Unifatos 2014 - 6° Edição

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Colecionadores preservam

FOTOS: WILIAN CLAY

brincadeiras e brinquedos antigos

Com a proximidade do Dia das Crianças, em 12 de outubro, é inevitável não pensar em brinquedos e brincadeiras. Hoje, com as novas tecnologias, os instrumentos infantis de entretenimento, assim como as formas de brincar, mudaram. No entanto, algumas pessoas ainda fazem questão de ensinar aos filhos algumas brincadeiras e preservam alguns brinquedos. Em Foz do Iguaçu, Carlos Afonso Santos, 52, e Lurdes Chumacher, 49, colecionam brinquedos antigos e guardam com cuidado objetos que não podiam ter na infância. Cristian Ricardo Pinto, 40, e sua esposa Sandra Gnoatto Pinto, 42, de Laranjeiras do Sul, também são verdadeiros saudosistas quando se trata de brincadeiras e brinquedos antigos.

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Jornal Laboratório elaborado pelo 3º ano do curso de Jornalismo da Univel - ano XIII - edição 63 - outubro de 2014

O casal de Laranjeiras do Sul Cristian e Sandra - faz questão de ensinar as brincadeiras antigas aos filhos: Luan Mateus, 10, e Caue Felipe, 12.


OPINIÃO

Entre artistas e arteiros Mel Blanc

Um diálogo concreto entre idiomas? Uma pacata convenção “partidária” entre comunistas e liberais? Afinal, os governantes a ignoram ou a temem? Indefinível...? Curioso como a arte nos completa. Formas abstratas se tornam representações das capacidades do homem. Mulheres, sua mímica é evidência irrefutável: a arte lhes é intrínseca. Postulados à parte... Só me atrevo a ter certeza que tão refinada expressão humana, traz em si, e em cada obra, uma marca indelével conhecida como talento. Esse, não se mistura à geografia. Não se fixa ao eixo Rio-São Paulo. Desconhece os limites da metrópole e como provamos nessa edição, pode ser provincial. Watusi Carulli nasceu em Cambará, aqui mesmo no Paraná, e começou a pintar reproduzindo Tarsila do Amaral, ou seja, o começo da jovem artista pode ser resumido na frase de Newton “Se eu vi mais longe foi por estar de pé sobre ombros de gigantes”. Antigamente, o acesso à arte era restrito. Hoje, somos agraciados com protagonistas da própria. Antigamente? Pulando de artista para arteiros... Daqui a pouco é Dia das Crianças e celebramos a data com a sugestão de uma reflexão. Qual será a percepção no futuro das crianças de hoje? Já que toda essa parafernália tecnológica não aguça a imaginação e muito menos os movimentos da criançada como os brinquedos de antigamente (lembra das suas pecinhas de Lego? Nem eu, era muito caro...). Na mesma matéria, tem um batepapo com colecionadores de brinquedos antigos. O último a ler é a mulher do padre! Ainda na temática um assunto desagradável, mas que exige discussão. Nossa equipe testou a internet para saber quais os riscos de uma criança ser vítima de pedofilia na rede mundial de computadores. E aí, será que você deixará seu irmãozinho, sobrinho ou filho navegar tranquilamente depois de verificar os exames que nossos repórteres produzirão? Imperdível! Tatuagem é algo que exige muita reflexão, não é mesmo? Fazer uma em homenagem ao seu namorado, por exemplo, impõe muita maturidade, não se esqueça! Você será obrigada a conviver com isso para o resto de sua vida. Voltando a tatuagem, que assim como a circuncisão é praticada há milênios como ritual (mas diferentemente da última, não arranca pedaço) é importante que você releve alguns fatores antes de realizar uma. Conhecer o tatuador é uma delas, visto que esse profissional será responsável pela sua integridade física e moral. Alguma vez você pensou que da mesma agulha podem ser transmitidas tinta e hepatite? Pois bem, fique por dentro do assunto para não acabar virando mais um que só queria ser descolado e acabou rabiscado. Além disso, tem uma reportagem sobre o EaD - saiba que educação a distância não pressupõe distância da educação. E ainda: Doces finos e um filme que recomendamos pensando em você! E naquele outro ali também!

outubro de 2014

O nosso cartão-postal Marcelo Machado

Nem sei há quantos anos eu não passava algumas horas de uma tarde de domingo no principal cartão-postal de minha cidade. É, faz tempo. Talvez eu tenha desfrutado desse ócio, ainda na minha infância, quando uma das maiores atrações era a antiga lanchonete de intenso movimento que havia no local. Desde então, por ali, só mesmo de passagem, quando nem a bela paisagem pode ser apreciada. Pois bem, nesse meio tempo, foram embora os lanches do Frangos e Fritas, os voos de ultraleve, Teatro Barracão... Nunca mais vi os pedalinhos, nem mesmo a densa população de capivaras, tão marcantes na paisagem do Lago Municipal. Mas numa tarde de domingo do mês passado, em que a temperatura beirava os 30 graus, subi as escadarias da igreja em frente ao lago e então presenciei famílias estendendo aqueles panos vermelhos como fossem realizar piqueniques. Debaixo da vasta sombra, atentei-me ao fato de quão bonito, agradável e movimentado é o local. E melhor ainda, é retornar a um local onde há tempos não desfrutava. Tão perto de casa, mas tão longe dos planos. Talvez, o melhor ainda seja receber a alegria contagiante, estampada no rosto dos frequentadores, seja pelo oportuno momento de reunião da família ou dos resultados advindos da prática de exercícios físicos, tudo isso, estimulado pelo florescer das cerejeiras, dos ipês em suas variadas cores, denotando o início de uma estação mais alegre, deixando para trás a preguiça e a reclusão do inverno. Momento de deparar-me com aquela grata surpresa de reencontrar amigos os quais há tempos não via, do contato tão intenso com a natureza e de relembrar segundos da infância. Os pedalinhos, os quais citei e foram embora, hoje evoluíram. Em vez de pedais, é o remo quem dita o passeio sobre a água, acompanhado do desafio de equilibrar-se numa prancha, o chamado SUP (Stand Up Paddle), o que aumenta a quantidade de atividades no refúgio do louco cotidiano da vida moderna e urbana. Tudo isso, aliado à bela visão do horizonte: prédios que surgem atrás da mata, dando charme à Capital do Oeste. No lago de lindas paisagens, no entanto, em outra estação do ano, das densas névoas que compensam o acordar cedo nas manhãs de inverno, nem tudo é belo. Em outra extremidade do parque ecológico me deparei com o descaso da população e os sinais do avanço do homem sobre a natureza: onde era água, agora é terra, denunciando assim o problema corriqueiro do nosso cartão-postal, que avança dia após dia. O assoreamento muda a paisagem, pois reduz o espaço dos peixes e também reflete a falta de cuidados da sociedade. Chega a vez de você, caro leitor, ser questionado. Devemos somente aguardar as providências das autoridades ou tomar consciência de que um simples papel de bala até carro velho, como já foi o caso, tem destinação apropriada, que não é o Lago Municipal. Quem sabe assim, jornalistas não precisem continuar divulgando notícias ruins de um lugar que, a princípio, zele pelo lazer e alegria. Mas, naquele domingo dei alguma sorte, pois apesar de ser um dia de inverno, o local esbanjava um ar de primavera, com o incremento de uma pitada de verão. O mau tempo repentino que se formou no fim da tarde confirmou a chegada da nova estação e adiou para outra oportunidade as minhas remadas sobre a prancha de SUP. Saí de lá, então, embaixo de chuva de verão, com duas promessas: a primeira, de testar meu desempenho na nova modalidade esportiva e a segunda e mais importante, de visitar com mais frequência o nosso cartão-postal.

