Livreto - Projeto: Horta Medicinal Brasilândia (SP) - UNIFESP

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Projetodeeducaçãosobreosusosde plantasmedicinais,condimentaresetóxicas PROJETOHORTA MEDICINAL Brasilândia(SP)

REALIZAÇÃO

Gabrielle Medeiros Dainezi COLABORADORES: Fabio Cesar Bonafé de Oliveira José Otávio Ferreira Neto Marcos Roberto Furlan Margarete Rodrigues Mota AGRADECIMENTOS:

E um agradecimento especial a emenda parlamentar do Deputado Paulo Teixeira destinada para a realização deste projeto.

CULTURAL JARDIM DAMASCENO): Jorge Samuel Nicolau Nivalda Cardoso Aragues Lima Raimunda Marilha Xavier Paz Valter Pires de Moraes Ana Sueli Ferreira da Silva Noêmia de Oliveira Mendonça FOTOS: Thamara Sauini Nivalda Cardoso Aragues Lima Texto, design gráfico, editoração e produção gráfica: Thamara Sauini REVISÃO: Profa. Dra. Eliana Rodrigues

GERAL: Profa. Dra. Eliana Rodrigues Gabrielle Medeiros Dainezi Thamara Sauini COORDENAÇÃO DE CAMPO E EQUIPE TÉCNICA (UNIFESP): Thamara Sauini EQUIPE TÉCNICA (ESPAÇO

COORDENAÇÃO

À toda equipe técnica, que colaborou na realização do projeto. Aos moradores do bairro Jardim Damasceno pelo envolvimento nas entrevistas, oficinas e demais ações oriundas do projeto.

APRESENTAÇÃO

Esta publicação é derivada do projeto "Horta Medicinal Brasilândia (SP)", realizado mediante a colaboração entre o Centro de Estudos Etnobotânicos e Etnofarmacológicos (CEE) da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e o coletivo Espaço Cultural Jardim Damasceno (espaço da Associação de Moradores do bairro) localizado na Brasilândia - SP.

O projeto contou com o apoio financeiro de uma emenda parlamentar do Deputado Paulo Teixeira, para a instalação e manutenção de canteiros de plantas medicinais, condimentares e tóxicas, incluindo confecção e impressão de material informativo (folders, placas e banner). Os canteiros receberam matrizes de espécies medicinais que já foram tecnicamente identificadas, e que serão destinadas a atividades educativas com foco na utilização racional destas espécies, tendo como público focalizado moradores e alunos das escolas locais, bem como o público em geral, que frequenta o espaço e que faz o uso das plantas ali disponíveis.

O Espaço Cultural Jardim Damasceno (ECJD) está localizado no distrito de Brasilândia, no bairro Jardim Damasceno, na Zona Norte da cidade de São Paulo. O distrito surgiu na década de 1930, quando na região houve uma expansão de sítios e chácaras de cana de açúcar que passaram a ocupar considerável parte do território e a estimular o surgimento de núcleos residenciais que dariam origem ao bairro denominado Brasilândia (1).

Já na década de 1940, o distrito se tornou uma alternativa de moradia para classes sociais menos favorecidas, que buscavam nesta área novas oportunidades de trabalho, além de um grande fluxo de migrantes vindos do nordeste do país e de famílias do interior do estado, intensificando o crescimento populacional na região (1,2). O local apresenta altos índices de vulnerabilidade, resultantes, dentre outras variáveis, da segregação periférica, expansão urbana irregular na borda do Parque Estadual da Serra da Cantareira, degradação urbana, e ausência de serviços e de políticas públicas sociais (3). DE SÃO DISTRITO DE SÃO PAULO

O ESPAÇO CULTURAL JARDIM DAMASCENO ESTADO

PAULO

BRASILÂNDIA CIDADE

Por conta da mobilização e da luta por direito à moradia e exigir do poder público uma intervenção no local, né, inclusive para garantir que as outras famílias permanecessem morando. E aí nasce.

Por volta de 1980, foi construído o galpão que abriga hoje o ECJD. A sua criação foi resultado da mobilização dos moradores locais, que reivindicavam melhores condições de saneamento, iluminação, abastecimento de água e pavimentação das ruas, e, acabou englobando também diversas atividades culturais e socioambientais, bem como ações de mobilização de luta da população e de ensino para seus moradores (4).

"Nós estamos na encosta da Cantareira e os terrenos aqui foram vendidos de forma inadequada, né, sem orientação técnica e por falta de conhecimento de nós, moradores, sobre a questão do solo. Então em 90 aconteceu esse acidente (deslizamento) em que centenas de famílias ficaram desabrigadas.

