O Vale - Edição #10

FONTE VITAL

Mais importante manancial do Vale do Sinos, com uma bacia hidrográfica que cruza por 30 municípios, o Rio dos Sinos é fonte de vida para todos os moradores da região. Nesta reportagem alusiva ao Dia Mundial da Água, contamos os desafios e descobrimos que um parque enraizado em São Leopoldo serve de filtro e “esponja” para a água dos Sinos

Vale Germânico 14 de março

Ano 01 Edição 10 @ValeTVPlay www.valedosinos.org @valedosinosorg

Foto:

04 - Jeison Rodrigues

São Léo Open cresce e se consolida como muito mais que um torneio

06 a 10 - Reportagem Especial Rio dos Sinos: tesouro natural e fonte vital de água para a região

12 e 13 - Entrevista

Prefeito de Portão, Kiko Hoff destaca investimentos em obras, saúde, educação e segurança

14 - João Ávila

Em 2024, governo Orsi consolida trabalho que fez Campo Bom avançar

16 - Camila Veiga

Majestic Drink anuncia novidades para os dias de São Léo Open

17 - Cidades do futuro

Atrair talentos e ressignificar espaços

18 - Giro pelo Vale

Centro de Inovação

Tecnológica começa a ganhar corpo em Novo Hamburgo

20 - Esporte

São Léo Open histórico com atletas de nível mundial

21 - Claudio Alves

Reencontro de amigos

recheado de glamour, beleza e simpatia

22 - Herta Klein

Pijama para o hospital

23 - Memórias

Chegada da Oktoberfest ao Brasil

23 - Rodrigo Giacomet A mulher!

Os novos reforços da Vale

Por: Jeison Rodrigues

Lançado no ano passado, o projeto da Vale TV alusivo ao bicentenário da imigração alemã tem nos conteúdos um de seus pilares mais importantes. Neste contexto, a produção do Jornal O Vale e sua conexão com o portal Valedosinos.org, bem como com o farto material gerado por inúmeros programas de televisão, é algo que se acelera ainda mais a partir de agora com a chegada ao time do experiente jornalista Éder Kurz. Ele assumiu a função de editor-chefe dos veículos da Vale.

Editor no Jornal NH e depois repórter, editor digital e produtor na NSC (antiga RBS em SC), Éder acumula

larga experiência em duas vertentes que estão conectadas aos princípios editoriais da Vale: hiperlocalismo e jornalismo comunitário. É a partir dessas premissas que ele passa a liderar o time de jornalistas encarregado de produzir o jornal impresso e o portal - além de coordenar mudanças importantes na forma como o conteúdo de televisão será disponibilizado para nossa audiência.

Sempre com foco no que realmente importa para a região, a mudança mais significativa nas próximas semanas será percebida no portal. Com atualização constante, o Valedosinos.org também passa a trabalhar melhor os conteúdos criados originalmente para o jornal impresso, além

de aproveitar, na medida certa, os materiais exclusivos da Vale TV.

Fui colega de Éder em ou-

tra redação e estou entusiasmado com a chegada dele e de outra profissional com funções estratégicas bem importantes. Me refiro a Ana Paula Lutke, consultora comercial que reforça nosso time de vendas e que atua diretamente conectada ao diretor-geral, Rodrigo Steffen. A chegada de Éder e Ana marca a entrada do projeto em uma espécie de fase 2.0. Os próximos meses serão intensos, com conteúdos, eventos e produtos especiais. E nada melhor do que entrar nessa fase decisiva com o combativo time da Vale reforçado por dois profissionais tão experientes.

Publisher: Rodrigo Steffen

Coordenação editorial:

Jeison Rodrigues

Editor-chefe: Eder Kurz

Supervisora de circulação:

Ana Kich

Supervisão comercial:

Alexandre Schöler

Consultora comercial:

Ana Paula Lutke

Reportagem: Camila Veiga, Larissa Brito e Gabriel Stöhr

Projeto gráfico e

diagramação:

Antônio Corrêa

Redes sociais e mídias

digitais: Letícia Spindler e Kátia Caxambu

Vídeos: Gustavo dos Santos

Tiragem: 5 mil exemplares

Impressão: Parque Gráfico

Zero Hora

O Jornal O Vale faz parte do projeto O Vale, da Vale TV e Portal Valedosinos.org, com 40 edições entre 26 de outubro de 2023 e 03 de janeiro de 2025, integrando as comemorações pelo Bicentenário da Imigração Alemã

Novo Hamburgo: Rua Santa Sofia, 134 - Bairro Ideal

São Leopoldo: Rua 1º de Março, 50 - Centro contato@valetvplay.com

Comercial: (51) 92003-7012

Whatsapp: (51) 99750-1414

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Somos uma rede de 8 Institutos de Tecnologia e Inovação com soluções completas para uma indústria mais competitiva e sustentável.

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OUTRAS HISTÓRIAS

Os japoneses da Sprinta

O CEO da Sprinta, Rodrigo Mendes, estava em uma reunião de negócios quando ele mesmo se surpreendeu com um dado. Ao destacar que a plataforma tem usuários praticamente no mundo todo, pediu ao interlocutor que escolhesse um país para verificar o número de cadastrados. O empresário do outro lado da mesa sugeriu o Japão. Rodrigo ficou até meio receoso, mas ao digitar o termo de busca no sistema abriu um sorriso: são 43 japoneses cadastrados na Sprinta.

Os primeiros campeões

O primeiro campeão do São Léo Open foi André Ghem. Na fase profissional, valendo pontos para o ranking mundial, o primeiro campeão também foi gaúcho: Franco Ferreiro.

Novos ares na fachada

Quem é mais atento já percebeu a mudança no hotel mais tradicional de Novo Hamburgo. O icônico letreiro na entrada, que por três décadas exibiu Swan Tower, foi trocado e agora está lá apenas Swan em destaque, com a palavra hotéis ao lado em letra menor. A identidade já havia sido adotada há mais tempo, mas só chegou à fachada agora, no embalo de uma reforma que está modernizando o local.

São Léo Open cresce e se consolida como muito mais do que um torneio

Entre os 1,2 mil reais entregues em 2003 e os 82 mil dólares previstos neste ano, há bem mais que cifras. É que, para além dos valores que sintetizam bem como o São Léo Open cresceu, há toda uma história cujo personagem central é o diretor do torneio e da Quadra Eventos, José Carlos Ferreira Júnior (foto). Foi ele quem, em 2003, deu início à competição disputada no São Leopoldo Tênis Clube. Com nomes importantes do circuito mundial, a edição 2024 será disputada de 24 a 31 de março.

O São Léo Open passou

a contar pontos para o circuito mundial em 2006, mas foi interrompido em 2012. ‘‘Por questões de custo mesmo’’, explica Júnior, fã de tênis desde a infância e torcedor de leopoldenses que marcaram época no esporte, como Marcelo Hennemann e os irmãos João e Carlos Zwetsch. Retomada em 2022, a competição virou um grande sucesso, atraindo bons jogadores, patrocinadores importantes e, sobretudo, movimentado a cidade e a região.

A Quadra Eventos hoje gerencia cerca de 20 projetos no Estado,

Boa conversa com Gio Dias

Com apresentação de Gio Dias, já está no ar a segunda temporada do Fala Aê!. Transmitido pela Felicidade FM, rádio que ele dirige, o programa vai ao ar às sextas-feiras, das 12 às 13 horas. A ideia é sempre levar para o estúdio uma personalidade que esteja se destacando no universo do empreendedorismo para um bate papo descontraído e cheio de conteúdo. Imperdível.

Ingressos esgotados

incluindo competições, equipes de rendimento e projetos sociais. Em 2023, realizou mais de 50 torneios de tênis. O São Léo Open, claro, é o principal. ‘‘Me parece que já está atingindo um patamar de ser mais do que uma simples competição esportiva. Têm crescido e se tornado um momento importante da comunidade de todo o Vale. Envolve aspectos esportivos, competitivos, mas também de popularização do tênis e da prática de esporte em si, tem tido um imenso envolvimento comunitário, tem ações culturais’’, salienta.