CRÔNICA

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Expediente Univel (União Educacional de Cascavel) - Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Avenida Tito Muffato, 2317 - Bairro Santa Cruz. CEP: 85.806080 - Cascavel - Paraná. Telefone: (45) 3036-3636. Diretora: Viviane Silva. Unifatos. Jornal laboratório elaborado na disciplina de Técnicas de Reportagem, Entrevista e Pesquisa III do curso de Jornalismo. Coordenadora: Letícia Rosa. Professora orientadora: Wânia Beloni. Acadêmicos (textos, fotos e diagramação): Douglas Trukane dos Santos, Flavia Daniela Duarte dos Santos, Gabriel Ramos Pratti, Heloísa Iara Perardt Pinto, Heloize Lima dos Santos, Janaina Teixeira, Jéssica de Araujo, Jhonathan de Souza D’witt, Kássia Paloma Beltrame Oliveira, Larissa Ludwig, Leandro de Souza, Maicon Roselio dos Santos Camargo, Makelen da Cas Rotta, Marcelo Gartner Machado, Maximiliane Veiga, Rebeca Branco dos Santos, Renan Paulo Bini, Ricardo Pohl, Ricardo Silva de Oliveira, Silmara dos Santos, Thais Padilha Antunes, Walkiria Oliveira Zanatta e Wilian Clay Wachak. Projeto gráfico: Wânia Beloni. Tiragem: 1 mil exemplares. Impressão: Jornal O Paraná. E-mail para contato: unifatos@univel.br


PERFIL

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RENAN BINI

Menino prodígio:

13 anos, 172 palestras

Algacir Santos Junior, palestrante mais jovem do Brasil

O dia 30 de agosto é um dos dias mais tristes da história do Paraná. Nós vivemos em uma democracia, mas o que aconteceu naquele dia não remete à democracia. Os professores estavam reivindicando seus direitos e foram recebidos a cassetetes e à cavalaria, coisa que em uma democracia não poderia ocorrer. Os professores foram tratados como marginais, e o mais triste de tudo é que o governador daquela época também era um professor e esqueceu de seus próprios colegas. Hoje a educação está sucateada. Farei uma pergunta a vocês: sabem o porquê de o governo pagar mal os professores? Porque não tem como pagar pior. Se tivesse como pagar pior, pagaria. Mas se existisse uma lei que obrigasse filhos de políticos estudarem em escolas públicas, certamente a educação pública brasileira seria a melhor do mundo. Nossos governantes esquecem que sem educação não vamos a lugar nenhum.

Renan Bini O discurso remete à “anticomemoração” realizada todos os anos relembrando o fatídico 30 de agosto de 1888, data na qual professores em reinvindicação frente ao Palácio do Iguaçu em Curitiba foram recebidos à cavalaria pela Polícia Militar sob ordens do então governador Alvaro Dias. A declaração poderia passar despercebida a qualquer um que caminhasse pelo calçadão, às 10 da manhã daquela sexta-feira, caso viesse da boca de um militante da APP (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná), mas ganha notoriedade quando é dita por um garoto de apenas 13 anos. Algacir Santos Junior, estudante do nono ano do Colégio Estadual

De onde veio a inspiração para os seus estudos?

Meu pai sempre leu bastante e me incentivou também. A respeito da história do Egito, eu a considero muito curiosa porque a qualquer momento podem haver diversas novas descobertas, então a curiosidade me motivou bastante. Comecei a ler muito sobre a história do Egito a ponto de palestrar e escrever um livro.

Quais foram suas maiores dificuldades para escrever o livro sobre o Egito? O meu livro foi uma novela. Na primeira vez que eu acabei de escrevê-lo o HD queimou. Na segunda vez que eu o concluí, o sistema do meu computador teve um problema e eu perdi tudo novamente. Na terceira, porém, o livro ficou pronto e salvo. Ele será lançado possivelmente nesse mês, dependendo dos prazos da gráfica e da editora. Será a alavanca para os próximos livros que eu pretendo escrever.

O que os leitores podem esperar do seu livro?

Muitos podem pensar que por eu ser criança o livro seja voltado ao público infantil, mas ele é direcionado ao público universitário, que poderá servir como embasamento para pesquisas. Ele basicamente conta a história do Egito Antigo.

Júlia Wanderley, está prestes a lançar seu primeiro livro. Ele já ministrou mais de 170 palestras em todo o país e tem registro no RankBrasil de palestrante mais jovem do Brasil. Sua primeira publicação, sobre a história do Egito, será lançada este mês, e já conta com convite da Universidade Federal de Sófia (na Bulgária!) para escrever um livro sobre a história da Bulgária. O menino prodígio, que sonha cursar Direito e se tornar juiz, impressiona pela Inteligência e pela Criticidade, começou a ler ainda aos dois anos e sua paixão pelo conhecimento o levou a se tornar palestrante aos 8 anos de idade. Em seus discursos fala sobre temas como egito antigo, valorização do professor, bullying, entre outros.

Para você qual é a importância dos professores no Brasil?

O professor é a profissão mais importante do mundo. Se não fosse o professor, não existiriam médicos, engenheiros, arquitetos, advogados... Não existiria nenhuma profissão. Sem professores nós estaríamos na idade da pedra, nenhum país cresceria ou se desenvolveria. Mas, infelizmente, ainda nos dias de hoje, os professores são desvalorizados pelo governo e pela sociedade.

A atual legislação restringe a autoridade do professor em sala de aula?

A nossa constituição em algumas partes é uma vergonha. A Lei da Palmada, por exemplo, basicamente tira o direito dos pais de educar seus filhos. Não defendo que o pai deva espancar o filho, mas ele deve ter papel de autoridade e o estado está tirando isso dele. O mesmo ocorre nas salas de aula. Hoje, se um professor, por exemplo, é agredido fisicamente ou verbalmente e resolve responder qualquer coisa, pode ser até processado. Uma nova legislação deve ser feita o quanto antes e algumas coisas devem ser resolvidas. Muitas das leis criadas junto à Legislação não se aplicam mais. A maioridade penal, por exemplo,

deve ser antecipada para os 16 anos, pelo fato de que com essa idade o adolescente já tem consciência de seus delitos.

Quais serão os maiores desafios da próxima gestão presidencial na área de educação? A educação atualmente está sucateada. Muitas escolas estão em péssimas condições e necessitam de investimentos urgentes. Se investirem em educação, muitos dos problemas enfrentados agora irão desaparecer. As pessoas com acesso à cultura não saem por aí roubando ou matando... Se houver mais investimentos em educação o país irá crescer e os índices de criminalidade irão diminuir. Uma criança com livros na mão hoje, será um adulto a menos com armas na mão no futuro.

O que você diz para quem tem o sonho parecido com o seu?

Serão muitos os desafios. Porém são as pessoas que pensam “diferente” que conseguirão mudar o Brasil, nosso estado, nossa cidade e o mundo. Mas apesar dos desafios, nunca desista! A desistência não levará a lugar nenhum. Já a persistência lhe proporcionará diversas recompensas no futuro: tanto à sociedade quanto a si mesmo.


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SAÚDE

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A luz depois dos 40 O número de mulheres engravidando tardiamente vem aumentando no Brasil e nem todas estavam esperando uma criança nesse momento

Curiosidade

SILMARA SANTOS

SILMARA SANTOS

Janaina Teixeira

Uma indiana chamada Omkari Panwar é considerada hoje a mãe mais velha do mundo. Em 2003, aos 70 anos, ela deu à luz um casal de gêmeos. O procedimento foi realizado por meio da medicina reprodutiva.

