Revista Nº6 da União das Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas

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Nº.6

Revista da União das Freguesias Almada Cova da Piedade Pragal Cacilhas


ÍNDICE

FICHA TÉCNICA PROPRIEDADE União das Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas

3 EDITORIAL

DIRETORA

4 CIMO

Maria D’ Assis

6 ENTREVISTAS 23 DE JUNHO

DESIGN, TEXTOS E FOTOGRAFIA MUCHE

9 ENTREVISTAS SANTA CASA

IMPRESSÃO

13 WEBRADIO

Pontográfico, Lda

14 INTERVENÇÕES NO ESPAÇO PUBLICO

TIRAGEM 25.000 exemplares

16 HISTÓRIA

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

18 CURTAS

Depósito legal 391628/14

21 O QUE VAI ACONTECER

JUNHO 2023

22 EXECUTIVO 23 CONTACTOS

@ufacppc


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EDITORIAL Eis-nos chegados ao f im do 2º ao Auditório Fernão Lopes Graça ver trimestre. a peça de teatro infantil “Beatriz e o peixe-palhaço” produzida pelo Teatro Este foi marcado, pelas comemorações Extremo. do 25 de Abril, do Dia da Criança, festividades dos Santos Populares, Em parceria com o Estuário Coletivo, os 50 Anos da elevação da Cidade de grupo informal constituído por Almada e pela realização da I Feira comunidade de vizinhos e amigos da Economia Circular. alinhados nos eixos da arte e educação, promoveu-se uma iniciativa Este ano a exemplo dos anos em Cacilhas, com uma abrangência anteriores, a União das Freguesias enorme de atividades, bem como em conjunto com as restantes Juntas/ com a Bandlivros, foi realizada a hora Uniões de Freguesias, organizou as do conto em 2 escolas e no jardim da comemorações do 25 de Abril, na Cova da Piedade. Praça da Liberdade e Praça S. João Batista, atividade esta que envolveu 12 Pelos Santos Populares, apoiaram-se entidades públicas e 25 do Movimento os arraiais do Bairro do Matadouro, Associativo. Clube Recreativo da Ramalha, com o Sport Almada e Figueirinhas em Ainda relativo a esta comemoração Cacilhas e na Capitão Leitão com foi implementado nas 11 escolas algumas associações e empresários do 1º ciclo do Ensino Básico do locais, referindo que na pedonal desta território da União das Freguesias o rua, as festividades tiveram uma projeto “Celebrar o 25 de Abril”, em abrangência diferente, integrando parceria com a URAP - União dos nas festividades típicas dos Santos, Resistentes Antifascistas Portugueses, uma tarde de Cavaquinhos e um culminando com uma exposição de arraial intercultural. trabalhos no Centro Cultural Fernão Mendes Pinto e em 5 escolas que Não tendo uma implicação direta, manifestaram interesse em participar. não podemos deixar de falar nas comemorações dos 50 Anos da No que respeita ao Dia da Criança, Cidade de Almada e no Cortejo mais uma vez tentámos descentralizar alusivo, iniciativa inovadora e de forte as iniciativas no sentido de aproximar impacto. e abranger mais crianças. Mas como não é de só de festas o Assim, em conjunto com a União das trabalho realizado pela União das Freguesias da Caparica e Trafaria, Freguesias, com a transferência de proporcionou-se a vinda de cerca de competências no âmbito da ação 150 crianças da Escola Rogério Ribeiro

social e do acompanhamento das famílias do RSI – Rendimento de Inserção Social para a CMA, a nossa União disponibilizou espaços de atendimento nos postos de atendimento do Pragal, Cova da Piedade e Cacilhas aos técnicos da Santa Casa da Misericórdia de Almada, entidade que tem o protocolo para o nosso território, no sentido de tornar mais próximo este serviço dos nossos fregueses.

Igualmente numa parceria com a CIMO – Clube Ibério de Montanhismo e Orientação, iniciou-se um ciclo de caminhadas, que vai permitir conhecer roteiros culturais, vistas noturnas, trabalhar a orientação, mas mais que tudo contribuir para criar bons hábitos de saúde.

Maria D’Assis Almeida Presidente


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cimo

passam: “É muito importante a vertente histórica e ecológica das nossas atividades, e todos os nossos membros contribuem bastante para isso.” O CIMO mantém muito próximo das atividades que desenvolve as escolas.

“É uma tradição que temos há muito Fomos conversar com Mara Martins e Mário tempo e que queremos manter, a Baião, duas peças centrais na atividade do CIMO ligação às escolas e o desenvolver - Clube Ibérico de Montanhismo e Orientação de atividades em conjunto com as nascido em 1992 na Cova da Piedade pela ideia de vários militares com gosto pela caminhada e instituições de ensino.” montanhismo.

