O Vale - Edição #13

JEISON RODRIGUES

Anunciados speakers da edição 2024 do Fórum de Empreendedores Locais

Página 04

JOÃO ÁVILA

São Leopoldo bicentenária com milhões em investimentos

Página 17

CAMILA VEIGA

Artista da região lança hit no bilionário mercado de streaming musical

Página 18

HERTA

Mais um baile na vida de Maria, Anastásia, Bernadete e Beatriz

Página 22

REPORTAGEM ESPECIAL

Vale das Cooperativas: o papel do associativismo no desenvolvimento

Liderados pelo visionário Padre Amstad, imigrantes foram essenciais para a criação e o desenvolvimento do cooperativismo na região e no Brasil. Em reportagem especial, conheça a história e a potência do associativismo no Vale do Sinos

Páginas 06 a 10

ENTREVISTA

“Queremos que as pessoas tenham orgulho da cidade”

Prefeita de Morro Reuter, Carla Chamorro destaca obras e realizações de seu governo

Páginas 12 e 13

Foto: PMMR/Divulgação

ELEIÇÕES 2024

Aquecimento para a corrida eleitoral

Veja quem são os pré-candidatos à Prefeitura das três maiores cidades do Vale do Sinos

Páginas 14 e 15

Germânico 18 de abril

04 - Jeison Rodrigues

Anunciados speakers da edição 2024 do Fórum de Empreendedores Locais

06 a 10 - Reportagem

Especial

Vale das Cooperativas: o papel do associativismo no desenvolvimento da região

11 - Cidades do futuro

Só teremos uma cidade mais cuidada com esforço de todos

12 e 13 - Entrevista

“Queremos que as pessoas tenham orgulho da nossa cidade”, diz Carla Chamorro

14 a 16 - Eleições 2024

Partidos acertam précandidatos e aquecem corrida eleitoral

17 - João Ávila

São Leopoldo bicentenária com milhões em investimentos

18 - Camila Veiga

Artista da região lança hit no bilionário mercado de streaming musical

19 e 20 - Giro pelo Vale

Vem aí o primeiro Kerb da Herta na Sociedade Ginástica

21 - Claudio Alves

Minha agendas na apresentação das festas na região

22 - Herta Klein

Mais um baile...

23 - Memórias

Cooperativismo: história e legado

23 - Rodrigo Giacomet

O ser humano é moderno!

A potência do cooperativismo no Vale do Sinos

Os números atestam a força do cooperativismo no Vale do Sinos. Vejam só: a Sicredi Pioneira, cooperativa de crédito mais conhecida da região, conta com mais de 249 mil associados e conquistou um resultado líquido de mais de R$ 170 milhões em 2023. Já no cooperativismo médico, a Unimed VS tem 13 unidades de serviços próprios, 540

médicos cooperados, mais de 2 mil colaboradores e 134 prestadores credenciados. São dois exemplos de como o desenvolvimento da região está atrelado ao cooperativismo, em duas áreas distintas.

Em reportagem especial nesta edição, destacamos como essa história de sucesso teve início no século 20 e como influenciou no cresci-

mento econômico e social do Vale do Sinos. Desde cooperativas de crédito que se tornaram referências no país até iniciativas para mobilizar e gerar emprego e renda que viraram cooperativas, como é o caso da Univale, em São Leopoldo. A reportagem ainda tem imagens e depoimentos de historiadores e especialistas no tema.

A foto em destaque na capa desta edição do Jornal O Vale mostra uma assembleia lotada da Sicredi Pioneira em Novo Hamburgo. Reflete a importância e a potência econômica do associativismo na região

Publisher: Rodrigo Steffen

Coordenação editorial:

Jeison Rodrigues

Editor-chefe: Éder Kurz

Supervisora de circulação:

Ana Kich

Supervisão comercial:

Alexandre Schöler

Consultora comercial:

Ana Paula Lutke

Reportagem: Amanda Wolff, Éder Kurz e Gabriel Stöhr

Projeto gráfico e diagramação:

Antônio Corrêa

Redes sociais e mídias

digitais: Letícia Spindler e Kátia Caxambu

Vídeos: Gustavo dos Santos

Tiragem: 5 mil exemplares

Impressão: Parque Gráfico

Zero Hora

O Jornal O Vale faz parte do projeto O Vale, da Vale TV e Portal Valedosinos.org, com 40 edições entre 26 de outubro de 2023 e 03 de janeiro de 2025, integrando as comemorações pelo Bicentenário da Imigração Alemã

Novo Hamburgo: Rua Santa Sofia, 134 - Bairro Ideal

São Leopoldo: Rua 1º de Março, 50 - Centro contato@valetvplay.com

Comercial: (51) 92003-7012

Whatsapp: (51) 99750-1414

/ValeTVPlay

/valedosinosorg

OUTRAS HISTÓRIAS Um show muito solidário

O espetáculo “Cante Pela Vida: Uma celebração à Gratidão!” está marcado para 8 de maio, às 19 horas, no Teatro Feevale. O evento terá diversas apresentações, entre elas de Herta Klein, da cantora Luiza Barbosa e da banda Natividah. O evento é organizado pela ONG Juntos pela Vida. Os fundos arrecadados serão direcionados para oferecer atendimento médico especializado a pessoas na fila do SUS. Ingressos em blueticket.com.br.

OSNH com Nei Lisboa

Na quarta (24), o Teatro Pashoal Carlos Magno, em Novo Hamburgo, recebe show imperdível. A orquestra de Sopros de Novo Hamburgo vai dividir o palco com Nei Lisboa. O repertório da noite inclui grandes sucessos dele com arranjos especiais. Os ingressos podem ser adquiridos pela plataforma blueticket.com.br.