Quem não se agilizou, infelizmente vai ter que ficar de fora. Estão esgotados todos os ingressos para a palestra Inteligência artificial e o cérebro humano, com o médico e neurocientista Miguel Nicolelis no próximo dia 25 de março no Teatro Feevale.

O jeito é esperar

A chuva não apareceu, mas a previsão de que ela viria adiou dois eventos que iriam sacudir Novo Hamburgo no último final de semana. Agora é reagendar no calendário. O Festeje Hamburgo Velho já será neste sábado. Para o St. Patrick´s Day da Fat Bull, no estacionamento do I Fashion Outlet, a galera vai precisar esperar até o próximo dia 30 de março.

Rio dos Sinos: tesouro natural e fonte vital de água na região

Nesta reportagem alusiva ao Dia Mundial da Água, contamos a história do rio, os desafios no abastecimento e descobrimos que um parque enraizado em São Leopoldo serve de filtro e “esponja” para as águas do Rio dos Sinos

Por: Larissa Brito

No contexto do Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, o Jornal O Vale volta seu olhar para uma joia hídrica do Vale do Sinos que merece atenção especial: o Rio dos Sinos. Com cerca de 190 quilômetros de extensão, é fonte vital de água e, também, um símbolo da importância da preservação

Mais importante manancial do Vale do Sinos, com cerca de 190 quilômetros de extensão e uma bacia hidrográfica que cruza por 30 municípios, o Rio dos Sinos enfrenta desafios como a poluição industrial e o despejo inadequado de resíduos.

entanto, ao longo dos anos, enfrenta desafios como a poluição industrial e o despejo inadequado de resíduos.

Para ressaltar a importância desse recurso natural, a comunidade do Vale do Sinos celebra, em 17 de março, o Dia do Rio dos Sinos, estabelecido por uma Lei Estadual de 2004. Esse evento anual não apenas conscientiza sobre a conservação do rio, mas também destaca os esforços contínuos para restaurar e proteger suas águas.

com trilhas sinuosas, vegetação exuberante, oferecendo uma experiência de contato íntimo com a natureza.

dos recursos naturais.

O rio não é apenas um curso d’água, é uma história viva da região. Um tesouro. A bacia hidrográfica é formada por 30 municípios total ou parcialmente dentro desta configuração geológica, que ocupa uma área de 3.694 km², entre elas, cidades como São Leopoldo e Novo Hamburgo, fornecendo água para consumo, agricultura e indústria. No

Proteção que deve ser de todos nós e é, também, papel do Parque Natural Municipal Banhado da Imperatriz, em São Leopoldo. Com 708 hectares, a maior parte (694 hectares) serve de unidade de conservação ambiental e a outra parte (14 hectares), é destinada para área de lazer. Essa área serve como filtro das águas dos Sinos e, também, como uma espécie de “esponja” que absorve grandes quantidades de água da chuva e evita enchentes.

O parque é, ainda, um refúgio para a vida selvagem e uma fonte de recreação para os moradores locais,

O secretário de Meio Ambiente de São Leopoldo, Anderson Etter, destaca que, além de espaços de lazer, o parque também é local destinado à prestação de serviços para a comunidade. “Além de todo espaço de preservação e lazer, o parque abriga alguns serviços que são importantes para o município, como, por exemplo, Observatório de Mudanças Climáticas, o Jardim Botânico, o Herbário, o Viveiro Municipal, os departamentos de arborização urbana e de áreas protegidas, entre outros.”

Além disso, o Banhado da Imperatriz é um ecossistema vital que abriga uma variedade de espécies de aves, répteis e mamíferos. A importância ecológica é inegável, servindo como um pulmão verde em meio ao cenário urbano em constante expansão.

Soma-se a tudo isso o fato de o parque ser importante para preservação do meio ambiente fora da delimitação territorial do

espaço, uma vez que, por meio do Viveiro Municipal, é possível que cada cidadão leopoldense possa retirar, anualmente, três mudas de árvore e receber as orientações de um profissional sobre o cuidado das mesmas.

Mas o espaço nem sempre foi assim. Até 2006, ano que o Parque foi fundado, a região que hoje é destinada à preservação era uma área de moradias irregulares. “O maior desafio não é nem manter o parque em operação, mas acredito que tenha sido fundar ele. Era uma região com muito lixo, as pessoas estavam em situação de extrema vulnerabilidade. Foi preciso tirá-las daquela região e garantir que ficassem em segurança. Foi um investimento vultoso, mas que valeu a pena”, diz Etter. Atualmente, o Imperatriz é mantido com recursos do Fundo Municipal do Meio Ambiente e é aberto ao público. O local ainda conta com área de lazer e recreação, churrasqueiras, canchas de bocha, quadras de vôlei e de futebol e pracinha infantil. É aberto ao público de terça a domingo, das 8h às 18h.

Investimento em saneamento gera economia em saúde pública

Éimpossível falar sobre água e não falar de saneamento básico. Fundada em 1991, mas com início das operações somente em 1998, a Companhia Municipal de Saneamento de Novo Hamburgo (Comusa) tem a missão de garantir água potável aos cerca de 227 mil habitantes da cidade. Conversamos com o diretor-geral da companhia, Márcio Lüders dos Santos, que comanda a Comusa desde 2018. Entre os assuntos, os desafios dessa jornada de abastecimento e tratamento de esgoto.

Como é o desafio de ser o gestor de uma companhia que abastece uma das cidades mais importantes do RS?

Márcio Lüders - A Comusa é uma conquista dos hamburguenses. Foi uma luta intensa que nossa co-

munidade enfrentou para garantir um abastecimento de qualidade e precisamos mostrar a importância de ter essa autarquia. Por isso, tratamos de melhorar e expandir a gestão com qualidade, ampliando os investimentos, enxugando gastos e impulsionando a Comusa para o futuro, com um foco em sustentabilidade.

Imagino que a experiência de lidar cotidianamente com temas ligados ao meio ambiente seja um aprendizado de vida muito importante. Como você avalia esse aspecto do trabalho?

Lüders - Ao longo desses anos, aprendemos muito sobre a importância do saneamento no nosso dia a dia. Conhecer a dificuldade do trabalho de tratar água e esgoto em um município abre nossos olhos para tudo que é feito e o pouco que é vis-

to. Isso afeta nossa vida diretamente. Para cada 1 real investido em saneamento, poupamos 8 reais em saúde. E o poder público precisa ter esse olhar. Muita gente fala que enterrar canos não dá votos, mas a melhora na vida da população é o resultado desse trabalho.

Como funciona o processo de tratamento da água realizado pela Comusa?

Lüders - O processo de tratamento de água envolve a captação da água bruta do Rio do Sinos, seguida pela remoção de impurezas através da coagulação/floculação e decantação. Depois, a água passa por filtros para clarificação, recebe desinfecção com cloro e fluoretação para redução de cáries. Por fim, é armazenada em reservatórios e distribuída para a população de Novo Hamburgo, garantindo sua potabilidade.

Quantas pessoas recebem água tratada pela Comusa em casa? São quantos domicílios atendidos?

Lüders - Hoje, a Comusa produz em média 1,7 bilhão de litros de água tratada por mês para abastecer 89.530 economias ativas, atendendo o município de Novo Hamburgo, que tem uma população estimada em 227.732 habitantes. Após 22 anos de operação, a Comusa fornece água potável a 98% da área urbana do Município.

Quando a gente fala em água, a gente sempre pensa em um recurso escasso. Qual o maior desafio no abastecimento de uma cidade como Novo Hamburgo?

Lüders - O maior desafio de Novo Hamburgo é o tratamento de água e a manutenção dos mais de 900 quilômetros de redes de água que temos no Município. O Rio dos Sinos é hoje um dos 5 rios mais poluídos do Brasil com classe de poluição do nível do Tietê. Como temos muitas indústrias próximas a Novo Hamburgo, a quantidade de sujeira que captamos é muito acima da média. Apesar disso, conseguimos transformar essa água em água potável, com monitoramento 24 horas nos nossos laboratórios, atendendo a todos os padrões rígidos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

Quanto custa o tratamento da água?