Ciclos irregulares, ganho de peso, cólica, mamas doloridas e inchadas, inchaço abdominal, cansaço fácil, enjoos e vômitos, tontura, sono e aversão a cheiros fortes. Esses são os sintomas que uma mulher depois dos 40 anos de idade pode apresentar quando está entrando na menopausa. Mas e quando a mulher, ao ir ao médico, escuta: “Parabéns, mas tome cuidado!”?. Isso mesmo. Esses também podem ser os sintomas de uma gravidez. Maria Rosa Lemos da Silva é mãe de três meninos e uma menina e é um exemplo de mulher que teve seu último filho aos 41 anos. Ela estava fazendo o uso de medicamentos devido uma gripe e passado um tempo começou a sentir algo diferente. Pensando que estava na menopausa, procurou um médico e ao se consultar descobriu que estava grávida de dois meses. “Eu estava tomando remédio, nunca poderia imaginar. Foi um susto para mim e para meus filhos, pois estava no segundo casamento e já tinha três filhos adultos”. Segundos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), entre 2003 e 2012, o número de mulheres grávidas entre 40 e 44 anos passou de 53.016 para 62.371 e esse número vem crescendo a cada dia pelo fato de muitas estarem realizando a fertilização in vitro, também conhecida como bebê de proveta, além de outras mulheres estarem engravidando devido a falta de informação e por não se prevenirem durante a relação sexual. Uma gravidez tardia tem seus riscos, pois o corpo já passou por mudanças. É comum a mulher desenvolver durante uma gestação tardia diabete gestacional e hipertensão, o que, na hora do parto, pode trazer alguns transtornos. Maria comenta que o seu médico deixou bem claro que a gravidez seria de risco e que ela deveria tomar alguns cuidados. Além disso, a falta de apoio da família foi o que piorou a situação, pois ela conta que passou os nove meses sofrendo pressão tanto por parte dos filhos como do próprio médico que a interrogou várias vezes sobre o porquê de ela não ter “se cuidado”. “Com meus filhos foi terrível, principalmente com a menina, pois ela não aceitava e para mim foi um choque muito grande. Minha filha falava que se fosse menina ela sairia de casa. Foi uma situação terrível”. A gestação de Maria ocorreu bem, mas ela conta que o seu psicológico estava muito abalado tanto que passou os nove meses chorando. Apesar dos pesares, em 20 de outubro de 2009 nasceu o Guilherme, um menino sadio e perfeito. Por ter passando um momento muito difícil, ela foi acompanhada por uma psicóloga. “Hoje, penso que poderia ter sido melhor. Com todos os estresses que passei durante a gravidez, logo depois meu útero dobrou de tamanho, tive um cisto e uma hérnia. Não consegui dar a atenção necessária ao meu filho”, lamenta. Muitos médicos não recomendam que as mulheres tenham filhos após os 40 anos de idade, pois a gravidez tardia coloca em risco a mãe e o bebê, que pode nascer com alguma deficiência. Muitas mulheres que descobrem que estão grávidas nessa idade não aceitam e têm medo da família. Luci Eliza da Rosa, teve uma filha aos 40 anos e no começo não aceitava. “No início, é complicado entender, mas depois você observa que foi algo maravilhoso”. Apesar dos riscos, a gravidez tardia pode ser tranquila, como foi a de Luci, pois tudo depende do corpo da pessoa. A mulher pode ter o filho com parto normal ou cesárea, mas o pré-natal é mais exigente. O médico pede que a mãe siga criteriosamente as recomendações dele, pois assim como uma adolescente de 14 anos, que seu corpo não está totalmente desenvolvido, os riscos de aborto espontâneo são grandes. Uma mulher pode engravidar em qualquer idade, mas pesquisadores apontam que o período dos 20 aos 29 anos é o melhor momento. Segundo ginecologistas, nesse período há 22% de chance de engravidar, caso o parceiro seja saudável. Já a gravidez tardia, que ocorre depois dos 35 anos é um fenômeno mundial, e um caso muito raro, pois a probabilidade de uma mulher engravidar neste período é de 8%.


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CULTURA

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DENISE GLUZEZAK

Maicon Roselio

Arte: a alegria de pintar Rosto de menina, experiência de profissional. A pintora cascavelense já possui em seu currículo mais de 150 quadros vendidos “A paixão pela arte não surgiu dentro de casa, pois ninguém na minha família tinha o hábito de apreciar artes”.

Um passo aqui outro ali, uma pincelada aqui outra ali. Pode ser ouvindo música, no silêncio da noite, depois de uma caminhada, ou simplesmente reunir tudo isso e fazer de todos esses ingredientes uma mistura de sentimentos e representá-los em pinceladas. Talvez não se note as emoções que estão representadas nos delicados traços de um quadro, mas sabe-se que por trás de toda obra existe um grande artista, como Watusi Carulli. Ela tem 30 anos e pinta desde os 15. Nasceu em Cambará, no Paraná, e é formada em Enfermagem e especialista em Saúde do Trabalho, mas se dedica a fazer reproduções de fotografias, ou melhor, eterniza momentos especiais. “Trabalho mais com encomendas que é uma das coisas que mais gosto de fazer. Tenho pedidos de reprodução de fotografias de família, casal, crianças, animal de estimação, enfim, acabo me limitando a esse tipo de trabalho”, começa. Já foram mais de 150 quadros vendidos e várias exposições realizadas, mas, quem – que como eu – imaginou que ela vem de uma família recheada de pintores, se enganou. “A paixão pela arte não surgiu dentro de casa, pois ninguém na minha família tinha o hábito de apreciar artes”, conta Watusi, lembrando que as obras de Tarsila do Amaral foram inspirações, a semente da tinta que brotou em suas veias. “Quando tinha 15 anos era apaixonada pela pintura Abaporu, de Tarsila, e então comprei uma tela, pincel, tinta e falei: ‘vou reproduzi-la’, depois disso, nunca mais parei”, lembra. Cores vibrantes, traços marcantes, mas nenhum detalhe específico identifica uma obra de Watusi. “Só não faço realismo, o resto você encontrará nos meus quadros”, ri a artista que mescla quadros de pessoas famosas com os encantos de uma fotografia de família. Nos últimos dois anos já foram mais de seis exposições realizadas e no começo de setembro deste ano Watusi fechou parceria com duas galerias de arte e mais duas lojas de decoração no estado de São Paulo. Hoje, ela se dedica às encomendas, mas se destacou em Cascavel ao pintar fotografias pessoais e artistas como: Frida Kahlo, Amy Winehouse, Elvis Presley, Raul Seixas, entre os mais de 100 quadros, sendo que a maioria já foi vendida. “Só não foram vendidos os primeiros quadros que fiz, não sei o porquê”, brinca a pintora. Os anos de experiência e a paixão pela arte não são suficientes para ter o reconhecimento necessário. “O que vejo bastante é o próprio artista criar projetos independentes sem incentivo dos órgãos públicos, porque se ele não fizer isso, não tem como divulgar a sua arte e mostrar o seu trabalho”, indigna-se e continua: “em um futuro bem próximo vou me dedicar apenas à arte. Hoje, infelizmente, ainda não é possível”, lamenta. As batalhas pelo reconhecimento são enfrentadas dia após dia, mas o amor pelos quadros é maior do que as dificuldades e Watusi não deixa o pincel cair jamais. “A arte é uma alegria para mim, me tira e me leva a lugares fantásticos”, reflete. E como diria Steve Jobs: “a única maneira de realizar um grande trabalho é amar o que você faz”.


