Em clima de retomada, Fenac prepara a Loucura por Sapatos Página 19
MARINA KLEIN
Despedidas e vulnerabilidade longe de quem amamos Página 22
Direção defensiva não é vergonha, gauchada!
Página 23
REPORTAGEM ESPECIAL
Como rever a relação do homem com a natureza
Primeira da série especial sobre os desafios comuns nas cidades, reportagem aborda o futuro após quatro meses da tragédia climática do RS e aponta que, mais do que pensar em prevenção, é preciso agir com respeito à natureza
Páginas 09 a 14
JOÃO ÁVILA
Vale TV fará debates com candidatos
Primeiro encontro será dia 24, com concorrentes de Campo Bom
Página 06 e 07
JOSÉ NUNES
Enchentes devem ser pauta principal em São Leopoldo
Presidente da ARI, José Nunes estreia coluna sobre as eleições
Página 08
RODRIGO GIACOMET
Foto: Rafa
Neddermeyer/Agência Brasil
04 - Jeison Rodrigues Bora.Club está de cara nova na internet
06 a 07 - João Ávila
- Semana das eleições abre com debate entre os candidatos de Novo
Hamburgo
- Confronto de gigantes de Campo Bom será no dia 24
08 - José Nunes
Enchentes do mês de maio devem ser pauta principal dos candidatos
09 a 14 - Especial
Desastres climáticos escancaram a necessidade de rever nossa relação com a natureza
15 a 18 - Giro pelo Vale
- São Leopoldo Fest tem data confirmada
- Fundado por imigrantes, Coro Julio Kunz tem 136 anos de história e tradição
19 - Camila Veiga
Em clima de retomada, Fenac prepara a Loucura por Sapatos
21 - Cláudio Alves
A Rota Romântica e as diversas opções de lazer
22 - Marina Klein
Despedidas e vulnerabilidade
23 - Rodrigo Giacomet
Direção defensiva não é vergonha, gauchada!
Os desafios comuns nas cidades
Quando começamos a discutir as pautas desta e das próximas edições do Jornal O Vale, logo surgiram dúvidas como quais e quantos assuntos seriam abordados. Com a ideia de discutir o futuro, trazer ao debate os desafios comuns nas cidades, elencamos sete temas: meio ambiente, educação, tecnologia e inovação, economia, desenvolvimento social, mobilidade urbana e saúde.
Após a catástrofe climática que assolou o RS, o tema escolhido para abrir a série especial não poderia ser outro: meio
ambiente, um tema caro nos dias atuais.
Escalada para produzir a reportagem, a jornalista Daniela Moraes traz dados preocupantes como, por exemplo, que a maioria das cidades brasileiras não estão preparadas para enfrentar tragédias climáticas. Destaca, ainda, entrevista com pesquisadora que lidera o Laboratório de Vulnerabilidades, Riscos e Sociedade da Feevale e também é colaboradora do Núcleo de Estudos em Educação Ambiental da Ufrgs, e defende que é fundamental resgatar
a educação ambiental. Além disso, confira bons exemplos no Brasil e no mundo em que se pensa em desenvolvimento aliado à natureza.
Nesta edição, veja ainda a estreia de um novo colunista: José Nunes, jornalista experiente e atual presidente da ARI, traz a análise e a opinião sobre a política em São Leopoldo. Tem ainda informações da região e as colunas de Jeison Rodrigues, João Ávila, Camila Veiga, Cláudio Alves, Marina Klein e Rodrigo Giacomet. Boa leitura!
Produzida pelo fotógrafo Rafa Neddermeyer, da Agência Brasil, durante as enchentes de maio no RS, a foto de destaque na capa desta edição do Jornal O Vale dá uma dimensão do quanto nós precisamos cuidar da natureza para que possamos ter qualidade de vida.
Publisher: Rodrigo Steffen
Coordenação editorial: Jeison Rodrigues
Editor-chefe: Éder Kurz
Supervisora de circulação: Ana Kich
Gestor comercial: Rodrigo Steffen
Reportagem: Daniela Moraes, Éder Kurz e Luis Guilherme Zambrzycki
Projeto gráfico e diagramação: Antônio Corrêa
Redes sociais e mídias
digitais: Kátia Caxambu
Vídeos: Dhienifer Martins
Tiragem: 5 mil exemplares
Impressão: Araucária
Indústria e Editora
O Jornal O Vale faz parte do projeto O Vale, da Vale TV e Portal Valedosinos.org, com 40 edições entre 26 de outubro de 2023 e 03 de janeiro de 2025, integrando as comemorações pelo Bicentenário da Imigração Alemã
Novo Hamburgo: Rua Santa Sofia, 134 - Bairro Ideal
São Leopoldo: Rua 1º de Março, 50 - Centro contato@valetvplay.com
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Vai ter mais arte na Expointer
Realizada pela produtora Simples Assim, o projeto Estância da Arte chega em 2024 à quarta edição na Expointer. Com o tema “Sem Fronteiras”, a exposição deste ano, de 24 de agosto a 1º de setembro, convida o público a explorar novos olhares sobre a vida no campo. Ao todo, o espaço terá 48 obras criadas por sete artistas, incluindo um uruguaio e dois argentinos, além do curador da mostra, Marciano Schmitz.
CDL-NH reúne candidatos a prefeito
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Novo Hamburgo (CDL-NH) realiza evento especial para seus associados na segunda, às 19h, com os candidatos à Prefeitura. A ideia é que empresários possam conhecer visões e planos de cada concorrente e compreender como suas propostas podem influenciar o setor e o desenvolvimento econômico da cidade.
Bora.Club está de cara nova na internet com versão 2.0 do site
Já naturalmente pilhado, o frontman do Bora.Club, Guilherme Henz, anda mais acelerado ainda nos últimos dias por conta de uma baita novidade. O novo site da empresa está no ar desde o começo da semana. Mais funcional e intuitiva, a versão 2.0 da plataforma que reúne informações sobre os mais diferentes eventos da região ficou muito legal.
Além do aspecto visual,
o site ganhou também mais dinamismo e agilidade, facilitando a navegação e a compra de ingressos dos eventos que utilizam a tiqueteira do Bora.Club. ‘‘É uma alegria muito grande colocar a nova plataforma no ar pouco depois da gente completar um ano de atuação engajando tantas pessoas em torno da nossa comunidade’’, conta Gui.
E por falar em ingressos
via plataforma, estão disponíveis os do Fórum de Empreendedores Locais (FEL), evento do próprio Bora.Club marcado para 29 de outubro. Leitores da coluna podem aproveitar o cupom JEISON20 para adquirir o convite com 20% de desconto. O primeiro lote segue disponível a 90 reais (normal) ou 190 reais (vip, com acesso ao coquetel pósevento).
Jeison Rodrigues
Jornalista
jeisonrodrigues1977@gmail.com
Twitter: @jeisonmanoel
Insta: @jeisonrodrigues1977
Mais um reforço em O Vale
O já pesado time de colunistas de O Vale ganha novo reforço a partir desta edição com o experiente José Nunes, presidente da Associação Riograndense de Imprensa e vice-presidente Sul da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Ele vai assinar uma coluna dedicada à política em São Leopoldo com os bastidores de uma campanha que promete ser eletrizante.
Exposição
de 55 anos
A mostra “Resgatando memórias, projetando o futuro. Feevale 55 anos’’ poderá ser visitada entre 28 de agosto e 30 de novembro na Biblioteca Paulo Sérgio Gusmão, no câmpus 2, em Novo Hamburgo. A exposição, aberta ao público, integra uma série de atividades de aniversário da instituição e da mantenedora, a Aspeur. As visitas serão de segunda a sexta, das 8 às 22h15min, e aos sábados, das 8h às 17h.
ESPAÇO DO ÁVILA
Campanhas nas ruas, pero no mucho
Desde o dia 16 de agosto, candidatos às prefeituras e às câmaras de vereadores podem pedir voto.
A campanha foi aberta, mas de um jeito muito acanhado. Sabe-se lá por que motivo - penso que é falta de dinheiro mesmopouco se vê.
