100 Anos "O Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo"

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100 anos: “O Imperialismo, fase superior do Capitalismo” de Lenin A ATUALIDADE DAS TEORIAS DE LENIN SOBRE O IMPERIALISMO

manifesta como uma das mais encarniçadas formas de disputa entre os monopólios pela manutenção de lucros monopolistas. Nestas disputas, deflagram-se inumeráveis guerras que martirizam milhões de pessoas, as crises econômicas se intensificam, aumenta o flagelo do desemprego e as chagas da militarização. Se sob o capitalismo concorrencial bastava a introdução de um ou outro maquinário moderno para a ruína do concorrente, sob o capitalismo imperialista a destruição do concorrente que agora assume a face de um monopolista poderosíssimo, onipotente e onipresente, só se pode dar à base das guerras e da militarização extrema. Fica evidente, portanto, que a concorrência segue existindo sob o capitalismo monopolista, ainda que sob novas condições.

Métodos empregados pelos capitalistas monopolistas para a manutenção das condições de monopólio Em seus estudos sobre a questão, Lenin já constatava corretamente que muito embora sob o imperialismo os monopólios assumam posições dominantes sobre toda a produção social capitalista, o monopolismo “não pode reconstruir o capitalismo de cima para baixo”. Isto é, não pode suprimir arbitrariamente a anarquia na produção, as crises, a concorrência, etc. Mesmo na época dos monopólios, segue existindo até mesmo nos países onde a produção capitalista se encontra mais desenvolvida, um grande número de pequenas e médias empresas industriais, que seguem competindo entre si ao estilo da livre concorrência, porém já não da forma pura como se fazia no período onde não havia monopólios. Lenin já declarava também em sua principal obra sobre o imperialismo que “os monopólios não encerram completamente a livre concorrência, antes coexistem com essa e acima dela”, quer dizer, ainda que no período do imperialismo a tendência manifestada seja a de monopólio de algumas poucas imensas empresas capitalistas, isso não significa que não possam haver empresas capitalistas nãomonopolistas que não possam prejudicar a situação de monopólio das grandes empresas capitalistas dominantes, nem que as empresas que já monopolizam um determinado setor da produção não possam ser derrubadas por outras empresas capitalistas. Por esta razão, os monopolistas utilizam com avidez uma série de métodos – constantemente aperfeiçoados – para a manutenção das condições de monopólio contra “invasões” de ditos outsiders:

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UNIÃO RECONSTRUÇÃO COMUNISTA


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