O custo de tratamento varia sazonalmente e tem dependência direta com a qualidade do manancial, que em tempo de escassez hídrica (estiagem) ou épocas de excesso de chuvas, apresenta alterações nos seus parâmetros que requerem maiores quantidades de determinados produtos, que impactam no custo de tratamento.

Há previsão de melhorias e investimentos na rede de abastecimento e tratamento de esgoto?

Lüders - A Comusa tem investido constantemente, desde 2018, na substituição de redes de abastecimento. Além disso, apresentou um projeto no PAC 2 para captar recursos federais e concluir a ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA), passando de 750 litros por segundo de água tratada para 900 litros por segundo. Ainda seguimos no aguardo da seleção do projeto. No tratamento de esgoto, a Comusa deu início à construção da Estação de tratamento de esgoto (ETE) Luiz Rau, que será responsável por tratar 50% de todo o esgoto do Município. A obra, de R$ 70 milhões, é a maior de saneamento em toda a América Latina. A autarquia ainda apresentou no PAC 2 o projeto da ETE Arroio Pampa, um projeto de quase R$ 400 milhões que poderá elevar o tratamento de esgoto até 90%, quando concluído.

Márcio Lüders dos Santos, diretor-geral da Comusa

Foto: Misael Lima/Comusa

Educação ambiental como ferramenta de conscientização

Geison Freitas, diretor-geral do Semae

Com uma longa história de prestação de serviços para a comunidade leopoldense, mais precisamente desde 1971, o Serviço Municipal de Água e Esgotos de São Leopoldo (Semae) tem investido em educação como um aliado na preservação do meio ambiente. Em apenas três meses foram recolhidas mais de 100 toneladas de lixo do entorno das casas de bombas. Diretor-geral do Semae desde junho de 2022, Geison Dionisio de Freitas é advogado e pós-graduado em Direito Constitucional, foi assessor jurídico da Câmara de Vereadores de São Leopoldo, entre 2016 e 2020, e atuou

como procurador-geral do Semae.

Nesta entrevista, Geison detalha projetos e também fala sobre os desafios na prestação de serviços tão importantes.

Quais os desafios ao ser o gestor de uma companhia que abastece uma das cidades mais importantes do RS?

Geison Freitas - É um desafio enorme, o Semae está entre as principais empresas públicas de saneamento do país, reconhecida nacionalmente. Temos um orçamento superior a maioria dos municípios gaúchos. O maior desafio de todos é tocar a gestão com exce-

lência, a partir do planejamento estratégico e com sustentabilidade financeira, e reverter o nosso trabalho em qualidade de vida à população leopoldense. Essa é a missão do gestor público, da empresa pública, reverter todos os nossos esforços em bem-estar social. Saneamento público de qualidade representa saúde para o cidadão.

A experiência de lidar cotidianamente com temas ligados ao meio ambiente é um aprendizado de vida muito importante. Como você avalia esse aspecto do trabalho?

Freitas - É uma preocupação constante, tanto que temos inúmeras ações voltadas à causa ambiental. Em apenas 3 meses, por exemplo, nós recolhemos mais de 100 toneladas de lixo do entorno das casas de bombas em São Leopoldo, que são administradas pelo Semae. Nós temos um setor de Educação Ambiental no Semae, que atua nas visitas das escolas, e que coordena o Programa Guardiões da Água, responsável por ministrar oficinas de conscientização ambiental em todas as regiões da cidade. Ainda temos o Programa de Uso Racional da Água (PURA), que trata justamente do não desperdício da água nas escolas, empresas e demais setores da sociedade. O grande aprendizado é que a natureza cobra a conta da ação do homem, prova disso são os períodos de es-

tiagem intercalados com as cheias que estamos enfrentando nos últimos tempos.

Como funciona o processo de tratamento da água realizado pelo Semae?

Freitas - O Semae capta água do Rio dos Sinos, faz o tratamento para tornar a água potável e distribui para todo o município de São Leopoldo. Todo o processo ocorre de forma ininterrupta. Para este serviço o Semae possui captação com capacidade para 1.500 l/s, duas Estações de Tratamento de Água: ETA-1 (ETA São José - atualmente só armazena e distribui a água tratada na ETA-2) e ETA-2 (ETA Imperatriz Leopoldina) e 25 Elevatórias de Água Tratada. A rede de abastecimento de água em São Leopoldo tem uma extensão de cerca de 800 quilômetros.

Quando a gente fala em água, sempre pensamos em um recurso escasso. Qual o maior desafio no abastecimento de uma cidade como São Leopoldo?

Freitas - Universalizar o acesso à água e ampliar o tratamento de esgoto. A água do Semae chega a 99% da população, enquanto o esgoto tratado está em torno de 50%.

Quais investimentos e melhorias na rede de abastecimento e tratamento de esgoto estão sendo feitos ou foram entregues durante a sua ges-

tão no Semae?

Freitas - São muitas as melhorias e investimentos que estamos realizando no Semae em São Leopoldo. Em novembro do ano passado apresentamos o planejamento estratégico do Semae para os próximos dez anos. O foco é mostrar de que formas os servidores do Semae podem contribuir agora, para que a autarquia do futuro seja ainda mais eficiente e pensada no bem da população leopoldense. O planejamento estratégico é um guia, não só para a minha gestão, mas também para as próximas diretorias. Estamos deixando para o Semae uma projeção, planos para os próximos dez anos, para quem venha a assumir o Semae veja uma organização de futuro. Vejam lá na frente os próximos passos que precisam ser seguidos, de onde tem que vir o recurso, onde temos que gastar menos, onde temos que investir, onde temos que mexer para que a gente continue crescendo. Recentemente, mais uma etapa da obra de transposição do esgoto da BR116 foi concluída, e a obra se aproxima do fim. A obra ainda tem previsto, em seu cronograma, a ligação das redes menores, na Rua Brasil, a pavimentação da via e a manutenção necessária no passeio público danificado durante a execução da obra. Mês passado também foram instalados novos sensores de monitoramento Wegstan de motobombas da ETA 1.

Foto: Digue Cardoso/Semae

Cidade “esponja”: opção contra enchentes

O Rio Grande do Sul foi fortemente atingido por um período de chuvas intensas recentemente. Cidades foram devastadas pela força dos rios. Em São Leopoldo, a chuva também causou danos, mas espaços como o Parque Natural Municipal Banhado da Imperatriz são fundamentais para minimizar o impacto das mudanças climáticas.

Isso acontece por causa de um conceito conhecido como cidade “esponja”. Trata-se de algo cada vez mais relevante em um mundo onde os eventos extremos do tempo se tornam mais frequentes. Refere-se à capacidade de uma cidade de absorver, armazenar e reutilizar eficientemente a água da chuva e outras fontes, minimizando assim os problemas das enchentes e aumentando

a resiliência urbana. Com sua vasta área verde, desempenha um papel vital nessa abordagem.

Ao agir como uma esponja natural, o Parque Imperatriz absorve grandes quantidades de água da chuva, evitando o escoamento superficial rápido que muitas vezes leva a enchentes nas áreas urbanas. As vegetações densas e as superfícies permeáveis do local ajudam a filtrar a água da chuva, recarregando aquíferos subterrâneos e alimentando riachos e nascentes que fluem para fora do parque.

“O parque funciona como um reservatório natural, armazenando água durante os períodos de chuva e liberando-a gradualmente durante os períodos de estiagem. Isso não só ajuda a regular o

fluxo de água na cidade, mas também fornece uma fonte vital de água para a vegetação circundante, mantendo a biodiversidade e o equilíbrio dos ecossistemas locais”, frisa o secretário de Meio Ambiente de São Leopoldo, Anderson Etter.

As vegetações densas e as superfícies permeáveis do Parque ajudam a filtrar a água da chuva, recarregando aquíferos subterrâneos.

