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Lápide da Sapiência proveniente da Universidade de Coimbra de D. Afonso V, MNMC Sapience Stone from King Afonso V’s University of Coimbra, MNMC

inteira, não começara ainda o surto das construções universitárias. E, transferido para Coimbra, em 1308, haveria também de receber, a par de um número crescente de privilégios, um edifício para uso exclusivo, adjacente ao Paço Real, que ficaria conhecido como “Estudos Velhos”. Apesar disso e pelo que sabe da sua dimensão, dificilmente poderia a jovem Universidade almejar confrontar-se com as suas congéneres de Bolonha, Paris, Oxford ou mesmo Salamanca, que continuavam a afirmar-se como rotas consolidadas da emigração escolar portuguesa. Em todo o caso, a estadia coimbrã não seria demorada e, em 1338, D. Afonso IV transferia de novo o Estudo para Lisboa. Mas já em Dezembro de 1354 este se encontrava de regresso a Coimbra. Uma tal agilidade — sedimentando uma tradição de itinerância que se configura como uma das suas maiores singularidades —, não deixa de fazer prova da parcimónia das estruturas da instituição. Porém, com o regresso a Coimbra, tem início um processo consolidado de intervenção no Estudo, por parte da Coroa: prosseguido por D. Pedro I e seu filho, D. Fernando I, que leva a cabo a primeira reforma com que este se confronta na sua longa vida. Em conformidade, determina, em 1370, ao conservador da Universidade, que organize novas e mais amplas escolas nas casas do arrabalde, medida que parece enquadrar-se na ambição de contratação de novos mestres, recrutados no estrangeiro: sendo, aparentemente, a sua relutância em residir fora da

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descrição do bem description of the property

Europe. After it was transferred to Coimbra in 1308, it received, along with further privileges, a building for its exclusive use, adjacent to the Royal Palace, which became known as Estudos Velhos (Old Studies). Despite this, and from what we know of its size at the time, the young university could scarcely hope to compete with its counterparts in Bologna, Paris, Oxford or even Salamanca, which continued to attract Portuguese students. In any case, the University did not remain long in Coimbra, and in 1338, King Afonso IV transferred it again to Lisbon. By 1354 it was once more back in Coimbra. This itinerancy, which is one of its main distinguishing features, nevertheless bore witness to the frugality of its institutional structures. However, with the return to Coimbra, there began a consolidated process of Crown intervention by King Pedro I and his son, King Fernando I, who implemented the first reforms. Thus, in 1370, it was decided that the University premises would be expanded to include new larger buildings in the vicinity, a measure which was in keeping with the ambition to recruit new masters from abroad. However, this project failed (apparently due to the King’s reluctance to see the University located outside the capital) and it was once more transferred to Lisbon in 1377. This time, the transfer was presented in terms that made it seem almost like a re-founding, accompanied


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