Edicao 28 07 16

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Feira de Santana, quinta-feira 28 julho de 2016

ANO XVI - Nº 2.593

R$ 1

ATENDIMENTO (75)3225-7500

Uefs condena Escola sem partido O Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Estadual de Feira de Santana se manifestou contrário ao projeto da Escola sem partido, que prega o combate à doutrinação ideológica ou religiosa em sala de aula. Para o Conselho, o movimento semeia “intolerância e visão única, que sempre foram alimento das piores formas de autoritarismo, como o fascismo e o nazismo”.

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Coretos maltratados, apesar do tombamento O coreto da Bernardino Bahia, mais comprometido com a atividade comercial, é o que tem pior estado de conservação

Edificação identificada com os tempos áureos das fanfarras, três coretos de Feira de Santana estão tombados. Mas o estado de conservação deixa muito a desejar, com exceção daquele que vive sob a proteção da igreja.

Desemprego de janeiro a junho

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Feira de Santana, quinta-feira 28 julho de 2016

Coretos: tombados e mal cuidados Lana Mattos

No início do século passado, eles eram palcos de concertos, retretas, discursos políticos e a comunidade se reunia em seu entorno. Dentre os bens tombados no Centro Comercial de Feira de Santana, três são coretos, localizados nas praças Monsenhor Galvão (a da igreja Matriz), Bernardino Bahia e Fróes da Motta. Embora representem um importante legado histórico, e por isso serem tombados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), estes coretos não são cuidados e valorizados como deveriam. O mais antigo é também o mais maltratado. Construído em 1915 pelo Intendente Coronel Bernardino Bahia, o coreto da praça que leva o seu nome necessita de uma boa reforma. Juracy Oliveira Brandão e sua esposa, Sheila Lima de Oliveira, são os permissionários do coreto – que já passou por vários empresários - desde 2006, quando passaram a administrar o bar e lanchonete que fica no primeiro piso. Eles pagam uma taxa mensal, cujo valor preferiram não divulgar. Juracy disse que sua obrigação para com o patrimônio tombado é, basicamente, manter sua característica externa (na parte interior do comércio é permitido fazer reforma), as condições de higiene e disponibilizá-lo para a prefeitura, caso deseje realizar algum evento no primeiro andar. Ele diz que apenas pintou o imóvel, mantendo a mesma cor. Sheila conta que considera o bem importante “pelo fato de manter aquela coisa histórica do patrimônio” onde as pessoas podem visitar e até pensar: “Esse coreto é mais velho que meu avô. Isso também é importante e bonito”. O que ainda cumpre seu tradicional papel é

Projeto poderá “ressuscitar” coretos

Bem conservado só o coreto da Matriz, aqui enfeitado para as festividades da padroeira

o centenário coreto da Matriz. Construído em 1916, pela comissão da Festa de Nossa Senhora Sant’Anna, foi palco, na última terça-feira (16) da concentração da procissão da Padroeira da cidade, de onde, com microfones, os religiosos apresentaram as imagens da devoção católica. Sob os cuidados da Igreja, o coreto da Praça da Matriz precisa de uma pequena reforma, basicamente com pintura e reparos no teto. 1919 foi o ano de edificação do coreto da Praça Fróes da Motta, erguido pelo intendente Augustinho Fróes da Motta. Há pequenas lanchonetes em sua base, mas sem cartazes e com pintura recente. Apenas o

forro do teto, de madeira, está bastante desgastado, necessitando ser trocado. Conhecedor do patrimônio feirense, o secretário de Planejamento, Carlos Brito, que é vicepresidente da Fundação Senhor dos Passos, explica que “o coreto da Fróes da Motta tem a parte de baixo, mas ele está quase que na sua originalidade; o da Matriz está original; no que houve uma alteração, o da Praça Bernardino Bahia, está sendo estudado um meio para que nós possamos exigir do proprietário que ele volte à sua originalidade”. Um mosaico com cactos típicos da vegetação sertaneja ilustra as paredes do coreto da praça Bernardino Bahia. Mas está sobreposto por vários

cartazes, como anúncio de festa, cerveja, refrigerante e o cardápio do café-damanhã do local. O casal que explora o comércio alega que alguns panfletos de igreja são colados à noite e os anúncios de bebidas são colocados pelos representantes das distribuidoras. Admitem que a fiscalização da prefeitura reclama dessa poluição visual. Sheila garante que “vai até se policiar com relação aos representantes para não colocar mais anúncios”. Entretanto, Brito contou que o mosaico não faz parte da estrutura original do coreto e acabou descaracterizando-o. Ele acredita que houve negligência quando o mosaico foi feito, há mais de 30 anos.

O mais antigo é também o mais maltratado, na praça Bernardino Bahia

O secretário de Planejamento contou que ele próprio está projetando um retorno das apresentações culturais nos coretos, além da restauração dos antigos palcos, voltando à sua arquitetura original, mas sem retirar os comércios. Conforme ele, a obrigação de preservar um bem tombado inicialmente é do proprietário. Se ele não tiver condição, o órgão tombador – no caso, o IPAC – deve criar os meios de restaurar o bem. Os planos de restauração de Brito que ainda estão sendo traçados e não têm data para implantação - não se limitam aos coretos. Incluem os demais patrimônios tombados do município – Paço Municipal Maria Quitéria (prédio da prefeitura), prédio da Escola Maria Quitéria, Casarão Fróes da Motta, Igreja Catedral de Santana, Capela de Nossa Senhora dos Remédios, prédio do Arquivo Público Municipal e Igreja Senhor dos Passos. Além dos que estão em tombamento provisório, ou seja, em processo de tombamento: o antigo prédio da Santa Casa de Misericórdia; o Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA);

os prédios da Sociedade Filarmônica 25 de Março, do Montepio dos Artistas Feirenses e da Filarmônica Vitória, todos na Rua Conselheiro Franco; o prédio da Câmara de Vereadores e o Mercado de Arte Popular (MAP), além da estátua do Padre Ovídio, na praça Monsenhor Galvão, que o secretário acredita que merece ser tombada. “Você tem uma riqueza. Eu chamo sempre de ‘a poligonal do patrimônio histórico e cultural de nossa terra’”, enfatiza o secretário. Em 2013 foi sancionada uma lei que permite que bens do patrimônio cultural sejam tombados pelo próprio município. Próximo ao Casarão, também chamado de Vila Fróes da Motta, a praça que abriga o coreto é bela e seria um convite a uma leitura, passeio para casais ou famílias nos finais de semana e feriados, caso não fosse perigosa, porque muito deserta quando o comércio está fechado. Brito reconhece que a segurança também deve fazer parte do projeto, para que os bens culturais sejam mais visitados, e que a Praça Fróes da Motta deve ser transformada em um “point cultural”.