Preservar o rio passa pelo tratamento da água

Em 2006, o Rio dos Sinos foi cenário de uma das maiores tragédias ambientais do Estado. A união de fatores como a contaminação por esgoto doméstico, uma carga de chorume lançada pela empresa Utresa e a baixa vazão do rio fez com que mais de 1 milhão de peixes morressem.

Desde então, ações de fiscalização foram realizadas. Porém, de acordo com dados de 2013 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio dos Sinos é o quarto mais poluído do Brasil.

Segundo a presidente do Comitesinos, Viviane Feijó Machado, um dos principais fatores poluentes é a falta de tratamento do esgoto nas regiões urbanizadas. “A poluição no Rio dos Sinos ocorre principalmente devido à falta de tratamento de esgoto sanitário, pois está em uma área urbanizada, localizado na região metropolitana, com baixo tratamento de esgoto. É necessário investimento em tratamento de esgoto nas áreas rurais e urbanas, bem como a recomposição da vegetação

nativa das matas ciliares.” Nesse contexto, o Parque Imperatriz se torna uma ferramenta importante de controle da poluição. “Os trechos médio e alto

Sinos possuem um alto grau de preservação, um destaque são as nascentes localizadas no trecho alto do rio. No baixo Sinos, apesar de ser uma região

extremamente urbanizada, temos o Parque Imperatriz, uma unidade de conservação com preservação de flora e fauna”, diz a presidente.

É necessário investimento em tratamento de esgoto nas áreas rurais e urbanas, bem como a recomposição de vegetação nativa das matas ciliares.

Portão se prepara para o futuro com investimentos em obras, saúde e educação

Prefeito Kiko Hoff destaca realizações em quase quatro anos como chefe do Executivo Municipal e chama

de “assalto” o valor a ser cobrado no pedágio free flow que deve operar na região nos próximos dias

Por: Éder Kurz

Obras estruturantes que devem superar os R$ 100 milhões em quatro anos, melhorias em saúde, em educação, reforço na segurança pública. Esses são alguns dos pontos destacados pelo prefeito Kiko Hoff em entrevista ao jornal O Vale. Eleito chefe do Executivo Municipal em 2020 com mais de 50% dos votos, Hoff desconversa sobre ser candidato à reeleição neste ano e afirma que o partido é que vai decidir.

“Portão vive um momento único de muitas obras estruturantes que levam para um outro patamar, todas elas sem empréstimos. Portão não tem dívida, não tem precatórios, não tivemos nenhuma reclamatória trabalhista e [tem] dinheiro em caixa”, destaca Hoff.

Município com quase 35 mil habitantes, segundo último censo realizado pelo IBGE, Portão seguido é notícia por causa do pedágio na ERS-240. Após anos e longas batalhas, a praça localizada no entroncamento

com a ERS-122 deve sair de cena. Um novo pedágio, agora com sistema free flow (que prevê a cobrança de pedágio em fluxo livre, sem praças físicas), deve começar a operar nos próximos dias. Porém, o valor a ser cobrado dos usuários tem provocado protestos de moradores da região.

“Isso é um assalto, um roubo ao bolso das pessoas mais humildes”, reclama o prefeito.

Nesta entrevista, Hoff fala do pedágio, dos investimentos em obras, saúde, educação e segurança pública e dos planos para o futuro de Portão.

O Vale - Como você define a sua administração?

Kiko Hoff - “[Temos] uma administração extremamente técnica, quatro secretários comandam 12 secretarias. Vivemos um momento único de muitas obras estruturantes que levam Portão para um outro patamar, todas elas sem empréstimos. Portão não tem dívida, não tem precatórios, não tivemos nenhuma reclamatória traba-

lhista. [Temos] dinheiro em caixa. Dinheiro que dá para fazer diferente, precisa coragem e vontade política.

O Vale - A situação do pedágio na ERS-240, que tem gerado protestos de

moradores, afeta a cidade e como a prefeitura acompanha o caso? Hoff - Afeta um monte [a cidade]. Isso é um assalto, um roubo ao bolso das pessoas mais humildes. Cobrar quase R$ 500

mês de quem ganha R$ 2.000 é entregar 25% do salário para usar uma rodovia. Isso é um absurdo total, falta de sensibilidade política, é fazer a coisa por fazer, não importando quem pague. Portão já

Foto:

tem 30 anos de pedágio e, agora, o povo na volta vai ter mais pedágio. E o pior de tudo é distorcer do que é o objetivo do free flow [conhecido como pedágio sem cancela, o free flow é um sistema que funciona com cobrança eletrônica automática da tarifa]. O free flow é a cobrança por quilômetro rodado, são “porteiras” [pedágios] que são colocadas ao longo da rodovia, que deveria ser dividido pelo número de “porteiras”, como prega no edital. Mas só devem entrar daqui a dois anos, enquanto isso vão cobrar R$ 25 por dia. Hoje o free flow deveria ser R$ 2,50 cada “porteira”. Daí é aceitável. Fora isso é um absurdo total, um erro imensurável.

O Vale - Moradores têm se manifestado e fechando a rodovia contra o valor do pedágio. Há algo que a prefeitura possa fazer?

Hoff - A prefeitura não. Quem pode fazer é o povo na rua, é mostrar indignação, é encher o próximo evento que tiver protesto. Somente isso que eles obedecem, porque o resto é balela.

O Vale - O Ministério Público já entrou nesse caso?

Hoff - Sim. Já acionamos o Ministério Público e estamos esperando agora, quando eles abrirem o free flow, se não for no que eu falei, de cobrança por quilômetro rodado, nós vamos entrar sim, em nome da Amvarc [Associação dos Municípios do Vale do Rio Caí]. É isso que eu pleiteio, mas primeiro tem que ver o que vai ser feito. Hoje, por enquanto, o pedágio está onde está, que já era um absurdo que aumentou [valor]. Saiu de R$ 6,50 para R$ 11,90, depois R$ 12,30 e agora vai ser R$ 24,60 [valor de ida e volta]. É um assalto ao bolso das pessoas mais humildes. Quem tem [dinheiro] não se importa em pagar, mas e quem não tem? E onde é que se coloca isso? Se termina com o desenvolvimento de uma região mantendo esse absurdo do pedágio. Hoje eu estava olhando que o pedágio mais caro é da Ecosul [R$ 19,60 cobrado em rodovias federais no sul do RS, como a BR-116]. O pedágio mais caro vai ser colocado aqui em Portão,

R$ 24,60. É que aqui tem que considerar que é ida e volta que eles cobram.

O Vale - Quais foram os investimentos da prefeitura em saúde e educação nos últimos anos?

Hoff - Foram muitos os investimentos. Portão vai gastar neste ano 32% da receita em saúde e nossa educação é totalmente diferenciada. Do jeito que nós pegamos o hospital [de Portão] há sete anos, para ser mais preciso em outubro de 2017, reformulamos toda a direção do hospital, que caiu teto na cabeça de médico, indo a leilão, R$ 15 milhões em dívidas, sem credibilidade nenhuma junto à população e hoje é uma total mudança. Tem credibilidade muito grande, quartos totalmente reformulados, com UTI, com ar condicionado, wi-fi, totalmente moderno. É um hospital que ao menos hoje o cara vê um horizonte no futuro. Tem muito o que melhorar? Tem muito. Mas como era já melhorou um monte e vai melhorar mais ainda. E na educação quatro no-

Portão vai gastar neste ano 32% da receita em saúde. Do jeito que nós pegamos o hospital, reformulamos toda direção, indo a leilão, R$ 15 mi em dívidas, sem credibilidade nenhuma junto à população, e hoje é uma total mudança.

vas escolas, reforma de todas as escolas, com professores em sala de aula, com telas interativas, kit escolar com uniforme. Dá para fazer diferente, precisa coragem e vontade política. Isso nós temos.

O Vale - Como Portão tem enfrentado a criminalidade?

