Terra Boa Agronegócios - Ed 02 Mai/Jun 2012 - Kinkão e C.A. Sansão

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agronegócios ano 1 | edição 2 | maio/junho 2012

Kinkão e C.A. Sansão

Protagonistas de uma grande história

Cafeicultura

Perfil

João Faria Focado no mercado mundial

Almir Sater Na música, na terra, na raça Senepol

Equinocultura 22º Congresso da ABQM bate recordes Haras Raphaela é referência mundial da raça








Parceiros e Colaboradores Ronaldo Bonifácio da Silva o Bony, criador de Nelore , é um dos grandes conhecedores da raça. É natural de Uberaba/MG, mas está radicado em Passos/MG há muitos anos. Hoje assessora criadores da raça Nelore em todo o país.

Ângelo Leite Pereira é filho de produtor rural. Foi pecuarista e administrador de cooperativa, em Carmo do Rio Claro/MG, onde também foi prefeito por três mandatos. Hoje presta serviços à Cemig no Programa Energia Eficiente. Também é membro do Conselho de Administração da MG Serviços.

Renato Barbosa Andrade é filho de família pecuarista, apaixonado pela causa rural, sempre esteve envolvido nas ações da classe ruralista em várias instituições. Hoje é Subsecretário de Política Urbana de Minas Gerais.

Leia na Terra Boa 14

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ESPECIAL Brasil: a esperança do mundo

CAFEICULTURA O maior produtor de café do mundo

ASSESSORIA Como ter sucesso na produção de leite

CAPA Genética KCA Uma história de sucesso

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PECUÁRIA DE ELITE O Nelore Natural da Sinhá

DEPOIMENTOS Cultivo do Milho com tecnologia e produtividade

EVENTO 49ª EXPASS destaca-se pela qualidade

DEPOIMENTOS Safrinha e Rotatividade


Mauricio Silveira Coelho é veterinário e um dos sócios do Grupo Cabo Verde, em Passos/MG. Criador e produtor nato, é gestor da Fazenda Santa Luzia, uma das principais referências na produção de leite a pasto e criação de Girolando. Está entre os 20 maiores produtores de leite do Brasil, conforme ranking TOP 100 do site Milkpoint. Mauricio é também vice-presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando.

Jayme Toledo Resende é engenheiro agrônomo, pecuarista e criador de cavalos Quarto de Milha. Como esportista, participa de provas de cavalos de apartação no Brasil e nos EUA.

André Pimenta é cafeicultor e Gerente Geral de Administração e Finanças da Pimenta Agro Sul, concessionária da marca Case IH. É descendente de uma família que, tradicionalmente, trabalhou com concessionárias de veículos das marcas Volkswagen e Chevrolet. Também é sócio proprietário da SUPERNOVA, empresa de comunicação visual e painéis de propaganda, sediada em Alfenas/MG.

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PERFIL Almir Sater A Pecuária e a Música

PECUÁRIA DE ELITE Gir Leiteiro Trajetória de um criador genuíno

PECUÁRIA DE ELITE O Rio do Leite” na terra do Girolando

EVENTO Marca histórica: o melhor do Girolando

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SAÚDE Casqueamento o ideal é prevenir

EQUINOCULTURA Haras Raphaela aqui nascem as estrelas

ARTIGO Congresso ABQM projeção internacional

AGRICULTURA FAMILIAR Morango alternativa de produção


Quem lê a Terra Boa agronegócios

EXPEDIENTE Terra Boa Agronegócios é uma publicação bimestral da Editora Doce Mar ano 1 | edição 2 | maio/junho 2012

A Revista Terra Boa Agronegócios foi lançada no mês de março em Passos/MG e distribuída em vários eventos do setor agropecuário nos Estados de Minas Gerais e São Paulo. A primeira edição encantou produtores rurais, empresários e parceiros.

Direção executiva Bolivar Filho terraboaminas@hotmail.com Conselho editorial Adriana Dias, Bolivar Filho, Denise Bueno

Na foto, o produtor rural e Deputado Estadual em Minas Gerais, Antonio Carlos Arantes, conhecendo em primeira mão a revista Terra Boa Agronegócios, durante Show Tecnológico promovido pela empresa Porto Mineiro de Grãos, no final de março, em Formiga/MG. Antônio Carlos preside a Frente Parlamentar do Cooperativismo e a Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial na Assembleia Legislativa de Minas Gerais

Edição Bolivar Filho Denise Bueno denisebueno@multimarketing.ppg.br Projeto gráfico Edição de imagens e DTP Multimarketing Comunicação Cleiton Hipólito / Dalton Filho cleiton@multimarketing.ppg.br daltonfilho@multimarketing.ppg.br Jornalista Responsável / Redação Denise Bueno – DRT/MG 6173 denisebueno@multimarketing.ppg.br Adriana Dias adriodias@hotmail.com Graciela Nasr graametista@hotmail.com Revisão Ruller Rodrigues rullerrodrigues@hotmail.com Estagiária Marcela Muzetti marcelamuzetti@hotmail.com

O deputado federal Domingos Sávio também recebeu um exemplar da revista Terra Boa Agronegócios, durante Show Tecnológico

O criador de Gir Leiteiro Henrique Figueira da Fazenda Figueiras, durante a 49ª Expass, também conheceu a nova publicação do agronegócio

Fotos Allan Françozo allanfrancozodutra@gmail.com Impressão 3 Pinti Editora e Gráfica Tiragem 10 mil exemplares Revista Terra Boa Agronegócios Av. Com. Francisco Avelino Maia, 3866 Passos/MG - 37902-138 - Fone: (35) 3522-6252 www.facebook.com/terraboa.agro terraboaminas@hotmail.com Envie a sua história ou curiosidade relacionada ao campo para a Terra Boa Agronegócios!

Antônio Carlos Lemos, apaixonado pelo meio rural, durante os julgamentos de animais na Expass, conferindo a primeira edição da revista Terra Boa Agronegócios


Ao leitor

Obrigado! A equipe da revista Terra Boa Agronegócios só tem a agradecer aos leitores, colaboradores e anunciantes, da região Sudeste e de outros estados brasileiros, pela receptividade da primeira edição. Agradecemos a todos aqueles que colaboraram para que esse sonho se tornasse realidade. Ao lançarmos a revista no último mês de março, sabíamos que teríamos muitas histórias de sucesso para contar e, assim, motivar nossos leitores a novos desafios. Nesta segunda edição, vocês conhecerão muitas histórias de superação na agricultura e na pecuária. Preparamos matérias diversas, ricas de conteúdo e de êxito, com muito carinho, esperando que essas informações possam somar à vida do leitor. Nesta edição, você verá o caso de sucesso de Joaquim José da Costa Noronha, o Kinkão, um dos maiores criadores do Gir Leiteiro, cuja marca KCA é sucesso em todo Brasil e rompe as fronteiras chegando aos países da América do Sul e América Central. Você também vai saber como se cria a raça Girolando com excelência, com o pecuarista Paulo Ricardo Maximiano; poderá apreciar a história do Haras Rafhaela, referência mundial em cavalos Quarto de Milha. Conhecerá a criação do Nelore Natural do criador Caio Barra e a alta produtividade do cafeicultor João Faria, o maior exportador individual de café em 2011. Irá conferir também informações sobre exposições, leilões, competições de diversas raças, entre muitos outros temas de interesse para o agronegócio. A sua colaboração tem um imenso valor para que consigamos melhorar sempre. Por isso, a Terra Boa está de portas abertas a você, que tem interesse em viajar pelo mundo do agronegócio, enviando sugestões e interagindo conosco. Fica aqui um agradecimento especial de nossa equipe a você, leitor. Boa leitura, Bolivar Filho Você sabia que a Terra Boa também pode ser acessada na internet para leitura virtual? É no endereço abaixo:

http://issuu.com/terraboa Tenha uma boa leitura!


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Anuncie na Terra Boa e tenha uma boa colheita 35 3522-6252 | 9213-6432 | terraboaminas@hotmail.com www.facebook.com/terraboa.agro


Especial Nunca tive dúvida do potencial brasileiro de crescer e atender o mundo, não apenas com alimentos, mas | maio/junho 2012

com energia,

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com fibras e com todo produto de origem agrícola

Brasil:

a esperança do mundo O Coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas e ex-Ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, foi um dos palestrantes do II Show Tecnológico, realizado no dia 30 de março, pela empresa Porto Mineiro de Grãos, em Formiga/MG. Roberto discorreu sobre o cenário do mercado de grãos no mundo, além de enfatizar o aumento do consumo e o potencial de crescimento do Brasil. O também professor do Departamento de Economia Rural da UNESP, em Jaboticabal, e Pesquisador Visitante do Instituto de Estudos Avançados da USP, concedeu entrevista à Revista Terra Boa Agronegócios. Confira abaixo suas análises e as boas perspectivas para o Brasil no mercado de produção.


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Terra Boa: Como produtor, cooperativista e profissional do agronegócio, como o senhor analisa este momento em que o Brasil é o palco das atenções do mundo para atender a demanda por alimentos. O senhor esperava ver isso acontecer um dia? Roberto Rodrigues: Sim. Eu esperava porque nunca tive dúvida do potencial brasileiro de crescer e atender o mundo, não apenas com alimentos, mas com energia, com fibras e com todo produto de origem agrícola. O país tem de fato um potencial que nenhum continente tem: terras disponíveis e gente competente. Você não constrói um país, uma nação, sem pessoas competentes. Fiz uma palestra na França, para uma associação de agricultores. Eu era o mais novo da sala, e tenho 70 anos. Aqui no Brasil eu sou o mais velho, porque nós temos uma juventude pujante, com tecnologia e terra disponível, que escolhe a agricultura. O crescimento econômico dos países emergentes foi o gatilho para uma explosão de demanda que o mundo não estava esperando. Cresceu mais a demanda do que a oferta, diminuindo os estoques mundiais. Com as especulações, os preços subiram. Então o Brasil virou o foco da atenção mundial na produção agrícola.

RR: Eu acho que é possível, mas precisamos de estratégias que contemplem meia dúzia de questões centrais. A primeira questão é política de renda, nós não temos uma política de renda para o campo. A segunda é o estudo de logística. Nós somos muito bons dentro da fazenda, mas quando saímos perdemos espaço por causa do transporte: ferrovia, rodovias, portos. A terceira questão é comercial. O Brasil colocou todos os seus ovos na cesta da OMC (Organização Mundial do Comércio). A OMC não vai para frente, porque as intenções são díspares. Cada um corre para um lado e não vira nada. Nós perdemos anos sem fazer acordos bilaterais com países como Colômbia, México, Chile. A quarta questão é a tecnologia. Nós somos campeões mundiais em tecnologia tropical, mas a evolução do setor é dinâmica, avança. Se os outros países investirem e nós não, ficaremos para trás. A quinta é a Defesa Sanitária. Não é possível ter aftosa no Brasil. O México acabou com a aftosa em 1948, nós ainda não. A questão central é que não há uma estratégia nacional que trabalhe com a agricultura incorporando temas da fazenda, do planejamento, do meio ambiente, do Itamaraty, do livre comércio; uma estratégia nacional.

TB: O Brasil tem pessoas qualificadas e a demanda do mundo exige um crescimento de 40% em produção. O país conseguirá atingir essa meta ou ainda falta desenvolvimento tecnológico?

TB: Por que não conseguimos essa estratégia ainda? RR: Eu acho que é porque o Brasil se urbanizou muito rápido. A academia é urbana, a visão é urbana. A visão dos produtores é negativa como um setor

Produtores rurais, diretores da Porto Mineiro de Grãos e Roberto Rodrigues durante Show Tecnológico

sujo, atrasado, que fala errado, destrói o meio ambiente. As imagens que são colocadas sobre nós são imagens que generalizam a exceção. A imensa rede de trabalhadores é correta, mas tem uma parcela negativa e a imagem que é passada para a mídia é essa. Dá a impressão que somos um setor atrasado, quando na verdade somos extremamente desenvolvidos e ganhamos espaço no mundo inteiro. TB: Existe um preconceito em relação ao produtor rural. Hoje, apesar dessa consciência, como reverter esse quadro? RR: A minha tese é que nós devemos nos organizar melhor e criar mecanismos de coordenação dentro do setor, e, a partir daí, falar com o governo. Organização é a palavra chave. Em qualquer país desenvolvido do mundo, onde a agricultura tem um peso muito menor economicamente, o setor tem um apoio político muito maior. Nós não fazemos isso, porque falta organização. TB: O grande desafio e a importância de crescer com sustentabilidade foi um dos temas da sua palestra. O produtor tem essa consciência? RR: A sustentabilidade hoje é o tema central da competitividade, quem não investe em qualidade vai perder mercado. Nós não tínhamos informações no passado, não tínhamos instituições que cobrassem isso da gente. Fizemos muitas coisas erradas. Isso acabou. O produtor rural brasileiro entende que é preciso cuidar dos sistemas de base da produção, da água, da terra, do meio ambiente. Eu não me preocupo mais com a média, preocupo-me com quem está fora da média, aquele cara que não sabe ou que não quer saber e é desonesto. Uma fruta estragada, em uma cesta de frutas, estraga todas. TB: Quem tem mais força, o Brasil, que tem a capacidade de produção, ou os países mais ricos? RR: É difícil falar quem tem mais força, o mundo é a lei da selva, prevalece o capital. Essa perda de poder é relativa. Se você observar hoje a formação da renda do mundo, cada vez mais cresce a renda dos países emergentes. A expectativa


Enfrentar tudo o que eu enfrentei e ser recebido hoje com admiração, carinho, amizade pela classe rural brasileira, que é a minha classe, é um orgulho

é que, de 7 a 8 anos, a renda dos emergentes supere a renda dos ricos. Isso será um grande paradigma. Esta é a regra da selva: “quem tem mais dinheiro manda mais”. TB: O senhor sempre foi cooperativista, como analisa o segmento hoje e a importância dele para o Brasil? RR: Ainda é pequeno, mas cresce com muito vigor, graças à orientação da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), que é muito profissional, muito eficiente. O cooperativismo brasileiro vai crescendo e tem papel central para a agricultura. TB: Conforme análise apresentada aos produtores de Formiga e região, a busca por combustíveis será maior que por alimento. O etanol é a saída para atender essa demanda? RR: Não acho que seja a saída, mas uma das saídas. O que o mundo busca é energia renovável, limpa, não poluente e o etanol é uma delas, assim como a hidrelétrica, a eólica, a solar, entre outras. É uma alternativa importante na nova matriz enérgica do Brasil. TB: Durante a sua atuação como Ministro de Agricultura, o Senhor procurou abrir barreiras internacionais, ganhar mercado. O que destaca desse período? RR: Fizemos uma reforma no Ministério da Agricultura e o modernizamos. Recuperei a Embrapa e a CONAB foi transformada em uma instituição séria. Fiz a Lei da Biossegurança, dos Orgânicos, da Armazenagem, fiz a Lei dos Novos Instrumentos Comerciais. Todo meu esforço foi para montar os alicerces para a agricultura no futuro. Infelizmente, fui colhido por um processo maluco, um bombardeio, que ninguém nunca sofreu: a maior seca de todos os tempos, os preços despencaram e os custos subiram, aftosa, a gripe aviária... Ter conseguido sair do Ministério com as mãos limpas e honrado pela minha classe é o maior orgulho que eu tenho. Enfrentar tudo o que eu enfrentei e ser recebido hoje com admiração, carinho, amizade pela classe rural brasileira, que é a minha classe, é um orgulho.


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Ciência

Tecnologia promete aumentar

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a produção de milho no Brasil por Letícia Gonçalves

Uma nova tecnologia promete aumentar a produtividade do milho em até 10%. O Power Core é o primeiro Milho Transgênico no Brasil com cinco proteínas para controlar as principais pragas que atacam a plantação. Ele será lançado ainda este ano. Atualmente, no mercado brasileiro, só existem sementes com no máximo três proteínas embutidas. O Power Core, no entanto, possui cinco: três para o controle de insetos e duas para proteger o milho de agrotóxicos aplicados na lavoura para combater plantas daninhas. O gerente de pesquisa e desenvolvimento da Dow AgroSicences, multinacional que detém a exclusividade do produto, Antônio Cesar Santos, diz que pragas como a lagarta-do-cartucho e a lagarta-da-espiga, morrem ao comer parte da planta, mas sem prejudicar a lavoura. As proteínas inseridas no Power Core combatem ainda a broca do colmo, a lagarta-elasmo, a lagarta-rosca, a lagarta-preta e a lagarta-das-vargens. Pragas mais comuns que atacam as plantações de milho. Assim que ingerem parte da planta, estes insetos deixam de atacar a plantação e morrem em até três dias. Santos garante, no entanto, que a proteína não oferece riscos a outros animais e a humanos. “Nós fizemos vários estudos e não há nenhum problema para o consumo

de carne, leite ou ovos. Outro ponto importante são proteínas muito específicas agem somente em lagartas porque elas precisam de um meio alcalino. No caso de mamíferos, peixes e aves o sistema digestivo é ácido. Mesmo que você venha a ingerir a proteína, ela é rapidamente degradada e não causa nenhum tipo de problema”. As lagartas, no entanto, podem tornar-se resistentes às proteínas do milho transgênico. Para evitar que isso ocorra os produtores são orientados a manter uma área de refúgio, de cerca de 10% do total do plantio, com milho convencional. Assim, as lagartas das duas plantações se acasalam, o que reduz a chance de tolerância genética na prole. Como o Power Core possui cinco gênios diferentes, a chance de as pragas tornarem-se resistentes é menor, de acordo com Santos. Por isso, a área de refúgio adotada pode cair para 5%. De acordo com o presidente da Dow AgroSciences no Brasil, o colombiano Ramiro De La Cruz, a empresa espera que o novo milho substitua, gradativamente, as atuais tecnologias utilizadas no país.