O teto se estragando é o problema do coreto na praça Fróes da Mota

Por um Hospital Universitário para a UEFS “Precisamos formar médicos maximamente eficientes e minimamente invasivos à integridade física, econômica e afetiva do paciente” Professor César Oliveira


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Glauco Wanderley

redacao@tribunafeirense.com.br

Fantasmas no Clériston? De jeito nenhum! (?)

Bahia um pouco menos pobre

Uma história curiosa envolveu o Clériston Andrade e o Ministério Público nos últimos dias, quando um médico do hospital foi denunciar que estava sendo perseguido por denunciar colegas que apareciam na escala de plantão e recebiam salário, mas no trabalho não aparecem jamais. O profissional foi ao Ministério Público porque ao retornar de licença sem vencimento descobriu que tinha sido pedida sua remoção do HGCA, contra sua vontade. O médico

Em reunião com autoridade estrangeira na Governadoria, Rui Costa gabou-se por ter sido a Bahia o estado que tirou mais gente da linha da pobreza. O caso é que o feito tem duas faces. A Bahia é o estado mais populoso da região mais pobre, o Nordeste. Sendo o que tem mais pobres,

Maurício de Almeida Pereira atribuiu a medida ao fato de ter denunciado os faltosos ao Conselho Regional de Medicina e à Ouvidoria do SUS. Acontece que sua visita ao promotor Tiago Quadros vazou para a imprensa. O documento que registra o relato foi fotografado com celular e distribuído via WhatsApp. A sombra da mão do autor da foto aparece sobre o papel. Com isso, a queixa do médico, que tinha conotação de defesa, virou ataque.

Ouvido pela imprensa, o diretor do hospital, José Carlos Pitangueiras, negou irregularidades. Ele mesmo já falou diversas vezes que havia sim, gente que não trabalhava. Mas diz que isso acabou após sua chegada, já que controla pessoalmente o ponto, que fica em sua própria sala para ser assinado. Quando falou ao promotor, entretanto, Maurício disse que tinha provas e testemunha. A sociedade aguarda que se verdadeira, a denúncia

produza efeitos. Ainda esta semana o governo do estado divulgou casos de servidores que pediam licenças médicas, geralmente por motivos psicológicos, e continuavam a trabalhar em empregos particulares. Correm risco de perder o emprego e serem obrigados a devolver o dinheiro ganho indevidamente dos cofres públicos. Fazer isto na área de Saúde é dupla iniquidade. Pelo roubo do dinheiro público e pelo buraco que deixa no atendimento à população.

Yankees solidários 39 deputados assinaram carta endereçada ao secretário de Estado, John Kerry, dizendo que têm “profunda preocupação com acontecimentos recentes no Brasil, que acreditamos ameaçar as instituições democráticas daquele país”. Os 39 deputados não são do Psol ou do PT. São americanos mesmo, do Partido Democrata. Ou seja, Dilma, que teve 22 votos contra o

Convenção consagradora

A força de José Ronaldo como candidato à reeleição já era bem conhecida. Mas a demonstração na convenção realizada na lotada casa de shows Ária, na avenida Presidente Dutra, mostrou que vai ser uma missão no mínimo muito difícil arrancálo da cadeira na eleição que se aproxima. Aglutinar 18 partidos, por mais que muitos nanicos estejam entre eles, não é tarefa fácil. Receber o reconhecimento público de uma liderança como ACM Neto, cotadíssimo já como pré-candidato a governador em 2018, foi outra grande demonstração de prestígio. O prefeito da capital, dono de alta dose de popularidade, disse que se inspirou em Ronaldo quando assumiu a prefeitura, junto com a tarefa de resgatar a autoestima soteropolitana. “Eu procurei me espelhar e me inspirar no trabalho que José Ronaldo realiza como prefeito. Eu

precisava de uma referência de administrador e eu não tive dúvida de buscar a experiência de José Ronaldo, que é um homem sério, em um país que vive na política uma crise moral e ética, que faz a gente se envergonhar toda vez que liga a TV com os escândalos que acontecem”, discursou. Não foi irrelevante também a confissão de Irmão Lázaro, que até outro dia ameaçava lançar-se na disputa, o que poderia causar um estrago considerável no projeto de Ronaldo. Na convenção, o cantor evangélico mostrou-se grato, ao declarar que foi o prefeito quem o incentivou a se candidatar a deputado federal (um episódio, por sinal, interpretado na época como uma rasteira letal para Fernando Torres, que até então tinha ligações fortes com Lázaro e acabou ficando na suplência). O grau de sinceridade de tais manifestações é

irrelevante. Importa é que estavam todos gravitando naquele evento ao redor da liderança na qual enxergam real expectativa de poder. O

era aquele onde mais gente poderia sair da pior faixa de renda. Pelo menos Rui apontou na direção do ideal correto. “O nosso sonho é que, se hoje são necessários na Bahia programas sociais como o Bolsa Família, que coloca na nossa economia R$ 3,6 bilhões, no futuro não tenhamos mais essas pessoas na linha da pobreza”.

impeachment na abertura do processo no Senado, está com mais apoio no Congresso norteamericano que no brasileiro. Aliás, até o PT tem se omitido na defesa da presidente afastada, parecendo já dar como favas contadas seu impedimento definitivo, e fazendonos desconfiar que preferem assim. Jaques Wagner continua entre os poucos aliados fieis, em contato permanente com a cada dia mais expresidente.

Sindicatos amigos que foi aliás uma repetição do que ocorrera dias antes, quando das festividades relacionadas ao aniversário do prefeito.