Hoff - Portão não tem quase crime nenhum. O índice de homicídio é quase zero, somente quem se envolve com drogas basicamente. Portão é uma cidade segura fruto também de nosso videomonitoramento. Agora, acertamos com o Consepro e vamos disponibilizar mais o cercamento eletrônico, vai ser um belo investimento, mais de R$ 500 mil. Temos duas emendas, uma do deputado Bibo Nunes (R$ 200 mil) e outra do Alceu Moreira (R$ 100 mil), e nós vamos colocar mais um valor e o investimento vai passar de R$ 500 mil para dar ainda mais segurança ao nosso município. Temos que agradecer muito a Brigada Militar e nossa polícia, todo os órgãos de segurança pública pela qualidade dos serviços que eles prestam a nossa região. É fruto de elogios diários.

O Vale - Na sua gestão, o que já foi investido em Portão?

Hoff - [Investimento] vai passar de R$ 100 milhões somente em obras estruturantes, totalmente sem nenhum financiamento. Eu digo nos quatro anos. Esse ano, para se ter ideia, já mandamos no início de janeiro R$ 17 milhões para a Câmara de Vereadores mostrando onde

vamos investir, e nesta semana vamos mandar mais R$ 8 milhões. E vem mais por aí. O problema maior em Portão é ter a equipe para fazer todas as obras que a gente tem previsto. Só para ter uma ideia: tinha três pessoas no planejamento e hoje tem nove pessoas trabalhando, fora os terceirizados que trabalham conosco. Dá quase 15 pessoas que trabalham conosco fazendo projeto, fiscalizando obra e acompanhando as obras. Fazer obra não se dá apenas quando você faz o anúncio, mas quando tu entrega ela pronta. E entregar uma obra pronta, bem feita e sem risco nenhum de desvios, com acompanhamento técnico e fazendo o que foi programado no projeto tem que fiscalizar, tem que acompanhar, tem que estar presente nas obras. E isso precisa de gente. Portão multiplicou por cinco vezes o pessoal que tinha e a quantidade de obras comparado com qualquer administração é cinco vezes maior.

O Vale - Quais os desafios nos próximos anos?

Hoff - Estamos finalizando nosso novo projeto de mobilidade urbana, programando a cidade no mínimo para daqui a dez anos, mas já tendo uma visão para os próximos 50 anos, para onde nós queremos ir. Assinamos também um projeto com o Senac de cidade empreendedora, preparando Portão como cidade inteligente e pretendemos trazer várias inovações tecnológicas e que facilite a vida do nosso cidadão sem custo, sem cobrar imposto para isso.

A renovação no MDB de Novo Hamburgo

O impasse na indicação da pré-candidatura à Prefeitura de Novo Hamburgo acabou por mudar a fotografia no comando do MDB. A prefeita Fátima Daudt mostrou força e prestígio na Executiva estadual, que interveio sem intervir.

“Convidou” Deiwid do Amaral a renunciar à presidência e agradeceu Paulo Kopschina por ele ter “desistido” de concorrer.

Em São

Leopoldo, partido perde líderes

Não é só o MDB de Novo Hamburgo que está com seus quadros agitados.

Em São Lepoldo, o suplente de vereador Vitor Hugo Eggers Carvalho se desfiliou na semana passada. Ex-Democrata, argumentou que não se sentia mais “em casa”. Deve se filiar a algum partido do campo da direita conservadora para buscar uma vaga na Câmara.

Em 2024, governo Orsi consolida trabalho que fez Campo Bom avançar

Campo Bom avançou muito nos últimos sete anos, período da gestão de Luciano Orsi (PDT). A educação conquistou os índices mais altos da região no Ideb. A criação da Guarda Municipal melhorou a sensação de segurança. A rede de saúde foi modernizada e recebeu melhor estrutura. Na Educação, a novidade será a entrega de uniformes gratuitos para os alunos do ensino infantil. Os estudantes do fundamental já haviam ganhado os uniformes no

ano passado. Com isso, todos os alunos da rede municipal estarão uniformizados pela primeira vez.

Outro grande feito da gestão Orsi foi ter criado quase 600 vagas na educação infantil desde 2017, zerando a fila de espera. Com a conclusão da obra da Escola Firenze, que deve ser entregue até o fim do ano, Campo Bom avança ainda mais no propósito de garantir que todas as crianças estejam na escola.

Obras também mudaram

a fotografia da rede de saúde da cidade. O Centro Vida, maior centro público de especialidades médicas da região, tem estrutura para ampliar os serviços por muitos anos. Uma unidade de saúde será construída no bairro Morada do Sol. O Hospital Lauro Reus passa por reforma e o número de leitos da emergência vai dobrar. E ainda neste ano, o Novo Parcão será inaugurado, espaço de lazer que eleva a qualidade de vida da população.

João

Quando as portas se fecham na política

Não basta se lançar na política. É preciso cumprir requisitos, a começar pela empatia, capacidade de diálogo e construção. Tendo isso, o caminho para encontrar um partido interessado no projeto é fácil. Só que tem gente na região tentando buscar filiação. E está vendo portas fechadas em sequência. Até já ouviu dizer que o partido não será usado como palanque pessoal.

Spolaor assume de vez a précampanha

Pré-candidato a prefeito de São Leopoldo pelo PT, Nelson Spolaor já começa a aparecer mais nos eventos locais. No fim de semana, participou da entrega de troféus da Copa São Leopoldo 200 anos. Indicado pelo prefeito Ary Vanazzi e escolhido nas prévias, terá o nome homologado no período das convenções, entre junho e julho.

Alunos do ensino infantil vão receber uniformes em Campo Bom

Foto: Prefeitura de Campo

Bom/Divulgação

Killing cresce com nova aquisição

A Killing Tintas e Adesivos, de Novo Hamburgo, concluiu o processo de aquisição da Superlack, de Caxias do Sul, e passa a deter tecnologias complementares, como as tintas líquidas e, agora, as tintas em pó, que são a especialidade da Superlack. O produto atende o segmento metalmecânico em seus processos mais modernos de revestimento.

A aquisição contempla 100%, também, do quadro de funcionários da Superlack, bem como a estrutura fabril, que continuará na Serra Gaúcha, e o atendimento dos clientes em todo o Brasil.

Em recente declaração, o CEO da Killing, Milton José Killing, destacou que a empresa tem “sede de crescimento”. Com a incorporação da Superlack, cerca de R$ 15 milhões devem ser agregados e a perspectiva é ultrapassar a casa dos R$ 800 milhões ainda em 2024.

Majestic Drink anuncia novidades para os dias do São Léo Open de Tênis

Faltam poucos dias para o São Léo Open, no São Leopoldo Tênis Clube. Entre os dias 24 e 31 de março, grandes nomes do esporte se encontrarão nas quadras. Fora delas, o ponto de encontro também está definido. O bar e lounge do Majestic Drink, dentro do Clube, pre-

O Grupo Krause oferece o apoio que você e sua família precisam em um momento de despedida.

parou um cardápio exclusivo para os dias de evento, com pratos e drinks especialmente nomeados em homenagem aos ícones do tênis, como o mix de limão e hortelã intitulado Guga Kurten.

“Preparamos também uma sequência de atrações com muita brasilidade

para receber os visitantes internacionais e aumentar a alegria dos frequentadores locais que sempre nos prestigiam”, diz a sócia e gerente de Marketing e Relacionamento do Majestic, Vanessa Clós da Vida. Leia mais sobre o São Léo Open na página 20.

Camila Veiga Jornalista camilaveiga.imprensa@gmail.com Instagram: @acamilaveiga

SICC terá marcas de peso

Duas grandes marcas da indústria calçadista também confirmaram presença na 31° edição do SICC – Salão Internacional do Couro e do Calçado, que ocorrerá de 14 a 16 de maio, no Centro de Eventos do Serra Park, em Gramado. Via Marte e Cravo e Canela anunciaram recentemente que a mostra da promotora Merkator Feiras e Eventos será palco para o lançamento das suas coleções para a temporada de moda primaveraverão 2024/2025.

