JEISON RODRIGUES
Fórum de Empreendedores
Locais anuncia novo nome no time de speakers
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Networking e solidariedade em evento especial
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CLÁUDIO ALVES
Linha Nova: uma comunidade unida e forte!
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O carinho de leitor: nosso combustível!
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REPORTAGEM ESPECIAL
Veja o que dizem especialistas e como a indústria criativa, a cultura e o turismo podem contribuir para acelerar o crescimento do Vale do Sinos na quinta reportagem da série sobre os desafios comuns nas cidades da região
Páginas 10 a 16
GIRO PELO VALE
Acampamentos fortalecem tradição
Veja programação das festas farroupilhas promovidas em cidades da região
Páginas 19 e 20
COMUNIDADE
Preparar alunos e educadores ao futuro
Semana de Inovação da IENH traz debates sobre tecnologias emergentes e práticas pedagógicas
18
04 - Jeison Rodrigues Fórum de Empreendedores Locais anuncia novo nome no time de speakers
06 a 07 - João Ávila
Conheça os modelos de eleição para os cargos de prefeito e vereador
08 - José Nunes
Tudo pronto para o debate entre os candidatos à Prefeitura de São Leopoldo
10 e 16 - Especial
Desafio do desenvolvimento econômico passa pela educação e união de esforços por um mesmo objetivo
17 - Camila Veiga
Networking e solidariedade se unem em evento especial
18 - Comunidade
Semana de Inovação
IENH: unindo tecnologia e criatividade
19 a 20 - Giro pelo Vale
Acampamento Farroupilha em São Leopoldo e em Sapiranga
21 - Cláudio Alves
Uma comunidade unida e forte!
22 - Marina Klein
Alemães escutam bandinha?
23 - Memórias
Semana Farroupilha
24 - Rodrigo Giacomet
O carinho de leitor: nosso combustível!
O desenvolvimento do Vale do Sinos, o fortalecimento da economia, o avanço da indústria criativa, a contribuição da cultura e do turismo são assuntos abordados na quinta reportagem da série sobre os desafios comuns das cidades. Para trazer à mesa discussões importantes para a região, ainda mais em um período de eleições municipais, a reportagem do jornal O Vale conversou com professores e especialistas, que apontaram a necessidade de uma estratégia comum.
“Uma única corrente que una o poder público e a iniciativa privada”, afirma o presidente-executivo do Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefato (IBTeC), Valdir Soldi. Na mesma linha, o professor do Programa de Pós-Graduação em Indústria Criativa da Universidade Feevale, Dusan Schreiber, diz que um “ambiente favorável para a atividade econômica passa, necessariamente, pelo diálogo e pela orquestração de esforços em uma direção definida”.
Na busca por essa identidade e união, o diretor-executivo da Fundação Liberato, José de Souza, frisa que investir em educação de qualidade e na capacitação profissional é o caminho para garantir que todos os cidadãos tenham acesso às oportunidades de emprego geradas pelo desenvolvimento econômico. Leia ainda como serão os desfiles da Semana Farroupilha. Também confira a análise e a opinião de colunistas referências na região.
Boa leitura!
A foto de capa desta edição ressalta a Mostratec na Fundação Liberato, em Novo Hamburgo, um dos principais eventos de ciência e tecnologia da região, um polo de aprendizado da educação, apotada por especialistas como caminho para o desenvolvimento do Vale do Sinos.
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Publisher: Rodrigo Steffen
Coordenação editorial:
Jeison Rodrigues
Editor-chefe: Éder Kurz
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Reportagem: Éder Kurz, Luis Guilherme Zambrzycki e Reinaldo Ew
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Vídeos: Dhienifer Martins
Tiragem: 5 mil exemplares
Impressão: Araucária
Indústria e Editora
O Jornal O Vale faz parte do projeto O Vale, da Vale TV e Portal Valedosinos.org, com 40 edições entre 26 de outubro de 2023 e 03 de janeiro de 2025, integrando as comemorações pelo Bicentenário da Imigração Alemã
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Com o apoio da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-NH), vai ganhando forma e fôlego um projeto que tem tudo para sacudir o bairro histórico da cidade e seus arredores, fomentando o empreendedorismo com foco em gastronomia, turismo e cultura.
O Caminhos de Hamburgo Velho, gestado com inspiração no Caminhos de Lomba Grande, será oficialmente lançado em outubro e vai reunir uma série de empreendedores do município.
A Feevale, em parceria com a Prefeitura de Campo Bom, promove atendimentos gratuitos direcionados a microempreendedores individuais. O primeiro atendimento foi nesta quarta (18) e ainda vão ocorrer em 23 de outubro e 6 de novembro, das 13h30 às 17 horas, na Prefeitura.
nome
O super time de speakers do Fórum de Empreendedores Locais 2024 acaba de ganhar um reforço e tanto! Nome de destaque entre a nova geração de empresários, Júnior Ramos, da NRamos Mudanças, também vai passar pelo palco do Swan Novo Hamburgo, em 29 de outubro, para compartilhar sua trajetória de sucesso no mundo dos negócios. Os ingressos, aliás, estão à venda no site do Bora. Club, realizador do evento.
Criado para fortalecer
conexões e sobretudo valorizar empreendedores locais, o FEL reúne um time de jovens e criativos empresários. Além de Júnior, vão passar pelo palco do evento Cássia Trott (Clínica Estética Cássia Trott), Faby Hoff (H.Maria), Gabriel Bisol, Igor Goicoechea e Rossana Dillenburg (Momento À Flor da Pele), João Peter (João Peter Pizzaiolo), Samuel Führ (Estação Sapatão) e Thiago Daer (Restaurante Weber´s).
O mais novo speaker do
FEL tem 33 anos. Júnior passou pelas empresas Setta, Aniger e Arezzo. Há dez anos é diretor da Nramos. Formado em Administração de Empresas, o empresário é membro do comitê de serviços da ACI e do projeto Sorrir SL. Júnior teve uma atuação intensa no socorro às vítimas da tragédia climática deste ano, indo para a linha de frente e colocando seus caminhões a serviço de uma série de ações.
O FEL 2024 tem patrocínio máster de Viacredi Alto Vale e Imagine Espaços Criativos, patrocínio de BRDE, Instituição Evangélica Novo Hamburgo, Escola Chef Gourmet Novo Hamburgo, apoio de Universidade Feevale, Fat Bull, Vilage Marcas e Patentes, Unimed Vale do Sinos, Voa Negócios, Milena Morena Eventos, HBS Informática e Ecoinset. Realizado pelo Bora.Club, o FEL tem a parceria do Sebrae-RS e nos próximos dias anunciará novos parceiros comerciais.
Jeison Rodrigues
Jornalista
jeisonrodrigues1977@gmail.com
Twitter: @jeisonmanoel
Insta: @jeisonrodrigues1977
Para quem está conectado aos movimentos de inovação e empreendedorismo, outubro promete em Novo Hamburgo. Fórum de Empreendedores Locais, FEL Educação, Mostratec, Mindset IPO Day, duas edições do CDL Conecta, lançamento do Caminhos de Hamburgo Velho, inauguração do Centro de Inovação Tecnológica (CIT), Feevale Summit e ainda os últimos dias da 2ª Semana de Inovação da IENH estão no calendário de um mês muito intenso� Dia 19, aliás, é o Dia da Inovação.