A gente já tinha, na verdade, um movimento que a gente usava um espaço da igreja católica e aí, nesse momento, a empresa que ganhou para fazer as obras de intervenção, ela fez uma espécie de pré moldado, para numa situação de emergência, para poder mostrar ao poder público (...), e aí ela nos convida a ocupar esse cômodo que foi criado com banheiro, pro movimento."

Noêmia de Oliveira Mendonça líder comunitária

PROJETO

Este projeto aplica-se às áreas de saúde e meio ambiente, buscando oferecer contribuições aos aspectos medicinais, tóxicos e alimentares das plantas, procurando disseminar os conhecimentos acerca desses temas gerados na academia (UNIFESP), para o público em geral e, em especial, para os frequentadores do Espaço Cultural Jardim Damasceno, território de referência, de organização da população, de debates e lutas por melhores políticas públicas sociais, ambientais, de habitação, cultura e saúde. A importância da implementação deste projeto, ancora se, sobretudo, no seu caráter educativo (alunos da rede de ensino locais e público em geral), acerca de plantas que já podem ser utilizadas como medicamentos, aquelas que têm potencial para serem utilizadas como tal e finalmente, aquelas que dependendo da dose/via de administração podem ser tóxicas. Além disso, o projeto busca estimular a utilização das plantas condimentares na culinária diária da população.

O

Foram confeccionados tijolos artesanalmente, pela equipe do Espaço, para a construção de dois canteiros, destinados para o plantio das matrizes das espécies medicinais selecionadas pela equipe do projeto. A equipe do projeto recebeu formação, sobre temas relacionados às plantas medicinais e os cuidados na sua utilização, ministrada por especialistas na área. Prof. Dr. Marcos Furlan, agrônomo, tratou dos aspectos botânicos e relacionados à saúde, de espécies comuns em hortas, conceitos, características e exemplos das PANCs, planejamento e plantio, condução do cultivo, colheita e secagem.

DOS CANTEIROS

No dia 13/05/2022 foi realizado um evento para plantio das mudas das plantas medicinais (matrizes já identificadas) e inauguração da horta no Espaço Cultural. Este evento contou com a presença do Deputado Paulo Teixeira, moradores da comunidade local, a coordenação e equipe deste projeto, além de membros da Reitoria e Pró-Reitoria da UNIFESP.

INAUGURAÇÃO

CONSTRUÇÃO

FORMAÇÕES

DA HORTA

Profa. Dra. Eliana Rodrigues, por meio da etnofarmacologia, abordou tópicos como as diferenças, usos e cuidados entre as práticas médicas, como a fitoterapia e as plantas medicinais, que podem ser utilizadas na forma fresca ou manipulada. Apontou ainda como obter as plantas medicinais de forma segura, conhecendo-se os nomes científicos, e as diferenças entre eles e os seus nomes populares.

Profa. Margarete Rodrigues Mota, naturopata e especialista em ayurveda, abordou sobre a origem e os usos de plantas medicinais e especiarias, inseridos na medicina ayurvédica para o tratamento de diversas questões do indivíduo.

FORMAÇÕES

CONSTRUÇÃO

DOS CANTEIROS

INAUGURAÇÃO

PLANTAS MEDICINAIS SELECIONADAS E SEUS USOS

As 10 plantas medicinais apresentadas a seguir foram selecionadas e implementadas na horta do Espaço, por meio do plantio de suas matrizes já identificadas. A seleção dessas espécies baseou-se na demanda dos moradores, priorizando, entre elas, as presentes nas listas de plantas medicinais produzidas pelo Ministério da Saúde (MS), uma vez que estas listas trazem plantas que possuem estudos suficientes que garantam sua eficácia e segurança.

As plantas medicinais são grande aliadas no alívio de sintomas, mas podem provocar efeitos adversos. Atenção aos cuidados e pracauções na utilização de plantas para prevenção e/ou tratamento de sintomas e doenças.

A Curcuma longa L. PARTE USADA: raiz INDICAÇÃO TERAPÊUTICA: pertence à mesma família que o gengibre, também utilizada como especiaria, por exemplo, sendo o principal ingrediente do curry em pó. Tem ações antiinflamatórias, antioxidantes, antibacterianas, analgésicas, antifúngicas, antivirais, antiparasídicas, e protetoras do aparelho digestivo. EFEITO ADVERSO: Pode causar diminuição pressão arterial e da fertilidade (em homens).