Criamigos no time Gampi

A agência de comunicação Gampi Casa Criativa, de Novo Hamburgo, passa a atender também a Criamigos Oficina de Ursos, de Gramado, famosa pelas pelúcias customizáveis e o conceito de amigos personalizados.

Conheça nosso plano assistencial, funerária e cemitério. No site você encontra todos os benefícios de contar com a Krause.

Saiba mais!

Como serão as cidades do futuro?

José Flavio Bueno Fischer

Tabelião do 1º Tabelionato Fischer em Novo Hamburgo e presidente do Colégio Notarial do Basil –Seção Rio Grande do Sul Cinara de Araujo Vila Procuradora do Município de Novo Hamburgo

Vivemos um momento propício para Novo Hamburgo e região incorporarem definitivamente a inovação com esse viés de sustentabilidade e de desenvolvimento efetivo dos cidadãos.

Atrair talentos e ressignificar espaços

Para ampliar suas práticas empreendedoras, as cidades devem ser capazes de atrair novos talentos e recursos. A expansão da dimensão urbana está calçada nas pessoas. A estratégia da cidade de atrair trabalhadores altamente qualificados, investidores e inventores que possam elevar o potencial urbano é um caminho de sucesso.

Podemos dar como exemplo cidades como Toulouse, na França, que se tornou um centro para a Internet das Coisas, atraindo investimentos de mais de meio milhão de euros em iluminação inteligente e expandindo o acesso ao 4G no metrô e por toda a ci-

dade. Em Helsinque, na Escandinávia, a comunidade denominada Talentos Digitais ajuda jovens a adquirir habilidades básicas do século 21, como programação, desenvolvimento de jogos e marketing.

Uma vez que as cidades atraem o “saber-fazer” necessário, elas podem buscar novas oportunidades além de seus limites e exportar seus modelos bem-sucedidos para outras cidades. A dimensão expansiva da cidade digital apoia a criação de redes de cidades e a troca de melhores práticas em níveis regional, nacional e internacional.

No entanto, embora o status de cidades-modelo

seja certamente motivo de orgulho para as autoridades municipais, o que mais importa é o empoderamento dos cidadãos. A cidade de Tampere, na Finlândia, transformou um distrito industrial em uma zona neutra em carbono, lar de 25.000 residentes e 10.000 novos empregos na economia circular.

Quem não gostaria de viver em uma área verde com excelente qualidade do ar? Em Copenhague é possível. Dados abertos em tempo real, combinados com outros indicadores, como tráfego, estão disponíveis para ajudar os cidadãos a planejar melhor seus deslocamentos diários

e decidir onde alugar um apartamento.

Esses exemplos mostram como a inovação urbana pode transformar a vida nas cidades, tornando-as mais sustentáveis, conectadas e propícias ao desenvolvimento. Adoção de tecnologias avançadas e criação de comunidades de apoio ao desenvolvimento de habilidades são essenciais para que as cidades se mantenham competitivas e atraentes no cenário global. Com foco no cidadão e na capacidade de inovar, as cidades podem não apenas melhorar a qualidade de vida, mas se tornar faróis de inovação e progresso.

Centro de Inovação Tecnológica começa a ganhar corpo em Novo Hamburgo

Novo Hamburgo - O Centro de Inovação Tecnológica (CIT) de Novo Hamburgo — que por muitos anos foi visto apenas como um sonho — começa a ganhar corpo. Com a estrutura física pronta desde 2020, as primeiras empresas confirmadas a fincar bandeira no local foram anunciadas pela prefeita Fátima Daudt na abertura da Fimec, no dia 12 de março. A divulgação da lista, inclusive, pegou de surpresa até mesmo alguns parceiros do CIT, que esperavam o anúncio para mais adiante.

Estão na relação 16 marcas, entre empresas, entidades e instituições (confira a lista ao lado). Localizado na Rua Mundo Novo, no bairro Canudos, o CIT tem governança compartilhada entre Fenac e prefeitura. De acordo com Marcio Jung, diretor-presidente da Fenac, o centro de eventos é o agregador dos públicos envolvidos no CIT. “Dando

suporte aos participantes, tanto ao poder público através da prefeitura, quanto às universidades e às empresas. Além disso, a contribuição também é comercialmente, na ativação de eventos e na organização e estruturação de espaços”, explica.

A construção do Centro de Inovação Tecnológica começou em 2018, mas a obra só foi concluída em 2020. Ao todo, foram investidos R$ 7,8 milhões, sendo R$ 7,05 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o restante dos cofres municipais, pois o município não conseguiu terminar a obra antes de encerrar o contrato com o órgão internacional. A verba foi empenhada para a estrutura física, sem aquisição de mobiliário ou equipamentos.

De acordo com a prefeitura, a pandemia da covid atrasou o processo de entrega e, inclusive, uma reforma de reparos na estru-

Público recorde no Rodeio Nacional de Campo Bom

Campo Bom - Mais de 100 mil pessoas participaram da 44ª edição do Rodeio Nacional de Campo Bom, promovido na primeira semana de março. De acordo com o prefeito Luciano Orsi, foi o maior público de todos os tempos do evento. “É um dos maiores rodeios do Rio Grande do Sul. E o sucesso de público mostra que nossa estrutura está adequada”, comemora.

Em 12 dias de rodeio, os

acampamentos garantiram a permanência fixa de quase 3 mil pessoas no parque. Os bailes levaram cerca de 5 mil pessoas ao lonão. Nas provas campeiras foram mais de R$ 200 mil distribuídos para os campeões das diversas modalidades disputadas, como prova de laço, gineteada e dupla de laço.

Esse é o maior valor já registrado em uma edição do evento. Ao todo foram 12 dias de programação.

tura precisou ser feita ainda em 2022. No entanto, tanto Fatima Daudt quanto Marcio Jung projetam a abertura e operacionalização do CIT ainda neste ano.

Confira a lista das empresas confirmadas:

Instituições, start-ups e fundações:

- Unimed

- Killing

- Cigam

- Sicredi

- Sx Negócios

- Mave Tecnologia

- Otmz

- Sebrae

Organizações da Sociedade Civil (OSCs) e entidades sem fins lucrativos:

- IENH

- ACI

- Feevale

- CDL

- Abrameq

- Fundação Liberato

- Eco-inov

- O CIT

Em Ivoti, saem as lâmpadas de sódio e entram as de LED

Ivoti - A iluminação pública de Ivoti foi transformada com a instalação de lâmpadas de LED em toda a cidade. Ao todo, são mais de 3,5 mil lâmpadas que substituíram as lâmpadas de sódio.

A ação da prefeitura tem gerado maior eficiência energética, capacidade de iluminação e economia para o município. A novidade contemplou todos os bairros e quem circula pelas

ruas pôde perceber as mudanças, com trechos mais iluminados e, consequentemente, seguros para motoristas, pedestres e ciclistas.

“Esse era um desejo antigo da administração e que, enfim, conseguimos concretizar. Este modelo garante uma economia importante nas contas públicas, além de melhorar de forma muito significativa a visibilidade das ruas”, ressalta o prefeito Martin Kalkmann.

Câmeras aumentam

segurança

em Morro Reuter

Morro Reuter - Os moradores de Morro Reuter passarão a contar com videomonitoramento e cercamento eletrônico. Ao todo,

são 30 câmeras, sendo 25 fixas, quatro que permitem o reconhecimento de placas de veículos e uma de abrangência de 360 graus.

Foto: Prefeitura de Campo

Bom/Divulgação

Foto: Divulgação

Dois Irmãos promove caminhada pelo bicentenário

Dois Irmãos - Estão abertas as inscrições para a primeira caminhada do ano de Dois Irmãos. A Durch die Strassen der Kolonie [Caminhada Pelos Caminhos da Colônia] será no primeiro final de semana de abril, dias 6 e 7.

Neste ano, a caminhada chega à 21ª edição e vai celebrar os 200 anos da imigração alemã no Brasil, com destaque para o trajeto que vai percorrer inúmeras casas enxaimel, antigos salões de baile e armazéns, em localidades onde vivem pessoas que falam o dialeto alemão Hunsrück.