Em uma fazenda experimental da Dow em Indianópolis/MG, os testes realizados mostram as folhas dos milhos convencionais corroídas pelas lagartas. Além das folhas, as pragas atacam também o caule da planta, logo no início do cultivo, impedindo que ela cresça. As espigas também são danificadas e fungos podem se instalar onde os insetos abriram sulcos. Conforme a utilização de produtos como inseticidas, a incidência diminui, mas as pragas ainda afetam os vegetais. Em milhos transgênicos os danos são menos visíveis e são minorados quando o milho atacado pelas pragas é o Power Core. O mesmo ocorre com a utilização de inseticidas. A nova tecnologia já foi aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança e deve chegar ao mercado brasileiro em novembro deste ano. Os transgênicos foram liberados no Brasil em 2005. O primeiro milho transgênico chegou ao mercado em 2008. Em três anos, o cultivo de milho desse tipo no país já chega a 75% do total. De acordo com o diretor de sementes da DowAgrociences, o mexicano Rolando Alegria, a expectativa é que esse percentual chegue a 90% nos próximos anos. “O produtor brasileiro gosta de investir mais e com maior qualidade. Gosta de tecnologia e de melhorar a capacidade do produto, também para exportação.” O próximo país a receber a tecnologia será a Argentina e depois os Estados Unidos. Para o lançamento do produto foram necessários quatro anos de pesquisas e US$ 200 milhões em investimentos da empresa, que atua em 40 países e tem sede em Indianápolis, Estado de Indiana (EUA). O preço do Power Core para o produtor de milho ainda não foi definido.


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Cafeicultura O empresário e

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cafeicultor João Faria da Silva é considerado o maior produtor de café do mundo. As suas conquistas

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no agronegócio, e no comércio, são resultado de anos de trabalho com seriedade e eficiência


O maior produtor de cafĂŠ do mundo


João Faria é também proprietário da Terra Forte Exportações. Prático e objetivo, demonstra a sua perspicácia administrativa o tempo todo. A equipe da Revista Terra Boa Agronegócios o encontrou em Alfenas, na sede da Concessionária Case IH, durante uma de suas visitas ao município onde tem lavouras de café. Parte da sua trajetória de sucesso, os leitores da revista conhecerão nas próximas páginas. Quando questionado sobre o sucesso nas atividades que exerce foi enfático ao afirmar que é uma pessoa normal. “ Eu gosto de fazer tudo direito e todos podem conseguir suas metas, se fizerem tudo certo e reinvestirem no seu negócio”, disse. João Faria é descendente de uma família de cafeicultores e representa a terceira geração na linha de sucessão na atividade. Natural de Piratininga/SP, tem lavouras em sete fazendas espalhadas por São Paulo e Minas Gerais. Em 2011 exportou 2,5 milhões de sacas de café através da Terra Forte Exportação, empre-

Fotos: arquivo pessoal

sa que criou há seis anos e que em 2011 foi a maior exportadora individual do país. “ Não temos pretensão de crescer mais do que isso, por enquanto. Crescemos acima da nossa meta”, disse avaliando os resultados da empresa. A cafeicultura vivida por seus familiares ficou no passado. Colheita terceirizada para italianos que chega-

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Crescemos acima da nossa meta, disse João Faria avaliando os resultados da empresa

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Instalações e equipamentos de última geração de uma das maiores exportadoras de café do Brasil

vam ao País, muitos trabalhadores na lavoura e a falta de tecnologia. Hoje, as suas lavouras são modernas e automatizadas de ponta a ponta. Seria impossível chegar aos números con-


Terra Forte: mais de 2.200.000 sacas de café exportadas e entregues pontualmente em 2011. Isso sim é respeito e confiança.

A Terra Forte é uma das maiores exportadoras de café do Brasil. Em 2011, mais de 2.2 milhões de sacas de café Arábica foram exportadas pela Terra Forte.

A unidade de Poços de Caldas, em Minas Gerais, é considerado um dos maiores e mais avançados projetos de café do mundo, com capacidade para beneficiar 20.000 sacas/dia; seus armazéns comportam mais de 1 milhão de sacas, principalmente no formato de big bags. Recentemente, novos armazéns foram construídos para receber 400.000 sacas adicionais.

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Suas exportações representam 6.83% de todo o café exportado pelo Brasil, que totalizou 33.4 milhões de sacas em 2011.

A Terra Forte tem como filosofia de trabalho investir continuamente em melhorias. Desde sua abertura, em 2004, a empresa adota as tecnologias mais modernas e eficientes para o máximo desempenho de suas operações de armazenamento, rebenefício e exportação de cafés. A sede da empresa, em São João da Boa Vista, no estado de São Paulo, tem capacidade para beneficiar 6.000 sacas de café por dia e armazenar 140.000 sacas.

A Terra Forte possui filiais em pontos estratégicos para o recebimento de cafés das melhores regiões produtoras do Brasil, como Sul de Minas Gerais, Cerrado de Minas, Mogiana Paulista e Cerrado da Bahia. Atualmente a Terra Forte conta com escritórios e centros de compra de café em: Espírito Santo do Pinhal, Franca, Santos e São João da Boa Vista, em São Paulo; Alfenas, Varginha, Patrocínio, Manhuaçu e Poços de Caldas em Minas Gerais; Londrina, no Paraná; e Barreiras, na Bahia.

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quistados por João Faria se não houvesse a evolução tecnológica. “Faltam trabalhadores, principalmente, na região onde atuamos. A mão de obra rural está escassa. A medida que nos especializamos, falta mão de obra especializada. O treinamento da equipe é a nossa principal preocupação e uma constância”. As suas metas atuais abrangem área de 5.000 hectares de lavouras, 22 milhões de pés de café e uma produção média de 200 mil sacas/ano, em lavouras totalmente certificadas. Segundo João Faria, eles estão quase lá. A meta de área plantada deve ser conquistada em 2014. Os índices de produtividade devem ser elevados de 33 para 40 sacas por hectare, pela técnica da irrigação. “ Meta você conquista uma e coloca outra a frente. Senão a vida não tem graça”, disse. Hoje, com a tecnologia implantada nas suas

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fazendas, tem 370 funcionários diretos. Para o produtor os maiores desafios do setor, atualmente, são o capital para investimento e em segundo lugar a mão de obra. Sobre o bom momento do setor, ele diz que o mercado está balizado pelos baixos estoques mundiais, o que equilibra o preço do produto. Segundo João Faria, o Brasil tem uma grande responsabilidade no mercado internacional, pois atende 30% do consumo mundial do produto. Exportações No segmento da exportação de café, a empresa tem como opção o grão in natura. Para João Faria, a venda do café já industrializado está longe de acontecer no Brasil, pois faltam investidores e tecnologia. Mas o empresário enfatiza que

o setor tem registrado algumas conquistas, embora ainda enfrente o grande poder das multinacionais já estabilizadas no mercado. A Empresa Terra Forte Exportação tem armazéns nas cidades de São João da Boa Vista e Poços de Caldas com capacidade de armazenagem de 1 milhão de sacas. A empresa tem escritório de comercialização em Santos e se prepara para abrir um escritório de compra de café em Alfenas, o que deve ocorrer até o mês de junho. A Terra Forte atende o mercado mundial e exporta principalmente para os Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Japão, Itália, toda a Europa e parte da Ásia. Atualmente, a empresa prioriza a proximidade com o produtor, o que se dará através dos seus escritórios de compras. Vários escritórios serão abertos no país.


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Assessoria Agropecuária | maio/junho 2012

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O leite pode ser um bom negócio, desde que o produtor seja atendido por um bom profissional. Um dos maiores motivos do insucesso na atividade é falta de assistência técnica capacitada, ou porque em algumas regiões este serviço é escasso, ou ainda pelo fato de o produtor considerar que pagar pela assistência técnica implica aumento do custo de produção. Para o jovem Rafael Veloso, de Uberlândia/MG, bacharel em Zootecnia, formado pela Universidade Federal de Viçosa e assessor em Pecuária Leiteira, um consultor técnico tem que, acima de tudo, entender que seu trabalho é auxiliar na tomada de decisão do criador, seja ele de qual raça for. “Ele nunca deve tomar a decisão pelo criador. É um trabalho de construtivismo, por meio do qual se faz um apanhado de várias ideias até culminar na decisão final; decisão esta que pode ser relacionada à venda ou aquisição de um animal, a um acasalamento ou ainda um detalhe no manejo”.


Rafael Veloso como ter sucesso na produção de leite Apesar de jovem, Rafael Veloso tem uma vasta experiência em serviços prestados. Logo após se formar em janeiro de 2005, em Zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa, considerada a melhor faculdade de Zootecnia do Brasil e numa avaliação global, a 2ª melhor do mundo, já prestava algumas consultorias para criadores de vários estados brasileiros. Casado com Priscila Couto, com quem tem uma filha, Beatriz, é descendente de família de produtores rurais. Seus pais têm duas propriedades rurais no noroeste de Minas e Rafael também é um produtor, embora sua atividade principal seja a prestação de serviços. Após a graduação, participou do corpo técnico da ABCGIL (Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro), atuando como jurado em várias exposições. No entanto, para evitar conflito de interesses deixou a atividade. Em pouco tempo, no ano de 2006, deu início à carreira “solo”, fundando a sua G Leite Assessoria Pecuária. “Nosso foco é 100% em pecuária leiteira, tanto em serviços técnicos como também comerciais, que é a assessoria na compra e venda de animais, embriões, prenhezes e sêmens”, explica o consultor, frisando que é preciso encarar a assistência técnica como sendo um investimento para solucionar problemas na atividade, visando um resultado financeiro melhor. Que o leite é uma atividade rentável, ninguém duvida, mas é preciso saber que a atividade é muito complexa. A região de Minas Gerais tem um sério problema a resolver: possibilitar à pequena produção mecanismos institucionais que levam à profissionalização, num momento em que a competitividade se acirra. Se assim não acontecer, haverá uma falência generalizada de produtores, que poderá resultar em uma desarticulação da indústria laticinista já instalada no estado, formada por pequenas e médias empresas.

Como em qualquer setor, o produtor rural enfrenta dificuldades atualmente. Segundo Rafael Veloso, uma das principais é a difusão de tecnologia. “O Brasil é um país bem servido de centros de produção tecnológica. Temos pólos da Embrapa, só para citar um exemplo que é reconhecido mundialmente, as próprias universidades, que geram através de pesquisas muito conhecimento. Mas, entendo que estes milhões gastos tem pouco retorno, pois pouco destas tecnologias criadas chegam ao uso no campo”, assegura o profissional. Conforme Rafael, as diferenças conceituais para cada região onde ele trabalha são quase imperceptíveis, o que ele tenta deixar claro, é que “é preciso encarar cada propriedade como sendo um mundo próprio, em que o profissional leva tecnologias aplicáveis àquela situação, sempre olhando sua condição financeira, mesmo sabendo que o dinheiro não irá agir no resultado final, mas vai ajudar muito na velocidade que será aplicada para chegar aos resultados propostos”. Quando questionado sobre o que é necessário para se tornar um bom produtor de leite, Rafael Veloso é enfático ao dizer. “Primeiro de tudo: escala de produção! O produto leite permite, salvo raríssimas exceções, margens unitárias reduzidíssimas e tem reduzindo dia após dia. Sendo assim, entendo que para o produtor de leite viver com dignidade da atividade, o mesmo precisa ter escala de produção e ser eficiente para produzir leite com uma gestão muito apurada”. Produzir leite não é para amadores, fala Rafael, “uma fazenda leiteira é de uma complexidade muito mais elevada do que qualquer empresa de outro segmento”. O potencial produtivo brasileiro é muito grande, considerando-se o tamanho do rebanho bovino, as grandes extensões de terra agricultável para a produção de pasto de boa qualidade e, principalmente, a disponibilidade de material genético de touros e matrizes e alta performance. Veloso acredita que o mercado de leite brasileiro é promissor, porém, faz uma ressalva: “Acho que todo mundo imagina o Brasil

como um grande exportador mundial de leite e temos tudo para isso. Por outro lado ainda temos muito dever de casa a fazer. Precisamos melhorar a infraestrutura de escoamento da produção, melhorar as políticas de fixação do homem no campo, especialmente dos pequenos produtores, e principalmente políticas de proteção contra produtos importados dando ‘fôlego’ aos produtores internos”, avalia Rafael Veloso. Para Rafael, o objetivo principal do público que ele assessora, é ter sucesso em sua atividade, o que dá uma imensa alegria quando acontece. “Quando digo sucesso falo em todos os aspectos, pode ser financeiro, e também de satisfação pessoal, de produzir um bom animal, de produzir leite de qualidade, de ofertar produtos que façam diferença no mercado interno”, explica ele. Considerando a disponibilidade de recursos naturais do país, assim como sua posição em relação à produção mundial, espera-se um desempenho ainda melhor da pecuária leiteira de Minas e do país. Entretanto, a velocidade das transformações que a globalização vem exigindo desta atividade vem aumentando cada vez mais, por isso, o desempenho tenderá a ser ainda melhor nos próximos anos.

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Capa


Genética KCA Resultado de uma história de sucesso da raça Gir Leiteiro

Fotos: ZZN Peres / Arquivo Pessoal

Entre os criadores de Gir Leiteiro todos reconhecem que a marca C.A. é uma das melhores do Brasil. E não é para menos. A história do criador Joaquim José da Costa Noronha, o Kinkão, tem uma trajetória de 80 anos. Essa dedicação à raça Gir Leiteiro só poderia resultar em sucesso. Excelentes animais, touros e doadoras são marcas registradas da Fazenda Terra Vermelha, no município de Vargem Grande do Sul/SP. Entre os grandes destaques do seu plantel está o C.A. Sansão, líder no Ranking da ABCZ/UNESP - ABCGIL/Embrapa.


