UFPB Em Revista 16

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UFPB Ano III . Número 16 - Maio 2016

Estacionamento da Biblioteca

Manifestação contra o Golpe em prol da democracia O Brasil passa por um momento conturbado com o impeachment da presidente democraticamente eleita, Dilma Roussef. A sociedade organizada brasileira ocupa as ruas em vários protestos, exigindo o retorno da normalidade democrática e o retorno da presidente, eleita com votos de mais de 53 milhões de eleitores. E foi com esse intuito que a Adufpbjp organizou evento artístico cultural que lotou o estacionamento lateral ao prédio da Biblioteca Central da UFPB. Professores, alunos, funcionários e parte importante da comunidade extra campus marcaram presença.


Equipe UFPB em Revista

Derval Golzio Editor

Sumário 4• HOSPITAL UNIVERSITÁRIO -  Equipamentos aguardam instalação desde 2012 6• ADUF - Realização de manifesto em prol da democracia

Diego Fontes Redator/Estagiário

8• ARTES - Pinacoteca aguarda melhorias em sua estrutura 10• Biblioteca Setorial volta a funcionar com dificuldades 12• CONSULTA ELEITORAL - Margareth Diniz é reeleita com 53,7% de votos

Darlinton Andrade Redator/Estagiário

14• Insegurança preocupa comunidade no Campus I 16• UFPB enfrenta problema de evasão estudantil 18• Professor Wellington Pereira lança “Vovó Nos Protege”

Emilia Cavalcante Redator/Estagiário

Kamilly Lourdes Projeto Gráfico e Diagramação

CONTATO ufpbemrevista@gmail.com facebook.com/ufpbemrevista João Pessoa - PB Maio- 2016


Nova gestão, Antigos problemas Editorial republicado da primeira edição de UFPB em Revista, em maio de 2013. Após três anos de gestão e uma nova eleição que reconduziu a reitora Margareth Diniz para o quadriênio 2016/2020, o que mudou?

Os desafios para a nova gestão da Universidade Federal da Paraíba são imensos e decorrem da ausência de planejamento e de ações administrativas vividas, pelo menos, nos últimos doze anos. Serão quatro anos para, num esforço concentrado, fazer as correções de rumo e redirecionar a Instituição no sentido de colocá-la no cenário das mais importantes do país. Este é o sentido da frase criada pelo seu fundador, José Américo de Almeida: “...outros vos darão asas e o selo da perpetuidade”. Com o programa Reuni, do Governo Federal, a UFPB possibilitou que muitos jovens pudessem abraçar um curso de graduação no sistema de ensino público federal. Além do ampliar as vagas para estudantes, a Instituição viu florescer em seus quatro Campi uma série de obras de engenharia. São salas de aula e espaços laboratoriais destinados a acomodar professores, estudantes e técnicos administrativos advindos do Reuni. No entanto, apesar dos esforços dos docentes (que elaboraram os projetos de criação de novos cursos e da ampliação de vagas nos já existentes), entraves propositais de ordem administrativa dificultaram ou instituíram equívocos de difícil reversão. Uma série de fatores ocorreu para que as obras não tivessem os prazos de entrega cumpridos e que uma série de equipamentos tenha deixado de ser comprado. A grande maioria dos novos cursos enfrenta problemas traduzidos na falta de equipamentos para os laboratórios e ainda a ausência de espaços para salas de aula. Se os recursos foram liberados pelo Governo Federal na proporção indicada nos projetos, faltou-nos uma administração competente para fazer com que fossem aplicados de modo célere e eficaz, durante o período administrativo que marcou a gestão Rômulo Polari e Iara Matos. A única explicação reside na ausência de competência administrativa que senão vejamos: a Biblioteca Central encontra-se em estado lastimável por conta dos fungos e da poeira que ameaçam o acervo. Sem nenhuma reforma para correção dos problemas de ventilação e adequação de climatização, livros, funcionários e usuários, de modo geral, estão afetados pela proliferação de fungos e poeira. Na falta de um Plano Diretor que pudesse ordenar o crescimento da UFPB, o problema com ausência de espaço para novas construções em plano horizontal resulta, forçosamente, na verticalização das construções. A falta de planejamento dificulta a mobilidade e mesmo nos prédios de poucos andares falta acessibilidade para as pessoas com deficiência, prevista em Lei. O resultado da ausência ou pouca importância dada ao planejamento pode ser sentido na dificuldade de estacionamento, nas ausências de acessibilidade, de segurança contra incêndio e de um sistema de vigilância e monitoramento que possibilitem transitar no Campus com segurança. Todos esses problemas aliados a uma burocracia maçante, letárgica e pouco funcional, emperram o funcionamento mais básico da Instituição.