Incertezas e insegurança

Enquanto isso, os adversários nitidamente batem cabeça e vão deixando para os últimos dias de prazo aquilo que já não se pode mais adiar. José Raimundo, ex-prefeito, desistiu, Fernando Torres tomou o mesmo rumo, Ângelo Almeida andou desanimado pela falta de recursos, mas após reunião com a cúpula estadual do partido resolveu que vai encarar, Jairo Carneiro foi colocado numa posição de fragilidade, como candidato coadjuvante para tirar o que puder de votos de Ronaldo, Zé Neto vem mais fragilizado que nas eleições anteriores, pela péssima imagem do partido, o Psol não consegue se decidir sobre lançar Jhonatas Monteiro como candidato a prefeito ou vereador.

Para todos os gostos

Ronaldo saiu catando minutos e segundos disponíveis no horário eleitoral, sem fazer distinção de tamanho ou relevância das 18 legendas integrantes da coligação. Só não arrastou para seu lado quem não podia mesmo vir. Além dos partidos do candidato (DEM) e do seu vice Colbert (PMDB), a coligação reúne PSDB, PSC, PPS, PSL, PT DO B, PPL, PTC, PMB, PRB, PTB, PRP, PHS, PEN, PMN, PV e Solidariedade.

Justo quando o Ministério Público pede providências para que a prefeitura não contrate por meio de cooperativas enquanto houver servidores concursados aprovados em 2012 e ainda não convocados, surgem dois “sindicatos de cooperados”. De Saúde e da Administração. Os sindicatos tem cara de governista e corpo de governista. Se apresentaram em evento comandado pelo Sindicato de Servidores

Municipais, com a presença de vários secretários do governo e, como se não bastasse, com uma fala, da convidada Sandra Campos, presidente da FETRABRAS (Federação Nacional dos Trabalhadores Cooperados), referindo-se assim a José Ronaldo de Carvalho: “Vocês têm um prefeito que é parceiro e trabalha pelo povo”.

Raridade Uma rara indicação política consistente. Indicado pelo PR, assumiu a Secretaria de Turismo o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens na Bahia, José Alves, profissional com 27 anos de experiência no setor. Nelson Pelegrino, petista que deixou o cargo, retoma o mandato de deputado federal, para o qual foi eleito em 2014, sem ter exercido nada até o momento. Deixa Brasília o suplente Davidson Magalhães, do PC do B, que concorre a prefeito de Itabuna.


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Feira de Santana, quinta-feira 28 julho de 2016

Educação enviesada Em todo sistema totalitário, ou com tendência a tal, a manipulação da educação é vital. Ela é um sutil, prolongado, quase irremovível, sistema de dominação, pois fica incrustado na lógica de pensamento do indivíduo. Basta olharmos de Cuba a Coréia do Norte para enxergarmos esta realidade. Ela é uma oferenda, aparentemente de qualidade, para ocupar mentes e almas. Achar que não existe um majoritário discurso a favor da esquerda no ensino é querer tapar o sol com a peneira, ou lutar por manter a dominação ideológica. Nestes tempos de internet os exemplos proliferam: questões de prova com viés, livros didáticos com informação direcionada, declarações de professores nas redes sociais de militância em sala de aula, tentativa de suprimir parte da história européia no novo projeto de currículo nacional e por aí vai. A verdade é que, no cotidiano, há um

discurso negativo contra o capitalismo e a globalização e favorável ao socialismo, sem mostrar suas mazelas. Alguns dizem que nenhum professor lhe doutrinou. Esquecem que a doutrinação não se faz apenas na forma ativa, mas, também, na passiva, pela sonegação de outros pensadores e correntes de pensamento. O aluno, muitas vezes por nem saber, acha que não foi doutrinado. Ledo e ideológico engano. Evidente que nem toda escola padece deste mal, mas o tom é dominante nas universidades e também no ensino médio. O projeto da Escola Sem Partido que pretende que o ensino sofra menos influência ideológica, é acusado por alguns de ferir a liberdade de expressão, um direito constitucional. O professor tem liberdade de ensino, de cátedra, com um plano de ensino e plano de aula a serem cumpridos, respeitando a neutralidade do Estado. Ele pode opinar, mas a liberdade de expressão tem seus

limites em sala. Afinal, não podemos esquecer que estamos diante de uma população vulnerável. Se o professor puder falar o que quiser em sala, acaba-se o planejamento curricular. Liberdade de expressão destina-se a seus espaços pessoais, públicos ou de representação. Aliás, não custa lembrar a famosa e sempre citada frase de Oliver Holmes: liberdade de expressão não dá direito a alguém de gritar “FOGO!” em um teatro lotado. É preciso sim manter a pluralidade e o debate, mas é preciso evitar o molestamento político desta população tão influenciável. O debate precisa ser realmente diverso, amplo, equilibrado, com exposição das diversas correntes de pensamento, para permitir ao aluno suas escolhas. Ele não pode estar submetido às escolhas pessoais do professor. Na situação atual, os alunos, que já têm o medo hierárquico, convivem, também, com

Olimpíada

Evidente que não se pode torcer contra as Olimpíadas e muito menos contra nossos atletas. A euforia, no entanto, não deve nos impedir de reconhecer que o consórcio construtor da Vila Olímpica falhou ao não fazer um esforço final para entregar os prédios em condições de ocupação. E só está correndo para fechar a porta depois de roubado, ou melhor, depois que o Brasil foi exposto ao mundo.

Olimpíada II

Embora excessivas, falhas em Vilas Olímpicas não deixam de acontecer. A situação mais vergonhosa, no entanto, está na polução ambiental onde serão disputadas as provas aquáticas. A imundície não consegue ser escondida pelos Ecobarcos que recolhem o lixo na Baia de Guanabara. Os bilhões investidos na eterna despoluição não resolveram os problemas apesar das promessas. E as promessas do prefeito Eduardo Paes são apenas algo a mais boiando...

França o medo de contrariar o discurso esquerdista, de minorias, ou o politicamente correto nos ambientes de ensino. O projeto do Escola Sem Partido, já tem o mérito de ter aberto esta discussão e dado visibilidade a um tema que sempre ficou oculto. Ele não impede o professor de opinar. Apenas pede que um cartaz seja colado nas salas dizendo que o debate deve ser diverso e amplo. Por que o medo? É preciso ler o projeto, fazer sugestões, - e até acho que alguns itens devem ser retirados melhorar sua formulação para que ele garanta a amplitude que se deseja, sem se tornar limitante de direitos. Pela reação emocional que ele criou, fica parecendo que tem muita gente sem querer abrir mão do “poder” e ambição de “formador de almas” segundo suas convicções, sem admitir questionamentos ou debates. E não deve ser por aí...