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EDUCAÇÃO

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EaD: tecnologia e educação

unidas para oferecer conhecimento Makelen Rotta

A EaD (Educação a Distância) não é uma modalidade nova no meio educacional, mas ainda é pouco conhecida ou encarada com preconceito por muitas pessoas, que normalmente não optam por esta possibilidade quando se trata de escolher um curso de graduação, pós-graduação, preparatórios e etc. O fato é que com o avanço da tecnologia e as mudanças na rotina da sociedade, que fica cada vez com menos tempo, a EaD é um bom recurso para quem realmente quer se capacitar. Ao contrário do que muitos pensam, a EaD não é algo para quem não gosta de estudar ou para quem precisa adquirir um diploma “fácil’. Conforme diz o gestor do Núcleo de Educação a Distância (Nead), da Univel, Valter Monteiro, os alunos desta modalidade costumam ser muito mais organizados e responsáveis. “O aluno possui uma meta de leituras e atividades que deve realizar e o aprendizado depende muito mais dele do que de qualquer outra pessoa”, explica. Com isso, muitos questionamentos surgem a respeito desta forma de ensinar e aprender. Como vou tirar minhas dúvidas? Como vou aprender sozinho? Como o conteúdo será explicado? Por isso, alguns paradigmas parecem não ser mudados ao longo do tempo. O gestor Valter explica que para uma dúvida ser sanada o prazo é de 48 horas. Para que isto ocorra, no caso da Univel, um profissional do Nead, o tutor, fica à disposição para esclarecer estes possíveis impasses durante o estudo do aluno. Ele esclarece também como são preparados os conteúdos. “Os livros são diferenciados, pois são feitos de uma forma mais dialogada, em que o aluno possa aprender sozinho, possa ser autodidata. Além de elementos que facilitam o aprendizado, como imagens, ilustrações, vídeos, que deixam o conteúdo interativo”. O AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem), da Univel, é onde estão disponibilizados os materiais de estudo que incluem videoaulas,

fóruns e chats e é o que prova como a tecnologia pode ser uma grande aliada na educação, pois o aluno pode estar em qualquer lugar acessando e estudando. O aluno de Tecnologia em Logística, Willyan Zanelatto, que realiza o curso a distância, confirma esta facilidade. “As vantagens desta modalidade é que posso assistir às aulas em casa, no horário que puder. Posso adiantar conteúdo, assistir quantas vezes quiser as aulas e ter professores sempre disponíveis para tirar as dúvidas”. Willyan conta também que já começou um curso presencial e depois optou pela EaD pelo melhor preço e comodidade e diz preferir esta forma de ensino. Para a coordenadora do programa de EaD da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), especializada em Cibercultura e Educação, professora Beatriz Helena Dal Molin, a educação a distância possui muitas vantagens. “A primeira delas é o poder de democratizar o conhecimento, de açambarcar uma parcela da população que sem a EaD não teria acesso à educação formal”, destaca. Sobre a EaD vir a se tornar a principal forma de educação, Beatriz diz que uma modalidade não deverá invalidar a outra. “Onde o presencial pode acontecer, que aconteça e onde a EaD se fizer necessária, que assim seja. O futuro será uma escola sem paredes e a tendência é que a modalidade se aprimore ainda mais”. Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), em 2011, a maioria das instituições entrevistadas informou que produziram e implantaram, de 1 a 5 cursos, e grande parte foi de disciplinas teóricas em EaD. A inserção da EaD nos cursos presenciais, com matérias teóricas, pode auxiliar nesta mudança de visão sobre a educação a distância, levando ao aumento da procura. Em 2012, ainda segundo a Abed, o total de cursos ofertados pelas instituições foi 9.376, sendo que 1.856 são cursos autorizados/ reconhecidos e 7.520 são cursos livres. Além disso, foram indicadas 6.500 disciplinas na modalidade EaD, dos cursos presenciais. Em relação a 2011, o ano de 2012 teve um aumento de 52,5% das matrículas na modalidade EaD.

HELOÍSA PERARDT

“O futuro será uma escola sem paredes e a tendência é que a modalidade se aprimore ainda mais”, Beatriz Dal Molin.

Educação a distância é uma tendência que vem crescendo nas instituições de ensino

“Posso adiantar conteúdo, assistir as aulas quantas vezes quiser e ter professores sempre disponíveis para tirar as dúvidas”, Willyan Zanelatto, aluno EAD.


EDUCAÇÃO

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O que pensam sobre EaD ?

Desafios

, de transmitir rma de educação fo er qu al qu dades e na EaD Como em entos, há dificul im ec nh co r iri qu minho ançada é um ca informações e ad av ia og ol cn te A própria is é preciso não é diferente. ação básica, po uc ed na a nd ai possuem inicia professores que dificultoso, que os so is m co e der”, ou com ela, forma “reapren a rt aprender a lidar ce de e qu r desta. ia estão tendo cnologia em favo uma metodolog te a ar us e ia izada, metodolog la está desatual co es seja, adaptar a a , iz tr ea essora B mundo, Segundo a prof mesmo ritmo do o m te o nã s laboratório icho de sete a internet e os nda seja um “b ai ia og ol cn te a e ofer tando á 14 anos sigo o que faz com qu “H s. re so es of muitos pr cia do uso cabeças” para am a importân nd te en es nt ce e do la. Sinto que, cursos para qu das salas de au no ia tid co no r compreensão da tecnologia havendo melho tá es , te en am nt ratização do embora muito le odução e democ pr a ra pa a ci ân desta import declara. dificuldades conhecimento”, ca as principais lo co r lte Va or barreiras, pois O gest ro em quebrar ei rim “P : D Ea la em-se enfrentadas pe presencial sent a em st si do is ssiona hoje com a os próprios profi rder algo, mas pe em ss fo se o m de aprender”. ameaçados, co ar novos meios sc bu de po o sozinh internet o aluno

“Acho que a educação a distância não é a melhor escolha. Na minha opinião, a pessoa não se empenha tanto para estudar”, Patrícia Tasca, 22, gestora financeira.

“Educação a distância é algo para pessoas organizadas e disciplinadas. Nem todas podem se submeter a esta nova tecnologia/ metodologia de ensino”, Jhonatan Duarte, 23, pesquisador.

“Acho que a educação a distância é válida em alguns casos, como em cursos que têm em sua grade curricular disciplinas teóricas, as quais o aluno pode estudar sozinho e conseguir formar um conhecimento significativo. Por outro lado, o excesso dessa modalidade tem formado muitos profissionais, mas em parte não qualificados para o exercício da profissão”, Cristian Braga, 23, técnico administrativo.

“Acredito muito no método de ensino a distância. Acho que foi uma grande ideia principalmente para aqueles que não têm todo tempo disponível para ter presença em uma faculdade ou que possuem certa dificuldade de locomoção. Super aprovo!”, Debora Campelo, 36, programadora Java. “Eu acho que a educação a distância é uma ótima opção para quem tem responsabilidade, porque o esforço para aprender depende muito mais de você. Não é como sentar todo dia em uma sala de aula e ouvir o que os professores têm a dizer. É uma ótima oportunidade para quem não tem a disponibilidade de ir até uma faculdade todos os dias, muitas vezes porque tem filhos ou trabalha em um horário não compatível”, Daniella Barth, 21, analista de marketing.