Serão 50 quilômetros, com saída em Dois Irmãos com destino à localidade de Fazenda Padre Eterno, em Morro Reuter.

Comitê de Escuta das Crianças em Estância Velha

Estância Velha - O Grupo de Trabalho Criança na Cidade, organizado pela prefeitura, criou mais uma ferramenta que irá colaborar na construção de políticas públicas que proporcionem vivências e experiências às crianças. “Nada melhor do que acolher as sugestões daqueles que representam o futuro da nossa cidade”, diz o prefeito Diego Francisco. O Comitê de Escuta das Crianças é uma instância consultiva que busca oportunizar a participação com sugestões e demandas em diferentes segmentos na cidade.

Correção

O crédito das fotos da matéria de capa da edição 8 do Jornal O Vale, intitulada “Turismo de natureza ganha mais força no Vale Germânico”, foi informado de forma errada. Nas fotos de capa e nas páginas 2 e 6, o crédito correto é Luana Zando-

na e Yuri Panichi/Viagens e Hospedagens. Na imagem superior na página 7 o correto é Trip to Follow. Na página 8 as fotos superiores são de Trip to Follow, a foto inferior é de Grace Baldasso e a foto inferior interna de ComeGuria. Pelo erro pedimos desculpas.

Foto: Luana Zandona e Yuri Panichi/Divulgação

São Léo Open histórico com atletas de nível mundial

Competição será realizada no São Leopoldo Tênis Clube de 24 a 31 de março e faz alusão ao Bicentenário da Imigração Alemã no Brasil e em São Leopoldo

Por: Gabriel Stöhr

Um São Léo Open 2024 histórico, recheado de atletas de nível mundial e ainda alusivo ao Bicentenário da Imigração Alemã no Brasil e em São Leopoldo. Será, portanto, imperdível! Sim, será histórico. Essa é a expectativa que cerca organização e amantes do tênis na região com a edição especial do campeonato, entre 24 e 31 de março, no São Leopoldo Tênis Clube.

Nomes como o peruano Juan Pablo Varillas (#110), último campeão do São Léo Open, em 2022, e o argentino Juan Manuel Cerundolo (#160), além dos brasileiros Thiago Monteiro (#113) e Felipe Meligeni (#132), estão confirmados na disputa.

“A lista confirma a expectativa que tínhamos de um torneio muito forte.

São vários, diversos tenistas que já estiveram há pouquíssimo tempo entre os 80, 70 do mundo que estarão em São Leopoldo.

Será uma semana histórica, inesquecível para os amantes do esporte aqui no Rio Grande do Sul”, destaca o diretor do torneio e da Quadra Eventos, José Carlos Ferreira Júnior.

O torneio faz parte do Circuito Banco BRB/Engie de tênis profissional e terá nível ATP Challenger 75 (superior ao 80 da edição anterior) o que atrai competidores de nível mundial. Competições de nível Challenger garantem pontos para os atletas no ATP World Tour, o ranking mundial dos tenistas.

O São Léo Open deve ser um dos principais eventos esportivos do calendário do Bicentenário.

Além da competitividade e pontos para o ranking, o torneio vai distribuir até 82 mil dólares em premiações.

Serviço

O quê: São Léo Open, no São Leopoldo Tênis Clube

Quando: De 24 a 31 de março, com entrada gratuita

O retorno

A edição de 2022, que marcou o retorno da competição, o título do São Léo Open, nas duplas, ficou com os argentinos Guido Andreozzi e Guillermo Duran.

Já o peruano Juan Pablo Varillas foi o grande campeão de simples. Também foi muito celebrada a presença do 11 vezes campeão de Grand Slams, o sueco Björn Borg, que esteve acompanhando o filho, Leo Borg.

Nomes de peso confirmados

Além do campeão do São Léo Open em 2022, o peruano Juan Pablo Varillas (#110), outros nomes de peso do esporte mundial desembarcam em São Leopoldo nos próximos dias. A lista de entrada dos competidores foi confirmada pela ATP no começo de março. A chave principal terá atletas importantes no cenário do tênis e de pelo menos 10 nacionalidades.

E é claro que os brasileiros vão estar na disputa, com Thiago Monteiro (#113), Felipe Meligeni (#132) e Gustavo Heide (#240). Os hermanos também estarão por aqui, representados pelo argentino Juan Manuel Cerundolo (#160), que já alcançou o top 79 do mundo. Outra presença confirmada é a do boliviano Hugo Dellien (#161), que já ocupou a 62ª posição no ranking.

A organização e a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) ainda definirão os convites para a chave principal. José Carlos destaca que o São Léo Open é o maior evento esportivo de São Leopoldo e um dos maiores do Estado.

Juan Pablo Varillas conquistou o título da última edição do São Léo Open

Foto: Giovani

Paim/Divulgação

Reencontro de amigos recheado de glamour, beleza e simpatia

Tive o privilégio de apresentar, nos dias 8, 9 e 10 de março, dois concursos que são organizados por esta pessoa fantástica que por décadas realiza sonhos: Geny Rayo, que faz estes eventos pelo prazer de ajudar as pessoas

a realizarem seus sonhos. Nesta edição, tivemos a escolha do Miss RS Infantil 2024, com 11 candidatas participando em diversas categorias. E ainda a escolha do Beleza Verão 2024, concurso que contou com a participação

de 11 candidatas e dois candidatos em diversas categorias. O brilho nos olhos das candidatas, dos candidatos, dos pais, responsáveis e familiares era visível em todos que participaram durante os três dias de muitos ensaios, shows de talentos, entrevistas com jurados e desfiles de passarela.

Eu costumo dizer que é uma experiência única que estas crianças, adolescentes e adultos levam para a vida. Convívio social, disciplina, postura e respeito são diversos fatores positivos que vivemos juntos nestes concursos, onde a beleza é apenas um detalhe. Parabéns a todos os envolvidos!

Aniversário de 32 anos de Lindolfo Collor

De 22 a 25 de março, apresento a X Feira de Tapetes e Artefatos em Couro, em Lindolfo Collor, que comemora o aniversário do município fundado em 26 de março

de 1992. Na programação estão diversas atrações, como Desfile do Bierwagem e Passeio Ciclístico.

No Ginásio Municipal teremos a Feira da

Indústria e Comércio e, em volta do ginásio, ampla Praça de Alimentação, Parque de Diversões e uma estrutura de lona e palco com shows que irei apresentar.

Apresentarei a Expocace, em Tavares, pela primeira vez

Soberanas da Expocace, em Tavares, no Sul do RS

Terei o privilégio de apresentar toda a programação da 17ª Exposição, Feira do Camarão e da Cebola (Expocace), em Tavares, entre os dias 12 e 17 de março. O maior evento do município localizado no Sul do Estado, distante cerca de 260 quilômetros de Novo Hamburgo, tem na programação apresentações artísticas e culturais, feira comercial, shows nacionais, exposições, seminários, cavalgadas e muito mais. A realização é da prefeitura de Tavares

por meio do Pró-Cultura RS. Entre as atrações que irei apresentar no palco principal estão: Banda Aeroporto, Banda Groove Jane, Banda Toque Legal, Tom e Banda, Banda Super Track, Banda JJSV Julian e Juliano e Só Vanerão, Rock de Galpão, Cia Show 4, Nosso Balanço, Anderson e Matheus, Loubet, Paulinho Mocelin, entre outros. A rainha, Isadora Costa, e suas princesas, Diéssica Soares e Samara Costa, aguardam por você na 17ª Expocace em Tavares.

Foto: Prefeitura de Tavares/Divulgação

Claudio Alves e Geny Rayo

COLUNA DA HERTA

Queriitosss – Não rebarem, as vezes eu troca um pouco os ledras, quer tizer os letras.

Pijama para o Hospital

Sábado! Seis horas da manhã, abrindo a janela do pequeno chalé, que dava de frente à casa da vó Anna - Anna com dois “enes”. O frio do inverno, meio chuvoso, grito um bom dia bem alegre para a vó. Ela com um olhar bem desconfiado, com as marcas do tempo em seu rosto, já não enxergava mais como antes, mas a voz de sua neta nunca esquecia. Devolvendo um bom dia muito generoso!