Caixas com os equipamentos de ressonância magnética

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Equipamentos aguardam instalação desde 2012 Reportagem: Darlinton Andrade

A presença de caixas de madeira encontradas pelos corredores do Hospital Universitário Lauro Wanderley é motivo de curiosidade para estudantes e pacientes. Elas contém equipamentos de ressonância magnética que, desde 2012, esperam por instalação. A 4

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acomodação completa desses aparelhos são de extrema importância para população, já que a quantidade de pacientes que procuram atendimento no local é grande. Pesquisas feitas em clínicas privadas de João Pessoa, mostraram que a realização do exame de

ressonância magnética custa entre R$ 650,00 a R$ 780,00. Em média, são atendidos 20 pacientes ao dia, atrás deste tipo de serviço. Por ano, se cada paciente for pagar por este exame os gastos chegam a, aproximadamente, 19.000.000 (dezenove milhões de reais).


estamos falando de máquinas caras e que garantem um total benefício para a população carente e que necessita de assistência médica pública, gratuita e de qualidade. Dentre os equipamentos que estavam encaixotados encontravam-se: dois mamógrafos, um tomógrafo e dois raios-x teleguiados, que já estão devidamente instalados. As obras para acomodar os equipamentos no HU tiveram início há cerca de dois anos após uma parceria firmada com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - Ebserh, que integra um conjunto de medidas adotadas pelo Governo Federal visando reestruturar os hospitais que são vinculados às instituições federais de ensino superior.

Segundo Rogério Monteiro, Assessor de Comunicação do Lauro Wanderley, os equipamentos de ressonância só se encontram em caixas por motivo de falta de implementação de uma sala que possa acomodar todos esses aparelhos, já que eles requerem um

grande espaço. Monteiro lembra ainda que esta sala já se encontra “quase pronta” para instalação dos mesmos. Um grande entrave que contribuiu para não instalação foi a falta de infraestrutura no prédio do Hospital. É válido ressaltar que

É importante lembrar que, por mais que esses equipamentos estejam praticamente instalados, a promessa de estruturação e montagem deles estava prevista para abril de 2014, como divulgado em reportagem de UFPB em Revista, quarta edição. Confira: https:// issuu.com/ufpbemrevista/docs/ ufpb_em_revista4_versao_online/c/spq54gv. UFPB em revista

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ADUF

Realização de manifesto em prol da democracia

Reportagem: Darlinton Andrade

A Aduf (Sindicato dos professores da UFPB) reuniu um grande número de pessoas ligadas à cultura para um ato em prol da democracia e contra o Golpe Parlamentar, em curso no Brasil. Este ato foi uma iniciativa feita por 6

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professores, estudantes e técnicos administrativos, que junto com artistas paraibanos promoveram algumas atividades político culturais na instituição. Segundo Marcelo Sitcovsky, presidente do Sindicato dos pro-

fessores, um dos grandes questionamentos das pessoas que se dispuseram a fazer parte do movimento foi a quietude da Universidade Federal da Paraíba diante de algo que coloca em jogo toda democracia de um país. E com


o apoio da Aduf, que sempre se fez presente em momentos como este, os artistas desenvolveram atividades em prol da democracia no Brasil, sem beneficiar governo A ou B. Todo o ato foi a favor, principalmente, da democracia e junto a este sistema político algumas reivindicações em defesa da educação, da saúde, da habitação, da reforma agrária e contra o ajuste fiscal também foram debatidos no manifesto. É válido ressaltar que atos como este foram impedidos em alguns órgãos públicos pelo Ministério Público Federal (MPF), recomendando que os mesmos não realizassem, em suas dependências físicas, qualquer ato de natureza política. Sobre o impedimento do MPF a este tipo de manifesto, Sitcovsky diz que o órgão deveria se