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ESPECIAL

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Brinquedos e brincadeiras p Wilian Clay

Novas gerações conhecem brincadeiras e brinquedos que fizeram parte da infância de pais e avós

Era digital, brinquedos que brincam sozinhos, brincadeiras de roda, as quais "a roda cutia, de noite de dia", estão deixando de existir. Hoje, muitas brincadeiras restam apenas na lembrança de muitas pessoas das gerações anteriores. No entanto, algumas formas de brincar são repassadas de pais para filhos, assim como alguns brinquedos, preservados pelo saudosismo, o qual motiva colecionadores que os guardam com todo o carinho. Em Foz do Iguaçu, Carlos Afonso Santos, 52, e Lurdes Chumacher, 49, colecionam brinquedos antigos e guardam com cuidado objetos que não podiam ter na infância, devido às condições financeiras, tais como bicicletas infantis que antecedem a década de 1980. Porém, além das bicicletas, o casal conserva também carros, rádios, TVs, radiolas, livros, discos, entre outras peças que completam a vontade de tê-los no passado. A busca por brinquedos antigos, porém, começou há uns quatro anos, bem depois da coleção dos outros objetos. O objetivo de Carlos é completar a coletânea com brinquedos de cada modelo/ano da linha Genovese e Bandeirante. A coleção começou com a bicicleta Monareta aro 20, a qual foi adquirida com muita dificuldade pela família de Carlos, quando este tinha 10 anos. "O gosto pelas coisas antigas vem com o tempo, quando você acaba entrando em contato com grupos que têm a mesma identidade”, esclarece o colecionador, enfatizando: “Um povo sem cultura e sem passado é um povo sem identidade". A seleção de brinquedos da linha Genovese e Bandeirante de Carlos já passa de 18 unidades de cada modelo. Quando questionado sobre qual brinquedo ele prefere

da coleção, este responde no ato: "a bicicleta Monareta", lembrando que esta demorou dois anos para ser restaurada. Lurdes, em sua infância, sonhava em ter um jipe de brinquedo. Hoje, ela se sente realizada por ter conseguido resgatar um. No entanto, ela diz que seu brinquedo predileto da coleção é uma bicicleta Phillips aro 18. A dificuldade financeira e a falta de acesso a brinquedos, porém, motivavam a criação. O casal, assim como muitas pessoas, viveu em uma época em que os brinquedos eram feitos com base na criatividade das crianças. Assim, latinhas de sardinha ou de cera viravam carrinhos. Espigas de milho se transformavam em bonecas. “Vivemos em uma era diferenciada, na qual a criança já nasce com o dedo na tecla. Influenciar essa nova geração é muito difícil. Poucos têm interesse por brinquedos e brincadeiras antigas”, observa Carlos. Cristian Ricardo Pinto, 40, e sua esposa Sandra Gnoatto Pinto, 42, de Laranjeiras do Sul, concordam com o casal de Foz do Iguaçu. Cristian conta que o “peão”, por exemplo, em sua época, já era industrializado e lembra que sua avó comentava que na época dela os brinquedos eram confeccionados em casa, “construídos com latas de óleo, carretel de fio e palha de milho”. Cristian e Sandra também são verdadeiros saudosistas quando se trata de brincadeiras e brinquedos antigos. Para ele, hoje, as crianças são muito sedentárias, pois os pais levam sempre os filhos de carro para aonde eles precisam ir e as crianças acabam também fazendo contato por meio das tecnologias. “Quando eu era criança, andava de bicicleta quadras e quadras. Era uma coisa saudável e

Colecionadores guardam brinquedos antigos com todo carinho


ESPECIAL

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preservados por gente grande gostosa", revelou Cristian, lembrando que não são apenas Ipods, Iphones e Xboxs que trazem alegria, mas também brinquedos, brincadeiras e eventos simples. “A cada 15 dias uma nova brincadeira fazia parte da rotina das crianças. A febre dos ioiôs, das pandorgas (pipas), jogos de peteca, peões, estilingues, entre outras, eram fases que hoje não se vê devido à globalização”. A paixão de Cristian pelas brincadeiras antigas começou com um trabalho voluntário na escolinha de futebol de sua cidade, com o objetivo de desenvolver atividades que contribuíssem para desenvolvimento motor e raciocínio das crianças. “Além disso, o intuito era fazer com que seus filhos e coleguinhas saíssem um pouco da frente das telas”, relatou Cristian. Assim, brincadeiras como pega-pega, esconde-esconde, queimada, bolinhas de gude e carrinho de rolimã, despertaram o interesse e o gosto da criançada em conhecer algo diferente. O casal de Laranjeiras do Sul faz questão de ensinar as brincadeiras antigas aos filhos: Luan Mateus, 10, e Caue Felipe, 12. Os irmãos lembram-se do dia em que o pai os auxiliou na construção dos estilingues, mas com a seguinte orientação: "É apenas para brincar de tiro ao alvo. Pássaros são para viver e para apreciar", revelam. Luan Mateus conta que prefere os brinquedos e brincadeiras antigas e guarda com cuidado os objetos e moedas antigas do pai. “O brinquedo que mais gosto é a bolinha de gude”, garante. Já Caue Felipe prefere o carrinho de rolimã, o qual foi construído com o envolvimento de toda família. “Meu sonho é, ainda, construir uma bicicleta a motor”.

“Um povo sem cultura e sem passado é um povo sem identidade", Carlos.

Em meio aos brinquedos, Carlos e Lurdes voltam a ser crianças CLAY FOTOS: WILIAN

Cristian Ricardo ensina os filhos Caue e Luan a soltar o peão da década de 70


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CIÊNCIA/TECNOLOGIA

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Internet facilita FOTOS: DIVULGAÇÃO

ação de pedófilos

Homens adultos marcam encontro com adolescente sem nenhuma preocupação

Larissa Ludwig

Denúncia

Os pais que descobrirem que seus filhos estão tendo uma conversa comprometedora em sites assim podem registrar BO [Boletim de Ocorrência] na delegacia ou ligar para o disk 100.

É importante lembrar que campanhas contra a pedofilia são amplamente divulgadas pelo Brasil e pelo mundo, e pelo visto não tem ajudado a coibir este tipo de crime, visto que a facilidade para se marcar encontro com menores é enorme.

Lan Houses devem cadastrar usuários Para combater este tipo de crime pela internet os órgãos de fiscalização enfrentam um grande problema, a dificuldade na identificação dos criminosos, já que muitos utilizam computadores de Lan Houses. Segundo o policial civil, André Rocha, todas as Lan Houses devem realizar um cadastro dos usuários, além de terem câmeras de videomonitoramento. “É uma determinação que todos os clientes desses locais façam um cadastro que contenha todos os dados, para que seja possível identificar quem usou aquele computador em determina hora, já que hoje é possível identificar de que local a mensagem foi enviada com o endereço de IP [Internet Protocol – Protocolo de Internet] do computador”, explica André.

POLÍCIA CIVIL

Com o nickname “Manu 13 anos”, eu, repórter, que tenho na realidade mais de 18 anos, me passei por uma adolescente inocente. Várias pessoas vieram falar comigo, mas duas chamaram a atenção, o “Alex” e o “Marido quer”, o primeiro com 28 anos, e o segundo com 39. Ambos se interessaram em sair com a suposta adolescente. Alex foi direto, logo pediu se podia marcar um encontro com Manu, por meio das seguintes frases: “Gostaria de conhecer você pessoalmente lindinha”; “Posso?”; “Pessoalmente?”. Esse, inclusive, passou o celular para continuar a conversa fora do bate-papo. Já o “Marido quer”, enrolou para demonstrar o que realmente queria, iniciou a conversa da seguinte maneira: “Tem mesmo 13 anos?”; “Que tipo de conversa você quer aqui”? “O que eu quero não pode ser com você, muito novinha”. Porém, após descobrir que a adolescente topava suas propostas, logo tratou de marcar um encontro. “Posso vê-la hoje à tarde?”; “Tem algum lugar que posso passar para te ver?”. É importante lembrar que os dois estavam cientes da idade de Manu, 13 anos.

Divulgação

Devemos muito a ela. A praticidade de se fazer compras sem sair de casa. A facilidade de pagar boletos, contas de cartão de crédito sem ter que enfrentar a fila de um banco. A comodidade de se fazer qualquer pesquisa com apenas um clique no mouse, além, é claro, da simplicidade e economia em manter uma relação ou conversa com pessoas distantes. Com o passar dos anos, a internet tem trazido cada vez mais benefícios à humanidade. A cada dia que passa, uma nova tecnologia é criada para facilitar a vida de todos. Porém é preciso ficar atento quando o assunto é interação com outras pessoas por meio das redes sociais, principalmente quando essa interação é feita com pessoas desconhecidas. Por meio de um simples bate-papo, no qual não se tem regra nenhuma para entrar, uma criança ou adolescente podem ser aliciados por pessoas adultas, por pedófilos. A reportagem do Unifatos entrou em um bate-papo com a intenção de mostrar para você, leitor, a facilidade que esses criminosos têm em achar suas vítimas.