Kinkão recebeu a equipe da Revista Terra Boa Agronegócios na sua Fazenda, no final do mês de abril. Lá, entre destaques do seu plantel catalogados em jornais, revistas e fichas de controle leiteiro (guardados com o maior zelo pelo anfitrião), conhecemos o trabalho sério que é realizado na Terra Vermelha há décadas. Após mergulhar nesse rico universo, confirmamos porque a marca C.A. é tão desejada entre os criadores. O sucesso é tanto que compradores da América do Sul e América Central já o procuram. Realidade comprovada pela equipe da revista que, coincidentemente, encontrou com compradores bolivianos na Fazenda. A vida de Kinkão é marcada pelo amor à raça Gir Leiteiro, uma herança de família. Representante da terceira geração de criadores da raça, ele afirma que tudo começou com o seu avô, João Batista Figueiredo Costa, que foi proprietário da Fazenda Campo Alegre e vislumbrou, ainda na década de 30 do século passado, dar

sequência ao trabalho de aptidão do Gir para a produção leiteira. O Controle Leiteiro iniciado na fazenda, nas 600 cabeças, nunca foi interrompido e completa 80 anos este ano. Os arquivos comprovam a capacidade produtiva dos animais. A sua paixão pela raça foi transferida para a companheira de todas as horas, Marta, que há mais de 20 anos trabalha com o marido na fazenda e domina todas as técnicas da saudável criação do reba-

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Seleção Genética A seleção genética do rebanho C.A. começou com animais consagrados da raça como Gaiolão, Astuto e Naidu, este último importado da Índia pelos criadores Torres, Rubico, Nêne Costa e adquirido pela Campo Alegre na década de 60. Após a morte de seu avô, Kinkão juntamente com seus irmãos, iniciou o plantel da Fazenda Terra Vermelha, adquirindo a maioria dos animais que foram da Campo Alegre. Hoje, após 20 anos de traba-

Kinkão e Marta recebem visita de criadores Bolivianos que importam a genética da Fazenda Terra Vermelha

Kinkão e C.A. Gigante, filho de C.A. Sansão

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nho, que inclui cuidados desde a alimentação até o cruzamento. O casal tem dois filhos, João Lúcio e Ana Cecília.


lho como únicos proprietários da Terra Vermelha, Kinkão e Marta têm um orgulho danado dessa história, que ao longo do tempo registrou um sem-número de conquistas admiráveis. Kinkão observa, de uns anos para cá, o avanço genético conquistado no seu rebanho, cujo resultado é avaliado na sala de ordenha. Novilhas alcançando a média de 40 kg de produção e vacas, em Torneio Leiteiro, superando o índice de mais de 50 kg. O produtor está feliz com a excelência do seu plantel, que melhora dia a dia sem cessar. Segundo ele, o seu gado é criado de forma simples, sem luxo, no sistema do semiconfinamento. Mas, muito mudou no manejo, principalmente na parte nutricional. Entusiasmado, Kinkão afirma que o Gir Leiteiro vive um bom momento e profetiza que a raça ainda tem muito a crescer no Brasil. “Eu sempre acreditei no potencial da raça”, disse. Atualmente participa de 7 exposições anuais, que acabam por se tornar uma vitrine do seu bem-cuidado rebanho. Nos Torneios Leiteiros dos quais participa o mais comum é sair como um dos vencedores. Recentemente participou do Torneio de Passos e de Avaré. Também levará para a EXPOZEBU 10 animais. Entre seus touros ele destaca, além do C.A. Sansão, C.A. Xerife, C.A. Gladiador, C.A. Coronel, cujo resultado do teste de

Marta de Azevedo Bernardes na sala de troféus da Fazenda Terra Vermelha

progênie será concluído este ano, e o C.A. Gigante, filho de Sansão. Entre os seus animais enviados para teste de progênie a aprovação é de 90%. A excelente produtividade de suas doadoras C.A. Quartinha, C.A. Quaresmeira, C.A. Enseada, C.A. Vistosa, também são comprovadas. Questionado sobre os quesitos para se criar um campeão, sorte ou trabalho, ele disse que a sorte é fundamental, mas o resultado é do trabalho de 80 anos. “Acredito mais no trabalho do que na sorte”, concluiu.

“Eu sempre acreditei no potencial da raça” Kinkão participa de 7 exposições anuais, encontros esses que acabam por se tornar uma vitrine do seu bem-cuidado rebanho

C.A. Sansão, lendário raçador Gir Leiteiro, é resultado da seleção genética iniciada na fazenda Campo Alegre, na década de 30 do século passado. O touro, que lidera o ranking, é também hexacampeão entre os touros da ABCGIL/EMBRAPA (2005 e 2011). Filho de C.A Everest, um dos principais touros provados do ranking EMBRAPA/ABCGIL, com a C.A. Eureca, destacou-se por sua caracterização racial, pedigree único e precocidade, produzindo sêmen aos 17 meses. Como número 1 do ranking, este nobre raçador transmite às suas filhas potencial para a produção de leite, harmonia e equilíbrio de conjunto. Por 15 anos e sete meses C.A Sanção acumulou títulos e recordes nacionais e internacionais Fonte: CRV Lagoa e sites de notícias

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A Fazenda Terra Vermelha na história do Gir Leiteiro Fotos: arquivo pessoal

Na década de 30, Dr. João Batista comprou do Rio de Janeiro o touro “Gaiolão”, ainda novo, oriundo da importação feita em 1930 por Rovisio Lemos. O Gaiolão foi vendido em 1938 para o Girista Nilo Lemos de Franca, a partir deste Touro, que é conhecido com um dos fundadores da linhagem “Gir Paulista”, descendentes seus foram levados para outros centros de criação. Este lendário Touro, iniciou a sua carreira na Campo Alegre, deixando ali, entre outros C.A. Paulista e C. A. Topázio.

Reunião de criadores de Zebu para a criação do controle leiteiro

Controle leiteiro interno da Fazenda Campo Alegre do final da década 50

Embarque do gado


Algumas doadoras do plantel Terra Vermelha C.A. Quartinha (8.740 kg)

Reservada Campeã Vaca Jovem Passos 2002 - Melhor úbere da raça Expozebu 2002

C.A. Escopeta TE (7.105 kg)

Campeã Novilha Maior Volta Redonda 2007 - Reservada Campeã Femea Jovem Megaleite 2008

C.A. Elegancia (5.651 kg)

C.A. Verdade (10.480 kg)

C.A. Heureca (11.450 kg)

C.A. Iara (10.042 kg)

Campeã Torneio Leiteiro ExpoZebu 1996 - Primeira vaca a ultrapassar os 10.000 kg de Leite em 1995 e em 1997 ultrapassou sua própria marca com 11.450 kg

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A Terra Vermelha, todo mundo sabe, é a mais produtiva e fértil que existe. C.A. ALESSANDRA KCA 964 Recordista de produção para Gir Aspado (C.A. Oscar In B 8100 x C.A. Iza AA1064)

Campeã do Concurso Leiteiro - Avaré 2012 com média de 53,640 kg Campeã do Concurso Leiteiro - Passos 2012 com média de 48,570 Kg Lactações 2º Lact.: 5/6 - 2X - 400d - 5.627 kg - 14,10 LM 3º Lact.: 7/5 - 3X - 305d - 6.835 kg - 22,40 LM 4º Lact.: 8/10 - 3X - 369d - 7.800 kg - 21,10 LM


C.A. CARPA KCA 1147 (C.A. Sansão KCA 472 x C.A. Quintilhana KCAK A409) C.A. Carpa conquistou o título de Reservada Grande Campeã, com produção de 42,030 kg de leite de média - Avaré 2012

Lactações 1º Lact.: 5/1 - 2X - 332d - 6.415 kg - 19,30 LM 2º Lact.: 6/9 - 3X - 367d - 9.028 kg - 24,60 LM

C.A. ENSEADA KCA 1300 (C.A. Universo TE KCA 633 x CA Urtiga KCA 636) Res. Campeã Vaca Adulta - Expoagro 2011 Grande Campeã e Melhor Úbere - Expoam 2011

Lactações 1ª Lact.: 4/5 - 2X - 365d - 4.181 kg - 11,50 2ª Lact.: 6/0 - 2X - 347d - 7.061 kg - 20,30 LM

C.A. INDIA TE KCA 1759 (Jaguar TE do Gavião GAV 291 x C.A. Vaqueira KCA 705) 2º Lugar categoria Novilha Menor - Fapija 2010 Campeã Concurso Leiteiro Fêmea Jovem Feileite 2011 Média de 36,650 kg Melhor Úbere Fêmea Fovem - Feileite 2011

Lactação 165d - 3x - 5.384 kg - em lactação

19 3643-7033 | 9105-6660 | 9304-7089 | 9776-4020 contato@girleiteiro-ca.com | fazendaterravermelha@yahoo.com.br www.girleiteiro-ca.com | Vargem Grande do Sul - SP


Almir Eduardo Melke Sater tem muitas

Perfil

paixões na sua vida, mas duas delas marcam a sua trajetória profissional: a música e a terra. Através da arte ele cria músicas e encanta. É violeiro, cantor, compositor, instrumentista e ator. Através da terra é produtor rural e criador de animais da raça Senepol. Essas paixões se misturam nas suas composições e fazem o seu estilo musical ser reconhecido em todo país, como uma das melhores referências da Música Popular Brasileira. Ele divide a sua vida profissional em shows, pelo Brasil afora, e como pecuarista, no Mato Grosso do Sul.

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A Pecuária e a Música

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Almir Sater é natural de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Embora seja filho de comerciante, sempre gostou de estar em contato com a terra. Na primeira oportunidade que teve conquistou o seu quinhão, no Pantanal. Desde 1992 investe no agronegócio através do cruzamento industrial para a produção de carnes. É também criador de animais PO da raça Senepol, taurino de origem tropical. A opção pela raça se deu pela docilidade dos animais, maciez da carne, rusticidade e precocidade. “ Sou violeiro, não toureiro ”, disse brincando. Em uma região onde se concentram grandes produtores e criadores, ele afirma ser o menor deles, mas procura fazer um bom trabalho para acertar na criação, seleção genética e engorda.

A Raça Senepol é relativamente nova no Brasil. Os primeiros animais chegaram ao país no ano 2000. Mas a sua adaptação em países de clima tropical é comprovada segundo dados da ABCB (Associação Brasileira de Criadores de Bovinos Senepol). A seleção da raça transformou os animais em uma linhagem de características fortes e mais resistentes ao calor. E a propriedade de Almir, a Lucerito, em Maracaju/MS, está localizada em uma região de clima quente. Desde que optou pela criação da raça Senepol já trabalha com a seleção dos animais. E os resultados já começaram a aparecer através do touro GBAS do Brandamundo, que está na Central Nova Índia, em Campo Grande. Como criador ele trabalha sério e a sua meta é a venda

de genética do seu rebanho. Para o cruzamento industrial, o pecuarista usa animais da raça Angus com os quais faz cruzamento com o Nelore e Senepol. “ Eu faço o cruzamento do Angus com o Nelore. As fêmeas desse cruzamento são inseminadas com touros da raça Senepol”. Esse trabalho é realizado para diminuir a pelagem dos animais. Almir opta pela inseminação através da sincronização de cios, o que concentra o nascimento em uma mesma época e facilita o trabalho de gestão da fazenda. O sistema de criação dos animais é a pasto. Na sua propriedade, a produção de grãos é destinada a alimentação do rebanho e ao consumo doméstico. Em pequenas áreas são produzidos de milho a trigo. O resultado dessa colheita abaste-


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Fotos: arquivo pessoal

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Exemplares da raça Senepol criados na Fazenda Lucerito

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ce, também, uma escola de alfabetização que mantém na sua propriedade em parceria com a prefeitura, e que atende toda a comunidade pantaneira. “ O Pantanal é regido pelas águas. Na época da cheia é impossível chegar a alguns lugares. A produção é necessária para abastecer a propriedade. Como é necessária a escola para proporcionarmos o acesso a educação para as crianças da região”. Sempre apaixonado pela terra, destaca que hoje, através da tecnologia, é possível fazer uma fazenda mais rápido, mas é preciso ter alguns cuidados. “ É preciso ter lugar para o gado, para os bichos, para gente”, enfatizou. Preocupado com as questões ambientais, Almir disse que o produtor atualmente é mais consciente, pois sabe que se não preservar não conseguirá produzir.

“Fazenda degradada não produz. O produtor é sempre o vilão quando se fala em preservação, mas ele vive da produção, tem que ser consciente. A população urbana também agride o meio ambiente, vejam os rios da cidade”, enfatizou. Conservacionista, já participou de entidades e instituições que defendem a preservação ambiental. Almir enfatiza que o agronegócio sustenta a economia do país, mas que a maioria não reconhece o trabalho do produtor rural. “É o produtor rural que nos alimenta. O excesso de gente no mundo nos faz repensar muitas coisas. A terra é a que temos. É preciso ter o mato, ter as criações, ter as lavouras e espaço para as pessoas. É preciso buscar o possível para conciliar o desenvolvimento com a sustentabilidade”, conclui.

Fazenda degradada não produz. O produtor é sempre o vilão quando se fala em preservação, mas ele vive da produção, tem que ser consciente


MIMOSA FIV VILA RICA (C.A. Sansão x Lelivéldia TE Poções)

IAIÁ TE VILA RICA (Meteoro de Brasília x Fada Vila Rica)

Recordista Mundial

Recordista Mundial Categoria Vaca Adulta Produção em um só dia de 63,110 Kg Média de 59,160 Kg/dia Torneio Leiteiro Fenagro/BA Dezembro/2011

Categoria Fêmea Jovem Produção em um só dia de 43,234 Kg Média de 42,072 Kg/dia Torneio Leiteiro de Araxá/MG Abril/2012

FAZENDA VILA RICA BR 070, Km 46 - Cocalzinho/GO 61 3363-8575 / 9975-6709 www.vilaricafazenda.com.br fazendavilarica@terra.com.br 39


Pecuária de Elite | maio/junho 2012

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Gir Leiteiro A Trajetória de um criador genuíno


Fotos: arquivo pessoal

Desde pequeno Dílson Cordeiro via as dificuldades e a “peleja” dos pais em tocar uma fazenda, mas aquilo o encantava. Formou-se em Engenharia Civil e foi em Ouro Preto/MG, que conheceu sua esposa, Maria do Carmo, tendo com ela quatro filhos: Tatiana, Dílson, Paula e Tiago. Com a morte do pai, Dílson resolveu ter sua própria fazenda e escolheu uma perto de Brasília, onde mora.

É certo que o Brasil passa da uma condição de importador para a de exportador de produtos lácteos, e grande parte dessa virada, deve-se à intensificação do uso de alta tecnologia, especialmente dentro da porteira, onde palavras como inseminação artificial, transferência de embriões, fecundação in vitro há muito deixaram de ser novidade e passaram a integrar um rol corriqueiro de ati-

vidades da fazenda. Neste aspecto, o Gir Leiteiro é exemplo para o Brasil e para o mundo tropical. Que o diga Dílson Cordeiro de Menezes, 64 anos, proprietário da Fazenda Vila Rica, localizada na BR 070, Km 46, em Cocalzinho de Goiás. Esse produtor, nascido na fazenda Capão Preto, no município de Tiros/MG, conta hoje com um rebanho de 700 animais - todos controlados. Suas vacas possuem contro-

le leiteiro oficial da ABCZ. Criador de sucesso? Não, responde ele. “Apenas um criador que faz, porque gosta do que faz, gerenciando um negócio com visão empresarial”. Optou pela produção de leite, iniciando o plantel com algumas vacas herdadas do pai (Altino Cordeiro). Com o tempo, adquiriu 20 novilhas Gir Mocha, da Fazenda Faroeste para a produ-

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ção de F1, sendo que posteriormente foram inseminadas com o famoso touro Gir Sansão, que produziu a renomada Fada Vila Rica. “Desde o início, procurei trabalhar na formação de um plantel objetivando genética e produtividade. Graças a Deus consegui . Temos exemplos na raça Girolando como a Dayane (16.534,52 kg em 374 dias), Amêndoa (10.756,88 kg em 339 dias) e a Africana entre outras,

todas vacas campeãs de Torneios Leiteiros em Uberaba/MG e Brasilia/DF”. Nesta mesma época o produtor implantou junto com outros criadores da raça, o Núcleo dos Criadores de Girolando de Brasília, que presidiu por dois mandatos. No ano de 2000, mais ou menos, quando o mercado do Gir iniciou sua ascensão, ele adquiriu animais de criadores renomados como: Faz. Calciolândia, Faz. Brasília e Faz. Pal-

ma. Então, por meio do processo de TE (Transferência de Embriões), reproduziu e aumentou seu plantel que posteriormente foi aprimorado com o processo de FIV (Fertilização in vitro). Em entrevista exclusiva à Revista Terra Boa Agronegócios, Dílson Cordeiro de Menezes, fala um pouco do crescimento do Gir Leiteiro, na pecuária nacional, da sua trajetória e da administração dos seus negócios.

TB: O trabalho como engenheiro o levou a Brasília. Como foi a sua transferência de Minas Gerais para o Distrito Federal? Dílson Cordeiro: Concluí Engenharia Civil em 1969, na Faculdade Federal de Ouro Preto,MG. O mercado de construção civil em Brasília/DF estava em pleno vapor, quando aportamos por aqui. Trabalhei posteriormente em Campo Grande/MS, retornando a Brasília em 1990 onde me estabeleci.

TB: Da dificuldade enfrentada por seus familiares para “tocar a fazenda”, o que o senhor trouxe como experiência e pode ser aplicada hoje? Dílson Cordeiro: Os meios operacionais da época não tinham muita tecnologia e processos eficientes. Porém, a determinação e a vontade de realizar, buscando resultados positivos, foram características sempre presentes na minha personalidade. Hoje, com a evolução dos métodos operacionais e racionais, utilizamos equipamentos disponíveis no mercado, associados ao aprendizado de infância, que resulta no bom desempenho que estamos conquistando.

TB: O senhor afirma que o seu desafio é buscar eficiência na produção, diminuindo custos, melhorando a gestão da propriedade rural, permanecendo atento às sinalizações do mercado. Como tem enfrentado esses desafios e quais são os seus resultados? Dílson Cordeiro: Treinamento de equipe, valorização da mão de obra, utilização de processos racionais e mecanização. Os resultados vieram naturalmente com a conquista, principalmente, de Recordes Mundiais em produção Leiteira.