Anunciados speakers

da

edição 2024 do Fórum de Empreendedores Locais

Após o sucesso da primeira edição, vem aí o Fórum de Empreendedores Locais 2024. Será em 25 de junho, no Swan, em Novo Hamburgo. Os speakers foram anunciados terça-feira, durante o Bora Meeting, novo evento dos criadores do FEL. No mesmo formato dinâmico, com talks de 20 minutos, os convidados vão falar de suas trajetórias no mundo dos negócios e revelar detalhes das histórias de suas empresas.

O time de 2024 é formado por Cássia

Trott (Clínica Estética Cássia Trott), Dijavan Marcelo (DM Limpeza e Conservação), Faby Hoff (H.Maria), Gabriel Bisol, Igor Goicoechea e Rossana Dillenburg (Momento À Flor da Pele), João Peter (Marca João Peter), Samuel Führ (Estação Sapatão) e Thiago Daer (Restaurante Weber’s). A revelação dos nomes foi feita por Tiago Bird, Scheron Pipoca, Rodrigo Mendes e Paulo Roberto Feiten Júnior, o “Mandinho”, speakers em 2023. Na foto acima, todos eles dividindo o palco.

Os ingressos são vendidos na plataforma Bora.Club com valores especiais no primeiro lote. São duas modalidades: o normal e o vip - que dá acesso ao concorrido coquetel pós evento. O FEL 2024 já tem patrocínio máster da Viacredi Alto Vale, patrocínio da Instituição Evangélica Novo Hamburgo, Swan Hoteis e Imagine Espaços Criativos e apoio da Feevale. Outras marcas estão se juntando ao projeto e serão anunciadas nos próximos dias.

O FEL dos estudantes

O Fórum de Empreendedores Locais 2024 tem uma grande novidade que está sendo construída pelo Bora.Club com diversos parceiros. Pela manhã, no mesmo dia 25 de junho e também no Swan, vai acontecer o FEL Educação, jornada voltada para estudantes dos ensinos fundamental e médio. Pelo menos oito colégios da região devem participar do projeto.

Da sala ao palco

No palco em que os speakers do FEL se apresentam pela tarde, alunos de escolas públicas e privadas da região vão apresentar seus projetos de startups desenvolvidos em sala de aula. Na plateia estarão outros estudantes e convidados especiais. As apresentações no dia 25 serão o desfecho de uma jornada que vai mobilizar os estudantes nos próximos dois meses.

Foto: Marcos Quintana/Divulgação

Vale das Cooperativas: o papel do associativismo no crescimento da região

Liderados pelo visionário Padre Amstad, imigrantes contribuíram para a criação e o desenvolvimento do cooperativismo na região e no Brasil. Conheça essa história de sucesso e como o associativismo potencializou o Vale

Por: Alexandre Volkweis

É provável que sem o pioneirismo de imigrantes alemães, que trouxeram do além-mar ideais de cooperação em favor do bem comum e do desenvolvimento econômico e

social, o cooperativismo teria se desenvolvido no Rio Grande Sul e no Brasil de outra maneira. Porém, sem a contribuição de lideranças como o Padre Theodor Amstad e outros missioná-

rios jesuítas, no começo do século 20, e a disposição associativa de pequenos agricultores e artesãos migrados da Europa e recém-instalados em comunidades da região – que, especialmente

por força da precariedade das economias locais, deram impulso a uma rede de cooperação que, mais tarde, espalhou-se regionalmente e pelo território gaúcho -, o cooperativismo não teria

surgido no nosso Estado, se espraiado e se consolidado em solo brasileiro.

“O cooperativismo se deve à imigração alemã”, sentencia o escritor e historiador Felipe Kuhn Braun,

Registro histórico do Salão de Nicolau Kehl, onde ocorreu a assembleia de fundação da Caixa de Crédito Rural Spaarkasse, em 1902

Foto: Arquivo/Sicredi Pioneira

uma época em que as cooperativas não tinham mais o status conquistado em anos anteriores.

Além disso, a ideia de criar uma cooperativa de médicos foi uma resposta à mercantilização do trabalho médico por meio de uma prática de intermediação. “É por isso que se diz, na Cooperativa, que a Unimed surgiu na contramão da História, em uma época em que as cooperativas não tinham mais o status de antigamente e em que ainda havia a prática da intermediação, quando entidades mercantilistas vendiam o trabalho médico”, conta. Localmente, a Unimed

União

Vale do Sinos começou a ser pensada anos depois, no âmbito da Sociedade de Medicina de Novo Hamburgo, quando os médicos identificaram a necessidade de assistência médica para melhorar a saúde da região, em franco crescimento populacional causado pelo desenvolvimento da indústria calçadista.

Fundada em 1º de maio de 1975, a cooperativa de médicos ampliou sua atuação e, atualmente, presta serviços também em 10 municípios do Vale do Sinos: São Leopoldo, Portão, Estância Velha, Campo Bom, Dois Irmãos, Ivoti, Lindolfo Collor, Presidente Lucena, Morro Reuter

e Santa Maria do Herval. Conta, ainda, com 13 unidades de serviços próprios, 540 médicos cooperados, mais de 2 mil colaboradores e 134 prestadores credenciados.

Ao longo de todos esses anos, além dos investimentos em tecnologia, inovação e humanização do atendimento, a Unimed VS incrementou consideravelmente o setor de saúde da região

com a inauguração definitiva, em 2023, do Complexo Hospitalar Unimed Vale do Sinos, com mais de 40 mil metros quadrados, investimento de R$ 378 milhões e 251 leitos.