“Trabalhamos também com Associações de Moradores, Santa Casa da Misericórdia, Universidade Criado o CIMO, o gosto pela aventura passou a Sénior e, claro, fazemos as caminhadas com a União ser partilhado também com a sociedade civil e, das Freguesias.” diz-nos Mário. igualmente importante, com toda a Península Ibérica. Caminhadas, escalada, orientação e até E quem se pode juntar ao CIMO? “Todos, claro! criação de mapas de orientação, no CIMO há gosto Aqui todas as idades são bem vindas, embora claro, por todas as práticas que nos fazem percorrer os tenham de ter em atenção o tipo de caminhadas em caminhos das muitas paisagens do nosso país e que se inscrevem. Há que ver a distância, a variação da elevação, em suma, o grau de dificuldade. Mas da vizinha Espanha. para todos os que se sentirem capazes, o CIMO está Mário fala-nos do Gr11, um troço da longa rota cá para proporcionar as melhores caminhadas!” internacional E9 que vai de Sagres a São Petersburgo (!), e que passa pela cidade de Almada onde a Para além de tudo isto é o CIMO que organiza as sinalização foi feita com a preciosa ajuda dos provas de orientação do circuito internacional. Pode-se dizer que na verdade, não há muita coisa elementos do CIMO. que a vontade e experiência de todos os que fazem “Mas não são só caminhadas e orientação o nosso o CIMO não faça. Aliás, já reparou na fotografia que forte”, diz-nos Mara, “Temos um grupo de técnicos acompanha esta entrevista? Não é por acaso que especializados em montanha, como o Mário, que Mara e Mário têm o mesmo tamanho que o icónico leva grupos mais reduzidos de pessoas a escalar Farol de Cacilhas, são eles e o CIMO maiores do que altitudes consideráveis que podem ir até aos 2000 qualquer desafio que lhes apareça no horizonte. metros...”, “Ou 3000, ou 4000...” - diz Mário. O Everest é o limite, certo? Mara responde: “Temos membros que já lá foram!”, Mário acrescenta com orgulho: cimo.clubeiberico “O João Garcia é nosso sócio!”. Igualmente importante em todas as atividades do CIMO é o contacto e o respeito pelos lugares onde

21 258 3029 Praceta Francisco Vieira de Almeida, 1 , Cova da Piedade


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Estudo Interdisciplinar Sobre a Avenida 23 de Julho de 1833

Revista União das Freguesias (RUF) - As Escolas do Desportivo da Cova da Piedade já nos habituaram a projectos de investigação e publicações com rigor, qualidade e oportunidade. Desta vez o estudo recai sobre a Avenida 23 de Julho que liga a Cova da Piedade a Corroios passando pelo centro do Laranjeiro, porquê?

António Ramos (História) Porque neste ano de 2023 faz exactamente 40 anos que a Câmara Municipal de Almada decidiu dar a parte da Estrada Nacional 10 o nome da Batalha acontecida na Cova da Piedade havia então 150 anos. Ficou o novo nome “Av. 23 de Julho de 1833” (Vitória Liberal).

Para além de assim comemorar e dar importância a essa data histórica, pretendeu-se tirar do esquecimento que a vitória Liberal sobre os Absolutistas começara aqui mesmo, entre nós, no concelho de Almada. Na altura não se conseguiu ir mais longe do que a alteração


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toponímica e que o escritor almadense Romeu Correia, a pedido, escrevesse um conto excepcional, que só o seu génio seria capaz e que se publicou com o título de “O 23 de Julho”. Falando disso bem merecia um dia ser reeditado.

Temos que colocar no mapa das comemorações do nosso concelho não só o 5 de Outubro de 1910 mas também a vitória dos valores liberais de então, que trouxeram importantes liberdades ao nosso país a começar pela Constituição de de 1822 e assim terminar com os vínculos medievais. Termino dando conta que através do aprofundamento da investigação junto de novas fontes e elaborando novas interpretações, iremos trazer novidades sobre a Batalha em si e a importância disso para Almada.

Voltando ao novo topónimo e à agora avenida com o nome da Batalha, interessava saber até que ponto, sob o ponto de vista histórico, os residentes, trabalhadores, estudantes e comerciantes sabem ou conhecem o que dizem as placas toponímicas. Será que sabem ou não o que foi e qual o significado da batalha de 1833? Lisboa e o País têm a data de 24 de Julho, mas nós temos Nesse sentido e para além o 23 de Julho e só temos a de questionários e outras ganhar em vincar que foi a 23 metodologias de auscultação de Julho, aqui, que a derrocada das populações criámos do absolutismo começou. parcerias com as escolas ligadas à Avenida, a saber o RUF - Este projecto tem Agrupamento de António o apoio das Uniões de Gedeão e Francisco Simões Freguesias Almada, Cova da mais a escola Comandante Piedade, Pragal e Cacilhas e Conceição e Silva. do Laranjeiro Feijó. Para além destas parcerias, existem C o m e s t a s p a r c e r i a s outras? Quais? procuraremos enfatizar nessas comunidades educativas Nuno Terenas (Psicologia) de cultura e saber, em que - Sim, para além do apoio ponto estamos quanto aos muito importante que temos conhecimentos da guerra civil obtido junto das Uniões de e da batalha que aconteceu há Freguesias Almada, Cova da 190 anos e o que poderemos Piedade, Pragal e Cacilhas fazer para o futuro. e do Laranjeiro, Feijó e das Escolas da zona de intervenção

