Semana de Inovação da IENH abre série de grandes eventos
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REPORTAGEM ESPECIAL
JOÃO ÁVILA
Pesquisa não define a eleição, mas mexe com o eleitor
Páginas 06 e 07
CAMILA VEIGA
Os 50 anos de atividades da CDL
Igrejinha e Três Coroas
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MARINA KLEIN
“Tudo está sujeito a mudanças, e você também”
Página 22
Mobilidade urbana precisa avançar mais
Especialistas em planejamento urbano apontam que é preciso que cidades invistam em modais que estimulem o uso de transporte público, como ônibus e metrô. Obra entregue na Scharlau (foto) busca desafogar o trânsito
Páginas 10, 11, 12, 13, 14 e 15
Página 18 LAZER
ELEIÇÕES MUNICIPAIS
Últimos três dias para curtir o Kerb de São Miguel
Vem aí debates de candidatos às prefeituras da região
Páginas 07 e 08
CIDADES DO FUTURO
Espaços de valorização do lazer e esporte
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Distribuição gratuita
Vale Germânico 25 de setembro de 2024
Foto:
Um convite a repensar as nossas cidades
O futuro da mobilidade urbana passa por repensar o funcionamento das cidades, exigindo um afastamento do transporte individual e reforçando o transporte público e modais ativos, como bicicleta e caminhada. Historicamente, os governos priorizaram rodovias, deixando os transportes coletivos defasados, o que forçou a população a depender de carros. Isso marginalizou economicamente quem não pode arcar com os custos de um veículo próprio. Especialistas defendem que a mobilidade deve ser integrada ao planejamento urbano, com cidades organizadas para pessoas, e não carros.
Para isso, é essencial descentralizar serviços e garantir que as pessoas tenham acesso fácil ao que precisam em seu ambiente. Essa mudança requer uma transformação cultural e a colaboração entre os setores público e privado, colocando o transporte público e os modais ativos como prioridades.
Ainda nesta edição, confira os debates que a ValeTV, Jornal O Vale e Portal Valedosinos.org preparam para tratar do futuro de Novo Hamburgo e São Leopoldo nos próximos quatro anos e conhecer os projetos para essas cidades. Boa leitura�
Quando se fala em mobilidade urbana, uma das principais e maiores obras realizadas no Vale do Sinos foi o complexo do bairro Scharlau, em São Leopoldo. A obra incluiu duas novas alças no viaduto que já existia e o alargamento das pistas de acesso ao viaduto, que passaram de duas para três faixas em cada sentido. O empreendimento integra um pacote de melhorias de tráfego na BR-116, atravessa sete cidades e se estende por 38,5 km, incluindo as novas pontes as novas pontes sobre o Rio dos Sinos.
Publisher: Rodrigo Steffen
Coordenação editorial:
Jeison Rodrigues
Editor-chefe: Thiago Padilha
Supervisora de circulação: Ana Kich
Gestor comercial: Rodrigo Steffen
Reportagem: Luis Guilherme
Zambrzycki e Reinaldo Ew
Projeto gráfico e diagramação:
Antônio Corrêa
Redes sociais e mídias
digitais: Kátia Caxambu
Vídeos: Dhienifer Martins
Tiragem: 5 mil exemplares
Impressão: Araucária
Indústria e Editora
O Jornal O Vale faz parte do projeto O Vale, da Vale TV e Portal Valedosinos.org, com 40 edições entre 26 de outubro de 2023 e 03 de janeiro de 2025, integrando as comemorações pelo Bicentenário da Imigração Alemã
Novo Hamburgo: Rua Santa Sofia, 134 - Bairro Ideal
São Leopoldo: Rua 1º de Março, 50 - Centro contato@valetvplay.com
Comercial: (51) 92003-7012
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FOTO DA CAPA
Foto: Ricardo Stuckert / PR
CNPJ CANDIDATO-
*COLIGAÇÃO Coragem para mudar*
Exposição
na Casa CDL
A Casa CDL, em parceria com a Universidade Feevale, Casa das Artes, Glass Mall/AB Galeria e Rota Romântica, recebe a exposição “Arte, Memória, Identidade e Territorialidade: 200 anos da imigração alemã.” A exposição celebra o bicentenário da chegada dos imigrantes alemães ao Vale do Sinos. A abertura da exposição ocorre nesta quinta, dia 26 de setembro, a partir das 19 horas.
No mundo Feevale
Um grande número de estudantes, de diversas escolas gaúchas, já passou pelo Mundo Feevale, evento que começou dia 16 e se encerra nesta quinta, 26, no Câmpus II da universidade. O objetivo é auxiliar estudantes do terceiro ano do Ensino Médio e demais interessados na escolha da sua profissão. Cerca de 6,3 mil alunos, de mais de 100 escolas, se inscreveram no Mundo Feevale.
Semana de Inovação da IENH abre série de grandes eventos em Novo Hamburgo
A segunda edição da Semana de Inovação da Instituição Evangélica de Novo Hamburgo (IENH) começou com tudo� Na noite de terça, durante a cerimônia de abertura, a plateia foi surpreendida com dois talks daqueles que a gente define como fora da curva. Giane Brocco, com o tema Biomimética para Cidades Inteligentes, e Ricardo José Stein, com uma palestra focada no uso de inteligência artificial para a criação
Você sabia que existe uma ferramenta eficaz para combater crimes virtuais?
A Ata Notarial é um documento que comprova ataques ocorridos na internet.
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de cidades inteligentes, compartilharam conhecimento e provocações que certamente fizeram o público ir pra casa refletindo sobre o futuro da humanidade.
Giane (foto), fundadora e CEO da Amazu Biomimicry, e Ricardo, cientista de dados, estão entre os especialistas que vão passar pela IENH nos próximos dias para debater temas da atualidade. Até 4 de outubro, uma série de eventos inspiradores, explorando as novas
fronteiras da tecnologia e inovação para um futuro sustentável, mobilizam alunos, pais, professores e a comunidade. As atividades também incluem dinâmicas com os estudantes. No Ensino Médio, por exemplo, os alunos terão a oportunidade de participar de um Hackathon, competição intensiva onde equipes desenvolverão soluções tecnológicas alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Jeison Rodrigues
Jornalista
jeisonrodrigues1977@gmail.com
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Stok Center abre nova loja
Novo Hamburgo ganhou mais um atacado. O Stok Center inaugurou loja, expandindo ainda mais a presença da bandeira de atacarejo da Comercial Zaffari Ltda na região metropolitana de Porto Alegre. A nova unidade está estrategicamente localizada ao lado da estação de metrô Santo Afonso, em um complexo empresarial com fácil acesso para os clientes.
Postos de trabalho
O Stok Center Novo Hamburgo tem mais de oito mil metros de área construída, além de um amplo estacionamento com 287 vagas dedicadas para clientes. A unidade é a 44ª da rede Comercial Zaffari e a 34ª do Stok Center. No total, mais de 160 empregos diretos foram gerados pelo empreendimento que abriu as portas em Novo Hamburgo.
ESPAÇO DO ÁVILA
Caixa de correspondência
não é lixeira
Todo o ano eleitoral é a mesma coisa: candidatos espalham pessoas pela cidade para distribuir santinhos. O pior de tudo é que entopem a caixa de correspondênciaaliás, material praticamente sem utilidade, pois não se recebe mais nada pelos Correios. Já disse e vou repetir: na minha casa não se vota em quem transforma nossa caixinha em lixeira.
Não é espécie rara, são apenas candidatos
Por falar em campanha, aumentou a peregrinação de uma espécie rara, a dos candidatos a vereador.
Tenho visto um ou outro caminhando de casa em casa pedindo voto. Depois, eleitos ou não, eles somem e reaparecem só em 2028. Salvo aqueles que podem dar o ar da graça em 2026, caso decidam disputar uma vaga na Assembleia Legislativa ou Câmara Federal.