Devido ao crescimento conquistado pelas cooperativas, nas décadas de 1960 e 1970, o regime de exceção iniciou um movimento para cercear o “poder” albergado pelas instituições, diz o pediatra Ademar Edgar Trein, pesquisador do tema cooperativismo.

de esforços para melhorar as condições de vida

O mesmo impulso urgente pela melhoria da renda que levou o catador Alessandro Alves, atual presidente da UnivaleCooperativa de Trabalho e Renda há mais de dez anos, em São Leopoldo, acabou por mobilizar e gerar emprego e renda para mais de uma centena de catadores

da região que atuam na coleta seletiva de materiais recicláveis.

“Eu estava desempregado e com três filhos pequenos quando tive a ideia de iniciar a coleta com um grupo de catadores, incluindo pessoas da minha família. Na época, ninguém acreditou nessa iniciativa, mas,

quando tu decides pegar um carrinho, fazer a coleta e vender os materiais, o retorno financeiro é rápido. Onde há oportunidade, há esperança”, ensina Alves.

Inspirados pela força do trabalho conjunto, o grupo inicialmente formou uma associação, em 2008. Mais tarde, em 2013, a partir do

convite da Prefeitura de São Leopoldo para atuar na coleta seletiva de resíduos sólidos, foi fundada a cooperativa que opera até hoje, com sede no bairro Feitoria.

“Mais tarde, a prefeitura de Portão tomou conhecimento do nosso trabalho e, a partir de uma parceria, ficamos três anos atuando nessa cidade”, conta Alves.

Os associados da Univale atuaram, também, na coleta seletiva de Esteio e de Estância Velha. Posteriormente, mais quatro unidades foram inauguradas em Novo Hamburgo – com uma estrutura física que inclui galpão, salas de aulas e de informática e espaço para desmanche, nos bairros Santo Afonso e Canudos, além de uma loja de artigos produzidos com materiais recicláveis, no bairro Liberdade.

Atualmente, a cooperativa reúne mais de cem associados, além do pessoal terceirizado. Sempre inspirados pelo ideal do associativismo, a Univale mantém vínculos maiores: integra o Movimento Nacional dos Catadores e a Unisol, entidade que reúne os empreendimentos de economia solidária, além de parcerias com a Universidade Feevale, Unisinos e a Vale TV.

Passados esses anos, mais do que uma resposta à necessidade premente de trabalho para gerar renda às famílias, a cooperativa acabou consolidando um ideal mais amplo: o de que é possível empreender.

“Considero que fazemos parte de um movimento paralelo na economia. Em geral, o brasileiro ou é empregado ou patrão. Aqui, todos são sócios e empreendedores”, avalia Alves.

União: sob os princípios do cooperativismo e da economia solidária, Univale gera trabalho e renda para centenas de pessoas

Foto: Divulgação

Viacredi encontrou na região a

cultura do cooperativismo

Nascida dentro da tradicional fábrica de malhas Hering, em Blumenau, há mais de 70 anos, como CrediHering - uma cooperativa de crédito com foco em poupança e investimento e aquisição da casa própria para os colaboradores -, a catarinense Viacredi Alto Vale encontrou na região terreno fértil para ampliar seus negócios. Por aqui, com uma cultura cooperativista consolidada, a cooperativa de crédito vem conquistando espaços apostando em inclusão financeira, relacionamento direto com o associado e atenção ao empreendedorismo.

“Encontramos na região uma receptividade muito boa, pois as pessoas, em geral, já conhecem o cooperativismo de crédito. Isso facilitou nossa chegada, embora ainda seja uma região muito ‘bancarizada’, com um índice de 8 a 10% de indivíduos que são associados ao cooperativismo de crédito”, avalia o gerente de Relacionamentos e Negócios da unidade da Viacredi Alto

Vale

Jonatan Jensen.

Na avaliação do gestor, a adesão ao cooperativismo de crédito ainda é incipiente na região se comparada a Nova Petrópolis (97% de associados ao cooperativismo de crédito) e a Ibirama, no Alto Vale do Itajaí (onde está situada a sede da Viacredi Alto Vale). Por lá, a adesão ao cooperativismo de crédito chega a 90% dos indivíduos.

Os números podem se revelar paradoxais em uma estratégia de prospecção e consolidação da cooperativa na região. Mas a economia pujante da região e a cultura associativa já difundida impulsionam a perspectiva de ampliação dos postos de atendimento – atualmente, a Viacredi tem unidades em Sapiranga (a primeira inaugurada, em 2022), Campo Bom e Novo Hamburgo (inaugurada há sete meses).

“A estimativa é seguir ampliando nossa atuação na região”, projeta Jensen. “Apostamos na inclusão financeira e no relacionamento direto

Foco na formação de jovens artistas

Passados mais de 120 anos desde a iniciativa pioneira de cooperação entre agricultores e artesãos, em Linha Imperial, o cooperativismo se ampliou para outros setores, abarcando áreas como saúde, habitação e até cultura. Exemplo de como indivíduos podem unir esforços em torno das artes, com foco na formação de jovens músicos e artistas gráficos, é a Cooperativa Cultura Popular (CooperCultura), de São Leopoldo, que oferece oficinas gratuitas para jovens promessas da área cultural.

com os associados. Não abrimos mão do aperto de mão e do ‘olho no olho’. Além disso, mantemos foco nos empreendedores”, explica. Outro diferencial estratégico da instituição de crédito é a aproximação com as empresas. “Investimos, ainda, no diferencial de disponibilizar nossos colaboradores para fazer atendimento direto nas empresas, orientando sobre nosso portfólio, que reúne desde os serviços de balcão até financiamento habitacional”, diz.

A Viacredi integra o Sistema Ailos, que atua exclusivamente em áreas urbanas. Em quatro estados - Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo -, a Viacredi Cooperativa Ailos reúne 111 postos de atendimento, quase 950 mil cooperados, mais de 2,1 mil colaboradores e mais de R$ 13,1 bilhões em ativos.

“Nosso objetivo é profissionalizar a juventude para que possa trabalhar cm cultura e arte”, define o presidente e fundador da entidade, José Leopoldo da Rosa, o “Tio Léo”. Nascida em 2015 e oficializada no ano seguinte, a cooperativa iniciou como uma associação de moradores na Vila Paim. Mais tarde, destituídos da diretoria, José Leopoldo e Nelci Dias de Menezes (outro fundador da instituição) idealizaram a criação de uma oficina de música na mesma localidade. A iniciativa teve sucesso e o resultado foi a formação de uma pequena orquestra e a promoção de um concerto.

“Mas precisávamos de um CNPJ para cumprir com as obrigações fiscais ao angariar recursos”, lembra Tio Léo. A solução foi criar uma cooperativa, que atualmente conta com 40 associados e uma sede própria no Vicentina.

No espaço, são oferecidos cursos de violão para jovens e adultos, além de aulas de dança contemporânea (street dance) e oficinas de grafite. Ao todo, são 15 crianças e adolescentes atendidos, dos 8 aos 18 anos. “Mas só as contribuições mensais dos associados não dão conta. Não sobram recursos e ainda não chegamos na fase dos dividendos. Antes da pandemia, promovíamos eventos para angariar verbas para pagar os custos básicos, o que não vem ocorrendo”, diz Tio Léo.

Para obter mais fôlego financeiro e continuar o atendimento das oficinas, a diretoria lançou mão da captação de recursos por meio de projetos especiais. Assim, nasceu a Orquestra Infanto-juvenil de Flauta Doce, projeto mantido pelo Fundo Social da Sicredi. “Também estamos ‘construindo’ um projeto em parceria com a UFRGS para um Curso de Extensão em Música aqui na cooperativa.”

Cooperativa leopoldense forma jovens para atuar na área da cultura

de Sapiranga,

Jensen: relacionamento direto com o associado

“Queremos que as pessoas tenham orgulho da nossa

cidade”, diz Carla Chamorro

Prefeita de Morro Reuter se despede do cargo no fim do ano com o sentimento de dever cumprido. Nesta entrevista exclusiva, ela destaca obras importantes para o município concretizadas em seu governo e como a cidade se prepara para o Bicentenário da Imigração

Melhorias nas escolas, na saúde e na infraestrutura de Morro Reuter. Ao fim deste ano, Carla Chamorro entregará o cargo de chefe do Executivo Municipal com o sentimento de dever cumprido. Em oito anos de mandato, a prefeita tirou do papel obras esperadas há anos pela comunidade, como o trevo de acesso à Linha Gorgen e à VRS, além da conclusão do prédio do Centro de Múltiplo Uso, uma obra inacabada há 21 anos.

“Fizemos obras em todas as comunidades”, enfatiza a prefeita de Morro Reuter, cidade de pouco mais de 6 mil habitantes, segundo o censo de 2022 do IBGE.

Encorajada pela mãe e influenciada pelo pai, que foi vereador nos oito primeiros anos de emancipação política da cidade, Carla diz que o ingresso na política deu-se de forma natural. Antes de ser eletia prefeita, foi secretária de Educação e Cultura e depois vereadora. “À medida que legislava, fui me percebendo em compromisso com

a comunidade. Gosto de trabalhar com as pessoas e pelas pessoas, buscando atender suas expectativas. Aprecio tomar decisões pensando no coletivo, respeitando os direitos individuais, contando com a participação de quem vive o cotidiano do município.”

Eleita em 2016 e reeleita em 2020, a professora - profissão que carrega com orgulho - Carla acredita que todo político deve ouvir e dialogar com as pessoas, “construindo esperanças, trabalhando e cumprindo com seriedade e responsabilidade o seu plano de trabalho”.

Confira a entrevista.

Jornal O Vale - Nestes quase 8 anos à frente da prefeitura de Morro Reuter, quais foram as maiores conquistas de seu governo?

Carla Chamorro - Em nossa administração, realizamos muitas, mas muitas obras mesmo. Algumas dessas obras [eram] esperadas há anos pela comunidade, como o trevo de acesso à Linha

Gorgen e à VRS; a conclusão do prédio do Centro de Múltiplo Uso, uma obra inacabada há 21 anos em que instalamos a Biblioteca Pública e o Centro de Cultura; o asfalto da Mathias Mombach e da Pedro José Kolling; o passeio público da VRS, em São José do Herval; o asfalto na frente da igreja e da escola da Picada São Paulo; o asfalto da Rua Planalto; a

compra do prédio da Escola Cecília Graef; o convênio com o hospital; o Receptivo Turístico no Belvedere; a reforma do Ginásio Municipal de Esportes; a revitalização da Praça Municipal e da Rua Independência; a aquisição de 12,7 hectares de área para instalação do Parque Municipal; a perfuração e instalação de poços artesianos na área rural do município; aquisição

de caminhões, escavadeira hidráulica, rolo compressor, trator com roçadeira, entre outros maquinários e veículos; substituímos todas as lâmpadas de mercúrio por led; revitalizando toda a iluminação pública do município e estamos implantando o Plano Diretor, entre tantas outras obras... Até o final deste ano estaremos computando mais de 50 ruas pavi-

Por: Éder Kurz

Foto: PMMR/Divulgação

mentadas pelo Programa de Pavimentação Comunitária, mais 15 trechos asfaltados. Com isso, conseguimos pavimentar todo o perímetro urbano de Morro Reuter. Fizemos obras em todas as comunidades. Nossa cidade está um canteiro de obras e vamos fazer ainda mais, pois iremos trabalhar até 31 de dezembro, sem parar, incansavelmente.

O Vale - A região vive um ano especial com o Bicentenário da Imigração Alemã. Como Morro Reuter se prepara para comemorar a data?

Carla - Participamos da produção de um livro, organizado pelo Vale Germânico, em que deixamos registrados alguns dos tantos feitos de nossos ancestrais, como forma de homenageá-los. Somos descendentes de um povo guerreiro, aguerrido, bravo e nós os honramos muito. Na programação de nosso “Café da Colônia”, que acontecerá em 5, 6 e 7 de julho, constarão ações que lembrarão o Bicentenário da Imigração Alemã, como uma missa em alemão, com a participação de corais representando os 14 municípios que

compõem a Rota Romântica e jogos germânicos, além de toda a culinária e produtos gastronômicos que serão comercializados.

O Vale - Quanto e como seu governo investiu em educação e saúde na cidade?

Carla - Investimos muito além do que reza a Lei, entre 30 e 32% do orçamento em educação e em torno de 23% em saúde, somente em 2023. Todavia, sabemos que as demandas crescem, as exigências aumentam e precisamos, ano a ano, rever e ampliar as ações em ambas áreas.

O Vale - Quais obras e conquistas nessas duas áreas lhe trazem mais orgulho?

Carla - Na educação, assumimos a administração em 2017 com uma lista com mais de 100 crianças esperando vagas na educação infantil. Em menos de seis meses zeramos esta lista com a criação de duas escolas. Hoje, todas as crianças em idade escolar estão estudando. Conquistamos a segunda maior nota do IDEB no Estado nos anos iniciais, ofertamos educação integral

Despeço-me do cargo com a sensação de dever cumprido.

Cumprimos os nossos dois planos de governo. Foram oito anos de muito trabalho, dedicação, empenho e parcerias

- tanto com meu vice e com a equipe de trabalho, quanto com a comunidade.

a todas as crianças da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental, e para os alunos dos anos finais temos oficinas de robótica, trilhas de aprendizagem em parceria com o Senai, além de atividades na área das artes, como música, danças aéreas, teatro entre outras. Além disso, criamos um novo Plano de Carreira, valorizando mais os profissionais da educação, garantindo-lhes também 1/3 da sua carga horária para atividades de formação e planejamento docente. Adquirimos chromebooks para todas as escolas municipais e adquirimos áreas de terras

Somos descendentes de um povo guerreiro, aguerrido, bravo, e nós os honramos muito. Na programação de nosso “Café da Colônia”, que acontecerá em 5, 6 e 7 de julho, constarão ações que lembrarão o Bicentenário da Imigração Alemã.

para ampliação de escolas. Investimos na infraestrutura das escolas e adquirimos material didático. Também criamos uma rede de apoio para atender os alunos com necessidades especiais e dificuldades de aprendizagem por meio do Núcleo de Atendimento Especializado (NAE). Já na saúde garantimos o atendimento a toda a comunidade com equipe completa de profissionais durante as 24h diárias – médico, enfermeiro, técnicos de enfermagem, motorista, além de duas equipes da Estratégia da Saúde da Família. Além disso, também realizamos as seguintes ações: construção de um prédio para atendimento da Estratégia da Saúde da Família em São José do Herval; aquisição de ambulância, van, veículos zero quilômetro para transporte de pacientes para os hospitais de referência na região metropolitana; convênio com hospital para internação de pacientes; ampliação de oferta de especialidades como traumatologia, urologia, cardiologia, neuropediatria, entre outros; mutirões para zerar espera por cirurgia de cataratas, fisioterapia, endoscopia, colonosco-

pia, ressonâncias magnéticas, cirurgias de túnel do carpo, eco Dopple entre outros exames.

O Vale - No fim do ano, a prefeita entrega o cargo após oito anos de mandato. Qual o seu sentimento até aqui à frente da prefeitura de Morro Reuter?

Carla - Despeço-me do cargo com a sensação de dever cumprido. Cumprimos os nossos dois planos de governo. Foram oito anos de muito trabalho, dedicação, empenho e parcerias - tanto com meu vice e com a equipe de trabalho, quanto com a comunidade. Tivemos muitos percalços. Enfrentamos uma pandemia, algo que nossa geração nunca havia presenciado, várias enchentes que ilharam pessoas, períodos de seca que dizimaram plantações. Mas fomos incansáveis em ajudar todas as pessoas que precisavam de ajuda. E fizemos tudo isso porque amamos o lugar onde moramos, porque sonhamos diariamente com uma cidade cada vez melhor e porque queremos que as pessoas que moram aqui tenham orgulho da nossa cidade.

Partidos acertam nomes e aquecem corrida eleitoral

Faltando pouco mais de seis meses para as eleições municipais no país, a reportagem elaborou uma lista com nomes de pré-candidatos às prefeituras das três maiores cidades do Vale do Sinos. Veja quem deve disputar o pleito marcado para 6 de outubro

Caso as eleições 2024 fossem uma maratona, estaríamos na fase de acertos de nomes e de estratégias. O “atleta” principal ainda pode mudar, mas tudo indica que o pré-candidato já definido seja mes-

mo confirmado nos próximos dias.

Nas três maiores cidades do Vale do Sinos alguns nomes despontam como favoritos e outros podem ficar pelo caminho. Em Novo Hamburgo, a atual prefei-

ta Fatima Daudt entrega o bastão no fim do ano. Sete nomes querem assumir o posto de titular. Ao contrário da vizinha Sapiranga, onde Carina Nath vai brigar para se manter no cargo. Por lá, quatro nomes aparecem

como pré-candidatos. Já em São Leopoldo, onde também surgem quatro pré-candidatos, a disputa deve levar um novo nome à prefeitura. É que o atual prefeito, Ary Vanazzi, também entrega o bastão no fim do ano.

Pré-candidatos à Prefeitura de São Leopoldo

Com as eleições municipais se aproximando, o cenário político em São Leopoldo começa a ficar cada vez mais desenhado.

Alguns dos pré-candidatos à Prefeitura já estão praticamente definidos, é o caso de Nelson Spolaor (PT), que vai tentar ocupar o cargo que hoje é de Ary Vanazzi.

A maioria dos partidos, entretanto, ainda não escolheu quem será o vice da chapa. O escolhido para concorrer ao Executivo (prefeito e vice) têm até o dia 6 de junho para se desligar de secretarias municipais, presidência de autarquias ou qualquer atividade ordenadora de maiores despesas da prefeitura.

Veja os pré-candidatos em São Leopoldo:

Ex-prefeito de Sapiranga, Nelson Spolaor é o précandidato do PT ao cargo de prefeito de São Leopoldo. Ele já deixou o posto de secretário-geral de governo do prefeito Ary Vanazzi.

As eleições municipais ocorrem em 6 de outubro. Até lá, nomes podem mudar e partidos podem fazer alianças e desfazê-las. Veja, a seguir, os pré-candidatos definidos em Novo Hamburgo, São Leopoldo e Sapiranga.

No PL, Heliomar Franco deve ser confirmado na disputa pela Prefeitura. Advogado e delegado de polícia, o précandidato deve ter o apoio de partidos da direita em São Leopoldo.

Aliança entre PSDB e Cidadania coloca Gabriel Dias como pré-candidato à Prefeitura. O vereador é formado em direito e trabalha há 10 anos com Direitos Sociais, Trabalhista e Previdenciário.

Hitler K. Pederssetti é o pré-candidato do Podemos ao cargo de prefeito de São Leopoldo. Ativista social e político, ele é empresário e vereador na cidade.

Por: Amanda Wolff, Gabriel Stöhr e Éder Kurz

Fotos : Reprodução/Redes Sociais

Pré-candidatos à Prefeitura de Sapiranga

Sapiranga é mais um município do Vale do Sinos que já tem pré-candidatos encaminhados para as eleições 2024. Atualmente, cinco nomes estão cotados, mas outros podem surgir.

Em primeiro mandato e com base forte na Câmara de Vereadores, a prefeita Carina Nath é nome certo e vai em busca da reeleição. Outro que também deve entrar na disputa é o vice-prefeito Adriano de Oliveira, que trocou de partido para disputar o Palácio das Rosas após divergências com Carla. Além desses, a vereadora Rita Della Giustina e a ex-prefeita Corinha Molling devem disputar o pleito.

Saiba quem são os pré-candidatos em Sapiranga:

O Progressistas tem a situação mais clara até então. Ao que tudo indica, a sigla deve seguir com Carina Nath na tentativa de reeleição. Ela também vai ter o apoio do PL.

Sem Nelson Spolaor, que vai concorrer em São Leopoldo, o PT deve abrir espaço para a vereadora Rita Della Giustina concorrer ao cargo de prefeita de Sapiranga.

Vice-prefeito de Sapiranga, Adriano Oliveira, que rompeu com a prefeita Carina Nath por divergências, se filiou ao PSD e é pré-candidato à prefeitura pelo novo partido.

Um nome forte e já conhecido do povo de Sapiranga deve ser a aposta do União Brasil: Corinha Molling. Ela foi prefeita entre 2013 e 2020.

Fotos

Reprodução/Redes Sociais

Além das fronteiras

A Assintecal, em parceria com o Sebrae RS, lançou o projeto Multi Âncoras da Moda para apoiar a internacionalização de empresas do setor de componentes através de consultorias e assessoria e a participação em estandes coletivos nas feiras IFLS + EICI (Colômbia) e Expo Detalles (Peru), e no Projeto Comprador do Inspiramais. As inscrições seguem até 30 de abril.

Adeus, planilhas!

A Cigam, de Novo Hamburgo, comemora mais um case de sucesso. Desta vez, com a DBC Company, empresa líder em tecnologia com presença em Porto Alegre e São Paulo e mais duas unidades no exterior, que adotou o ERP CIGAM em 2023. Parceria fortaleceu sua eficiência operacional, proporcionando maior produtividade e segurança na gestão financeira.

Artista da região lança hit no bilionário mercado de streaming musical

Pelo 7º ano consecutivo, o mercado fonográfico brasileiro apresentou crescimento em seus valores totais, atingindo em 2023 R$ 2,864 bi, valor 13,4% maior que no ano anterior. Números majoritariamente influenciados pelas receitas de streaming, a transmissão online de música, com mais

de 22,5 mi de assinantes no país. E é neste amplo universo de ouvintes que o músico Diego Spengler, de Ivoti, lança seu 2º single autoral: “Quero te namorar”. Neste 19 de abril, a canção estará disponível em cinco plataformas, através do link no perfil do Instagram @ diego.spengler. A boa vibe é

marca registrada do artista que orgulha a região e que, mais uma vez, escolhe o amor como tema central. “A música traz um desabafo na quebra do medo de assumir um relacionamento e convidar o seu amor pra dividir uma vida”, detalha ele, que também compôs o hit “Deixa eu te amar”.

Foto: Róger Nobles

Made in São Leo

A HIGRA, desenvolvedora de soluções em bombeamento, tratamento de efluentes e geração de energia limpa, de São Leopoldo, inicia a exportação para a Europa e visa crescer 50% no ano em que pavimenta a expansão no Velho Continente.

Loucura fez sucesso

Após 11 dias, a Loucura por Sapatos e o Festival de Cervejas Artesanais chegaram ao fim. O diretor-presidente da Fenac, promotora dos eventos, Márcio Jung, afirma que foram mais de 60 mil visitantes.

E tem mais!

Ainda neste ano, as feiras voltam ao calendário da região. A mostra de promoções e o festival já estão confirmados para 3 a 13 de outubro de 2024, nos pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo.