Impeachment

Impressionante como Dilma já se tornou letra morta. Não há mais mobilização por seu retorno. A população já aceita o fato consumado e Michel Temer como opção inevitável diante do caos que a ex-presidente deixou o país.

Campanha

A delação de João Santana, ex-marqueteiro do PT, foi demolidora para Dilma. Fica claro que o dinheiro que a elegeu foi de propina. Agora, a investigação chega a gráficas suspeitas, mostrando como o dinheiro circulava na sua campanha e, por último, as delações dos empreiteiros mostram que Dilma foi eleita com dinheiro ilegal na campanha. Ou seja, nada resta à ex-presidente, exceto orações, que possa evitar seu afastamento.

O terror e as mentes

A verdade é que o mundo está em guerra, como sempre digo. Diferente das outras guerras, esta pode ser fragmentada, mas há sim uma busca de nova ordenação e equilíbrio no planeta que só se faz pela violência. O terror é um dos elementos deste processo. Não se pode permitir que o Estado Islâmico torne-se um elemento inspirador, em que não precisará mais treinar seus agentes, pois muitos agirão por conta própria mas em seu nome. Uma guerra se faz com soldados, armas, palavras e imagens. Além da guerra física é preciso vencer a guerra cultural pelos corações e mentes.

VAMOS SALVAR A LAGOA SALGADA ANTES QUE OS INVASORES A OCUPEM

Uma campanha da

Tribuna Feirense

O país é refém da maciça imigração mulçumana. São mais de 6 milhões de pessoas, que apesar de morarem por lá, não tem simpatia pela nação. Não vai acabar bem, nem tão cedo.

Saúde

Esperando a campanha política, para, afinal, termos os problemas da saúde de nosso município resolvidos.

Saúde II

Aguardando o novo hospital feirense ou alguma intervenção física no HGCA. O que vier primeiro. Antes do caos total.

@cesaroliveira10

@No Brasil traficante se vicia, puta goza, cafetão se apaixona, terrorista se entrega à Polícia e revoltado ameaça se explodir com bala de gengibre. @Votar em Trump ou Hillary é ter a chance de escolher dois caminhos para chegar ao mesmo inferno! @Definido: esta é a Olimpíada dos encanadores @Se o Eduardo Paes for arranjar um bicho pra cada delegação que reclamar será melhor hospedar os atletas logo no jardim zoológico @A diferença entre nossos terroristas e os do resto do mundo é que os nossos não são recrutados e sim escolhidos pelo voto!

@O Bernie Ecclestone vai pagar R$120milhões pela sogra! Ainda não se sabe se pra devolver ou não @Preocupado com reclamações da Índia e África do Sul o Eduardo Paes procura uma vaca e um hipopótamo para a Vila Olímpica

Pra não dizer que não falei das flores Nossos atletas olímpicos e a Olimpíada O Parque da Lagoa Grande O brilho tecnológico que é a sonda Juno em Júpiter A refilmagem de Sete Homens e Um Destino, que vem aí.


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Uefs se coloca contra projeto Escola sem partido A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), lançou nota pública assinada pelo seu Conselho Superior de Ensino Pesquisa e Extensão, manifestando “repúdio” ao avanço de projetos nos legislativos e no

âmbito educacional, das propostas do movimento “Escola sem partido”. A nota do Conselho da Uefs diz que “a proclamada exclusão dos partidos é um disfarce para uma intervenção orientada por uma visão

única de mundo e por uma concepção na qual docentes e alunos figuram como autômatos, meros repassadores de conteúdos previamente autorizados”. O Escola sem

partido prega a supremacia dos valores da família sobre os conteúdos repassados pelos docentes. Mas a universidade avalia que “convicções morais ou religiosas de pais ou de quem quer que seja não

podem ser um obstáculo ao compromisso da escola com a construção de uma cultura democrática”. As restrições colocadas ao direito do professor se manifestar em sala de aula são comparadas a

movimentos autoritários famosos da história da humanidade. “Intolerância e visão única sempre foram alimento das piores formas de autoritarismo, como o fascismo e o nazismo”, afirma a nota pública.

“Professor tem que expor tudo, sem impor nada” O movimento escola sem partido tem como ideal que os professores sejam impedidos de fazer proselitismo político ou religioso entre os estudantes. O líder nacional do movimento é o advogado Miguel Nagib. Ele falou em Feira de Santana este mês, no programa Jornal da Manhã, pela rádio Joven Pan, apresentado pelo editor da Tribuna Feirense, Glauco Wanderley. Nagib defende que o professor não tem em sala de aula a liberdade de expressão para dizer o que bem entender. “Se o professor tivesse essa liberdade em

sala de aula, sequer poderia ser obrigado a transmitir a seus alunos o conteúdo de sua disciplina. O professor de matemática poderia passar sua aula inteira falando de futebol, de cinema, do assunto que bem entendesse, porque isso é liberdade de expressão”, argumenta. Para ele, o professor tem a “liberdade de ensinar” e se extrapolar esta liberdade causará a perda da liberdade do aluno. “O professor católico ou evangélico poderia passar o tempo todo fazendo

catequese nos alunos e ninguém poderia impedi-lo. Ele iria dizer ‘tenho liberdade de expressão, digo o que quero’. O professor ateu que quisesse usar suas aulas para promover o ateísmo também iria ofender a liberdade de crença dos alunos”, acredita. Quando abordar assuntos polêmicos, o professor deve, segundo Nagib, apresentar as diferentes vertentes, ficando “legalmente obrigado a expor opiniões das quais discorda, de maneira justa, sem distorcer ou ridicularizar> Pode expor, não pode

impor”. Para ele, a liberdade de expressão pode ser exercida no Facebook, não na sala de aula. Entrar em sala com camiseta de partido seria uma das formas de tentar impor suas convicções, ao invés de apenas expor. Desta maneira, o Escola sem partido estaria justamente “garantindo o pluralismo de ideias”, de acordo com seu fundador. O movimento expõe seus conceitos e mobiliza seus seguidores no site www. escolasempartido.org.