Dentre os compostos presentes nesta espécie, tem-se: óleos essenciais; proteínas; açúcares; resinas; e os curcuminóides (curcumina, demethoxycurcumin e bisdemetoxicurcumina), principais responsáveis por suas atividades terapêutica (6).

Pertencente à mesma família que o gengibre, também é utilizada como especiaria, como exemplo, sendo o principal ingrediente do curry em pó (5).

A curcumina, encontrada nos rizomas da planta, é um de seus principais componentes bioativos, sendo responsável por grande parte de sua ação medicinal, e tendo amplo uso em diversos países para a prevenção e o tratamento de doenças (7). No entanto, por possuir baixa solubilidade em água, nosso organismo tem dificuldades na absorção desses elementos (8).

Assim, a Curcuma longa, apresenta propriedades medicinais responsáveis por ações antiinflama d antibacterianas, analgésicas, ant antiparasídicas, e protetoras do aparelh Estudos apontam a segurança e eficácia dos efeit medicinais positivos da cúrcuma e da curcumina n organismo humano, quando consumidas em determinada doses. No entanto, é visto que a sobredosagem duran longos períodos pode causar alguns distúrbios com refluxo gastroesofágico, devendo ser evitadas também p indivíduos que possuem cálculos biliares, diabetes e co deficiência de ferro, visto que o uso da cúrcuma pod levar à hipoglicemia e tende a impedir a absorção d ferro pelo organismo (12).

PARTE USADA: mucilagem das folhas INDICAÇÃO TERAPÊUTICA: Uso tópico como cicatrizante, tem ação antiinflamatória, pode ser utilizada para tratamento de queimaduras e psoríase.

BABOSA Aloe vera (L.)

RECEITA: Corte a folha pela base, cortar a outra extremidade e deixar em pé (base para baixo) para escoar o líquido amarelado (por 2h). Lavar, descascar, picar o gel e bater em liquidificador higienizado por 40 segundos para manter a consistência do gel. Aplicá-lo diretamente sobre a lesão de 2 a 3 vezes ao dia.

EFEITO ADVERSO: o uso excessivo pode causar dermatite de contato, sensações de queimação e problemas em portadores de hemorróidas, problemas renais, hepáticos e cardíacos. O consumo oral e a comercialização de alimentos à base de A. vera são proibidos pela ANVISA. Usar com cautela quando concomitante com antibióticos.

O registro do uso desta espécie é antigo e se encontra em diversas culturas do mundo; como no antigo Egito, onde ela teria sido utilizada para cuidados da pele e do cabelo da Cleópatra (13). Atualmente é muito utilizada pela indústria para diversas aplicações com fins estéticos ou terapêuticos, como para o tratamento de queimaduras, feridas e outros danos na pele. Sua ação medicinal é devido a presença de substâncias, como vitaminas, aminoácidos e polissacarídeos, responsáveis pela ação cicatrizante, antimicrobiana, anti-inflamatória, imunomoduladora, antioxidante e hidratante (14). O composto acemanana, por exemplo, é encontrado em grande quantidade no gel de suas folhas, e responsável por suas propriedades anti-inflamatória e cicatrizante (13). No Brasil, são permitidos produtos apenas para uso tópico, uma vez que a documentação científica disponível não foi considerada suficiente para comprovar a segurança deste uso. Desta forma, por meio de um decreto em 2011, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária proibiu a fabricação de produtos alimentícios que levem como matéria prima principal a babosa (15).

BOLDO

RECEITA: Infusão - 1 a 3 colheres de chá (1 a 3 g) de folhas secas para 1 xícara de chá (150 mL) de água. Acima de 12 anos tomar 150 mL do infuso, logo após o preparo, 2 a 3 vezes ao dia. Maceração - amassar ou picar 1 a 2 folhas frescas para 1 xícara de chá (150 mL) de água fria e deixar repousar por alguns minutos, 2 a 3 vezes ao dia.

EFEITO ADVERSO: Não deve ser utilizado por gestantes, lactantes, crianças e portadores de obstrução das vias biliares ou pedra na vesícula. Não usar no caso de tratamento com metronidazol ou dissulfiram, medicamentos depressores do sistema nervoso central (SNC) e anti-hipertensivos. Doses acima das recomendadas podem causar irritação gástrica.

Plectranthus barbatus Andrews.

PARTE UTILIZADA: folhas INDICAÇÃO TERAPÊUTICA: Estimulante do fígado, da digestão e do apetite, atua na melhora da azia.

