TRIBUNA DO VALE EDIÇÃO Nº 1843

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TRIBUNA DO VALE

Sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Geral

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Paraná gera 15 mil novos postos de trabalho em 2011 EMPREGO  Estado ficou em quarto lugar no ranking nacional em geração de empregos

Paraná Online

O Paraná começou o ano com um forte ritmo de geração de vagas formais de trabalho, conforme apontam dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (24). No saldo de empregos, entre os trabalhadores admitidos e os desligados, o Paraná ficou

em quarto lugar no ranking nacional, com quase 15 mil novos postos de trabalho. O mais importante, no entanto, é observar a variação relativa desses postos de trabalho, que no Paraná ficou em 0,63%, crescimento em relação aos assalariados com carteira assinada do mês anterior. Essa variação, incluindo todos os estados, fechou o mês de janeiro com 0,42%. Os setores que mais contribuíram para o bom resultado foram a indústria de transformação, serviços e construção civil. Comparado com os outros dois estados da Região Sul, no entanto, o Paraná teve o pior desempenho, já que a variação relativa de Santa Catarina foi a melhor do Brasil, com 0,97% (106 mil trabalhadores admitidos e 89 mil desligados) e a do Rio Grande do Sul ficou com 0,73% (125 mil admitidos e 108 mil desligados).

Acumulado No acumulado dos últimos doze meses, houve geração de mais de 151 mil postos de trabalho no Paraná, um aumento de 6,74%, o segundo melhor entre os três estados da Região Sul, onde o Rio Grande do Sul gerou quase 177 mil postos. Na Região Metropolitana de Curitiba, houve acréscimo de 5.860 empregos formais em relação ao mês anterior (0,59%), o segundo melhor desempenho de toda a série histórica do Caged para a região no período, sendo superado apenas pelo índice obser vado em 2010, com 6.973 postos de trabalho. Entre as cidades com mais de 30 mil habitantes, Curitiba lidera o ranking com saldo de 2,7 mil novos empregos, numa variação relativa de 0,4%. Destacam-se também os municípios de Maringá, com geração de quase 1,3 mil

INVESTIMENTOS

Divulgação

Os setores que mais contribuíram foram a indústria de transformação, serviços e construção civil

novos postos assalariados, e Londrina, com pouco mais de 1 mil novos trabalhadores. Esses municípios são seguidos por Cascavel (718 novos empregos em janeiro); São José dos Pinhais (706) e Pinhais (678). Para todo o ano de 2011, de forma geral, deve haver boa geração de empregos, de acordo com avaliação do economista Cid Cordeiro, do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). “Talvez não se repita o mesmo

bom desempenho de 2010, quando a estimativa de crescimento da economia era maior, 7,8%, enquanto para esse ano a previsão seja de 4% a 5%”, explica o economista. Nacional O Brasil gerou 152.091 empregos formais em janeiro, segundo dados do Caged. Foram admitidos 1,65 milhões e demitidos 1,49 milhões de trabalhadores. É o segundo melhor saldo da série histórica, que teve início em 1992. O melhor saldo para meses de janeiro foi em 2010, com a

geração de 181.418 empregos formais. Os setores que mais contribuíram para o saldo positivo foram os de serviços (71.231), da indústria de transformação (53.207) e da construção civil (33.358). Por fatores sazonais, os únicos setores que apresentaram saldo negativo foram o comércio (-18.130) e a administração pública (-1.042). O Sudeste foi a região que apresentou a maior geração de empregos (71.095), seguido do Sul (49.075) e do CentroOeste (28.552).

PARANÁ

Embrapa quer instalar Centro Início da produção de cana de Inteligência do Leite tende a baratear o álcool Divulgação

Iniciativa pode impulsionar o crescimento da pecuária leiteira no Estado Das Agências

A Embrapa Gado de Leite, com sede em Juiz de Fora (MG), quer instalar um Centro de Inteligência do Leite no Paraná. O Centro vai reunir os principais indicadores econômicos e agrícolas do leite e derivados, que são informações fundamentais para o acompanhamento da pecuária leiteira no Estado e elaboração de políticas públicas. A proposta foi apresentada nesta quarta-feira (23) pelo chefe da Embrapa Gado de Leite, Duarte Vilela, ao secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, e ao diretor-geral Otamir Cesar Martins. Para Duarte, o Paraná é referência em produção de leite, destacando-se como um dos principais produtores do País. Segundo pesquisa de Pecuária Municipal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) em 2009, o Estado é o terceiro maior produtor de leite do País, com uma produção 3,3 bilhões de litros de