A C2 Content promoveu um evento que reuniu produtores de algumas das principais agências de publicidade do Rio Grande do Sul. O Happy dos Produtores ocorreu na sede da C2, em Novo Hamburgo, e contou com a presença de mais de 20 profissionais do setor.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Ministério Público do Trabalho renovaram acordo de cooperação técnica para o combate ao assédio eleitoral no trabalho.
O assédio eleitoral se caracteriza pelas práticas de coação, intimidação, ameaça, humilhação ou constrangimento associadas a determinado pleito eleitoral, no intuito de influenciar ou manipular o voto, o apoio, a orientação ou a manifestação política de trabalhadoras e trabalhadores no local de trabalho ou em situações relacionadas ao trabalho.
Para denunciar, o TSE disponibiliza um link com redirecionamento para o portal do MPT. Basta acessar o endereço https://www.tse.jus.br/ eleicoes/eleicoes-2024. Já para registrar a denúncia diretamente no site do MPT, acesse https://mpt.mp.br/ assedio-eleitoral.
Faltam pouco mais de duas semanas para a definição de prefeitos e vereadores em todo o País. As eleições ocorrem no dia 6 de outubro. Mas, afinal, como são escolhidas as pessoas que vão ocupar os cargos em disputa?
Prefeitas e prefeitos são escolhidos pelo sistema majoritário de votação, que é o mesmo sistema pelo qual candidatas e candidatos aos cargos de presidente da República, governador de estado e senador são eleitos. Por meio desse modelo de votação, ganha a eleição quem recebe o maior número de votos válidos (que são aqueles dados somente a
Já os vereadores são escolhidos pelo sistema proporcional. Por essa modalidade de votação, é o partido que obtém as vagas, não as candidatas e candidatos. Neste modelo, a eleitora ou o eleitor escolhe em quem votar entre os nomes apresentados por um partido. No entanto, antes de saber se a candidata ou o candidato em quem votou ocupará uma vaga na Câmara, é necessário saber quais foram os partidos que mais receberam votos no pleito. O cálculo é feito a partir dos chamados quocientes eleitoral (QE) e partidário (QP).
O quociente eleitoral é definido pela soma do número de votos válidos (votos de legenda e votos nominais, excluindo-se os em branco e os nulos), dividida pelo número de cadeiras em disputa. Somente os partidos que atingem o quociente eleitoral têm direito a alguma vaga. A partir daí, analisa-se o quociente partidário, que é o resultado do número de votos válidos obtidos dividido pelo quociente eleitoral. O saldo da conta vai corresponder ao número de cadeiras a serem ocupadas.
Com base nos cálculos, o partido ou a federação verifica os candidatos mais votados nominalmente para o preenchimento das vagas. Serão eleitos somente aqueles que tiverem votos em número igual ou superior a 10% do quociente eleitoral. Esses serão os que vão ocupar as vagas a que o respectivo partido ou a respectiva federação tem direito. As coligações partidárias não podem lançar candidaturas aos pleitos proporcionais.
Jornalista
joaocavila@icloud.com
Twitter: @TutaAvila
Insta: blogdoavila
Partido erra e candidata perde R$ 500 mil
A coordenação da campanha de Tânia da Silva à Prefeitura de Novo Hamburgo chegou a comemorar um segundo repasse de R$ 500 mil, feito pela direção nacional do MDB. Outra parcela de R$ 500 mil já havia sido depositada. Só que a alegria durou pouco. Dias depois o recurso foi solicitado de volta, pois teria sido depositado “por engano”.
Candidatos à Prefeitura de Estância Velha participaram de painel promovido pela CDL. Com transmissão pelas redes sociais, o evento torna-se ainda mais atrativo. Mas nem todos conseguem segurar a ansiedade. Candidata, ao fazer as considerações finais, gaguejou e largou: “Vote em mim no dia 6 de janeiro”. Se deu conta e lembrou que o pleito é em outubro.
Para vereador, voto em quem?
É incrível a falta de informações que eleitores têm em relação às candidaturas para a Câmara de Vereadores. Não tem dia que não se ouça a frase: “Ainda não sei em quem votar, tem alguma sugestão?”
Isso revela o desinteresse do cidadão com a escolha de seus representantes. Como resultado, a cada eleição vemos legislativos mais fracos. É o preço que pagamos.
Candidato a prefeito de Campo Bom denunciou nesta semana que adversário teria articulado o uso de inteligência artificial (IA) para manipular imagens e criar um suposto esquema de recebimento de propina. O próprio especialista que seria contratado trouxe o assunto à tona. Claro, parou no Ministério Público Eleitoral com pedido de cassação de registro do idealizador desta verdadeira cadeirada na democracia.
Pedro Adams Neto dará seu nome ao aeroporto regional sediado em Novo Hamburgo, no bairro Canudos. O lançamento da pedra fundamental será no dia 27 de outubro, um domingo, durante as comemorações da Semana da Aviação.
A homenagem reconhece ao aviador que localizou a área na década de 1940 e fez um
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pouso “experimental” com avião pertencente ao aeroclube de São Leopoldo, onde hoje está a pista do aeródromo Batizar a área de Aeroporto Regional Pedro Adams Neto tem ainda outro significado: mostrar que aquele terreno e aquela pista são muito mais do que o Aeroclube de Novo Hamburgo. A regionalização
também integra o projeto de lutar pelo asfaltamento da pista, que é pública, e já tem apoio de políticos como o senador Luiz Carlos Heinze, os deputados federais Marcel Van Hattem e Lucas Redecker; além de diversos prefeitos do Vale Germânico. A ACI-NH também está engajada no projeto de modernização.
Candidato a prefeito em Novo Hamburgo apareceu essa semana com um boné, na cor azul e com o número que usará na urna estampado na frente. Questionado se nascia ali o “Fulano Trump”, o responsável pelo marketing disse: “Talvez”. O comparativo faz sentido, pois o expresidente norte-americano frequentemente aparece de boné, uma marca de sua campanha na busca por novo mandato nos Estados Unidos.
Se a desistência da candidatura de Gabriel Dias (PSDB) para apoiar Heliomar Franco (PL) em São Leopoldo animou a direita, a decisão deu uma sacudida na esquerda, liderada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), do candidato Nelson Spolaor. Plenária no domingo à noite agitou a militância, que promete esquentar a campanha a partir deste fim de semana.
Os marqueteiros políticos traçam suas últimas estratégias para as eleições mnicipais 2024, nesta que é a contagem regressiva para definir quem vai ocupar o Paço Municipal de São Leopoldo.
Esta que é sem dúvida a eleição mais disputada dos últimos tempos.
Para isso, os candidatos devem buscar cada voto, em especial aqueles que desacreditam da política.
Fim da carreira política?
Há quem diga que a decisão do vereador de primeiro mandato acaba por decretar o fim de sua curta carreira política.
Foi uma surpresa até para a mãe do candidato, que durante uma live explicativa disse não entender os motivos para tal decisão.
O que pode acontecer
O cenário ainda não é muito claro, mas a desistência de um candidato que ocupava a terceira colocação, sem dúvida, deixa um ponto de interrogação nas eleições em São Leopoldo.
O que pode acontecer?
Já prevíamos uma disputa parelha; agora será ainda mais acirrada.
Marcado para o dia 26 de setembro, o debate da Acist-SL em parceria com a Vale TV contará com a participação de cinco candidatos. Isso ocorre em função da desistência do vereador Gabriel Dias, que se tornou cabo eleitoral de seu antigo oponente. Participarão do debate os candidatos Arthur Schmidt (MDB),
Delegado Heliomar Franco (PL), Hitler Pederssetti (Podemos), Manoel Binoni Bandeira (PSOL) e Nelson Spolaor (PT).