Suas folhas são utilizadas medicina tradicional, na forma de infusão ou decocção, para distúrbios gástricos, intestinais e respiratórios, doenças da pele, atividades antiinflamatórias, antimicrobianas e antitumorais; sendo uma espécie muito indicada em levantamentos etnobotânicos realizados no Brasil (18, 19).

Diversas espécies estão associadas ao nome popular boldo, sendo que no Brasil, há registro de seis espécies conhecidas por este nome: Peumus boldus Molina, Plectranthus amboinicus Lour, Vernonia condensata Baker, Plectranthus grandis (Cramer) R.H. Willemse, Plectranthus barbatus Andrews, Plectranthus neochilus S.. O gênero Plectranthus engloba mais de 300 espécies, sendo a Plectranthus barbatus considerada como uma das principais, muito utilizada na medicina tradicional brasileira (16,17).

Popularmente conhecido como boldo-nacional, boldo-do-Brasil, malvasanta, sete-dores e tapete-de-Oxalá, a espécie Plectranthus barbatus Andrews. é um arbusto perene, com flores roxas ou azuladas, aroma característico, amplamente cultivado no Brasil (18). Esta espécie é regulamentada pela ANVISA, utilizada para aliviar sintomas da má digestão por meio de uma infusão com 3 gramas de folhas secas em 150 mL de água (20). Os medicamentos homeopáticos ou fitoterápicos a base desta espécie são contra-indicados para gestantes, lactantes, crianças com idade inferior a 12 anos, alcoolistas, diabéticos, pessoas com doença renal policística, hepatite e obstrução das vias biliares e pessoas com hipersensibilidade aos componentes da fórmula (21).

M PARTE UTILIZADA: folhas INDICAÇÃO TERAPÊUTICA: gripes e resfriados, bronquite alérgica e infecciosa, como expectorante para adultos e crianças. RECEITA: fazer um chá, jogando uma xícara de água quente fervendo em um copo contendo 1 colher de sopa das folhas picadas. Ingerir 1 xícara de chá 3 vezes ao dia. EFEITO ADVERSO: altas doses podem causar vômitos, diarréia e diminuem a coagulação sanguínea. Evitar o uso em caso de cirurgia.

Também conhecida popularmente como erva-de-serpentes, cipó-catinga, erva-de-cobra, coração-de-Jesus ou guaco-cheiroso, a Mikania glomerata Spreng. é uma espécie trepadeira, nativa no sul do Brasil (24). Ela foi reconhecida como fitoterápico pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1978, sendo indicada sobretudo para o tratamento de doenças respiratórias, como bronquite, asma, gripe, tosse e resfriados (24,25). Em 2010, ela foi incluída pela ANVISA, na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 10, onde é indicado seu uso via oral, para gripes e resfriados, bronquites alérgicas e infecciosas, e como expectorante. No entanto, pode conter substâncias com ações tóxicas e/ou causar efeitos colaterais no paciente, se usadas de forma incorreta ou excessivamente (24). Ela pode, por exemplo, interagir com antiinflamatórios não esteroidais; e se ingerida em doses acima da recomendada, interferir na coagulação sanguínea, não sendo recomendado seu uso em período do ciclo menstrual, devido ao aumento do fluxo sanguíneo (26).

No Brasil, as espécies Mikania glomerata Spreng. e M. laevigata Sch. Bip. ex Baker, são popularmente conhecidas como guaco. Elas são duas espécies muito semelhantes e com ações farmacológicas, e por isso, dificilmente são diferenciadas (22). Possuem propriedades antiespasmódica, antiasmáticas, anti-inflamatórias, tônica, depurativa, artrite, reumatismo, expectorante, dentre outras (22).

Uma das principais substâncias encontradas nestas espécies é a curcumina, responsável pelo aroma característico de suas folhas e por seus efeitos medicinais conhecidos, como a ação broncodilatadora; além de ser o composto responsável pelos efeitos colaterais relacionados aos seus usos, como vômitos, diarréias e hipertensão (23,24).

C Cybopogon citratus (DC). Stapt PARTE UTILIZADA: folhas INDICAÇÃO TERAPÊUTICA: cólicas intestinais e uterinas, para adultos e crianças. RECEITA: fazer um chá, jogando 1 xícara de água quente fervendo em um copo contendo 3 colher de chá das folhas picadas. Ingerir 1 xícara de chá 3 vezes ao dia. EFEITO ADVERSO: pode aumentar o efeito de medicamentos calmantes.