“Volta à Idade Média”, diz pedagogo da Uefs No programa Jornal da Manhã, Miguel Nagib foi confrontado pelo professor do curso de Pedagogia da Uefs, André Nascimento. O professor demonstrou inconformismo com a visão expressa pelo movimento, de que a escola tem que se submeter às concepções da família do aluno. “O projeto propõe que a família tenha uma precedência sobre a escola, ao ponto de vetar abordagem de conteúdos e avaliações, se aquilo contrariar sua convicção religiosa ou moral. Mas a educação é laica. Isso é uma conquista da modernidade. É um retrocesso, é como se a gente voltasse à Idade Média”, critica o professor.

André contesta a concepção que está na origem das preocupações do movimento, de que existe uma doutrinação esquerdista dos estudantes. Mesmo assim, entende que há como coibir abusos eventualmente cometidos. “Há mecanismos em que caso haja situações em que o professor utilize de seu poder para imposição de ideias, praticando abusos, a escola tem conselho escolar, de classe, coordenação pedagógica, por meio dos quais “as famílias podem demandar algum tipo de reclamação”. O Escola sem partido quer que os professores sejam advertidos permanentemente sobre seus limites, por meio de

um cartaz a ser fixado em cada sala de aula, com seis pontos, que assim serão plenamente divulgados também aos alunos. “Os pontos dizem em resumo que não se pode usar a sala de aula, abusar da presença obrigatória do aluno, para promover as próprias ideias e preferências políticas, ideológicas, religiosas ou partidárias. O estudante precisa saber que é uma conduta ilícita para eventualmente se defender contra. O estudante em sala de aula é vulnerável, em formação, submetido à autoridade do professor”, explica Nagib. A proposta é rechaçada pelo professor universitário. “O cartaz é uma flagrante

atitude de coerção e constrangimento do professor”, avalia André. O professor também salienta que na concepção de ensino moderna, o aluno possui protagonismo. “Nagib fala que o aluno é vulnerável, audiência cativa. Isso é um absurdo, uma aberração”, rebate. O pedagogo concorda em pelo menos um ponto com o advogado, ao dizer que “não cabe ao professor impor ideias, difundir sua ideologia e fazer a cabeça dos estudantes e sim adotar postura de honestidade intelectual”. André também defende que o professor deve abordar as diversas concepções científicas e filosóficas dos assuntos que traz para sala de aula.

Deveres do professor segundo o Escola sem partido


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Feira de Santana, quinta-feira 28 julho de 2016

Um semestre inteiro de empregos perdidos apresentou um saldo negativo Feira de Santana perdeu NORDESTE de 27.594 postos de trabalho. 457 postos de trabalho em No mês de junho o junho, com a admissão de pior resultado, de longe, MUNICÍPIOS 2.649 pessoas e a demissão de foi o da Bahia entre os Em meio a tantas 3.106. O número completou nove estados nordestinos. demissões, alguns municípios o ciclo do semestre inteiro Outros seis tiveram saldo contrariaram a onda negativa em que mês a mês houve negativo. Enquanto na diminuição no total de pessoas e tiveram mais admissões que Bahia perderam-se 7.976 demissões. Juazeiro criou 707 empregadas formalmente, empregos, em Pernambuco postos em junho, Casa Nova conforme gráfico abaixo. A a perda foi de 2.877 postos, soma dos seis meses negativos 470 e Santo Estevão ficou em Ceará 1.926, Rio Grande do terceiro, com 229. Os que levou a uma perda de 2.590 Norte 1.163, Alagoas 904, tiveram pior desempenho, empregos na cidade. Paraíba 847 e Sergipe 647 com maior saldo negativo, Na Bahia, as informações postos). Piauí teve saldo foram Salvador (-3.054 do Cadastro Geral de positivo de 101 empregos e o Empregados e Desempregados postos), Lauro de Freitas Maranhão criou 17 postos de (-2.377) e Itamaraju (-808). (Caged), do Ministério do trabalho. Trabalho, apontam que em junho o saldo POSTOS DE TRABALHO PERDIDOS EM FEIRA EM 2016 negativo foi de 7.976 postos de trabalho com carteira assinada, diferença entre as 43.332 admissões e os 51.308 desligamentos. Em maio deste ano, o saldo tinha sido de 5.614 postos a menos e no mesmo mês de 2015, foram 9.124 empregos perdidos na Bahia. No acumulado dos seis últimos meses, a Bahia

Rodobens faturou R$ 234 milhões em oito anos em Feira A Rodobens Negócios Imobiliários gerou mais de 8 mil postos de trabalho, de forma direta ou indireta, em Feira de Santana, em oito anos. Os empregos foram empenhados na construção de 2.801 casas e lotes que representam 338.000 m² construídos e distribuídos em cinco empreendimentos. No período em que a empresa vem atuando no mercado imobiliário de Feira de Santana, foram movimentados aproximadamente R$ 234 milhões em VGV (Valor Geral de Venda). Com estes números,

a empresa consolidou-se como uma das maiores e mais importantes construtoras da cidade. A empresa se diz confiante no desempenho da economia regional e afirma que vai continuar investindo em Feira de Santana, “uma das áreas mais importantes para os negócios da companhia”. Fundada em São José do Rio Preto há 24 anos, a empresa chegou à marca de 167 empreendimentos lançados em todo o Brasil e atuação em 55 cidades de 12 estados brasileiros. Com capital aberto

desde 2007, lançou mais de 64 mil unidades, somando 5,7 milhões de m² construídos, e faz parte das Empresas Rodobens, um dos maiores grupos empresariais do país, com tradição de 65 anos no mercado e atuação nos setores automotivo, financeiro e imobiliário. Em 2015, a empresa foi classificada como a 12ª maior empresa de construção e incorporação do país pelo “Ranking ITC – As 100 Maiores Construtoras”, uma das mais importantes instituições do país.

Fotógrafo busca patrocínio para postais de Feira

O fotógrafo baiano Maurício Cardim, natural de Ipiaú, tem uma série de cartões postais de Feira de Santana e busca patrocínios para uma nova série. Com mais de três décadas de profissão, ele já morou em São Paulo e Minas Gerais, onde também produziu trabalhos semelhantes, registrando as belezas naturais e arquitetônicas dos lugares onde viveu ou passou.

