Revista Tela Viva 223 - Jan/Feve 2012

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televisão, cinema e mídias eletrônicas

ano 21_#223_jan/fev2012

os reis das telas

Sistemas operacionais da Apple, Android e Windows se apresentam para unificar os serviços entre TV, tablet, games e smartphones Evento Canais hispânicos são destaque no evento da NATPE

Regulamentação Serviço de acesso condicionado entra na etapa final de debates


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O primeiro canal HD dedicado ao cinema independente brasileiro. Longas, curtas, médias, documentários e mini-séries. Exclusivamente conteúdos produzidos nos últimos 12 anos. Canal disponível em HD, SD e ON Demand. Adequado à Lei 12.485/2011 (Art. 17, § 4º e §5º).

Sessão Prime Box

Os filmes brasileiros de maior destaque você assiste na Sessão Prime Box, sempre às 22h. Filmes em destaque: Olga, Memórias Póstumas, Lavoura Arcaica, Extremo Sul, Cartola, O Preço da Paz, Estamira, A Alma Roqueira de Noel, Mãe e Filha, entre outros.

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+ Cinema com Rubens Ewald Filho Com a estreia prevista para os próximos meses, o programa irá destacar a qualidade da nova safra da produção para cinema, TV e Internet brasileira e trazer aspectos incomuns dos bastidores do mercado audiovisual, festivais e estreias de filmes nacionais.

PROGRAMAÇÃO ESPECIAL: CINEMA, MÚSICA e TURISMO Em sua primeira fase, o Prime Box Brazil abriga também conteúdos de música e turismo brasileiro, dando uma amostra dos canais que virão em 2012. Music Box in Concert

Os melhores shows brasileiros estão no Music Box in Concert.

Box Brazil - Programadora Brasileira Independente Multiplataforma A BOX BRAZIL é a primeira programadora independente multiplataforma, 100% brasileira, dedicada à exibição, distribuição e difusão de conteúdo audiovisual nacional, na TV, Celular, Mobile, Internet e TVs Conectadas.

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Foto: marcelo kahn

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ma das informações mais instigantes da CES 2012, feira da indústria de eletrônica de consumo que aconteceu em janeiro em Las Vegas, foi a de que este ano serão vendidos mais tablets que TVs nos EUA. Não é tão difícil de entender. A base instalada de TVs no país é muito grande, e muitos usuários trocaram seus aparelhos nos últimos anos por modelos de tela fina e alta definição. Por sua vez, os tablets são uma novidade mais ou menos recente e muitos americanos estão comprando seus primeiros aparelhos, incentivados pelo lançamento de modelos mais baratos como o Kindle Fire, da Amazon, que foi o produto mais vendido no último Natal no país. Ainda assim, a notícia tem seu peso simbólico. Afinal, nenhum país é tão ligado à sua televisão quanto os EUA. Ela reflete também outro fenômeno: as vendas de TV vêm caindo ano a ano no país, quadro que a indústria acredita que só vá se reverter na segunda metade da década. Se ainda não é possível chamar a TV de plataforma em decadência (longe disso), também não se pode negar que ela vai dividir espaço, tempo e verbas com outras telas, em especial os tablets, smartphones e consoles de games. Não é à toa, como se vê na matéria de capa desta edição, que as gigantes do mundo da mobilidade, Apple, Google e Microsoft, estão estendendo suas plataformas para o mundo do vídeo. Embora a Apple não participe oficialmente da feira (a empresa não tem estande e nem manda seus executivos para os painéis de debate), sua estratégia foi debatida em quase todos os painéis. Era uma presença invisível. O simples rumor de que a empresa californiana estaria para lançar sua TV era suficiente para gerar grandes debates sobre o futuro das TVs conectadas. O Google, com sua Google TV e o Android para TVs, e a Microsoft, com seu Windows 8 e a interface Metro, foram os outros dois destaques da convenção. Os fabricantes de TV vêm apostando na evolução técnica para melhorar a performance de vendas de seus aparelhos. Na CES foram demonstrados modelos de telas 2k e 4k, de altíssima definição, televisores 3D que dispensam o uso dos incômodos óculos (mas que ainda não chegaram em um nível confortável de experiência para quem assiste), TVs conectadas em redes wireless, maiores, mais bonitas, com menor consumo de energia etc. Aparentemente, nada disso tem seduzido o consumidor americano. A chave da questão foi colocada em um painel com os principais fabricantes para discutir o futuro da TV conectada. E a conclusão, nada surpreendente, é que o que vai fazer toda a diferença é o conteúdo. As pessoas não compram gadgets. Elas compram conteúdo, comodidade, conveniência. Está ficando claro que quem vai conquistar o consumidor é quem oferecer a melhor combinação destes atributos. E todos, inclusive a televisão, estão no páreo por estas fatias cada vez mais fragmentadas do bolso e da atenção dos consumidores.

ilustração de capa: editoria de arte converge/Sielan/ CLIPAREA l Custom media/shutterstock

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(índice ) 14

Mercado

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Scanner

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Figuras

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CES 2012 aponta para a convergência da TV com o game, o celular e o tablet

( cartas)

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Produção Muito boa a entrevista com Fernando Meirelles e Andrea Barata Ribeiro. A O2 está de parabéns, não só pelos seus 20 anos, como também pela qualidade do serviço que realiza. Fico curiosa para saber o trabalho que vem pela frente. Maria do Carmo de Souza, Rio de Janeiro, RJ

Regulamentação

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Audiência

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Evento

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Programação

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Making of

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Cinema

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Case

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Tecnologia

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Upgrade

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Agenda

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Ancine é criticada por flexibilização da definição de empresa controlada e excesso de regras