TB: O senhor se encantou pelas terras do Planalto Central ou preferiu produzir nessa região por ter fixado residência em Brasília? Dílson Cordeiro: Tivemos um pequeno rebanho leiteiro como herança do meu pai, em 1991. Ocasião em que adquiri a primeira propriedade (Vila Rica I) em Cocalzinho/GO, pela facilidade de operação e proximidade de Brasília. Também para alojar e iniciar minha criação, o que já era uma vontade.

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TB: Ao criar o Núcleo dos Criadores de Girolando de Brasília, instituição que geriu por dois mandatos, quais eram os seus objetivos e os dos demais criadores que o apoiaram? Dílson Cordeiro: Incrementar a Bacia Leiteira do Distrito Federal e entorno de Brasília.

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TB: A paixão pela raça Gir Leiteiro é uma tradição de família? Dílson Cordeiro: Meus avós e meus pais eram criadores de Gir Leiteiro, animais rústicos, no sistema da época. Passamos a gostar da raça.

TB: Alguns de seus animais têm quebrado recordes em torneios leitei-

Jasmin FIV Vila Rica


ros. Qual é o diferencial da sua fazenda para ter esses bons índices de produção? Dílson Cordeiro: Eu e minha esposa Maria do Carmo, temos uma presença constante na Fazenda, gerenciando com muito amor e dedicação.

Fada Vila Rica

Irado TE Vila Rica

TB: Quais os grandes desafios da pecuária nacional? Dílson Cordeiro: Alta tributação imposta pelo Governo, os monopólios e cartéis criados na atividade. O leite é alimento social, não faz diferença na balança comercial.

TB: O Sr. tem animais descendentes dos melhores progenitores da raça Gir Leiteiro como o Radar dos Poções e C.A. Sanção. Quando buscou essa genética específica, o que procurava melhorar no seu rebanho? Quais os resultados que conquistou? Dílson Cordeiro: O Radar, melhorador de características raciais, e C.A. Sansão é chamado Rei Sansão, pois é grande produtor de campeãs em torneios, como Fada Vila Rica, Mimosa Fiv Vila Rica, entre outras.

TB: O Sr. trabalha para a melhoria genética do seu rebanho, com foco na produção de leite. Quais são as prioridades nesse trabalho? Dílson Cordeiro: Desejamos a cada dia o aumento da produção do rebanho, para isso selecionamos animais morfologicamente capazes de locomoção e produção.

TB: Além da criação dos animais da raça Gir Leiteiro e Girolando, quais as outras atividades exercidas na sua fazenda? Dílson Cordeiro: Fazemos agricultura de subsistência com cultivo de milho para silagem numa área de aproximadamente 60 hectares.

TB: Qual a atual média de produção da sua fazenda? Dílson Cordeiro: Nosso rebanho tem média de aproximadamente 7.000,0 kg/ 365 dias.

TB: O seu rebanho é formado por quantos animais? Dílson Cordeiro: Nosso rebanho total de Gir Leiteiro é de aproximadamente 700 animais nas Fazendas Vila Rica I e II.

Hana

Kalika FIV Vila

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Pecuรกria de Elite


“O Rio do Leite” na terra do Girolando

Paulo Ricardo Maximiano, empresário paulista, ingressou no agronegócio há 15 anos, por meio de uma sociedade com um amigo, em uma fazenda no município de Capetinga/MG. A sociedade durou seis meses. Paulo Ricardo gostando muito da atividade resolveu adquirir a parte do sócio, vislumbrando geneticamente um “Rio de Leite” na propriedade. 45


Nosso objetivo era chegar a 3.000 litros de leite/dia, o que conseguimos em 2001. Em 2002, um veterinário que nos dava assistência nos orientou a inseminar algumas vacas com sêmen de touros Gir Leiteiro, porque a raça Girolando estava se firmando como a raça mais adequada para produção de leite nos trópicos

Decorada da Cabanha

1º lugar categoria 1/2 sangue Torneio Leiteiro Megaleite 2011 Com 68,263 kg/dia

Campeã Vaca 3 anos Júnior Agroleite 2009 - Castro/PR Reservada Campeã Vaca 3 anos Júnior da Megaleite 2009 Campeã Bezerra Júnior da Expass 2007 Reservada Melhor Fêmea Jovem da Expass 2007

3º lugar categoria geral

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sas, e, para aumentar a produção de animais girolando, adquirimos 200 matrizes Gir, que passaram a ser inseminadas com sêmens dos melhores touros holandeses do mundo”, relata o produtor. E o veterinário estava certo, a raça Girolando cresceu consideravelmente na última década e se firmou como uma das melhores alternativas de produção leiteira para os países tropicais. Patrimônio Geneticamente Nacional, o Brasil já exporta a sua genética para outros países tropicais. Conforme dados da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, com o resultado da implantação do PROGRAMA GIROLANDO, Projeto Governamental de melhoramento, amplo e bem planejado, o Brasil começa a atingir dentro da Pecuária Leiteira, níveis compatíveis com as suas necessidades e potencialidades. Com relação à produção, a fazenda superou a meta e hoje produz 3.500 litros de leite/dia. Tem aproximadamente 150 vacas em lactação. “A média de produtividade do gado Girolando gira em torno de 22 quilos de leite/dia e do rebanho Holandês, em torno de 30 quilos”, diz o produtor. Paulo Ricardo conta que nos finais de semana procura estar na fazenda com a presença da família.

Campeã da Cabanha Registro: Z 4200

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Hoje, ele cria animais das raças Gir Leiteiro, Holandês e Girolando, produz 3.000 litros de leite/dia, investe na cafeicultura e no melhoramento genético do rebanho, o qual comercializa para produtores e selecionadores do mercado. Para iniciar a produção de leite, Paulo investiu na raça Holandesa, adquirindo, inicialmente, 60 vacas das Fazendas Fortaleza (de Aloísio Andrade de Faria, em Nova Odessa/SP) e Toca (do Grupo Pão de Açúcar, em Itirapina/SP), “Depois compramos mais umas 40 vacas, também, HPB de outros planteis”, esclarece o produtor. Paulo Ricardo passou então a investir em infraestrutura; com o constante crescimento da atividade, sempre inovando, modificando e adaptando às necessidades da fazenda. “Nosso objetivo era chegar a 3.000 litros de leite/dia, o que conseguimos em 2001. Em 2002, um veterinário que nos dava assistência nos orientou a inseminar algumas vacas com sêmen de touros Gir Leiteiro, porque a raça Girolando estava se firmando como a raça mais adequada para produção de leite nos trópicos, aceitamos. Passados alguns meses as vacas começaram a parir os animais da raça Girolando, o que muito nos agradou. A partir desta fase, passamos a inseminar mais vacas holande-

Registro: Z 4199


Rebanho Com os bons resultados alcançados, Paulo Ricardo ampliou o seu projeto e passou a selecionar geneticamente animais das raças Gir Leiteiro e Girolando. “Começamos a participar de Feiras Agropecuárias e Exposições em várias regiões, com animais de qualidade, algumas boas classificações começaram a acontecer. Atualmente, empregamos as mais modernas técnicas para reprodução de bovinos, como inseminação artificial utilizando sêmen convencional e sexado, transferência de embriões e a mais utilizada hoje é a FIV”, aponta. Com a excelente qualidade dos seus animais, Paulo Ricardo viu que poderia vender algumas fêmeas em leilões promovidos por amigos produtores e em exposições. Os bons resultados o levaram a investir no seu próprio leilão. Paulo Ricardo promoveu em 2010 o 1° Leilão Anual Leite por Excelência da Fazenda Córrego Branco. Em 2011 foi realizada a segunda edição do Leilão com grande sucesso. O 3º Leilão Leite Por Excelência da Fazenda Córrego Branco acontecerá em 02 de junho de 2012. Irá a remate 200 animais, entre animais da Córrego Branco, “O Rio do Leite” e convidados.

“Do segundo leilão anual realizado em 04 de junho de 2011, saíram três campeãs na MEGALEITE : A RBC Bigorna, Grande Campeã Nacional Vaca 5/8 sg; Fortaleza TE Ribeirão Grande, Campeã Nacional Vaca 4 anos na categoria 5/8 e a vaca Campeã da Cabanha, sagrou-se campeã do Concurso Leiteiro, categoria 1/2 sangue, com produção média de 68.263kg/dia. O plantel da Fazenda Córrego Branco é de 1100 animais, entre Gir Leiteiro, Holandês e Girolando. “Para garantir o bom manejo da fazenda conto com a colaboração de 40 funcionários, técni-

cos, médicos veterinários, e ainda, com o apoio da minha esposa, Glasiela Maximiano, que é médica veterinária”, salienta Paulo Ricardo.

Cafeicultura Do projeto inicial da Fazenda, sobre a produção de café, Paulo Ricardo alcançou a produção de 4.000 sacas/ano em 65 hectares. A estrutura dessa área inclui lavadores, descascadores, terreirão, secadores, beneficiadora e uma colhedora de café automotriz para sistema adensado.

Uvedália Cal

Registro: CAL 7094

Condomínio: Getulio Vilela de Figueiredo Miller Cresta Paulo Ricardo Maximiano

Madre da Badajós Registro: LLB 98

Condomínio: Paulo Ricardo Maximiano Perivaldo Machado

Diva FIV do Tarim Registro: PRLB 240

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Evento

Marca Histórica o melhor do Girolando

A grande estrela da noite Opinante Eshof Santa Luzia, adquirida por Walmir e Felipe Machado da Fazenda São Pedro. Os investidores optaram por 50% do animal, comercializado no valor total de R$ 345.600,00, iniciando uma parceria com a Fazenda Santa Luzia. Na foto, os compradores Walmir e Felipe recebem brinde de José Coelho Vitor e Maurício, da Fazenda Santa Luzia

O Leilão Girolando, Noite de Gala, da Fazenda Santa Luzia foi coroado mais uma vez com a quebra | maio/junho 2012

de recorde em

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valorização da raça

O Leilão Anual da Fazenda Santa Luzia, realizado nos dias 27 e 28 de abril, foi marcado pela participação de grandes criadores e empresários de vários estados brasileiros. Na Noite de Gala, realizada em 27/04, foram ofertados lotes especiais do Girolando Santa Luzia e de alguns convidados. No dia 28/04, no 11º Leilão Anual da Fazenda foram comercializados 300 animais com média de R$ 6.766,54. Na Noite de Gala foram comercializados 33 lotes do que existe de melhor em Girolando de alto valor genético e produtivo. Prova disso é a média geral alcançada no leilão, R$ 25.716,36, supe-

rando as edições anteriores e demonstrando o grande crescimento da raça. O resultado geral dos leilões ultrapassou o montante de R$ 2.800.000,00. O destaque ficou com a venda de Opinante Eshof Santa Luzia uma das grandes matrizes ½ sangue reveladas pela genética Santa Luzia, com lactação oficial de 14.400 kg. Muito leite, fertilidade, caracterização leiteira aliada ao vigor, qualidades típicas de uma grande doadora ½ sangue. Opinante foi vendida 50% por espantosos R$ 172.800,00, representando o novo recorde mundial de valorização da raça. O criador de Fernandópolis/SP, Felipe Dib Machado, da Fazenda São Pedro,


um dos maiores produtores de leite a pasto do estado paulista, comprou 50% do animal que ficará em condomínio com a Fazenda Santa Luzia. A primeira aquisição em consórcio de Felipe representa a confiabilidade no trabalho realizado na Fazenda Santa Luzia. “O Maurício é nosso amigo e nos abriu as portas da Santa Luzia para entrarmos na criação do Girolando com animais de ponta. Esta parceria é nosso voto de confiança no trabalho realizado por ele e toda a sua equipe”, disse Felipe. A qualidade dos animais comercializados na Noite de Gala foi ressal-

tada por vários criadores que acompanham o trabalho da Fazenda Santa Luzia. Entre eles Adriano Camargo, do Grupo MA SHOU TAO, que participou do leilão como convidado. “A qualidade dos animais deste ano é superior à dos animais ofertados em 2011, como tem acontecido anualmente, ou seja, uma evolução constante”. Para nós da MA SHOU TAO é um prazer fazer parte do leilão da Santa Luzia”. Já Luiz Carlos Rodrigues, proprietário da Fazenda Nova Terra, em Uberaba, também enfatizou a qualidade dos animais e disse que a raça Girolando está onde está

pelo trabalho realizado por vários criadores, entre eles a Fazenda Santa Luzia. Durante o leilão, Maurício Silveira Coelho, gestor da fazenda no setor da pecuária, disse que a Santa Luzia procura surpreender o mercado, colocando à venda animais altamente diferenciados, que inclusive são imprescindíveis para o trabalho de melhoramento genético da Santa Luzia. Ele enfatizou ainda as qualidades da raça Girolando e a união e parceria dos criadores. Confira nas próximas páginas os melhores momentos desse grandioso leilão.

Confira a galeria de fotos do Leilão da Santa Luzia Fotos: Luciene Franklin / Allan Françozo

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55 35 9117-7858 | 8872-8403


Pecuária de Elite

Fotos: arquivo pessoal

Nelore Natural,

referência da Sinhá

O mineiro Caio Márcio Barbosa Barra é engenheiro, empresário e pecuarista. Apesar de a engenharia ser a sua escolha de | maio/junho 2012

formação acadêmica,

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as suas raízes ligadas a terra o levaram ao agronegócio

Há 15 anos, Caio Barra, como é mais conhecido, optou por criar animais da raça Nelore. Há mais de 10 anos, está na Seleção de gado PO. A paixão pelo gado é herança de família. Seu avô, Vicente de Paulo Barbosa da Silva, foi um dos maiores criadores de Gir Leiteiro de Sete Lagoas, na década de 50 do século passado. Formou a sua propriedade, a Primavera da Sinhá, com parte da herança recebida de sua mãe e adquirindo mais áreas, hoje está com 800 hectares de terras no município de Araçaí, próximo a Sete Lagoas, região Centro-Norte de

Minas Gerais. O nome é uma homenagem a sua mãe, chamada pelos amigos e familiares de Sinhá. Casado, pai de três filhos e avô de dois netos, Caio espera que um dia, pelo menos um deles se apaixone pela atividade no campo. “O gosto pela pecuária se forma com a vida”. O Criador Caio começou as atividades na fazenda como produtor de leite. Depois passou a criar Nelore cara limpa. Com o passar do tempo concluiu


que precisaria agregar valor a sua atividade, decidiu investir no gado PO. Como nelorista observou muito, antes de investir nos animais PO. “Eu não quero passar por essa vida para ser mais um criador. Eu quero ser um criador de Nelore Natural. Quero deixar para meus filhos e netos matrizes geneticamente superiores. Eu sempre primo pela qualidade. Tenho metas e objetivos naquilo que faço”, disse Caio. A base genética de seu rebanho veio dos melhores plantéis do País: Fazenda do Sabiá, cujo trabalho é uma referência para Caio, Fazenda Baluarte e VR. Há seis anos conheceu Ronaldo Bonifácio Silva, o Bony, consultor da raça Nelore, que há tempo presta assessoria na sua fazenda. Segundo Caio, muitas de suas conquistas são resultados do trabalho realizado pelo Bony. A busca pela qualidade e homogeneidade, faz com que os animais do plantel da Fazenda Primavera da Sinhá sejam diferenciados. O trabalho de avaliação genética, realizado em parceria com a Excegen, é criterioso garantindo aos compradores um produto de qualidade superior. “Eu vendo touros melhoradores e meus clientes estão satisfeitos com os resultados dos animais”, afirmou. O sistema de manejo da fazenda é realizado a pasto. Caio também enfatiza que o seu Nelore é Natural, uma refe-

rência ao manejo adotado na fazenda. Nesses 15 anos de atividade destaca um animal, que além de vencedor nas pistas, já está comprovado como produtor de bons filhos, o touro DISMAL TE DA SINHÁ, que ganhou 26 campeonatos. Os seus filhos já começam a se destacar nas pistas, um deles, KHAN FIV da Sinhá foi 1o prêmio na EXPOINEL/MG, Exposição de Avaré e Campeão Júnior Menor na Exposição de Itapetininga, em 2012. O DISMAL é a grande expectativa do produtor. “Eu acredito muito no DISMAL, tanto na produção, quanto na pista” disse Caio. Hoje, o criador soma 15 anos como criador da raça Nelore, mas quando completou sete anos na atividade fez um touro vencedor. Esse resultado, segundo ele, é decorrente da determinação e da sorte. Atenção especial as principais matrizes do rebanho, tais como: Dafine da Sinhá, Dahra da Sinhá, Felina TE da Sinhá, Naruska da J Galera, Electra da Sabiá, Camaina Ageo e Manila da Visual entre outras, que passam por uma rigorosa seleção, em vários requisitos para formarem o lote de doadoras, que bem acasaladas garantem o melhoramento genético e o desenvolvimento do rebanho. Frequentemente, Caio adquire matrizes dos mais renomados plantéis do País e conta com o que tem de mais moderno.