F o t o : R u s s o m a n n o e t a l , 2 0 1 1

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Esta espécie é comumente atingida por doenças fúngicas, conhecidas como ferrugens, que quando parasitam espécies medicinais e aromáticas, podem ser responsáveis pela perda da produção agrícola ou por alterações em seus compostos químicos, reduzindo suas propriedades terapêuticas (31).

Podar as folhas periodicamente para estimular o crescimento da planta; - Remover as folhas atacadas pelo patógeno, destruindo esse material para não contaminar novamente. Controlar as ervas daninhas para reduzir a umidade relativa no local de plantio. Plantar em solos bem drenados, relativamente secos, procurando manter uma boa ventilação entre as plantas, possibilitando a secagem rápida das folhas após as chuvas. Minimizar as regas, pois prefere áreas mais secas. - Não aplicar fungicidas, pois os produtos químicos podem alterar nos compostos químicos da planta e, consequentemente, suas propriedades terapêuticas.

Dicas para seu plantio e cultivo (31):

Nativa da Índia, o Capim-Limão (Cymbopogon citratus) é uma erva que se desenvolve bem em áreas de clima tropical, que forma touceiras, e possui folhas verde-claras, ásperas e com odor característico (27). Este odor é devido ao óleo essencial presente nas folhas, composto principalmente por uma substância chamada pelocitral, responsável por sua ação calmante e espasmolítica (27).

Intercalar com outras plantas não suscetíveis ao patógeno (ferrugem).

Esta espécie é popularmente conhecida como capim limão, capim cidreira, capim santo, capim-cheiroso e erva-cidreira, é comumente usada na forma de infusão de suas folhas frescas ou secas, ou por meio do seu óleo essencial; apresentando propriedades antiespasmódica, analgésica, bactericida e inseticida (28,29). Para utilizá-la de forma oral, é por meio de uma infusão (30), devendo-se ter cuidado no seu uso, pois pode potencializar o efeito de medicamentos calmantes (30).

CAMO Matricaria chamomilla L. PARTE UTILIZADA: flores INDICAÇÃO TERAPÊUTICA:insônia, distúrbios digestivos, cólicas, inflamações e feridas na pele. RECEITA: infusão, colocando-se 3 gramas de inflorescências secas em 150 mL de água, para uso interno. CUIDADO: foi usada para tratar pressão alta de uma pessoa que usava remédios para pressão alta. A pessoa continuou com a pressão alta e teve falta de ar, aumento dos batimentos cardíacos e dor no peito. Pode ter sido causado por reação alérgica, ou pela planta ter impedido o efeito do medicamento.

Popularmente conhecida como camomila, a Matricaria chamomilla L. é uma espécie muito utilizada na medicina tradicional, por suas propriedades medicinais e segurança no uso, apresentando propriedades farmacológicas como antimicrobiana, antioxidante, anti-inflamatória, ansiolítica e antifúngica (32,33). No Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, suas flores são indicadas para um preparo por meio de infusão. Em caso de superdosagem, podem ocorrer náuseas, excitação nervosa e insônia, além do surgimento de reações alérgicas ocasionais (34). É recomendado ainda, que se evite o uso em pessoas alérgicas ou com hipersensibilidade à camomila ou plantas da família Asteraceae. O uso como medicamento deve ser feito por pessoas acima de 12 anos, por meio de uma infusão com 1 colher de sopa das inflorescências secas em 1 xícara de chá de água. Usar 150 mL do infuso, 5 a 10 minutos após o preparo, e ingerir de três a quatro vezes entre as refeições. Para o uso externo, em bochechos e gargarejos, o preparo é por meio de uma infusão com 2 a 3 colheres de sopa em 100 mL de água (35).

ORA-PRO Pereskia acu PARTE UTILIZADA: folhas. INDICAÇÃO TERAPÊUTICA: ação antioxidante, anti-inflamatória, cicatrizante. É importante complemento nutricional alimentar, pois contém alto conteúdo protéico e de fibras em suas folhas, além da presença minerais (cálcio, magnésio, manganês e zinco) e vitaminas (vitamina A, vitamina C e ácido fólico). CUIDADO: O gênero Pereskia engloba as espécies: Pereskia bleo, arbustiva, ornamental, com flores laranjas; Pereskia fgrandifolia, lores rosadas e folhas grandes, que devem ser consumidas cozidas; e Pereskia aculeata Miller, mais comum, ornamental, alimentícia e medicinal. Na literatura a espécie não apresenta toxicidade de suas folhas. Mas, por apresentar confusão em sua identificação, é recomendado o uso de suas folhas sempre cozidas.