Pesquisa não define eleição, mas mexe com o imaginário do eleitor
Começo este texto com uma informação: sou fascinado por pesquisas eleitorais. Registradas ou não, gosto de analisar os números. Mas anotem aí: pesquisa não determina quem vai vencer, nem quem vai perder. As informações nelas contidas trazem tendência de momento, que pode ser diferente entre a data da coleta e a da divulgação. São mais importantes para as coordenações de campanha, para desenho e definição de estratégias, do que torná-las pública. Aliás, só se torna
pública quando registrada e, lógico, quando os números interessam. Exceto, claro, quando contratada por empresa ou entidade que não tem vínculo partidário. Desde que começou a campanha para as eleições deste ano, uma única pesquisa mereceu a divulgação dos resultados, a contratada pela Vale TV, Jornal O Vale e Portal Valedosinos.org. O levantamento foi feito pelo instituto Stúdio Pesquisas, de Porto Alegre, e mereceu a primeira batalha, pois
foi impugnada por duas candidaturas. Contestações e defesas, foi publicada esta semana, com autorização judicial. Mas foram longos dez dias de espera. Na sequência, uma das cinco candidaturas de Novo Hamburgo registrou uma pesquisa na Justiça Eleitoral. Foi impugnada por três candidaturas e, como sentença, teve o registro derrubado. Não poderá ser divulgada. Tem, ainda, pesquisas não registradas e, por consequência, não divulgadas. Mas sempre se descobre algo. Seja porque vazou, seja porque o contratante deixa vazar o que lhe interessa. E o que se faz com estes números? Se compara com outros para tirar conclusões. Que nem sempre são as mesmas dos eleitores, afinal, vale o voto na urna.
João Ávila Jornalista joaocavila@icloud.com Twitter: @TutaAvila Insta: blogdoavila
Serjão deixou uma herdeira política
Um dos mais combativos vereadores da história de Novo Hamburgo morreu há dois anos e meio. Serjão Hanich sentiu-se mal durante uma sessão, foi levado ao médico, mas não resistiu a um infarto. Partiu, mas deixou uma herdeira política: Daia, uma de suas filhas, vai encarar a urna com o mesmo número que elegeu seu pai três vezes.
Justiça Eleitoral pede doações de papelão
A Justiça Eleitoral de Novo Hamburgo está atrás de doações de caixas de papelão, tamanhos médio ou grande, para uso no dia das eleições. O material vai armazenar os documentos que os mesários entregarem após o pleito. Podem ser caixas usadas, desde que completas. Entregas podem ser feitas na Rua Marcílio Dias, 1779. O Cartório Eleitoral também busca.
Leia mais sobre a pesquisa pelo QR Code
Foto: reprodução/valedosinos.org
IA deve ser ferramenta para o bem
Não me surpreende mais o que alguns candidatos fazem em período eleitoral. Promessas, mesmo as impossíveis de serem cumpridas, todos fazem. Mentir, muitos mentem, especialmente sobre o que fizeram ou para denegrir a imagem dos adversários. Agora, nada se compara à denúncia de que, em Campo Bom, a inteligência artificial (IA) poderia ser utilizada contra um dos candidatos. A Justiça Eleitoral investiga. A inteligência artificial está aí, é uma realidade. Mas deve ser utilizada para o bem.
Intérprete de Libras pela acessibilidade
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apresentou alguns mecanismos e serviços que a Justiça Eleitoral integrou à Língua Brasileira de Sinais (Libras) para ampliar a inclusão e a acessibilidade de eleitores com deficiência auditiva. As urnas eletrônicas contam com intérprete na tela.
Dia 30 tem debate com candidatos à Prefeitura de Novo Hamburgo
Os cinco candidatos à Prefeitura de Novo Hamburgo debatem na próxima segunda-feira, dia 30, na Vale TV. Fufa Azevedo (PT), Gustavo Finck (PP), Raizer Ferreira (PSDB), Tânia da Silva (MDB) e Tarcísio Zimmermann (PDT) vão falar de suas propostas para o Município, caso eleito, e questionar seus oponentes sobre temas variados. Um dos blocos terá perguntas elaboradas pela produção da Vale TV, Jornal O Vale e
Portal Valedosinos.org.
Ao propor o debate, o Grupo Vale estará contribuindo com a democracia e o processo de informação à população sobre as propostas de governo dos candidatos. Ideia é uma mediação equilibrada e justa entre os participantes a fim de proporcionar a garantia de uma apresentação digna dos candidatos, com o mais amplo diálogo e discussão das propostas, dos problemas, de todos os temas de seu eixo de intervenção.
Além da mediação, o debate terá comissão de direito de respostas, integrada pelos advogados Ítalo Bronzatti e Alexandre Pienis. Haverá, ainda, tradução na Língua Brasileira de Sinais (Libras), para telespectadores surdos, com os intérpretes Andrei Monteiro Gomes e Lucirene Franz Ferrari Fernandes. O debate vai ao ar a partir das 19h30 da segunda-feira que abre a semana das eleições pelo Canal 14 da Net e redes sociais da Vale TV.
Posso votar sem o título de eleitor?
As pessoas aptas a votar podem se esquecer de levar o título de eleitor para se identificar à mesária ou ao mesário no dia da eleição. Contudo, ainda que não esteja com o documento eleitoral em mão, a eleitora ou o eleitor ainda pode votar. Para isso, basta apresentar, na seção eleitoral, um documento oficial com foto ou o título de eleitor digital, por meio do aplicativo e-Título, da Justiça Eleitoral, desde que nele conste a foto da pessoa. A foto aparece no título de eleitor pelo app quando a pessoa fez o cadastro biométrico na Justiça Eleitoral. Agora que você sabe que a Justiça Eleitoral garante o voto de quem se esquece de levar o título de eleitor à seção de votação, é preciso que você cumpra uma exigência. Ou seja: antes de sair de sua residência e se apresentar na seção para votar, é preciso trazer consigo um documento oficial com foto, que esteja legível, para comprovar a sua identidade.
Foto: José Cruz/ABr
Reta final da campanha
Nesta reta final da campanha, quem menos corre, voa. A disputa pelos indecisos e pelo voto de quem ainda não encontrou um nome para chamar de seu tem encontros de candidatos nas portas das casas dos eleitores, sendo que os bairros mais visados são aqueles com maior densidade populacional. Até as portas de fábricas voltaram a ser pontos de disputa.
Liberação de ponte
A trafegabilidade em São Leopoldo estará melhor antes mesmo das eleições. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) promete liberar o tráfego nas pontes sobre a várzea e o Rio dos Sinos até o início de outubro. A obra, sem dúvida, mexe com as duas principais candidaturas, que colocam seus governos federais como executores.
Falando em obra
O novo prefeito de São Leopoldo terá uma preocupação a mais a partir de 1º de janeiro. Com a enchente de maio, a cidade, que foi uma das mais atingidas, ainda enfrenta uma série de problemas. Mesmo que recapeados, os buracos abertos nas vias públicas voltam a aparecer, então a solução é colocar mãos à obra.
Definidas forma e regras do debate dos candidatos de São Leopoldo
Em reunião prévia com os coordenadores dos partidos para as eleições municipais de São Leopoldo, ficaram definidas a forma e as regras do debate, uma parceria entre o Grupo Vale de Comunicação e a Associação
Comercial, Industrial, de Serviços e Tecnologia de São Leopoldo (Acist-SL).
O evento ocorre nesta quinta-feira (26), na sede da entidade, localizada na Rua Lindolfo Collor, 439, Centro, a partir das 19h30, e deve reunir as cinco candidaturas.
De acordo com o sorteio, no primeiro bloco, cada candidato tem dois minutos para suas considerações iniciais. O primeiro a se manifestar é Manoel Binoni
Bandeira (PSOL), seguido por Nelson Spolaor (PT), Arthur Schmidt (MDB), Hitler Pederssetti (Podemos) e, por último, o candidato Delegado Heliomar Franco (PL). Logo após, inicia-se a rodada de questionamentos entre eles, com pergunta de 30 segundos, resposta de dois minutos, e réplica e tréplica de 30 segundos.