Discussões mais quentes da Natpe 2012 têm foco no mercado internacional

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TV por assinatura Pertinente a matéria sobre a falta de especialização de alguns canais da TV paga. Parece não fazer diferença se a TV paga oferece 100 canais ou 200. A maioria se parece muito, ou então repete os mesmos filmes o tempo todo. A especialização não é ruim, ela é característica da TV por assinatura e deveria ser abraçada pelos canais. José Luis de Azevedo, de São Paulo, SP

Negociação emperra distribuição do Fox Sports em plena Libertadores

Bilheteria e público crescem no Brasil em 2011, mas títulos nacionais não conseguem superar performance do ano anterior

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Longa da O2 inaugura modelo de geração de material publicitário para patrocinadores GRPCOM entra no mercado de serviço de produção com unidade móvel HD

Tela Viva edita as cartas recebidas, para adequá-las a este espaço, procurando manter a máxima fidelidade ao seu conteúdo. Envie suas críticas, comentários e sugestões para cartas.telaviva@convergecom.com.br

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( scanner ) FOTOs: divulgação

( xxxxxxxxx) Mundo móvel

“Vovó Tána Cozinha”, série da Animatório para o público pré-escolar.

Nova galinha A Animatório está desenvolvendo um projeto de série musical para o público pré-escolar. Nos moldes do hit “A Galinha Pintadinha”, “Vovó Tána Cozinha”, mistura técnicas de animação e está sendo feita com recursos próprios da produtora. O lançamento aconteceu primeiro nas redes sociais, no Facebook e no YouTube. A ideia, segundo o sócio Paulo Santiago, é provar a audiência e gerar publicidade para os próximos episódios. O objetivo é levar a série para a TV ou diretamente para o DVD. Outros projetos de conteúdo entre séries, interprogramas e curtasmetragens estão sendo desenvolvidos na casa.

Doc musical O canal Vh1 estreia em 22 de maio a série de documentários “Música.doc”, que mostra os bastidores do trabalho de novos talentos da música brasileira. O programa é uma coprodução entre o canal e a Migdal Filmes, e terá, inicialmente, cinco episódios de 52 minutos cada. Entre os artistas convidados estão Tiê, Cidadão Instigado, Tulipa Ruiz, Marcelo Jeneci, Bárbara Eugênia, Vanguart, Ana Cañas e Thiago Pethit.

A Maurício de Sousa Produções, em parceria com a produtora Doubleleft, lançou o aplicativo Quero Ser Turma da Mônica, para iPad, iPhone e iPod Touch. Com o aplicativo, é possível criar avatares de personagens e compartilhar nas redes sociais (Facebook, Orkut e Twitter). Quero Ser Turma da Mônica é gratuito e está na App Store desde o dia 12 de janeiro. Já foram feitos mais de 30 mil downloads, somando países como Brasil, EUA, Itália, França, Portugal, Japão, China, México, Espanha, Uruguai e Arábia Saudita. As produtoras estudam o lançamento de novos aplicativos. Outra iniciativa da Maurício de Sousa Produções para as plataformas móveis foi o aplicativo Turma do Penadinho, para os tablets da Samsung. O conteúdo, disponível gratuitamente para aparelhos Android, traz jogos, histórias e vídeos

Turma do Penadinho para tablets da Samsung é uma parceria da Maurício de Sousa Produções com a Digital 21.

do núcleo da Turma da Mônica que inclui, além do Penadinho, outros personagens como Alminha, Cranicola, Dona Morte, Frank, Lobisomen, Muminho, Pixuquinha, Zé Finado e Zé Vampir. O aplicativo, desenvolvido pela Digital 21, traz a primeira história em 3D produzida para a Samsung.

Logomarca do canal infantil da Globosat.

Brincadeira A área de criação de arte da Globosat desenvolveu a identidade visual e o logo do primeiro canal infantil da programadora, o Gloob. A marca teve como inspiração brinquedos voltados para crianças entre 5 e 8 anos, público-alvo do canal. O resultado tem o nome Gloob nas cores azul, amarelo, verde, roxo e rosa, em formas geométricas e sólidas, como os brinquedos de blocos lógicos de madeira. O canal, comandado por Paulo Marinho, será lançado no primeiro semestre. 6

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O Grupo Editorial Summus lançou o livro “Como Fazer Documentários – Conceito, Linguagem e Práticas de Produção”, livro do documentarista e professor Carlos Lucena. O livro aborda temas como linguagem do documentário, montagem da espinha dorsal do filme, som direto, imagens e divulgação do filme na Internet. Um dos capítulos explora a influência do gênero na ficção brasileira. O Grupo Editorial Summus lançou “Como Fazer Documentários – Conceito, Linguagem e Práticas de Produção”. j a n / f e v 2 0 1 2

Ilona Baha/shutterstock

Documentário


ayzek/shutterstock

Acervo online A produtora carioca Tv Zero lançou o site www.tvzeroon.com e disponibilizará parte de seu acervo de imagens para venda online. Já estão disponíveis 1093 vídeos que somam mais de dez horas de filmagens. O material foi registrado em diversas filmagens para cinema, TV e publicidade, realizadas ao longo de 20 anos de existência da produtora, com destaque para imagens atuais e raras do Rio de Janeiro, feitas com câmeras HD (high definition). Inclui tomadas aéreas, imagens de animais, de cartões postais de várias partes do mundo, esportes, entre outros. O site permite assistir os vídeos na íntegra antes de finalizar a compra, para que os compradores se certifiquem de que o material servirá a seus propósitos. Segundo Rodrigo Letier, produtor executivo da Tv Zero, a produtora planeja produzir material específico para este produto. Site reúne acervo de imagens da Tv Zero para venda.