leite, que corresponde a uma participação de 11,5% sobre a produção nacional. O Centro de Inteligência do Leite, já criado com sucesso em Minas Gerais, reúne todas as informações de leite num só local. Os custos de produção são levantados com metodologia padronizada e com abrangência para todas as bacias leiteiras, detalhou Duarte Vilela. Ortigara disse que vai avaliar a proposta, mas antecipou que apóia as iniciativas de impulsionar o crescimento da pecuária leiteira no Paraná, porque é um setor que gera renda mensal ao agricultor. Ele destacou que a produção de leite vem se expandindo da região de Castro e Carambeí, onde há uma produção de alta tecnologia, para as regiões Oeste e Sudoeste que ainda têm desafios a serem vencidos. “São três regiões que precisam ser fortalecidas e ainda temos a alternativa de levar a pecuária leiteira para algumas regiões do Arenito, no Noroeste”,

anunciou. Segundo o secretário, na próxima semana vai reunir representantes da Secretaria com o Sebrae e Senar para discutir medidas que possam dar suporte à melhoria de empresas ligadas à pecuária leiteira. “O objetivo é melhorar toda a cadeia produtiva com o auxilio do Banco do Brasil, que se dispôs a financiar empreendimentos e projetos viáveis”, disse. Além da proposta do Centro de Inteligência, Duarte apresentou também a indicação de Rogerio Dereti para ser o novo gestor e representante da Embrapa Gado de Leite para a região Sul do País, sediado na Embrapa Floresta, em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba. Segundo Duarte, o objetivo é renovar a parceria entre o governo do Paraná e a Embrapa Gado de Leite. Duarte Vilela estava acompanhado da chefe-adjunta de Comunicação e Negócios da Embrapa Gado de Leite, Elizabeth Nogueira Fernandes.

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Depois de chegar a ficar 80% mais caro, álcool deve baratear nos próximos dias Das Agências

Está com os dias contados o impacto negativo que o período de entressafra da cana-de-açúcar acarretou para o bolso dos motoristas paranaenses nos últimos meses, que se depararam na bomba com valores do litro beirando R$ 2 em boa parte do Estado. Na próxima semana, quatro das 30 indústrias paranaenses que processam cana entram em operação com a colheita da safra 2011/2012 no Estado, que está estimada em 47 milhões de toneladas, 8 milhões de toneladas a mais do que na safra passada. No decorrer de março, um total de 14 usinas completará o mês em plena atividade, prometendo ajudar a pressionar para baixo os preços de todas a cadeia produtiva. De acordo com a Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (Alcopar), o etanol na usina já reflete o fim da entressafra e a reversão na tendência de alta.

Contudo, distribuidoras e postos de combustíveis seguem sustentando valores elevados, para ampliar suas margens. Ambas estão amparadas no mercado interno fortemente aquecido pelo incremento da frota de carros em circulação e a renovação de parte desse universo com os veículos flex. No acompanhamento semanal da Agência Nacional do Petróleo (ANP), tanto na capital quanto no interior, fevereiro registrou preços 80% mais elevados do que os praticados pelas usinas, que têm negociado o produto por valores entre R$ 1,18 e R$ 1,20. No caminho entre postos e distribuidoras, na média, mais R$ 0,20 por litro de etanol são acrescidos no preço final pago na bomba pelos consumidores. Impostos em cascata e custos operacionais ajudam a formar o valor final, mas o lucro também tem inflacionado sobremaneira o preço do combustível. “O cenário de consumo interno de 2010 e

deste ano para as distribuidoras está sensacional, a ponto de não se prospectar vender nem uma gota de etanol para o mercado externo”, reconhece o diretor executivo da Ecoflex Trading e Logística, Marcelo Andrade. “Vende-se açúcar para fora e etanol para o nosso mercado”, observa. Mesmo se as cotações internacionais do açúcar seguirem muito atraentes, a Alcopar descarta uma migração drástica para a produção do produto em detrimento do álcool. “Apenas duas unidades industriais, que produziam integralmente álcool, resolveram investir em maquinário para também produzir açúcar também”, informa o superintendente da Alcopar, José Adriano da Silva Dias. “Em termos percentuais, isso deve fazer com que a produção de açúcar no Estado seja 2 ou 3% maior do que o álcool, porém o Estado vai manter a proporção de quase 50% para cada um dos subprodutos da cana”, acrescenta.

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