No segundo bloco, com perguntas pré-definidas pela produção, os candidatos, de acordo com sorteio, escolhem quem comenta, com resposta de 2 minutos, réplica de um minuto e tréplica de 30 segundos. Já no terceiro bloco, mantém-se a dinâmica dos tempos, mas com tema livre para os candidatos, sendo que cada candidato
A mediação do debate estará a cargo do locutor e apresentador Cláudio Alves, que está à frente do programa Estação Hamburgo desde 2021 e
atua na Vale TV desde a sua fundação, em 2009, sempre contribuindo em diversos programas e na cobertura de feiras e eventos.
escolhe quem responderá sua pergunta, sem poder repetir o escolhido.
No quarto e último bloco, os candidatos seguem com a rodada de questionamentos entre eles, com pergunta de 30 segundos, resposta de dois minutos, réplica de um minuto e tréplica de 30 segundos. Para encerrar o debate, os candidatos terão dois minutos para suas considerações finais. O primeiro a se manifestar é Heliomar Franco, seguido por Hitler Pederssetti, Arthur Schmidt, Nelson Spolaor e Manoel Bandeira.
Importante lembrar que Gabriel Dias (PSDB) desistiu de sua candidatura no dia 13 de setembro em apoio a Heliomar Franco.
Cavalo paraguaio
Em tempos de Semana Farroupilha, há quem diga que tem candidato a vereador tipo cavalo paraguaio: largou em ampla vantagem, mas na reta final começa a perder fôlego – ou seria recursos financeiros? O Ministério Público está atento e, em caso de denúncia, tomará medidas para impedir que consiga chegar à Câmara Municipal.
Voto como prova de vida
De acordo com a coordenação do debate, também ficou definido que, em caso de direito de resposta solicitado por algum dos candidatos, haverá três avaliadores. Se o direito de resposta for concedido, o candidato terá um minuto para se manifestar. A duração total do debate será de duas horas e 15 minutos, permitindo que o eleitor leopoldense conheça as propostas dos candidatos ao Paço Municipal.
A Vale TV fará a transmissão ao vivo, e o encontro contará com a cobertura do Jornal O Vale e do Portal Valedosinos.org.
A eleição é organizada e executada pela Justiça Eleitoral, e é mentira que exista um acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou com qualquer outro órgão para estender a presença da eleitora e do eleitor nas urnas para qualquer efeito que não seja o exercício do direito fundamental de votar.
Se for abordado, denuncie
Falsas informações como essa podem induzir as pessoas a votarem, e, nesse caso, o candidato estará cometendo um crime. Denúncias sobre informações falsas relacionadas a candidatos devem ser direcionadas ao Ministério Público Eleitoral, por meio do portal MPF Serviços. O ideal é que o eleitor apresente informações como data, hora e local do ilícito.
Claudio Alves apresenta o debate
José Nunes Jornalista, presidente da ARI e vice-presidente Sul da Fenaj
Foto: arquivo/Valedosinos.org
Melhora da mobilidade passa pela integração
Incentivar outros meios de locomoção mais sustentáveis para os moradores da região do Vale do Sinos pode mudar a qualidade de vida
Enquanto o sonho do carro próprio segue vivo no imaginário dos brasileiros, o futuro da mobilidade urbana passa bem longe
do incentivo ao transporte individual. Por décadas, os governos investiram em estradas e rodovias em detrimento ao transporte pú-
blico como trens, metrôs e ônibus. Ao sucatear os outros modais, a população se viu refém de veículos próprios para garantir o deslo-
camento para o trabalho, a escola e os serviços básicos.
E quem não tem renda para manter um carro fica ainda mais à margem do desenvolvimento econômico, sofrendo com um transporte público deficitário e ineficiente. No entanto, o futuro das cidades — e do país —
Fotos: Lu Freitas/PMNH
Na área central de Novo Hamburgo, paradão da 1º de Março é um dos pontos mais movimentados por usuários do transporte público municipal
passa, justamente, por um ajuste de rota.
Para o urbanista Daniel Caporale, mestre em Desenvolvimento Sustentável com quase 40 anos de experiência em desenvolvimento de cidades na América Latina e Espanha, a mobilidade de uma cidade não pode ser considerada um segmento isolado. Pelo contrário, é produto e consequência de uma boa organização do território urbano. “Não é apenas uma estratégia de engenharia de trânsito. Tem relação de como se entende a cidade, como se organiza sua ocupação e como se conecta para que possa ser uma mobilidade funcional ao que requer uma cidade”, defende. Professor internacional em projetos urbanos e territoriais, Caporale defende que a mobilidade individual é a que mais gera insustentabilidade. E, mais do que isso, que as cidades são para pessoas e não para carros. “A essência da cidade é que as pessoas se encontrem. Com calçadas mais generosas e não como agora, quando se prioriza ruas e espaços para veículos”, critica.
Na mesma linha, Tiago Balem, professor do curso
de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Feevale, defende o incentivo aos modais ativos, como caminhada e bicicleta. “As pessoas caminham pouco e usam muito carro. Os governos deveriam incentivar o contrário, dando condições para que as pessoas circulem pela cidade com segurança”, avalia. Essa mesma visão é compartilhada por Caporale. Para o especialista, a mecânica aconselhada por ele é de concentrar parcialmente a cidade, de forma sustentável, e descentralizar funções, para que as pessoas
não tenham que se deslocar grandes distâncias.
“A melhor estratégia é que a pessoa tenha que se deslocar menos, permitindo que ela tenha acesso ao que precisa ao redor. Já a descentralização de serviços, na questão de complementação de serviços, para que as pessoas só se locomovam quando precisam complementar algum serviço”, explica. Mas para que isso se torne real, os poderes público e privado precisam se unir para começar essa transformação cultural, onde o transporte público e os modais ativos tenham status de destaque.
Daniel Caporale, mestre em desenvolvimento sustentável (UNla Argentina / UPC Barcelona) e arquiteto e urbanista (UNLP Argentina), com expertise em área metropolitanas e participação social (USP São Paulo)
Tiago Balem, professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Feevale
Mobilidade na região passa por obras estruturais para travessia do Sinos, como a nova ponte na BR-116
Automóveis estão entre os meios de transporte mais utilizados pelos moradores do Vale do Sinos
Bicicletas espalhadas pela cidade
Professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Feevale, Tiago Balem cita o exemplo de Porto Alegre como modelo para as cidades da região. Para ele, há espaço para que empresas instalem totens de aluguel de bicicletas nos municípios do Vale do Sinos, permitindo o deslocamento sustentável da população.
“Nossas cidades não são tão grandes assim, mesmo as maiores como Novo Hamburgo e São Leopoldo. São cidades onde a mobilidade ativa é viável. A gente conseguiria circular tranquilamente de bicicleta se a gente produzisse mais segurança para os ciclistas”, defende. Para Balem, o poder público deveria garantir ciclovias de qualidade e segurança, além de calçadas de qualidade. “Em alguns pontos nem existem calçadas. Mesmo que seja de responsabilidade do proprietário, o poder público precisa fiscalizar para garantir que as pessoas possam se deslocar com segurança, sem contar na acessibilidade”, pontua. Outra defesa do docente é o incentivo à caminhada, principalmente em áreas centrais, onde os serviços estão concentrados. “Não se anda mais a pé, as pessoas transcorrem poucos metros de carro. Muitas vezes nem conhecem mais a sua própria cidade”, alerta.
Neste ponto, ele volta a frisar o papel dos agentes públicos na garantia do ir e vir do cidadão. “A sensação de insegurança é mais um fator que inibe a escolha por modais ativos, o que contribui para o engarrafamento das nossas cidades e, consequentemente, para a poluição do meio ambiente”, afirma.
Porto Alegre conta com serviço de aluguel de patinetes e bicicletas
No dia 20 de setembro, Trensurb voltou a circular até a Capital
Instalação de taxões em ciclovias aumenta a segurança do ciclista
Investimento em ciclovias facilita a mobilidade da população
Mobilidade urbana é mais do que apenas engenharia de trânsito
Ao mesmo tempo em que se comemora a conclusão de importantes investimentos em infraestrutura, como o Complexo da Scharlau, em São Leopoldo, estudiosos levantam a bandeira de que a mobilidade urbana vai além da engenharia de trânsito.
