O Vale - Edição #16

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JEISON RODRIGUES

Stihl doa ferramentas para reestruturação das cidades

Página 4

REPORTAGEM ESPECIAL

Período é de costura das pré-candidaturas às prefeituras

Página 19

CAMILA VEIGA

Unicred prepara inauguração em Novo Hamburgo

Página 20

Pronto para fazer a sua parte?

Página 23

Como evitar que cenas como essa se repitam

Reportagem ouviu especialistas de diferentes áreas que apontam caminhos, estratégias e soluções para que cenas de devastação e caos como a da foto não se repitam, oferecendo um futuro mais digno para as próximas gerações

Páginas 06 a 13

Prevenção passa por diferentes medidas

Governo do Estado quer assumir gestão de diques Os cenários econômicos possíveis pós-catástrofe

RODRIGO GIACOMET

04 - Jeison Rodrigues

Stihl doa ferramentas muito úteis para reconstrução das cidades

06 a 13 - Especial

A reconstrução do RS passa pela resiliência após catástrofe

E ainda:

- Eventos extremos e vulnerabilidade: o combo para a catástrofe

- Um dique no meio do caminho

- Os cenários econômicos possíveis pós-catástrofe

14 - João Ávila

Período é de costura das précandidaturas a prefeito

16 - Camila Veiga

Unicred Região dos Vales prepara inauguração em Novo Hamburgo

18 a 20 - Giro pelo Vale

Badin será atração do Café da Colônia de Morro Reuter E ainda:

- Kerb de São Miguel: os critérios para ser Rei e Rainha

- Abertas inscrições para nova turma de EAD EJA do Sesc Novo Hamburgo

21 - Cláudio Alves

Feira do Mel, Rosca e Nata de Ivoti e as experiências gastronômicas

22 - Herta

Nossa comunidade

23 - Memórias

Eu sou a prova viva

23 - Rodrigo Giacomet Pronto para fazer a sua parte

Nossa reconstrução

Como fazer as pazes com o rio quando ele vem e leva nossos sonhos, nossas casas, nossos trabalhos e até nossos amores? A pergunta que abre a reportagem especial desta edição é um anseio de milhões de gaúchos que tiveram suas vidas alteradas pela maior catástrofe climática da história do Rio Grande do Sul. Rios transbordaram, bairros foram varridos do mapa e vidas foram perdidas. Cidades terão

de ser reconstruidas. Mas quais as soluções, os caminhos e os desafios?

Essa edição do Jornal O Vale ouviu especialistas e autoridades estaduais e municipais na busca por planos e soluções que tornem a vida de nós, gaúchos, mais digna e com condições de vislumbrar um futuro. Veja o que as administrações de Novo Hamburgo e de São Leopoldo planejam para o dique, sistema contra

cheias do Rio dos Sinos que, agora, precisa ser repensado. Veja que diz especialista sobre a possibilidade de abertura de canal na Lagoa dos Patos e, ainda, saiba que a prevenção passa por diferentes medidas. Afinal, a nossa reconstrução depende de cada um de nós.

Leia, também, as colunas de Jeison Rodrigues, João Ávila, Camila Veiga, Herta, Cláudio Alves e Rodrigo Giacomet. Boa leitura�

foto acima, produzida pelo atento e curioso fotógrafo Luis Guilherme Zambrzycki em uma das inúmeras ruas de São Leopoldo tomadas por entulhos, traz a realidade sem filtros de um mês de maio triste e histórico para os gaúchos. Uma via quase sem espaço, com carros nas calçadas e o menino, que observa um jovem em meio ao lixo, a máquina e o que sobrou de casas varridas pela enchente. Vamos nos reerguer�

Publisher: Rodrigo Steffen

Coordenação editorial: Jeison Rodrigues

Editor-chefe: Éder Kurz

Supervisora de circulação: Ana Kich

Supervisão comercial: Alexandre Schöler

Reportagem: Éder Kurz

Projeto gráfico e diagramação: Antônio Corrêa

Redes sociais e mídias

digitais: Kátia Caxambu

Vídeos: Gustavo dos Santos

Tiragem: 5 mil exemplares

Impressão: Araucária

Indústria e Editora

O Jornal O Vale faz parte do projeto O Vale, da Vale TV e Portal Valedosinos.org, com 40 edições entre 26 de outubro de 2023 e 03 de janeiro de 2025, integrando as comemorações pelo Bicentenário da Imigração Alemã

Novo Hamburgo: Rua Santa Sofia, 134 - Bairro Ideal

São Leopoldo: Rua 1º de Março, 50 - Centro contato@valetvplay.com

Comercial: (51) 92003-7012

Whatsapp: (51) 99750-1414 /ValeTVPlay /valedosinosorg

A
FOTO DA CAPA
Foto: Luis
Guilherme
Zambrzycki/Divulgação

OUTRAS HISTÓRIAS

Clark Alves reeleito na Aspeur

Presidente do Conselho de Administração da Associação PróEnsino Superior em Novo Hamburgo (Aspeur), Marcelo Clark Alves será reconduzido ao cargo. Ele foi reeleito e comanda a mantenedora da Feevale na gestão 2024/2027. A cerimônia de posse dos conselheiros e da Reitoria será na sexta (28), no Teatro Feevale. O novo reitor é o professor José Paulo da Rosa.

Mandinho abre novo negócio

Famoso pelo hamburger, o empresário Paulo Roberto Feiten Júnior inaugura em breve o Cachorro do Mandinho, na Maurício Cardoso, em Novo Hamburgo. De 2 a 7 de julho, rola um soft opening no local. Antes mesmo da inauguração, a nova marca já faz sucesso nas redes sociais e mobiliza o público.

Stihl doa ferramentas muito úteis para reestruturação das cidades

Com um portfólio de produtos extremamente úteis para recolocar as coisas em ordem depois da tragédia climática, a Stihl decidiu doar equipamentos para prefeituras de municípios fortemente atingidos. O pacote de doações inclui motosserras, roçadeiras, sopradores, lavadoras de alta pressão, motopodas, motores estacionários, motobombas e cortadores de pedra e ferro. O objetivo é bastante claro: contribuir com as ferramentas necessárias para a reestruturação das cidades. ‘‘A prática da responsabilidade social faz parte da cultura corporativa da Stihl e este DNA aproxima a empresa da comunidade’’, destaca o presidente da corporação no Brasil, Cláudio Guenther. Nesta semana, prefeitos de municípios beneficiados e outras autoridades participaram de uma solenidade na sede da Stihl em São Leopoldo. A doação de equipamentos se soma a um conjunto de ações adotadas desde maio para auxiliar os gaúchos atingidos pelas águas.

Jeison Rodrigues

Jornalista

jeisonrodrigues1977@gmail.com

Twitter: @jeisonmanoel

Insta: @jeisonrodrigues1977

Bora.Club agora tem podcast

Está indo ao ar pelo Youtube, todas às quintasfeiras, a partir das 18 horas, a primeira temporada do Boracast. Transmitido ao vivo da Imagine Estúdios, o bate papo recebe empreendedores locais para compartilhar conhecimentos, experiências e, ainda, fomentar conexões essenciais para o crescimento dos negócios na região.

Episódio é alusivo ao FEL

Os convidados desta quinta, aliás, são Jonatan Jensen, gerente de agência da Viacredi Alto Vale com papel importante na expansão da cooperativa no RS, e Fernanda Rauter, diretora na VILAGE Marcas e Patentes. O episódio é o 1º alusivo ao Fórum de Empreendedores Locais (FEL). A apresentação do podcast é feita por este colunista e o diretor Operacional do Bora, Guilherme Henz.

SUPERAÇÃO

ESTAMOS ENFRENTANDO A MAIOR CRISE CLIMÁTICA DA NOSSA HISTÓRIA.