Cardim, que há um ano fixou residência em Feira de Santana, contabiliza mais de 400 cidades brasileiras visitadas ao longo da carreira, fotografando os motivos mais diversos, como mães famosas, Costa do Descobrimento na Bahia, circos, igrejas e praias, entre outros temas. Muitas destas imagens foram admiradas em exposições em espaços culturais de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso

do Sul e Bahia. Ele conta que já expôs no exterior também, na cidade de Montreal, no Canadá. Os cartões postais são patrocinados, levando a marca da empresa que deseje custear a impressão de lotes de pelo menos 500 exemplares. Interessados podem entrar em contato pelos telefones 75-988202152 e 75-99223-7908.

Série com algumas fotos de Feira de Santana

André Pomponet

Economia em crônica

Eleição é oportunidade de discutir o município As regras eleitorais vigentes nesse 2016 foram definidas durante o turbulento mandato de Eduardo Cunha (PMDBRJ) à frente da Câmara dos Deputados, abortado em maio pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O encurtamento do período de campanha em cerca de um mês, por exemplo, foi fruto de suas orquestrações. O Judiciário, por sua vez, também participou do processo, proibindo a doação de empresas para as campanhas e provocando intensas inquietações. Será, portanto, uma eleição pra lá de atípica: curta e sem os recursos que, em eleições passadas, vitaminavam a disputa. Aparentemente, quem está no poder larga com vantagem: a inércia da máquina pública, a projeção de quem desfruta de permanente visibilidade e o trânsito mais fácil junto ao eleitorado tendem a tornar mais fácil a vida de quem transita pela situação, sobretudo os candidatos à reeleição. Note-se que isso se aplica àqueles que são bem avaliados o que não corresponde, necessariamente, à maioria dos casos. Há quem preveja uma forte renovação nas prefeituras brasileiras. O pífio desempenho de muitas gestões – o arrocho, em muitos municípios, começou já em 2013, com os cofres

municipais em situação de penúria – fragiliza e expõe muitos prefeitos. É no que aposta a oposição, embora a interminável crise política não permita vislumbrar, claramente, quem são os vitoriosos de toda essa pendenga. Eleições municipais, porém, contém fortes ingredientes locais. Não é simples avaliar o impacto de uma crise política de dimensão nacional sobre quem vai escolher prefeitos e vereadores. Talvez se coloquem como exceções os grandes municípios do País – sobretudo São Paulo – que exercem um maior protagonismo em nível nacional. Mas, mesmo aí, as conclusões são controversas.

Feira de Santana

Na Feira de Santana o amplo leque de candidatos à prefeitura vem sendo dramaticamente reduzido nos últimos dias. O que era perfeitamente previsível meses atrás, conforme antecipamos em texto anterior. Quando os prazos encurtam, surgem alianças e o discurso da “composição” e do “bem da cidade”, entre outros clichês, para justificar as adesões, muitas delas heterodoxas. Mas, com prazo curto ou longo, as eleições tem passado sem uma discussão mais profunda sobre as necessidades da Feira de Santana e sobre seu desenvolvimento no

longo prazo. É claro que não é apenas em eleição municipal que se pode discutir isso. Mas o processo constitui uma oportunidade ímpar, que costuma ser desperdiçada, sobretudo porque quem chega à prefeitura detêm ampla legitimidade para liderar o processo. Muitos alegam que, engessadas por inúmeros gastos obrigatórios, as prefeituras dispõem de pouca margem para implementar políticas inovadoras. E é verdade. Essas amarras, porém, não impedem que o prefeito e seus auxiliares busquem formas inovadoras de gestão, estabelecendo parcerias com os demais entes governamentais – como o governo estadual e a União -, empresas e demais instituições, o que pode se traduzir em políticas inovadoras. Gestão é palavra que vem sendo repisada em todas as esferas da vida, até na conjugal. E, embora não constitua a panaceia que alguns apregoam, é um instrumento determinante para o êxito da administração pública, desde que bem empregada. Noto que, na Feira de Santana, esse debate precisa migrar dos discursos e dos slides para alcançar a rua e contribuir para mudanças efetivas na vida dos feirenses.


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Feira de Santana, quinta-feira 28 julho de 2016

Sandro Penelu

Cultura e Lazer

Mais dicas culturais em: www.infcultural.blogspot.com

sandropenelu@gmail.com

Domingo tem Teatro traz “A peleja de Maria Bonitinha” Será apresentado, neste domingo, às 10h30min, no projeto “O domingo tem Teatro”, o espetáculo “A peleja de Maria Bonitinha”, com a Cia. Cuca de Teatro. A peça resgata a força da cultura popular, ao contar a história da menina do

sertão que se orgulha de suas raízes culturais e sabe dar valor à educação familiar. Na trama, Maria Bonitinha sai de sua terra pra fazer uma visita especial a sua amiga por correspondência, Joana Natureba. Na cidade, seus

costumes, valores e aparência despertam a indiferença das outras crianças, que rejeitam a presença da novata. Maria Bonitinha vai mostrar que ser diferente pode ser bem legal. Ingressos no local.

Abertas inscrições para concurso de fotografias “Retratos da Rua Nova” A Base Comunitária de Segurança do bairro Rua Nova (BCS), em Feira de Santana, abriu inscrições para o concurso de fotografia “Retratos da Rua Nova”, em parceria com escolas públicas do bairro e a Associação dos Fotógrafos Profissionais. De acordo com o capitão PM Vitor Espírito, comandante da BCS, a iniciativa visa, elevar a autoestima dos alunos participantes e da

comunidade e proporcionar aos jovens a oportunidade de retratar seu bairro sob a perspectiva artística da fotografia. As inscrições são gratuitas e estarão abertas até o dia 05 de setembro na Base Comunitária. Podem se inscrever alunos da rede pública de ensino da Rua Nova, com a faixa etária de 11 a 17 anos, devidamente autorizado pelos pais e responsáveis. O concurso

escolherá as 12 melhores fotografias, através de uma banca analisadora. O sindicato de Fotógrafos Profissionais de Feira de Santana estará oferecendo aos candidatos que se inscreverem no concurso até o final do mês de julho uma oficina de técnicas de fotografia. As 12 fotos selecionadas serão usadas em calendários e serão exibidas em exposições.