Para Tiago Balem, professor do curso de Arqui-
tetura e Urbanismo da Universidade Feevale, mais do que celebrar os avanços em rodovias, os empresários deveriam incentivar os seus funcionários a adotarem outros modais para se deslocar ao trabalho. “Uma carona solidária, onde um colaborador reúne alguns colegas e compartilha o carro, fazendo um rodízio
na semana. Ou mesmo a contratação de ônibus por parte das empresas para o deslocamento dos seus funcionários”, sugere.
Balem defende, também, a integração do transporte público da região, com a criação de um bilhete único. “A integração entre os modais das cidades vizinhas seria um grande
avanço, facilitando o dia a dia da população e gerando atratividade para os modais coletivos, como trens, metrôs e ônibus”, salienta. Ele destaca ainda a necessidade de integração também nas estações de transbordo, com estacionamento para carros e disponibilidade de bicicletas em estações maiores.
Para os estudiosos, as rodovias deveriam ser usadas em último caso, para deslocamentos maiores e de produção, desafogando o tráfego e reduzindo os poluentes. “Assim como é feito em países mais sustentáveis, onde a população acaba tirando o carro da garagem apenas nos finais de semana”, exemplifica.
Os caminhos para uma mobilidade urbana sustentável
Para o urbanista Daniel Caporale, mesmo diante de uma cultura tão forte como o transporte individual, existem caminhos para transformar em realidade o uso sustentável das cidades, impactando diretamente na qualidade de vida de toda a comunidade. Confira a seguir algumas dicas:
• Integração territorial para um desenvolvimento sustentável, promovendo a associação produtiva e social entre cidades da região.
• Economia consciente e cultura patrimonial identitária, buscando um desenvolvimento seletivo, resiliente e tecnológico.
• Cidade para os habitantes, visando um desenvolvimento humanizado e equitativo.
• Propostas icônicas inspiradas na vocação do território, com iniciativas estratégicas integradas.
• Qualidade ambiental e paisagística para a sustentabilidade, considerando a relação entre produção, paisagem e cultura.
• Cultura educadora, baseada na sustentabilidade, conhecimento e parcerias público-privadas.
• Mobilidade, acessibilidade e logística para a competitividade, promovendo a integração, concentração espacial e descentralização de serviços.
• Governança e gestão integrada, fomentando uma nova cultura de mecanismos interinstitucionais.
Uma das principais e maiores obras realizadas no Vale do Sinos foi o complexo do bairro Scharlau, em São Leopoldo, com novos viadutos e terceira pista na BR-116
O papel essencial das políticas públicas elaborada por todos
Defensor das políticas públicas para a criação de cidades sustentáveis, Daniel Caporale destaca que, no entanto, o poder público não pode e nem deve fazer isso sozinho. “É essencial que o governo trabalhe junto com empresários, organizações civis e educadores para desenvolver estratégias eficazes”, salienta.
Ele cita que existem muitos exemplos de cidades ao redor do mundo que implementaram políticas bem-sucedidas para promover a sustentabilidade. Uma delas é Medellín, na Colômbia, onde a Empresa de Desenvolvimento Urbano da cidade envolveu diferentes setores da sociedade na criação de políticas públicas. Isso resultou em projetos modernos de transporte, como o metrô aéreo e de superfície, e iniciativas de educação e gestão nos bairros, como as Bibliotecas Parques.
Outro exemplo é a Fundação Malecon 2000, em Guayaquil, no Equador, que é uma entidade privada com supervisão pública que transformou a orla do Rio Guayaquil e o centro da cidade.
Curitiba é destaque no País por suas políticas ambientais bem-sucedidas, como parques urbanos e sistemas de transporte integrados
Para o pesquisador, no Brasil, a cidade de Curitiba, no Paraná, também é destaque por suas políticas ambientais bem-sucedidas, como parques urbanos, sistemas de transporte integrados e gestão de resíduos, todos impulsionados pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano. La Plata, na Argentina, se esforça para ser uma cidade que valoriza seu patrimônio urbano.
Além desses exemplos na América Latina, cidades em outros continentes também
se debruçam em soluções com foco no meio ambiente e nas relações humanas, conectando-se com as suas virtudes. Londres e Hong Kong, por exemplo, são conhecidas como cidades do conhecimento, Frankfurt se destaca pela sua organização, e Roma pela sua influência global.
A Reserva da Biosfera de Urdaibai, no País Basco, adota uma abordagem integral inspirada na natureza “Esses exemplos mostram que a sustentabilidade urbana está ligada
à integração territorial e à colaboração entre diferentes setores” pontua. No entanto, Caporale alerta que os resultados concretos de políticas públicas podem levar tempo para se manifestar, muitas vezes até cerca de 10 anos, por isso, de acordo com ele, é necessário estabelecer um sistema de compensações entre áreas urbanas de maior qualidade e aquelas com maiores necessidades, a fim de reduzir as desigualdades sociais e urbanas.
“Isso reflete uma cultura
Centros históricos como ponto de partida para mobilidade
Por muito tempo se entendeu os centros históricos como entraves para o desenvolvimento urbano das cidades. Assim como espaços de preservação ambiental, onde não é possível abrir estradas, os sítios históricos eram interpretados como uma pedra no caminho para melhorar a logística das cidades, com a duplicação de vias e encurtamento de distâncias. No entanto, essa visão vem mudando e ganhando mais adeptos, para a nossa sorte. O arquiteto Jorge Stocker, especialista em centros históricos, destaca que as áreas históricas podem ser o ponto de partida para a mobilidade sustentável das
cidades. “Se de um lado não podemos receber uma grande carga de veículos nessas regiões, elas podem ser um ambiente atrativo para outros modais verdes, tornando-se o início de uma mudança cultural na forma como nos locomovemos dentro das cidades”, pondera. Para ele, o grande equívoco
é contornar o centro histórico como se ele não fizesse parte do planejamento urbano. “Ao contrário, ele tem grande potencial de participar ativamente da vida da cidade”, defende.
consciente da importância da prática da sustentabilidade nas cidades e na sociedade, com o objetivo de cuidar da vida coletiva no planeta Terra. O maior desafio para as cidades na busca pela sustentabilidade é ir além do conceito superficial e realmente abordar as causas profundas da insustentabilidade urbana. Muitas vezes, as cidades concentram-se apenas em lidar com as consequências dos problemas, em vez de enfrentar suas origens, relata.
sustentável
Com distribuição diferente dos espaços, que se destacam pela caminhabilidade, os sítios históricos lembram que as cidades podem ser vividas de outra forma. “Construídas em uma época menos carrocêntrica, elas lembram da importância da relação das pessoas com a cidade, de conhecerem o seu lugar no mundo, do pertencimento a uma comunidade, por isso elas são tão importantes”, considera.
Cidades pensadas para as crianças: um exemplo que vem de Canoas
Como seriam as cidades se a prioridade fosse a infância? No Brasil, mais de 80% das crianças vivem em áreas urbanas, segundo a pesquisa Perfil das Crianças do Brasil, de 2018, feita pelo programa IBGE Educa. No entanto, a forma como as cidades são desenhadas e planejadas nem sempre considera as necessidades específicas das crianças, em especial das menores, tampouco das pessoas responsáveis por seus cuidados.
Durante os trajetos diários, as crianças e suas famílias enfrentam, por exemplo, a escassez de op-
ções de mobilidade e espaços públicos acessíveis, convidativos e seguros. A falta de ambientes urbanos confortáveis pode afetar negativamente o desenvolvimento físico, mental e cognitivo, além de aumentar o estresse de familiares, responsáveis e educadores da comunidade escolar.
Como deve ser, então, uma cidade pensada para crianças? Iniciativa da instituição holandesa Fundação Van Leer, a Rede Urban95 aponta para um primeiro ponto-chave: a cidade deve ser pensada não só para as crianças, mas por elas. O principal eixo da organiza-
ção, que atua disseminando a agenda de políticas urbanas para as infâncias, é levar lideranças e urbanistas a pensar as cidades do ponto de vista de quem tem 95cm – a altura média de uma criança de 3 anos. No Rio Grande do Sul, três cidades integram a Urban95: Canoas, Colinas e Pelotas.