E o que se vê está se concentrando na região central da cidade.
Já ouvi de um coordenador de campanha que, se correr agora, pode faltar energia para os metros finais.
Se gastar grana agora, pode faltar no final. Ah, o dia da urna é 6 de outubro.
Índio completa seus 20 anos de eleições
O marqueteiro de campanha Gabriel Correia, o Índio, completa neste 2024 20 anos de campanhas políticas.
Lá em 2004 trabalhou, entre outros, para Giovani Feltes em Campo Bom e para Jair Foscarini em Novo Hamburgo.
Por aqui, ainda ganhou duas eleições com a atual prefeita, Fátima Daudt (eleita e reeleita pelo PSDB, mas atualmente no MDB).
Neste ano, ele trabalha em campanhas em Campo Bom, Porto Alegre e Santa Cruz do Sul, além de Novo Hamburgo.
Semana das eleições abre com debate entre os candidatos de NH
Anota aí na sua agenda: dia 30 de setembro, a partir das 19 horas. É quando os candidatos à Prefeitura de Novo Hamburgo se enfrentam no debate promovido pela Vale TV, jornal O Vale e portal valedosinos.org.
O encontro será nos estúdios da emissora, com transmissão ao vivo e pelas redes sociais. É o evento político que abre a semana
das eleições. Seis dias depois, caberá ao eleitor a escolha do sucessor (ou sucessora) da prefeita Fátima Daudt (MDB).
A proposta é um debate dinâmico, com enfrentamento entre os candidatos. Tem bloco em que eles escolherão para quem perguntar, outros com sorteio já definido. Temas livres e escolhidos pela
produção devem permear o encontro.
Será a grande oportunidade para Fufa Azevedo (PP), Gustavo Finck (PP), Raizer Ferreira (PSDB), Tânia da Silva (MDB) e Tarcísio Zimmermann (PDT).
Após 45 dias de campanha, terão mais clara a visão deles sobre o pleito e daquilo que ouviram do eleitor em suas caminhadas.
Vale e Acist colocam frente à frente adversários da sucessão leopoldense
A Vale TV, o jornal O Vale e o portal valedosinos. org se uniram à Associação Comercial, Industrial de Serviços e Tecnologia (Acist) de São Leopoldo para promover debate entre os candidatos à sucessão do prefeito Ary Vanazzi (PT). São seis os candidatos no município berço da
colonização alemã no Rio Grande do Sul, que este ano completou 200 anos.
O governo vem com a escolha do ex-secretário Nelson Spolaor (PT), com o Professor Nado (PDT) de vice. Tende a polarizar o delegado Heliomar Franco (PL), que fechou chapa com Regina Caetano, do PP. Os
Jornalista
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Diego terá 4 adversários em Estância Velha
Em busca da reeleição, o prefeito de Estância Velha, Diego Francisco (PSDB), mantém seu vice, Airton Haag, só que agora pelo PP. E terá quatro adversários: Alessandro Gil, pelo PSB; Dra Maria Regina, pelo PL; Marcos Tunnermann, pelo Republicanos, e Rosane Nascimento, do PT.
Maria de Lourdes quer voltar em Ivoti
A ex-prefeita Maria de Lourdes Bauermann, que teve o registro cassado em 2017 quando iniciava mais um mandato, vai disputar a eleição em Ivoti. Agora no Republicanos e perto de completar 80 anos, terá Milton Mayer, do PSB, de vice. Enfrentará nas urnas o indicado pelo prefeito Martin Kalkmann, Valdir Ludwig, que forma chapa com Alexandre dos Santos, o Borracheiro. O PP vem com chapa pura.
Dois Irmão tem quatro candidatos
outros candidatos são Arthur Schmidt (MDB), Gabriel Dias (PSDB), Hitler Pederssetti (Podemos) e Manoel Bandeira Binoni (PSol). Os seis candidatos vão debater propostas e ideias no dia 26 de setembro, com transmissão ao vivo pela Vale TV e canais digitais da emissora.
Em busca de mais um mandato, o prefeito de Dois Irmãos, Jerri Meneghetti, vai à reeleição pelo PP, e mantém o casamento com o MDB. PSB e União Brasil completam a coligação. O município tem outros três candidatos: Cleri Camilotti pelo PDT; Mauro Rosso pelo PL e Rogério Dapper pelo Republicanos.
João Ávila
Três candidaturas em Sapiranga
A eleição em Sapiranga tem três candidaturas.
A prefeita Carina Nath (PP) terá como vice Caleb Santos (PL), em coligação com sete partidos. O PT escolheu a vereadora
Rita Della Giustina, com o ex-vereador Valdir da Luz (PDT) de candidato a vice. A coligação tem quatro partidos. A terceira candidatura é do atual vice, Adriano Oliveira, do União Brasil, com a ex-prefeita Corinha Molling de vice.
Bohn x Giehl em Morro Reuter
Carla Chamorro foi eleita e reeleita prefeita de Morro Reuter pelo PTB, partido que deixou de existir e virou o inexpressivo PRD. Nas eleições municipais deste ano, seu vice, Airton Bohn (PP) tentará a sorte e terá como adversário Guido Giehl, do MDB. Ah, o site da prefeitura mantém a informação de que Carla, agora no União Brasil, está no PTB.
Confronto de gigantes de Campo Bom será no dia 24
Faisal Karam (Republicanos), Govani Feltes (MDB) e Victor Souza (PCdoB) vão debater suas propostas para Campo Bom, O Pequeno Gigante do Vale, no próximo dia 24. Nos estúdios da Vale TV, estarão frente à frente a partir das
19 horas. Farão perguntas entre si e responderão questionamentos feitos por convidados da Vale TV e também pela produção. Oportunidade para o eleitor tirar dúvidas e fazer suas conclusões.
Neste ano, pela primeira
vez Faisal e Feltes vão se enfrentar. O duelo da criatura contra o criador. Ex-secretário do emedebista, Faisal se tornou prefeito em 2008 e se reelegeu. Só que os dois romperam. Mais do que isso, viraram adversários. Só por essa, o debate promete.
Eleitor de Portão terá duas opções em outubro
O atual prefeito Kiko Hoff, pelo PDT, ou o vereador João Pedro Gaspar dos Santos, o JP,
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pelo PT. Essas serão as duas opções do eleitor de Portão para o cargo de prefeito. O PT concorre
federado com o PCdoB, mais coligação com o PV.
O PDT se uniu ao PP, Podemos, PL e MDB.
Vice-prefeito Márcio Lüders volta ao MDB
Márcio Lüders, viceprefeito de Novo Hamburgo e diretor da Comusa, está de volta ao MDB. Convidado pelo ex-vereador e ex-viceprefeito Raul Cassel, de quem foi assessor direto, assinou a filiação nesta quarta (21). Nesses cerca de dois anos, esteve no PSDB, Cidadania e União Brasil.
Lüders era presidente do MDB quando o partido coligou com o PSDB e indicou ele próprio candidato a vice de Fátima Daudt, então PSDB, em 2020. Num racha no Diretório, acabou saindo em 2022 e foi para o PSDB. Depois migrou para o Cidadania, da federação com os tucanos, com o intuito de se candidatar a prefeito. Sem espaço, foi para o União Brasil. Acabou destituído da Comissão Provisória pela Executiva estadual, que optou por indicar o vice de Tarcísio Zimmermann, candidato pelo PDT.
“Espero corresponder à confiança e ao gesto que me trouxe grande alegria”, escreveu o vice-prefeito em nota.
Momento de recomeçar
Após pouco mais de 7 anos afastado das páginas dos jornais, é o momento de recomeçar. Por coincidências da vida, é no jornal O Vale, e não no dos Sinos, onde, por mais de 21 anos, opinei e levei informações a cidadãos de São Leopoldo e região. Agora, quero novamente chegar aos seus lares nesta coluna, que fará uma leitura da política leopoldense.