Progênie Dismal TE DA Sinhá

Caio Barra e Dismal TE DA Sinhá

O sistema de manejo da fazenda é realizado a pasto. Caio também enfatiza que o seu Nelore é Natural, uma referência ao manejo adotado na fazenda

Dismal TE DA Sinhá Grande Campeão Touro Jovem 2006/2007 Campeão Touro Jovem 1º Expoinel de Goiânia/2006 Reservado Grande Campeão 1º Prêmio GrandExpoBauru 2006 1º Prêmio Touro Senior Expoinel Mato Grosso do Sul 2006

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Além da venda permanente de animais na Fazenda, Caio participa, regularmente, de vários leilões de Gado Elite Nelore, nos quais juntamente com convidados oferta o que há de melhor na raça. Além de criador de Nelore, Caio investe em ações preservacionistas. Plantou na Primavera da Sinhá 30 mil pés de cedro australiano. As árvores, que não pretende cortar, deixará como investimento para os filhos e netos. “Quando precisarem cortar não enfrentarão problemas burocráticos, pois a venda dessa madeira é permitida”. Em outra área planta eucaliptos. A minha fazenda é bem sombreada, preservo a área e temos qualidade de vida no local. Procuro fazer tudo da forma mais correta possível, tenho um zelo muito grande pela minha propriedade”, concluiu o criador de Nelore.

O Programa de Qualidade Nelore Natural No Brasil há um Programa de Qualidade para o Nelore Natural criado por iniciativa da ACNB (Associação dos Criadores de Nelore no Brasil). O programa foi adotado em 1999 e reúne um conjunto de normas e procedimentos para garantir o padrão de carcaças da raça Nelore em sistema de produção a base de forrageiras. O gado pode receber suplementação, mas apenas com produtos de origem vegetal e por tempo limitado. A proposta é oferecer ao mercado uma carne diferenciada pela padronização e qualidade controlada. O programa está baseado na simplicidade e praticidade, de forma que qualquer criador, recriador

ou invernista pode participar, independentemente do tamanho de seu rebanho. As indústrias frigoríficas e os estabelecimentos de varejo devem ser habilitados pelo Programa. O PQNN já alcançou números que o colocam como o maior programa de qualidade de carne já implementado no país. Fonte: ACNB

Caio Barra e Dismal - Premiação na Expozebu 2006

CMBB 245

No Brasil há um programa de qualidade para o Nelore Natural criado por iniciativa da ACNB (Associação dos Criadores de Nelore no Brasil). O programa foi adotado em 1999 e reúne um conjunto de normas e procedimentos para garantir o padrão | maio/junho 2012

de carcaças da raça

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Nelore em sistema de produção a base de forrageiras

Dafine



Evento

O Ranking do Nelore

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em Minas Gerais

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O julgamento da raça Nelore, nas exposições de Passos e João Pinheiro, prepara os criadores para a participação na ExpoZebu

O segundo julgamento de 2012 de animais da raça Nelore, no Estado de Minas Gerais, aconteceu na 49ª Expass (Exposição Agropecuária de Passos/MG) e reuniu 257 animais no Parque de Exposições Adolpho Coelho Lemos, entre os dias 16 e 24 de março. O primeiro julgamento ocorreu em Uberaba durante a Expoinel Minas, no mês de fevereiro. Organizado pela Associação Mineira dos Criadores de Nelore (AMCN), o evento pontua os animais para o ranking nacional. Com 26 expositores, 159 fêmeas e 98 machos, a etapa de julgamento em Passos é considerada pelos organizado-

res uma das melhores do estado. Participaram produtores de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul. O produtor Antônio José Vaz, o Katonho, tem propriedade em Pirapora/MG e trouxe seus animais para a EXPASS. O criador disse que o julgamento da Expass se destaca não pela quantidade, mas pela qualidade dos animais. Com 30 anos de experiência, ele trouxe 10 animais para a exposição e afirmou que passar pelo julgamento é importante para avaliar o trabalho realizado. “Às vezes, na fazenda, achamos que fazemos tudo certo, e chega


Agenda Calendário Nelore Data Evento

Cidade

14 a 22/04 01 a 12/05 15 a 20/05 01 a 10/06 04 a 10/06 01 a 10/07 07 a 15/07 11 a 15/07

João Pinheiro Uberaba Curvelo Janaúba Patos de Minas Montes Claros Gov. Valadares Dores do Indaiá

19ª Exposição Ranqueada do Nelore Expozebu 2012 69ª Expocurvelo 14ª Ranqueada do Nelore 53ª Fenamilho - Ranq. do Nelore 38ª Exposição Agrop. Montes Claros Expoagro 2012 46ª Exposição Agropecuária

no momento do julgamento vemos que temos muito o que melhorar”, afirmou. Para Loy Rocha, gestor executivo da AMCN, será difícil reunir mais animais na pista em outras exposições do estado. “Os criadores vão apurando os animais de acordo com a participação dos demais criadores e começam a selecionar o seu rebanho”, afirmou. Ainda segundo Loy, a grande expectativa recai sobre a ExpoZebu (28/04 a 10/05 - Uberaba/MG) evento que baliza todo o mercado. Para Célio Arantes Heim, um dos juízes em Passos, o nível dos animais na EXPASS é excelente. Ele enfatiza que além dos critérios de avaliação dos animais como padrão racial, aprumos funcionais, desenvolvimento da carcaça, desenvolvimento muscular, equilíbrio e harmonia, a precocidade dos animais é um dos fatores que mais se destaca nos julgamentos. Isso é uma conquista da raça decorrente do melhoramento genético e uma exigência do mercado hoje.

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Fique por dentro do resultado das classificações gerais dos torneios e confira a galeria de fotos da Expass

agronegócios

Classificação geral da Expass Fêmeas 1os lugares

Machos 1os lugares

Grande Campeã TAYALA FIV SABIÁ Fazenda do Sabiá

Campeã Novilha Maior AGRA FIV DA SABIÁ Fazenda do Sabiá

Grande Campeão ASTOR FIV DA SABIÁ Fazenda do Sabiá

Campeão Júnior Maior ASTOR FIV DA SABIÁ Fazenda do Sabiá

Reservada Grande Campeã HELENA TE PORTO SEGU Dorival Antônio Bianchi

Reservada Campeã Novilha Maior JARINA I CRISTAL Pedro Venâncio Barbosa

Reservado Grande Campeão FEITOR FIV STA CRUZ Gil Pereira

Reservado Campeão Júnior Maior FEITOR FIV STA CRUZ Gil Pereira

Campeã Fêmea Adulta TAYALA FIV SABIÁ Fazenda do Sabiá

Campeã Novilha Menor FAGULHA I FIV DO BONY Ronaldo Bonifácio da Silva

Campeão Touro Sênior NISK FIV DA PERBONI Cassiano Terra Simão

Campeão Júnior Menor AUTOCRATA FIV DA SABIÁ Fazenda do Sabiá

Reservada Campeã Fêmea Adulta HELENA TE PORTO SEGU Dorival Antônio Bianchi

Reservada Campeã Novilha Menor INDIA FIV RACA PURA Fabio C. Pavão / Valdir A. Ceccatto

Reservado Campeão Touro Sênior AYMORE FIV Cassiano Terra Simão

Reservado Campeão Júnior Menor GARGAN FIV CASS Cassiano Terra Simão

Campeã Fêmea Jovem CRISTAL XXII FIV DA SABIÁ Fazenda do Sabiá

Campeã Bezerra ITALIA FIV RACA PURA Fábio C. Pavão / Valdir A. Ceccatto

Campeão Touro Jovem ARATAU FIV Fazenda Araras Ltda

Campeão Bezerro JUBILO TE PORT Dorival Antônio Bianchi

Reservada Campeã Fêmea Jovem MIRRA FIV DA RFA José Antônio Furtado

Reservada Campeã Bezerra MIRAGEM FIV DA PERBONI Ronaldo Bonifácio da Silva

Reservado Campeão Touro Jovem GRINGO FIV Cassiano Terra Simão

Reservado Campeão Bezerro GALAK TE DA BAL Fazenda Baluarte

Classificação Geral João Pinheiro

| maio/junho 2012

Fêmeas 1os lugares

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Machos 1os lugares

Grande Campeã EGIPCIA FIV STA CRUZ Gil Pereira

Campeã Novilha Maior KALAHARY IV FIV EC DA SJG Fazenda São João Grande

Grande Campeão FEITOR FIV STA Cruz Gil Pereira

Campeão Júnior Maior FEITOR FIV STA CRUZ Gil Pereira

Reservada Grande Campeã KALAHARY IV FIV EC DA SJG Fazenda São João Grande

Reservada Campeã Novilha Maior JARINA I CRISTAL Fazenda Cristal

Reservado Grande Campeão HECTOR 4 CRISTAL Fazenda Cristal

Reservado Campeão Júnior Maior FARISEU FIV STA CRUZ Gil Pereira

Campeã Fêmea Adulta EGIPCIA FIV STA CRUZ Gil Pereira

Campeã Novilha Menor LECHIA DA CRISTAL Fazenda Cristal

Campeão Touro Sênior HECTOR 4 CRISTAL Fazenda Cristal

Campeão Júnior Menor INDIO FIV RACA PURA Fazenda Andorinhas

Reservada Campeã Fêmea Adulta PEREZ FIV AGROPEVA Fazenda Novo Horizonte

Reservada Campeã Novilha Menor INDIA FIV RACA PURA Fazenda Andorinhas

Reservado Campeão Touro Sênior POMPEU FIV AGROPEVA Fazenda Novo Horizonte

Reservado Campeão Júnior Menor GALAK TE DA BAL Fazenda Baluarte

Campeã Fêmea Jovem HAULE FIV RACA PURA Fazenda Andorinhas

Campeã Bezerra GARUSA FIV STA CRUZ Gil Pereira

Campeão Touro Jovem ARATAU FIV ARA Fazenda Araras

Campeão Bezerro GANDY TE DA BAL Fazenda Baluarte

Reservada Campeã Fêmea Jovem DD FIV AGROPEVA Fazenda Novo Horizonte

Reservada Campeã Bezerra GRANOLA FIV STA CRUZ Gil Pereira

Reservado Campeão Touro Jovem JASPIN I CRISTAL Fazenda Cristal

Reservado Campeão Bezerro GUJA TE DA BAL Fazenda Baluarte


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Tecnologia de ponta para o produtor brasileiro A Dow AgroSciences é uma das mais importantes empresas mundiais de ciência e tecnologia para o agronegócio. Suas áreas de atuação incluem a proteção às lavouras, com o controle de pragas, vegetação e doenças, e fornecimento de híbridos. A empresa opera no Brasil com sede em São Paulo, e tem aproximadamente 800 colaboradores.

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O objetivo da Triângulo Agro é gerir lavouras, utilizando toda a estrutura de maquinário, mão de obra e ferramental já existentes nas fazendas. Busca de forma eficiente transmitir aos produtores rurais o conhecimento do cultivo do campo, adotando alta tecnologia e gestão personalizada, resultando em lucros diferenciados. Triângulo Agro Rod. MG 050, 1001 - Serra das Brisas - Passos/MG - 35 3522-1104 www.trianguloagro.com.br - contato.triangulo@hotmail.com


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Depoimentos

Cultivo do Milho

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com tecnologia e alta produtividade Fotos: Gabriel Machiaveli

A Triângulo Agro, empresa sediada em Passos, com foco na gestão especializada e eficiente do agronegócio, busca atender a demanda dos produtores rurais em vários segmentos, tanto na prestação de assistência técnica como na oferta de insumos agrícolas. A equipe, cada vez mais especializada, oferece assistência em agricultura de precisão com foco na produtividade e qualidade. A parceria entre produtores e a empresa tem conquistado bons resultados, como os da Fazenda Porteira do Café, Grupo ZBR e Fazenda Jaraguá. As atividades na Fazenda Porteira do Café, em São João Batista do Glória/MG, começaram na década de 70, com Alfredo Ferreira Godinho, proprietário e pai do atual gerente da fazenda, Raul Ferreira Godinho. As primeiras lavouras foram de milho e arroz. Poucos anos depois, Alfredo era um dos primeiros produtores de milho da região, sendo pioneiro na utilização de calcário e milho híbrido nas plantações. “Nossa fazenda foi a primeira na região a utilizar irrigação por aspersão e depois o pivô central”, explica Raul. Somado a isso, a Fazenda Porteira do Café é a única da região com capacidade de armazenar toda sua colheita, 72 mil sacos de milho, podendo escolher a hora certa de vendê-la. Nos últimos 40 anos tudo mudou na plantação e produção de milho. As novas

tecnologias facilitaram o plantio do cereal e a genética dos grãos avança a cada ano, em busca de produtividades maiores. Além dessas mudanças, o mercado está aquecido em busca cada vez mais desse nobre cereal, seja para a alimentação de animais ou dos homens. Para acompanhar toda essa evolução no mercado de grãos, há três anos, todo o pioneirismo dos proprietários da Fazenda Porteira do Café se juntou à inovação e tecnologia da Triângulo Agro. A parceria entre o produtor e a Triângulo se consolida a cada ano com as conquistas em produtividade nos 450 hectares de milho plantados. “Raul é um produtor diferente. Ele põe a mão na massa e é muito acessível à tecnologia”, conta Marco Antônio Pollo, sócio-proprietário e técnico da Triângulo Agro. Como o foco do produtor é o aumento da produtividade com qualidade, a Triângulo presta assistência na fazenda desde o plantio até a colheita. “Começamos nosso trabalho com a coleta de amostras do solo para análise. Fazemos a correção do solo através da calagem e da gessagem, depois planejamos a adubação de acordo com a necessidade da lavoura, para alcançarmos novos índices de produtividade”, conta Marco Pollo. O trabalho é realizado através da “Lei do Mínimo” utilizada pelos técnicos para produzir com qualidade e eficiência econô-

mica. A equipe da Triângulo Agro equilibra, com o resultado obtido nas análises do solo, todos os nutrientes para que o resultado final em produtividade seja o melhor possível a cada safra. “Esse trabalho é realizado em médio prazo respeitando o planejamento do produtor, o custo-benefício da atividade e o resultado final. O mercado oferece formulações prontas para adubação, mas nem sempre é o que o produtor necessita. Por isso, buscamos os elementos necessários para atender a demanda da análise do solo, que trará os resultados esperados a cada ano atendendo os objetivos propostos”, enfatizou Marco Pollo. “A Triângulo Agro é uma parceira que tem nos dado toda assistência melhorando a qualidade do solo e proporcionando resultados cada vez melhores”, elogia Raul. Ainda segundo Raul, após a assessoria da Triângulo Agro a produtividade da lavoura aumentou em 30%. “Antes da parceria a quantidade de sacos de milho por hectare era de 120, hoje nós colhemos 160 sacos”, conta Raul. Os híbridos de milho utilizados na última safra na Fazenda Porteira do Café foram as variedades Dow 2B710HX e Dow 2B707HX. Segundo Marco Pollo, a escolha dos híbridos é selecionada de acordo com a época de plantio e a precocidade das variedades, buscando sempre a melhor produtividade para o produtor.


Leite e Lavoura eficiência nos processos produtivos

Carlos de Simoni é administrador da Fazenda ZBR Limeira, em Passos/MG. A fazenda é de seu irmão José Márcio De Simoni Silveira, engenheiro civil, que mora fora do Brasil há algum tempo, mas planeja e acompanha de perto todas as atividades da fazenda. Além da produção de leite, a fazenda se destaca na criação e seleção genética de animais das raças Gir Leiteiro e Girolando. Atualmente, a fazenda tem 220 vacas em lactação, que produzem cerca de quatro mil litros de leite por dia. No total são 1200 cabeças de gado, entre Gir e Girolando. A reprodução dos animais é feita através da Fertilização in vitro. A estimativa para este ano é chegar a produção de seis mil litros de leite/ dia. Carlos relata que desde o início das atividades na fazenda, a prioridade sempre foi a produção leiteira e a produção de animais com genética diferenciada. A fazenda desenvolve outras atividades, como a suinocultura – em parceria com a Fazenda União, do Grupo Cabo Verde – e o plantio de milho, sendo grande parte para a produção de silagem, que garante a alimentação do rebanho. A área de plantio de grãos é de 521 hectares. “Grande parte da produção de milho é para consumo dos animais. No verão produzimos a silagem de grão úmido, otimizando todas as áreas, permitindo a safrinha de sorgo e o plantio de girassol para sucessão de culturas e reciclagem de nutrientes”, resume

Carlos. Para alcançar novos índices na produção do leite, a fazenda sentiu a necessidade de encontrar uma assistência técnica que os auxiliasse, otimizando a produção e a tornando mais eficiente. “Quando aumentamos nossa produção de leite, resolvemos buscar uma assistência técnica especializada para a produção de alimentos. Encontramos esse trabalho na Triângulo Agro e somos clientes da empresa há mais ou menos quatro anos”, relatou. A alimentação é fator primordial nesse processo. Assim, o foco sobre a silagem é importante para que o rebanho tenha alimento balanceado o ano todo. A fazenda utiliza também a silagem de grãos úmidos, de milho e sorgo, para alimentação do rebanho. Para atender a demanda dos produtores, a Triângulo aperfeiçoa todos os processos de produção com eficiência, para que o produtor tenha o melhor alimento para o seu rebanho, o que resultará no aumento da produção.