São Leopoldo se preparava para comemorar o Bicentenário em 2024, quando foi duramente atingida pela maior enchente já registrada.

Estamos trabalhando muito, com muita dedicação e força vamos juntos superar esse momento.

Cuidamos da nossa população, acolhendo nossos moradores, e estamos garantindo o acesso dos recursos emergenciais às famílias atingidas.

Com o Supera São Léo vamos ajudar nossos empreendedores a retomar seus negócios.

Fomos a primeira cidade a secar as regiões alagadas e atuamos com uma grande força tarefa de limpeza com mais de 300 máquinas e mil trabalhadores.

Com apoio de entidades, voluntários, servidores, além dos auxílios do Governo Federal, do Governo Estadual vamos juntos superar esse momento e reconstruir a nossa cidade!

PREFEITURA E VOCÊ, JUNTOS POR SÃO LÉO!

A reconstrução do RS passa pela resiliência após catástrofe

Reportagem ouviu especialistas e autoridades municipais e estaduais em busca de soluções e caminhos para que enchentes como as de maio não se repitam, oferecendo um futuro mais digno para as próximas gerações

Como fazer as pazes com o rio quando ele vem e leva nossos sonhos, nossas casas, nossos trabalhos e até nossos amores?

Como acreditar que é possível refazer a vida quando a força da água pode, nova-

mente, levar tudo que tem diante de si? Se na enchente de 1941 nossos antepassados — alguns ainda vivos — tiveram que ter força para recomeçar, chegou a nossa vez de mostrar que somos um povo que não foge à

luta. No entanto, diferente do passado, o que mais pode ser feito para sairmos dessa catástrofe climática melhores do que éramos antes de maio de 2024?

Para o governador Eduardo Leite, são três os eixos

que precisamos nos dedicar para que nossas façanhas continuem sendo “modelo à toda terra” e nos coloquem como exemplo de superação — não somente para o restante do país, mas para o mundo. Para ele, as palavras

da vez são resiliência, preparação e reconstrução. As duas primeiras etapas dizem respeito às medidas a serem tomadas antes dos desastres naturais. Entre elas uma nova urbanização de cidades, o projeto o

RIOS (resiliência, inovação e obras para o futuro do RS), investimento em sistema de proteção de cheias e desassoreamento de rios. O tema da preparação compreende a aquisição de sistemas mais modernos e capazes de previsões mais precisas sobre a chegada de desastres naturais.

Entre as ações, inclusive, está a compra de um novo sistema de previsão. Um novo radar meteorológico chegou ao Estado no dia 11 de junho. O equipamento, que será instalado em Montenegro, no Vale do Caí, faz parte de um processo iniciado ainda no ano passado após as enchentes que atin-

giram os vales do Taquari, Caí e Sinos.

Outra medida é o investimento em infraestrutura e nos chamados serviços de backup, que são alternativas para estragos que venham a ser causados por novos eventos climáticos.

O terceiro eixo do programa pode demandar mais investimentos direto, com reconstrução das estruturas como rodovias, pontes, prédios públicos, escolas e habitações.

Para o economista Harrison Hong, professor de finanças na Universidade Columbia e que esteve no Brasil em meio à catástrofe, é neste momento

que os governos precisam lançar os projetos de impacto ambiental. “Este é o momento em que o público está mais pronto para apoiar essas políticas. Com a passagem do tempo, as pessoas ficam mais relaxadas, porque esquecem do desastre. Então, não se pode esperar para pensar em soluções”, defende.

O especialista detalha que países bem preparados para enfrentar desastres climáticos gastam por volta de 1% do PIB anualmente. “É o que se deve esperar para o Rio Grande do Sul, cerca de 1% do PIB regional deve ser direcionado para prevenção”, sugere.

Hong estima que a perda do PIB gaúcho com a catástrofe será de 1% a 3%. “Ou seja, esse desastre vai arrasar um ano inteiro de crescimento. É bastante difícil encontrar algum inves-

timento mais importante do que a prevenção”, reitera. De acordo com o Piratini, a enchente de maio deste ano deve se configurar em um dos eventos de maior dano e prejuízo econômico do século, ao lado de eventos com o Furacão Katrina, que assolou parte dos Estados Unidos em 2004. A estimativa é de um impacto de R$ 60 a R$ 75 bilhões em ativos, com a deterioração de bens de capital; e de R$ 55 a R$ 80 bilhões no PIB do RS no ano, podendo va-

riar de 8% a 12% de queda. Para que o Rio Grande do Sul consiga se reerguer — economicamente e emocionalmente — são vários os caminhos a percorrer. Desde a reformulação dos diques, a transferência de bairros e até cidades inteiras, o aperfeiçoamento das previsões meteorológicas, a busca por exemplos de outros países e, claro, a preocupação e respeito ao meio ambiente. Nas próximas páginas, confira pontos levantados nesta reportagem especial.

“É bastante difícil encontrar algum investimento mais importante do que a prevenção”.

Eventos extremos e vulnerabilidade: o combo para a catástrofe

Uma catástrofe não é feita apenas pela ação da natureza, do clima ou do acaso. Ela é a junção de vários fatores, sendo que um deles é determinante: a vulnerabilidade de uma região ou de uma comunidade. Para Karina Lima, doutoranda de Climatologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e coordenadora do projeto “O que você faria se soubesse o que eu sei”, é preciso trabalhar para aumentar a resiliência, a fim de diminuir os danos à população e aos ecossistemas. “O desastre ocorre quando

há a junção de eventos extremos e vulnerabilidades locais, e tivemos vários desastres no Rio Grande do Sul em um período de um ano”, ressalta.

Em um ano, foram três eventos extremos no Rio Grande do Sul. Nos dias 15 e 16 de junho de 2023, chuvas intensas, acompanhadas de fortes ventos, deixaram um rastro de destruição no litoral norte e inundaram, como nunca antes se tinha visto até então, algumas cidades do Estado. Na época, o episódio foi classificado como um dos maiores desastres

Prevenção passa por diferentes medidas

Diretor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Ufrgs e também coordenador do Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres da universidade, Joel Goldenfum afirma que a redução do impacto de novas enchentes passa por diferentes medidas, de acordo com cada local. “Temos problemas bem diferenciados. Quando a gente passa para a parte mais alta da bacia, temos que repensar o uso do solo. Infelizmente, parte da população vai ter que ser deslocada para áreas seguras para evitar que isso aconteça”, projeta.

“O desastre ocorre quando há a junção de eventos

extremos e

vulnerabilidades

locais, e tivemos vários desastres no Rio Grande do Sul em um período de um ano”

climáticos do Estado. Foram dois milhões de gaúchos afetados, com 3,2 mil desabrigados e 4,3 mil

desalojados e 16 mortes, com 34 cidades com situação de emergência homologada pelo Estado.

Já ao avaliar o caso das regiões Metropolitana e Vale do Sinos, as ações apontadas por Goldenfum são um pouco diferentes. “Tem que recuperar o sistema de diques para que ele possa funcionar adequadamente e, também, se reavaliar o sistema, porque ele foi projetado a partir de um histórico que tinha corrido no passado. A frequência no passado representa a probabilidade no futuro. Acontece que os eventos estão se tornando, devido às mudanças climáticas, cada vez mais intensos e cada vez mais frequentes. Isso implica que nós temos que rever, por exemplo, cotas de inundação”, defende o diretor. Para Goldenfum, esse processo passa por repensar a ocupação das cidades, que cada vez mais precisarão entender a necessidade de ter áreas capazes de serem alagadas sem causar grandes estragos físicos e humanos.