CIDADANIA 11

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Natureza: esqueceram de mim Rebeca Branco

O assunto é velho assim como a atitude dos “destruidores”. Falar sobre natureza, sobre esses papos “Green Peace”, parece sempre algo monótono e sem conclusões. Ainda há quem pense que discutir sobre isso é inválido, pois o crescimento social acontece e não podemos pará-lo, afinal, com a economia melhorando, as coisas melhoram para a maioria. Há quem acredite que a natureza está aí para ser explorada e que aqueles que querem defender a preservação são desocupados, os quais vivem curtindo a natureza, deixando trabalho de lado ou qualquer outro compromisso com o mundo capitalista. Ok! Se você já pensou em algo assim, leu ou ainda percebeu o descaso de muitos, sabe do que estou falando, definitivamente jovens não se interessam pela natureza. Opa, engana-se quem pensa que todo mundo é assim! Felizmente a realidade citada acima tem sido combatida, pois jovens têm cobrado preservação por parte dos cidadãos e principalmente responsabilidade dos poderes públicos em relação ao crescimento sustentável. Uffa... Sabendo disso, posso finalmente dizer a frase indispensável em escritos sobre sustentabilidade: “Eu quero que meus filhos tenham um mundo para viver!”. Graças aos defensores naturebas, terão. É imprescindível que a juventude perceba a força que tem e continue lutando na construção de um mundo melhor. Movimentos sociais mesmo que tímidos, tomam as ruas a favor de direitos humanos e ainda da natureza. No entanto, não na proporção necessária, tendo em vista que quanto mais se pede por preservação, mais aumenta a industrialização, tornando o mundo uma selva de arranha céu. Culpa dos despreocupados com a natureza. Mas de nada adianta apontar que nada fazemos, sabendo que o que vale mesmo é citar o que tem sido feito e assim visar novas realizações socioambientais. Para entendimento, é preciso desmistificar os grupos que lutam por proteção ao meio ambiente. Com um pouco de história, conto que as primeiras discussões sobre sustentabilidade começaram realmente após o fim das grandes guerras mundiais quando foi percebido que a falta de ações ambientalistas já tinha causado imenso estrago no mundo. Estavam certos. Com isso deu-se inícios aos grupos de estudo sobre formas de desenvolvimento sustentável e movimentos sociais. Obviamente e felizmente isso chegou a Cascavel e tem se tornado uma forma de proteção às nossas terras. Exemplo disso foi a mobilização social para proibição de extração de gás de xisto pelo método de Fracking (conforme explicado no próximo texto). Mais de 300 pessoas compareceram a Câmara Municipal de Cascavel para uma

audiência pública que permitiria ou não a utilização do método para extração do gás encontrado em nossa região. A ação de divulgação da audiência e convite para participação foi promovida pelo grupo Coletivo Cascavel Livre do Fracking em parceria com alunos e professores de escolas públicas e privadas e ainda representantes de várias entidades sociais da região. Ao final, o número de participantes surpreendeu aos próprios organizadores da mobilização. “Não esperávamos público, achávamos que iriam pouquíssimas pessoas. No entanto, fomos surpreendidos pela quantidade de participantes”, ressaltou Elaine Wildges, integrante do grupo Coletivo Cascavel Livre do Fracking. E os poderes públicos, na ocasião pressionados pelos ambientalistas a não permitir o Fracking elogiaram a participação do público. “O sonho de quem faz política com seriedade é ver a participação do público de forma unida e efetiva em todas as discussões sociais como foi na audiência contra o Fracking. Sinceramente eu nunca vi no Legislativo uma participação tão intensa do público como foi”, disse Marcio Pacheco, presidente da Câmara Municipal de Cascavel. Comprovando a eficácia da voz da população, o Fracking foi proibido em Cascavel, graças à participação do público. Essas participações fazem total diferença na construção de uma sociedade sustentável, e as ações dos ambientalistas não se acomodam a uma vitória. “Não vamos parar, precisamos de pessoas que se preocupem com isso sempre. Precisamos da força jovem atuante nesses assuntos”, observa Elaine. “O jovem é muito relapso a esses assuntos, se preocupa com futilidades e esquece de questões simples como reciclagem”, exclama Patricia Santos, 24, formada em Gestão Ambiental. De acordo com informações do grupo Coletiva Cascavel contra o Fracking, a escassez de participação pública é uma problemática. “O simples fato de o jovem ler mais seria algo que já ajudaria, pois quanto mais informado ele fica, mais propício ele estará para agir conscientemente, seguindo um ciclo que deveria ser natural”, completa Elaine. Por isso a importância de participação pública, fortalecendo as estruturas intelectuais e efetivando ações planejadas nos grupos de proteção ao meio ambiente. Discursar sobre sustentabilidade se torna um desafio quando se vive em uma sociedade que não se preocupa com o assunto. Para colaborar, não é preciso saber todas as crenças do Green Peace ou ainda largar os afazeres deste mundo capitalista. É necessário apenas compreender que o social depende de sua mobilização. Conforme descrito constitucionalmente: “A proteção à natureza é aproveitável a todos e a degradação da mesma prejudicial na mesma proporção”.

Fracking

GABRIEL PRATTI

Saia da discussão em ar condicionado e sinta o ar de uma natureza em falecimento progressivo

O que é? Técnica utilizada para aumentar a extração de gás e petróleo do subsolo, criando fraturas no solo. Como é feito? Água é misturada com produtos químicos e areia. Tudo é bombeado em alta pressão sob o solo criando assim fraturas nas rochas que contém xisto. O que acontece? As fraturas criadas nas rochas unem-se com o gás existente no solo, sendo assim contido entre as rochas e liberado para ser bombeado

para fora da terra. E para que é preciso tanto gás? Os gases naturais são fonte de energia, liberam menos poluentes que a madeira e o petróleo (também fontes de energia), além de compensar mais economicamente, tendo em vista que as usinas de gás podem compensar eventualidades do tempo que ocasionam quedas de produção da energia solar ou eólica. O principal argumento daqueles que são a favor do

Fracking é a possibilidade de crescimento econômico e consequentemente melhoria social. Já os argumentos daqueles que são contra a prática, é que os impactos ambientais causados são prejudiciais à população causando riscos até a vida dos moradores da região onde o Fracking é realizado, pois os químicos injetados no solo, fundem-se com a água que é servida à população.