Vem aí o 1º Kerb da Herta

Queriiiiitos… Tem novidade chegando na área: no dia 1º de maio ocorrerá a primeira edição do Kerb da Herta, evento realizado pela Vale TV e Sociedade Gi-

nástica Novo Hamburgo, e alusivo ao Bicentenário da Imigração Alemã no Brasil. A festa começará às 13h30 e vai se estender até 22 horas, oferecendo uma

experiência rica em cultura e entretenimento.

O Kerb da Herta terá praça de alimentação, onde os visitantes poderão degustar delícias típicas, e não faltará o chope, essencial para brindar em grande estilo. A programação é especialmente pensada para agradar ao público da terceira idade, com músicas e danças que prometem reviver as melhores tradições.

Os ritmos serão diversificados, garantindo que todos encontrem seu momento de alegria e nostalgia. O evento não é apenas uma festa, mas uma celebração da história e da comunidade.

Comitê dá voz às crianças em Estância

Estância Velha - Para que as políticas públicas sejam pensadas também pelo olhar das crianças, a prefeitura de Estância Velha promoveu, neste mês, o primeiro encontro do Comitê de Escuta das Crianças — um momento especial onde a Administração Municipal recebe os pequenos para observar, planejar e debater a cidade.

A primeira turma é composta por oito crianças. Alguns trouxeram observações importantes ao prefeito, como colocar placas nas praças para que os brinquedos sejam utilizados adequadamente por todos. O encontro encerrou com a sugestão das crianças de conhecer o painel de controle da Guarda Municipal na próxima reunião.

Krause

Foto: Reprodução/Redes sociais

Fotos: Sandra Costa/PMEV

Campo Bom ganha um novo parque natural

Campo Bom - Um espaço de preservação ambiental, com ecossistemas naturais e recursos biológicos, está oficialmente criado em Campo Bom: o Parque Natural Municipal da Mata Leste, que contempla uma área de 43 hectares. A demarcação foi formalizada

pelo decreto 7.579, assinado pelo prefeito Luciano Orsi na última semana. O local abriga cerca de 130 espécies de plantas, mais de 120 aves e 70 tipos de fungos. Todo o trabalho de preservação estará sob supervisão da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

Curso técnico de Agropecuária tem aulas práticas

Ivoti - Olhos atentos às explicações na sala de aula e no campo. Assim está sendo o dia a dia da primeira turma de alunos matriculados no curso técnico em Agropecuária. Inédito em Ivoti, o curso oferece atividades práticas e teóricas para estudantes que estejam cursando qualquer ano do ensino médio ou que já tenham concluído.

As aulas ocorrem às segundas e quartas-feiras à tarde, no Instituto de Educação Ivoti, e a qualificação terá duração de três anos (6 semestres). O currículo está dividido em etapas. Nesta primeira, os estudantes aprendem sobre solos.

Marco Legal das Startups em São Leopoldo

São Leopoldo - Pautado pelo Marco Legal das Startups, que tem por objetivo acelerar a negociação e contratação de novos negócios por órgãos públicos, o presidente da Associação Comercial, Indústrias, de Serviços e Tecnologia (Acist-SL), Daniel Klafke, esteve reunido com o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, na última semana.

O encontro buscou tratar sobre a elaboração de incentivos pensados para o desenvolvimento das startups do município, vindo ao encontro do Pacto Legal que busca uma maior desburocratização e segurança nos processos empreendedores. O encontro contou também com outras lideranças da cidade.

Foto: Fernando Santos/PMCB

Minha agenda na apresentação de festas da região

A partir desta quintafeira (18), vou iniciar uma maratona de apresentações de festas tradicionais na região, todas enaltecendo os 200 anos da imigração alemã no Rio Grande do Sul e, principalmente, em suas cidades, porque todas elas têm forte influência da cultura germânica.

Dias 18, 19, 20 e 21 de abril, vou apresentar pela primeira vez toda a programação da 2ª edição da Gutes Fest in São José do Sul, cidade que comemorou 28 anos de emancipação no dia 16 de abril. A festa

surgiu para valorizar as comunidades do município, além de preservar as origens dos seus imigrantes alemães através da culinária tradicional, bebidas típicas, pessoas acolhedoras e seu bom potencial econômico e turístico. Durante os 4 dias da Gutes Fest, que neste ano tem como lema “O Encanto das Origens”, teremos shows, encontros de secretários e prefeitos, bandas típicas, bailes, atividades culturais, desfile envolvendo todas as comunidades do município, muito chopp gelado e

comidas típicas. Venha conhecer e se encantar com as belas paisagens de São José do Sul.

Nos dias 26, 27, 28, 29 e 30 de abril, 1º, 3, 4 e 5 de maio, apresentarei mais uma edição da Festa Municipal do Aipim, em São José do Hortêncio. Minha primeira apresentação desta festa tradicional em nossa região foi na 6ª edição, em 1995. Neste ano, na 19ª Festa do Aipim, que ocorrerá no Parque Municipal Leonardo Teodoro Arnhold, teremos apresentações culturais,

shows, praça de alimentação com o tradicional bolinho de aipim, feira da indústria e comércio, parque de diversões e muito mais.

A cidade já está no clima da festa do aipim, comércio e comunidade estão participando do concurso de decoração alusivo ao Bicentenário da Imigração Alemã. Durante a programação teremos o tradicional desfile que movimenta todos os setores da comunidade.