Suas folhas, apreciadas como hortaliça na medicina tradicional, podem ser fonte de vitamina A, nutriente importante para o sistema ocular e para a renovação das células que compõem os tecidos do nosso corpo; e de carotenóides, um grupo de compostos antioxidantes que podem prevenir o desenvolvimento do câncer e de doenças cardiovasculares; reforçando seu potencial de diversificar e enriquecer a dieta humana (39,44).

Nativa da América do Sul, a Pereskia aculeata Miller é uma trepadeira que pode atingir até 10 metros de altura (38,39). Possui espinhos na axila das folhas e estrutura floral (hipanto) com coloração branca e amarelo alaranjada (40). É conhecida como um cacto primitivo com folhas, tem ação antioxidante, anti-inflamatória, cicatrizante, sendo considerada um importante complemento nutricional alimentar, uma vez que contém alto conteúdo protéico e de fibras em suas folhas, além da presença minerais (cálcio, magnésio, manganês e zinco), vitaminas (vitamina A, C e ácido fólico), complexos metálicos e da ausência de toxicidade de suas folhas (41,42,38,43).

Devido ao seu alto teor de proteínas, esta espécie é equiparada à couve e ao espinafre, e também conhecida como " carne dos pobres" ou “ carne vegetal”; sendo utilizada na medicina popular como fortificante e para combater anemias, pela alta proporção de ferro de suas folhas (36,37). Não foram encontrados estudos quanto à sua toxicidade (39). Popularmente conhecida como groselha-da-américa, por possuir frutos considerados ácidos, como uma groselha; trepadeira limão, devido ao seu hábito de trepadeira; ou ainda como ora-pro-nobis, nome popular oriundo do latim "rogai por nós” (36). Conta a lenda que este último e mais conhecido nome, teve origem por meio de um padre de Minas Gerais, que quando se alimentou dos frutos, exclamou “Benza Deus!” ; ou ainda, de outro padre que tinha os frutos em sua igreja, que eram coletados pelos fiéis de forma escondida, durante longas missas conhecidas como “ orapro nobis” (36).

O gênero Pereskia engloba as espécies: Pereskia bleo, arbustiva, com flores laranjas e utilizada como ornamental; Pereskia grandifolia, com flores rosadas e folhas grandes, que possuem alto teor de saponina, devendo ser consumida cozidas; e Pereskia aculeata Miller, a espécie mais comum no Brasil, utilizada como “ cerca viva”, alimentícia, medicinal e como fonte de néctar e pólen para as abelhas (36,37).

T Pla PARTE UTILIZADA: folhas. INDICAÇÃO TERAPÊUTICA: Adultos com inflamações de boca e faringe. Parte da planta: folhas. RECEITA: fazer um chá, jogando 1 xícara de chá (150 mL) de fágua ervente em um copo contendo de 2 a 3 colheres de sopa das folhas picadas. Dose: Realizar bochechos e gargarejos 3 vezes ao dia. CUIDADO: pessoas com obstrução intestinal, epilepsia, pressão baixa e gestantes. Não engolir a preparação e nunca utilizar casca da semente desta planta. Não utilizar a planta antes de procedimentos cirúrgicos, devido ao efeito coagulante.

Popularmente conhecida no Brasil como tanchagem, tranchagem, transagem, tansagem, plantagem, língua-de-vaca, trançagem, ou ainda, como tançagem; a Plantago major L. é uma herbácea com cerca de 15 a 30 cm de altura, adaptada às regiões tropicais, tendo origem no Norte da Europa e Ásia Central, e ocorrendo no Brasil com ampla distribuição, desde o norte até o sul do país (45). Esta espécie está inserida na lista de drogas vegetais notificadas, por meio da resolução RDC n.º 10, de 10 de março de 2010 da ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Nesta resolução, ela é indicada para o tratamento de inflamações da boca e faringe, por meio da infusão de suas folhas (46).

Ainda, as recomendações são que: o preparo não seja ingerido; nunca seja utilizada a casca da semente; não seja utilizada nenhuma parte da planta há pelo menos duas semanas antes de procedimentos cirúrgicos, devido ao efeito coagulante; não utilizar a raíz, principalmente em pessoas com epilepsia, pois pode causar um aumento potencial da excitabilidade neuronal; e que o uso de suas folhas também seja feito com cuidado, pois pode causar hipotensão arterial (pressão baixa), obstrução intestinal e riscos à gravidez (47; 46; 45). Suas folhas possuem princípios ativos antioxidantes, como flavonóides e taninos; e são compostas principalmente por uma substância chamada aucubina, responsável por sua ação antimicrobiana, analgésica e anti inflamatória (48). Elas também são utilizadas na medicina tradicional para tratamento de feridas e furúnculos, cortes, picadas de insetos, resfriados, dor de dente, dor de ouvido, para problemas de voz e rouquidão, problemas na garganta, acne, hemorróidas e outros (45).

TAIO Xanthosoma taio

PARTE UTILIZADA: Folhas, utilizada como alimento - refogadas, ou em receitas com arroz, com frango, ou carne moída, em omeletes, recheios, bolinhos, entre outras. Possui alto teor de vitamina A, C e antioxidantes.

CUIDADO: Ela é composta por oxalato de cálcio, uma substância que quando ingerida pode provocar amargor e adstringência na região da boca e da garganta; e por isso, para reduzir o teor deste composto, deve ser fervida (ao menos 15 minutos) antes de ser consumida. Esta substância também é pouco solúvel na urina, estando presente em outros alimentos como espinafre e carambola, não recomendados para pessoas com problemas renais. Além disso, possui algumas espécies anatomicamente semelhantes que não devem ser ingeridas e/ou exigem um preparo mais cuidadoso, e por isso, não devem ser confundidas.

A taioba possui algumas espécies anatomicamente semelhantes que não devem ser ingeridas e/ou exigem um preparo mais cuidadoso, e por isso, não devem ser confundidas: “taioba de talos roxos ” ou “taioba roxa ” (Xanthosoma violaceum), que é comestível mas exige maior cozimento (53; 54). talo verde saindo da união das folhas folha com linha em sua borda

A taioba, Xanthosoma taioba E.G. Gonç. é uma herbácea cuja as folhas grandes podem ser ingeridas refogadas, ou em receitas com arroz, com frango, ou carne moída, em omeletes, recheios, bolinhos, entre outras (49).

Por ser muito utilizada nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, mas pouco conhecida no restante do país, ela é considerada uma PANC - Planta Alimentícia não Convencional (50). Ela é composta por oxalato de cálcio, uma substância que quando ingerida pode provocar amargor e adstringência na região da boca e da garganta; e por isso, para reduzir o teor deste composto, deve ser fervida (ao menos 15 minutos) antes de ser consumida (51). Esta substância também é pouco solúvel na urina, estando presente em outros alimentos como espinafre e carambola, não recomendados para pessoas com problemas renais (52).

ES PARTE UTILIZADA: Folhas. INDICAÇÃO TERAPÊUTICA: distúrbios da digestão, azia e gastrite. RECEITA: Infusão, com 1 a 2 g (1-2 colheres de chá) em 150 mL (uma xícara de chá) de água, devendo ser consumida uma xícara de chá de 3 a 4 vezes ao dia. CUIDADO: é uma planta muito vendida em feiras e mercados, e por isso, é fácil de ser encontrada e comercializada de forma adulterada, por exemplo, por meio da utilização da Sorocea bomplandi Bailon; espécie que também possui propriedades farmacológicas, mas que ainda não foi muito estudada quanto a sua toxicidade.

Figura: análise das diferenças das folhas de (A) Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiss. e (B) Sorocea bonplandii. Fonte: https://conic semesp.org.br/anais/files/2014/tr

abalho 1000017641.pdf

A Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiss. é uma árvore de pequeno porte, oriunda de regiões tropicais e subtropicais, e que possui ações medicinais conhecidas. Na medicina tradicional, por exemplo, seus usos estão relacionados a distúrbios gástricos, cicatrização e depuração do sangue (57).

Ela se encontra na lista de drogas vegetais notificadas, por meio da resolução RDC n.º 10, de 10 de março de 2010 da ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Nesta resolução, ela é indicada para o tratamento de dispepsia (distúrbios da digestão), azia e gastrite, além de ser coadjuvante no tratamento episódico de prevenção de úlcera em uso de antiinflamatórios não esteroidais; utilizando se suas folhas em uma Infusão (56).

As espécies Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiss. e Maytenus aquifolium Mart. são nativas do Brasil e popularmente conhecidas como espinheira-santa, por apresentarem folhas com margens espinescentes, ou seja, com pequenos espinhos, que são associadas aos seus efeitos terapêuticos (55). Essas espécies também são conhecidas por “espinheira-santa”, “espinheira-divina”, “ cancorosa ” , “ cancerosa ” e “ cancrosa ” (56).

Ela é uma planta muito vendida em feiras e mercados, e por isso, é fácil de ser encontrada e comercializada de forma adulterada, por exemplo, por meio da utilização da Sorocea bomplandi Bailon; espécie que também possui propriedades farmacológicas, mas que ainda não foi muito estudada quanto a sua toxicidade (58).

PARA NÃO ERRAR:

MÃOS NA MASSA!

As receitas a seguir foram selecionadas pelo gastrônomo e colaborador do projeto José Otávio Ferreira, como formas alternativas de uso dos alimentos, escolhidos por toda riqueza nutricional e medicinal envolvida em sua composição. A ideia é incentivar o reaproveitamento de alimentos, e oferecer uma alternativa nutritiva de dieta a baixo custo e com alimentos funcionais, disponíveis na horta do Espaço Cultural, que podem contribuir com a saúde do indivíduo.

Ingredientes:

3 unidades de banana madura, 1,5 xícaras de farinha de trigo integral (210 gramas), 1/2 xícara de açúcar (80 gramas), 1/2 xícara de leite (120 mililitros), 1 colher de sopa de manteiga amolecida, 1 unidade de ovo, 1 colher de sopa de fermento em pó, 1 colher de chá de canela em pó. Modo de preparo: 1) Lavar as bananas com esponja e sabão neutro em água corrente, retirar as cascas da banana e bater com os ovos, manteiga e açúcar no liquidificador até que fique bem homogêneo. Acrescentar o leite e misturar bem. 2) Picar a polpa da banana e reservar. 3) Numa tigela adicione a farinha de trigo, a canela e aos poucos o conteúdo do liquidificador. 4) Em seguida acrescentar as bananas picadas e o fermento, mexer delicadamente até incorporar toda a massa. 5) Numa forma untada e enfarinhada, colocar a mistura. Assar em forno pré aquecido 180 °C, de 30 a 40 min.

Frutas como banana, abacaxi, abacate e outras, possuem em geral, teores de nutrientes mais elevados do que quando comparados às suas respectivas partes comestíveis (59,60)

BOLO COM CASCA DE BANANA

Modo de preparo:

CARNE-LOUCA DE CASCA DE BANANA

Ingredientes: 3 cascas de banana-prata lavadas (quase maduras), 1 cebola média, 1 molho de tomate, óleo ou manteiga, água, 1 dente de alho, sal e outros temperos a gosto. A casca da banana tem alto teor de compostos apresenta alto teor de compostos conhecidos como fenólicos, que podem atuar como antioxidantes, reduzindo o risco do desenvolvimento de patologias, como o câncer.

1) Refogar a cebola e o alho, com óleo ou manteiga. 2) Cortar as cascas bem finas e compridas (semelhante à carne desfiada). Este processo de desfiar as cascas pode ser feito também com o auxílio de um garfo. 3) Adicionar um pouco de água, até cobrir o fundo da panela, para cozinhar as cascas, juntamente com os demais temperos. 5) Adicionar o molho de tomate e deixar ferver por 5 minutos. 6) Pode ingerir quente ou refrigerado, em pratos ou com pão.

CALDO

FAROFA DE FLOCÃO DE MILHO COM ORA-PRO-NOBIS

Ingredientes: 300gr de flocão de milho, 1/2 cebola média picada, 3 dentes de alho, 180 gramas de manteiga, 80 ml óleo, sal a gosto. Modo de preparo: 1) Refogar a cebola e o alho até ficar bem dourado. 2) Acrescentar o flocão e o sal, refogar em torno de 15 minutos em fogo médio para alto ou até criar crocância. x

Ingredientes: 200 gramas de fubá (12 colheres de sopa cheias), 7 pés de galinha (opcional), 3 folhas grandes de taioba, 1/2 cebola média, 3 dentes de alho, sal a gosto, 1 folha de louro, pimenta do reino preta a gosto, 50 ml de óleo, cerca de 2 litros de água. Modo de preparo: 1) Dourar os pés de galinha no óleo, acrescentar o alho e a cebola e refogar até dourar bem. 2) Dissolver o fubá na água fria e por no refogado. 3) Mexer até pegar fervura. 4) Adicionar sal, louro e pimenta. 5) Baixar o fogo para médio, tampar e deixar ferver por 20 min. DE FUBÁ COM TAIOBA

DICA PAR Remova os talos das has. Aguarde 3 munitos, d sua receita. Mesmo tendo identificado sua taioba, coloque uma pequena quantidade dela já pronta em sua boca, e veja se provocará ardor. Em caso positivo, não consuma.

DA CURCUMA LONGA L.: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Revista Ciência (In) Cena, v. 1, n. 10, p. 18-28, 2020.

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