ocupar de outros assuntos como, por exemplo, inúmeras obras inacabadas e condições de trabalho: ensino, pesquisa e extensão, nas instituições, ou seja, com o funcionamento geral das universidades. “Uma universidade que não pode discutir política, que não pode fazer atos políticos, ela tende a se esvaziar no seu conteúdo”, ressalta. É de total conhecimento da comunidade acadêmica que no dia 17 de abril a Assembleia dos Deputados decidiu pela continuação do Impeachment e, diante do resultado, Marcelo Sitcovsky afirma que dependendo da capacidade de resistência de organizações que identificam que o “golpe contra a constituição federal” está acontecendo, certamente haverá outra mobilização já que a política faz parte da vida acadêmica.

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ARTES

Pinacoteca aguarda melhorias em sua estrutura Reportagem: Emília Cavalcante

Dentre as 200 obras que aguardam restauração desde 2012, a Pinacoteca da Universidade Federal da Paraíba está enfrentando problemas. O projeto de recuperação encontra-se parado e muitas obras ainda carecem de reparos. É válido ressaltar que das obras que esperam reformas, apenas 17 foram finalizadas. A Pinacoteca possui cerca

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de 200 obras, entre elas são encontradas gravuras, desenhos, pinturas e esculturas. Atualmente, o local de funcionamento da mesma encontra-se dividido entre o segundo andar da Biblioteca Central e uma sala no Centro de Comunicação Turismo e Ar-

tes- CCTA, ambos no Campus I. Além se sofrer com a ação


do tempo, a parte mais antiga do acervo está vulnerável às condições climáticas de calor e umidade, provocadas pela zona em que está situado o prédio da biblioteca. Há também as goteiras, que estão por toda a parte, causando inconvenientes e ainda alguns animais que fazem do local seu lar, prejudicando as artes plásticas. Não há hoje na universidade um espaço adequado para abrigar as obras de arte existentes. Por esse motivo, a Pinacoteca encontra-se impossibilitada de receber

doações. O local ideal para a sua instalação na Instituição é o Centro de Arte e Cultura, ao lado da Reitoria, ainda por concluir. Uma pequena parcela do acervo encontra-se disponível ao público, onde são feitas na medida do possível, pequenas exposições no Hall da Biblioteca Central. Mas devido às chuvas recentes e goteiras no segundo andar do prédio, as obras tiveram que ser transferidas para o primeiro andar, onde atualmente se encontra a exposição: “Coronelismo

Eletrônico”, que ficará no local até junho deste ano. Existe ainda uma falta de atualização na catalogação do acervo que, segundo Robson Xavier, coordenador da Pinacoteca, reuniões com a Reitoria serão feitas nos próximos dias para definir sobre a estrutura competente ao espaço. Medidas como a contratação de profissionais especializados para a atualização do site, catalogação digital, entre outros, já estão sendo tomadas para que se dê continuidade ao projeto. Acervo no segundo andar da Biblioteca

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Biblioteca conta com acervo diversificado, mas dificuldades na estrutura

Biblioteca Setorial volta a funcionar com dificuldades Reportagem: Diego Fontes

Após longo período de inatividade, fechada desde o final de 2014, para a mudança para o novo ambiente, a Biblioteca setorial do CCHLA “Vanildo Brito” voltou a disponibilizar livros para os estudantes. De maneira precária, a estrutura ainda não está concluída, o que atrapalha a utilização do ambiente, que é fundamental para professores, funcionários e alunos. Os estudantes ainda não podem usar o espaço para estudos. Ainda se faz necessário a instalação 10

