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Crioestaminal: o Banco de Células Estaminais com mais tratamentos realizados em Portugal

Crioestaminal:

o Banco de Células Estaminais com mais tratamentos realizados em Portugal

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Mónica Brito

Diretora-Geral

Com mais de 19 anos de experiência, em Portugal, na área da criopreservação de células estaminais, a Crioestaminal assume-se como “a opção mais segura para guardar as células estaminais” . O Grupo Famicord, que a Crioestaminal integra, já conta com mais de 530 mil amostras de células estaminais armazenadas. Este é ainda o único laboratório português com acreditação internacional pela AABB (Association for the Advancement of Blood & Biotherapies) para o processamento de sangue e tecido do cordão umbilical e Controlo de Qualidade a todas as amostras. A diretorageral da Crioestaminal, Mónica Brito, destaca a importância da tecnologia na evolução e expansão desta área.

ACrioestaminal garante que é “a opção mais segura para guardar as células estaminais” . Porquê? Esta declaração da nossa parte está, sobretudo, assente em dois aspetos. Um deles tem a ver com a experiência individual da Crioestaminal, mas também com a experiência concertada do Grupo Famicord, no qual nos inserimos. Relaciona-se , também, com os processos que realizamos nos nossos laboratórios e a garantia de qualidade que conseguimos prestar aos nossos clientes. Os processos que realizamos nos nossos laboratórios têm vindo a ser amadurecidos ao longo dos anos, sobretudo, ao nível do processamento do tecido do cordão umbilical. Este serviço é cada vez mais valorizado pelos futuros pais, mas ainda não está muito standardizado ao nível global, pelo que a acreditação deste processo laboratorial assume uma grande relevância.

A Crioestaminal é também a única empresa portuguesa com acreditação internacional pela AABB (Association for the Advancement of Blood & Biotherapies). Que possibilidades isto traz no que se refere ao tratamento? A Crioestaminal, desde sempre, procurou ter estas certificações que possam mostrar aos futuros pais que, ao aderirem a este serviço, devem fazêlo em segurança e nós estamos aqui para os ajudar nesse processo. O tecido do cordão umbilical em particular é uma área que está em expansão. Nos últimos três anos, o número de ensaios clínicos triplicou. O tecido do cordão umbilical tem várias vantagens que têm feito com que esta tecnologia tenha amadurecido de uma forma muito mais rápida do que o próprio sangue do cordão umbilical. A Crioestaminal é o único laboratório na Europa com acreditação para o serviço de criopreservação do tecido do cordão umbilical.

Há ensaios que têm tido resultados promissores? Há resultados bastante promissores,

por isso é que o número de ensaios clínicos tem vindo a aumentar. Temos alguns medicamentos com base em células estaminais que já estão disponíveis para serem utilizados, sobretudo na área da regeneração das cartilagens, porque é uma área em que há uma procura muito grande em utilizar este tipo de terapêuticas. Eu acredito que, nos próximos 3/5 anos, vão começar a surgir cada vez mais terapias efetivas para doenças, sobretudo, no foro auto-imune e neurológico. em específico. Em Portugal, não havia ainda nenhum laboratório autorizado para este tipo de tecnologia envolvendo células do cordão umbilcial. Este passo que a Crioestaminal deu é fundamental para que este tipo de tratamentos se possam realizar com recurso a produtos que são oriundos do nosso país. Por outro lado, esta autorização também nos capacita a desenvolvermos novas metodologias que possamos apresentar, posteriormente, aos nossos clínicos como um potencial tratamento que eles poderão utilizar na sua prática clínica. Estamos a

tentar desenvolver estes ensaios clínicos para que, em conjunto com os hospitais, possamos fornecer e promover estes tratamentos a nível nacional.

Como funciona o processo de criopreservação? O processo de criopreservação já está bastante consolidado, porque é utilizado amplamente em diversas áreas. Tudo o que rodeia este processo ao nível da qualidade do mesmo é muito crítico e relevante. Desde logo, quando as amostras chegam ao nosso laboratório e estão a ser manipuladas, há toda uma série de cuidados que têm de ser tidos em conta e que exigem um sistema de gestão de qualidade bastante robusto. É necessário garantir que não há c o n t a m i n a ç ã o, n e m f a l h a n a rastreabilidade dos produtos. Tendo isso assegurado, o que se passa a seguir é que temos ao nosso dispor tecnologia que nos permite ter produtos que nos auxiliam, na medida em que protegem as células no processo de congelamento. De seguida, as células ficam armazenadas num recipiente com azoto líquido que vai manter esta atmosfera a temperaturas muito baixas. É um processo que é muito seguro. Uma vez criopreservadas, temos a garantia de que, quando forem descongeladas, as células estão vivas e prontas para serem utilizadas no tratamento. A inovação e a aposta em novas tecnologias é constante. Porque é que esse é um investimento fulcral? Sobretudo, naquilo que são as terapias convencionais com sangue do cordão, está tudo muito standardizado ao nível daquilo que é a tecnologia. As terapias emergentes com as novas fontes de células estaminais precisam de um investimento constante naquilo que são as possibilidades que vão estando disponíveis. Este novo laboratório continua a ser uma unidade de investigação e desenvolvimento. A tecnologia tem-nos ajudado bastante no agilizar destes processos. Por vezes, não se fala tanto naquilo que é o conhecimento necessário para que a tecnologia possa exercer o seu efeito. Se não investirmos na capacitação das pessoas, podemos correr o risco de ter excesso de tecnologia que não é suficientemente aproveitada. Nesse sentido, como prevê a evolução deste campo? Os últimos dois anos mostraram-nos como é possível apresentar soluções muito rapidamente. Existe esta capacidade, a tecnologia está disponível, no entanto, temos de trabalhar em conjunto para que possamos dar respostas mais eficazes. Há muito trabalho a ser feito. Não podemos parar.

A Crioestaminal está autorizada pelo Infarmed a produzir medicamentos a partir de células do cordão umbilical para tratar diversas doenças. Qual a importância desta autonomia? Um hospital que queira realizar um tratamento experimental com recurso a estas células estaminais precisa, obrigatoriamente, de recorrer a um laboratório que esteja autorizado pelo Infarmed a produzir este tipo de medicamentos para aquela utilização

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