Com foco na produção, os agrônomos da Triângulo escolheram as variedades de milho híbridos Dow 2B688HX para silagem e 2B707HX, 2B587HX para grãos. “Nós plantamos 100 hectares de milho que resultaram em 55 toneladas de silagem por hectare, com 34 a 36% de matéria seca. Na área destinada aos grãos o resultado foi de 190 sacos de milho por hectare. “Hoje, sentimos mais confiança nas tomadas de decisões. A equipe da Triângulo se especializa cada vez mais e transfere esse conhecimento para os seus clientes”, elogia Carlos. Marco Pollo, que presta assistência na fazenda, ressalta que os índices de produção melhoram a cada ano, conforme são realizados os trabalhos de equilíbrio dos nutrientes do solo através da Lei do Mínimo. O produtor reconhece o nosso trabalho, pois os resultados mostram a importância da assistência técnica especializada”, enfatizou.

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Mais silagem,

| maio/junho 2012

Depoimentos

mais leite

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Paulo Sérgio Soares e Tadeu Carvalho são proprietários do Grupo Telinveste, que administra a Fazenda Jaraguá, localizada na região de São João Batista do Glória/MG. As principais atividades da fazenda são a produção de leite e o plantio de milho e sorgo para o rebanho. A meta da fazenda para 2012 é chegar a sete mil litros de leite/dia, superando os índices de 2011 de 5.400 litros/dia. Há sete anos os sócios investem na Fazenda Jaraguá. “Nós começamos com novilhas ¼ de sangue Holandês com o objetivo de criar o Girolando. Mas a produção de leite era pequena e resolvemos trocar por ½ sangue e ¾ Holandês, buscando o aumento da produtividade”, conta Paulo. Em 2010, a fazenda adquiriu 50 animais de alto padrão da raça Gir Leiteiro para fazer Girolando F1 através da Fecundação in vitro (FIV), “Estamos investindo muito no melhoramento genético de nossos animais. Compramos vacas ½ sangue de alta produtividade para serem doadoras de embrião”, explica. No total, o grupo tem sete fazendas arrendadas que somam 800 hectares, divididos

em 350 para as plantações de milho, sorgo e girassol e os outros 450 hectares para as 1.200 cabeças de gado. “Na área de lavoura, a fazenda trabalha com a silagem de grão úmido de milho e de planta inteira (milho e cana). Iniciamos o plantio de sorgo com 70 hectares na safrinha, para silagem de grão úmido, fazendo a sucessão de culturas 100% com girassol”, descreve Paulo. O resultado da silagem de milho, utilizando os híbridos Dow 2B688HX foi de 62 toneladas por hectare, com 34% de matéria seca. Para a produção de grãos foi utilizado à variedade Dow 2B587HX com 170 sacos por hectare.

Para alcançar esses índices, Paulo e Tadeu buscaram a assessoria técnica e especializada da Triângulo Agro. “Contamos com a Triângulo há cerca de quatro anos e estamos satisfeitos, porque a nossa parceria gera bons resultados. Nós sentimos o interesse deles em solucionar os nossos problemas. A forma de acompanhar, de mostrar uma ideia dando conselhos é muito interessante”, relata Paulo. “A Triângulo não fica preocupada só com a venda de produtos, mas também com uma ótima assistência”, afirma o gerente da fazenda, Marcelo Alves Oliveira.


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Evento | maio/junho 2012

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O julgamento das raças Gir Leiteiro, Girolando, Nelore, os leilões e a exposição de máquinas e implementos agrícolas movimentaram a 49ª EXPASS (Exposição Agropecuária de Passos), realizada entre os dias 22 e 31 de março, no Parque de Exposições Adolpho Coelho Lemos. Organizada pelo SINRURAL (Sindicato Rural de Passos) e parceiros como as Associações do Nelore, do Gir Leiteiro, do Girolando e LRS Organização de Eventos Agropecuários, a exposição atraiu um grande número de criadores e é considerada uma das melhores do estado

Entre os leilões realizados pela Cássio Paiva Leilões e SINRURAL, ocorreu o de Liquidação de Plantel da Fazenda Lagoa e Convidados, o Leilão Misto Especial, o 3ºLeilão Gir Leiteiro da Fazenda Kastelo, transmitido pelo Canal Terra Viva, e o 8º Leilão Estrelas do Leite. A 10ª Exposição Especializada da Raça Gir Leiteiro em Passos reuniu 275 animais e 36 expositores. A classificação dos animais pontua o ranking da ABCGIL (Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro). O julgamento aconteceu entre os dias 26 e 30 de março. Henrique Figueira, que há cinco anos é criador da raça, participa a quatro anos da EXPASS. Como terceiro colocado no ranking nacional, ele destaca vários fatores que colaboram para o sucesso da exposição como a organização, a recepção, hospitalidade e o julgamento realizado por três juízes, (Tatiane Almeida Drummond Tetzner, Fábio Miziara, Roberto Vilhena Vieira) o que balizou a pontuação.

Fotos: Aloísio de Souza

49ª EXPASS destaca-se pela qualidade


Mauricio Silveira Coelho da Fazenda Santa Luzia, durante permiação da raça Girolando na Expass

Girolando No julgamento da raça Girolando havia 117 animais na pista. A classificação, como nas demais categorias, pontua o ranking nacional. O produtor passense José Coelho Vitor se destacou como melhor criador da raça. A EXPASS atraiu criadores de Girolando dos Estados de Minas Gerais e São Paulo. Rafael Tadeu Simões, da Fazenda Rancho Alegre, de Pouso Alegre/MG, considerou pequeno o número de animais nessa etapa do julgamento (117), mas ressaltou a qualidade dos animais levados à pista. Ainda segundo Rafael, a queda no número de animais inscritos se deu pela cobrança da argola. Mas ele enfatiza que a exposição tem toda condição de crescer, desde que os organizadores apoiem o projeto. “A pista é o espelho do nosso trabalho. É a forma de mostrarmos o que é feito na propriedade”, disse Rafael. Para Douglas Nascente, da LRS Organização de Eventos Agropecuários, a EXPASS é uma das melhores exposições do país pela estrutura dos pavilhões, boa pista para o julgamento dos animais e a infraestrutura oferecida pelo Sindicato Rural. Como organizou o julgamento das três raças: Nelore, Gir Leiteiro e Girolando ressaltou a qualidade dos animais apresentados na pista. Uma das juízas da prova, Tatiane Tetzner, ressaltou a importância da exposição para o Gado de Leite: “Durante os trabalhos de julgamento e avaliações fenotípicas, podemos acompanhar a evolução morfológica de cada raça. É fantástico observar o que os programas de melhoramento genético, como PNMGL – ABCGIL/EMBRAPA no Gir Leiteiro, e PMGG – Girolando/EMBRAPA no Girolando, con-

tribuem para evolução das características funcionais e produtivas, principalmente, quanto ao sistema mamário. Desejo que, na comemoração dos 50 anos da EXPASS, em 2013, o Gir Leiteiro e o Girolando voltem com força total ao evento”.

Torneio Leiteiro O Torneio Leiteiro de 2012, promovido pelo SINRURAL, em parceria com Casmil, entre os dias 26 e 29 de março, reuniu animais das raças Gir Leiteiro e Girolando. Os criadores foram premiados pelo desempenho dos animais em média de leite/dia. Para os criadores de Girolando, R$ 4 mil em prêmio para cada categoria. Os criadores de Gir Leiteiro receberam um pouco mais, R$ 5 mil por cada categoria. No campeonato da raça Girolando foram classificadas vacas 1/2 sangue, 3/4 e 5/8 e as novilhas de até 4 dentes. A primeira classificada da raça foi Juma, uma 1/2 sangue, consorciada, propriedade de Maurício Silveira Coelho e João Roberto, das fazendas Santa Luzia e Gordura, que obteve média de 68,470 kg de leite. Na categoria novilha, a grande campeã foi a 1/2 sangue Chayla, de Otávio Roxo Nobre Barreira, da Fazenda do Conde, de Mococa/SP, com a pontuação de 48,613 kg média/dia.

Juízes durante avaliação de animais na Expass

Os criadores foram premiados pelo desempenho dos animais em média de leite/dia. Para os criadores de Girolando, R$ 4 mil em prêmio para cada categoria. Os criadores de Gir Leiteiro receberam um pouco mais, R$ 5 mil por cada categoria

Na categoria Gir Leiteiro os vencedores foram Bandeira, a Campeã Fêmea Jovem, (que se sagrou também como melhor Úbere Fêmea Jovem) de Otávio Roxo Nobre Barreira, com média de produção de 38,540 kg de leite e Xixa FIV JMMA, a Campeã Vaca Jovem, de Murilo de Oliveira Abdo, com 38,560 kg de leite. Já na categoria Vaca Adulta a C.A. Alessandra-KCA 964, de Joaquim J.C Noronha e Outro, com 48,570 kg/dia foi a Grande Campeã do Concurso Leiteiro. A Reservada Campeã Vaca Adulta e Melhor Úbere foi Konga FIV Vila Rica, com média de 46,667 kg/dia.

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Fotos: Allan Franรงozo

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Fotos: Aloísio de Souza

Grande Campeã 3/4 - Donzela Diamante Santa Luzia

Melhor Fêmea Jovem 3/4 - Adrenalina Spirte Fazenda Santa Luzia

Campeonato Bezerra Gir Leiteiro na 49ª Expass

Melhor Vaca Jovem Girolando 5/8 - Azaleia FIV Widman Santa Luzia

agronegócios

Kinkão e Marta, da Fazenda Terra Vermelha, recebendo prêmio pela vitória de C.A. Alessandra

Parabéns a todos os visitantes e os grandes campeões deste evento!


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Evento

Terra Boa Agronegócios:

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a nova revista do setor rural Com foco nos casos de sucesso da agricultura e pecuária da região Sudeste, a revista Terra Boa Agronegócios foi lançada na noite de 28 de março, no Capela do Chopp, em Passos/MG, durante a 49ª Expass. O evento reuniu muitos produtores rurais, criadores, parceiros e colaboradores. Eles puderam conferir de perto o resultado da publicação que destacou na sua primeira edição a pecuária de elite das raças Nelore, Gir Leiteiro e Girolando, a reprodução bovina, a equinocultura e a cafeicultura, entre outros temas. A Doce Mar Editora e Publicidade Ltda., que é responsável pela revista Doce Mar de Minas, agora aposta também na publicação da Terra Boa Agronegócios, a nova revista do setor rural, recebida com grande expectativa por produtores e colaboradores. Confira na Galeria, flashes do lançamento.


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Commodities | maio/junho 2012

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Mercado Futuro ferramenta de proteção à comercialização

Administrar riscos. Essa é a expressão mais recomendada para o assunto, pois os produtores estão expostos a diversos riscos do mercado que fogem de suas mãos, sejam eles climáticos ou sistêmicos, tendo, assim, que ficar atentos à comercialização. O mercado a Termo é um forma bastante eficaz de otimizar riscos de preços travando a produção integral ou parte dela, porém essa ferramenta não tem total garantia, caso haja uma grande oscilação de mercado. Tratando-se de diminuição de riscos, precisa-se estar bem atento ao fechar um contrato a Termo. Já no mercado futuro não se corre esse risco, pois se trata de um mercado regulamentado e de responsabilidade da BVMF (Bolsa de Valores e Mercadorias Futuras), a qual se responsabiliza por esses mercados, que, no Brasil, são: Boi, Milho, Soja e Café. Os preços praticados na BVMF refletem expectativas do mercado sobre oferta e demanda de um produto, no vencimento do contrato. No caso do Milho as cotações tem como referência a praça de Campinas/SP, como formadora de preço. O contrato futuro negociado na Bolsa consiste em uma obrigação legal de receber ou entregar o produto, pelo preço ajustado no pregão da Bolsa, para uma data futura de encerramento do contrato. Con-

tudo, pode ser encerrado antes do vencimento através da reversão da posição ou liquidação financeira que é o caso do Mercado de Milho e Boi Gordo, que é feito pelo indicador financeiro elaborado pelo CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da ESALQ-USP (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”). O objetivo do mercado futuro é a proteção contra oscilação de preços. Os produtores de Milho, por exemplo, podem utilizar o mercado para minimizar os riscos de oscilação e incertezas de preço. A maneira mais usual é a operação de “Hedge de Preços” (proteção). Uma possibilidade é o produtor entrar vendendo na bolsa e encerrá-la, ou no vencimento pelo indicador CEPEA, ou antecipadamente comprando a posição. Da mesma forma, a indústria entra na ponta oposta, comprando, e, posteriormente, vendendo para liquidar a operação. Feito o Hedge, a indústria garante o preço para a aquisição de matéria-prima e o produtor garante o preço da sua safra. Significa que uma eventual perda no mercado físico será compensada pelo lucro obtido na bolsa, em ambas as partes. Desta forma o Hedge é a forma mais eficaz para se garantir o preço esperado na produção. No processo de Bolsa, é preciso depositar uma quantia que será utilizada

como garantia do contrato. Essa quantia é usada para o pagamento de eventual ajuste; caso a posição seja revertida, deve-se arcar com o ajuste diário. Se houver queda no mercado, haverá ajuste. Essa é uma desvantagem do contrato, pois o produtor ou indústria precisam de um pouco de reserva financeira para poder ter essa garantia de preço. Há na bolsa também a alternativa do mercado de opções (seguro de safra), que tanto o produtor quanto a indústria podem utilizar. Funciona da seguinte maneira: um produtor de milho, por exemplo, interessado em garantir determinado preço, compra uma PUT (Opção de Venda), no caso, a indústria pode comprar uma CALL (Opção de Compra). Paga-se, então, uma quantia para garantia de determinado preço, se eventualmente o mercado, no vencimento, estiver melhor que o nível da opção, o produtor ou a indústria perde apenas o prêmio que pagou antecipadamente e pode comercializar no mercado físico. Caso o mercado físico esteja pior que o nível da opção, o produtor ou indústria recebe a diferença do nível da opção para o nível do mercado, garantindo, assim, resultado positivo. Espero que nesse texto possa ter passado um pouco sobre o mercado, voltaremos nas próximas edições falando mais sobre o assunto. Enviem dúvidas para o email.

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Safrinha e Rotatividade Depoimentos

Case IH 2566

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Textos: Gabriel Machiaveli

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Adriano Lemos de Pádua, 48, é proprietário da Fazenda Mamono, em Pratápolis/MG, onde produz milho, feijão e girassol. É também proprietário do Armazém Paiol, que atende grande parte dos produtores da região na armazenagem de grãos. Para atender a sua produção e a dos produtores da sua área de atuação, Pádua investiu em tecnologia e adquiriu um novo maquinário no início desse ano, a Case IH Axial-Flow 2566. “Interessei-me pelo maquinário, pois pretendo aumentar a área de plantio, fazer a safrinha e trabalhar a rotatividade de cultura com o plantio do feijão. A colheitadeira facilitará o meu trabalho”, explicou o produtor. A Case IH 2566 colhe em média três km/h, uma plataforma de cerca de 25 pés de feijão, o que resulta aproximadamente em 40 sacos por hectare. Além do feijão, a colheitadeira pode ser operada nas lavouras de milho, soja, trigo, sorgo, girassol e arroz, proporcionando maior vantagem na relação custo/benefício.