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VARIEDADES

Arte no corpo: expressão e personalidade Flávia Duarte

A arte é uma manifestação de caráter estético que surgiu pela necessidade humana de expressar sentimentos e reações. Ela surgiu ainda no tempo das cavernas, com as pinturas nas paredes, conhecidas como rupestres. No entanto, a arte abordada neste texto se refere a um tipo de expressão artística que surgiu no Egito, a qual surgiu com o intuito de cultuar a fertilidade e que era feita pelas mulheres, na região do abdômen. Apesar de ser uma arte milenária, a tatuagem, atualmente, em pleno século XXI, é uma forma de expressar modernidade. O foco, hoje, segundo o artista tatuador Marcelo Bueno, é outro: “As pessoas querem saber o que está na moda, o que passa na TV, nos comerciais. É esse o desejo da grande parte das pessoas que fazem tatuagens”, conta. Stéfany Ramos, estudante de Artes Plásticas da UNB (Universidade de Brasília), diz que a tatuagem é uma arte e também uma expressão do ser humano. “Digamos que o corpo é a tela e a tatuagem a tinta”, conta Stéfany, que tem uma caveira na perna com uma vela acesa. Ela diz ainda sobre o preconceito que muitas pessoas tatuadas enfrentam: “Eu amo essa arte, apesar de não ser aceita em muitos lugares. A tatuagem quebra barreiras de discriminação e preconceito. Ela é uma forma de demonstrar até mesmo seu caráter”, defende, lembrando, ainda, que a tatuagem, apesar de ser algo comum nos

dias de hoje, existe há séculos. “Com o tempo ela evoluiu, mas a sua essência permanece a mesma, ou seja, ela não é contemporânea”, destaca. Bueno lembra o quão gratificante é tatuar, pois é quase impossível cair na temível rotina: “Conheço todos os dias pessoas com muitas histórias, boas e ruins. É ótimo trabalhar com tatuagem. A cada semana tem uma novidade ou algo diferente”. Há pessoas que tatuam o corpo com algo que lhes dê um significado, ou com a intenção de marcar algum momento da vida. É o caso da acadêmica da Univel, Deisy Mayer, 20, que fez quatro tatuagens, “A primeira tatuagem que fiz foi uma pena que representa elevação de espírito. A segunda, uma chave da sociedade alternativa, por ser fã do Raul Seixas, a qual significa que ela abre a porta para a alegria de viver, para a construção de um mundo melhor, ou seja, é a chave da vida. A terceira significa crer em proteção e existência de um ser superior e a minha quarta tatuagem foi um presente de um grande amigo”, lembra a garota. A estudante da FAG (Faculdade Assis Gurgacz), Iolanda Quadros, 22, marcou no braço um diamante. “Foi um presente de uma amiga de infância e significa personalidade rara e preciosa”. Por ser menor quando fez ela conta que os pais não aceitaram muito. “No começo eles acharam meio estranho, mas como era pequena e não podia mais apagar acabaram aceitando”, relembra.

Apesar de ser uma arte milenária, a tatuagem, atualmente, em pleno século XXI, está a todo vapor

O mito e a lei

Cuidados

Muitas pessoas ainda dizem que a tatuagem atrapalha na hora de conseguir um emprego, e outros, mais conservadores, dizem que é proibido tatuagens para pessoas que queiram seguir a carreira militar. No entanto, isto é apenas um mito, pois de acordo com a Constituição Federal, artigo 5º, “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. No inciso IX, da mesma lei, fica ainda mais claro o direito de se expressar: “é livre a expressão de atividade intelectual, artística e de comunicação independentemente de censura ou licença”, ou seja, as pessoas podem, sim, ter tatuagens, pois são livres e têm direito de expressão. Diferente das demais formas de movimentos artísticos, a tatuagem, por ser feita no corpo requer muitos cuidados. “Ela é uma ferida colorida”, lembra o tatuador Marcelo Bueno. O trabalho deve ser sério e seguro, diz o tatuador Marcelo Bueno. “Depois de terminado o trabalho, deve-se jogar fora o que é descartável e esterilizar o restante, assim como um material cirúrgico, pois a licença sanitária faz avaliação a cada sete dias com um teste biológico”, explica. Depois de fazer uma tatuagem o tatuador recomenda que a pessoa precisa: evitar a ingestão de álcool; evitar alimentos muito gordurosos, comida japonesa e chocolate, a fim de evitar reações alérgicas; utilizar filme plástico sobre a região marcada por dois dias; lavar com água e sabonete neutro para evitar a proliferação de bactérias.

outubro de 2014 DIVULGAÇÃO


GASTRONOMIA

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É de comer?

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O doce de festa faz parte da decoração

Thaís Antunes

Quem resiste a um docinho de festa? Não há registros que diga desde quando os doces fazem parte de festas de aniversários, noivados e casamentos no mundo. Porém, sabe-se bem que eles evoluíram e se transformaram, mas não perderam o objetivo principal: deliciar os convidados. Os brigadeiros, beijinhos e cajuzinhos enrolados como bolinhas já não são novidade nas festas, principalmente, infantis. Hoje, porém, além de adoçar a vida dos convidados, a moda é usar os doces como decoração. Essa área de confeitaria é nova e promissora, já que são poucas as pessoas que produzem esse tipo de confeito. A cabeleireira, Nirian Brocardo, 56, faz doces

decorados por encomenda nas horas vagas. Ela fez um curso há 30 anos em Curitiba e hoje produz cerca de dois mil doces por mês. “Profissionais capacitados são poucos”, diz, lembrando que os cursos na área custam cerca de mil reais. As guloseimas não perderam os ingredientes tradicionais. Nirian diz que “todos os doces têm como base glacê, leite condensado e glaçúcar [açúcar de confeiteiro]”. Apesar da base ser a mesma, as formas são as mais diversas e de acordo com a organizadora de festas, Ana Maria Santos, os eventos infantis usam e abusam deles. “A onda agora é o da Peppa Pig [desenho infantil]”, finaliza Ana.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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s deixaram oseane Tavare R e ne ie os R e, doces. Há um As irmãs Rayan rio negócio de óp pr o r ri ab ra rande do pa Natal, no Rio G seus empregos em s ce do de ja horas m uma lo dois anos nas há ano, as três tê s ce do m alhávamos co Nor te. “Já trab ntem Rayane. ação, mas gara liz na vagas”, explica io ss ofi pr três tem e já tinham Nenhuma das Elas contam qu . os rs cu do an eios o procur a mãe. “Os rech e ó que agora estã av a m co , aprendidas mpre com algumas noções igadeiro, mas se br e o nh iji be a são de preferidos aind ãs. ”, contam as irm rede social. uma cara nova pre foi feita na m se ho al ab tr pedidos A divulgação do da página e os es or id gu se il r fim s de três m m seis festas po ia lic de e Hoje, já são mai m ita fe em daqui, m, as irmãs en antos doces sa qu não param. Assi ar nt co o m ão tenho co trio. de semana. “N dias”, afirma o os s do to s do pedi pois, recebemos

A festa perfeita

O desejo de Luiza Carmo era dar ao filho de três anos uma festa perfeita. “Não fiz festa nos dois primeiros anos dele, então decidi fazer um festão no terceiro aniversário”. Para isso ela optou por encomendar salgadinhos e alugar decoração. Os doces, claro, presentes em todas as festas foram escolhidos a dedo pela mãe. O tema era os Minions, personagens do filme “Meu malvado favorito”. “Escolhi ter os doces personalizados por darem um pouco mais de diversão a festa. As crianças adoraram”, conta.


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CARTÃO POSTAL

Inóspito, gelado e de uma beleza irradiante, o Salar de Uyuni é o maior deserto de sal do mundo e atrai cada vez mais turistas à Bolívia IVO PESSOAL FOTOS: ARQU

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Salar de Uyuni: um paraíso de sal Heloísa Perardt

Não é à toa que o Salar de Uyuni, o maior deserto do sal do mundo que possui cerca de 12 km² de extensão, está entre os lugares mais procurados por turistas na América Sul. Localizado em Uyuni, na Bolívia, o Salar, que possui beleza exótica e uma imensidão fascinantes, está sempre presente no roteiro de mochileiros e turistas que exploram a América. “Esse é um dos locais que sempre aparece nos ‘tops’ dos fóruns de viagens e mochilões, portanto fui praticamente obrigado a conhecê-lo, uma vez que é bem perto do Brasil”, conta o cascavelense Luiz Paulo Calixto Marchese, que “mochilou” pela América do Sul em julho deste ano. Ao descrever o Salar, Luiz Paulo afirma ser diferente de tudo que ele já havia visto. “É um lugar que parece de outro mundo. Ao ver aquilo senti felicidade de saber que a natureza sempre pode proporcionar paisagens magníficas, mesmo em um local tão inóspito como esse, onde praticamente não há vida alguma”. Para Roberto Matheus Tavares, que também participou do mochilão com Luiz e mais um amigo, a sensação é como olhar para o mar a primeira vez. “Você fica impressionado com a imensidão. O mais legal do Salar é que a gente perde a noção de horizonte. Você não sabe mais o que é terra e o que é ar. Além do deserto de sal, o visitante pode conhecer também um cemitério de trens desativados, a Isla del Pescado, onde existem cactos com mais de dez metros de altura, e o Museu e Hotel de Sal Playa Blanca, em que tudo é feito de sal: mesas, cadeiras, esculturas.