Coordenadora de projetos da Urban95, Thaís Sanches explica que cidades acolhedoras para os pequenos são aquelas nas quais é possível encontrar bons serviços públicos, gestão integrada, proximidade com a natureza, ruas e praças seguras, agradáveis e inclusi-
vas, com atividades gratuitas em recreação, esporte, cultura, parques e pertencimento ao território.
A Urban95 recomenda, por exemplo, que os bairros tenham serviços essenciais que possam ser encontrados em até 15 minutos, com deslocamentos em transporte público de até 10 minutos.
A rede trabalha com três frentes principais: a primeira é o contato com a natureza, levando em conta se os espaços são lúdicos, seguros, com conforto térmico, e promovendo interações positivas. Já a segunda observa se os equipamentos e as políticas públicas
de saúde, assistência social e Educação Infantil estão qualificados e integrados. A terceira frente leva em conta os aspectos que envolvem governança e institucionalização de políticas públicas, prevendo a interlocução e assessoria com servidores e gestores públicos.
“Nós entendemos o espaço como um sujeito. O desenvolvimento da criança acontece a partir das interações. Interação com outras crianças, com a família, outros adultos, mas também com o lugar onde ela se desenvolve. Esse lugar precisa promover interações positivas”, explica Thais.
musicais o
Kerb de São Miguel
Os Atuais Super Banda
Cruz
Montanara Banda Choppão
Os Montanari Banda Brilha Som Banda San Marino
Banda Knecus Rainha Musical Rogério Magrão e Banda
CIDADES DO FUTURO
Como serão as cidades do futuro?
O encontro de amigos, de novos amigos, de adversários eventuais, mas não desafetos, de gerações, de diferentes pensamentos. Tais como as cidades do futuro devem voltar a ser
Locais de convivência, como os clubes
Saudáveis. Assim como as pessoas. Com corpo e mente em equilíbrio. Este é um desejo, mais do que uma convicção. Mas é a forma otimista como devemos prever e trabalhar para que a vida seja. Com espaços que valorizem a prática esportiva e a do lazer, entre famílias e amigos. Uma convivência como as nossas comunidades tinham antigamente, com o jovem e o idoso ensinando e aprendendo juntos. Pessoas de todas as idades, coletivamente, vivendo a vida com harmonia e saúde.
É possível prever que pessoas educadas, cultas e sábias construam cidades mais inteligentes, resgatando valores – adequados ao novo tempo, claro – imprescindíveis para a própria sobrevivência da vida humana. Os desafios das cidades do futuro deverão ser apenas associados ao imponderável. Tudo o que for passível de adoecimento, seja do corpo ou da mente, será muito mais facilmente prevenível e tratável através de práticas saudáveis, ligadas a alimentação, tal como referia Hipócrates, a prática de atividades físicas e esportes e ao lazer saudável.
No esporte, aprendi muito sobre a vida. E foi no clube que estes valores se encontraram. Tenho visto, primeiro como atleta e mais recentemente como dirigente de uma sociedade de esporte e lazer, os clubes como um bom estrato social, como um modelo em constante construção e aperfeiçoamento de um universo específico e em transformação, tal como uma cidade é. São anseios e expectativas diferentes e,
não raro, antagônicas, com a necessidade de uma boa convivência e construção coletivas. Com orçamento finito, ainda que em expansão, incapaz de realizar tudo, mas a possibilidade de construir mais a partir da melhor gestão. Igualmente, a gestão dos profissionais, um constante desafio para levar todos ao melhor.
Os clubes são modelos de espaços futuros a serem construídos. Poderão ser estes centros sociais, completos, plurais, próximos de núcleos residenciais? Talvez junto de centros acadêmicos? Este futuro já chegou a muitos lugares, em que pese serem uma realidade ainda
utópica no nosso país. Precisamos de espaços que oportunizem a prática esportiva, conectada com o ambiente natural. Precisamos de espaços que desenvolvam o indivíduo ao esporte de alta performance, para o congraçamento regional, nacional e internacional, dentro dos valores olímpicos. Espaços que despertem a prática competitiva, mesmo que esta “competição” seja tão somente para a sua qualificação pessoal e humana, valorando princípios de disciplina, de sociabilidade, de saúde do corpo e da mente, sem a pressão da excelência mas com desenvolvimento da resiliência.
Os clubes são espaços que contemplam a associação, a cultura, o desenvolvimento do respeito ao idoso, à criança, ao indivíduo, o coletivo, a tradição, o novo, a alegria, o enfrentamento conjunto das dificuldades (como recentemente nas enchentes), a igualdade na oportunidade de participação da gestão, a decisão colegiada e, entre tantas outras coisas, ao encontro. O encontro de amigos, de novos amigos, de adversários eventuais, mas não desafetos, de gerações, de diferentes pensamentos. Tais como as cidades do futuro devem voltar a ser. Ou como devam ser de forma verdadeiramente inclusiva e igual.
Jorge Leandro Dhein Empresário e presidente da Sociedade Ginástica
Novo Hamburgo
Camila Veiga
Jornalista
camilaveiga.imprensa@gmail.com
Instagram: @acamilaveiga
Inscrições para o Ciclo das Estações
Mais uma edição do Ciclo das Estações, tradicional realização do Portal Temas Preferidos sob comando da jornalista Aline de Melo, tem data marcada e inscrições abertas. Será em 5 de outubro, a partir das 8h, na Blend Coworking, em Novo Hamburgo. O ingresso é gratuito mediante a doação de dois quilos de alimentos não-perecíveis ou dois itens de higiene.
A programação especial saúda a chegada da temporada primaveraverão com o tema “Nós e o Meio Ambiente Somos Um”. O evento inicia com um momento guiado pela terapeuta Jeania Romani; às 8h20, trará a palestra “Ciberdependência - Novas Adições e Repercussões”, com o psicólogo Ricardo Cataneo, do Núcleo de Atendimento Psicológico (NAP); às 9h05, a jornalista, comunicadora e marketing digital Stephany
Sander falará sobre “Primavera - Conexões, Emoções e Música”. Após o coffee break, às 10h20, “O Clima e as FakeComo a Desinformação Aprofunda a Emergência Climática” será o tema de Alisson Coelho, cofundador da agência Deixa a Vírgula e coordenador do curso de Jornalismo da Universidade Feevale. O link para as inscrições pode ser acessado no perfil do Instagram @ temaspreferidos.
CDL Igrejinha e Três Coroas completa 50
anos de atuação ativa
O dia 24 de setembro representou um importante marco na trajetória da Câmara de Dirigentes Lojistas de Igrejinha e Três Coroas, que completou 50 anos. São cinco décadas de atuação nos dois municípios, defendendo os interesses dos associados, fortalecendo laços, enfrentando desafios e celebrando juntos. Atualmente, são mais de 750 associados e milhares de pessoas impactadas através do trabalho realizado pela entidade.
“Essa é uma data para agradecer a confiança de todos os associados e das comunidades que tanto nos apoiam. Podemos dizer que, agora, iniciamos um novo ciclo para os próximos 50 anos, sempre com foco no desenvolvimento dos nossos associados”, comemora a atual
na comunidade
presidente, Natália Debarba (foto). A CDL engloba convênios de educação e saúde, promoção de cursos
e formações, consultorias gratuitas, elo com o poder público em todas as esferas e ações sociais.
Abicalçados reage à pirataria com nova campanha
A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) criou uma campanha de combate à pirataria: “Pirataria no Brasil, não� Calçado só original”. As informações serão recebidas por meio do e-mail pirataria@ abicalcados.com.br e uma série de ações será mobilizada em prol da proteção e prevenção contra fraudes e falsificações. O presidente-executivo da entidade, Haroldo Ferreira, justifica a importância: “além de ser uma concorrência desleal com o calçado nacional, esses produtos trazem problemas para o
meio ambiente e direitos humanos, e ainda retiram empregos do País”. Por ano,
somente no Rio Grande do Sul, entram mais de 2 milhões de pares piratas.