O evento, que acontecerá às 19h30, será aberto para associados, mediante reserva antecipada, devido à limitação de espaço.
O presidente da associação, Daniel Klafke, ressalta que a entidade
tem promovido ao longo dos anos esse encontro, considerado essencial para que o setor produtivo conheça as propostas dos candidatos para o desenvolvimento econômico e social de São Leopoldo.
A Vale TV fará a transmissão ao vivo, e o encontro contará com a cobertura do jornal O Vale e do portal www.valedosinos.org.
Faltando pouco mais de 15 dias para o pleito, acumulam-se as denúncias e as acusações entre candidatos a prefeito e vereadores.
Como o voto é secreto, cabe a cada um responder da melhor forma aos ataques. Há um ditado antigo: quem não deve, não teme.
Muita explicação pode significar culpa. Fiquemos de olho neles.
Muitos candidatos que antes nunca tinham usado um vestido ou uma bombacha acreditam que ganham votos se fantasiando de gaúcho.
Uma dica é que, antes de saírem “leptos” e faceiros para os acampamentos, consultem quem entende da indumentária gaúcha. Não façam fiasco.
Na próxima semana, inicia a preparação das urnas que devem ser levadas para os locais de votação no sábado (5), véspera do pleito. Ao todo, serão 477 urnas ou seções eleitorais que irão recolher o voto dos 167.061 eleitores aptos a votar, sendo 88.657 mulheres e 78.404 homens.
De acordo com o cartório eleitoral, de todas as seções que compõem as Zonas 51 e 73, apenas aquelas que estavam instaladas na Escola Villa Lobos tiveram que ser remanejadas para o Instituto Pedro Schneider, no Centro.
Pior que as fantasias gaúchas são os imitadores da política. Se antes o uso do número de um candidato histórico definia o apadrinhamento ou a sequência de suas ideias, hoje há candidatos que usam o mesmo vestuário e os mesmos trejeitos.
Só falta a qualificação do seu antecessor, mas isso infelizmente não tem como imitar.
Na quinta reportagem da série sobre os desafios comuns nas cidades, veja o que dizem especialistas e como a indústria criativa, a cultura e o turismo podem contribuir para acelerar o crescimento do Vale do Sinos
Esforços coordenados e incentivo à educação. Para o professor Dusan Schreiber, do Programa de Pós-Graduação em Indústria Criativa da Universidade Feevale, essa dobradinha é fundamental para que a região cresça e se desenvolva economicamente e, claro, socialmente. Um ambiente favorável para a atividade econômica
passa, necessariamente, pelo diálogo e pela orquestração de esforços em uma direção definida. “Essa união possibilitará o diagnóstico da situação atual, definição da situação desejada e elaboração do plano de ação para alcançar os objetivos estabelecidos”, defende Schreiber. Para o especialista, o que falta na região é o alinha-
mento de interesses — muitas vezes motivado por questões ideológicas ou visões diferentes de futuro. “A fraca coesão entre os atores impede ou, no mínimo, dificulta a orquestração dos esforços coordenados na direção da visão comum do que deveria representar o desenvolvimento econômico da região, bem como a elaboração de
projetos para captação de recursos, seja de entes privados ou públicos, para as iniciativas empresariais, modernização de equipamentos públicos e inovação”, afirma Schreiber, ao frisar que o sucesso do desenvolvimento econômico demanda o envolvimento e engajamento de todos os atores sociais. Na mesma linha que
Schreiber, o presidente-executivo do Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefato (IBTeC), Valdir Soldi, destaca que o desenvolvimento econômico necessita de uma estratégia comum. “Uma única corrente que una o poder público e a iniciativa privada”, afirma. Para o executivo, os principais desafios para qual-
quer sociedade são trazer melhorias significativas em infraestrutura, educação, saúde, controle da violência e a consequente redução de mortalidade. “O efeito não é apenas econômico, mas principalmente alcança também o social. Para isso é fundamental melhorar a infraestrutura e a mobilidade dessas regiões, criar ambiente favorável para que as empresas possam crescer e gerar emprego e renda”, considera.
Soldi lembra que desenvolvimento econômico é diferente de crescimento econômico. O desenvolvimento é alcançado somente a partir de estratégias que priorizem também o desenvolvimento social. “Tudo isto é muito importante, porque se uma região tem todos estes desafios superados, se tem um
Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) alto, automaticamente vai melhorar os outros aspectos. Tudo o que for relacionado com fatores de infraestrutura, cultura, educação, emprego e saúde vai favorecer o social e gerar um ambiente mais equilibrado”, observa.
Na quinta reportagem da série sobre os desafios comuns nas cidades, veja como a indústria criativa, a cultura e o turismo podem acelerar o desenvolvimento da região.
Valdir Soldi Presidente-executivo do IBTeC
Na Fundação Liberato, em Novo Hamburgo, todos os cursos têm, em sua grade curricular, a disciplina de Gestão e Empreendedorismo. Isso porque, na instituição, a formação de mão de obra qualificada e a promoção da inovação tecnológica são considerados fatores essenciais para o crescimento econômico e sustentável da região.
Segundo o diretor-executivo da Fundação Liberato, José de Souza, investir em educação de qualidade e na capacitação profissional é o caminho para garantir que todos os cidadãos tenham acesso às oportunidades de emprego geradas pelo desenvolvimento econômico. “Também cabe mencionar a importância das políticas públicas que promovam a inclusão social e econômica, garantindo que grupos vulneráveis também se beneficiem do crescimento econômico além de adotar práticas sustentáveis que garantam o uso responsá-
vel dos recursos naturais e a preservação do meio ambiente, assegurando que o desenvolvimento econômico não comprometa as necessidades das futuras gerações”, observa.
A Liberato, inclusive, é reconhecida internacionalmente pela qualidade da sua pesquisa que culmina nas edições da Mostratec. Feira essa que não só coloca na vitrine projetos de inovação e soluções tecnológicas, como permite que eles saiam do papel e auxiliem no dia a dia da comunidade. “Esses projetos frequentemente resultam em novas tecnologias e processos que podem ser adotados pelas empresas, aumentando a competitividade e eficiência do setor produtivo”, destaca Souza, ao frisar que a Liberato entende que a pesquisa é o pilar fundamental para o crescimento e desenvolvimento econômico e social de qualquer região.
Coordenador geral da Mostratec-Liberato, Luis
Eduardo Selbach considera a feira um celeiro de talentos no que diz respeito à criatividade e à pesquisa. “Nosso papel enquanto instituição é propiciar que as ideias inovadoras sejam apresentadas à sociedade e possam sair do campo acadêmico para auxiliar no dia a dia da população”, defende o coordenador.
José de Souza
Diretor-executivo
da Fundação Liberato
Luis Eduardo Selbach Coordenador geral da Mostratec na Fundação Liberato
Nos últimos 20 anos, a região viu sua matriz econômica ser transformada pela indústria criativa. Entre as tradicionais empresas de manufatura, o Vale do Sinos começou a vislumbrar negócios pautados pela inteligência e criatividade humana, com uma dose poderosa de tecnologia e inovação — inclusive dentro de setores tradicionais como o do couro e o do calçado.
Para ele, a matriz produtiva local ideal deve ser diversificada, sem dependência excessiva de um setor econômico específico — um caminho que a região vem perseguindo a cada ano (Confira a entrevista completa na página ao lado). Superintendente da Assintecal, Silvana Dilly defende que a região do Vale do Sinos reúne toda a inteligência da cadeia produtiva do calçado. “Temos, em um raio de algumas dezenas de quilômetros, tudo o que é necessário, de mão de obra qualificada a materiais inovadores e sustentáveis, para se produzir um calçado de excelência que não fica devendo em nada para qualquer outro do mundo”, destaca.
Para a executiva, o incentivo à indústria criativa
De acordo com o professor Dusan Schreiber, do Programa de Pós-Graduação em Indústria Criativa da Universidade Feevale, o termo indústria criativa refere-se às atividades econômicas que se caracterizam pelo protagonismo do intelecto humano na geração de receita operacional. “Em outras palavras, são atividades empresariais que apresentam reduzido nível de dependência de instalações físicas, como máquinas, equipamentos, prédios, insumos e mercadorias”, explica.
passa, sobretudo, por um sistema tributário menos burocrático e mais justo. “Que incentive, de fato, o surgimento de novos empreendedores e empreendimentos inovadores”, defende. Na mesma linha, o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, defende o apoio à indústria criativa por parte do poder público, mas também pela classe empresarial, ressaltando o seu papel primordial. “O Rio Grande do Sul, e especificamente o Vale do Sinos, foi o berço do calçado brasileiro. Hoje, o Estado,
com papel fundamental da região, responde por quase um terço da nossa produção e mais de 50% das receitas geradas com as exportações. Temos aqui, a inteligência do setor calçadista brasileiro. Para impulsionar ainda mais a atividade, acredito que seja primordial, em primeiro lugar, inovar em produtos, buscar processos inteligentes e automatizados, com menor desperdício, e investir sobretudo na nossa mão de obra, que tem a expertise de quem criou a indústria calçadista brasileira”, destaca.
“Temos tudo o que é necessário, de mão de obra qualificada a materiais inovadores e sustentáveis, para se produzir um calçado de excelência que não fica devendo em nada para qualquer outro do mundo.”
Confira entrevista com Dusan Schreiber, professor do Programa de Pós-Graduação em Indústria Criativa da Universidade Feevale.
Qual a importância da indústria criativa para a economia da região?
Nos últimos 20 anos a região está passando por processo de reconfiguração de sua matriz produtiva, com crescentes investimentos em inovação de base tecnológica, impulsionada por instituições de ensino superior e ensino técnico, bem como apoio do governo municipal e de entidades representativas de empresas que atuam no território. Este processo resultou na consolidação de iniciativas empresariais que pertencem à indústria criativa, notadamente de base tecnológica. Além disso, por meio de coordenação de esforços de diversos atores locais ocorreu captação de recursos públicos, por meio de projetos submetidos e aprovados, tanto pelo governo federal, como
estadual, contribuindo para a referida consolidação de atividades econômicas da indústria criativa. Como consequência aumentou, de forma relevante, a geração de emprego, renda e de arrecadação, proveniente das atividades empresariais da indústria criativa.
Indústria criativa vai substituir a indústria tradicional?
A substituição por completo não deverá ocorrer. Penso que nem seria saudável isso acontecer. A matriz produtiva local ideal deve ser diversificada, sem dependência excessiva de um setor econômico específico. As atividades econômicas que constituem a indústria criativa devem ser fortalecidas, estimuladas e devem possuir uma representatividade no PIB local suficiente para dar a continuidade ao processo de geração de empregos e de renda local, respaldando o desenvolvimento econômico regional desejado.
A Inteligência Artificial prejudica ou auxilia a indústria criativa?
Penso que a Inteligência Artificial, como qualquer outra das tecnologias da indústria 4.0, surgiu e se popularizou, por propiciar benefícios relevantes para os usuários, sejam eles pessoas jurídicas ou pessoas físicas. O que é possível afirmar, também, que a utilização tanto da tecnologia IA, como das demais tecnologias, ainda está no início e carece de mais estudos, em diversas áreas de conhecimento. Esta é também a situação de atividades econômicas da indústria criativa, onde as referidas tecnologias poderão oferecer muito mais benefícios, desde que estabelecidos os limites por autoridades, a exemplo do que ocorreu com o marco legal da internet.
Como fazer com que a indústria criativa beneficie a todos nas cidades? Ou como evitar que algumas classes sociais sejam exclu-
ídas da indústria criativa?
Para que as atividades econômicas da indústria criativa possam oferecer benefícios para a maioria das pessoas da comunidade, faz-se necessário investimento maciço em educação, para que os empreendimentos da indústria criativa, notadamente os de base tecnológica, possam contratar as pessoas da comunidade, sem ter que recorrer à contratação de pessoas especializadas de outros locais. Além disso, conside-
rando que na comunidade podem existir empreendedores potenciais, com ideias promissoras, no âmbito da indústria criativa, faz-se necessário um conjunto de políticas públicas para estimular a formalização e aceleração dos empreendimentos da indústria criativa. As referidas políticas públicas podem (e deveriam) contar com a participação ativa e colaboração dos demais atores sociais que atuam no território, como instituições de pesquisa e ensino.
Valdir Soldi
O que diz Valdir Soldi, presidente do IBTeC, sobre os desafios para o desenvolvimento econômico das cidades.
Como fazer com o que o desenvolvimento econômico beneficie a todos?
O desenvolvimento econômico traz resultados para todos quando trouxer também melhorias, como por exemplo em infraestrutura, educação, saúde, emprego. Então, eu entendo que o desenvolvimento econômico traz, sim, benefícios para todos os cidadãos, para a sociedade como um todo, quando realmente traz consigo estas melhorias. Quando acontece uma melhoria dentro de uma cidade como consequência de um plano de desenvolvimento econômico, por exemplo, todos são beneficiados.
Quais os principais desafios da região?
Não tenho dúvidas de que os principais desafios para qualquer sociedade são trazer melhorias significativas em infraestrutura, educação, saúde, controle da violência e a consequente redução de mortalidade. Tudo isto é muito importante, porque se uma região tem todos estes desafios superados, se tem um IDH alto, vai melhorar outros aspectos. O efeito não é apenas econômico, mas também o social. Para isso é fundamental melhorar infraestrutura e mobilidade, criar ambiente favorável para que as empresas possam crescer e gerar emprego e renda.
Regiões com alto índice de desenvolvimento econômico têm, muitas vezes, os setores de cultura e turismo aquecidos. É aquela história de círculo virtuoso, onde um elo puxa o outro e todos prosperam.
O desenvolvimento econômico do Vale do Sinos passa também pela atenção dada a essas áreas. Um exemplo é o crescimento da arrecadação de Novo Hamburgo com o turismo de compras fomentado pela instalação de um outlet premium às margens da BR-116, uma das principais rodovias do Estado e que liga a Região Metropolitana à Serra gaúcha. Em uma década, o centro de compras se tornou ponto estratégico de parada de turistas com destino à Serra Gaúcha. Em um único final de semana, mais de 40 mil pessoas cir-
culam pelo espaço.
Outro segmento do turismo que já é consolidado na região é o de negócios, encabeçado pelas feiras empresariais originárias do calçado. A Fenac, por exemplo, conta com um calendário de feiras anual e que movimenta não só a rede hoteleira e gastronômica hamburguense, mas também de cidades vizinhas. E detalhe: sem depender exclusivamente do setor coureiro-calçadista. Com um calendário eclético, o centro de eventos consegue ofertar
atrações para os amantes de carros antigos, aspirantes a confeiteiros, empresários do ramo pet, além de acolher shows e eventos privados.
Da mesma forma, o turismo de inovação e tecnologia vem crescendo cada dia mais. A Mostratec, promovida pela Fundação Liberato, também em Novo Hamburgo, é um exemplo. A feira, inicialmente voltada para os trabalhos de pesquisa dos alunos da instituição, ganhou proporções internacionais e recebe, anualmente, cerca de 3 mil alunos e professores do Brasil e exterior, atraindo mais de 35 mil visitantes. Fomenta o turismo local e se transforma num catalisador para o desenvolvimento econômico não só da região, mas do Estado.
“Estamos vendo, a cada dia, mais interesse de pessoas pela espiritualidade, que buscam experiências espirituais, momentos de espiritualidade.”
Mesmo assim, ainda há muito o que desenvolver no turismo do Vale do Sinos e na região. Para Luiz Felipe Leifheit, diretor do Centro de Espiritualidade Cristo Rei (Cecrei), de São Leopoldo, o setor é desafiado por um grande “concorrente”: a Serra Gaúcha. “Concorrente não é o termo correto, mas representa bem, pois são cidades que estão se especializando cada vez mais no turismo, como Gramado, Canela, Nova Petrópolis, São Francisco de Paula”, exemplifica.
Para Leifheit, São Leopoldo não está preparada para vários tipos de turismo. “Não temos essa tradição, ainda estamos em busca de uma identidade. Mas temos pessoas muito empenhadas para que isso aconteça.”
À frente do Cecrei, Leifheit observa um grande potencial no turismo religioso na cidade. “Estamos vendo, a cada dia, mais interesse de pessoas pela espiritualidade, que buscam experiências espirituais, momentos de espiritualidade. E o Cecrei está se preparando para atender mais os romeiros”, conta o diretor da Cecrei.
Na visão do executivo, o turismo religioso é fundamental para o crescimento da região, ainda mais com o processo de beatificação e futura santificação de Padre Reus. “Teremos um número ainda maior de romeiros na região. E isso faz bem para a região e para as pessoas, que estão sedentas de espiritualidade”, analisa.
Historicamente efervescente, o setor cultural resiste aos desafios impostos na pandemia e, mais recente, pela catástrofe climática que atingiu a região em maio. Mesmo em meio a inúmeras pedras pelo caminho, a cultura segue alegrando, emocionando e trazendo cor para o dia a dia do povo. O Vale do Sinos, inclusive, é um celeiro de expoentes culturais, seja nas artes cênicas, nas belas artes ou na música.
Para Deivid Schu, diretor de Turismo de Novo Hamburgo e mestrando em Indústria Criativa pela Universidade Feevale, o Movimento Casa Velha, criado por artistas plásticos como Flávio Scholles, Marciano Schmitz e Carlos Alberto de Oliveira, é um exemplo inspirador de como a arte e a cultura contribuem na transformação criativa de uma comunidade. Ao ocu-
par uma das casas antigas do Centro Histórico de Hamburgo Velho, o movimento formou outros artistas e estabeleceu um diálogo com o mundo a partir de suas expressões artísticas.
“Manter viva essa história, resgatando exemplos inspiradores como a Fundação Scheffel (foto), o Movimento Casa Velha e o Instituto de Belas Artes de Novo Hamburgo, e fomentando a inovação, o pertencimento e a ressignificação de espaços culturais, são passos importantes para que o turismo criativo se torne um elemento transformador da região. Ao valorizar e promover a cultura local, o Rio Grande do Sul pode atrair visitantes em busca de experiências autênticas e enriquecedoras, contribuindo efetivamente para a economia e o desenvolvimento social das comunidades”, avalia Schu. CNPJ CANDIDATO- 56.756.483/0001- 03 - VALOR A PEDIDO R$ 275,00 *COLIGAÇÃO Coragem para mudar*
Fomentar a inovação, o pertencimento e a ressignificação de espaços culturais são passos importantes para que o turismo criativo se torne um elemento transformador da região.
Como destacado nas páginas anteriores, o desenvolvimento econômico
da região passa também pela cultura e turismo.
Novo Hamburgo conta
com seus roteiros exclusivos, seja o Caminhos de Lomba Grande ou, o mais
recente, de Hamburgo Velho - ainda a ser lançado oficialmente. Dois Irmãos com seu Natal dos Anjos e o tradicional Kerb de São Miguel. Ivoti e suas festas temáticas, como a das flores e da rosca, nata e mel. Tem também Estância Velha e seus Kerbs e RuralFest. E São Leopoldo com sua festa própria, a São Leopoldo Fest. Sem falar, é claro, na Rota Romântica e nos caminhos do Vale Germânico. Tudo isso demonstra a força da cultura, da tradição e da gastronomia da região — que é um dos pilares do
desenvolvimento econômico e social da região. Para Deivid Schu, a gastronomia é um importante atrativo turístico e um motor da economia criativa no Rio Grande do Sul. “A valorização da culinária local, a promoção de roteiros gastronômicos e o desenvolvimento de produtos turísticos inovadores podem gerar emprego e renda para a população, além de fortalecer a identidade cultural do Estado”, frisa, ao lembrar que o turismo gastronômico é uma tendência em crescimento no mundo todo.
Camila Veiga Jornalista
camilaveiga.imprensa@gmail.com
Instagram: @acamilaveiga
Está em alta nas redes sociais a informação de que é possível consultar se uma pessoa ou empresa tem dinheiro esquecido em algum banco, consórcio ou outra instituição e, caso tenha, solicitar o recebimento do valor. A forma confiável e segura de fazer isso é através do Sistema de Valores a Receber (SVR), um serviço do Banco Central (BC).
Segundo o BC, cerca de 930 mil pessoas físicas têm mais de R$ 1 mil para sacar em valores a receber. Contudo, a grande maioria tem menos de R$ 10 em dinheiro esquecido, de um total de R$ 8,6 bilhões. Para consultar, será necessário acessar o site www.valoresareceber.bcb. gov.br e informar o CPF e data de nascimento, ou CNPJ e data de abertura da empresa. Caso seja confirmada a existência de valores a receber, é preciso entrar no sistema com o login da conta no gov.br para confirmar o resgate. E, se o dinheiro não for resgatado, o valor será utilizado pelo governo para compensar a reoneração gradual da folha de pagamentos de 17 setores da economia. Mas atenção com os golpes� Os serviços do SVR são gratuitos e não existe nenhuma taxa para o saque, como dizem alguns golpistas. Além disso, o BC não envia links por nenhum canal, tampouco entra em contato para confirmar dados pessoais.
Conectar negócios e boas ações. Foi com essas propostas em mente que as empresárias Paola Foss e Juliana Bondan (foto) criaram o evento que celebra os cinco anos da Concept Contabilidade. A Rodada de Negócios Beneficente vai promover o networking entre 100 empreendedores com ingressos solidários, que serão
totalmente revertidos em doações para o Lar Colmeia de Campo Bom. O evento ocorre em de 10 de outubro, no Centro de Eventos Sindilojas NH, em Novo Hamburgo.
“Idealizamos esse formato de comemoração porque acreditamos que o sucesso do nosso negócio se dá pelas conexões e parcerias que
fizemos no decorrer destes anos. E é isso que uma rodada de negócios pode gerar”, declara Juliana.
Estandes com expositores, um coquetel especial, pitchs de venda e palestras inspiradoras fazem parte da programação.
Todas as informações estão disponíveis no perfil do Instagram @concept_contabilidade.