Original

Mudança de lua

O Yahoo! anunciou durante a CES 2012 uma parceria com as produtoras Reliance Entertainment e Playtone, de Tom Hanks, para o lançamento da série animada “Eletric City”. Situada em uma sociedade futurista, “Electric City” é uma nova série de ação e aventura com ficção científica e duração de 90 minutos, que marca a estreia do Yahoo! na programação com roteiro original. “Electric City” é criada e estrelada por Tom Hanks. O programa será exibido para a audiência global do portal em várias sessões e em vários idiomas. Os espectadores poderão navegar de maneira não linear e saber mais sobre o mundo de “Eletric City”, assistir cenas exclusivas e participar de eventuais jogos e outros conteúdos relacionados à série. “Electric City” também terá versões em diversos dispositivos e será habilitada para tablet e TV conectada à Internet.

A Lua Branca, comandada por Rodrigo Gonzales e Átila Francucci, mudou de nome, estrutura e comunicação visual: agora é só Lua. A agência, que recentemente contratou Ricardo Polmon como diretor de negócios, anunciou novas contratações e a criação de duas novas áreas, a de comunicação corporativa, sob o comando de Luana Ribeiro (ex-A4 Comunicação), e a digital, liderada por André Finaga (ex-JWT Madrid). Para reforçar a equipe, chegam também a diretora de RTV/Art Buyer Anna Bohm (ex-Publicis), a produtora gráfica Sabrina Inui (ex-Mood) e o redator Bruno Godinho (ex-Africa).

Sabrina Inui, André Finaga, Anna Bohm, Átila Francucci, Rodrigo Gonzalez, Ricardo Polmon, Bruno Godinho e Luana Ribeiro.

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João Ramirez, que chegou ao Grupo Ink para comandar a nova unidade de negócios convergentes.

Nova área O Grupo Ink anunciou a chegada de João Ramirez como produtor associado e a criação da unidade de negócios convergentes (UNC), que terá a missão de identificar e desenvolver novas oportunidades de negócios para o grupo, por meio da sinergia entre suas empresas: Academia de Filmes, Base7 Projetos Culturais, Colmeia, IlegalFX e Margarida Filmes. A UNC atuará na formatação de conteúdos e projetos para todas as plataformas, inclusive mobile, licenciamento e distribuição. Ramirez é empreendedor e consultor de negócios digitais em TV, games sociais, comércio eletrônico, telefonia móvel e transmídia. Há mais de 17 anos no mercado online brasileiro, foi cofundador do ClickOn e do Migux, rede social brasileira líder no segmento infantil. O executivo teve passagens também pelo UOL, onde foi responsável pela TV UOL.

Parceria nacional A locadora online NetMovies e a distribuidora Elo Company fecharam uma parceria para a oferta de filmes brasileiros na plataforma de vídeo on-demand. A NetMovies terá um catálogo exclusivo de títulos nacionais distribuídos pela Elo. No pacote estão obras de diretores como Sérgio Bianchi (“Quanto vale ou é por quilo”, “Cronicamente inviável”, “Os inquilinos”, entre outros) e Alê Abreu, com títulos recém-lançados nas salas de cinema – como “Natimorto” e o luso-brasileiro “Embargo” entre outras. A parceria acontece pouco mais de um mês depois do lançamento do filme “CTRL+V”, distribuído pela Elo, que estreou nacionalmente via streaming da NetMovies.

Coletânea regional A RBS Publicações lança a coleção “Curtas Gaúchos”. São dois DVDs com 17 curtasmetragens das séries “Histórias Extraordinárias” e “Histórias Curtas”. As séries fazem parte do programa “Curtas Gaúchos”, que apresenta produções do núcleo de especiais da RBS TV de Porto Alegre. Os DVDs, que custam R$ 26,90, podem ser adquiridos pela loja online www.rbspublicacoes. com.br ou por telefone.

daboost/shutterstock

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Primeiro aplicativo para iPad do canal é o Closet GNT, com dicas de roupas e maquiagens

Na moda O GNT lançou seu primeiro aplicativo para iPad em janeiro, durante as principais semanas de moda do país. O Closet GNT traz dicas de roupas e maquiagem com a proposta de ajudar a usuária a decidir o que usar. O aplicativo tem trechos de programas como “Superbonita”, “Base Aliada” e “Vamos Combinar”, com dicas e tutoriais de especialistas. O aplicativo permite ainda que a usuária crie suas inspirações montando seus próprios looks. Em parceria com o site Fashion.me, as usuárias podem combinar roupas de lojas existentes (imagens disponíveis no aplicativo) e guardar suas melhores criações no closet. Todo o conteúdo será vinculado ao login da usuária e poderá ser compartilhado nas redes sociais (Twitter e Facebook) ou por e-mail. O aplicativo foi desenvolvido pela agência . Mobi e está disponível na Apple Store para download gratuito.

Apoio europeu A Cinevídeo assina a produção de um curta-metragem feito com o incentivo financeiro da União Europeia para o Centro Cultural Franco-Moçambicano, órgão incentivador do intercâmbio cultural. A obra mostra os bastidores e a realização de um espetáculo de rua produzido por artistas de Moçambique, França e Guiné-Bissau. O show, realizado nas ruas de Maputo, capital de Moçambique, foi um desfile com marionetes e máscaras gigantes, música e dança. A produção aborda também a criação dos bonecos e os ensaios do grupo. O curta-metragem será distribuído às emissoras de TV de Moçambique e Guiné-Bissau no primeiro trimestre de 2012. A Cinevideo estuda também a exibição na televisão brasileira. Documentário produzido em Moçambique pela Cinevídeo teve incentivo financeiro da União Europeia.

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FOTOs: divulgação

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A cantora Mallu Magalhães, em clipe que teve exibição nos cinemas.

Longa-metragem coproduzido pala BossaNovaFilms com produtoras argentina e chilena venceu a categoria World Cinema Dramatic Competition em Sundance.

Clipe no cinema

Prêmio

A Hungry Man, a Sony Music e a Mobz apresentaram o novo videoclipe da música “Velha e Louca”, da cantora Mallu Magalhães, no Kinoplex Itaim, em São Paulo. A iniciativa visa transformar o cinema em uma mídia para os videoclipes musicais, além de servir como um novo canal para as marcas. “Os anunciantes que desejarem poderão incluir as suas marcas antes ou depois do clipe, como um oferecimento”, explica André Porto Alegre, diretor da Mobz, empresa que desenvolve e distribui conteúdos especiais em cinema. O executivo da Mobz explica que, além das possibilidades para o mercado anunciante, a ideia é abrir as portas para o mercado produtor, que possui conteúdo e pode utilizar o cinema como mídia de distribuição. “As produtoras podem ‘empurrar’ o cinema, que é uma mídia onde o filme publicitário pode ter outro tratamento”, diz. Segundo Armando Ruivo, sócio e vice-presidente de negócios da Hungry Man Projects, trata-se de levar ideias para os clientes, com novos formatos, não apenas o de videoclipe. “Pode ser um evento, uma campanha, um programa. Temos três projetos em andamento este ano”, conta. O videoclipe de Mallu Magalhães teve produção da Hungry Man, com direção de Paulo Gandra, e entrou na programação em 13 salas Kinoplex pelo Brasil.

O longa-metragem “Violeta foi para o Céu”, uma coprodução entre a brasileira BossaNovaFilms, a chilena Wood Producciones e a argentina Maiz Producciones, foi premiado no Sundance Film Festival, nos Estados Unidos. O filme, dirigido por Andrés Wood, de “Machuca”, ganhou prêmio na categoria World Cinema Dramatic Competition. “Violeta foi para o Céu” retrata a vida e a obra de Violeta Parra, compositora, cantora e artista plástica, ícone do folclore e cultura do Chile, interpretada pela atriz Francisca Gavilána. O filme deve ser lançado no Brasil em maio deste ano, com a distribuição da Imovision.

Sob demanda “Leonard” faz parte do pacote de conteúdo para adolescentes e pré-adolescentes que a BBC Worldwide comercializou com a HBO.

Audiência jovem A BBC Worldwide Sales & Distribution e a HBO Latin America fecharam uma parceria referente a uma coleção de séries concebidas para adolescentes e préadolescentes. Segundo a vice-presidente de vendas e distribuição de TV da BBC Worldwide Latin America, Helen Jurado, os canais latino-americanos têm buscado a atenção da audiência mais jovem e esta área é uma tendência. O pacote inclui séries como “Sadie J”, “Leonardo”, “Strike Back” e “Later...with Jools Holland”, que serão transmitidas no Brasil. 10

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A Sky apresentou seu serviço de “locadora virtual”, o Sky Online (www.skyonline.com.br). Aberto inicialmente apenas aos assinantes do serviço de TV, ele oferece as modalidades de compra, aluguel ou assinatura de filmes e séries por meio de banda larga. O serviço é gerenciado pela plataforma de distribuição da Truetech, mas a negociação de licenciamento dos títulos é feita pela própria operadora, que mantém um relacionamento histórico com os distribuidores. Inicialmente os vídeos poderão ser vistos apenas em computadores. O Sky Online começa com uma biblioteca pequena se comparada a outros serviços de VOD, cerca de mil títulos, focada principalmente em blockbusters. A janela de exibição deve ser semelhante à existente para o pay-per-view e o vídeo on-demand. A operadora conta também com conteúdos gerados por seus parceiros de pay TV, como a ESPN, que fornecerá conteúdos de seu serviço de TV everywhere ESPN360, da Band, de quem comprou recentemente algumas séries e futuramente da HBO, com o HBO Go, do Telecine e da Globosat, com o Muu. O serviço é o primeiro do gênero oferecido por uma operadora do grupo DirecTV no mundo. •

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Fotos: divulgação

( figuras) Afiliados

Sócio

A Turner promoveu Simoni Sobelman ao cargo de diretora de vendas para afiliados. Com 12 anos de casa, a profissional passou pelos cargos de assistente de vendas, coordenadora e gerente, tendo como responsabilidade a negociação para a distribuição dos canais da Turner e a fidelização de clientes. Com sua nova atribuição, ela continuará gerenciando as contas de afiliadas da Turner e também participará de negociações panregionais. Como parte de seu trabalho, Simoni cuidará, também, das vendas para a CNN Broadcast e Newsource para o Brasil.

Carlos Nascimbeni junta-se à equipe da Cinevideo como sócio e diretor artístico do escritório de São Paulo. O profissional, que tem experiência em programas de teleducação com trabalhos como “Telecurso 2000”, da Globo, e “Mãos a Obra”, do Canal Futura, realizará seu primeiro trabalho pela produtora na África. Ele dirigirá as filmagens de um documentário sobre a história de quatro mulheres africanas sob a perspectiva do poder que exercem em suas áreas de atuação. O resultado deve chegar à TV brasileira ainda no primeiro semestre deste ano.

IAB

Atendimento

O diretor de operações da iProspect Brasil, Fabio Rowinski, é o novo presidente do Comitê de Search do IAB Brasil. O executivo assume o cargo a partir de janeiro e substitui André Zimmermann, da Havas Digital, que passa a presidir o Comitê de Agências da entidade.

Foto: marcelo kahn

A Leo Burnett Tailor Made reforçou a área de atendimento com a contratação de três profissionais: Kátia Simonato (ex-FutureBrand), gerente de conta, Andrea Ferreira (ex-Grupo RAI), nova Márcio Trevizani, Kátia Simonato e supervisora de conta e Andrea Ferreira Márcio Trevizani (ex-Z+Comunicação), executivo de conta, que chegam à agência para integrar o núcleo liderado pela diretora de conta Juliana Seabra, no departamento do VP de Operações e Atendimento Pablo de Arteaga.

Comercial A diretoria comercial da Globosat contratou Débora Rocha para o cargo de executiva sênior com foco no atendimento do mercado do Rio de Janeiro. A profissional, que tem passagens pela Editora Abril e pela Editora Globo, integrará o núcleo de vendas dirigido ao Rio de Janeiro e demais regiões do Brasil, exceto São Paulo. Esta área se reporta a Fred Müller, diretor executivo comercial da Globosat, e é dirigida por Eduardo Salvador.

Superintendente

André Barbosa, que durante oito anos ocupou a assessoria especial da Casa Civil, passa a integrar a equipe da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Barbosa será o superintendente de suporte da EBC, responsável, entre outras atividades, pelo projeto de operador de rede da TV digital pública. Barbosa foi um dos principais articuladores da escolha do padrão japonês de TV digital, ainda no governo Lula, e depois contribuiu ativamente para a criação do software de interatividade nacional, o Ginga, e para a expansão da TV digital no País.

Quinteto A Lew’Lara\TBWA anunciou três novas contratações e a promoção de dois profissionais. Maureen Gonzales (ex-Wunderman) chega à agência como diretora de contas digitais, atualmente composta pela executiva Stefane Rosa e pela gerente de projetos Marina Sala. Thiago Barioni (ex-Matos Grey, Z+, Volkswagen e Hang Loose) é o novo supervisor de contas. Ele reforça o atendimento da Nissan. Já Cristiane Marinari (ex-Qg, Africa, JWT, Energia e Y&R). Além das contratações, a agência promoveu Kayode Adegeye à gerente de contas e Nicolas Camargo à assistente de atendimento do mesmo grupo de contas, comandado por Alexandre Baroni.

Publicidade O publicitário Luiz Nogueira assumiu a diretoria de Propaganda e Design da Central Globo de Comunicação. O executivo deixa a Guanabara Brazil Comunicação, agência que fundou em 2010. Com 35 anos de experiência, Nogueira tem passagens pelas agências Alcântara Machado, MPM e McCann Erickson.

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Operações

Marketing

O Grupo INK anunciou a chegada de Luize Oliveira à Margarida Filmes. Ela chega como diretora de operações, fazendo a interface entre a produção e a finalização. A profissional esteve por sete anos na Unilever como coordenadora de produção audiovisual para o Brasil. Além da contratação, o Grupo investe na Luize Oliveira empresa de pós-produção Ilegal FX, promovendo os profissionais da casa, Pedro Henrique Gebara, Fábio Cristiano e Roberta Lewis para as funções de finalização, criação e supervisão de efeitos especiais.

Gabriella Almendra assumiu o cargo de coordenadora de marketing do escritório São Paulo da Organização Jaime Câmara (OJC), grupo de comunicação do Centro-Norte brasileiro, formado por 26 veículos sediados nos estados de Goiás, Tocantins e Distrito Federal. A profissional, que já atuou na Asset Management da Sauípe S.A. e possui experiência em implementação de projetos e de planejamentos na Rede Anhanguera, conjunto de emissoras da OJC e afiliadas da TV Globo, é formada em economia pela Universidade Federal da Bahia e possui MBA em Marketing. Gabriella chegou à capital paulista para trabalhar no departamento comercial e estreitar o relacionamento da Organização Jaime Câmara com agências e anunciantes paulistas.

Hamilton Leão

A NBS contratou Hamilton Leão (ex-Lew’Lara\TBWA) como novo diretor de contas da agência na capital paulista. O profissional coordenará a equipe que atende Suvinil, SulAmérica e CBTD (Gradiente) e se reportará à Alexandre Grynberg, diretor de atendimento e operações da NBS em São Paulo.

Mobile O Yahoo! Brasil anunciou a contratação de Diego Higgins para o cargo de gerente sênior do Yahoo! Mobile. O executivo tem a missão de ampliar a distribuição de serviços e conteúdos móveis e o desenvolvimento de novos negócios no setor. Higgins acumulou experiências profissionais na Samsung, onde foi responsável pelos negócios digitais em serviços e conteúdos para celular, smartphones, tablets e Smart TVs na América Latina; e na Walt Disney Brasil, onde respondia pelo marketing estratégico e gerenciamento de produto dos lançamentos em DVD. Além disso, o executivo trabalhou na área de marketing da Columbia Tristar Buena Vista Filmes do Brasil.

Entretenimento A produtora FremantleMedia criou uma nova posição para desenvolvimento de entretenimento global e nomeou Rob Clark como diretor. Na direção de Global Entertainment Development, o executivo vai direcionar os esforços da empresa para a criação e aquisição de formatos de entretenimento internacionais, trabalhando com a rede da FremantleMedia no mundo todo. Antes de assumir o cargo, Clark era presidente de Worldwide Entertainment da FremantleMedia, posição que será ocupada por Trish Kinane, presidente interina desde 2011.

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Comunicação Viacom International Media Networks anunciou a nomeação de Julia Phelps como vice-presidente sênior de Comunicação Corporativa. Phelps supervisionará toda a comunicacão e a relação com a imprensa das marcas multiplataformas internacionais da empresa, que incluem a MTV, Nickelodeon, Comedy Central, BET, os canais nãopremium da Paramount Picture non-premium, Vh1, Viva, MTV HD, Colors, Game One e Tr3s. Phelps está na VIMN desde quando atuou como vice-presidente de Comunicacão Corporativa na Viacom Inc..

Anatel O conselheiro Jarbas José Valente é o novo substituto do presidente do Conselho Diretor da Anatel. Ele vai substituir o presidente João Rezende em suas ausências eventuais e impedimentos, conforme decreto da presidenta Dilma Rousseff. Também foram designados os superintendentes Marcus Vinicius Paolucci (Radiofrequência e Fiscalização), Roberto Pinto Martins (Serviços Públicos) e José Jarbas Valente Marconi Thomaz de Souza Maya (Serviços de Comunicação de Massa) para exercerem o encargo de substituto eventual de membro do Conselho Diretor da Anatel “em período de vacância que anteceder à nomeação de novo titular ou no caso de impedimento de conselheiro”. Miriam Wimmer, diretora do departamento de Serviços de Universalização do Minicom, foi designada para representar o Executivo no Conselho Consultivo da Anatel. Ela substituirá Rodrigo Zerbone, que renunciou ao cargo em função de sua ascensão ao Conselho Diretor da agência.

Foto: arquivo

Diretor de contas

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cobertura

( capa )

André Mermelstein e Samuel Possebon, de Las Vegas

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A batalha das telas CES 2012 mostra disputa entre as plataformas da Apple, Google e Microsoft pelos dispositivos do usuário, apostando na convergência entre TV, tablet, games e smartphones.

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editoria de arte converge/Sielan/ CLIPAREA l Custom media/shutterstock

convergência já havia chegado aos negócios e aos serviços. Agora é o momento da convergência na ponta final, nos dispositivos do usuário. Foi o que se viu na edição 2012 da CES - Consumer Electronics Show, maior evento do setor de eletrônica de consumo, que TELA VIVA acompanhou em janeiro, em Las Vegas. Um dos temas quentes do evento foi a transparência de plataformas entre os diferentes dispositivos, com três grandes sistemas, iOS (Apple), Android (Google) e Windows (Microsoft) se apresentando como as soluções para unificar os serviços entre as TVs, consoles de games, smartphones e tablets. A ideia que se apresenta é que no futuro próximo os aplicativos e serviços que funcionam hoje em um smartphone funcionarão também em um tablet, em um videogame ou na TV da sala. E mais: daqui para a frente, todos os dispositivos da casa tendem a estar conectados à rede, não só os devices de comunicação, mas até mesmo as geladeiras e lavadoras, cujos novos modelos vêm com Wi-Fi incorporado A Lenovo foi a primeira a lançar um aparelho de TV que funciona com um processador de smartphone, tem um sistema operacional de smartphone e permite o acesso aos aplicativos de smartphone. O software, nesse caso, é o Android, que hoje ganha cada vez mais espaço no mercado norte-americano e consagra o Google como um dos players fundamentais da indústria de telecomunicações. Internamente, a convergência com o mundo móvel se

dá por meio do processador Qualcomm Snapdragon. “Estamos chegando a um ponto em que a experiência demandada pelos usuários exige dispositivos conectados, e o Android é uma das plataformas com que as pessoas já estão familiarizadas”, diz Rob Chandhok, principal executivo da Qualcomm para a área de inovação, integração e software. Mas não foi apenas a Lenovo que fez esta aposta. A própria Microsoft, que tradicionalmente guarda a CES para fazer todos os seus grandes anúncios, utilizou o evento deste ano para reforçar a sua estratégia de tornar o console de videogame XBox e o sistema operacional Windows 8 as plataformas convergentes para serviços de vídeo, banda larga e interação. A estratégia da empresa passa por entrar no mercado de conteúdos overthe-top por meio do Xbox, através de parcerias com operadoras de banda larga e TV a cabo. Nos EUA, Verizon e Comcast já começam a utilizar o Xbox em alguns de

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seus serviços de vídeo, e no Brasil a Telefônica deve ser a primeira a adotar o conceito. O que a Microsoft ou os dispositivos com Android buscam é reproduzir em outras plataformas aquilo que as pessoas já estão começando a fazer com os smartphones e tablets: comando por voz e movimentos, aplicativos, sistemas de busca integrados e serviços em nuvem. A interface da Microsoft, chamada de Metro (em que os aplicativos são dispostos na tela do usuário como azulejos) é a mesma seja para o celular, seja para o XBox ou para o PC, e tudo, obviamente, depende de uma conectividade banda larga para acontecer de forma plena. E mesmo para aqueles fabricantes que ainda não integraram os dispositivos domésticos a plataformas como o Android, a conectividade é um pré-requisito.

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Smart TVs Um tema de destaque na CES foi o futuro da TV. Não do serviço, mas sim dos próprios aparelhos. Estudos da Consumer Electronics Association (CEA), entidade que promove o evento, dão conta de que a venda de TVs vem caindo nos EUA, e que novidades como o 3D e a TV conectada não têm sido suficientes para gerar um novo ciclo de reposição dos aparelhos. Em 2012, mostra o estudo, serão comercializadas mais unidades de tablets do que de aparelhos de TV no país. As informações são do diretor de análise da indústria da CEA, Steve Koenig. Isso se explica em parte pelo fato do mercado de TV já estar saturado, com grande penetração. “Os novos features, como 3D e TV conectada, não têm sido suficientes para fazer as pessoas trocarem os televisores que compraram há dois ou três anos, não têm apelo”, disse. “As pessoas não gostam dos óculos (3D) e

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há pouco conteúdo”, completou. Segundo ele, os “suspeitos” pela “morte” da TV são mesmo os tablets e smartphones. Foram vendidos 30 milhões de tablets em 2011 nos EUA, e a associação prevê que em 2015 as vendas anuais cheguem a 50 milhões de unidades. “É o produto de crescimento mais rápido da história da eletrônica de consumo”, conta Koenig, “e terá muito impacto sobre a venda de TVs”, completa. Ele lembra que no último Natal americano o Kindle Fire foi um dos presentes mais comprados. E estes tablets, segundo pesquisa da associação, são usados principalmente para o consumo de filmes, música, games e videoconferência, nesta ordem.

Mas, perguntados sobre o que desejam para o futuro, 44% dos pesquisados responderam que gostariam de acessar a Internet pela TV. 39% gostariam de ver suas fotos e outros conteúdos na TV, 24% querem videoconferência e 34% gostariam de ter jogos online na TV. “Mas isso pode ser feito também com set-tops e consoles, não necessariamente com TVs conectadas”, diz Koenig. Diante de tudo isso, uma discussão que não poderia ficar de fora dos debates da CES é a questão do espectro. Para Koenig, é importante que o governo norteamericano destine mais espectro para

3d e aplicativos não têm sido suficientes para reverter a queda na venda de tvs nos eua. Já os smartphones venderam 90 milhões de unidades nos EUA em 2011. A projeção para 2012 é de 100 milhões de unidades, e para 2015 serão 140 milhões anuais. A CEA pesquisou os hábitos de consumo dos usuários em relação a conteúdos de vídeo. A TV, neste cenário, ainda domina. 93% dos pesquisados usam a TV para ver... TV. Mas 49% das pessoas já usam o computador também como plataforma de vídeo. Em horas assistidas por semana, as TVs também ganham. O americano médio assiste a 6,6 horas de TV ao vivo ou gravada (DVR), contra 3,1 horas de DVD/Blu-ray, 2 horas de streaming de vídeo e 1 hora de vídeo digital (download). A sala ainda é o local preferido para o consumo de vídeo. 87% dos pesquisados assistem TV na sala principal, contra 50% no quarto e 11% na cozinha. Banheiro e garagem ainda foram citados por 3% como locais onde assistem TV. Apenas um terço das TVs conectadas estão efetivamente conectadas, ou seja, ligadas à Internet, conta Koenig, em contraste com 81% dos computadores e 74% dos smartphones.

a banda larga. E como quem está perdendo espaço são as TVs (na sua função de receptora dos sinais de radiodifusão, que fique claro), o natural é que esse espectro saia das emissoras de TV. TV na TV Parece óbvio, mas a principal conclusão de um painel sobre como fazer com que as pessoas se interessem mais pelas TVs conectadas foi de que as pessoas compram suas TVs para ver vídeo, e que este é o serviço que impulsionará as vendas dos dispositivos mais que qualquer outra aplicação. Para Tim Alessi, diretor de desenvolvimento de produtos da LG, a popularidade do dispositivo vem crescendo à medida que cresce a oferta de TVs com conexões Wi-Fi. “Conectar com o cabo de rede é mesmo difícil e requer conhecimento do usuário, que acaba não fazendo”, disse. Eric Anderson, vicepresidente de soluções de conteúdos e produtos da Samsung, concorda. “Muita gente ainda compra TV para ver TV”, disse. Mas discordou dos números apresentados pela CEA sobre o índice de

foto: divulgação

A LG também ampliou a oferta de televisores conectadas com capacidade para HTML 5 e Flash, o que abre maiores possibilidades de aplicativos desenvolvidos para o universo móvel rodarem no televisor, e até mesmo a implementação do Linux Ubuntu com o anúncio do desenvolvimento de uma plataforma para TV, o Ubuntu TV. O Linux puro como sistema operacional para dispositivos móveis, contudo, não tem espaço destacado, ainda que seu código esteja por trás do Android e do iOS. A Samsung também anunciou uma TV OLED gigante de 55 polegadas e a novidade é que seus televisores agora virão com câmera, microfone e sensor de movimento e reconhecimento facial integrados, além de 3D e conectividade plena. A Sony apresentou um set-top box com a plataforma Google TV e também televisores já com o sistema integrado. O Google TV, lançado no ano passado e ainda com dificuldades para decolar, integra, em uma plataforma baseada em busca, todos os conteúdos disponíveis para o usuário.

“Apenas um terço das TVs conectadas estão ligadas à Internet.” Steve Koenig, da CEA

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Conteúdo Não basta a tecnologia ser amigável e o consumidor estar ávido por consumir conteúdos em formatos digitais. A outra ponta do negócio são os estúdios, e estes ainda mostram alguma resistência em adotar novos modelos de negócio, embora o estejam fazendo com cada vez mais frequência. Um painel com diretores de tecnologia de alguns dos maiores estúdios americanos debateu na CES o 16

impacto da distribuição digital para Hollywood. Segundo o analista Theodore X Garcia, da PWC, 2011 foi o ano da virada do vídeo digital, com as vendas de DVD caindo no mundo e os estúdios abraçando os formatos de distribuição em rede. Em 2012, acredita, este movimento será reforçado. Ele lembra que são enviadas 48 horas de conteúdos para o YouTube por minuto, e que o item mais vendido na última Black Friday (dia de descontos nas maiores lojas dos EUA) foi o tablet Kindle Fire. “Basta mencionar que 30% do tráfego da web é gerado nos EUA pelo Netflix”, lembrou Garcia. A presidente da Warner Brothers Technical Operations, Darcy Antonellis, afirmou que a plataforma móvel é uma extensão natural daquilo que o estúdio já produz. Ela reforçou a aposta dos estúdios na plataforma de distribuição autenticada UltraViolet (criada por um consórcio que envolve estúdios e fabricantes de equipamentos). Esta plataforma permite por exemplo que o usuário compre um DVD e com isso ganhe um código que o permite baixar legalmente aquele filme para assistir em outras plataformas digitais, como tablets. O presidente da Sony Pictures Technology, Chris Cookson, lembrou que a questão não é a UltraViolet em si, mas aquilo para que ela foi criada. “O foto: divulgação