da Avenida, temos também como parceira a USALMA - Universidade Sénior de Almada que é dinamizada pela APCAlmada - Associação de Professores do Concelho de Almada. Esta parceria visa a promoção de intercâmbio de ideias e experiências, incidindo essencialmente em áreas de interesse comum e estabelecimento de mecanismos de cooperação e está direccionada para a comunidade local em que se pretende a realização de um plano de iniciativas, acções e projectos, bem como a promoção de intercâmbio recíproco entre as instituições. Exemplo desta sinergia e cooperação institucional foi a apresentação do estudo intitulado “Trabalhar, Viver e Conviver. Largo 5 de Outubro de 1910 na Cova da Piedade realizado pelos investigadores s o c i a i s d a s Es co l a s d o Desportivo da Cova da Piedade no dia 5 de Outubro de 2022 na SFUAP; e actualmente com o estudo interdisciplinar sobre a Avenida 23 de Julho de 1833 (Vitória Liberal) no qual se pretende conhecer, reconhecer e valorizar este acontecimento quando se comemorarem os 190 anos


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da Batalha e os 40 anos da Geografia, a Antropologia, o atribuição do topónimo no Direito e, claro, a História. dia 23 de Julho de 2023. A Avenida 23 de Julho de Naturalmente temos todo 1833 é um meio urbano onde o interesse em continuar a se encontram e interagem ter mais parcerias, alargá-las diversas instituições que vão o mais possível, de forma a desde as Igrejas, as Escolas, aprofundar e enriquecer o o Comércio e Serviços e a conhecimento científico, por Habitação, ligando a Cova da um lado, e por outro darmos Piedade ao Laranjeiro. a conhecer o projecto das Escolas do Desportivo da Cova É a complexidade, a dimensão da Piedade que acreditamos e a heterogeneidade deste ser do interesse de todos dos espaço urbano que propicia cidadãos, logo também do novas e diferentes relações interesse da comunidade local. socioculturais que se pretende conhecer e compreender. RUF - Sabendo que esta data constitui um momento De salientar que os métodos e h i s t ó r i c o d e g r a n d e as técnicas de cada uma destas importância que outras áreas do conhecimento se vão áreas científ icas vão ser ajustar e trabalhar de forma a consideradas? permitir-nos apresentar um mais claro, mais profundo ou Ivone Marques (Antropologia) seja, um trabalho científico - A vossa pergunta parece inquestionável. indiciar que a “História” tem neste projecto um lugar RUF - Sabemos que têm especial. De facto, o momento o projecto organizado em histórico que a data de “23 de várias fases. O que é que já Julho de 1833” contém, assim está feito, em que fase estão o determina. e quando pensam apresentar o projecto? Mas este é um estudo interdisciplinar que vai Conceição Almeida (Geografia) juntar diferentes áreas do - O Estudo sobre a Avenida co n h e c i m e n to co m o a 23 de Julho de 1833 está a Sociologia, a Psicologia, a ser elaborado pela equipa de

investigadores é um trabalho em parceria com entidades religiosas, ensino, comércio, serviços e população em geral e está em desenvolvimento desde o momento que o anunciámos a 23 de Julho de 2022. Considerando os objectivos do projecto, foram definidas várias técnicas e modelos de investigação em várias fases. Numa 1ª fase definimos os métodos, técnicas e parcerias e fez-se a divulgação. Estamos no f inal da 2ª fase que é a elaboração de guiões de entrevista, Focos Grupo e Questionários. A 3ª fase compreende o trabalho de terreno e a 4ª fase a análise e produção de conteúdos para um livro que será apresentado, em princípio, a 23 de Julho de 2023. Estamos muito conf iantes neste projecto que conta com o interesse e apoio das Uniões de Freguesias de Almada e Laranjeiro e consideramos que poderá trazer algumas novidades e muito interesse para a comunidade e a gestão autárquica.


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Minha Rua Minha Vida

costura e renda! Fazia de tudo, aliás até já tive a oportunidade de ver pelos meus próprios olhos, numa das minhas visitas, a D. Maria Olinda mostroume vários bordados que fazia, mantas até, e digovos que é uma arte bastante pormenorizada (que devia ter lugar num museu, mas pronto, esta é apenas a minha opinião).