O avanço e os desafios das práticas ESG (em português Ambiental, Social e Governança) na cadeia calçadista brasileira serão pautas do Conexão Origem Sustentável, evento que lança sua primeira edição para se tornar o ponto de encontro de lideranças e profissionais
do setor para debater práticas sustentáveis na atividade. A iniciativa ocorre em 15 de outubro, no Centro de Eventos da Faccat, em Taquara, e é uma realização conjunta da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e da Associação Brasileira das
Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal). Os ingressos são gratuitos para empresas certificadas ou em processo de certificação pelo Origem Sustentável. As outras empresas associadas às entidades têm ingresso de R$ 75 e público geral R$ 150.
Seguem abertas até 15 de outubro as inscrições para o Startup Lab, que visa fortalecer o ecossistema empreendedor gaúcho, a partir da conexão entre grandes empresas e startups. O Startup Lab é um programa do governo do Estado, coordenado pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict).
Na Região Metropolitana e Litoral Norte do Inova RS, é executado pela Universidade Feevale, sob a coordenação da diretora de Inovação da Instituição, Daiana de Leonço Monzon. As startups inscritas deverão apresentar soluções para oito desafios, propostos por seis empresas-âncora.
Ao final, as selecionadas participarão de rodadas de negócios com as proponentes, estando livres para seguir com negociações após o encerramento do programa.
A marca Pavioli, muito popular entre os gaúchos por suas saborosas massas, foi arrematada em recente leilão pela empresa do mesmo segmento Italiany, de Sapiranga, pelo valor de R$ 650 mil. A Pavioli foi criada na década de 1960 e mantinha sede em Canoas. Uma série de fatores, agravados pelas enchentes de maio, levaram a indústria ao pedido de falência.
Por: Luis Guilherme Zambrzycki
A Instituição Evangélica de Novo Hamburgo (IENH) promove entre os dias 23 de setembro e 4 de outubro a 2ª Semana de Inovação. O evento busca conectar estu-
dantes, educadores e comunidade por meio de debates sobre tecnologias emergentes e práticas pedagógicas avançadas.
A iniciativa oferece uma programação diversificada e painéis temáticos que abor-
dam Inteligência Artificial (IA), Energias Renováveis, Impressão 3D e cidades inteligentes. As oficinas e palestras têm o propósito de preparar os participantes para os desafios do futuro, sempre com um olhar volta-
do para a sustentabilidade e a inovação.
Coordenador do Núcleo de Inovação do IENH, Luciano de Oliveira Maurina afirma que o propósito geral do evento é conectar os participantes ao mundo emergente, “promovendo a inovação, a adoção de novas tecnologias e práticas pedagógicas avançadas dentro do ambiente educacional”. “A Semana da Inovação da IENH visa preparar alunos e educadores para os desafios do futuro, incentivando o pensamento crítico e criativo, além de explorar soluções inovadoras para o bem-estar coletivo.
A segunda edição traz a temática de Cidades Inteligentes, com a pergunta central: Como unir todo o potencial da tecnologia e da inventividade em prol do bem-estar global?”, conta Luciano,
Veja a programação nos 5 dias iniciais da Semana da Inovação da IENH
IA na Educação: impactos e possibilidades
Quando: dia 23/09, das 19h às 20h
Local: Fundação Evangélica, Ginásio
Palestra para professores da IENH e aberta ao público, na qual os participantes serão introduzidos ao universo da Inteligência Artificial (IA) e seu papel crescente na educação. Serão discutidos os principais impactos já observados, tanto positivos quanto desafiadores, e as inúmeras possibilidades que a IA oferece para inovar práticas pedagógicas e melhorar a aprendizagem dos alunos.
Painel: Biomimética e cidades inteligentes
Quando: dia 24/09, das 19h às 21h
Local: Fundação Evangélica, Ginásio
Painel vai explorar a interseção entre sociedade 5.0, biomimética e cidades inteligentes, demonstrando como a natureza pode inspirar soluções inovadoras para desafios urbanos. A biomimética, ciência que estuda e aplica as estratégias da natureza para resolver problemas complexos, oferece um vasto repertório de ideias para tornar nossas cidades mais sustentáveis e eficientes.
Mini Engenheiros do Trânsito
Quando: dia 30/09, das 13h20 às 16h20
Local: Pindorama, Auditório/Ginásio, Sala de Aula
Apresentação da Sirros sobre o projeto de sinaleiras inteligentes;
demonstração de drone com apresentação de vídeos captados nos horários de maior fluxo de cada unidade; mini carteirinha de trânsito para os alunos.
Oficina de Criação de Conteúdo
Digital
Quando: 1º/10, das 13h20 às 16h20
Local: Fundação Evangélica, Collab Room, Mind Makers
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que projeta atingir mais de 2 mil participantes, “incluindo um público diversificado que abrange desde alunos da Educação Infantil até o Ensino Superior, além de educadores, coordenadores pedagógicos, pais, representantes de entidades educacionais, jornalistas e influenciadores do setor de educação e tecnologia”.
A Semana da Inovação da IENH contempla alunos de todos os níveis de ensino, desde a Educação Infantil até a graduação, proporcionando atividades adaptadas a cada faixa etária e nível educacional, garantindo uma experiência de aprendizado imersivo e interativo para todos. A entrada para o público em geral é 1kg de alimento não perecível, para doação a instituições apoiadas pela IENH.
Cidades inteligentes: Aplicando IOT para desenvolver modelos de hortas 4.0 urbanas
Quando: dia 1º/10, das 13h20 às 16h20
Local: Pindorama e Oswaldo Cruz, Salas de aula; Sede da Elysios em Taquara
Demonstração de um sistema de IOT pela Startup Elysios nas unidades e possibilidade de visita técnica na sede em Taquara para observar o funcionamento de uma sistema de IOT em funcionamento.
Acesso o portal valedosinos.org pelo QR Code e confira a programação completa da Semana da Inovação da IENH
Por: Luis Guilherme Zambrzycki
São Leopoldo - A Semana Farroupilha de São Leopoldo celebra as tradições gaúchas e mantém viva a história do Rio Grande do Sul. Desde o início das festividades, no dia 7 de setembro, o evento tem sido um ponto de encontro para a comunidade, reforçando o orgulho pela cultura gaúcha por meio de atividades como tertúlias, shows musicais, e celebrações ao ar livre nos acampamentos. Com a presença ativa de piquetes e grupos tradicionalistas, o espírito do povo gaúcho é celebrado no Parque do Trabalhador, no Bairro Vicentina.
A programação continua repleta de eventos que destacam a cultura do RS até o encerramento oficial com a extinção da Chama Crioula, no sábado (21), um momento simbólico que marca o final da festa. Além disso, o público pode desfrutar de apresentações de grupos de
dança e música, valorizando talentos locais e o legado deixado por figuras emblemáticas da tradição, como Jayme Caetano Braun, perpetuando a importância da cultura gaúcha nas novas gerações.
A programação inclui ainda apresentações de invernadas artísticas, competições de dança e concursos de tradições gaúchas, além
de missas crioulas que reforçam o vínculo com as raízes culturais. A festa, que conta com o apoio da Prefeitura de São Leopoldo e do Banco Sicredi, vai além da celebração: ela reafirma a importância da cultura gaúcha no contexto da identidade local e fortalece os laços da comunidade, num momento de conexão com as raízes e valores do RS.
