Brasília, 15 de outubro de 2015. Edição: nº. 32
Os bastidores da notícia no DF!
Editor: José Maurício dos Santos Coeditora: Hulda Rode
CORREIO BRAZILIENSE Eixo Capital Ana Maria Campos Condenação simbólica O ex-governador Joaquim Roriz foi condenado ontem por conta do caso que colocou um ponto final em sua carreira política: o escândalo da “bezerra de ouro”. Roriz havia sido absolvido na ação de improbidade em primeira instância, mas o Ministério Público recorreu e a 1ª Turma Cível reverteu ontem a decisão, condenando o ex-governador por unanimidade. De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MP (Gaeco), que investigou o caso, Roriz teria sido favorecido pelo desconto no BRB de um cheque de R$ 2,2 milhões, emitido pelo empresário Nenê Constantino. Ficha suja O escândalo levou à renúncia de Joaquim Roriz do Senado em 2007, poucos meses depois da posse, o que deixou o ex-governador inelegível. Agora, a decisão em segunda instância confirma Roriz como ficha suja. O advogado Eri Varela, que representa o ex-governador, diz que vai apresentar embargos de declaração e, se for preciso, recorrerá ao Superior Tribunal de Justiça. “Ele já foi absolvido pela Justiça Federal em uma ação criminal por conta das mesmas denúncias”, lembra Varela. Além de Joaquim Roriz, também foram condenados ontem o empresário Nenê Constantino e o ex-presidente do BRB Tarcísio Franklin. Complicou... Hoje completa uma semana que o empresário Wagner Canhedo está atrás das grades. O dono da Viplan e do Hotel Nacional é acusado de fraude fiscal e lavagem de dinheiro. Em maio, ele já havia sido detido por porte de armas durante uma operação, mas acabou solto no mesmo dia. Agora, a mobilização dos advogados de Canhedo é mais intensa. Ontem, a Justiça indeferiu a revogação da prisão, mas a defesa recorreu ao Tribunal Regional Federal, com um pedido de habeas corpus. Bloco dos insatisfeitos Os distritais Telma Rufino (PPL), Juarezão (PRTB), Lira (PHN), e Liliane Roriz (PRTB) vão se reunir hoje em um almoço para discutir a criação de um novo bloco parlamentar. O tom da conversa será a insatisfação do grupo com o governo.