Indústria moveleira em crescimento
O setor moveleiro recebe destaque na economia gaúcha. Mesmo com dificuldades de diferentes ordens após as enchentes, as indústrias conseguiram encerrar o primeiro semestre do ano com números positivos no faturamento, nas exportações e na geração de empregos.
De janeiro a junho de 2024, as mais de 2.400 indústrias moveleiras do Estado registraram faturamento acima de R$ 6.14 bilhões – crescimento de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme a Secretaria da Fazenda.
De acordo com a Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), o setor movimentou US$ 119,7 milhões em transações com 98 países (destaque para Estados Unidos, Chile e Uruguai). Esse montante é 6,8% maior do que o registrado no primeiro semestre de 2023.
O aumento da produção e das vendas impactou positivamente o mercado de trabalho, gerando oportunidades de renda para famílias de diferentes regiões. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), até julho de 2024 foram criados 143 postos de trabalho – totalizando 36.003 profissionais em atividade nas indústrias moveleiras do RS.
Foto:
Divulgação/ CDL
Foto:
Divulgação/
Abicalçados
Mais três dias para aproveitar o kerb do Bicentenário
A 195ª edição do Kerb de São Miguel, considerado o maior e mais tradicional Kerb de rua do Brasil, continua nos dias 27, 28 e 29 de setembro, em Dois Irmãos. Neste ano, o evento celebra não apenas o padroeiro da cidade, São Miguel, mas também o Bicentenário da Imigração Alemã no Brasil, com uma programação ampla e variada.
Na sexta-feira (27), o dia começa com o “Kerb nas Escolas”, seguido por
oficinas de Spritzbier e os tradicionais Jogos Germânicos. Ao longo do dia, estão previstas apresentações musicais no Largo Felippe Seger Sobrinho e na Praça do Imigrante, com atrações como Banda Baila Baila, Rogério Magrão e Banda e Banda Knecus.
O sábado (28) inclui mais uma edição dos Jogos Germânicos, apresentações de dança e música, e o desfile do Bierwagen pela Avenida 25 de Julho. No domingo (29), data
de São Miguel, o Kerb vai celebrar os cultos Evangélico e Luterano e a Missa Católica, além de procissões religiosas e a fala oficial do 195º Kerb de São Miguel. Haverá ainda apresentações de danças folclóricas e música ao vivo com bandas como Super Banda Santa Cruz, Banda Baila Baila e Banda Choppão, encerrando a programação do final de semana.
Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente pelo link www.eleventickets.com/kerbsaomiguel.
Confira a programação
Sexta-Feira - 27/09
8h - Kerb nas Escolas - Missa, Procissão com Bandinha Típica Banda
Baila Baila
9h - Início do evento
9h - Kerb nas EscolasOficina de Spritzbier e Jogos
Germânicos
11h - Os Farristas - Largo
Felippe Seger Sobrinho
14h - Baile da 3ª Idade com Banda Real - Sociedade
Santa Cecília
16h - Banda Baila Baila - Largo Felippe Seger
Sobrinho
17h - Macht Musik - Praça do Imigrante
18h - Rogério Magrão e Banda - Largo Felippe Seger
Sobrinho
20h - Banda Knecus - Largo
Felippe Seger Sobrinho
22h - Encerramento
Sábado - 28/09
10h - Início do evento
10h - Jogos Germânicos
- Largo Felippe Seger
Sobrinho
11h30 - Cantares - Largo
Felippe Seger Sobrinho
10h - Os Farristas - Largo
Felippe Seger Sobrinho
10h - Macht Musik - Praça do Imigrante
13h - Canecão do ValePraça do Imigrante
14h - Banda 0800 - Largo
Felippe Seger Sobrinho
14h - Bierwagen - Av. 25 de Julho
17h - Musical Encanto
- Largo Felippe Seger
Sobrinho
20h30 - Os Atuais - Largo
Felippe Seger Sobrinho
22h30 - Encerramento
Domingo - 29/09
9h - Culto e Missa - Igrejas
Evangélica, Luterana e Católica
10h - Início do evento
10h - Procissão Religiosa
Igrejas Evangélica e Luterana com Bandinha
Típica Banda Baila Baila
10h30 - Procissão Religiosa
Igreja Católica com Bandinha Típica Os Farristas
11h - Fala oficial do 195° Kerb de São Miguel com Polonaise e Bandinha
Típica Banda Baila BailaSociedade Santa Cecília
10h - Macht Musik - Praça do Imigrante
11h - Os Farristas - Largo
Felippe Seger Sobrinho
13h - Apresentação de Dança Folclórica
Sonemblume - Largo
Felippe Seger Sobrinho
13h30 - Apresentação de Dança Folclórica
Baumschneis - Largo
Felippe Seger Sobrinho
14h - Banda Baila BailaPraça do Imigrante
14h - Super Banda Santa Cruz - Largo Felippe Seger Sobrinho
14h - Bierwagen - Av. 25 de Julho
17h - La Montanara - Largo
Felippe Seger Sobrinho
19h - Banda Choppão
- Largo Felippe Seger
Sobrinho
21h - Encerramento
Por: Luis Guilherme Zambrzycki
Foto: Kerb de São Miguel/ Divulgação
Lindos jardins como destino
Com a chegada da primavera, em 22 de setembro, o Brasil, que já é um país de natureza exuberante o ano todo, se transforma em um verdadeiro espetáculo de cores e aromas. Essa é a estação perfeita para explorar destinos encantadores que oferecem uma experiência única para os amantes de flores. Por isso, a Booking. com – empresa de reserva de acomodação, aluguel de carros e outros serviços de viagem – fez um levantamento de dados na plataforma e descobriu os cinco destinos brasileiros mais recomendados por viajantes para ver e apreciar a beleza das flores. Os dados são baseados nas recomendações e destacam ainda Holambra (SP), Campos do Jordão (SP) e Curitiba.
Gramado e Nova Petrópolis
Gramado, distante 115 km de Porto Alegre, é famosa por seus jardins floridos e paisagens deslumbrantes. Na primavera, o Lago Negro se torna um dos principais pontos turísticos, com seus pedalinhos e suas margens repletas de hortênsias e bosques. Não deixe de visitar o Le Jardin Parque de Lavanda, um jardim temático que oferece uma experiência sensorial única com lavandas e outras flores e plantas aromáticas. A Cabana dos Plátanos oferece charmosos chalés imersos na natureza e é uma ótima opção de hospedagem.
Alunos e militares têm
ação
pelo Dia da Árvore
Estância Velha - Para celebrar o Dia da Árvore, comemorado nacionalmente em 21 de setembro, a Prefeitura de Estância Velha, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pecuária (Semapa), e em parceria com 19º Batalhão de Infantaria Motorizado do Exército, de São Leopoldo, realizou uma atividade especial com os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Prefeito Reinato Trein. Na quinta-feira, dia 19, alunos e membros do batalhão realizaram uma atividade de plantio de mais de 50 mudas de árvores.
A ação ocorreu em uma praça localizada nas proximidades da escola, no bairro
Campo Grande. Conforme o articulador de Projetos Ambientais da pasta, Hoeslen Mauzer, a atividade aproximou o Exército da comunidade, além de contemplar três situações que beneficiarão natureza e moradores com o plantio. “Buscamos uma mescla de paisagismo, pomar e árvores para sombras”, afirmou. O pomar servirá tanto para pássaros quanto para adultos e crianças. Entre as mudas que foram colocadas na praça estão árvores como ipê-branco, ipê-amarelo, jabuticabeira, araruta-vermelho, manacá-da-serra, cerejeiras, goiabeiras e bergamoteiras.
Quem for para Gramado, pode aproveitar para conhecer Nova Petrópolis, que fica a 35 km de distância e é outro refúgio encantador para os amantes das flores. Durante a primavera, o Parque Aldeia do Imigrante se enche de flores, proporcionando um cenário perfeito para caminhadas e piqueniques. A cidade também é conhecida por seus jardins bem cuidados e pela Praça das Flores, onde é possível apreciar belos canteiros e um labirinto de folhagens, o Labirinto Verde. O Hotel Pousada da Neve é uma opção de hospedagem para quem quer ficar longe das ruas mais movimentadas.