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do sistema antifurto, já que o acervo é aberto. Além disso, o acesso à biblioteca é bastante precário, sem o mínimo de acessibilidade, sobretudo calçamento. Porém, os livros já podem ser emprestados para os alunos do Centro, de forma manual, em razão do sistema ainda não estar pronto. De acordo com a diretora do Centro, Mônica Nóbrega, quando a mudança para um novo prédio foi realizada, construído a partir do REUNI, foi constatado que a nova estrutura não apresentava co-


nexão de internet, que é essencial para o funcionamento da Biblioteca. “Por quase um ano tentamos fazer o cabeamento através da Reitoria e não conseguimos, que só foi possível com a Biblioteca Central, que é Unidade Gestora. Com isso, desde o começo do ano está sendo feito o registro dos livros.” revela a diretora. Segundo Nóbrega, a diretoria busca resolver diversos problemas, como os condicionadores de ar quebrados, reparos na estrutura, finalização de banheiros e também o acesso à Biblioteca, junto a Prefeitura Universitária. O sistema de segurança foi adquirido recentemente e sua instalação deve ser fei-

ta em breve. A diretora conta que “com os condicionadores de ar prontos e os livros registrados, já queremos voltar a funcionar 100%, mesmo ainda com o acesso prejudicado e sem o sistema de segurança”. De acordo com a Direção de Centro, há esforços para que a Biblioteca Setorial volte a funcionar em caráter definitivo a partir do próximo semestre. Fátima Maia, bibliotecária, conta que apesar das dificuldades, o acervo conta com diversos livros novos, prontos para a utilização dos alunos. “Muitos livros novos foram postos no acervo e já podem ser emprestados. Muitos não vem fazer empréstimos porque não sabem da mudança, ou não tem divulgação.” UFPB em revista

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Estudante em sala de votação

CONSULTA ELEITORAL

Margareth Diniz é reeleita com 53,7% de votos Reportagem: Emília Cavalcante

A professora Margareth Diniz é reeleita reitora para o quadriênio 2016-2020, após vencer o professor Luiz Júnior, com 53,7% dos votos válidos do segundo turno da consulta eleitoral, realizada 12

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em 27 de abril. A consulta aos segmentos foi marcada pelo alto índice de abstenção entre professores (19,4/20,4%), estudantes (67,9%/67,1%) e técnicos administrativos (21,2% / 17,6% ), no

primeiro e segundo turno, respectivamente. No primeiro turno, as três chapas opositoras juntas (Luiz Junior, José Neto e Valdiney Gouveia) obtiveram quase 54% dos


Foto: Oriel Farias

votos, mas restaram apenas dois, dos quatro candidatos na disputa. As chapas 1 e 2 ganharam a preferência dos eleitores e seguiram para o segundo turno. A logística elaborada pela Comissão Especial possibilitou maior rapidez no recolhimento das urnas para a contagem dos votos, a computação dos dados começou pontualmente as 21 horas, quando foi encerrada a votação.O resultado foi concluído por volta das 23:40 da noite do dia 27.

Além experimentar pela primeira vez o sufrágio em urna eletrônica os eleitores puderam acompanhar a apuração em tempo real. Antes, os eleitores de todos os campi puderam consultar o local de votação diretamente por meio de um link, no site da Instituição. A descentralização de local é outra novidade que facilitou o processo este ano, o que possibilitou aos eleitores votar sem ter que sair de seus Centros e setores. Junto aos 231 mesários, com-

postos por servidores, técnicos e estudantes, cerca de 462 fiscais e 15 técnicos do TRE trabalharam durante a Consulta, garantindo assim a eficiência no processo. Cada chapa disponibilizou 15 delegados para auxiliar no trabalho. De acordo com dados da comissão especial apenas uma (01) urna deu defeito durante o segundo turno, mas logo foi substituída pela equipe do TRE, que estava no local de plantão. Dentro de suas propostas, a reitora Margareth Diniz já tem uma série de intervenções entre as quais estão a retomada da reforma do Estatuto que rege a Universidade, atuação sobre problemas como o potencial de energia elétrica do Campus I e questões ligadas a infraestrutura com medidas urgentes para ordenamento dos estacionamentos e acessibilidade na Instituição. UFPB em revista

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Câmeras nunca ligadas acopladas ao poste, em frente ao NUDOC