Os testemunhos de quem deu um pouco do seu tempo Bem, com o passar dos anos, o seu filho decidiu no projeto de voluntariado intergeracional dinamizado mudar-se para Almada, para onde depois a D. Maria pelo (RE)age em Rede - CLDS 4G

Olinda também veio. Aqui os seus passatempos vão desde ler muitos livros de mistério da biblioteca, Catarina Sardinha lanches com a sua querida neta e almoços de família aos domingos, sem esquecer que um dos & Sra. Maria Olinda seus grandes passatempos é contar-me expressões “D. Maria Olinda, uma senhora com uns olhos tão e ditados característicos da sua aldeia algarvia. lindos que sempre que passo uma tarde com eles me derreto na sua meiguice acolhedora. Esta menina algarvia viveu muitos anos ao pé da praia, Adorei este projeto, senti que a D. Maria Olinda foi onde passava os dias a ajudar os pais no seu negócio. uma amiga escolhida para mim, com quem tenho Sempre conhecida pelas suas mãos mágicas para muito para aprender, mas para rir ainda mais.” a costura e renda, mas principalmente pela sua compaixão e ombro-amigo, sendo que estas qualidades apenas melhoraram com os anos. Uma menina que se juntava nas festas da sua aldeia para dançar com as amigas, e onde também conheceu o seu querido marido “engenhoca” (com o dom especial para a patinagem em festinhas da altura!). Casaram, tiveram um filho (e um cãozinho), e decidiram então embarcar numa nova aventura… uma aventura a alguns quilómetros de Lagos. D. Maria Olinda e a sua família mudaram-se para Setúbal! Que eu genuinamente acho que é o sítio preferido desta minha querida amiga. Recomeçou do zero, deixou os negócios da família para trás e dedicou o seu tempo ao seu verdadeiro dom:


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MariA SOutilha & Sra. Maria raquel cardoso “Há quase 90 anos, na Ilha do Príncipe, nasceu uma menina amável que, segundo a mesma, é a “Terra do café, do chocolate e do tabaco”. Passou a infância rodeada por plantas exóticas e pelo mar, cujas memórias deste ainda lhe trazem muita satisfação. Sendo uma rapariga curiosa e intelectual - o que se verifica até aos dias de hoje – a D. Raquel sempre se dedicou aos estudos adotando uma paixão especial pela área das ciências, nomeadamente física, química e matemáticas. Contudo, devido às dificuldades da altura, a menina amável já feita mulher não pode prosseguir os estudos para a faculdade, sendo esse um dos desgostos da sua vida. Para além de passear, de comer chocolate e de estar na conversa sobre os mais diversos tópicos, algo que nós adorávamos fazer era ver os álbuns das viagens da D. Raquel. Apercebi-me de repente o quanto é importante revisitarmos o passado. Ou seja, as memórias, as histórias e as pessoas que outrora passaram por nós com apenas uma fotografia. Admito que era bonito ver a D. Raquel revisitar as suas viagens à Polónia, a França e até por Portugal. Contou-me dos museus que visitou, da sua filha ainda pequena nas fotos e do seu filho que ainda estava por nascer. Algo que sempre admirei na D. Raquel foi a forma como revisitava as suas memórias, sempre com ternura e serenidade. Tornou-se alguém que com o tempo atingiu a serenidade e satisfação com vida que levou. Com este projeto aprendi que uma

amizade entre duas pessoas não tem idade e que as memórias são aquilo com que ficamos.”


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Marta santos & Sr. adelino lopes

molha gigante e chegaram ao quartel militar todos ensopados”. Tenho a certeza que foi feliz nos seus “Todas as quintas-feiras tinha o encontro marcado tempos de tropa. com o Sr. Adelino, um senhor de sorriso fácil, sempre Para mim, uma experiência gratif icante, pronto a contar as suas piadas e com muitos enriquecedora e alegre. Muito obrigada Sr. Adelino, momentos de vida a querer partilhar. Sabendo foi um prazer partilhar este tempo da minha vida das minhas origens, sempre que me atendia as consigo e o meu desejo mais profundo é que seja videochamadas, a primeira pergunta que fazia imensamente feliz.” era se estava no Porto ou em Lisboa, o que no fim acabava sempre por levar à conversa de disputa futebolística entre os 2 clubes. Tinha gosto em falarme sobre o carinho pelo seu Benfica, e eu sempre com gosto em o “provocar” dizendo que ainda o iria converter em ser do Porto, apesar de saber perfeitamente que seria uma “missão” sem sucesso. A decoração benfiquista que recobria grande parte da sua sala, os quadros, cachecóis, calendários e fotografias dizia-me que seria impossível “tirar” o Benfica do Sr. Adelino e vice-versa. Desde 1972 que se encontra em Almada, tendose mudado para a casa onde vive atualmente em 1976, a qual conheci e na qual pude conhecer o Sr. Adelino pessoalmente (o Sr. Adelino, que não sabe o quão próxima me fazia sentir do meu avô, que estava no Porto enquanto eu prossigo os meus estudos em Lisboa, longe da família). Recorda com bastante entusiasmo a sua passagem pela tropa, que durou cerca de 3 anos e meio. Lembra-se de ter ido para lá com cerca de 19/20 anos e de aos 23 ainda por lá andar. Várias foram as sessões em que gostava de partilhar e reviver as aventuras que tinha passado com alguns colegas da tropa, os copos que bebiam juntos e as idas a jogos de futebol em concreto uma que nunca mais se esquece em que juntamente com um dos seus melhores amigos da altura “apanharam uma