Nos dias 10, 11, 12, 16, 17, 18 e 19 de maio, estarei na 25ª Kartoffelfest, tradicional festa da batata em Santa Maria do Herval. Esta é outra festa que eu tenho orgulho em apresentar na região. Já apresentei mais de 20 edições. A cada ano a equipe organizadora me surpreende, pude acompanhar a evolução desta tradicional festa da batata. Nos dois finais de semana poderemos conferir o baile da melhor idade organizado pelos grupos

do município dentro da festa nas duas sextas-feiras, shows, bailes, chopp gelado, ampla praça de alimentação com gastronomia repleta de derivados da batata, inclusive o tradicional bolinho de batata que tem um sabor delicioso, feira da indústria e comércio, a festa é realizada em área coberta em um centro de eventos com completa infraestrutura e banheiros, e a recepção da comunidade acolhedora de Santa Maria do Herval.

Neste ano, uma das inovações é o convite em alemão de crianças da comunidade. Nas redes sociais é possível conferir o orgulho que a comunidade tem da festa. Crianças crescem valorizando a maior festa da cidade, que comemora seu aniversário em 12 de maio, divulgando o município, suas tradições, seus costumes e suas belezas naturais. Nos encontramos na tradicional Festa da Batata de Santa Maria do Herval.

BR 116, KM 234.

Primeira parada na subida da Serra Gaúcha. @estacaosapatao

Cláudio Alves Locutor e apresentador, comanda o programa Estação Hamburgo @claudioalveslocutor

Foto: Arquivo pessoal

Mário José Konzen Ex-presidente da Sicredi Pioneira

Cooperativismo: história e legado

O cooperativismo no mundo já produz provas dos valores e oportunidades que compõem esta alternativa criada em 1844, quando surgiu na Europa esta fórmula, quase milagrosa, de se resolver necessidades comuns, tanto de ordem econômica como social. Um olhar aos números econômicos do segmento no mundo impressionam, sim, porém se relacionados ao tamanho e oportunidades que ainda se oferecem, é de fácil diagnóstico o espaço que poderia ser ocupado para atenuar e até solucionar tantas desigualdades. Mesmo assim, já é uma importância que hoje os números evidenciam: as cooperativas movimentam em torno de 2,5 trilhões de dólares por ano, valor superior ao PIB de muitos países; empregam mais de 250 milhões de trabalhadores; no Brasil, a metade da produção agrícola passa por uma cooperativa.

Precursores do cooperativismo financeiro no Brasil, o padre jesuíta Theodor Amstad falava insistentemente da necessidade da educação, entendendo que a elevação

do nível cultural da comunidade seria a única forma de significar progresso da comunidade. Também dizia que ideias e experiências bemsucedidas deveriam ser trocadas.

Neste ano comemoramos os 200 anos da imigração alemã, ou germânica no Brasil. E, quanto mais buscamos conhecer esta história, logo identificamos o quanto a Cooperação foi importante. Muitos foram inicialmente abrigados por conterrâneos que tinham chegado antes e assim continuaram cooperando, construindo abrigos, casas, galpões.

Essa ideia foi mágica, pois fez circular dinheiro e oportunizou que milhares de agricultores que estavam estagnados pudessem tomar crédito para adquirir terras, ferramentas, sementes, entre outros. Estava formado o círculo virtuoso: o desenvolvimento local e regional, com mais qualidade de vida e felicidade.

O ser humano é o moderno!

Novamente tive a oportunidade de passar várias horas, no início de abril, na Serra gaúcha, vivenciando mais uma edição do Gramado Summit. Marcus Rossi, o idealizador de todo esse projeto, criou aquele que é um dos principais eventos de inovação tecnológica do Brasil, e ainda neste ano, alçará voos internacionais, com a primeira edição no exterior, na bela Punta Del Este. Determinação e coragem de Rossi, num crescimento avassalador e inspirador.

Porém, algo me chamou a atenção, além do ambiente de inovação, após ouvir dezenas de palestras, todas objetivas e jamais podendo ultrapassar dos 30 minutos ajustados: celeridade e objetividade, cada vez em maior escala. De várias fontes, em várias vozes, sob vários prismas, a necessidade de humanizar as relações, de apostar na humanização em ambientes de trabalho, de celebrar a importância do ser humano. Sim, o ser humano é moderno.

Num ambiente de inovação poderíamos imaginar que inteligência artificial seria a pauta predominante ou que as novidades tecnológicas conduziriam os debates. Não foi, ao menos na minha percepção, o foco da maioria das palestras.

A atriz global Flávia Alessandra falou a uma plateia atenta: “Nunca se alcança o sucesso sozinho; sempre

precisamos contar com pessoas e para que eu apareça fazendo meu trabalho na sua TV, muita gente precisa fazer o seu trabalho bem feito”.

Geraldo Rufino, o empresário de hoje que foi catador de latas no passado, foi enfático: “Somos emocionais e precisamos aprender a lidar com esse ser mágico que é o ser humano; obter vitórias e não celebrar, nem parabenizar? Qual o sentido: somos humanos e a frieza não leva a nada; não é o quanto você tem que importa, mas quem você tem junto a si; o moderno é você conquistar pessoas”, falou antes de ser aplaudido de pé, em um auditório lotado.

Ad Junior, pesquisador e influenciador com milhões de seguidores, sentencia: “Não existe nada mais inovador que o ser humano”.

Apenas alguns recortes, do tanto que ouvi. Claro que se falou muito no desenvolvimento tecnológico e nas tendências. Mas, ao contrário de outros anos, nesta edição do Summit notei mais ênfase no ser humano.

Quase, uma obviedade, afinal, não adianta avançar tecnologicamente e nos tornarmos máquinas, sem empatia, afinal todas as conexões humanas é que justificam os avanços.

Sim, ser humano é moderno, óbvio. Mas, como ouvi em mais de uma palestra no Gramado Summit, o óbvio precisa ser dito. E repetido.

Rodrigo Giacomet Radialista e Diretor da Rede União FM

Foto: Sicredi Pioneira/Arquivo