Museu Casa do Sertão realiza exposição “Indígenas do Nordeste” O Museu Casa do Sertão realiza, entre os dias 28 de julho e 15 de setembro, a exposição “Indígenas do Nordeste: cultura, identidade e resistência”. Organizada em parceria com a Residência Indígena da Universidade Estadual de Feira de Santana, a mostra tem por finalidade apresentar a diversidade étnicocultural dos povos indígenas da região. Com curadoria assinada pela professora mestre Patrícia Navarro de Almeida Couto, a exposição, que conta ainda com o apoio da Administração Central e da Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis (Propaae) da Uefs, reúne

textos produzidos por estudantes indígenas oriundos de nove etnias: Atikum, Fulni-ô, Kaimbé, Pankará, Pankararé, Pankararu, Tumbalalá, Tupinambá de Olivença e Tuxá. Também fazem parte da mostra objetos etnográficos coletados pelos discentes e cedidos por suas respectivas comunidades, além de 45 fotografias produzidas pela estudante de História Hortência Sant’Ana. As obras registram o cotidiano dos indígenas na Universidade. No dia 28, como parte integrante da programação, será realizada uma mesa

LEIA E ASSINE O tribuna feirense

3225-7500

redonda, a partir das 8h30min, no Auditório II, Módulo I, que discutirá a condição do indígena na contemporaneidade, especialmente no Nordeste brasileiro. No encerramento da mesa, apresentação musical do grupo Coisa de Índio, formado por estudantes indígenas da Uefs. À tarde, a partir das 14h30min, no Museu Casa do Sertão, será realizado o vernissage da exposição. Durante o evento, será realizada uma apresentação do Toré, ritual indígena. A mostra permanecerá aberta à visitação pública às segundas-feiras, das 14h às 17h30min e de terça a sexta-feira, de 8h15min às 11h30min e de 14 h às 17h30min. Agendamentos podem ser realizados através dos e-mails: museucasadosertao @gmail. comeagendamento museucasadosertao@ gmail.com.

SHOWS AO VIVO SEXTA-FEIRA 29/07 ATRAÇÃO

LOCAL

HORA

ENDEREÇO

URI BECHEN

Frango na Brasa

20

Jomafa

ELIOMAR

Quiosque dos Amigos

20

Praça Duque de Caxias

ASA FILHO

Cidade da Cultura

21

Conjunto João Paulo

MAZINHO VENTURINI

Bar 14 Bis

22

Av. Getúlio Vargas

WILLIAN DE CASTRO

The House

22

Ville Gourmet

ALAN OLIVEIRA

Quiosque do Mazinho

21

Praça de Alimentação

JOSAS ALMEIDA

Bar do Wellington

20

Conj. Luiz Eduardo

SÁBADO 30/07 ATRAÇÃO

LOCAL

HORA

ENDEREÇO

LUCIANO ROCHA

Quiosque dos Amigos

20

Praça Duque de Caxias

DI NASCIMENTO

Frango na Brasa

21

Jomafa

CELLY NOBLAT

Quiosque do Mazinho

21

Praça Gilson Pedreira – Av. Getúlio Vargas

MANO REIS

Ana da Maniçoba

22

Ponto Central

ASA FILHO

Cidade da Cultura

21

Conjunto João Paulo

Dom Itamar Vian

di.vianfs@ig.com.br

Luzes no Caminho

Valores olímpicos

O Brasil recebe, de 05 a 21 de agosto, as Olimpíadas 2016. O maior espetáculo esportivo do planeta chega ao Brasil em momento de turbulência política e econômica, e não escapa da mancha da corrupção, que chegou também às obras olímpicas, sobre as quais pairam suspeitas de pagamento de propinas. AS CRÍTICAS ao evento são justas e compreensíveis. Boa parte da população brasileira, não se conforma com o investimento bilionário no evento enquanto serviços básicos, como saúde, educação e segurança públicas, deixam a desejar. Mas apesar das justas críticas aos Jogos Olímpicos, não percamos a esperança na capacidade que o esporte tem de forjar valores, melhorar a qualidade de vida e atuar como ferramenta de inclusão social. TODAVIA, há o risco de as medalhas, esconderem uma questão. Ainda não conseguimos entender o esporte como direito de todos, conforme explicitado na Constituição Federal, na Lei Pelé, nos Estatutos da Criança e do Adolescente, do Idoso e da Pessoa com Deficiência, entre outros textos legais. A alegria de sediar o maior evento esportivo do planeta não será suficiente para garantir oferta de espaços adequados para a prática de lazer. É NECESSÁRIO superar desafios históricos para que o esporte contribua de fato com a transformação de nossa sociedade, pois as medalhas sozinhas podem fazer muito pouco. Precisamos repensar o papel das escolas e dos clubes na formação de praticantes, discutir a questão da participação de pessoas com deficiência e garantir que adultos e idosos também possam praticar esportes. O DILEMA que enfrentamos é o seguinte: queremos ser um país que pratica esporte e que se apropria dos benefícios que ele oferece ou queremos ser um país que apenas usufrui de emocionantes imagens apresentadas na televisão e internet celebrando os poucos heróis esportivos que temos? O que queremos para o nosso futuro: praticar ou assistir? APRECIEMOS com alegria, durante os jogos olímpicos os melhores atletas do mundo. Em primeiro lugar porque eles se preparam, por quase toda vida, com privações e sacrifícios, merecem admiração, respeito, aplausos. Depois, para que nosso apreço pelas Olimpíadas simbolize, também, nosso desejo de resgate dos nobres valores olímpicos. E que tais valores não se restrinjam ao Jogos, mas sejam vivenciados no cotidiano.