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Teresa rodrigues & emília

O sorriso rasgado e os olhos brilhantes revelam a incrível viagem que mentalmente está a fazer até aquele especial lugar na Vila de Ourique, até às “Quantas vezes viste nascer o dia? suas memórias de infância e jovem adulta até aos seus 20 anos. Altura que veio para Almada, rumo Era com esta pergunta que a Emília semanalmente ao «sonho urbano».” iniciava as nossas conversas. Emília nasceu em Ourique, uma vila alentejana pertencente ao distrito de Beja. Filha mais nova de um casal de agricultores e produtores de animais, todos tinham um afazer no trabalho de campo. Diz-nos a Emília que o trabalho era mais do que muito e que nunca houve tempo ou cabeça para ter frio ou pensar em escola. Diz-nos também, por isso, que viu nascer o dia vezes de mais. Esta é a sua memória mais antiga e também a mais presente. Neste momento fazia uma breve pausa, de um dia de trabalho que já ia longo. Aqui pensava em tudo – sonhos, outra vida para além de Ourique, o fim da pesada ditadura salazarista – ou em quase nada. Vida e trabalho pesado, cuidado com os «bufos» e viver às escondidas. É desta forma que Emília descreve a vida «da sua altura». Recorda com orgulho e ainda algum medo à mistura, as reuniões antisistema que o seu pai organizava secretamente em casa, juntamente com outros homens e mulheres, que pouco entendiam de política, mas que muito percebiam de valores, de direitos dos trabalhadores. Quantas vezes viste nascer o dia? Insiste a Emília. Foram poucas as vezes, tão raras que me fogem da memória, digo-lhe eu. Pergunta-me várias vezes de onde venho. Respondo-lhe que nasci em Lisboa e sempre vivi por estes lados. Emília remata que o dia quando nasce é para todos, mas não há nascer de dia como no Alentejo.

Para mais informações sobre o projeto de voluntariado pode contactar: Sara Barreto – sfbarreto@scma.pt Teresa Rodrigues – tlrodrigues@scma.pt


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inauguração da

web radio a No dia 06/02/2023, registou-se a inauguração da Web Rádio A, Voz de Todos Nós, no âmbito do Projeto ERASMUS + SHARAD, durante a atividade desenvolvida, Evento Multiplicador, da responsabilidade da entidade parceira Almada Mundo Associação. O Evento Multiplicador realizado de 06 a 11 de fevereiro, permitiu através da Rádio A, capacitar equipas para difundir e multiplicar informação, dando a conhecer o Projeto SHARAD, os seus objetivos e potencialidades de comunicação, de forma a promover a inclusão das comunidades mais vulneráveis, numa perspetiva intercultural, de proximidade para memória futura. A abertura, formal decorreu em torno de uma temática de referência: “A Importância da Rádio no Processo de Inclusão Social em Almada e no Mundo” A presença e participação da Presidente da União de Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas, Dra. Maria de Assis, a primeira voz da Radio A, foi muito significativa e gratificante. O Centro Cultural Fernão Mendes Pinto, sede da Radio A, ofereceu, deste modo, um momento histórico de conversa de âmbito local e internacional, proporcionando a oportunidade de lançar em simultâneo a Rádio A e o Evento Multiplicador SHARAD 2023. Este facto reforçou o alcance da iniciativa, em termos de divulgação e celebração da comunicação radiofónica, como meio de dar voz à comunidade em particular, as crianças, jovens, adultos e sénios de Almada e do Mundo. Na entrevista, a presidente Maria de Assis destacou a importância da Rádio A ao servicito da inclusão social, valorizando a riqueza da diversidade cultural de Almada, num contexto de proximidade e fraternidade.

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intervenções no espaço público e escolas Foram muitas as intervenções levadas a cabo pela União das Freguesias nestes últimos meses no espaço público e nas nossas escolas. Desta vez destacamos a reparação de balizas, corrimãos, a pintura de muros e topomínia e colocação de equipamentos fitness. A destacar ainda a manutenção e plantação na horta dos Caranguejais e da Escola Feliciano Oleiro.