Insegurança preocupa comunidade no Campus I Reportagem: Emília Cavalcante

Diante dos delitos registrados nos vários centros da UFPB a administração da Instituição decidiu investir quase 4 milhões de Reais em equipamentos de segurança eletrônicos. No entanto, apesar estarem instaladas desde 2014, as câmeras não registram as ocorrências por falta de funcionamento. De acordo com informações da CADE (Coordenação Administrativa), o contrato efetuado em 2014 com a Redecom, empresa de Brasília (DF), responsável pela implantação das câmaras tem o preço total de R$ 3.921.237,73 (três milhões novecentos e vinte e um mil duzentos e trinta e sete reais e setenta e três centavos), incluindo despesas com equipamentos e mão de obra. 14

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Dispostas desde de 2014, essas câmeras não estão em funcionamento devido a extinção do contrato antes da conclusão do serviço. Segundo Prof. Doutor Lucinaldo Rodrigues, Diretor de Segurança e Portaria, as câmeras ainda não foram pagas por isso não estão ativas. “Uma reunião com representante da Procuradoria Federal da UFPB e empresa responsável será feita em breve para saber se a mesma tem interesse em continuar o serviço”, ressalta Lucinaldo.

2015, enquanto deixou seu carro por alguns instantes no estacionamento da Biblioteca Central, ao chegar, notou que havia sofrido uma colisão e o autor da infração desaparecera sem ser identificado. As informações estão registradas em um post, na rede social do Professor. Ele conta que ao se dirigir ao Setor de Segurança, na Prefeitura Universitária, para buscar no sistema algumas imagens do ocorrido e tentar detectar o infrator, foi informado que as câmeras do local não estavam funcionando.

Enquanto as câmeras não funcionam a comunidade Universitária reivindica por ações de melhoria. Pedro Nunes Filho, professor do Departamento de Comunicação, Campus I da UFPB, conta que no final de

“Vejo isso como um problema que abrange toda a comunidade acadêmica em que a gestão deve atentar fazendo intervenções que solucionem esses conflitos, para que se tenha um tratamento mais humanizado dentro da


Universidade, que hoje é uma pequena cidade com trânsito e todas as suas complicações”, salienta o professor. Apesar dos gestores assegurarem que “a parte humana está sendo feita”, os delitos continuam a ocorrer. “Em média 23 homens para cada turno fazem a segurança no Campus I e ainda há o pessoal da ronda motorizada. Além do CCJ (Centro de Ciências Jurídicas) - Santa Rita e o CTDR (Centro de Tecnologia e Desenvolvimento Regional) em Mangabeira que funcionam com respectivamente, dois e três postos para cada turno”, avalia João de Deus, chefe do setor. O mesmo reforça que qualquer pessoa em situação de risco pode entrar em contato com Setor de Segurança através do telefone: 32167120. O quantitativo de pessoal destacado para operar a segurança na UFPB tem se mostrado ineficiente para coibir os roubos e furtos, sobretudo quando se soma a ausência de vigilância eletrônica. O mais recente roubo ocorreu no bicicletário do Departamento de Sistemática e Ecologia do CCEN. A bicicleta de Andressa Pires, estudante do Curso de Comunicação em Mídias Digitais foi furtada mesmo estando amarrada com cadeado. “Ela estava presa, já fiz toda a parte burocrática pra registrar o furto e, quem sabe, tentar recuperá-la”, postou a estudante em uma página social da instituição. UFPB em revista

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UFPB enfrenta problema de evasão estudantil Reportagem: Diego Fontes e Matheus Lopes

A evasão universitária é um problema que atinge as Instituições de Ensino Superior, tanto públicas, quanto privadas. O abandono do curso gera desperdícios financeiros, sociais e acadêmicos. Apesar das diferenças socioeconômicas e culturais entre instituições, alguns estudos apontam características semelhantes desse fenômeno entre as diversas

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áreas do saber e entre países. A taxa de evasão da UFPB é bastante elevada. Em 2012, ainda na gestão Rômulo Polari, a Instituição formava, em média, 4,9 estudantes para cada 10 que ingressavam. No período 2015.1, na gestão de Margareth Diniz, ingressaram 863 estudantes no Centro de Ciências Humanas Letras e Artes (CCHLA), enquanto

apenas 189 se formaram, no mesmo período. Por estes números não oficiais, a proporcionalidade de egressos é ainda menor quando comparado com 2012, ou seja, de 4,9 para 4,5 para cada 10 estudantes, entre todos os cursos do CCHLA. Apesar de não ser estatística oficial, a reportagem de UFPB em Revista teve a preocupação de