“O mais legal do Salar é que a gente perde a noção de horizonte. Você não sabe mais o que é terra e o que é ar”, Roberto Tavares

Roteiros e agên cia

s

Cada agência de lineia seus rote diferenciados, iros o outro vai para que cruzam mai o Deserto do At s de 800 km até o Chile, os acama, no Chile. “Estes do quais duram de is são cansativos tr ês a cinco dias, passando e quem faz passa por situaç por interiores de ões extremas de cavernas, gêiseres (fonte frio, além de acomodaçõe quente com erup s precárias e co ções periódicas, e qu mida escassa e controlada. D e, normalmente epende muito do , traz muitos sais em dissoluç estilo de viagem que cada ão) e piscinas te um gosta. Se a rmais, a quase cinco mil pessoa gosta de conforto eu metros de altitud indicaria apenas e, que são de tirar o fôlego. o passeio de um dia. Se a pe ssoa é aventure Quase na divisa ira eu indico o passeio mais lo com o Chile, na ngo – o qual nó Nacional de Fa R es er s va fiz em que vale muito os – e una Andina Edua a pena”. rdo Avaroa, são visitadas as lagoas de impr Luiz Paulo contra essionantes tou o serviço de tons cromáticos agência de turis uma que faz jus aos m o, no no mes como entanto, ele diz Laguna Verde e não é necessário que Laguna Colorad sair do Brasil co a. Os passeios pa m a agência contratada. “O id ra o Salar são fe ea l é chegar à noite itos sempre com um em Uyuni, ficar em um hote grupo de seis pe l qualquer (não ssoas em um carro 4x4. Se pr ec is a reservar an tes também) e pr gundo Roberto, ocurar, nas prim existem três tipos de passei eiras horas da manhã o para o Salar. seguinte, as agên A excursão de um dia é apenas ci as com re ferências positiv para o deserto as. Assim, lá pe de sal, a Isla del Pescado, on la s 10 horas começam a sair de há cactos gi para fazer os pa gantes e o deserto dos tren ss ei os. Como eu fiz o passeio de s. Os outros dois três dias, a agên são de três e cinco dias: um cia dá tudo: hotel comida e tu deles retorna pa do mais nesses ra Uyuni e dias, não precisei me preo cupar com nada ”.

O Salar de Uyuni O Salar de Uyuni possui aproximadamente 12 km² e está localizado no departamento de Potosí e de Oruro, no sudoeste da Bolívia, no altiplano andino, a cerca de 3.500 metros de altitude. O clima dessa região é frio semiárido, com ventos frios que sopram durante todo o ano. Lá, as temperaturas variam durante todo o ano entre 15°C e 22°C durante o dia, porém à noite as temperaturas chegam abaixo de zero. O período de visitação varia com o interesse do turista. De novembro a março, no verão, o lugar é marcado pelas chuvas, tornando o deserto num lago gigante com cerca de 30 cm de profundidade. Porém, a paisagem é de tirar o fôlego, pois terra e o céu, tornam-se apenas um. Já no inverno, nos meses entre abril e outubro, o clima é seco, ensolarado e muito frio, o que realça ainda mais a beleza exótica do lugar.


inDICA

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Palavras são uma inesgotável

fonte de magia

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“Nunca fez nada acontecer? Algo que não pudesse explicar?”, Harry Potter A saga começou em 1997

DIVULGAÇÃO

Walkiria Zanatta

Em meio à neblina, o calar da noite na Rua dos Afeneiros número 4 era iluminada apenas pela luz do luar, pois as luzes dos postes apagavam quando um senhor com uma barba comprida e uns óculos de meia lua passava e apontava para elas. Por mais estranho e sombrio que pareça, um gato virou uma senhora e vindo do céu uma moto aterrissou e ali com a cicatriz de um raio na testa eles deixaram o garoto que sobreviveu. Onze anos depois, é no armário sob a escada na casa dos tios Dursley que vive Harry Potter interpretado pelo ator Daniel Radcliff. Ele nunca soube, mas é um bruxo e sua vida muda totalmente quando é levado por Hagrid, o guardião das chaves das terras de Hogwarts, à Escola de Magia e Bruxaria, a qual é dividida em quatro casas: Grifinória, Sonserina, Lufa-Lufa e Corvinal. A partir de então Harry sente-se em casa e junto a Rony Weasley, interpretado por Rupert Grint, e Hermione Granger, Emma Watson, vão descobrir que alguém está tentando roubar a pedra filosofal, guardada no colégio por um cão de três cabeças carinhosamente chamado de Fofo. O longa-metragem Harry Potter e a Pedra filosofal, com título original Harry Potter and the Philosopher’s Stone, lançado em 2001 é a introdução ao mundo da magia. O roteiro de Steven Kloves mantém um clima leve, a direção é do cineasta Chris Columbus e os 159 minutos rendeu um bilhão de dólares em bilheteria. É o primeiro filme dos oito que seguem - Harry Potter e a Câmara Secreta; Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban; Harry Potter e o Cálice de Fogo; Harry Potter e a Ordem da Fênix; Harry Potter e o Príncipe Mestiço; Harry Potter e as Relíquias da Morte; todos com base nos livros da escritora britânica Joanne Kathleen Rowling. A então inédita saga virou um clássico e foi com esta história com o primeiro livro lançado em 1997 ganhou a atenção e a paixão de crianças a adultos no mundo inteiro, com uma história imersa na magia, fantasia, bruxaria e mistério que vai além de simples palavras no papel, pois segundo a escritora elas são mágicas: “Palavras são, na minha não tão humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia”.

- As quatro casas correspondem aos quatro elementos. Grifinória é o fogo; Corvinal o ar; Lufa-Lufa a terra e Sonserina é água. - O nome dos fundadores das casas: Godric Grifinória, Helga Lufa-Lufa, Rowena Corvinal e Salazar Sonserina - O Quadribol, jogo praticado pelos bruxos com vassouras e três bolas começou no século XI num local chamado Brejo de Quidditch.

Em 20de1ix6ar os fãs

Para não a escritora com saudades um livro escreveu mais o: “Animais para ser gravad nde Habitam”, Fantásticos e O ry Potter. O do universo Har r David Yates longa dirigido po de estreia 18 tem como data 2016. de novembro de

“Os filmes são muito interessantes, mesmo não se ndo tão fieis aos liv ros em alguns aspectos, indico a todos”, Edua rdo Suzar te, 10, es tudante.

Opiniões

Curiosidades

- Se um trouxa, como são chamados aqueles que não são bruxos, avistar Hogwarts, veria apenas uma ruína com um cartaz escrito “Entrada proibida. Prédio perigoso”.

“A saga Harry Po tter marcou minha infância . É realmente um clássico”, M iriam Silva, 29, operadora de ca ixa.


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CLICK

outubro de 2014

Funcionários da Univel

FOTOS: RICARDO POHL

Amanda Sampaio, auxiliar na Coordenação de RH

A fiscal Edinéia Mello da Silva e a vigia Bruna Beatriz Callai

Vinícius Rayan, Sílvia Tomazelli e Bruna Gimenez

Jézica Ferreira, do setor de protocolo, e Hemily Corrêa, telefonista

Roseli Rodio, encarregada da Biblioteca

Alice de Souza, auxiliar na Biblioteca


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