Foto: Giovani
Paim / Divulgação
Enchente deixou bairros de São Leopoldo debaixo d’água

Especialista critica possibilidade de abrir canal na Lagoa dos Patos

A abertura de um novo canal ou ampliação do atual na Lagoa dos Patos pode ter um efeito reverso ao desejado, afirma Joel Goldenfum. “Pode causar efeito contrário, porque se a lagoa baixar e o mar subir, ao invés da lagoa mandar água pro mar, o mar pode mandar água para a lagoa. Se tiver um vento sul, ele não vai conseguir funcionar”, explica o diretor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Ufrgs.

Outra crítica do especialista é quanto à possibilidade da utilização de bombas de água ao longo da Lagoa dos Patos. “O tamanho dessa lagoa é muito grande, a vazão é enorme. Para se ter uma ideia, foram medidas vazões da ordem de 30 mil metros cúbicos por segundo, são 30 milhões de litros por segundo. Não tem bomba no mundo capaz de bombear essa água”, argumenta.

O assunto do canal na

Lagoa dos Patos (foto ao lado) foi abordado pelo presidente Lula em uma de suas visitas ao RS em maio, durante as enchentes. “Nós estamos pensando que vamos discutir um projeto aqui no Rio Grande do Sul para que a gente leve a água

do excesso dos rios diretamente para o mar sem encher nenhuma cidade aqui em Porto Alegre”, disse o presidente na passagem por Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari, um dos municípios mais afetados pelas enchentes no Estado.

Dragagem de rios também requer cuidados

Na avaliação de Joel Goldenfum, a dragagem de rios também precisa ser feita de forma racional.

“Simplesmente sair dragando é criminoso de novo. Então vamos, em primeiro lugar, pedir equipamentos para medir o nível do fundo dos rios e dos lagos e lagoas e a partir desse levantamento analisar se existe ou não deposição, quanto que tem depositado, de que maneira se poderia retirar e se essa retirada vai conseguir me-

lhorar o escoamento.”

O diretor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Ufrgs defende que todas as ações exigem um estudo muito detalhado. “Essa é uma ideia que tem surgido de pessoas que não são da área técnica, bem intencionadas, evidentemente, mas elas têm que ouvir os técnicos.”

No RS, a dragagem de rios é licenciada Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).

Foto: Mauricio Tonetto Secom
Aeroporto Salgado Filho suspendeu as operações após ter pista e outras áereas alagadas

Um dique no meio do caminho

Como uma pedra no meio do caminho, o dique que, até então, protegia parte do território de Novo Hamburgo e São Leopoldo do avanço das águas do Rio dos Sinos se transformou num impasse. Ao mesmo tempo em que garantiu, por muitos anos, a proteção necessária, a cheia de maio deste ano mostrou que o sistema precisa ser repensado. Inclusive, o rompimento de um pequeno trecho revelou outro problema: afinal, quem é o responsável pela construção anti-cheia?

A prefeita Fátima Daudt informou que Novo Hamburgo cogita a contratação de um estudo para saber a atual situação do dique no bairro Santo Afonso e, então, definir que medidas tomar para melhorar sua estrutura. Isso tudo porque existe uma divergência entre a administração hamburguense e a prefeitura de São Leopoldo sobre o reparo emergencial do dique.

De acordo com a procuradora de Novo Hamburgo, Fernanda Luft, o Executivo esperava um laudo da gestão leopoldense sobre a estabilidade do dique, que fica no limite entre as duas cidades. “O dique se

rompeu no lado de São Leopoldo e para que fosse feita a reconstrução, São Leopoldo utilizou o caminho sobre o dique para o uso de caminhões pesados, o que pode ter comprometido sua estrutura porque ele não foi projetado para receber todo esse peso.

Como não recebemos esse laudo, vamos ter uma reunião para definir se nós mesmos iremos contratar uma empresa para fazer esse laudo”, disse Fátima.

Com o laudo em mãos é que a Prefeitura de Novo Hamburgo irá tomar de-

cisões sobre o que deverá ser feito. “Saber como está a situação do dique, o que precisa ser feito, se ele vai precisar ser elevado, reconstruído ou se ele ainda mantém uma estabilidade depende desse laudo”, defende Fernanda.

Inclusive, uma comitiva do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) fez uma vistoria para avaliar a situação dos diques e das Casas de Bombas de São Leopoldo. De acordo com o prefeito Ary Vanazzi, os dados dessa

“Saber como está a situação do dique, o que precisa ser feito, se ele vai precisar ser elevado, reconstruído ou se ele ainda mantém uma estabilidade depende desse laudo”

vistoria serão repassados ao governo federal para “iniciar um grande processo de reconstrução desses sistemas”.

Com a cheia do Rio dos Sinos, bairros das duas cidades foram tomados pela enchente e as prefeituras buscaram apoio de outros estados e de empresas para

drenar a água das ruas. Em Novo Hamburgo, bombas foram emprestadas por arrozeiros no Oeste gaúcho e, também, da Sabesp, em São Paulo. Já em São Leopoldo, seis bombas anfíbias da empresa leopoldense Higra foram usadas para drenar a água.

Sistema anti-cheias no Caí

Prefeitos do Vale do Caí estão atentos a estudo que trata da prevenção de cheias no Rio Grande do Sul. De acordo com o ministro-chefe da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, o governo federal irá buscar formas de financiamento para o custeio das obras.

Em São Sebastião do Caí, a projeção é de quatro quilômetros de dique, construídos no bairro Navegantes. Pela proposta, o estudo prevê a construção de diques também em Pareci Novo, um junto à RS-124, quase na divisa com São Sebastião do Caí, e outro na várzea do Bananal, em Pareci Novo.

No entanto, há críticas de quanto esses sistemas poderiam afetar outras cidades localizadas abaiEntulhos nas ruas de São Sebastião do Caí:

xo. Todas as obras previstas consistem de diques de contenção associados a outras estruturas hi-

dráulicas como estações de bombeamento, eclusa e comportas para controle fluxo, que impedem a

entrada de águas na área urbana e retiram as águas pluviais do interior das áreas protegidas.

Para celebrar, Dois Irmãos está realizando eventos alusivos ao Bicentenário da Imigração Alemã Dois Irmãos: presente e futuro inspirados na tradição germânica

cidade busca construção de dique para evitar enchentes

Governo do Estado quer assumir gestão de diques

O governador Eduardo

tro da Casa Civil, Rui Costa, defende que este tema deva, sim, ficar sob a tutela do Estado. Segundo Leite, desde a extinção do Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS), no início dos anos 1990, a gestão de diques e casas de bombas ficou com as prefeituras, mas trata-se de uma tarefa complexa para ser resolvida individualmente. “Não

podemos, agora, pensar em soluções isoladas. O que se faz em uma cidade impacta na outra”, argumenta. Segundo o governador, as melhorias no sistema de proteção vão exigir investimentos bilionários. Como exemplo, ele cita o projeto de construção de um dique em Eldorado do Sul orçado em aproximadamente R$ 500 milhões.

Leite defende que o Piratini assuma a gestão dos sistemas de proteção contra enchentes. No entanto, para isso, argumenta que vai precisar do aporte de recursos do governo federal. “Precisamos ter um sistema robusto e seguro contra as cheias, que dê segurança para moradores e empresários continuarem vivendo e produzindo nas regiões atingidas pela água nas últimas semanas”, defende.

O exemplo da Holanda

Um grupo de holandeses esteve no Rio Grande do Sul para analisar a situação e propor alternativas ao governo do Estado. Eles atenderam um pedido do Departamento Municipal de Água e Esgotos de Porto Alegre depois da tragédia. Os holandeses fazem parte do programa Redução de Risco de Desastres (Disaster Risk Reduction-DRRS), com sede em Haia, vinculado à Agência Empresarial Holandesa. A Holanda, ou Países Baixos, é pequena –

pouco menor que o Espírito Santo, entretanto é o país mais densamente povoado da Europa, com 17 milhões de habitantes. Um terço de sua área fica abaixo do nível do mar.

A Holanda tem um Ministério da Infraestrutura e Gestão da Água, que investe 7 bilhões de euros por ano em sistemas antienchentes. Há também a figura do “Delta Comissioner”, autoridade dedicada à interlocução entre os diferentes níveis políticos - municí-

Na mesma linha, o minis-

“Precisamos ter um sistema robusto e seguro contra as cheias, que dê segurança para moradores e empresários continuarem vivendo e produzindo nas regiões atingidas pela água nas últimas semanas”

pios, províncias e governo central. No país, há três níveis de proteção: os grandes projetos de engenharia, como o Aft Dique e o Delta Works, iniciativas como o programa Room for the River, permitindo trechos alagáveis no entorno de cidades, e, dentro das áreas urbanas, conceitos como o de cidades-esponjas, que retêm e promove a absorção local da água assim que ela cai do céu, por meio sistemas de açudes, para que não vá toda para o rio principal.

Comitiva da Holanda esteve em Porto Alegre para propor alternativas

Os cenários econômicos possíveis pós-catástrofe

Para o economista Harrison Hong, professor de finanças na Universidade Columbia, há quatro cenários possíveis para uma região atingida por um desastre natural como o que assolou o Rio Grande do Sul. O mais otimista, chamado de destruição criativa, considera que nos esforços de reconstrução a região encontra oportunidades

novas e, após um breve período de trauma, chega a uma situação melhor do que a anterior. O segundo mais otimista, nomeado de “reconstruir melhor”, é autoexplicativo: não se encontram caminhos radicalmente novos, mas o desastre, lá na frente, leva a uma estrutura mais resistente e robusta, com ganhos para a economia e o bem-estar da

população. Um terceiro caminho, mais comum, diga-se de passagem, seria o de alguns anos de baque com uma lenta recuperação até um nível bem parecido com o que havia antes da tragédia. Finalmente, o cenário mais pessimista considera que a região, mesmo depois de vários anos, não atinge o nível de riqueza que experimentava antes.

Brilhante pesquisador, Hong veio ao Brasil em maio à catástrofe gaúcha e abordou o tema aproveitando o seu conhecimento em finanças ambientais. “Embora haja um consenso hoje sobre a ocorrência de impactos derivados das mudanças climáticas, os modelos sobre como esses impactos vão se dar, e sua frequência, variam muito”, disse Hong.

A catástrofe climática no RS em números

- Levantamento da Defesa Civil do Rio Grande do Sul aponta que quatro desapareceram e 81 gaúchos foram mortos pelo tempo severo 2023, 80 deles de junho em diante, sendo 56 em setembro,

quando uma enxurrada atingiu o Vale do Taquari.

- Em setembro de 2023 foram 20 cidades em estado de calamidade e 63 em situação de emergência reconhecidas pelo governo

do Estado. Em novembro, 40 decretaram situação de emergência.

- Na catástrofe climática de 2024 o número de vítimas já chega a 178, segundo o boletim divulga-

do no dia 24 de junho pelo governo do Estado.

- As enchentes históricas, entre o fim de abril e o mês de maio, ainda somam 34 pessoas desaparecidas, 806 feridas e 478

Uma análise dos dados de cerca de cem países atingidos por ciclones e ondas de calor entre 1980 e 2019 deixa uma pista do que acontece com a economia até quatro anos depois do desastre. Em linhas gerais, temos o terceiro cenário — recuperação até o nível anterior, mas depois de alguns anos de sérias perdas — para o PIB da região. “Isso acontece principalmente porque os investimentos caem”, explica Hong.

Os dados também apontam que regiões que sofreram um evento trágico têm mais chance de viver tudo de novo. Por isso, Hong é direto: “investir em preparação contra desastres climáticos é essencial, mesmo depois que a tragédia já tenha ocorrido”. O especialista afirma, porém, que o ideal é estar preparado antes. “Mas o nível de consciência de uma sociedade em geral não permite que se façam esses gastos previamente. Tipicamente, as pessoas não prestam muita atenção ao tema a não ser logo depois de desastres. E nem sempre é o primeiro desastre que leva a uma alta percepção do risco”, pontua.

municípios em estado de calamidade ou situação de emergência.

- Mais de 2,3 milhões de gaúchos foram afetados e mais de 388 mil desalojados.

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência

Candidatura de Tarcísio ganha corpo

Prefeito de 2009 a 2012, Tarcísio Zimmermann (PDT) quer voltar a administrar Novo Hamburgo. Começou um trabalho “formiguinha” e aos pouco conquista espaço. Em almoço de um grupo de empresários, ao menos a metade disse que estará com TZ em outubro. Os que apoiam, justificam: “Fez bom trabalho como prefeito”.

Emedebista

“raiz” sai de encontro desmotivado

Tradicional emedebista de Novo Hamburgo disse que se sentiu “deslocado” em café no partido. Ao chegar na sede, se deparou com um número significativo de pessoas “recém chegadas” ao MDB. Aos poucos foi se chegando, falando com um, trocando ideia com outro, mas confessa que não saiu otimista do encontro.

Vanazzi não dispensa reuniões com a União

Prefeito de São

Leopoldo, Ary Vanazzi tem aproveitado a instalação de ministério específico para a reconstrução do RS. A proximidade que tem com o ministro extraordinário, Paulo Pimenta, rende boas reuniões e agendas. Importante para um município que teve perto da metade da população diretamente atingida.

Período é de costura das pré-candidaturas a prefeito

Pouco mais de três meses das eleições municipais e as costuras ainda são feitas em Novo Hamburgo. Algumas pré-candidaturas se solidificam, mas as alianças estão em construção, para não dizer indefinidas. Sabese quem vai disputar a Prefeitura, mas falta definir o vice na chapa.

A primeira précandidatura anunciada foi a do ex-vereador Fufa Azevedo �PT�. Ele trabalha, faz plenárias, elabora plano de governo e tem tudo para compor com PCdoB e Psol. Mas quem será o ou a vice? Ninguém sabe.

O MDB, que tentou Giovani Feltes e dispensou Paulo Kopschina, virá com a

ex-prefeita de Dois Irmãos, Tânia da Silva. É a escolha da prefeita Fátima Daudt. Mas e de vice, quem vem? A composição, pelo cenário que se apresenta, é difícil. Pode ser uma indicação do Podemos.

O deputado estadual Delegado Zucco sempre aparece como nome do Republicanos e da direita conservadora. Tem um grupo de assessores, de olho em secretarias, que defende a candidatura. Mas a situação pode adiar o desenho de se tornar deputado federal em 2026. Tem, ainda, a composição do “frentão” antiMDB, desenhado desde 2022. O PDT, que foi governo de 1997 a 2004, quer

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Novo Hamburgo vai ter um aeroporto

regional

Vou contar um segredo: o aeródromo de Novo Hamburgo passará a se chamar Aeroporto Regional Pedro Adams Neto. A escolha do nome é para homenagear o aviador que descobriu, na década de 1940, a área onde se instalou o Aeroclube. Apesar da área ser propriedade do aeroclube, a pista é pública.

Agora

vereador viu que não tem como conciliar horários

voltar, agora com Tarcísio Zimmermann. Definir o vice é a prioridade. O ex-prefeito já fez muitas reuniões, mas ainda tenta uma com o PSDB. Não custa lembrar: nos dois mandatos que comandou o Município, em um teve o vice do PP �Victor Körbes� e em outro do próprio PSDB �Cleonir Bassani�.

As outras três précandidaturas que se apresentam podem se tornar uma só, caso o “frentão” volte a ganhar corpo. O nome do PSDB é do vereador Raizer Ferreira; o PP apresenta o também vereador Gustavo Finck e tem o PL, com o exemedebista Paulo Kopschina e o empresário Gerson Haas. Façam as suas apostas.

Quase no final do mandato, o vereador de Estância Velha Lucas Argentino (MDB) pediu licença “por não compatibilidade de horário para exercer o mandato eletivo” com a função na prefeitura. Agora, quero ver se vai pedir o fim da licença no mês que vem, quando servidores precisam se desincompatibilizar para concorrer.

Criador e criatura vão se enfrentar em Campo Bom

Quando terminou o terceiro mandato de prefeito em Campo Bom, Giovani Feltes (MDB) fez o sucessor, Faisal Karam, que esteve por dois mandatos à frente do Executivo. Mas os dois racharam, hoje são adversários e, mais do que isso, pré-candidatos.

João Ávila
“É

gratificante quando vejo mudança na vida do paciente”

Conheça

o trabalho

de mais de uma década da Dra. Kátia Blume, referência em lente de resina e criadora do Método Ao Inimaginável

Especialista em lentes dentais e em transformar vidas. Essa é a síntese do trabalho desenvolvido há mais de uma década pela Dra. Kátia Blume, referência em lente de resina e criadora do curso “Método Ao Inimaginável”. Não à toa ela conquistou milhares de seguidores no Instagram (@ drakatiablume) e uma legião de pacientes sorridentes e com a autoestima renovada. “É minha missão de vida. É gratificante quando vejo mudança de vida do paciente. Eles contam ‘consegui namorado, mudei de emprego, mudei totalmente minha vida’. Fazer parte dos sonhos deles é muito gratificante”, afirma Kátia, que há 14 anos

transformou o sonho de ter a própria clínica em realidade (veja endereço abaixo).

Formada em Odontologia pela Ulbra, em Canoas, com especialização em prótese dentária, Kátia deu os primeiros passos na carreira em clínicas de Novo Hamburgo, cidade onde nasceu e reside. Quando conseguiu ter o próprio consultório, atendia em horários alternativosao meio-dia e no começo da noite. “Era eu e uma secretária. Chegava a trabalhar 15 horas por dia”, lembra. Após três anos, ela passou a se dedicar integralmente ao próprio consultório, tornando-se referência em lentes dentais (porcelana e resina), sua grande experti-

se. “O que nossa clínica faz é uma arte, dente por dente, eu mesmo que faço. O paciente entra no início da manhã e sai no final da manhã com o sorriso transformado, todo serviço é feito em um único turno”, diz Kátia, enfatizando o atendimento único e humanizado. “Nos preocupamos com o melhor para cada paciente como um todo, com o que vai combinar com a personalidade dele, rosto, altura. Procuramos saber sobre a vida dele, os desejos, para podermos fazer parte de algo muito maior do que apenas o sorriso. Depois, ainda acompanhamos esse paciente, a vida dele, todas as mudanças que acontecem.”

Método Ao Inimaginável

Profissional dedicada a transformar sorrisos e proporcionar resultados excepcionais, a Dra. Kátia Blume ampliou a clínica - atualmente, são três consultórios no mesmo endereço e cinco colaboradores - e criou o curso “Método Ao Inimaginável”. Já são 15 edições presenciais em Novo Hamburgo e mais de 100 profissionais de odontologia que realizaram o curso.

“Minha expertise em lentes de resina fez com que eu me tornasse autoridade na área, com reconhecimento

nacional por toda habilidade e paixão pela odontologia que desenvolvi. Com um compromisso inabalável com a qualidade, venho cada vez mais aprimorando minhas habilidades para oferecer o melhor atendimento e resultados impressionantes aos meus pacientes”, frisa a Dra. Kátia.

Onde fica

Clínica Dra. Kátia Blume

Rua Joaquim Nabuco, 1.044, Sala 303, Centro, Novo Hamburgo/RS

Kátia Blume

Números amargos

Mais de 36% dos empreendedores gaúchos ainda estão com seus negócios fora de operação. Outros 24,8%, parcialmente paralisados. Os dados são da “Pesquisa de Impacto das Enchentes no RS”, realizada pelo Sebrae RS e pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

Dos 16 mil entrevistados, 36,25% são microempresas, 27,12% são microempreendedores individuais, 22,3% estão enquadrados como empresas de pequeno porte, 9,41% como médias empresas, 3,58% como produtores rurais e 1,35% como grandes empresas.

Mais de 20% das empresas calculam prejuízos de até R$ 10 mil em ativos como imóveis, máquinas, equipamentos e veículos. Cerca de 20% projetam prejuízo entre R$ 20 mil e R$ 50 mil, 15% entre R$ 10 mil e R$ 20 mil, 10% entre R$ 50 e R$ 100 mil e quase 9% entre R$ 100 mil e R$ 500 mil.

30

anos de Plano Real

Em 1º de julho, o país celebra 30 anos do Plano Real, moeda mais longeva das 8 que o Brasil teve desde o fim do mil-réis, em 1942. O Real sucedeu 6 planos econômicos que fracassaram diante da inflação, que chegou a registrar, em 1993, aumento anual de preços de quase 2.500%.

Unicred Região dos Vales prepara inauguração em Novo Hamburgo

Um novo capítulo no atendimento da Unicred Região dos Vales se inicia neste 28 de junho, com a inauguração da sua mais nova agência em Novo Hamburgo. O amplo espaço de 600m² está situado na valorizada Avenida Dr. Maurício Cardoso, em frente ao Hospital Regina.

A novidade faz parte

de um plano estratégico de expansão e modernização da instituição. “Esta será a agência mais moderna da nossa cooperativa, na maior cidade da região, em uma de suas principais avenidas. Isso representa um marco importante para nós, simbolizando o compromisso com a excelência no atendimento e a valorização

dos nossos cooperados”, afirma o Presidente do Conselho de Administração da Unicred Região dos Vales, Dr. Paulo Luiz Rech. A cooperativa opera no setor financeiro, oferecendo empréstimos, financiamentos, aplicações financeiras, seguros, previdência e cartões aos seus cooperados em 64 municípios.

Killing é nível máximo do Origem Sustentável

A Killing S.A. Tintas e Adesivos recebeu a recertificação no programa Origem Sustentável, que agora passa da categoria Ouro para a Diamante, a mais alta da iniciativa. O reconhecimento foi entregue ao CEO Milton Killing. “Antes mesmo de se falar em sustentabilidade, a Killing já era uma empresa comprometida com as

Camila Veiga

Jornalista

camilaveiga.imprensa@gmail.com

Instagram: @acamilaveiga

Retomada na Expoagas

Uma mobilização inédita de centenas de trabalhadores imbuídos na recuperação do Centro de Eventos Fiergs, em Porto Alegre, possibilitará a realização da Expoagas 2024 – 41ª Convenção Gaúcha de Supermercados em suas datas originais, entre 20 e 22 de agosto.

“Entendemos que é hora de darmos as mãos e realizarmos este grande encontro como um propulsor da retomada para toda a economia gaúcha, já que dois terços dos nossos expositores são oriundos do RS e o Brasil quer impulsionar os nossos produtos”, disse o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS), Antônio Cesa Longo.

Em 2023, a Expoagas reuniu 62 mil pessoas e movimentou R$ 652,6 mi em negócios, congregando 496 expositores no mesmo centro de eventos.

Quase cinco décadas

ações sociais e ambientais. Nesses mais de 60 anos, aprimoramos essas práticas em uma evolução que deve ser contínua”, declarou ele. Entre as iniciativas estão ações ambientais, como o uso de água e o cuidado com a geração de efluentes e a destinação de resíduos sólidos, além de adoção de energias renováveis e o monitoramento da qualidade do ar.

A Calçados Beira Rio S.A., uma das maiores fabricantes calçadistas do Brasil, completou 49 anos. A empresa comandada por Roberto Argenta leva seus produtos a mais de 100 países e emprega mais de nove mil colaboradores de forma direta na produção das marcas Beira Rio, Moleca, Vizzano, Molekinha, Molekinho, Modare Ultraconforto, Actvitta e BR Sport.

Como serão as cidades do futuro?

A coletividade precisa sobrepujar a individualidade. Do contrário seremos um aglomerado de gente �não cidadãos� em um determinado espaço em que o bem comum não é observado.

Atitude com responsabilidade pode proporcionar um lugar de convívio mais saudável

A cidade do futuro precisa ser construída já para não correr o risco de deixar de ser uma cidade de futuro. Os lugares em que vivemos hoje já foram sonhados, planejados (ou não) em um momento do passado. Temos vivências e agimos conforme as condições ofertadas pelo ambiente. Podemos, no entanto, provocar novas realidades, pois a nossa ação, hoje, tem repercussão no futuro nos espaços em que interagimos.

O convívio entre os cidadãos do mesmo lugar é fundamental para que seja possível construir coletivamente o espaço em que cada um possa sentir-se como parte ativa de desenvolvimento.

A interação é conquistada por oportunidades que privilegiam os diferentes interesses de cada inte-

grante da polis (grego) ou da civitas (latim) de onde derivaram os termos político, que no Brasil denota cargo de representação pública, e cidadão, o habitante do lugar. Ajudar a desenvolver um aspecto da cidade, nas mais diferentes áreas, gera pertencimento.

A economia é mais forte quando mais mãos, cabeças e corações colaboram. O esporte vibra. A cultura e a educação tornam-se vivas.

A coletividade precisa sobrepujar a individualidade. Do contrário seremos um aglomerado de gente (não cidadãos) em um determinado espaço em que o bem comum não é observado.

Para a coletividade são necessários a inclusão e o convívio das diferenças em seus mais amplos aspectos: idade, gênero, etnia, condição social, orientação partidária e religiosa e muito mais.

Espera-se que cada integrante da coletividade tenha atitude diante do espaço em que se insere. Este lugar de convivência pode ser urbano ou rural. As atitudes de cada cidadão farão a diferença nesse espaço.

Essa diferença provocará mudanças que, por sua vez, terão consequências para o desenvolvimento que tenha sustentabilidade ambiental, social e econômica. Atitude com responsabilidade pode proporcionar um lugar de convívio mais saudável, ainda mais quando as diretrizes são definidas de maneira participativa.

A participação é conquistada por meio de educação para o desenvolvimento de atitudes cidadãs. “É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança” nos ensina um provérbio africano.

Nossas aldeias, como um todo, precisam ser educadoras de cidadãos que participam do cuidado com o bem comum.

O movimento educativo dá-se em espaços educadores instituídos como escola e dá-se também em qualquer espaço da aldeia. Espaços bem cuidados, patrimônio ambiental e histórico preservados, acessibilidade e convivialidade são exemplos educadores para os cidadãos da aldeia.

As aldeias, por sua vez, precisam interligar-se assim como os cidadãos que a compõem. Elas precisam unir-se para o desenvolvimento sustentável da região, do país e do planeta.

Cidades do futuro começaram a ser construídas há muito tempo. Somos hoje o futuro de ontem. Juntos faremos cidades de futuro.

Badin será atração do Café da Colônia de Morro

Reuter

Morro Reuter - O humorista Badin, o Colono, será a atração de abertura de mais uma edição do Café da Colônia de Morro Reuter. O evento, que chegou a ter a data remarcada em função das enchentes, está confirmado para os dias 19, 20 e 21 de julho.

São dois dias de café servido à mesa no Salão Paroquial Imaculada Conceição, além de atividades como Arte na Praça (arte, artesanato e produtos à base de lavanda na Praça Municipal), exposição fotográfica, jogos germânicos, feira colonial, desfile rural temático, exposição de carros antigos, rústica e musicais.

A Prefeitura frisa que o evento celebra a produção do interior e resgata a tradição do Café com Mistura,

precursor do café colonial, nascido em Morro Reuter. Neste ano, além dos dois dias tradicionais do café servido à mesa, Badin, o Colono, fará uma apresentação de abertura com arrecadação de itens que serão doados às vítimas das enchentes. O comediante Eduardo Christ, que dá vida ao personagem Badin, recentemente arrecadou mais de R$ 75 milhões em doações por meio de suas redes sociais.

Curso “A Chegada do Bebê” está com inscrições abertas

Campo bom - A 6ª edição do curso “A Chegada do Bebê” começa no dia 4 de julho. As atividades ocorrerão semanalmente, das 18h às 19h30, no Centro Materno Infantil.

Livros são doados para bibliotecas atingidas pela enchente

Estância Velha - A Secretaria de Educação e Cultura de Estância Velha se engajou na Campanha Caixa Solidária da Editora ZMulti de doação de livros. O objetivo é arrecadar livros para doar às bibliotecas das cidades que foram atingidas pelas enchentes de maio.

Diretora da editora estanciense, Sandra Hess esteve no último dia 20 na Biblioteca Pública coletando cerca de 50 livros doados, todos em duplicidade no acervo. “A ideia é levar o que arrecadamos para auxiliar na reconstrução de bibliotecas em várias cidades atingidas.”

Quem quiser doar livros para a campanha pode entrar em contato com a Editora ZMulti ou levar os livros até a sede - Rua Marcílio Dias, 15, bairro Lira.

Alunos se destacam na Olimpíada de Matemática

As inscrições podem ser feitas na unidade de saúde do seu bairro. Para participar, é necessário estar com 12 ou mais semanas de gestação. A futura mamãe pode levar um acompanhante durante os encontros, que ocorrerão em quatro oportunidades. Os temas são “Importância do pré-natal e exames”, “Desenvolvimento da gravidez”, “Alimentação na gestação, amamentação, atividade física e saúde bucal” e “Cuidados com recém-nascido e visita ao Centro Obstétrico do HLR”.

O curso é organizado pela Secretaria da Saúde. Em caso de dúvidas, entre em contato pelo telefone (51) 35988600 / Ramal: 8763.

Ivoti - Os estudantes de Ivoti mais uma vez brilharam na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) de 2023, conquistando medalhas e menções honrosas. A OBMEP é promovida pelos ministérios da Educação, Ciência e Tecnologia, realizada pelo Instituto Nacional de Matemática Pura Aplicada com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática. O objetivo é estimular o estudo da matemática entre alunos e professores da educação básica.

Kerb de São Miguel: os critérios para ser Rei e Rainha

Dois Irmãos - A tradição e a cultura de Dois Irmãos ganham destaque com o lançamento do regulamento oficial do Concurso de Escolha do Rei e Rainha do Kerb de São Miguel. Organizado

pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, o evento visa selecionar um casal que representará não apenas a beleza, mas também os valores históricos, sociais e econômicos da cidade.

O concurso ocorrerá no dia 2 de agosto de 2024, na Sociedade Santa Cecília, e contará com a participação de casais que preencham os requisitos estabelecidos. Podem concorrer casais com idade mínima de 50

Trabalhadores da saúde participam de capacitação de Suporte Básico de Vida

São Leopoldo - A Fundação Municipal de Saúde de São Leopoldo realizou a capacitação de Suporte Básico de Vida para quem atua na rede de atenção básica. O objetivo é que os trabalhadores das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e outros setores saibam como proceder com maior efetividade e rapidez em caso de urgências e emergências até a chegada do auxílio especializado.

anos, residentes em Dois Irmãos há pelo menos um ano, e que estejam disponíveis para compromissos preparatórios e oficiais pelo período de dois anos.

As inscrições começaram no dia 17 de junho e vão até 5 de julho deste ano, no Departamento de Turismo (Parque Romeo Benício Wolf). É necessária a apresentação de documentos como fotos, cópia de documentos pessoais e comprovante de residência.

A avaliação dos candidatos ocorrerá em três etapas: inscrição e comprovação dos pré-requisitos, preparação com workshops e ensaios, e a noite final de escolha com entrevistas, discursos e desfile.

Segundo a chefe do Departamento de Turismo, Cristiane Engelmann, um ponto alto do concurso será a avaliação pelos jurados nos critérios de en-

trevista, simpatia, postura na passarela, entre outros. “Haverá também votação popular antecipada por meio das redes sociais e a premiação da melhor torcida, incentivando o envolvimento da comunidade”, explica Cristiane.

O casal vencedor terá a missão de representar Dois Irmãos em eventos oficiais durante seu mandato, que se inicia em setembro de 2024. O traje oficial e os compromissos assumidos pelos eleitos serão regulamentados para preservar a dignidade do título e a integridade do concurso.

Eleitos em 2010 para representar Dois Irmãos em centenas de eventos, Darcy e Lori Engelmann foram os Rei e Rainha do Kerb de Dois Irmãos, sendo coroados novamente em 30 de abril de 2019. Infelizmente, a Rainha faleceu em 26 de fevereiro de 2022.

Crimes na internet são tema de palestra em escola

Dois Irmãos - Estudantes do 6º ao 9º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Carlos Rausch assistiram palestras do delegado da Polícia Civil de Dois Irmãos, Felipe Borba, da escrivã Mileine Pires Ferreira e do inspetor Victor Guarda de Almeida, na última semana.

Por meio da iniciativa da direção da escola, cerca de 150 alunos tiveram

a oportunidade de receber informações sobre crimes praticados na internet, especialmente sobre a prática agressiva de intimidações e perseguições no ambiente virtual, expressa pelo termo inglês, cyberbullying. O objetivo do encontro foi promover a orientação e a prevenção junto aos estudantes, tanto como autores, quanto vítimas de infrações cibernéticas.

Abertas inscrições para nova turma de EAD EJA do Sesc Novo Hamburgo

Novo Hamburgo - Uma nova turma para conclusão do Ensino Médio por meio do projeto Educação a Distância para Jovens e Adultos (EAD EJA) do Sesc Novo Hamburgo começa em agosto. No total, há 30 vagas abertas. As inscrições vão até 8 de julho, diretamente na Unidade (Rua Bento Gonçalves, 1537) ou pelo site sesc. com.br/ead, onde pode ser consultado o edital completo da iniciativa.

A participação é totalmente gratuita, voltada a pessoas

a partir dos 18 anos, com renda familiar de até três salários mínimos, que não tenham concluído a educação básica no tempo regular. Em paralelo, é oferecida uma qualificação profissional em Produção Cultural, que visa auxiliar a inserção do aluno no mercado de trabalho.

As aulas têm início previsto para o dia 12 de agosto em formato semipresencial, com atividades online e encontros uma vez por semana no Sesc de Novo Hamburgo, todas as segundas-feiras à noite.

Em todo o Estado, o projeto do Sesc está com 1.260 vagas abertas para o semestre 2024/2. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone/WhatsApp (51) 35936700.

A EAD EJA é oferecida pelo Sesc, em parceria com o Senac, responsável pela plataforma, para proporcionar a jovens e adultos a oportunidade de concluírem o Ensino Médio gratuitamente, com um qualificação profissional complementar em Produção Cultural.

Mais de 400 estudantes recebem certificados e medalhas no Proerd

Sapiranga - Mais de 400 crianças participaram da formatura do Proerd - Programa Educacional de Resistência às Drogas e Violência, em uma cerimônia realizada no Centro Municipal de Cultura Lucio Fleck. Neste primeiro semestre, o Proerd foi conduzido pelas policiais Soldado Mônica e Soldado Maicá, sob o co-

mando do Tenente Coronel Beron.

As instrutoras trabalharam com um total de 17 turmas do 5⁰ ano de 12 escolas do município, proporcionando às crianças uma educação essencial sobre temas como responsabilidade, empatia, como lidar com momentos de tensão, pressão dos colegas e bullying.

o programa

Feira do Mel, Rosca e Nata de Ivoti e as experiências gastronômicas

A Feira do Mel, Rosca e Nata de Ivoti deste ano está confirmada para os dias 28, 29 e 30 de junho e 5, 6 e 7 de julho no Núcleo de Casas

Enxaimel, das 9h às 18h, com entrada e estacionamento gratuitos. Entre os destaques gastronômicos está a presença de três padarias, duas com produção no local e uma oferecendo o espaço de um café, para consumo na hora.

Além da rosca saindo quentinha do forno, outras

experiências gastronômicas estão sendo organizadas, como o tradicional wafel holandês preparado na feira e a fabricação de alfajores, que poderá ser conferida pelo público.

Sucesso na última edição, o Trenzinho Rosquito é novamente uma das atrações da Feira. Trata-se de um passeio temático e muito divertido, que vai levar os visitantes para o Centro da cidade e do Centro para a Feira.

O Rosquito funcionará nos dias 28, 29 e 30 de junho e 6 e 7 de julho, das 9h às 18h. Os pontos de saída são a Praça Emancipação (ao lado da Prefeitura) e o Núcleo de Casas Enxaimel. Também haverá o Trenzinho Piuí, em todos os dias da feira, das 9h às 18h, com saída do Núcleo até o CTG Estância do Cotiporã. A Feira terá venda de mel e derivados, produtos coloniais e artesanato, além de ampla programação cultural.

Foto:

Divulgação

Dois Irmãos terá série de atividades alusivas ao Bicentenário

Até setembro, quando ocorre o 195º Kerb de São Miguel, Dois Irmãos realizará ações, como Circuito Musical, Canções Folclóricas Alemãs e Volkslieder com apresentação da cantora lírica aluvias ao Bicentenário da Imigração. Serão realizadas oficinas de canto em alemão; Troféu Baumschneis, dia 23 de julho; Epopeia Alemã, dia 25 de julho; Premiação das competições e atividades esportivas com medalhas e

troféus alusivas ao Bicentenário da Imigração Alemã. Além disso, a Feira do Livro ocorrerá de 12 a 18 de agosto, durante a semana nas escolas do município e durante três dias na Praça do Imigrante. Haverá também Circuito Musical, Canções Folclóricas Alemãs, Volkslieder com apresentação da cantora lírica Angela Diel e o pianista Fernando Rauber; e Desfile Cívico com a temática 200 anos de Imigração.

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Foto:
Divulgação

COLUNA DA HERTA

Queriitosss – Não rebarem, as vezes eu troca um pouco os letras, quer tizer os letras.

Nossa comunidade

Bernardo, que nasceu na comunidade, acompanha dia a dia a rotina dos amigos e vizinhos, que começa às 5 horas. Em plena neblina, caminhando em direção ao curral, usando seu chapéu de palha, carregando pasto em seus braços, o senhor Feiten, de segunda a segunda, segue sua rotina tratando os bichos. Enquanto que na casa da família Becker, que mora ao lado, a fumaça do fogão a lenha saindo da chaminé cobrindo o telhado de barro.

Crianças com suas mochilas saindo de casa, usando seus chinelinhos de dedos, seguindo para mais um dia de aula.

Noite de sexta-feira, dia de novena na casa de algum vizinho, entre reza e cantoria, mais uma semana na comunidade passou. No sábado pela manhã, dia de faxina; a tarde é hora de se reunir para ver o que fazer no sábado à noite.

Os domingos são dias de ir na missa ou no culto. Ao

final deste evento é sempre bom ficar em frente ao pátio da igreja, onde um dos momentos mais importantes da semana é a hora de saber como a comunidade está.

Perguntas e mais perguntas sobre diversos assuntos. Ao meio dia, o almoço em família... domingo à tarde é hora de conversar com os amigos e, de noite, hora de agradecer por mais uma semana que passou. Chega mais uma segunda� Cinco horas da manhã, a rotina volta na vida do Seu Feiten e de toda a comunidade... Bernardo resolve buscar seus sonhos... Sobe o morro que fica em frente à sua casa, apenas com poucas roupas dentro de sua mochila. Sai rumo aos

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seus estudos e, após muitos anos fora da comunidade, volta na esperança de ver o quanto a vida possa ter mudando em sua terra natal.

Seu primeiro dia de volta, acorda cedo, para ver Seu Feiten na neblina com seu chapéu.

Ficou horas sentado em frente ao curral, a neblina foi desaparecendo e o sol surgindo e nada do Seu Feiten aparecer. Percebeu que a fumaça do fogão a lenha não cobria mais o telhado do Seu Becker... Bernardo então respira, olha ao seu redor e se pergunta: o que teria acontecido? Por que será que Seu Feiten não teria tratado os bichos? Ou a fumaça do fogão não cobria o telhado?

Finde de muita caminhada e comida boa!

Por: Marina Marques Klein, diretamente de Trier, na Alemanha

Oi, Herta� Hoje quero dividir contigo um fim de semana incrível que tive com grandes amigas. Iniciamos o dia saindo de Trier em direção a Maikammer. Resolvemos aproveitar o dia lindo para fazer uma caminhadinha (que na verdade se tornaram 15km no meio do mato).

Sair para fazer essas trilhas, “Wandern”, é algo muito comum aqui na Alemanha e é frequentemente o

programa de fim de semana de muitas famílias. Caminhamos em meio a vinhedos e árvores.

A noite foi garantida com festa na Dorf (vilarejo em alemão). Praticamente toda cidade alemã realiza anualmente alguma festa, seja ela comemorada com vinho (como neste caso) ou com cerveja. O domingo foi de relaxar, tomar um bom chimarrão. São nesses momentos que vejo a importância das nossas amizades.

A pergunta que fica é: quando eu e tu, Herta, vamos tomar um chima juntas?

Herta
Agora sou colunista social! @hertakleinoficial
Fotos: Arquivo pessoal
Fotos:
Reprodução

MEMÓRIAS

Eu sou a prova viva

Mesmo depois de tanto tempo, continuo ressentido por ter atirado pedras em passarinhos. Enquanto isso, o líder russo, Putin, despeja bombas sobre idosos e crianças. Está escrito que “tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”. Mas, convenhamos, atirar em inofensivos pássaros é de todo condenável. Já, disparar bombas sobre crianças e idosos, semeando dor e sofrimento, em pleno século XXI, é extemporâneo e inqualificável.

Guardo na memória uma cena impactante: um conhecido senhor inicia uma longa caminhada à área de caça. Com ele seguem dois cachorros, amarrados às coleiras. Às costas, está dependurada uma espingarda. Também leva uma gaiola. Ou é uma arapuca? O caçador está vestido para enfrentar o frio da noite. À época, caçava-se muito. �...�

Eram outros tempos, sim. Um vizinho nosso, ainda hoje entre a gente, fabricava fundas e as vendia. Filho de um artesão, o amigo de infância era bom no ofício. Entre nós, a denominação era funda. Uns poucos denominavam a arma de estilingue. �...� As fundas existiam em grande quantidade. Eram carregadas à cintura, penduradas ao pescoço, guardadas na pasta escolar. Arrisco-me a afirmar que a funda, a bola e o celular, cada qual em seu

momento, têm para os adolescentes importância praticamente idêntica. Mas, é preciso registrar, nem todos aprovavam a funda. �...�

Mas, afinal, o que aconteceu comigo? Distante poucos metros de casa, talvez uns 180 metros, do outro lado da avenida Irineu Becker, num potreiro ali existente, onde está localizado hoje um posto de combustível e a rua Santo Antônio da Patrulha, decidido a acertar alguma coisa viva, disparei em direção a um quero-quero em pleno voo. A probabilidade de acertar a ave era muito pequena. Mas, acertei. E a acertei em cheio. E o quero-quero despencou.

Entrei em pânico. Eu havia atirado e acertado um quero-quero, algo proibido pelo nosso código. �...� Somente anos depois, contei o ocorrido aos amigos. O episódio jamais será esquecido, pois, de todo, condenável. Depois de tanto tempo, continuo ressentido. Acho que sou uma prova viva de que podemos, como seres dotados de inteligência, melhorar, tornar-nos mais e mais humanos. Sinceramente, de muitos anos para cá, não agrido mais qualquer ser vivo�

Pronto para fazer a sua parte?

Está passando, por incrível que pareça, os dias estão passando e vamos nos distanciando de maio de 2024. O mês do pior fenômeno climatológico brasileiro vai ficando para trás, ao menos na folhinha do calendário e só ali, pois as lembranças e as consequências estarão presentes em nossas vidas, por muito tempo. Mas, sobretudo, é hora de começar a falar em reconstrução.

O que faremos, quais os rumos depois de tudo que vivemos, as medidas preventivas, as ações concretas, as cobranças, os estudos. Aqui nessa coluna, todavia, farei um questionamento diferente. Aqui, falamos de CPF para CPF: quem lê a minha coluna não é uma empresa, uma loja, uma prefeitura, um ente público. Escrevo para pessoas.

As cobranças aos CNPJs serão feitas a exaustão e com toda a responsabilidade pelos veículos com suas equipes profissionais, num trabalho meticuloso e profundo, pois novas ações serão necessárias, para mitigar os dramas sofridos por milhares. Porém, a minha função é te provocar, te questionar, te tirar da zona de conforto.

Você, fará o que, para mudar o amanhã?

Sim, a pergunta é tão profunda que vale ser um parágrafo de apenas uma frase: quais suas atitudes individualmente, para mudar o amanhã? Se queremos evitar dramas como os que ainda vivemos, precisaremos de atitudes diferentes. E as ações individuais são tão relevantes quanto a dos entes públicos, das empresas, dos comércios.

Você está pronto para separar seu lixo em casa? Você está pronto para não jogar lixo nos rios, lagos e oceanos? Você está pronto para não cortar árvores e plantas sem critérios de preservação? Você está pronto para não pescar em épocas de reprodução dos peixes? Você está pronto para reciclar tudo o que for possível?

Você está pronto para reduzir o consumo de água, criando maneiras de aproveitar melhor a água, diminuindo o tempo de banho, não lavando calçadas e armazenando água da chuva?

Você está pronto para reduzir o consumo de energia elétrica, optando por energias renováveis?

Você está pronto para utilizar meios de transporte alternativos, não se valendo apenas do carro e se dispondo a pedalar ou caminhar? Você está pronto para ensinar às crianças o amor pela natureza, pela preservação e pelo uso consciente dos bens finitos coma água?

Sim, você�

Não depende somente dos outros, dos líderes. Todos nós precisamos agir, no sentido de coibir ações de desmatamento e de destruição. Todos precisam agir, saindo da posição de cobrança fácil e objetiva. Um rio ou arroio sujo, causa alagamento, que tira pessoas de casa, que afeta industrias e lojas e consequentemente, toda a economia. Precisamos nos dar conta que tudo é coletivo, desde a ação (poluição e cheia) até as consequências (crise e desabrigados). É um pacote� Por isso, todos precisam agira. Todos. Especialmente, você�

Rodrigo Giacomet Radialista e Diretor da Rede União FM
Foto: Arquivo
Pessoal
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