Para reduzir salas vazias, UFPB estuda medidas com as coordenações


conferir o número de estudantes que ingressaram e os que concluíram o curso no mesmo período. Se a proporcionalidade atual se mantém para os demais Centros, é possível afirmar que a evasão aumentou na atual gestão. Segundo a professora Ariane Sá, Pró-reitora de Graduação (PRG/UFPB), esses dados refletem uma realidade nacional quando comparados os dados da UFPB em relação aos dados divulgados pelo MEC, em maio. Sobre as razões da evasão dos alunos na universidade, de acordo com a professora, comumente o estudante consegue emprego e abandona o curso. “Outras possi-

bilidades seria a não identificação com o curso escolhido, gravidez, problemas de ordem socioeconômica ou até dificuldade na aprendizagem”, revela. Para tentar melhorar esse quadro, nos últimos anos, através da PRG, a UFPB fez um levantamento quantitativo dos índices de evasão e retenção. De acordo com Ariane, neste ano, esses relatórios estão sendo entregues e discutidos com as coordenações, chefias de departamento e direções de centro, com a finalidade de que os cursos, tendo conhecimento de sua situação, estabeleçam ações pedagógicas com metas que visem melhorar esses índices. A Professora ainda conta que, para o estudante que já está na Universidade, foi criado em 2014, já estando em seu segundo ano de execução, o Programa de

Tutoria (ProTut), que tem por finalidade dar suporte aos estudantes quem vêm demonstrando, no início do curso, dificuldades de aprendizagem pelos mais diversos fatores. Do ponto de vista socioeconômico, o Governo Federal, até então, tem estabelecido políticas de assistência estudantil, no intuito de minimizar dificuldades enfrentadas por estudantes que se encontram em situação de vulnerabilidade social. A Pró-reitora fala que “no que diz respeito a aprendizagem, a dificuldade posta pode ser vista considerando dois aspectos: o ponto de vista do estudante, que pode chegar na Universidade com deficiências na sua formação básica; e do ponto de vista do professor que, em alguns casos, pode demonstrar certo tipo de dificuldades metodológicas”, pondera.

OBS: A reportagem buscou, por dois meses, obter da Pró-reitoria de Graduação da UFPB os números atualizados sobre a evasão na Instituição. Apesar das várias tentativas, não obteve sucesso.

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Professor Wellington Pereira lança “Vovó Nos Protege” Reportagem: Darlinton Andrade

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professor Wellington Pereira lança livro voltado para o público infanto-juvenil e adulto, no casarão 34 – galeria administrada pela Fundação Cultural de João Pessoa. O livro intitulado “Vovó nos protege – história de crianças para gente grande”, versa sobre o mito da avó, a qual é protagonista nos contos que envolvem discussões desde a psicanálise até a literatura de Edgar Allan Poe. A obra retrata através de diversos contos o senso protetor das avós. Segundo Pereira, que é Doutor em Sociologia pela Universidade Paris V - Sorbonne e professor na área da Comunicação Universidade Federal da Paraíba há 30 anos, a proposta de lançamento do livro aconteceu no momento em que o mesmo enviou o projeto de um livro infantil, que havia feito para seus sobrinhos e amigos de infância (uma edição caseira). E como resultado a editora Penalux, localizada no estado de São Paulo, aceitou a proposta resolvendo publicá-lo. Além dessa nova obra Wellington já publicou 18 livros, oito,individualmente, e mais dez 18

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que foram organizados através de seu Grupo de Pesquisa sobre o Cotidiano e Jornalismo – Grupec, na UFPB, o qual é coordenador. Dentre os livros publicados individualmente encontram-se:

As possibilidades do róseo (ficção), Chanel 19 – histórias no feminino (ficção), O beijo da noiva mecânica – ensaio sobre mídia e cotidiano, Diário de um zappeur – TV, insônia e vida cotidiana, entre outros.


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Ano II . Número 9 - Outubro 2014


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