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Ginjal um cais de memórias A história do Ginjal perde-se na noite dos tempos… Foi, sem dúvida, um dos principais pontos estratégicos do concelho, de forte actividade industrial e comercial. Desde os princípios da segunda metade do século XIX, o Ginjal era já um importante aglomerado operário e industrial, com estaleiros navais de Hugo Parry; armazéns de vinhos, vinagres, aguardentes e azeite da Família Teotónio Pereira; oficinas de tanoaria; fábricas de conserva de peixe; empresa de recuperação de estanho; armazéns de isco e f rigoríf icos para apoio dos navios de pesca alto, o Grémio do Bacalhau; fábrica de cal; fábrica de manipulação de cortiça, entre outros estabelecimentos. Um cais de lenços brancos e até de lágrimas, quando os navios de pesca do bacalhau no Grémio partiam para mares distantes, de águas gélidas. O Ginjal compreendia toda a extensão da margem sul do Tejo, entre a Estação Fluvial, de embarque de Cacilhas, e os armazéns situados no cais, junto das “escadinhas” que dão acesso ao centro histórico de Almada, pela «Boca do Vento». Era um local muito frequentado pelos alfacinhas, marinheiros portugueses e estrangeiros dos navios fundeados no Tejo, devido aos típicos “retiros” com comes e bebes e onde se cantava o fado. A vida castiça dos clientes que frequentavam as

antigas tabernas e os “retiros” do Ginjal foi registada por escritores e jornalistas de Lisboa. Desde os princípios da década de 1910, os “retiros” da “Marraca”, da “Parreirinha” e, em especial do “Retiro Universo”, assim como a famosa “taberna do Corredor”, eram locais procurados pelos alfacinhas. Por exemplo, o antigo “Retiro Universo”, situado junto ao cais que dava acesso pelo Ginjal, ou pela Rua das Terras (atual Rua Carvalho Freirinha), possuía um belo salão onde se exibia um dos melhores animatógrafos desta margem do Tejo, aos sábados e domingos. Atraídos pelo fado e boas caldeiradas e do vinho de “pique” ou de “agulha”, organizavam-se tertúlias que duravam de manhã até às altas horas da noite. A dita “taberna do Corredor”, na qual estabeleceu-se o Luís dos Galos e a sua mulher, Dª. Emília, também constituía ponto “sagrado” de reunião dos fadistas. O escritor Romeu Correia contava que por ali passaram os mais famosos poetas populares: João Black, Carlos Pitocero, Júlio Janota “O Poço sem Fundo”, Guilherme Coração e outros que tais. A partir da implantação da República, alguns armazéns foram adaptados a casas de pasto, onde as sua apreciadas caldeiradas, sardinhas assadas, ostras abertas nos fogareiros junto às suas portas, mariscos, faziam a delícia dos forasteiros que, até à década de 1930, ainda utilizavam o grande divertimento local: as burricadas. A noroeste do concorrido «Largo de Cacilhas», as gentes passeavam para a frente e para trás, na estreita passagem entre as casas do Ginjal e a Estação Fluvial, que dá acesso a um cais e, para sul, viviase a azáfama das oficinas (com destaque

para a SORENA), dos armazéns e dos barcos atracados. Junto à dita passagem, a seguir às décadas de 1940-1960, apenas existiam (exceptuando algumas “casas da restauração” ou restaurantes, como a “Estrela do Ginjal”, o “Gonçalves”, a “Floresta”,…) armazéns e oficinas e, em especial, depósitos de peixe e de vinho. Acerca do “bacalhau”, pode-se ver na imagem, (foto da colecção do Arquivo da Administração do Porto de Lisboa, finais da década de 1950 ou início da década de 1960), a titulo de curiosidade, o edifício moderno sobre a falésia, que era uma fábrica (com reputação nacional) de óleo de fígado de bacalhau. A partir de então, assiste-se a uma evolução modernista de alguns restaurantes que subiram andares, como foi o caso do conhecido restaurante “Floresta”. Ginjal, um cais de memórias que, outrora, foi um polo de grande desenvolvimento para o país. Mas… olharmos hoje para o Ginjal sentimos algo de abandono e triste. Esperamos que esta zona ribeirinha venha a ser renovada para benefício da comunidade e do turismo local.

Alexandre Flores Bibliotecário e Historiador


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CURTAS COMEMORAÇÕES 25 DE ABRIL A Praça da Liberdade e a Praça do Movimento das Forças Armadas em Almada receberam as comemorações do 49º aniversário do 25 de Abril 1974. Todas as freguesias do concelho, juntamente com as Bandas Filarmónicas, Fanfarras dos Bombeiros e o Movimento Associativo do concelho celebraram juntos, com a nossa população, o Dia da Liberdade. A deposição das Coroas decorreu na Praça do Movimento das Forças Armadas. Seguiu-se de atuações das associações e coletividades do nosso concelho de Almada.