O Acampamento Farroupilha em Sapiranga também é marcado por shows, danças e momentos de integração, mantendo viva a essência da tradição gaúcha. A programação, que encerra somente no domingo (22), atrai tanto moradores quanto visitantes ao Parque do Imigrante (Parcão), oferecendo uma
série de atividades que celebram a cultura do RS. Apresentações de artistas como Joca Martins e Thomas Machado são destaques, além de homenagens a grupos culturais locais, como o CTG Pedro Serrano. O público também pode apreciar espetáculos de invernadas artísticas e
bailes que resgatam a música tradicionalista, como Leonardo & Adriano Acústico, Thomas Machado e Banda, Roger Constantino e Timbre Gaúcho. Ainda estão na programação Dorival Romera e Grupo Criado Xucro, Som do Sul e uma homenagem aos 30 Anos do Balé Folclórico Origens.
Em ao menos duas cidades da região a sexta-feira (20) também será marcada pelos desfiles que ressaltam a tradição gaúcha. Em São Leopoldo, a concentração começa às 9h de sexta (20), e o desfile oficial da Semana Farroupilha ocorre a partir das 10h, na Avenida Dom João Becker.
Já em Novo Hamburgo, tradicional desfile Farroupilha ocorrerá a partir das 9h, percorrendo a Avenida Pedro Adams Filho, entre a Rua Marcílio Dias e a Rua Lima e Silva.
Acesse o portal valedosinos.org pelo QR Code e confira a programação
Novo Hamburgo - O Festival de Coros do Vale do Sinos deste ano vai celebrar o Bicentenário da Imigração Alemã no Brasil, destacando a rica herança cultural e musical trazida pelos imigrantes, que resultou nas ainda presentes sociedades de cato. O evento da Associação de Coros de Novo Hamburgo (Ascor-NH) ocorrerá entre os dias 25 e 28 de setembro.
Essa será a 57ª edição do evento, que contará com a participação de 26 coros da região, que se apresentarão no Teatro Municipal Paschoal Carlos Magno, em Novo Hamburgo. As atividades iniciam sempre às 20h e a entrada é franca.
Além disso, o festival prestará uma homenagem especial aos Coros Júlio Kunz de Novo Hamburgo, União de Estância Velha e Santa Cecília de Dois Irmãos, reconhecendo sua longevidade e contribuição à música coral. Estarão ainda no palco artistas de Bom Princípio, Capão da Canoa, Pareci Novo, São Leopoldo, entre outras cidades.
Em cada noite, de cinco a oito conjuntos de vozes se apresentam; com repertórios que vão do sacro ao popular, em variados gêneros musicais com arranjos para o canto em grupo. “Além de emocionante, o Canto Coral representa uma das principais heranças germânicas na região”, diz o secretário da Cultura, Ralfe Cardoso.
Legado reconhecido
Em agosto de 2013 foi aprovada a Lei Municipal nº 2.585, conferindo oficialmente o reconhecimento do Canto Coral como patrimônio imaterial da cidade de Novo Hambur-
go. Para a presidente da Ascor-NH, Ana Specht, a presença no evento oportuniza “conhecer, prestigiar e se aproximar do cantar de pessoas que se reúnem e ensaiam semanalmente”. Ela explica como será a dinâmica do 57º Festival de Coros do Vale do Sinos. “Na primeira noite, o palco está reservado para coros que desenvolvem um repertório de músicas sacras e gospel. Nas demais noites, coros que apresentam um programa variado, com músicas populares e eruditas”, conta.
Acesse o portal valedosinos.org pelo QR Code e saiba mais sobre o Festival de Coros
Estância Velha - A Unidade Móvel do Hemocentro esteve na Praça 1º de Maio, no Centro de Estância Velha, arrecadando doações de sangue em mais uma ação dentro das comemorações dos 65 anos da cidade. E mais uma vez a comunidade mostrou toda sua solidariedade.
Segundo a Prefeitura, a campanha de doação é permanente e já faz parte do costume de muitos estancienses. Prova disso é que durante o processo de doação, dividiram o mesmo espaço dentro do ôni-
bus especialmente equipado para as extrações, os estancienses Dirceu Schaab, 59, morador do bairro Rincão dos Ilhéus, e Araci Alves Schio, 41, moradora do Campo Grande. “Já sou doador recorrente e vou pela Prefeitura”, disse Schaab. Já Araci, completou. “Esse tipo de ação é muito importante, pois uma doação pode salvar várias.”
Ao final da atividade foram registradas 70 doações, número máximo realizado pela Unidade Móvel do Hemocentro em atividades itinerantes.
Cláudio Alves
Locutor e apresentador, comanda o programa
Estação Hamburgo
@claudioalveslocutor
Nos dias 14 e 15 de setembro, tive o privilégio de apresentar toda a programação da 2ª edição do Festival Sons da Primavera no Parque Municipal de Linha Nova, um evento repleto de flores, música, alimentação, playground, encontro de família e amigos. Tudo isso num ambiente repleto de belezas naturais e muitas cores vibrantes para receber a primavera, que inicia no domingo, dia 22 de setembro. Tivemos momentos especiais em meio a floriculturas e muitos shows já vivendo o clima da estação mais colorida do ano.
A programação iniciou no sábado (14) com exposição de flores, mudas e paisagismo. Às 14h, apresentei a primeira atração no palco, o show da Banda Chaplins, que nos trouxe uma mescla musical com uma atenção ao melhor dos anos 1980 e 1990. Às 16h30, anunciei no palco o show da Hatfield Banda, comemorando seus 10 anos de atuação na região. Na sequência foram apresentados
os novos trajes das Soberanas de Linha Nova. A rainha Alana Wolf e as princesas Liandra Scherer e Gyovana Auler desfilaram seus novos e lindos trajes. Logo depois apresentei no palco a Banda The Willers, que em todos os seus shows apresenta um repertório variado com muita irreverência e interação com o público.
Às 21h30, Elena Pellenz, cantora, compositora e comunicadora, apresentou com sua banda uma seleção de suas composições, inclusive grandes sucessos gravados por diversas bandas. E à meia-noite, eu apresentei o show da Banda Brilha Som, um verdadeiro espetáculo musical. No domingo, iniciamos com o credenciamento para a 12ª Bierwanderung, a Caminhada da Cerveja organizada pelo Grupo de Danças Loreley. Foram mais de 250 participantes desta caminhada de 10,2 km por lugares lindos junto à natureza do interior de Linha Nova, com um detalhe interessante: pa-
radas com degustação de muita cerveja. Às 10h, reabrimos a exposição de flores, mudas e paisagismo, e depois a praça de alimentação. Às 14h, apresentei no palco a Super Banda Tricolor. Às 16h30, apresentei o show da Banda Porto do Som, que comemora 25 anos de estrada. Finalizamos nossa programação com a Banda 10, criada em 2000 na terra da Oktoberfest, Igrejinha. A banda conquistou ao longo desses 24 anos seu espaço no meio musical com grandes parcerias e músicas que se
destacam na programação de emissoras de rádio, inclusive cantei a música “Castelhano” com a Banda 10 para encerrar a segunda edição do Festival Sons da Primavera. Parabéns para a Associação Linha Nova de Turismo (Alintur), que criou o festival. Essa é uma das diversas ações que esses 10 empreendedores fazem para promover o turismo. Eles criaram a Rota Turística Linha Nova, que oferece experiências únicas de bem-estar, em harmonia entre natureza, cultura e tradição cervejeira.
A aconchegante cidade de quase 2 mil habitantes é de uma natureza exuberante, repleta de belas paisagens, matas, trilhas, com uma produção artesanal de variados estilos de cervejas e uma gastronomia típica da região. É sempre um privilégio apresentar os eventos de Linha Nova. Espero poder conviver com a comunidade de Linha Nova por muitos eventos. Na próxima coluna, vou trazer informações dos dez empreendimentos que se uniram nesta associação, fortalecendo o turismo da cidade.