Feira do Livro termina com 50 mil obras vendidas
São Leopoldo - Cerca de 50 mil livros foram vendidos na 38ª Feira do Livro Ramiro Frota Barcelos de São Leopoldo, que se encerrou no domingo, dia 22. Do toral, pelo menos 32 mil exemplares foram destinados a estudantes e profissionais de educação das escolas municipais, como parte do programa São Léo Mais Livros, da Prefeitura. O evento contou com a participação de 22 autores, ilustradores, quadrinistas e contadores de histórias, além de promover nove mesas literárias e exposições que resgataram a história da cidade e da imigração alemã na Praça 20 de Setembro, conhecida como Praça da Biblioteca.
O evento reuniu mais de 60 mil pessoas, incluindo 30 mil estudantes e professores das escolas municipais, estaduais e particulares da cidade. Ao longo dos dias, os palcos Bicentenário, Ziraldo, Menino Maluquinho e a Carreta Literária receberam mais de 140 atrações exclusivas, firmando esta como a maior edição da feira.
Foto: Cleiton
Foto: PMEV/Divulgação
Da Lua para o Vale do Sinos
A jornada épica do ser humano fora do planeta Terra é contada através da exposição “Conquista da Lua”, que pode ser visitada até o fim deste ano no Museu de História Geológica do RS (MHGEO), localizado no câmpus de São Leopoldo da Unisinos. A mostra é realizada em parceria com o Museu Itinerante, projeto do geólogo e pesquisador do
Instituto Tecnológico de Paleoceanografia e Mudanças Climáticas, Rodrigo Guerra. Para o curador, que já constrói o acervo desde 2010, trabalhar com o assunto do homem na lua sempre foi motivo de muita inspiração. O arquivo possui uma réplica da nota fiscal da compra das águas levadas na viagem – compradas em território bra-
sileiro –, jornais, selos e revistas do ano em que o homem pisou na lua, além de um pedaço de meteorito lunar. Há ainda uma réplica da placa deixada pelos astronautas na lua, e uma cópia de uma pegada do astronauta Neil Armstrong. O MHGEO funciona de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h30.
Novo Hamburgo - A Universidade Feevale será palco de debate nacional sobre a criança na mídia em evento no dia 31 de outubro.
É o VII Seminário Criança na Mídia e II Seminário Recria, com o tema Educação Antidiscriminatória em Tempos de Informação Tóxica. O evento é uma iniciativa do Grupo Criança na Mídia - Núcleo de Estudos em Comunicação, Educação e Cultura da Instituição, é gratuito, e será realizado em formato híbrido, com atividades presenciais no Câmpus II, e transmissões ao vivo pelo YouTube.
O seminário conta com a parceria da Recria – Rede de
Pesquisa em Comunicação, Infâncias e Adolescências, que desenvolve três eixos de atuação: a articulação entre pesquisadores, o estabelecimento de projetos de investigação e extensão conjuntos e a organização de eventos e de publicações.
A coordenadora do grupo Criança na Mídia, Saraí Schmidt, destaca que o evento é essencial no contexto atual. “Estudos, práticas extensionistas e relatos de experiências focados na discussão das discriminações são essenciais para construir uma sociedade mais justa e igualitária, especialmente diante do crescimento das violências na América Latina e no mundo.
Celebração da música
São Leopoldo - A Faculdades EST vai promover, entre os dias 17 e 19 de outubro, o ESTemCanto 2024, um evento dedicado a celebrar a música, passando desde a celebração dos 500 anos dos primeiros hinários luteranos até a reflexão e prática sobre repertórios sacros contemporâneos.
A atividade reunirá espe-
cialistas em música, teologia e educação para um aprofundamento nas intersecções entre esses campos.
Também é uma oportunidade para aprofundar o entendimento e a prática da música na tradição cristã. Haverá, através das redes sociais da EST, a transmissão ao vivo das principais atividades do evento.
Foto: Mariana Mildner/ Divulgação
Cláudio Alves
Locutor e apresentador, comanda o programa
Estação Hamburgo
@claudioalveslocutor
Ein Prosit!
A Rota Turística Viva Linha Nova oferece experiências únicas de bem-estar, em uma perfeita harmonia entre natureza, cultura local e tradição cervejeira. O município destaca-se como o Berço das Cervejarias no Rio Grande do Sul. A aconchegante cidade de quase dois mil habitantes é de natureza exuberante, repleta de belas paisagens, matas, trilhas, com uma produção artesanal de variados estilos de cervejas e uma gastronomia típica da região. Tudo isso regado a muita tranquilidade, simplicidade e alegria das pessoas que fazem de tudo para proporcionar aos seus visitantes uma inesquecível
estada neste cantinho da Serra Gaúcha.
Pensando em tudo, isso dez empreendedores do município se uniram, buscaram a qualificação através do Sebrae e da Sicredi Pioneira, e com o apoio da administração municipal, criaram a Alintur, Associação Linha Nova de Turismo, na qual realizam um trabalho em conjunto para divulgar tudo o que oferecem através de seus empreendimentos. A associação tem um site com todas as informações dos associados: www. vivalinhanova.com.br e um Instagram bem ativo com diversas informações e orientações: @vivalinhanova.
Conheça os dez empreendimentos
Agromaurer: oferece tour guiado para visitação nas estufas de morango in natura, mudas de chá e temperos, mudas de morangueiro e produtos coloniais. Contatos: (51) 99635-6154; Rua Roseiral, 100; Instagram @agromaurer.
Casa do Artesão: realiza a produção e comercialização de produtos artesanais e souvenires, além de produtos da Associação Arte Serra Gaúcha e Vale. Atende aos sábado e domingos na Rua Henrique Spier, 2.330; Instagram @arteserraevale.
Cervejaria Berço 1864: cervejaria e hamburgueria artesanais. Tem música ao vivo e funciona quintas e sextas a partir das 18h, sábados e domingos a partir das 15h na Rua Henrique Spier, 1.446. Contatos: (51) 99959-8061; Instagram @cervejariaberco.
Cervejaria Quera: cervejaria e gastro pub. Atende sextas das 17 às 22h, sábados das 11h às 21h e domingos das 10h às 20h na Rua 25 de Julho, 500. Contatos: (51) 980259340; Instagram
@cervejariaquera.
Geschmack Haus (Sabor de Casa): agroindústria familiar especializada na produção de panificados artesanais e coloniais. Atendimento sextas das 6h às 18h, sábados e domingos das 8h às 18h na Rua Henrique Spier no Parque Municipal de Linha Nova. Contatos: (51) 99242-7744; Instagram @ geschmackhaus.
Parque Ga-Mando: dispõe de amplo espaço com gramado, onde é possível contemplar à vista no mirante e o pôr do sol. Em soft opening, atende sábados, domingos e feriados a partir das 14h até uma hora após o pôr do sol na Rua Canto Bayer, 3.070. Contatos: (51) 99555-5577; Instagram @parquegamando. Pousadas do Mirante (Sitio Recando Hanauer): hospedagem em pousadas que contam com cozinha compacta, frigobar, ar condicionado, ambiente externo com churrasqueira, pergolado, chimarródromo, balanço para fotos e espaço
para fogueira, na Rua 25 de Julho, 2.110. Contatos: (51) 99121-5675; Instagram @pousadasdomirante.
Recanto Roseiral: hospedagem com espaço decorado e climatizado e com cozinha equipada para vivenciar momentos de lazer em meio a natureza, na Rua Roseiral, 3.780. Contatos: (51) 99645-7217; Instagram @ca.hospedagem.
Sitio Rancho Feliz: possui uma área de camping, hospedagem, realiza eventos de lazer e gastronomia, na Rua Canto Bayer, s/n, aos sábados, domingos e feriados das 9h às 18h. Em outros dias, é possível fazer reservas. Contatos: (51) 99105-7996; Instagram @ranchofeliz-linhanova.
Tenta do agricultor: comercialização de produtos hortifrúti, coloniais e artesanais. Atende sextas das 6h às 18h, sábados e domingos das 8h às 18h, na Rua Henrique Spier no Parque Municipal de Linha Nova. Contatos: (51) 995243924; Instagram @feiradoagricultorln.