FESTIVAL DE JAZZ MANOUCHE 2023 O Festival de Jazz Manouche regressou ao Cine Incrível - Alma Danada, para mais mais 4 dias de festa. De 18 a 21 de maio o Cine Incrivel - Alma Danada recebeu o Festival de Jazz Manouche com o apoio da União das Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas. Foram quatro dias de muito ritmo swing dos anos 20 e 30 e jazz cigano. A segunda edição do Jazz Manouche terminou com uma aula de dança aberta ao público com os bailarinos da Escola de Dança Blues & Swing Lisboa que dançaram ao som de Manouche Station.

CONCURSO CELEBRAR O 25 DE ABRIL Este ano, no âmbito das comemorações do 49º aniversário do 25 de abril, em parceria com a URAP, a União das Freguesias, realizou mais uma edição do concurso celebrar o 25 de abril nas escolas do primeiro ciclo do território. Estiveram a concurso 8 escolas num total de 49 trabalhos entregues. Estes trabalhos estiveram em exposição no Centro Cultural Fernão Mendes Pinto e terminaram a percorrer as escolas do nosso território durante o mês de junho.


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FESTA DA MAIA Decorreu no dia 1 de maio a Festa da Maia no Largo da Romeira e no Jardim da Cova da Piedade. Esta festa tem origem na mitologia romana e na deusa Maia Maiestas, que representa a fecundidade e a primavera. Foi trazida por populações migrantes, oriundas do Algarve, que encontraram trabalho na Romeira, onde se instalaram duas das maiores unidades industriais corticeiras no concelho de Almada. Perto das fábricas surgiram vilas operárias, entre as quais a Vila Maria da Conceição, onde as mulheres algarvias – filhas, esposas e operárias - assumiram o primeiro dia de maio para assinalar o fim do inverno e a chegada da primavera, colocando à entrada da Vila uma boneca vestida de branco enfeitada com flores, feita por si. Desde 1992, por iniciativa do Jardim Infantil da Romeira, que se passou a realizar o desfile entre o Largo da Romeira e o Jardim da Cova da Piedade. A boneca “Maia” também mudou, pelas mãos de Amélia Albuquerque, que a tornou mais rica, em vez de camponesa. Como sinal de ascensão na vida ostenta, desde então, fios de ouro.

PROJECTO MIC- MICRO INTERVENÇÕES COMUNITÁRIAS A União das Freguesias, juntamente com a Santa Casa da Misericórdia de Almada - projeto (RE)age em Rede - CLDS 4G - e os moradores do Bairro Cor de Rosa, inauguraram as Micro Intervenções Comunitárias realizadas neste território. O MIC é um programa que visa promover a aproximação da comunidade ao debate sobre os problemas e as necessidades da zona envolvente de r esidência, com a sugestão de oportunidades de melhoria que beneficiem o bem-estar da comunidade. Este projeto é desenvolvido pela SCMA e financiado pela União das Freguesias. Muitos parabéns a todos os que participaram!

O BAIRRO COR-DE-ROSA MAIS VERDE! Um Bairro limpo e cuidado precisa do contributo de todos. E foi precisamente com todos que se fez esta ação de limpeza, no Bairro Cor-de-Rosa, onde vários membros do executivo, da nossa comunidade e da Higiene Urbana se juntaram para recolher lixo, monos, plantar árvores e cuidar do espaço público! É uma atividade que queremos repetir, mas a melhor forma de cuidar do nosso espaço é com gestos diários de todos nós! Contamos consigo!


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COMEMORAÇÕES DO DIA INTERNACIONAL DA CRIANÇA No âmbito das comemorações do Dia Internacional da Criança, a União das Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas, proporcionou às crianças da nossa freguesias diversas atividades. No dia 1 de junho houve hora do Conto em parceria com a Bandlivros para o préescolar das escolas do 1º ciclo da Cova da Piedade (nos 1, 2 e EB da Cova da Piedade) e a ida ao Fórum Romeu Correia, ver a peça infantil “Beatriz e o Peixe Palhaço EL Sapinho”, em parceria com o Teatro Extremo, para as crianças do 1º ciclo da Escola Rogério Ribeiro. No dia 3 de junho em parceria com o Estuário Coletivo, realizou-se em Cacilhas a iniciativa “Cidade das Crianças”. Já no dia 4, no Jardim da Cova da Piedade, realizou-se a Hora do Conto em parceria com a Bandlivros, para as crianças que estiverem neste espaço.

FEIRA DE CACILHAS O renovado Largo de Cacilhas foi palco da Feira de Cacilhas durante quatro dias. Além de tasquinhas, o programa de festas incluiu animação e insufláveis. Esperamos que se tenha divertido e aproveitado mais este momento de festa no nosso território.