Contatos e Informações
Ao longo dos anos, acompanhei de perto o crescimento e o desenvolvimento desta cidade. Agora, quero estar perto de cada um novamente. Para isso, conto com a colaboração de todos que queiram compartilhar informações, seja pelo meu telefone WhatsApp: (51) 99949-3142, pelas redes sociais: Instagram (@jose. nunes.jornalista) ou pelo e-mail: jzenunes@gmail.com.
Qualidade na mobilidade
Independentemente de qualquer governo, se, por um lado, boa parte da população ainda lamenta os estragos provocados pela enchente, também há bons motivos para estar satisfeita. A finalização do complexo de viadutos da Scharlau e a ampliação de boa parte da BR-116 e das pontes sobre o Rio dos Sinos darão uma nova cara à mobilidade urbana do município.
Enchentes
do mês de maio devem ser pauta principal dos candidatos
A disputa para chegar ao Paço Municipal Leopoldense e à Câmara toma as ruas, ainda que de forma acanhada, mas já com algumas certezas.
Todos os candidatos terão como principal pauta as enchentes que assolaram o município em maio; cabe saber quem vai tirar
vantagens dessa catástrofe.
Uma certeza eu tenho: a decisão está nas mãos da sociedade, que tem o Direito, o Dever e o Poder de DUVIDAR das promessas, ou seriam falsas promessas? Como diria o ex-governador Alceu de Deus Collares, no poema “O Voto
Um voto de superação
O desembargador Voltaire de Lima Moraes (foto), presidente do TRE-RS, afirma que a recuperação do RS começa com a participação de todos nas eleições municipais. Para ele, a participação da sociedade é muito importante. Afinal, os eleitores escolherão os novos gestores de suas cidades. “Este novo gestor será fundamental, pois tem a possibilidade de mudar a história de um município”, afirma. “É uma preocupação nossa que o eleitor não se omita, para não reclamar depois quando as coisas não
vão bem na sua cidade. Este exercício da cidadania, que é o registro do voto na urna, se reveste de especial valor
e o Pão”: “O voto é tua única arma, põe teu voto na mão.”
Seguindo esses preceitos, os eleitores leopoldenses poderão não apenas cobrar as melhorias de seus futuros mandatários, mas, acima de tudo, fazer uma fiscalização efetiva daquilo que está sendo prometido.
José Nunes
Jornalista, presidente da ARI e vice-presidente Sul da Fenaj Instagram - @jose.nunes.jornalista E-mail: jzenunes@gmail.com
Seis candidatos a prefeito e 175 a vereador
São Leopoldo tem seis candidatos a prefeito e 175 a vereador registrados para disputar a eleição. Até 6 de outubro, pode haver mudanças nas listas dos candidatos, caso haja alguma desistência. Concorrem a prefeito Arthur Schmidt, Delegado Heliomar, Gabriel Dias, Hitler Pederssetti, Manoel Bandeira Binoni e Nelson Spolaor.
Apenas um vice com trajetória política
neste momento em que o Rio Grande do Sul se une para a assistência após as fortes chuvas de maio”.
Dos candidatos a viceprefeito de São Leopoldo, apenas um teve mandato político. Trata-se de Ronaldo Teixeira, o professor Nado, vice de Nelson Spolaor. Regina Caetano é a vice de Heliomar Franco; já Juliano Fortes compõe a chapa com Gabriel Dias. Werner Carvalho concorre a vice de Arthur Schmidt; Fábio Almeida estará ao lado de Manoel Bandeira Binoni; e Roseli Oliveira é a candidata a vice de Hitler Pederssetti.
Dos atuais 13 vereadores, 8 buscam reeleição
Se falta trajetória política à maioria dos candidatos a vice-prefeito, na Câmara a maioria dos 13 atuais vereadores busca reeleição. Um total de oito tenta seguir no legislativo, enquanto outros sete ex-vereadores também buscam votos.
Desastres escancaram a necessidade de rever nossa relação com a natureza
Passados quatro meses da maior tragédia climática do RS, mais do que pensar em prevenção a desastres climáticos, é preciso agir preventivamente a novos episódios e voltar a caminhar com respeito ao meio ambiente
Por: Daniela Moraes
Em maio de 2024, todos os gaúchos ligaram o instinto de sobrevivência. A maior tragédia climática do Brasil abateu o solo gaúcho. As águas levaram vidas, varreram cidades, empresas, empregos e escolas. Mesmo
quem não foi diretamente atingido, entrou em um tsunami emocional que reverbera ainda hoje. Passados quatro meses, os impactos seguem nas ruas, nas cidades e no Estado. O modo sobrevivên-
cia se reverte em ação, em atitude, em resiliência e em renascimento. Das poucas certezas, fica a de que não é mais possível a vida ser levada da mesma forma. Mais do que pensar em prevenção a desastres climáticos, é
preciso agir preventivamente a novos episódios e voltar a caminhar com respeito à natureza.
Nesta edição, o Jornal O Vale inicia uma série de reportagens sobre os desafios comuns nas cidades. O
primeiro deles não poderia ser outro a não ser o meio ambiente. Afinal, após as enchentes históricas entre o final de abril e o mês de maio, ficou escancarada a necessidade de cuidarmos da natureza.
Foto: Rafa
Maioria das cidades no país não está preparada para tragédias climáticas
Pesquisa da organização social Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) mostra que 94% dos mun'icípios brasileiros não estão preparados de forma suficiente para a prevenção de tragédias climáticas. Fazem parte desse grupo todos aqueles que têm menos da metade de um total de 25 estratégias para o enfrentamento de eventos como enchentes, inundações e deslizamentos de encostas.
O levantamento investigou, por exemplo, se existem medidas preventivas no Plano Diretor e na Lei de Uso e Ocupação de Solo. Também foi observado se existe uma lei específica para medidas de combate às tragédias climáticas, um plano municipal de redução de riscos, um mapa das áreas vulneráveis, um programa habitacional para
realocação da população que vive nesses locais e um plano de contingência, entre outros dispositivos.
Coordenada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seus dados são públicos e decorrem de questionário respondido pelos próprios municípios. Em parceria com o instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), o ICS também realizou uma avaliação da percepção dos brasileiros sobre os principais problemas ambientais de suas cidades e sobre as ações que podem ser adotadas. Para 79%, as prefeituras têm condições de contribuir no combate às mudanças climáticas. Já para 41%, a principal medida a ser adotada envolve o aumento e a conservação das áreas verdes.
Para 79%, as prefeituras
têm condições de contribuir no combate às mudanças climáticas.
Com base nas informações colhidas, o ICS elaborou um mapa. Em vermelho, foram destacadas as cidades que têm menos de 20% das estratégias.
Nas faixas intermediárias, estão municípios em laranja, que possuem de 20% a 49%, e em amarelo os que têm de 50% a 79% As cidades em verde são aquelas que têm mais de 80% das estratégias.
A catástrofe climática no RS em números
• 2,398 milhões de pessoas foram afetadas de alguma maneira pela tragédia climática
• Os impactos das inundações causaram danos em 478 dos 497 municípios gaúchos, ou seja, 96,18% do total
• Óbitos: 183
• Feridos: 806
• Desaparecidos: 28
• 1.078 escolas afetadas
• 378 mil alunos impactados
• 37 rodovias federais tiveram bloqueio total e 13, bloqueio parcial
• 49 rodovias estaduais tiveram bloqueio total e 41, bloqueio parcial
• Aeroporto de Porto Alegre segue fechado com previsão de reabertura em outubro 2024
*Fonte: Defesa Civil RS e Agência Marinha de Notícias.
Foto:
Desenvolvimento sustentável é pauta recente na mesa de discussões
A Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que o desenvolvimento sustentável é aquele capaz de suprir as necessidades dos seres humanos da atualidade, sem comprometer a capacidade do planeta para atender as futuras gerações. Portanto, é o desenvolvimento que não esgota os recursos, tornando-os perenemente disponíveis, se possível.
Ao mesmo tempo, a questão ambiental, fundamental para qualquer plano de desenvolvimento, começou a ganhar destaque nos meios de comunicação.
Na época, vários países em desenvolvimento, inclusive o Brasil, consideravam inviável incluir grandes programas de conservação
A ONU denominou a década de 1960 como a “Primeira Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento”, acreditando que a cooperação internacional proporcionaria um crescimento econômico pela transferência de tecnologia, experiência e fundos monetários, de modo a resolver os problemas dos países mais pobres.
ambiental em seus programas nacionais, pois acreditavam que a poluição e a deterioração ambiental eram consequências inevitáveis do desenvolvimento industrial.
Essa atitude foi conveniente para os países mais desenvolvidos. Por um lado, isso restringia a implantação de indústrias poluidoras em seus territórios. Já por outro lado, eles tinham para onde transferir suas fábricas: os países menos desenvolvidos, que encorajavam a instalação dessas indústrias, para impulsionar seu próprio desenvolvimento.
Planeta visto de cima
No final dos anos 1960, a humanidade ganhou um aliado importante para a melhor compreensão da dinâmica terrestre, o que também revelou a importância da criação de um programa de conservação ambiental. Com as missões espaciais e a implantação de um sistema de satélites para o sensoriamento remoto da Terra, tornou-se possível monitorar integradamente os vários processos atmosféricos e climáticos. Surgia uma nova perspectiva de se ver o planeta.
Conservação ambiental
Em 1972, na Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, em Estocolmo, capital da Suécia - evento considerado um marco na história da preservação do meio ambiente -, reconheceu-se o relacionamento entre os conceitos de conservação ambiental e desenvolvimento industrial. Foram discutidos os efeitos causados pela falta de planejamento na utilização de recursos naturais e se estabeleceram critérios claros de “poluição, pobreza e ecodesenvolvimento.
Foto: Bruno
Peres/Agência
Brasil/Arquivo
Tragédias ambientais estão atreladas ao afastamento da importância do tema
Danielle Paula Martins é doutora em Qualidade Ambiental, pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Qualidade Ambiental da Feevale. Atualmente, lidera o Laboratório de Vulnerabilidades, Riscos e Sociedade da Feevale e também é colaboradora do Núcleo de Estudos em Educação Ambiental da Ufrgs. Questionada sobre as
mudanças necessárias para evitarmos novas catástrofes climáticas, ela diz que é fundamental eleger, como sociedade, o tema ambiental como uma pauta de experimentos constantes para que a área ambiental, estando como prioridade, reflita uma melhor qualidade ambiental.
“Assim, questões como os desastres também vão estar
sendo priorizados, porque a catástrofe, os desastres, estão diretamente relacionados ao quanto a gente também se afastou das questões ambientais, e o quanto a proteção ambiental e medidas que visam minimizar um pouco os nossos efeitos sobre a natureza foram deixadas de lado”, afirma a pesquisadora, que enumera questões importantes para as cidades.
Perigo da legislação flexível
A pesquisadora enfatiza que uma legislação mais flexível na área ambiental aumenta a vulnerabilidade.
“Do ponto de vista público, é fundamental eleger a pauta ambiental como prioridade, seja na hora de votarmos, elegermos nossos representantes, estando cientes da importância desse tema para a sociedade, seja no momento de construirmos as políticas públicas, documentos que são usados para organizar a sociedade como plano diretor, ou no momento de decidir os investimentos.”
É
fundamental eleger a pauta ambiental como prioridade, seja na hora de votarmos, elegermos nossos representantes, estando cientes da importância desse tema para a sociedade.
“É fundamental resgatar a educação ambiental”, defende pesquisadora
Sobre a nossa relação com a natureza, com o meio ambiente, a doutora Danielle Paula Martins em qualidade ambiental acredita que nos afastamos da nossa essência, porque o meio ambiente nos inclui, nós somos parte desse meio.
“A gente abre a torneira, a água está pronta, ali, tratada, e a gente não faz ideia de qual é a qualidade desse rio, qual é a condição que ele tem, inclusive, para suprir nossas necessidades, então a gente se afastou muito do que é básico para nossa vida. Nós temos uma relação de distanciamento, de não ouvir, também, os povos tradicionais, de não aprender com quem sempre lidou com a terra”, afirma.
Danielle ressalta que a educação ambiental não deve ser somente voltada à formação escolar de crianças, mas também nos meios
de comunicação, dos adultos, nas empresas. Ela considera que a gente vive uma
relação de conflito onde a gente já sente os efeitos desse distanciamento, mas talvez boa parte da sociedade ainda não entendeu essa
relação entre ser humano e natureza.
“O planeta vai resistir, o planeta está aí já há mais de 4 bilhões de anos, su-
portando inúmeras alterações. A questão é que nós somos uma espécie como tantas outras. E, dependendo do ambiente que a gente constrói e o ambiente que a gente tem disponível, a nossa espécie também se torna mais uma ameaçada. Então, é preciso promover essa aproximação para a gente pensar soluções conjuntas”, defende Danielle.
Foto: Arquivo Pessoal
Desigualdade social reflete na natureza
Na questão de responsabilidade privada, a pesquisadora diz que algumas melhorias já são implantadas nos últimos anos. Danielle avalia que, comparando com 40, 50, 60 anos atrás, temos bons níveis de controle ambiental. Mas é fundamental cada vez mais as organizações privadas se engajarem nesse tema, cumprirem com a legislação, e aquelas que ainda não cumprem entenderem que são parte fundamental da fiscalização
também desses processos, porque sem recurso natural não tem insumo para a indústria, por exemplo.
Já a comunidade, de um modo geral, precisa também ser alvo de políticas públicas mais eficientes, visando, inclusive, reduzir as vulnerabilidades. “A gente vive num país de muita desigualdade, muitas discrepâncias, e isso imediatamente reflete na qualidade ambiental”, ressalta Danielle.
A gente abre a torneira, a água está pronta, ali, tratada, e a gente não faz ideia de qual é a qualidade desse rio. Então, a gente se afastou muito do que é básico para nossa vida.
Bons exemplos no Brasil e no mundo
No planejamento dos municípios, a natureza precisa ser levada cada vez mais em consideração. O crescimento das ocorrências de eventos climáticos extremos tem obrigado países a repensar as articulações de defesa civil.
Confira alguns cases no Brasil e no mundo em que se pensa no desenvolvimento aliado da natureza.
Vila Viva em Belo Horizon te Em Belo Horizonte (MG) - foto -, o programa Vila Viva, iniciado há quase vinte anos, deu origem PAC das Favelas , uma versão do Programa de Aceleração do Crescimento implementado durante os primeiros mandatos do presidente Lula. Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas que habitavam áreas de risco, o progra-
ma urbanizou becos, abriu avenidas e tratou áreas de encosta, integrando a cida-
de e devolvendo segurança habitacional a áreas antes informais.
Parque em Curitiba respeita curso d’água
O Parque Barigui, em Curitiba (PR), é exemplo de como é necessário respeitar os cursos d’água para evitar problemas sérios, gerando, inclusive, benefícios para a qualidade de vida da população. Ao preservar e restaurar ecossistemas naturais, além de buscar inspiração em soluções ancestrais, é possível reduzir o uso de infraestrutura cinza, diminuindo ainda custos. Hoje, a área verde é uma das mais frequentadas pelos curitibanos. Foto:
Danielle Paula Martins
A China e as cidades-esponja
As cidades-esponja da China utilizam soluções naturais para drenar a água das áreas urbanas, e não coletar e jogar tudo rapidamente nos rios.
A ideia é simples: quanto mais cobertura vegetal uma cidade possui, maior a capacidade de drenar a água da chuva e reduzir o impacto das enchentes.
Foto:
Parques alagáveis, jardim de chuva, calçamentos permeáveis, telhados verdes, hortas comunitárias e pra-
ças-piscinas são algumas das estratégias que também já são usadas com sucesso no Brasil.
Em Nova York, pagamento por serviços ambientais
Na década de 1990, a cidade de Nova York (EUA) enfrentou uma grande crise hídrica e considerou duas alternativas para solucionar o problema. A primeira, e mais comum, seria a utilização de uma grande obra de engenharia convencional que custaria US$ 5 bilhões e a
segunda alternativa, a escolhida, foi utilizar a natureza como parte da solução com um custo de US$ 500 milhões.
Foram compradas terras em volta das represas para garantir qualidade e quantidade de água para abastecer a cidade. Além disso, foram
investidos esforços para sustentabilidade na produção de alimentos em propriedades rurais particulares que estão a 200 km de distância, além de ter fortalecido o cinturão verde de Nova York por meio de sistemas integrados e intensificação sustentável na agricultura e pecuária.
Em Niterói, Parque Orla Piratininga é exemplo de reconciliação
Em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, os jardins filtrantes do Parque Orla Piratininga (foto abaixo) são um exemplo de reconciliação do ambiente urbano com a natureza. As áreas verdes são projetadas para tratar e filtrar água da chuva antes que ela atinja rios, córregos ou oceanos. Compostos por diferentes camadas de solo e plan-
tas que absorvem a água e removem poluentes, como sedimentos, óleos e metais pesados, os jardins filtrantes ajudam a reduzir a poluição da água e prevenir enchentes. Essa solução é capaz de reter e infiltrar grandes quantidades de água, evitando alagamentos e deslizamentos de terra, o que contribui para a prevenção de desastres naturais.
DESTINE PARTE DO SEU IMPOSTO DE RENDA PARA ENTIDADES
Disponibilize até 6% do seu Imposto de Renda para o Fundo da Criança e do Adolescente e/ou Fundo da Pessoa Idosa. As entidades cadastradas precisam de nós. Para os moradores dos municípios onde o estado de calamidade pública foi reconhecido devido às fortes chuvas, o prazo foi prorrogado até 31/08
Foto: Prefeitura de Niterói/Divulgação
São Leopoldo Fest tem data confirmada para novembro
Programa “CastrAção” já encaminhou mais de 300 pets para cirurgia
Estância Velha - O programa “CastrAção” da Prefeitura de Estância Velha já encaminhou 342 animais para a cirurgia neste ano. O mês com mais encaminhamentos foi abril, com 77 procedimentos entre cães e gatos.
Nesta semana, em mais uma ação, outros 20 pets foram levados à clínica parceira em Porto Alegre, que realizou a busca dos animais e também uma inspeção. Os animais foram castrados, chipados e depois devolvidos para seus lares.
O programa de castração busca controlar a população de animais na cidade, além de garantir mais saúde para
os pets. A iniciativa é promovida pelo Departamento de Causa Animal, que faz parte da Secretaria de Segurança, Esporte e Bem-Estar, em colaboração com clínicas veterinárias conveniadas. Na edição desta semana também foram encaminhados oito cães resgatados das enchentes que estavam em um abrigo. “
“O ideal é manter a frequência das castrações em conjunto com as adoções e vacinações, para que haja menos animais na rua abandonados e mais animais saudáveis em lares amorosos”, explica o secretário Segurança, Esporte e Bem-Estar, Renan Mallmann.
São Leopoldo - Adiada em função das enchentes históricas entre o fim de abril e o mês de maio, a São Leopoldo Fest 2024 ocorrerá em novembro. O empresário Alexandre Almeida Polaco, proprietário da S3 Produtora e responsável pela organização do evento, confirmou a nova data em entrevista ao programa Estação Hamburgo, da Vale TV - assista no canal Vale TV Play no Youtube. O evento será realizado de 1º a 10 de novembro, um período menor que o previsto inicialmente, que era de 17 dias de festa. “Optamos por tocar para depois da eleição. Acho que será a São Leopoldo Fest da resiliência, da superação, a gente tinha o slogan que era a maior de todas. Acho que nesse ano ela será de 200 anos de resiliência”, disse Polaco, em referência ao Bicentenário da Imigração Alemã, comemorados em 25 de julho passado, e que será homenageado na festa.
Soberanas eleitas em festa
A ideia para novembro é fazer uma São Leopoldo Fest social, com economia solidária, artistas locais, shows nacionais, espaço para multifeira, Vila Germânica e muito mais.
Como noticiado em abril pelo portal valedosinos.org, da Vale TV, a corte da São Leopoldo Fest 2024 foi escolhida em grande evento na Sociedade Orpheu. Andressa Amaro Prass foi eleita a Rainha, Nicole Budke ficou com a faixa de primeira princesa e Eduarda Souza é a segunda princesa, além da Oma Iselda Barden Rosa.
As candidatas foram avaliadas por 12 jurados nos seguintes requisitos: comunicação, elegância, simpatia e conhecimento cultural.
Como funciona
O programa “CastrAção” é realizado pelo menos uma vez ao mês, sempre de forma previamente agendada. Para solicitar a castração é preciso entrar em contato com o Departamento da Causa Animal, pelo telefone (51) 996738654.
O departamento realiza uma avaliação para saber se o solicitante está dentro dos critérios, que são: famílias de baixa renda com animais sem raça definida e adotantes da Feirinha de Adoção, que ocorre todos os sábados na Praça Leonel Brizola, no Centro.
Foto: Luis Guilherme
Foto: Luis Felipe Backendorf/Decom/PMEV
Fundado por imigrantes, Coro Julio Kunz tem 136 anos de tradição
Novo Hamburgo - Uma das mais antigas instituições corais do Brasil, o Coro Julio Kunz completou 136 anos de fundação em maio cheio de histórias e tradições que se misturam aos primeiros alemães que desembarcaram na região há 200 anos. Neste ano, para celebrar o Bicentenário da Imigração Alemã no Brasil, o grupo apresentou duas performances em um concerto especial e, em 29 de setembro, retorna ao palco para uma apresentação na Fundação Scheffel.
“A história da imigração alemã no Vale do Sinos corre junto com a história do Coro Julio Kunz e me sinto muito honrada em fazer parte dela”, ressalta a vice-presidente cultural da Sociedade Aliança, em Novo Hamburgo, Carmem Helena Kauer.
A história do Coro Julio Kunz começou em 4 de maio de 1888 por meio de imigrantes e descendentes alemães. Na época, sob o nome de “Gesangverein Frohsinn”, começava uma trajetória marcada pela continuidade e pela preservação cultural. Inicialmente composto apenas por homens e
dedicado ao repertório de canções alemãs, o grupo se destacou como um símbolo de saudade e identidade da comunidade alemã no Vale dos Sinos.
Com o passar do tempo, o Coro se tornou referência no canto coral nacional e internacional, e já realizou turnês pela Europa e América Latina. Nos últimos
anos, apresentou espetáculos como “Viva o Rabo do Tatu”, “A Noiva do Condutor” e o musical “Serenata – Entre a Luz e as Estrelas”, selecionado para o Porto Verão Alegre em 2024. Atualmente, sob a regência de Volmir Jung e com Regina Schaumlöffel na técnica vocal, o grupo conta com 50 integrantes. Car-
mem destaca que a história e a contribuição cultural do Coro Julio Kunz “são testemunhos vivos da rica herança imigrante e do impacto duradouro da comunidade alemã no Brasil”.
A vice-presidente Cultural da Sociedade Aliança, sede do Coro, lembra que passou por muitas fases do grupo: “Algumas exultantes,
outras difíceis, com muitas viagens, diferentes projetos, trocas de regentes, cantores que vão, outros novos que vêm, mas com a instituição sempre lá, sólida e em constante renovação, sem nunca deixar de reverenciar o legado dos fundadores alemães e de todos que passaram por aqui nestes 136 anos”, conclui.
Feira terá cuidados saúde, cultura e oportunidades de emprego
Estância Velha - A Prefeitura de Estância Velha está organizando uma nova feira da saúde, que deve ocorrer no dia 24 de agosto, das 8h30 às 12h, no CTG Gaudérios da Saudade (Rua Germano Leuck, 524). Será
uma manhã repleta de atividades como apresentação da Escola Nicolau Anselmo Wecker, com o Projeto Adolescente Promotor de Saúde, verificação de glicose, aferição de pressão e dança cultural do CTG.
A Vigilância em Saúde (VISA) estará presente realizando atividades de prevenção, assim como o Sistema Nacional de Empregos (SINE), que trará fichas de emprego para serem preenchidas. Também no local es-
tará a equipe do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) com o Projeto CRAS no Bairro, e por fim o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), que estará realizando campanhas de conscientização à saúde mental.
“Este é um evento intersetorial, em que buscamos valorizar e enfatizar a importância do trabalho em rede para a comunidade estanciense”, relata Márcia Konig, enfermeira da ESF Rincão II.
Foto:
História do Coro Julio Kunz começou em 4 de maio de 1888 por meio de imigrantes e descendentes alemães
Preservar e reintroduzir abelhas nativas é missão pela vida
Sapiranga - Resta apenas sanção do governador Eduardo Leite e publicação de regulamentação, para que uma importante ferramenta de preservação das abelhas nativas passe a vigorar no RS. O projeto de lei 544/2023, de autoria do deputado estadual Sergio Peres, foi aprovado na Assembleia Legislativa, instituindo o “Programa Polinizar Cidades” no Rio Grande do Sul.
A iniciativa tem por finali-
dade a divulgação, a conservação das abelhas-sem-ferrão (ASF) e a instalação de meliponários (colméias) em escolas, hortas comunitárias, praças, zoológicos e em outros espaços verdes localizados nas áreas urbanas dos municípios gaúchos.
A meliponicultura está relacionada à criação de abelhas-sem-ferrão, espécies nativas do Brasil, que não são agressivas, mas fundamentais na polinização em lavouras e no Meio Ambiente. O proje-
to também dá atenção a todas as atividades de produção de mel e seus derivados.
“É um setor que apresenta capacidade de expansão e precisa ser pensado como política de Estado para contribuir com o desenvolvimento social e econômico, de forma ambientalmente sustentável”, observa Peres, que presidiu, na Assembleia Legislativa, a Comissão Especial da Apicultura e Meliponicultura.
Meliponicultor defende iniciativas
No Vale do Sinos, o Meliponario Reintroduzir ASF, como diz o nome, faz um trabalho de revitalizar a presença destes insetos fundamentais ao agro, sendo precursor em Sapiranga, com atenção ao Morro Ferrabraz.
O diretor, Alan Roni, assinala a importância das abelhas nos meios Rural e Ambiental. “Sempre foi de grande importância para a polinização de 90% das flores, as quais vão originar frutos”, ressalta.
O meliponicultor observa que essa iniciativa trará au-
Maratona Cultural especial vai celebrar o dia do estudante
Dois Irmãos - Mais uma edição da Maratona Cultural de Dois Irmãos será realizada no domingo (25). A partir das 15h30, a Praça do Imigrante, no Centro da cidade, será o palco do evento, que vai trazer para Dois Irmãos o jovem jornalista hamburguense Eduardo Henrique Schmitz, reconhecido pelo seu canal de comunicação, DuduNews. Ele será entrevistado pela Herta em comemoração ao Dia do Estudante, celebrado em 11 de agosto.
mento significativo na qualidade da produção, sendo que muitos agricultores já estão adorando essa técnica.
Benefício Rural e Urbano
Roni acredita em benefícios com a lei em vigor, pois a dificuldade hoje é justamente as abelhas nativas conseguirem árvores de grande porte com partes ocas, especialmente nos centros populacionais. “As quais foram derrubadas para expansão urbana, então a alternativa é podermos criar as abelhas nativas em caixas racionais”, explica.
Ele observa que as abelhas-sem-ferrão pode muito bem serem enxamadas no pátio de residências nas cidades, uma vez que todos poderão colaborar, além das prefeituras, entidades privadas e sociais. “Assim teremos mais pontos de polinização de árvores frutíferas, chás, morangos e, de forma associada, incentivar mais as pessoas a cultivarem plantas melíferas em meio urbano”, defende.
Colmeias por toda a parte
Inspirado no programa “Poliniza Santa Catarina”, o “Polinizar Cidades” pretende ampliar a rede de preservação do inseto polinizador, implementando: incentivo à instalação de colmeias nas áreas verdes; formar e capacitar multiplicadores e guardiões das abelhas nativas-sem -ferrão, visando à manutenção da cultura de criação desses insetos necessários ao equilíbrio do ecossistema.
Também está no horizonte a implantação do Programa nas escolas da rede de ensino do Estado, paralelo à Educação Ambiental; sempre estimulando a criação racional de abelhas-sem-ferrão.
O projeto de Sergio Peres também prevê parcerias e convênios para o fornecimento de enxames de abelhas-sem-ferrão e caixas para a criação dos insetos. Deverá, além de tudo, distribuir mudas de plantas melíferas que permitam um ambiente favorável para a alimentação e nutrição das abelhas.
Prefeitura e IFSul têm encontro sobre campus
Será a 3ª edição da Maratona Cultural em 2024, que já celebrou neste ano, o mês da mulher em março e os 35 anos do Museu Histórico em junho.
O músico Rogério Vallejos e a banda BigHit serão a atração musical da Maratona Cultural, com o projeto “Novelas in Concert”, um tributo às trilhas sonoras de novelas, com clássicos nacionais e internacionais.
São Leopoldo - O prefeito Ary Vanazzi se reuniu com representantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul) para debater as questões arquitetônicas, de infraestrutura e ambientais do projeto do IFSUL Campus São Leopoldo.
A reunião que aconteceu dia 22 de agosto no Gabinete do Prefeito.
O IFSul Campus São Leopoldo será de tamanho médio, podendo comportar até 1.400 alunos e 120 profissionais, em um espaço de 4 mil hectares, onde é atualmente o Centro de Eventos.
Estudantes auxiliam no plantio de 525 ipês em avenida
Estância Velha - A obra de qualificação da Avenida Presidente Vargas, que está mudando a cara da entrada de Estância Velha, ganhou um reforço muito simbólico nesta semana. Isso porque a Prefeitura, por meio das Secretarias de Meio Ambiente, Agricultura e Pecuária (Semapa) e Educação e Cultura (Semec), organizou um verdadeiro mutirão para o plantio de ipês ao longo dos dois quilômetros de ex-
tensão do canteiro central do novo empreendimento. Para reforçar o sentimento de pertencimento e cuidado com a cidade, centenas de estudantes da rede municipal se uniram neste plantio. Em três dias, serão plantados 525 mudas da espécie, mesclando 175 ipês brancos e 350 amarelos. Conforme a secretária da Semapa, Viviane Diogo, a atividade, além de encaminhar os retoques finais de
uma das principais obras já realizadas no Município, tem o objetivo de criar uma consciência ecológica e de carinho com a cidade, que em setembro celebra seus 65 anos. “Estamos chegando na primavera e na Semana de Estância Velha e nada melhor do que reforçar nosso carinho pela cidade do que a participação direta de quem estará aqui ajudando a construir o futuro dela”, comenta.
A Associação Rota Romântica, Prefeitura Municipal de Gramado, Secretaria de Turismo de Gramado, Gramadotur e Vale TV, tem a honra de lhe convidar para a escolha da
Na quarta-feira (21), 200 alunos - grupos divididos entre as EMEFs Otávio Rocha, Selvino Ritter e Germano Dauerheimer - acomodaram as espécies no percurso da Avenida, que prometem colorir o cenário de um novo cartão postal da cidade.
Na quinta-feira (22), foi a vez de grupos das EMEFs Fernando Ferrari, Nicolau Anselmo Wecker, Raios do Sol Nascente, Ervino Arthur Ritter, Reinato Enio Trein e Walter Jacob Bauermann. Já na sexta-feira, dia 23, estão previstas as participações de alunos da Estação Ecologia, EMEFs Marechal Cândido Rondon e Érico Veríssimo, EMEIs Rincão dos Gauchinhos e Recando do Floresta, somando mais 475 participações.
O plantio é separado sempre em turnos: manhã das 8h30 às 10h e tarde, das 14h às 15h30.
A obra
A primeira parte da renovação da Avenida Presidente Vargas está recebendo
um investimento histórico de R$ 7.306.194,06, oriundos de uma indenização do condomínio Horizon.