Fundado em 10.04.1999 www.tribunafeirense.com.br / redacao@tribunafeirense.com.br Fundadores: Valdomiro Silva - Batista Cruz - Denivaldo Santos - Gildarte Ramos Editor - Glauco Wanderley Diretor - César Oliveira Editoração eletrônica - Maria da Piedade dos Santos

OS TEXTOS ASSINADOS NESTE JORNAL SÃO DE RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES. Rua Quintino Bocaiuva - 701 - Ponto Central CEP 44075-002 - Feira de Santana - PABX (75)3225.7500/3021.6789


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Feira de Santana, quinta-feira 28 julho de 2016

EDUCAÇÃO PARTE IV - O FUTURO PROVÁVEL Um leitor indagou-me a que lugar eu pretendia chegar com as últimas crônicas que escrevi. Disse-me que

prazo de validade curto. Assim, deve ser permanente a

fiz analogias com raquetes mata-mosquitos, ímãs de geladeira, carros de corrida, mencionei futurólogos, desqualifiquei alguns ministros do Judiciário, apresentei

conhecimentos e convivências. Aprender a aprender é,

estatísticas econômicas, educacionais e, até agora, não havia apontado o Norte. Perguntei-lhe, então, como ele, brasileiro, honesto, trabalhador, pai de dois filhos, via o

processos que sistematizem o esforço intelectual,

Brasil atualmente e como pretendia encaminhar os garotos. Ele confessou descrença no futuro do país se não acontecerem mudanças significativas na política e economia. Demonstrou apreensão com a educação dos meninos no nível superior. Retruquei, então, que, se os artigos foram de alguma valia para que ele tivesse chegado a essas conclusões, então eu me dava por satisfeito. O objetivo era esse mesmo. Mostrar que o mundo evolui rapidamente enquanto o Brasil tem ficado para trás, a despeito da imensa riqueza em recursos naturais que possui. E, se ele entendesse que a solução para superar a incivilidade, a pobreza, a desigualdade e a ignorância generalizada passava por reformas urgentes e Educação de qualidade para todos, aí, então, me consideraria duplamente feliz, compensado pelo tempo despendido. Infelizmente, a reforma educacional que tanto ansiamos vai tardar um pouco. A maior parte da população está satisfeita com a educação que seus filhos recebem nas escolas públicas. Acredita que proporcionar merenda, uniforme, livros, algumas aulas com professores, na sua maioria, desqualificados e desmotivados, é o melhor que os governos têm condições de fazer. Os pais pobres não sabem o que significa analfabetismo funcional. Ler e não entender. Perceber um problema e não conseguir resolver. Não cobram, portanto, da escola pública o ensino que eles mesmos não conhecem. Por outro lado, nas classes mais afortunadas não há, ainda, a consciência de que o mundo tornou-se plano, como disse o jornalista Thomas Friedman, mencionado anteriormente. Queiram os brasileiros ou não, estamos inseridos no mundo globalizado onde a competição em produtos, serviços, investimentos, preços deixou de ser local. Para lidar com essa nova realidade, precisamos educar os jovens a aprender a aprender. Eles precisam internalizar que o conhecimento hoje é extremamente mutante, com AS MELHORES UNIVERSIDADES DO MUNDO INSTITUIÇÃO

PAÍS

POSIÇÃO

Universidade de Harvard

EUA

Instituto de Tecnologia de

EUA

EUA

Universidade de Cambridge

UK

Universidade de Oxford

UK

Universidade da Califórnia, Berkley

EUA

Universidade de Princeton

EUA

Universidade de Yale

EUA

Universidade de Columbia

EUA

Instituto de Tecnologia da Califórnia

EUA

10º

preocupação em atualizar-se, buscando novos na verdade, aprender a pensar e aprender a conviver. Aprender a pensar requer o conhecimento e prática de tornando-o mais eficaz, mais eficiente. Implica desenvolver o pensamento focado, que estrutura em blocos o conhecimento básico nas diversas áreas e, posteriormente, o pensamento difuso que faz as ligações ente os blocos, dando origem à criação, à inovação. O escritor Daniel Pink, autor de “A Whole New Mind: Moving from the Information Age to the Conceptual Age (Uma mente inteiramente nova: passando da Era da Informação para a Era Conceitual)”, imagina os dois hemisférios cerebrais realizando as duas atividades. O esquerdo trabalhando com foco, o direito lidando com a criatividade. Ele afirma em seu livro: – Agora que estrangeiros podem fazer o trabalho do cérebro esquerdo com custo menor, nós nos EUA precisamos fazer melhor o trabalho do cérebro direito. As universidades americanas mais bem posicionadas no mundo adotam critérios de seleção que passam necessariamente pela capacidade de pensar das duas maneiras. De fazer o voo da águia: planar a grande altura para assegurar visão global e fazer mergulho tópico – pegar a presa – ou dominar determinado assunto. Não é à toa que a China inundou as universidades americanas com centenas de milhares de estudantes. A Índia seguiu o modelo. Brasileiros do Sul estão aprendendo o caminho.

incorporadas a uma rede perecerão ou estarão submetidas a um regime de franquia. Proprietários individuais passarão a ser acionistas e /ou gestores. Os gestores seniores (CEO) das controladoras serão profissionais com formação globalizada; domínio completo da língua inglesa; cultura profissional multifacetada, adquirida em universidades reconhecidas; integrados às redes de decisão; permanentemente antenados, atentos às transformações inevitáveis que ocorrem no dia a dia provocadas pelos

Voltando à Economia, pensando a América Latina

avanços da Ciência e Tecnologia. O que falta no Brasil – o

e particularmente o Brasil, é certo que os investidores internacionais aportarão recursos para áreas que apresentem escalas de produção, consumo, e maximizem

mundo aguarda por isso para investir fortemente aqui – é ordenamento jurídico capaz de assegurar a continuidade

a rentabilidade. Provavelmente serão contemplados os serviços de infraestrutura, estradas, portos, aeroportos, transportes, comunicações; serviços de saúde,

menos esgarçada por iniquidades decorrentes de

educação, lazer; comércio varejista e atacadista; construção civil; e, sobretudo, o agronegócio, em razão das potencialidades naturais. Comércio e serviços serão dominados por redes e franquias. Hospitais, clínicas,

Estamos implantando em Feira de Santana um

laboratórios, farmácias, escolas, lojas de varejo, moda

dos negócios sem sobressaltos, vida social mais equânime, desgovernos, corrupção e, fundamentalmente, Educação de qualidade. projeto pedagógico – Educação Bilíngue em Tempo Integral – para dar conta desses desafios que já batem em nossas portas. Na sequência faremos a exposição desse projeto. Profº. Teomar Soledade Júnior.

Massachussets Universidade de Stanford

etc. A pequena e a média empresas que não forem

Veja matéria completa na revista Exame nº 13 - 20/07/2016


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