Bom dia, Herta, minha netinha preferida, vem para cá, vou te fazer um café e depois vamos junto na loja. Preciso comprar algo muito importante e preciso da tua ajuda.

Troquei de roupa, coloquei meu chinelinho, peguei minha sombrinha

e atravessei a rua ao encontro dela. Logo ao chegar na porta, vó Anna manda tirar os chinelos para não sujar seu piso de madeira, que havia passado cera e ilustrado. Tomamos um bom café com leite e seguimos em direção ao centro da cidade pela estrada de chão batido. As duas em uma só sombrinha... e lá vamos nós em busca da compra da vó Anna. Ao chegar em uma das lojas mais tradicionais da cidade - a Loja Fleck! E quem nos recebe com um chimarrão na mão é a dona Leony, uma senhora simpática e sorridente.

Anna sempre bem determinada já se direciona ao local das roupas de dormir. Pediu o pijama mais caro da loja, lindo,

azul com flores coloridas. A gola bem fechadinha, maga longa com detalhes nos punhos. Ao voltarmos para casa, fomos direto ao quarto da vó, ela abre o armário e eu percebo que em seu interior há pelo menos mais dois pijamas!

Então pergunto: “Vó, porque você comprou mais um pijama, se já tens dois no armário?” Ela respira fundo, olha para mim com um olhar belo e realizado e responde: “Um pijama é para o dia de semana e o outro para sábados e domingos.” “E o que a senhora comprou hoje?” “Este vou guardar para quando eu ficar doente e tiver que dormir no hospital!”

Muitos já me perguntaram se ela chegou a usar... A resposta ...

Herta

Agora sou colunista social!

@hertakleinoficial

Um cemitério na natureza

Por: Marina Marques Klein, diretamente de Trier, na Alemanha

Oi, Herta! Hoje eu quero compartilhar contigo uma curiosidade bem diferente. Aqui na Alemanha existem florestas que servem como cemitérios. Porém, esses cemitérios não possuem túmulos ou lápides. As pessoas são cremadas e enterradas aos pés das árvores, e quando olhamos de fora só vemos a majestosa natureza.

As árvores recebem o nome dos falecidos em uma plaquinha de madeira, porque é completamente proibida a utilização de algum material que não seja natural.

Logo na entrada do cemitério, existe um mapa com o número das árvores, e ali você pode encontrar a quem você procura.

Eu acho essa uma ideia linda e muito diferente, uma nova forma de ver e honrar essa passagem da vida.

E vocês, já conheciam?

No último dia 9, domingo, foi dia de visitar a Fest Feira. Na foto, Enio Müller, eu, Pedro Joãozinho Becker e Evandro Knob

Foto:

Fotos: Divulgação

Chegada da Oktoberfest ao Brasil

Se nas zonas coloniais a diversão estava nos Kerbs, os alemães de Porto Alegre introduziram a Oktoberfest no Brasil. A primeira festa ocorreu num domingo, dia 8 de outubro de 1911.

A iniciativa foi do grupo Die Haberer, fundado por Ferdinand Schlatter e mais nove imigrantes, em 1903, para cultuar as tradições bávaras. Eles se uniram a outra sociedade de alemães, a Turnerbund (atual Sogipa), que comprara área para sede campestre no bairro São João.

A administração do novo espaço ficou com o grupo de bávaros, que lá inaugurou uma casa germânica. A Oktoberfest de 1911 foi aberta à população da cidade e de outros locais, com barracas de produtos diversos, exposições e competições. Ela

OUTRAS IDEIAS

A mulher!

Éuma responsabilidade gigantesca escrever sobre a mulher. Qualquer conceito, qualquer adjetivação serão insignificantes em relação a tantas vidas femininas que sofrem, que vencem, que lutam, que superam os obstáculos que a sociedade por séculos machista impõem. Mas, o Dia Internacional da Mulher exige que escrevamos sobre essa luta diária, ainda vista por alguns, como “mimimi”, como algo de menor relevância.

de outubro, é que as mulheres foram autorizadas a ingressar em colégios e estudassem além da escola primária.

1879 (há 145 anos) –Permitido o acesso feminino às faculdades.

1932 (há 92 anos) – A mulher conquistava o direito ao voto.

manteve o estilo da festa de Munique, que completara o centenário um ano antes.

Após o sucesso da edição inaugural, com público estimado de 2 mil pessoas, o evento passou a ser atração na capital gaúcha. Na década de 1940, o grupo Die Haberer foi incorporado à Sogipa como Departamento de Bávaros. Durante a 2ª Guerra Mundial, a Oktoberfest precisou ser interrompida. Uma parada mais longa ocorreu entre 1969 e 1980, quando retornou reformulada. A Oktoberfest é a festa mais importante do calendário da Sogipa, realizada no mesmo local até hoje. Em 2024, celebrará o bicentenário da imigração alemã no Rio Grande do Sul.

Assim sendo, considerando ser muito fácil escrever ou falar discursos que caminhem ao encontro do politicamente correto, com o endeusamento feminino, na defesa muitas vezes hipócrita de suas causas, eu opto pela informação, simples e básica, que aí sim tornase irrefutável na conquista de espaço da mulher. Contra números, não há argumentos. Contra fatos históricos, não há o que contestar.

Vale ressaltar que do ponto de vista histórico, temos Platão com 2.500 anos de história ou Roma com mais de 2.700, ou seja, quanto falamos de evolução histórica, 15, 30, 50 ou 100 anos não representam nada. Feita essa ressalva, reitero a importância do 8 de março, pois as conquistas femininas são recentes e até certo modo incipientes, sendo necessária a afirmação constante, sob pena de possíveis retrocessos.

Alguns números, então:

1827 (há 197 anos) – A partir da Lei Geral, promulgada em 15

1962 (há 62 anos) – Com o Estatuto da Mulher Casada, as mulheres casadas não precisavam mais da autorização dos maridos para trabalhar.

1974 (há 50 anos) – A Lei da Igualdade de Crédito acaba com a exigência de um homem para assinar um contrato quando uma mulher quisesse um empréstimo ou um cartão de crédito, em um banco.

1988 (há 36 anos) – A nova Constituição, mulheres e homens são equiparados em direitos e deveres na legislação brasileira.

Alguns números, algumas datas, alguns referenciais. Indicadores que nos permitem refletir o quão recente são as conquistas e por isso, reitero, sim, a necessidade do 8 de março, para reforça a causa. A causa de mulheres que buscam mais espaço de trabalho, remunerações justas, incrivelmente ainda o combate ao feminicídio e tantas outras desigualdades que elas sofrem.

Não estou no lugar de fala, por isso, nesta coluna, preferi mais informar que opinar.

Elas merecem. Muito!

Rodrigo Giacomet Radialista e Diretor da Rede União FM

Leandro Staudt Jornalista e diretor cívico-cultural da Sogipa

Die Haberer na década de 1920

Festa de 1911 foi aberta à população

Oktoberfest na década de 1910

JOÃO ÁVILA

Orsi consolida trabalho que fez Campo Bom avançar Página 14

CAMILA VEIGA

Killing cresce com nova

aquisição

Página 16

CLAUDIO ALVES

Reencontro de amigos recheado de beleza e simpatia

Página 21

HERTA KLEIN

Pijama para usar no hospital

Página 22

ENTREVISTA

RIO DOS SINOS,

Portão se prepara para o futuro

Prefeito Kiko Hoff destaca investimentos e chama de “assalto” o valor a ser cobrado no pedágio free flow na região

Páginas 12 e 13

Foto: Prefeitura de Portão/Divulgação

TÊNIS

São Léo Open histórico

Competição no São Leopoldo Tênis Clube faz alusão ao Bicentenário da Imigração Alemã no Brasil e em São Leopoldo

Páginas 4, 16 e 20

Foto: