos rios, por isso, temos que pensar em uma solução para evitar o máximo que o lixo fique nos rios.
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Algumas pessoas inclusive limpam os rios, mas mesmo assim, precisamos de uma solução mais rápida, já que o plástico feito de “petróleo” demora mais de 200 anos para se decompor.
A empresa PHB Industrial, traz uma solução para esse problema, ela produz em escala piloto o Biocycle, um plástico biodegradável elaborado com açúcar. Apesar de dominar a tecnologia para fabricar diversos produtos com o polímero e para tornar seu custo competitivo quando comparado ao do plástico convencional, a empresa ainda não conseguiu elevar sua produção a uma escala industrial.
O caminho mais curto para levar o Biocycle ao mercado seria uma parceria com a indústria petroquímica, mas eles não se interessaram na parceria.
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Quando falamos em meio ambiente, temos que deixar a concorrência de lado, não é só questão de dinheiro, é questão de saúde, algo que nem mesmo o dinheiro compra.
Os empresários do ramo da petroquímica, precisam entender que devemos fazer algo para melhorarmos a nossa qualidade de vida, e para isso, temos que investir mais em plásticos feitos a partir da cana-de-açúcar ou de outras matérias-primas que se decompõe rápido.
Através de uma parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e com o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), a Copersucar conseguiu produzir o polihidroxibutirato (PHB), um polímero da família dos polihidroxialcanoatos (PHA) com características físicas e mecânicas semelhantes às de resinas sintéticas como o polipropileno usando apenas açúcar fermentado por bactérias naturais do gênero alcalígeno.
Em 1994, uma planta piloto foi instalada na Usina da Pedra, em Ribeirão Preto interior de SP. Em 2000, foi criada a PHB Industrial e a tecnologia pertenceu ao
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Grupo Pedra Agroindustrial, de Serrana, e ao Grupo Balbo, de Sertãozinho/SP.
Com apoio da FAPESP por meio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) e auxílio de pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFScar), a empresa desenvolveu a tecnologia de produção dos pellets, pequenas pastilhas cilíndricas feitas com uma mistura de PHB e fibras naturais, matéria-prima usada pela indústria transformadora para produzir utensílios de plástico.
A técnica de misturar PHB com fibras vegetais não trouxe nenhuma vantagem em redução do custo. Enquanto o quilo do polipropileno custa em torno de US$ 2, o quilo do PHB sai por volta de US$ 5, assim dificultando a venda do produto.
O PHB é um material duro que pode ser usado na fabricação de peças injetadas e termo formadas, como tampas de frascos, canetas, brinquedos e potes de alimentos ou de cosméticos. Também pode ser aplicado na extrusão de chapas e de fibras para atender a indústria automobilística. Serve ainda para a produção
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de espumas que substituem o isopor, que no caso, é pouco reciclado, já que o isopor é leve e acaba não sendo muito procurado por catadores de materiais recicláveis e nem mesmo os donos de ferros velhos se interessam em comprá-los, mostrando ainda mais a importância de investirmos na produção de materiais feitos de derivados de açúcar.
Enquanto no Brasil o mercado para o PHB é restrito a nichos interessados em fabricar produtos com apelo ecológico a um preço mais elevado, na Europa a busca por produtos biodegradáveis é grande. Na Europa, a agricultura hidropônica é forte e a legislação ambiental é rígida. Usa-se muito material biodegradável em estufas.
Com o PHB, é possível fabricar braçadeiras para plantas ou tubetes para reflorestamento e depois encaminhar o resíduo plástico para estações de compostagem, onde ele é rapidamente absorvido pela natureza.
Enquanto os plásticos tradicionais levam mais de cem anos para se degradar, os produtos feitos com PHB se decompõem em torno de 12 meses e liberam apenas
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água e dióxido de carbono.
Além da agricultura, o material pode ser usado na fabricação de embalagens para alimentos, cosméticos e outros produtos oleosos que são de difícil reciclagem.