Pádua colheu na sua Fazenda, esse ano, cerca de 50 mil sacos de milho e 2 mil sacos de feijão, em área de plantio de 360 hectares de milho, 100 de girassol e 100 de feijão. Com a nova colheitadeira, na próxima safra, ele aumentará a área de plantio para 500 hectares de milho, 300 de feijão e 100 de girassol. “Ao optar pelo investimento em maquinário, escolhi a Case IH por ser uma empresa bem recomendada e

que tem eficiência no pós-venda”, ressalta. “Esse ano tive condição de fazer a minha colheita e prestar serviços”, explica Pádua, que antes terceirizava máquinas para realizar a colheita. O produtor conta ainda que com a máquina Case IH 2566 a colheita desse ano foi mais rápida, permitindo a realização da safrinha. “Ano passado terminei minha colheita em maio, este ano terminei em abril”, conta.


Maior produtividade Case IH Coffer Express 200

Ano após ano, o setor agropecuário busca inovações para melhorar ainda mais a produção. Com o desenvolvimento tecnológico, as empresas do setor fornecem mais produtos e serviços para aumentar a produtividade. Marcelo Pimenta, 54, é engenheiro agropecuário e proprietário das Fazendas Santo Amaro, em São Sebastião do Paraíso, e Monte Alto, em São Tomás de Aquino. Na última safra, colheu 200 hectares de café que foram beneficiados nas fazendas e armazenados em São Sebastião do Paraíso. Para melhorar os seus resultados, adquiriu uma Case IH Coffer Express 200 que permitiu mais rapidez e eficácia durante a colheita. Desde 2004, Marcelo trabalha com colhedoras Case. “Já tive duas máquinas da mesma marca em sociedade com outro fazendeiro. Resolvi comprar a colhedora porque conheço a

Case e sei dos seus benefícios”, conta o cafeicultor que utilizou o novo maquinário na colheita da última safra. Segundo ele, o custo-benefício da colhedora Case IH Coffer Express 200 é

grande, pois além de colher sem agredir a planta, a colheita é realizada com eficácia. “A eficiência da máquina faz com que a colheita seja feita rapidamente, deixando a lavoura livre para a etapa da colheita seletiva, para a produção do café cereja descascado, que agrega maior valor ao produto”. O produtor ainda destaca outras vantagens da colhedora. “É uma máquina compacta, de fácil operação e de uma mobilidade muito grande, capaz de girar em um espaço pequeno”, conta Pimenta afirmando estar satisfeito com a compra. Marcelo também destaca outros benefícios da concessionária. Segundo o cafeicultor, o pós-venda da Pimenta Agrosul, responsável pela venda e manutenção das máquinas Case IH, é eficiente. “A assistência é imediata, mesmo a máquina não apresentando problemas”, conta o produtor.

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Informe | maio/junho 2012

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Encontro aprimora conhecimento sobre o ALPRO Nos dias 24 e 25 de abril vários produtores de leite, veterinários e revendedores DeLaval, estiveram reunidos em Passos para discutir e aprimorar o conhecimento sobre o sistema de gerenciamento para a produção do leite desenvolvido pela empresa – o ‘ALPRO’. A multinacional, com filial no Brasil, é representada em Passos e região pela ICMAC Rural, dirigida pelo empresário Cássio Roberto Melo Camargos. Aproximadamente 25 pessoas estiveram presentes no evento e puderam aprimorar o conhecimento sobre o ALPRO. Uma versão do software de demonstração do gerenciador foi instalada no local para que todos pudessem ter acesso ao programa. O treinamento, todo prático, permitiu que os usuários melhorassem o domínio sobre o sistema. Segundo o gerente de soluções e instrutor do treinamento, Ricardo Stopiglia, o ALPRO é uma ferramenta de trabalho que possibilita um melhor controle da ordenha, alimentação, inseminação, separação, pesagem e análise de dados. “Por meio do programa, o produtor consegue identificar cada animal, monitorar as pesagens de leite e seus desvios, balancear a alimentação do rebanho e reduzir a mão de obra através de separação automática, além de melhorar o desempenho de suas inseminações, entre tantas outras ferramentas de gerenciamento”, explica Stopiglia. O diretor da revenda ICMAC Rural em Passos, Cássio Camargos, complementa que o produtor consegue obter todas as informações da ordenha, como anotações de

saúde do animal, dados históricos individuais e de todo rebanho. “O gerenciamento ALPRO disponibiliza gráficos claros, relatórios de fácil leitura e outras listas de ações, capazes de customizar estes relatórios e tabelas de comparação para que ajustem a necessidades particulares”, disse o empresário. Para o produtor e veterinário, Marcelo Maldonado Cassoli, que gerencia a Fazenda Capetinga em São João Batista do Glória, o sistema de gerenciamento ALPRO trouxe mais informação e embasamento na gestão empresarial da fazenda. “Com as informações disponibilizadas hoje pelo sistema, consigo realizar com

mais clareza novas oportunidades de negócios. Portanto, a qualidade que tenho com a informatização de maneira mais exata e simplificada me oferece menos risco e perdas no controle geral do rebanho e da fazenda”, explica Cassoli. Sérgio Brito, gerente de vendas da DeLaval, responsável pelas revendas no Estado de Minas Gerais, ressalta a importância da informatização nas fazendas leiteiras. “O sistema ALPRO é uma eficiente ferramenta que simplifica as operações diárias da fazenda leiteira, analisando a situação atual e proporcionando informações essenciais para planejamentos futuros”, finaliza o gerente.

O veterinário e produtor Marcelo Maldonado Cassoli que utiliza o sistema ALPRO


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E

a

Saúde

rela Gui st

Casqueamento Bovino

O casqueamento bovino garante bom aprumo para os animais, bem como previne e trata doenças

Casqueamento

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o ideal é previnir

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Eles se encontraram na Universidade de Botucatu, no curso de Zootecnia. De amigos da faculdade se transformaram em sócios. Hoje são proprietários da empresa Estrela Guia Casqueamento Bovino e prestam assessoria para produtores rurais de Passos e região. Cláudio Eduardo Costa Nader é natural de São Paulo, capital. Na faculdade conheceu a técnica do casqueamento

de animais e se especializou na atividade. É jurado auxiliar da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) e já trabalhou com certificação de fazendas para a “lista trace”, que tem como foco a venda de bovinos e carne in natura para o mercado europeu. Guilherme Moreira Lemos de Morais é de Araçatuba/SP. Antes de trabalhar com casqueamento trabalhou com bovino-

cultura de corte e leite no Mato Grosso do Sul. Conhecedores da rica bacia leiteira de Passos chegaram à cidade em outubro de 2010 e fincaram raízes. Hoje são dois dos 35 profissionais especializados no Brasil que trabalham com esse sistema de casqueamento. Desde que iniciaram a atividade em Passos, já vivenciaram muitas experiências e observaram que os produtores começam


a entender a importância do casqueamento, para manter os índices de produtividade do rebanho. A incidência de doenças nos cascos aumentou, significativamente, desde a década de 70, com a intensificação dos sistemas de produção. O trabalho dos zootecnistas da Estrela Guia começa com uma avaliação dos animais andando e estacionados. São observa-se a frente do animal, o lado, o perfil, os aprumos e doenças. Ao final da análise é gerado um histórico sobre as afecções podais e ou defeitos de aprumos para serem corrigidos. A saúde dos animais está intimamente ligada à integridade física dos cascos. Comprovado pela ciência, os animais que sofrem com problemas nos cascos perdem peso, diminuem a produção de leite, podem ter problemas de fertilidade e, nos casos mais graves, são encaminhados para o abate. O desconforto causado pelas doenças interfere no repouso dos animais, na locomoção e na ingestão da dieta, o que refletirá na produção e evolução dos animais. “Infelizmente, o produtor espera algo acontecer para nos chamar. O ideal é fazer o trabalho preventivo, para não perder a produtividade do rebanho e, consequentemente, a lucratividade”, disse Cláudio.

Infelizmente, o produtor espera algo acontecer para nos chamar. O ideal é fazer o trabalho preventivo O resultado do trabalho com casqueamento pode ser comprovado na Fazenda Pérola, de Antônio José Freire. Segundo seu filho Matheus Reis Freire, administrador da Fazenda, há um ano eles fazem o trabalho preventivo de casqueamento com a equipe da Estrela Guia. “Começamos a prevenção em 2010, com as novilhas de primeiro parto, e reduziram-se bastante os problemas clínicos no pós-parto. Após a constatação dos resultados, em 2012 resolvemos ampliar a prevenção para 100% dos animais que vão entrar em lactação”. Segundo Matheus o importante é trabalhar com a prevenção. O casqueamento é um trabalho artesanal e técnico que deve ser feito por profissionais especializados, uma vez que está relacionado aos aprumos dos animais

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e a saúde dos mesmos. “Nós da Estrela Guia casqueamos os animais e planejamos o tratamento. Animais com doenças mais graves levam até 60 dias para se recuperarem do tratamento”, disse Guilherme. Para os sócios, o trabalho preventivo é o ideal, pois evita o surgimento de doenças graves que sacrificam os animais e causam prejuízos ao produtor/criador. Na pecuária de leite as doenças mais comuns são desencadeadas por vários fatores, entre eles estão problemas ambientais (umidade, higiene, tipo de piso), concentração de animais em pequenas áreas, nutricionais e o stress do animal. Na região Sudoeste de Minas, as incidências mais comuns são a dermatite e lesões provocadas pela bactéria Fusubacterium Necrophorum.

Aprumos Além das doenças, o casqueamento bovino mantém os aprumos corretos dos animais corrigindo a posição dos membros através dos cascos. A função do aparelho locomotor é proporcionar a sustentação e locomoção dos animais de forma confortável e correta.

A avaliação dos animais é o primeiro passo para se chegar ao diagnóstico de possíveis deformidades, que são diversas, em decorrência de fatores genéticos, acelerado ganho de peso, piso, massa corpórea, altura de cama, altura de cocho, entre outros, que são possíveis de correção através do casqueamento. Os animais são observados vistos de frente, de lado e por trás, estáticos e em movimento a passo, o que detectará os problemas de aprumo. Não existem parâmetros métricos ou instrumentação para a avaliação do aprumo. O trabalho é realizado através da educação visual, aprimorada através do hábito de julgamento e avaliação da composição de pernas e pés dos animais. No trabalho de casqueamento há casos específicos em que são necessários a utilização de tamanquinhos de madeira para a correção de aprumos. Esse recurso, usado da maneira correta, corrige a deformidade apresentada. Os criadores de animais de elite apostam no trabalho de casqueamento por reconhecerem a necessidade de manter o bom aprumo dos animais para a sua locomoção e para os julgamentos em exposições.

Principais lesões associadas às infecções Dermatites Digitais e Interdigitais; Flegmão Interdigital ; Inflamação da Terceira Falange - lesão em forma de V de cor escura, Laminites Clínicas e Subclínicas; Úlcera da Sola ou Pododermatite Circunscrita, Sola Dupla,Desgaste da Sola, Erosão do Talão, Enfermidade da Linha Branca, Úlcerações do Dedo, Sulcos e Fissuras Horizontais.

A avaliação dos animais é o primeiro passo para se chegar ao diagnóstico de possíveis deformidades, que são diversas, em decorrência de fatores genéticos, acelerado ganho de peso, piso, massa corpórea, altura de cama, altura de cocho, entre outros, que são possíveis de correção através do casqueamento

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O Escore de locomoção e as perdas ocasionadas por problemas podais

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1. Postura normal com linha de dorso retilínea em estação e locomoção, passos firmes com distribuição correta do peso e apoios. 2. Postura normal em estação e ligeiramente arqueada em locomoção, apoios normais. 3. Postura arqueada em estação e locomoção, ligeira alteração dos passos. 4. Arqueamento do corpo em estação e locomoção, assimetria evidente do apoio poupando membros, com menor tempo de apoio do(s) membro(s) lesado(s). 5. Incapacidade de apoio ou de sustentação do peso do(s) membro(s) lesado(s), relutância ou recusa para locomover-se.

39% Descarte 22% Redução índices reprodutivos 25% Perda na produção 7% Morte 5% Tratamento 2% Mão de obra


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Informe

Excelência em Nutrição Salutti Complexos Minerais Sempre ao lado dos produtores, acompanhando suas necessidades e investindo continuamente em pesquisas e desenvolvimento, a Salutti Complexos Minerais, é referência em tecnologia e pioneirismo. Há 30 anos no mercado, a Salutti tem

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contribuído para a evolução

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da pecuária brasileira com produtos de qualidade

Fundada pelo médico veterinário, com especialização em nutrição animal, Paulo Sérgio Calixto Lemos, o “Dr. Lot”, no ano de 1982, a Salutti é uma empresa passense que tem como objetivo atender às necessidades dos produtores rurais sempre levando novas tecnologias. Após um período inicial, quando apenas produzia e comercializava sais minerais, a Salutti passou a prestar assistência técnica nutricional com o propósito de atender plenamente o pecuarista. No início, a empresa era localizada à Rua João XXIII e contava apenas com quatro funcionários. Em pouco tempo, com os negócios crescendo, transferiu-se para a Rodovia MG 050. Hoje tem sede própria. Está situada desde o ano de 2007, no Distrito Industrial II em Passos MG, com uma equipe de 45 colaboradores.

A Salutti já implantou centenas de projetos agropecuários em todo o Brasil, nas áreas de gado de leite e de corte (confinamento e semiconfinamento). Para isso, produz suplementos específicos para cada tipo de exploração, cada categoria animal, cada época do ano e para cada região do Brasil. A preocupação em garantir produtos de qualidade aos seus clientes visa a melhoria dos índices zootécnicos, isto é, a obtenção da expressão máxima do potencial genético dos animais, o que propicia maior produtividade. Segundo o médico veterinário da empresa, Rodrigo Megda Prado - que começou na firma como estagiário em 1992, com o Dr. Lot, e que após a morte do proprietário, assumiu toda a responsabilidade técnica -, a Salutti oferece hoje uma linha


com mais de 30 produtos destinados às diferentes idades e aptidões de rebanhos. “Mas não é só isso, fazemos produtos por encomenda, balanceamento de dietas e produtos específicos para cada região”, lembra Rodrigo, dizendo que a empresa atende clientes de cidades de Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Acre, Bahia, Mato Grosso e Espírito Santo. Para o gerente administrativo da Salutti, Vanderlei Marques da Silva, qualidade e eficácia são as marcas registradas dos produtos da empresa. Tanto é que, hoje, há mais de cinco mil clientes cadastrados, um número expressivo para uma firma com 30 anos de história. “Com toda essa trajetória e com os mais modernos programas para formulação de dietas, a Salutti se orgulha em poder oferecer a seus clientes, suplementos minerais, vitamínicos e proteinados com qualidade superior. Temos hoje uma completa assessoria técnica nutricional disponibilizando gratuitamente aos nossos clientes, análises bromatológicas de todos os alimentos utilizados na fazenda”, explica Vanderlei. Um dos diferenciais da empresa é a assessoria completamente gratuita. “Comprando um produto nosso, o cliente-produtor recebe toda a assistência necessária, por isso nosso slogan é este: USE os nossos produtos e ABUSE de nossos serviços”, informa Vanderlei. De acordo com o médico veterinário, Rodrigo Megda, a assistência consiste também em formular dietas para incrementar a produção de leite ou de carne, auxiliar na compra de matéria-prima, além de analisar as pastagens e silagens, entre outras necessidades. A empresa, continuamente atenta ao que há de mais moderno na suplementação mineral, sempre está presente em pa-

O gerente de faturamento da empresa, Gileno Isaías de Souza, o médico veterinário, Rodrigo Megda, um dos sócios da empresa, João José Stockler e o gerente administrativo, Vanderlei Marques da Silva.

lestras e no trabalho de reciclagem com seus funcionários. Além disso,conta com parcerias relevantes, como a firmada com a Fesp (Fundação de Ensino Superior de Passos). Conforme Rodrigo, a FESP faz todas as análises dos suplementos acabados e também das matérias-primas. “Nossa matériaprima só vai para a produção após o resultado desta análise”, disse o veterinário. A Salutti lança no mês de maio, a 1ª linha de Produtos Super Premium para Suplementação no Brasil. É uma linha com produtos de alto valor biológico que maximizará a produção de carne e leite. A empresa também está em processo de implantação do Programa Boas Práticas de Fabricação (BPF) do SindRações. O BPF apresenta normas que são auditadas pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Com todos esses investimentos, a empresa, que é filiada a ASBRAM (Associação Brasileira de Indústria de Suplementos Minerais), pretende oferecer a seus clientes produtos com qualidade garantida por órgãos competentes.

Investindo em qualidade e tecnologia, a Salutti Complexos Minerais sempre esteve ao lado dos pecuaristas nesses 30 anos de história. Fiel à sua vocação de empresa pioneira, ela desenvolve produtos de alta tecnologia, buscando atender às necessidades de um mercado cada vez mais exigente, com soluções seguras e confiáveis, contribuindo, assim, para que o Brasil possa firmar-se como o maior exportador de carne do mundo; carne esta produzida com segurança e respeito ao meio ambiente.