BALCÃO VIRTUAL Se é residente e recenseado na nossa União das Freguesias, poderá aceder à nossa plataforma on-line - Balcão Virtual - e ter acesso aos seguintes serviços: - Atestados de Residência e Registo de Animais de Companhia (apenas o 1.º registo e respectiva licença). São estes os dois primeiros serviços disponibilizados por esta área digital, potencializando a interatividade entre os cidadãos e a União de Freguesias, possibilitando de forma rápida, cómoda e eficiente, o atendimento administrativo e contribuindo assim para uma melhor resposta face às necessidades dos cidadãos. Esperamos por si


Oficinas de Teatro 24 a 28 Marinheiro por 5 dias 26 a 28 Polícia por 3 dias 27 a 30 Torneio de Verão de Futsal

17 a 20 Sol da Caparica

Festas em honra da 7 a 10 Nossa Senhora da Piedade

VAI ACONTECE

JUL AGO SET JUL SET

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23 Caminhada CIMO+UFACPPC


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Presidente Maria D’Assis

Vogal Manuel Batista

presidente@uf-acppc.pt 5ªs Feiras : 14:30h às 16:30h

manuel.batista@uf-acppc.pt 4ªas e 2ªas Feiras : 15:00h às 17:30h

Vogal Paulo Figueiredo

Tesoureira Maria do Céu

paulo.figueiredo@uf-acppc.pt

maria.silva@uf-acppc.pt 2ªas e 4ªs Feiras : 12:00h às 13:30h

3ªs Feiras : 15:30h às 17:30h

Secretária Filomena Paris

filomena.paris@uf-acppc.pt 2ªs Feiras : 10:00h às 12:00h

Vogal Raquel Pacheco

raquel.pacheco@uf-acppc.pt 3ªs Feiras : 14:30h às 16:30h

Vogal Carlos Martins

carlos.martins@uf-acppc.pt 4ªas Feiras : 16:00h às 17:30h

EXECUTIVO assembleia

PS MESA Inês Moreira Simões Presidente Marco André Pereira Gamaliel Alves (PS) Tiago Alexandre Polena Pedro Marco Artur Casanova do Carmo 1ª Secretário Diogo Filipe Cristo dos Reis Hilário Paulo Maria Leonor da Silva Borges (PS) 2ª Secretária Anabela Barbosa Martins de Pinho (PS) Email: c-almada@ps.pt

CDU Ana Margarida Figueiredo Alves Luna de Carvalho Susana Cristina da Fonseca Vinagre Montalvo Carlos Augusto Aurélio Alves Leal João Fernando Filipe Marcos Rosa Maria Simão Martins Nuno Jorge Lança Santana Ilda de Lurdes de Oliveira Dâmaso Garrett João Nuno Redondo Abrantes

PSD Célia Maria Infante Mateus Bruno Rafael Esteves Manso Ribeiro

CHEGA Nuno Alexandre Oliveira Mendes

Email:psdalmada@gmail.com

BE Luís Filipe da Cruz Pereira Anabela Augusta Dias de Almeida Mangas Email:almadabloco@gmail.com

Email: almada@cdu.pt

Email: PartidoChegaAlmada@Gmail. com


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Almada

Cova da Piedade

Rua D. Leonor de Mascarenhas, 44-A, 2804-522 Almada

Rua José Ferreira Jorge, 12-B 2805-181 Almada

Tel: 212 722 540

Tel: 212 767 948

Fax: 212 722 549

Fax: 212 755 112

Monos: 800 100 304

Monos: 800 100 304

Email: geralalmada@uf-acppc.pt

Email: geralcovadapiedade@uf-acppc.pt

Secretaria: 09h00 - 12h15 e das 13h30 - 16h45 Por marcação - Quintas até às 20h

Secretaria: 09h00 - 12h15 e das 13h30 - 16h45

SMAS: 09h00 - 12h15 e das 13h30 - 16h45

SMAS: 09h00 - 12h15 e das 13h30 - 16h45

Pragal

Cacilhas

Rua Cidade de Ostrava, 8 2800-681 Almada

Rua Liberato Teles, 6-A 2800-291 Almada

Tel: 212 747 136/7

Tel: 212 732 943

Fax: 212 757 324

Fax: 212 760 217

Monos: 800 100 304

Monos: 800 100 304

Email: geralpragal@uf-acppc.pt

Email: geralcacilhas@uf-acppc.pt

Secretaria: 09h00 - 12h15 e das 13h30 - 16h45

Secretaria: 09h00- 12h15 e das 13h30 - 16h45 Por marcação - Quartas e Quintas até às 20h

SMAS: 09h00 - 12h15 e das 13h30 - 16h45

SMAS: 09h00 - 12h15 e das 13h30 - 16h45


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