O valor foi determinado conforme termo de compromisso firmado com o Ministério Público e está homologado pela Lei 2.661 de 2022. Ao todo, são dois quilômetros de extensão. A empresa vencedora da licitação é a Eurovia Construtora Ltda.
A qualificação prevê
• Aumento do canteiro central para 6 metros;
• Ciclovia;
• Pista de caminhada/ caminhódromo;
• Plantio de árvores e ambientação;
- Nova iluminação;
• Asfalto novo
• Estacionamentos;
• Duas rotatórias;
• Retirada da sinaleira (do Hollywood)
• Sinalização de trânsito e marcações
REALIZAÇÃO
FESTEJOS
APOIADORES PROJETO
Sucesso nos EUA
Camila Veiga
Jornalista
camilaveiga.imprensa@gmail.com
Instagram: @acamilaveiga
A feira Atlanta Shoe Market, que ocorreu de 10 e 12 de agosto, nos Estados Unidos, deve gerar mais de R$ 21 milhões (US$ 3,88 milhões) para 27 marcas calçadistas brasileiras apoiadas pelo Brazilian Footwear. De acordo com a Abicalçados, foram cerca de 200 contatos com compradores dos Estados Unidos e países da América Latina, quase 100 deles inéditos. In loco, foram comercializados mais de 34 mil pares de calçados, número que salta para 264 mil pares se somados os negócios que ficaram alinhavados.
Pela primeira vez na Atlanta Shoe Market, a Ramarim estava satisfeita com os resultados alcançados. “A experiência superou as nossas expectativas. É uma feira diferente das que estamos acostumados, com foco maior no lojista”, avalia a gerente de Exportação Tatiana Müller.
Anote na agenda!
Em paralelo à Loucura por Sapatos, no primeiro andar dos Pavilhões da Fenac, o 18° Festival de Cervejas Artesanais reunirá cervejarias da região e food trucks com opções gastronômicas. Aberto ao público de segunda a sextafeira, das 16 às 22 horas, e sábados, domingos e feriados das 12 às 22 horas, o evento também terá música ao vivo no happy hour.
Em clima de retomada, Fenac
prepara a Loucura por Sapatos
Com novo horário e mais de 500 marcas confirmadas, a Loucura por Sapatos será o primeiro evento próprio na retomada do calendário da Fenac Experiências Conectam.
Junto com o Festival de Cervejas Artesanais, a mostra acontece de 3 a 13 de outubro, nos pavilhões do centro de eventos em Novo
Hamburgo. Nesta edição, a Loucura terá 25 mil m² de área de exposição e atrações e acontecerá de segunda a quarta-feira, das 14 às 21 horas, e de quinta-feira a domingo, das 10 às 21 horas.
“Estamos preparando uma feira grandiosa, com uma vasta seleção de marcas e ofertas irresistíveis para os
nossos visitantes. O Festival de Cervejas, que acontecerá simultaneamente, oferecerá entretenimento e experiências gastronômicas”, destaca Adi Jeckel, coordenadora dos eventos.
A gestora pontua também que a retomada simboliza a resiliência da economia local. A expectativa é receber 70 mil visitantes.
RS Innovation Agro + Smart Cities: inovação
A Feevale e a Prefeitura de Esteio serão as responsáveis pela curadoria do RS Innovation Agro + Smart Cities, um espaço que apresentará as principais tendências de inovação para o agronegócio na Expointer 2024, entre os dias 24 de agosto e 1º de setembro. Em 9 de agosto, foi firmado um acordo de cooperação entre
Universidade, Município e Ebatec Brasil para as atividades, que acontecerão no Hub Agro, que será inaugurado durante a feira.
O RS Innovation Agro + Smart Cities abordará tanto o agronegócio quanto as cidades inteligentes, promovendo a colaboração entre esses setores para desenvolver tecnologias que beneficiem a todos.
Destaque no Ideb
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Tiradentes, da localidade de São José do Herval, em Morro Reuter, alcançou um desempenho destacado na avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2023/24. Entre os estudantes dos anos finais (9º ano), a escola obteve a 4ª melhor nota entre os 497 municípios do Rio Grande do Sul, com uma pontuação de 7,1.
Para efeito de comparação, a média das escolas gaúchas foi de 6. Entre as escolas de rede municipal, foi a 3ª melhor nota do RS.
Segundo a secretária de Educação, Cultura e Desporto de Morro Reuter, Eliane Reis, a conquista simboliza a soma de esforços como o trabalho diferenciado da equipe diretiva e dos professores, a educação em tempo integral e os investimentos da administração municipal.
Espera pelo auxílio
A Pesquisa de Consumo Reprimido Após a Enchente, realizada pelo Sindilojas de Porto Alegre, aponta que 60% dos entrevistados disseram não ter recebido verbas do Governo Federal para contornar a situação de emergência.
Outros 37,1% relataram que sim, receberam algum valor.
Foto:
Cláudio Alves Locutor e apresentador, comanda o programa
Estação Hamburgo @claudioalveslocutor
A Rota Romântica e as diversas opções de lazer
Na coluna de hoje, quero destacar a nossa Rota Romântica, um lugar que se destaca, ideal para os amantes da natureza, é repleto de jardins floridos e da cultura germânica nas 14 cidades participantes. Rodeada por plátanos, que no outono oferecem um colorido especial, paisagens de tirar o fôlego e repleta de construções no estilo enxaimel (arquitetura típica germânica), a Rota Romântica possui diversas opções de lazer para passeios de final de semana ou para os que desejam uma estadia tranquila e romântica.
Quem gosta do aconchego
que o friozinho oferece, este mês de agosto é perfeito para conhecer os confortáveis e charmosos hotéis e pousadas, além da rede gastronômica farta e variada. Agosto, assim como maio, junho e julho, são os meses que a incidência dos típicos nevoeiros e geadas são mais frequentes, fenômenos que proporcionam lindos registros. Mas quando a primavera chega, acompanhada de temperaturas mais amenas e dias mais longos, o colorido dos inúmeros jardins de praças, ruas e residências são um colírio para os olhos. É nesta época que a prática de espor-
tes em meio a natureza como trilhas e caminhadas são oferecidas por praticamente todas as cidades que compõem a rota.
A Rota Romântica já esteve por diversas vezes na lista das dez estradas mais bonitas e charmosas para se fazer de carro no Brasil. Título esse conquistado principalmente pelo zelo em que todas as cidades têm pelas suas estradas bem cuidadas e ladeadas, em sua maioria, por plátanos. Além dos atrativos naturais, inúmeros são os eventos ao longo do ano que trazem ao turista o melhor da nossa culinária típica, produtos di-
retos de fábrica, festas populares, atrações culturais e de entretenimento.
Localizada entre a planície do Vale do Sinos e o Planalto da Serra Gaúcha, a Rota Romântica é distante apenas 40 km de Porto Alegre e 35 km de Caxias do Sul, principais rotas de acesso ao Rio Grande do Sul. De carro próprio ou locado, deixe-se encantar por este roteiro que traz em cada curva uma nova emoção.
O roteiro inicia em São Leopoldo, berço da colonização alemã no Brasil, passando por Novo Hamburgo, a Capital Nacional do Calçado, Estância Velha, uma cidade eclética, Ivoti, com o maior Núcleo de Casas Enxaimel do Brasil, Dois Irmãos, onde Igreja, escola e trabalho são os três pilares do município, Morro Reuter, que faz muitas vezes às pessoas voltarem no tempo, Santa Maria do Herval, localidade de bonita topografia, combinando morros e vales, Presidente Lucena, a Capital da Schmier Colonial, Linha Nova, Berço
das Cervejarias no RS, Picada Café, conhecida como Cidade dos Lírios, Nova Petrópolis, que detém o título de Jardim da Serra Gaúcha, Gramado, um dos destinos mais desejados do Brasil, Canela, um centro de turismo ecológico e de aventura, e São Francisco de Paula, nos Campos de Cima da Serra.