Produtos da Salutti A Linha Branca é uma linha de novos suplementos minerais cujas formulações contêm apenas sais minerais, macro e microelementos. Esses suplementos não contêm qualquer tipo de farelo. São suplementos prontos para o consumo, devendo ser fornecidos sem mistura, à vontade em cocho saleiro. A expectativa de consumo pode variar de 70 a 150 gramas dependendo da pastagem, idade, raça e época do ano. A Linha Nucleada é composta por produtos cujas formulações contêm macro e microminerais, farelos proteicos e energéticos e, eventualmente, ureia, além de aditivos. São produtos que não se encontram prontos para uso, devendo antes ser misturados conforme indicação. A Linha Proteinada é a linha de suplementos proteicos energéticos cujas formulações contêm macro e microminerais, ureia ou amireia, farelos proteicos energéticos, além de aditivos. São produtos prontos para o uso, devendo ser fornecidos à vontade em cocho saleiro. O consumo pode variar dependendo da época do ano, idade dos animais, condições de pasto e clima.

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Equinocultura

O Haras Raphaela, situado na divisa entre Porto Feliz e Tietê, interior de São Paulo, foi adquirido em 2007 por Rose e Dirley Rugolo como um local de treinamento para as filhas. O casal, incentivado pelo desempenho e dedicação de Carol e Louise ao rodeio, não mediu esforços para oferecer a elas a melhor estrutura possível para os treinos na modalidade dos 3 Tambores, que praticam desde

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A família Haras Raphaela: Dirley, Rose, Louise e Carol

Em 2009, Rose e Dirley inauguraram em grande estilo o Haras Raphaela, juntamente com o 1º Grand Prix Haras Raphaela 3 Tambores, que hoje, em sua 4ª edição, é considerado a maior prova de 3 Tambores da América Latina. Oferecendo premiação jamais vista e uma infraestrutura de primeiro mundo aos competidores, proprietários, público e patrocinadores, a competição quebrou todos os recordes de inscrições, animais em pista, baias locadas e público presente, tornando-se um divisor de águas para o esporte e para as raças envolvidas. No início da criação, o casal Rugolo contava apenas com alguns animais, dos quais já se destacava o garanhão Appaloosa Cutter Exocet Lee, fiel companheiro de Carol. Já Louise formava um belo conjunto com as éguas Quarto de Milha Kit Doc G e Vivid Apollo, juntos trouxeram muitas alegrias para a família Rugolo, vencendo as principais provas e rodeios do Brasil, entre eles Rodeio de Barretos, Americana e Jaguariúna, além do Campeonato Nacional ABQM, Campeonato Nacional Appaloosa, Grand Prix Haras Raphaela, entre outros. Participantes ativos estão sempre unidos nos principais Eventos da modalidade, tor-

cendo, prestigiando e fomentando o esporte nestes 9 anos de amor aos 3 Tambores. Atualmente Louise compete com o Garanhão Sarambu Chicks RT e Carol continua acumulando prêmios com Cutter Exocet Lee, entre outros animais do Haras que despontam nas pistas. Em 2010, a família abriu novos horizontes e objetivos com a aquisição dos animais Etna a Fit VM, em condomínio com Stud EM e Royal Dash Tooll Car, estreando com vitórias e recordes nas pistas de corrida. Motivado pelos excelentes resultados alcançados, além de montar uma renomada equipe de competição, na qual seus animais são considerados verdadeiros atletas, o Haras Raphaela traçou seus objetivos investindo na formação de um plantel que busca a excelência na base genética, focando nas principais linhagens nacionais e internacionais, selecionando e adquirindo ao longo destes 4 anos de existência, as melhores matrizes e coberturas dos mais destacados garanhões da atualidade, fazendo jus ao seu Slogan “Aqui nascem as Estrelas”, formando uma verdadeira constelação de campeões com 140 animais.

Haras Raphaela aqui nascem as estrelas


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Hoje com 35 alqueires, o Haras conta com 2 pavilhões no total de 38 baias, redondel e rodador elétrico cobertos, laboratório completo, equipe | março maio/junho | abril2012 2012

veterinária e todos

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os requisitos necessários para o desenvolvimento de suas Estrelas


Após estes anos de criação, o haras lançou seus 2 garanhões comprovados em pista, sendo Royal Dash Toll Car AAAT – 103 “O Campeão dos Campeões”, recordista nas pistas de corrida e líder das estatísticas de 2011 no Jockey Club de Sorocaba, acumulando em seu currículo 10 vitórias, e Sarambu Chicks RT “O Fenômeno dos 3 Tambores”, um dos melhores cavalos em atividade, sendo Tricampeão do Grand Prix Haras Raphaela, prova mais disputada da modalidade e Reservado-Campeão Nacional ABQM, possui Registro de Mérito Classes Amador e Aberta e Registro Superior de Mérito 3 Tambores Amador e Aberta, acumulando 146.50 pontos. Com todo este investimento para gerar um Plantel da melhor qualidade, deu-se o maior passo que um criatório pode almejar, realizando em 2012 o 1º Leilão Haras Raphaela Show de Estrelas & Convidados, durante o 4º Grand Prix Haras Raphaela. Uma noite emocionante na qual a família Rugolo compartilhou com os presentes um pedaço desta história, construída com muito amor, dedicação e respeito aos animais. O resultado não poderia ser mais satisfatório, o Leilão atingiu a média de R$ 54.600,00.

Louise Rugolo montando Vived Apollo

Hoje com 35 alqueires, o Haras conta com 2 pavilhões no total de 38 baias, redondel e rodador elétrico cobertos, laboratório completo, equipe veterinária e todos os requisitos necessários para o desenvolvimento de suas Estrelas. Seu Recinto possui área coberta de 8.840 m², contendo pista oficial iluminada de 90m x 40m, paddock de 30m x 40m, arquibancada com cadeiras individuais para mais de 600 pessoas, secretaria e juria ligadas em rede, praça de alimentação completa com cozinha industrial,

banheiros e vestiários, sala de TV, acesso para cadeirantes, e na parte externa pavilhões com 202 baias de alvenaria, espaço para montagem de mais de 1.200 baias pré-montadas, 2 pistas de aquecimento iluminadas, conveniência e o novo espaço para eventos sociais, o Raphaela’s Hall, medindo 1.690 m² é ideal para Shows, Leilões, entre outros. O Haras Raphaela, que em tão pouco tempo se tornou referência mundial, pode ser definido como a mistura de empreendedorismo e amor aos cavalos.

Carol montando Cutter Exocet Lee

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Artigo | maio/junho 2012

Fotos: Fábio Cabrera, Gerson Verga, Leandro Nascimento e Miguel Oliveira/ABQM

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O 22º Congresso Brasileiro da Raça Quarto de Milha, ocorrido de 16 a 22 de abril, em Avaré/SP, além de registrar 4,6 mil inscrições (4,2 mil pela ABQM e mais de 400 na AQHA), superando em 18% o evento de 2011 (3,9 mil inscritos), foi representado por aproximadamente 1,8 mil animais somente destinados às provas. Segundo o Departamento de Esportes, esse número representou a participação de cerca de 1,2 mil competidores, que vieram de quase todo o Brasil. “A satisfação é grande, pois o Congresso foi elogiado pela maioria dos participantes brasileiros e por todas as

delegações estrangeiras, atingindo totalmente nossas expectativas, pois vem ao encontro das ações que estão sendo implantadas por nossa diretoria”, enalteceu o presidente Paulo Farha. Segundo ele, uma das ações foi a inauguração de mais uma pista coberta, com estrutura metálica construída totalmente com recursos da ABQM, o que proporcionou mais conforto e segurança a todos os quartistas presentes ao evento. “E aproveito para informar que a terceira arena - a segunda construída integralmente com recursos da Associação -, estará pronta em julho para o Campeonato Nacional”, informou orgulhoso Farha.

Latin American reuniu competidores de oito países Paulo Farha enalteceu também a participação de várias delegações estrangeiras: “Para satisfação de nossa diretoria e de todos os quartistas, entre as atrações do evento tivemos 1º Latin American Quarter Horse Championship, oficializado pela AQHA. Foi mais um marco para a história da raça, recebendo delegações de oito países, que disputaram provas em várias modalidades”. Esse evento internacional, organizado pela ABQM e promovido pela


Congresso

ABQM

projeção internacional por Abdalla Jorge Abib

Além da programação do Congresso, a ABQM realizou o 1º Latin American Quarter Horse Championship, com a oficialização da AQHA, e inaugurou mais uma pista coberta

American Quarter Horse Association (AQHA), contou novamente com a presença do Diretor Internacional da AQHA, David Avery, que desta feita veio acompanhado de outros dirigentes da Associação norte-americana como Johanas Orgeldinger (ex-presidente) e a esposa Astrid, Tom Persechino (diretor Executivo de Competições – responsável pela integridade dos animais), Bette Berge (gerente Sênior do Departamento Internacional) e Heberto Gutierrez, todos assessorados pelo diretor Internacional, Kenny Knowlton. Incluindo os competidores brasileiros, o evento passou das 250 inscrições, com 60 delas feitas pe-

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Incluindo os competidores brasileiros, o evento passou das 250

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inscrições, com 60 delas feitas pelos participantes das seguintes

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delegações internacionais: Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Panamá, Paraguai, Uruguai e Venezuela, que disputaram o título inédito nas modalidades de Apartação, Ranch Sorting, Rédeas, Seis Balizas, Team Penning e Três Tambores.


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Leilões totalizaram R$ 9,6 milhões O mercado da raça esteve também aquecido durante a programação do evento, com a tradicional realização dos leilões. Neste ano, os cinco leilões realizados, todos apoiados pela ABQM, apuraram a receita geral de R$ 9,6 milhões, sendo que desse valor, R$ 8 milhões foi referente aos 218 animais licitados e mais R$ 1,6 milhão com a venda de cotas de coberturas ou coberturas individuais nos seguintes pregões: Four Friends; Atalla; Haras Fanton; Select Sale; e ZD & EK. los participantes das seguintes delegações internacionais: Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Panamá, Paraguai, Uruguai e Venezuela, que disputaram o título inédito nas modalidades de Apartação, Ranch Sorting, Rédeas, Seis Balizas, Team Penning e Três Tambores. Trabalhando em conjunto com os profissionais brasileiros, o evento contou com a participação de três juízes norte-americanos, enviados pela AQHA: Joe Carter, Mike Jennings e Don Topliff.

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Os eventos foram vistos em 346 cidades brasileiras e 19 países

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Além da Revista Quarto de Milha e o Site da ABQM, a festa quartista foi transmitida diariamente, ao vivo, por importantes órgãos de imprensa. Segundo informações do servidor onde está hospedado o site do Horse Brasil, foram computados acessos em 346 cidades, com 14.301 visitantes em vários estados, além de 19 países representados por 634 visitas. Outro meio de divulgação, o Facebook da ABQM, fechou a semana do evento computando 16.385 acessos. O Canal Rural, também proporcionou ampla cobertura jornalística exibindo em sua grade de programação inúmeras gravações das provas. Estiveram ainda presentes outros veículos, como a Band Rural (Presidente Prudente/SP), TV Tem (Afiliada Rede Globo - Itapetininga/SP), o Agro Canal/Canal do Boi, que fez ampla

cobertura dos leilões durante o Congresso. O evento também teve grande repercursão nos órgãos de imprensa locais, da cidade de Avaré/SP, estiveram presentes as rádios Interativa FM e Paulista FM; os jornais Sudoeste do Estado, Oeste Notícias, A Comarca e Folha de Avaré; além dos jornais eletrônicos A Bigorna e o Jornal do Ogunhe. De outras regiões fizeram-se presentes o Jornal Cidade de Bauru, Diário de Sorocaba, Cavaleiro News, Agrovalor, além das revistas Horse, Tambor e Baliza, Western Magazine, Terra Boa Agronegócios entre outros.

Acompanhe os resultados completos acessando o site: www.abqm.com.br ou entre em contato pelo tel.: (11) 3864-0800


Allan Franรงozo

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Morango alternativa de produção na Zona da Mata Mineira Buscando diversificar a produção em Lima Duarte, Zona da Mata Mineira, a EMATER (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais) em parceria com a prefeitura e a Cooperativa União da Mata, implantou uma Unidade Demonstrativa de fruticultura para estimular a produção de morangos. Em menos de um ano, a atividade atraiu outros produtores que já apostam no cultivo da fruta e acreditam nos bons resultados econômicos da nova atividade.

Em Lima Duarte, a Unidade Demonstrativa foi implantada em agosto de 2011. A colheita foi iniciada dois meses depois. Até abril de 2012, a lavoura produziu duas toneladas de morango, resultado excelente segundo análise da Emater. De acordo com o extensionista da empresa Abmael de Lélis Saraiva, o município oferece boas condições para o desenvolvimento da cultura. “O clima é bom para o plantio de morango, pois temos regiões mais frias de até 1,686 metros de altitude, o que favorece o cultivo da fruta”, diz. Com um ciclo de produção rápido, cerca de 70 dias, o plantio de morangos


traz resultados quase que imediatos para os produtores. Na Unidade Demonstrativa, implantada na fazenda do produtor Jadelbo Júnior, foram plantados três mil pés de morango da variedade Sant’Andreas. Apesar de recente, a lavoura se tornou uma opção de renda para Jadelbo. O morango cultivado por ele é vendido a escolas do município. Com os bons resultados, o produtor já pensa em ampliar a lavoura. “Eu pretendo comercializar a produção de morango da minha propriedade em outras localidades como Rio de Janeiro e Juiz de Fora”, afirma. Segundo Abmael, as mudas são importadas do Chile para garantir a sanidade da lavoura. Além da Sant’Andreas a variedade Camino Real também é utilizada pelos produtores, com bons resultados na região. A experiência com a Unidade Demonstrativa estimulou outros produtores a investirem na cultura do morango.

Entre eles, três são da agricultura familiar. O pecuarista José de Oliveira, até pouco tempo, não pensava em trabalhar na atividade. Mas, hoje, pensa diferente. “Eu optei pelo morango, porque acredito que seja uma forma de agregar valor à minha propriedade e que me dê um retorno rápido. Espero que, daqui a um tempo, seja o carro-chefe da propriedade”, afirma João de Oliveira. Para o técnico da Emater-MG, Abmael Saraiva, o cultivo do morango ajuda também na diversificação das propriedades do município, que têm a pecuária leiteira como principal atividade. “A cultura do morango é mais uma opção de renda e possibilita aos produtores entrarem em novos mercados”, afirma o extensionista. Próximo a Lima Duarte, em Alfredo Vasconcelos, a cultura do morango é o carro-chefe da economia do município.

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Tecnologia e Informação para o produtor Rural A empresa Porto Mineiro de Grãos, especializada na armazenagem e beneficiamento de grãos, promoveu o II Show Tecnológico, na Fazenda Santa Rita, município de Formiga/MG, no dia 30 de março. Com área de abrangência de 30 municípios, a empresa mineira investe na capacitação dos produtores rurais com foco no fortalecimento da cadeia produtiva. Durante o evento, palestras, visitas a campos demonstrativos, exposições de máquinas e implementos agrícolas, venda de insumos e sementes foram algumas das atividades que movimentaram a Fazenda Santa Rita. Para o especialista em plantio de soja e consultor da Porto Mineiro de Grãos, Edivandro Corte, o grande desafio dos produtores é a alta produtividade. Ele também implanta na região tecnologia já desenvolvida no Mato Grosso, com o plantio da safrinha, para valorizar a área. Segundo Edivandro, a expectativa é a de atingir 80 sacos de soja por hectare. Para isso, a irrigação é um fator primordial para alcançar esses índices. Com as novas tecnologias e com variedades cada vez mais precoces é possível

aproveitar melhor a área com a produção de milho em até 110 dias. Para o produtor paulista, Levy Suppioni, que tem terras em Formiga, a parceria com a Porto Mineiro de Grãos facilita muito o trabalho do produtor. Presente no evento para conhecer as novidades do setor, o produtor informou que planta sempre o que há de melhor no mercado. Esse ano em 1.400 hectares ele colheu 200 mil sacas de mi-

lho, para atingir essa meta, usa alta tecnologia. No Show Tecnológico destacou a automação dos maquinários, o que facilita o plantio e a colheita. Para mostrar todas essas novidades para os produtores, a Porto Mineiro de Grãos firmou parceria com 11 empresas. A movimentação, ao longo do evento, deixou os vendedores realizados. O evento foi encerrado com palestra do ex-ministro da agricultura Roberto Rodrigues, que mostrou as tendências do mercado de grãos.


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