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Tudo é adaptável
A gente acha que precisa de mais coisas do que realmente precisa.
Eu preciso desse creme específico para passar nesse horário, se não a minha pele resseca completamente.
Eu preciso ir nesse mercado para comprar produto X para fazer a receita ficar no ponto certo.
Eu preciso dessa caneta porque só com ela a minha letra fica bonita.
Eu preciso desse sapato para combinar com essa saia para ir nesse evento.
Acho tudo isso válido, não me leve a mal. Eu sou cheia de produtos para pele, amo cozinhar com os melhores ingredientes, tenho milhares de canetas e alguns sapatos… Porém uma das coisas que aprendi morando fora é: tudo é adaptável (do simples ao complexo, não importa).
Já morei em três cidades diferentes aqui na Alemanha e cada uma me trouxe um desafio diferente.
Frankenthal: sou filha única, morei numa casa de
família com mais quatro crianças. O tempo sozinha era quase inexistente.
Heidelberg: de uma casa cheia para uma casa vazia. Morava em um pequeno apartamento em um hotel e foram seis meses de muito tempo sozinha.
Trier: já morei em uma república com mais sete jovens e agora moro em um pequeno quarto de hotel.
Foram constantes mudanças em menos de três anos. E eu aprendi muito em todas elas, porque todas exigiam a minha adaptabilidade, e eu aceitei que como era antes, não ia mais ser. É muito sobre abrir mão daquilo que a gente acha que precisa, e abrir espaço para o novo. Fazer o melhor que tu pode com o que tu tem a tua disposição, que às vezes não vai ser muito (porém, sempre suficiente). E vai ser frustrante, porque tu sabe que pode mais, mas não consegue naquele momento. E tá tudo bem. Tá Tudo Bem.
Toda decisão é acompanhada de sacrifícios. Não se pode ter tudo o tempo todo. Aceitar isso é fundamental para conseguir se adaptar. Nós muitas vezes nos prendemos a ideias do que somos e precisamos e impedimos o novo acontecer.
Aprender a criar espaço.
E eu sei que para fazer e viver tudo aquilo que ainda quero viver, vou precisar abrir mão do “conforto” que eu tenho agora.
Então é isso, tu não precisa carregar consigo todos esses “eu preciso”. Entender isso é fundamental
para morar fora, porque é assim que você vai se abrir para uma nova cultura, fazer novas amizades, desafiar-se, poder experienciar a vida ao máximo e ter muita história para contar.
Tudo está sujeito a mudanças, e você também.
Muita gratidão�
Foto:
Arquivo
pessoal
Heidelberg, 2023
Marina Marques Klein Diretamente de Trier, na Alemanha
MEMÓRIAS
Eleições de 1955 foram acirradas em Novo Hamburgo
Faltando pouco mais de quinze dias para as eleições que escolherão vereadores e prefeitos, vale a pena lembrarmos pleitos eleitorais do passados que influenciaram muito nos destinos dos municípios, estados e, por consequência, de todo o país.
Em 3 de outubro de 1955, os brasileiros foram às urnas para elegerem o novo presidente da República, o vice-presidente (cujo voto era separado), prefeitos e vereadores nos municípios, além de governadores e vices em sete estados da federação.
Em Novo Hamburgo, a campanha para a Câmara de Vereadores foi acirrada, com jovens nomes, como o advogado e jornalista Adalberto Snel e o ainda “bacharelando” Níveo Friedrich, disputando o voto com veteranos da política municipal, como o ex-prefeito Leopoldo Petry. Para o comando do município, Carlos Armando Koch, Ruy Noronha e Benjamin Altmayer protagonizaram uma disputa acirrada, o que se pode ver nos resultados do pleito: Carlos Armando Koch foi eleito prefeito com
3.912 votos; Ruy Noronha ficou em segundo lugar, com 2.842 votos, e Benjamin Altmayer terminou em terceiro, com 2.640 votos.
Correndo por fora, a candidatura de Oscar Ritzel obteve apenas 136 votos. Para vice-prefeito, João Armando Schilling foi eleito, vencendo Waldemar Geib, Seno Ludwig e Alzir Schmiedel.
A Câmara de Vereadores ficou com a seguinte composição: Adalberto Alexandre Snel (PDC), 412 votos; Alcides Friedrich (PRP), 356 votos; Urbano Arnecke (PTB), 342 votos; Níveo Friedrich (PDC), 341 votos; Alvício Luiz Klaser (UDN), 297 votos; Alberto Mosmann (Coligação PL�PSD), 278 votos; Adão Rodrigues de Oliveira (PTB), 276 votos: Alfredo Martozky (PRP), 276 votos; e Guilherme Becker (Coligação PL� PSD), com 178 votos.
Importante frisar que, em nível nacional, Juscelino Kubischeck de Oliveira venceu as eleições para a Presidência da República, derrotando Juarez Távora e Ademar de Barros.
Quanto tempo faz que você não se desliga de tudo?
Pois então, trabalho em uma rádio (União FM, para quem não sabe), sou colunista de um jornal (O Vale, que você está lendo), tenho cerca de 15 mil seguidores nas redes sociais, ou seja, vivo da informação, da mídia, da interação. Preciso do ouvinte, do leitor, do seguidor, conectado, buscando mais e mais conteúdo.
Mas, me perdoem meus chefes, a minha proposta é... fazer você se desligar de tudo. Sim, a pergunta que fiz no início desta crônica é exatamente essa: quanto tempo faz que você não SE DESLIGA DE TUDO? Sim, vou jogar contra os meus meios de sustento, mas por uma absoluta necessidade de sobrevivência.
O cotidiano daqueles que estão sobrevivendo no Planeta Terra recebe uma carga inimaginável de informação. A todo minuto, aquilo que acontece com nossos familiares, nossos vizinhos, nossos conterrâneos, chega até nós. Vale o mesmo se eles estiverem na China, na Bolívia, no Acre, no Alaska ou em Santana do Livramento. E principalmente daqueles que sequer conhecemos.
As notícias de morte são um exemplo: antigamente, sabíamos dos falecimentos de pessoas próximas, de familiares, de amigos. Hoje, em sua rede social, aparece a notícia da morte do pai do vizinho da praia, do falecimento do tio do namorado da colega de aula na década de 90 e tudo somado às notícias dos amigos e familiares. Talvez, ao ler, imagines ser isso uma bobagem, mas pare para pensar quantas dessas notícias repetidas mexem com o teu inconsciente, com tuas memórias e sempre com o viés negativo.
Discorri apenas sobre um exemplo, mas poderia falar das notícias, quase sempre trágicas ou simplesmente ruins... Ufa, cansei somente de escrever.
E aí, sou obrigado a dizer que precisamos descansar. Precisamos desligar, no mínimo em alguns momentos.
Dia desses, em função de uma cobertura, estive em Nova Petrópolis, nas margens do Rio Cai, próximo a Pedra do Silêncio. Quanto silêncio, quanto ar puro, quanta paz. Foram alguns momentos sem internet, onde pude simplesmente contemplar o belo. Nada precisava estar no meu radar, numa mistura de realidade forçada (não tinha conexão) com desejo realizado (esquecer de todos os problemas).
E o desligar, refere-se, inclusive aos problemas que realmente nos cercam. Não podemos pensar em resolver tudo, ao mesmo tempo, de todas as formas.
A partir do momento em que uma atleta como Simone Biles, norteamericana, mega vencedora, abre mão de disputar os Jogos Olímpicos, como aconteceu em Tóquio 2020, em nome de sua saúde mental, todos nós estamos autorizados a ter atitude idêntica. E, hoje em dia, o grande desafio é justamente DESLIGAR TUDO, ao menos por algumas horas. Se permita ouvir pássaros, ouvir o vento, ouvir quem você ama, ouvir a si mesmo e depois, recarregado, volte ao mundo agitado de hoje, pois isso não podemos mudar. Ausências ocasionais, sim, sem fugir, porém, da realidade que nos cerca. Viveremos todos de melhor modo�
Paulo Daniel Spolier Professor e Historiador
Rodrigo Giacomet Radialista e Diretor da Rede União FM