Vale cada segundo quando visitamos essas cidades. Cada um dos 14 municípios participantes da Rota tem suas características próprias, muitos costumes, culturas e tradições em comum. Outro destaque são os empreendedores de diversas áreas e setores que são parceiros, porque acreditam na união das cidades, do trabalho e ações realizadas em conjunto pela Rota, fortalecendo cada vez mais os municípios.
Seu próximo destino já tem endereço. Visite as 14 cidades que fazem parte do roteiro mais romântico do Brasil, repleto de oportunidades, de conhecimento e de vivências inesquecíveis para toda família.
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Foto: Leonid
Despedidas e vulnerabilidade
A minha avó faleceu. O meu tio faleceu. A morte nunca foi e nunca será algo fácil de lidar. Não existe receita de bolo ou uma forma certa de encará-la. A verdade é que, quando decidi-
mos morar fora, nós sacrificamos instantaneamente algumas coisas, sendo uma delas o contato (físico) com as pessoas que amamos.
Eu sempre soube que esse é um dos preços que
pagaria, pois, afinal, não se pode ter tudo.
“Mas tu tá aqui sozinha?”
“Como tu consegue encarar isso sozinha?”
“Mas onde estão os teus pais?”
Essas são perguntas que eu ouço com frequência aqui na Alemanha. E para ser bem sincera, é difícil estar “sozinha”. Porém, a verdade é que eu nunca estive sozinha. Eu tive muito apoio familiar e novas pessoas entraram na minha vida que me acolhem e me amam.
Porém, da mesma forma, quando eu soube que a minha avó havia falecido, tudo o que eu mais queria era um abraço dos meus pais e a chance de me despedir. Quando soube que o meio tio havia falecido, tudo o que eu mais queria era um abraço dos meus pais e a chance de me despedir.
Acontece que, bom, não vai rolar. O segredo talvez
seja encontrar paz nisso tudo: aceitar a realidade pelo que ela é, e não por aquilo que nós queremos que ela seja.
Nunca gostei de despedidas, mas elas ajudam a dar um ponto nas coisas. Eu estou aprendendo a viver elas de longe, talvez encará-las de uma forma diferente. Talvez as despedidas não sejam sobre lágrimas e abraços, talvez elas possam ser algo mais abstrato, sobre soltar e deixar ir. Bom, eu não sei.
Eu acho que ninguém sabe. Não conheço uma pessoa que, após se despedir de algo ou alguém, sentiu que teve uma “boa despedida”.
Esse não foi o texto mais feliz já escrito por aqui, mas é feito da mais linda e dura realidade de morar longe daqueles que amamos.
A ironia de tudo é que eu nunca me senti tão próxima dos meus pais e amigos do Brasil quanto agora, mesmo do outro lado do oceano.
Ser próximo de alguém não é sobre estar colado na outra pessoa: é sobre vulnerabilidade.
Vulnerabilidade exige muita coragem. É você ser autêntico e deixar as pessoas te verem exatamente pelo que você é, com todas as tuas perfeições e imperfeições. É sobre conversas honestas. E, bom, o que eu mais tive, desde que me mudei para cá, foram conversas honestas.
E conversas honestas exigem somente uma coisa: duas pessoas dispostas a serem vulneráveis (e que bom que temos a tecnologia necessária para permitir que esse diálogo aconteça, mesmo com um oceano entre essas pessoas).
Desejo que todos nós possamos encontrar paz nas nossas despedidas, encontrar conforto no desconforto e ser vulneráveis com aqueles que amamos.
Muita gratidão por você estar aqui comigo.
Marina Marques Klein Diretamente de Trier, na Alemanha
Foto: Arquivo Pessoal
São Leopoldo Fest
Festa em homenagem aos imigrantes
A coluna desta edição não traz imagens históricas de um passado distante, quando imigrantes ajudaram a formatar o Vale do Sinos. O espaço de hoje é dedicado a uma festa que já atraiu milhares de visitantes para a cidade berço da colonização alemã: a São Leopoldo Fest. Criada pelo advogado Dagoberto Goulart em 1991, a São Leopoldo Fest se tornou ao longo
dos anos a maior festa popular do município.
“A cidade só tinha o Dia do Colono, em 25 julho. No começo, eram 15 dias de festa na Rua Grande [hoje Rua Independência, no Centro]. A festa estourou logo na primeira. Cada quadra tinha duas ou mais casinhas enxaimel, onde se vendia produtos coloniais. Todas essas casinhas, de entidades como Apae de São Leopoldo, entidades assistenciais, todos iam caracterizados. E 30 dias antes da festa um carro de som passava pelas ruas, tinha bandinha sábado e domingo, era a alegria antecipada da festa. No encerramento tinha o desfile”, lembra Goulart, que, em 2003, foi homenageado pela Prefeitura por criar a São Leopoldo Fest.
Direção defensiva não é vergonha, gauchada!
No mês de julho tive a oportunidade de rodar por seis estados brasileiros, nas minhas férias, partindo do Rio Grande do Sul até chegar em Goiás. Uma de minhas paixões é dirigir e na companhia da parceira Adriane, que também curte uma boa estrada, atravessei Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais, até chegar no destino, Caldas Novas, em um total rodado de aproximadamente 4.100 quilômetros, em ida e volta. Impossível não observar a postura dos motoristas ao longo de tanto rodar e por isso sou obrigado a provocar: gaúchos, dirigir na defensiva não precisa ser motivo de vergonha. De longe, paulistas e paranaenses me transmitiram ser os mais serenos ao volante, tanto em rodovias como nas cidades (Curitiba, Limeira, Ribeirão Preta, entre outras), com a gentileza sobrepondo-se a agressividade. Fiz uma manobra indevida na capital paranaense, por exemplo e em meio a diversos carros não ouvi uma buzina, um xingamento. Em SP e PR, observo motoristas que não param em cruzamentos, inviabilizando a circulação ou que permitem a passagem, quando alguém pede espaço e liga o famoso pisca pisca. A pista da esquerda, via de regra fica para quem flui em maior velocidade e quando se faz sinal de ultrapassagem, o lado é concedido. Sobre mineiros e goianos, poucas observações, apenas registrando não ter vivido nenhuma situação desagradável, em que pese ter rodados trechos menores.
Todavia, é triste falar de gaúchos e catarinenses: os piores, em larga escala, sob todos os aspectos, da intolerância a pressa, da grosseria a irresponsabilidade. Calma,
jamais generalizaria e portanto não se ofenda se não lhe servir esse chapéu (seja honesto nesta auto avaliação, por favor...). Nem todos os motoristas paulistas e paranaenses são corretos: destaco a maioria. Assim, como nem todos os gaúchos e catarinenses são grosseiros, mas a maioria...
A ideia de uma direção defensiva parece envergonhar e contar com o erro do outro motorista uma bobagem desprezível, afinal não sou apenas um motorista, sou um piloto, um domador de cavalo e de máquinas.
Buzinar então, passa a ser uma necessidade e me perdoem as mulheres, nesse aspectos elas conseguiram assumir um péssimo hábito masculino, exercendo-o com mais frequência. Entre a gauchada, quase podemos sentirmo-nos na Índia, país típico de buzinas nas ruas e rodovias, onde já estive e ressalto: lá, o sinal sonoro é rápido e serve como alerta, pela miscelânia de carros, motos. Aqui, não basta buzinar. Após o longo som irritante, via de regra surge um gesto com a mão, um olhar de reprovação e, em casos extremos, palavras ofensivas. É o kit completo da deselegância, que quando oferecido a outro, digamos, não elegante, pode derivar em perseguições, brigas e sim, pasmem, morte.
Amigo gaúcho, amiga gaúcha, não tenha vergonha de adotar a direção defensiva, de ser cortes, de ser paciente. Espere, ceda a vez, desconsidere a ignorância e pense nas pessoas que você ama, nas pessoas que amam você e seja empático com os outros motoristas. Direção defensiva, não pode ser motivo de vergonha. Andamos em automóveis, não em cavalos.
Rodrigo Giacomet Radialista e Diretor da Rede União FM