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Geralmente, quando pensamos em Alemanha, imagens de cerveja, traje típico, bratzel e bandinha vem à mente. A realidade é que a Alemanha é composta de estados bem diversificados e a ideia que temos diz respeito a Bavaria (Bayern). Ou seja, a cultura varia de acordo com a região e, bom, a música também.
Não sei se muitos sabem disso, mas o gênero musical Techno veio da Alemanha. Techno é um estilo musical que é meio a música eletrônica do Brasil (explicação bem simplificada). Existem discussões de qual país originou esse gênero, mas é fato que foi na Alemanha que ele ganhou espaço para crescer e ficar mundialmente conhecido.
O Techno surge nos anos 1980/1990 em Frankfurt e Berlin. E é importante pensar na história e no contexto da Alemanha na época: a Queda do Muro de Berlim
aconteceu em 1989 e a música foi uma forma de unificar o Ocidente e o Oriente. O Techno, as festas, as boates e as raves trouxeram a “liberdade” para o povo alemão.
Este gênero musical influencia a produção musical alemã até hoje. Da mesma forma que o funk e o rap tem muita influência no Brasil e no que os
nossos artistas produzem, o Techno apresenta esse papel na Alemanha.
E agora quero compartilhar algumas músicas alemãs que estão fazendo sucesso por aqui, para vocês também conhecerem músicas alemãs que não são bandinhas.
Panama - GReeeN (uma batida meio latina, por sinal, muitas músicas
alemãs possuem referências latinhas e brasileiras, eles amam o Brasil);
Mädchen auf dem Pferd - Luca-Dante Spadafora, Niklas Dee e Octavian (aqui dá para ouvir um pouco da referência Techno, e essa música é de um filme infantil);
Pocahontas - AnnenMayKantereit (essa é linda e toca em todo
festival de rua)
99 Luftballons - Techno - Snoblack (uma Techno não podia faltar).
Essas são só algumas músicas, mas existem muitas mais. Dessa vez quis compartilhar um pouco sobre o que os alemães escutam, e bom, raramente é bandinha.
Gratidão por você estar aqui� Até a próxima.
MEMÓRIAS
Don Arabi Rodrigues Compositor, poeta e pajador. Apresentador do programa Pé no Chão, da Vale TV
A Revolução Farroupilha surgiu de um movimento contra o Governo Imperial, a partir da Independência do Brasil, em 22 setembro de 1822. O Imperador Dom Pedro II resolveu integrar as províncias ao Continente Brasileiro, sem que para tanto adequasse às necessidades econômicas, políticas e sociais da população. A morte de gaúchos defendendo as fronteiras do Brasil, durante as escaramuças “con los Hermanos”, e, principalmente a Guerra das Províncias Reunidas, que arrasou o povo gaúcho, deixando prejuízos econômicos resultantes desses eventos culminaram com marcas profundas na sociedade gaúcha, além do descaso do Presidente da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, e mais, o agravo ao Coronel Bento Gonçalves, como traidor do Império.
O dissídio foi acentuado pela formação das duas correntes: à época, os Legalistas ou Caramurus e os Farroupilhas, foi então o que dividiu a vida do Rio Grande do Sul, determinando o movimento de 1835. Conhecido por várias denominações: República de Piratini, ou “Estado RioGrandense”. E, por fim, parafraseando o inimigo, adotaram o nome de Farroupilhas. Apenas em abril 1835 foi eleita a Primeira Assembleia Legislativa
da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Em 20 de setembro de 1835 eclodiu a arrancada farroupilha, e neste mesmo dia, Antônio Fernandes Braga fugiu com os seus asseclas para Rio Grande e dali para o Rio de Janeiro. Bento Gonçalves toma Porto Alegre e faz o célebre pronunciamento dizendo: “O amor a ordem e a liberdade à que me consagrei desde a minha infância, me arrancaram do gozo do prazer da vida privada, para correr convosco a salvação da nossa querida pátria.”
Durante dez anos (1835-1845) os gaúchos resistiram, sendo que, a 11 de novembro de 1836, à margem rio Jaguarão Chico, no Campo dos Menezes, Antônio de Souza Neto, Coronel Comandante da 1ª Brigada, proclamou a Independência da República Rio-grandense, criado um Estado livre com fórum de direito e de ação. Empolgado com o evento gritou alto e em bom som:
Viva a República Rio-grandense!
Viva a Independência!
Viva o Exercício Republicano Riograndense!
Cada vez mais tenho recebido mensagens ou sendo marcado em postagens, a partir das colunas publicadas em O VALE, com palavras elogiosas, reflexões e até mesmo críticas. Com toda a humildade, quero ter a presunção de escrever nesta semana em nome de todos aqueles que escrevem, fotografam, editam, diagramam este jornal. Mais, ouso falar em nome dos que trabalham em rádio ou TV. Em primeiro lugar, saber que você destinou seu tempo para ler essa coluna já impressiona, pois em dias de tanta correria e pressa, utilizar cinco minutos da sua vida para tal leitura envaidece o escritor. Um segundo aspecto, a partir do que você leu, se você manda uma mensagem (elogiando ou criticando) é porque você utilizou mais alguns minutos da sua agenda para pensar e refletir, seja concordando ou discordando.
Você me deu atenção, você pensou no que escrevi e você interagiu comigo. Como não usar dessa gasolina para seguir, mais e mais. E veja bem, querido leitor (sim, falo com uma pessoa de cada vez, não gosto do plural, pois falo com você que está lendo agora este texto) em mais de uma vez destaquei que a sua manifestação sempre é bemvinda, seja elogiosa ou em tom de crítica. Sobre elogios, não preciso discorrer, afinal confortam o ego em qualquer atividade e para qualquer ser humano. Porém, me detenho mais no pensamento discordante.
Usa-se esse exemplo seguidamente nas relações matrimoniais, onde os estudiosos afirmam que pior que a discussão
é o silêncio. Quando discutimos, via de regra, acreditamos que algo pode ser modificado e se entramos de mente aberta em um embate de ideias, até mesmo nós podemos evoluir. É a esperança de convencer e mudar. Porém, quando há silêncio, o fim está próximo, pois um já desistiu do outro. Ora, trago para o mundo da comunicação essa mesma perspectiva: se um ouvinte meu do Papo da Uma da União FM ou um leitor de O VALE discorda e apresenta um contra-argumento razoável e coerente, ele está disposto a dialogar.
Voltando as críticas com respeito, retorno ao exemplo de casamentos silenciosos. Nesses, como na relação leitor x escritor, o silêncio indica o fim. Pior, pode indicar desprezo, pois nada mais fácil que abandonar a leitura; nunca mais ouvir. Que dor� Então, reitero que os elogios, as críticas, os abraços, nunca podem ser desprezados. Entrevistei, recentemente no LADO B, na UNIÃO FM, o icônico Tony Ramos com 60 anos de carreira e o questionei, por qual motivo dava entrevista para uma rádio no sul do Brasil, com a mesma atenção que havia falado naquele mesmo dia no programa da Ana Maria Braga, na Rede Globo, ao que me respondeu que tudo que tinha na vida devia aos seus expectadores e jamais poderia se negar a estar próximo a eles, seja numa foto em aeroporto ou dando entrevistas. Concordo e assino embaixo. Escrevam, comentem, concordem, discordem. Enquanto houver diálogo estaremos vivos e dispostos a evoluir.