conexão dos aparelhos. Segundo ele, a fabricante só conta como conectados aqueles usuários que se registram e ativam o serviço, e este número seria hoje de 50% dos aparelhos instalados. “Mas mais importante do que isso é que depois da instalação o cara volte e use o serviço várias vezes”, lembrou Anderson. Isso também está crescendo, conta. “Estamos lidando com novos consumidores, inteligentes, que estão acostumados e sabem lidar com Wi-Fi, apps etc.”, concluiu. Na opinião de Ashwin Navin, CEO da Flingo, o conteúdo vai decolar quando houver sincronicidade entre o que aparece no vídeo e os aplicativos online. A Flingo desenvolveu um aplicativo que reconhece o que o usuário está vendo e transmite esta informação para o celular ou tablet, permitindo que o usuário interaja com seus amigos e com o programa, mandando mensagens no Twitter ou compartilhando no Facebook. Já para Marc Sokol, VP executivo da NeuLion, desenvolvedora de apps, o foco da questão deve ser o que leva a pessoa a comprar uma smart TV. “Não é só porque é legal. É porque oferece novas possibilidades, como o que fazemos na transmissões de esportes como o UFC, com múltiplas câmeras, interatividade, compartilhamento”, conta. Ele lembra ainda que além de conteúdos de massa, como esportes, também é importante a oferta de long tail, conteúdos de nicho. “Conteúdos étnicos, como TV chinesa, coreana etc., só estavam disponíveis no computador. Agora estas comunidades podem ter acesso a isso também na TV”, lembrou.

Ballmer, da Microsoft: experiência única no celular, tablet, XBox e na TV.

consumidor não quer saber de tecnologia. Ele quer o conteúdo”, disse. E o VP sênior de tecnologia de distribuição da Disney, Arnaud Robert, lembrou ainda que as principais restrições estão nos direitos, e não na tecnologia. “Há restrições legais entre o que queremos e o que podemos fazer”, disse. Com todas estas possibilidades de novos formatos de distribuição abertas, o painel fez um alerta. “Nós aqui estamos numa bolha, só com pessoas que têm acesso a tudo. Como explicar tudo isso para o consumidor, que muitas vezes não tem nem banda larga em sua casa?”, perguntou Guy Finley, da Media & Entertainment Services Alliance. Arnaud, da Disney, lembrou que existem dois aspectos a serem levados em conta na promoção destes serviços. “Temos que construir a confiança do consumidor na tecnologia. Ele ainda está acostumado com o computador que quebra e a conexão que cai. E temos também que calibrar as expectativas em relação a estes serviços. Dizemos que ele vai assistir a tudo, a qualquer momento, em qualquer dispositivo, e isto não acontece exatamente assim, o que pode gerar frustração”, disse.

Bola de cristal digital Enquanto produtos que pareciam ficção há 20 anos são exibidos nos pavilhões do CES, um grupo de pesquisadores apresentou em Las Vegas suas visões para o futuro da indústria eletrônica nas próximas duas décadas. Para Tim Bajarin, presidente da Creative Strategies, a principal inovação dos próximos anos está na área de displays, com telas flexíveis que terão múltiplas aplicações. Ele apontou também o desenvolvimento de fibras ópticas flexíveis, que podem ser facilmente dobradas sem risco de quebra, o que permitiria redes internas ultravelozes em casas e escritórios. Já para Henry Holtzman, chief knowledge officer do Media Lab do MIT, haverá uma revolução na forma como transmitimos dados. Segundo ele, os serviços em nuvem são bons, mas sobrecarregam as redes. Como solução, ele prevê (e estuda) que haverá cada vez mais comunicação entre os dispositivos (peer-to-peer). Assim, se várias pessoas em um ônibus, por exemplo, estiverem consumindo um mesmo conteúdo, não seria necessário que cada uma o recebesse individualmente de um servidor, mas cada um poderia “servir” este conteúdo aos demais. Ele também apontou pesquisas em novas formas de comunicação, como o uso da luz ambiente para transmitir dados, através de mudanças na modulação, o que poderia ser usado em um evento, por exemplo, quando uma mesma informação precisa ser transmitida para todos os devices.

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Venha debater o futuro da distribuição digital com os líderes do mercado. O CONGRESSO TV 2.0 DEBATERÁ AS FERRAMENTAS PARA A DISTRIBUIÇÃO DIGITAL DE CONTEÚDOS. NOVIDADES E DISCUSSÕES EM TORNO DO ECOSSISTEMA DE INTERATIVIDADE E CONECTIVIDADE NA TV, REGULAMENTAÇÃO, TECNOLOGIAS E OPORTUNIDADES PARA OS DIVERSOS PLAYERS DO MERCADO. Keynote Speaker

As estratégias em conteúdos, premium do maior provedor global de vídeo online. Como o YouTube esta migrando de serviço de vídeos gerados pelo usuário para modelo de monetização de conteúdos profissionais.

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Francisco Varela, Diretor, Global Platform Partnerships do You Tube

março de 2012

PALESTRANTES CONFIRMADOS: • Gustavo Ramos, Globosat • Marcio Carvalho, Net Serviços • Carlos Canhestro, Warner Bros • Pedro Rolla, Terra • Daniel Topel, Net Movies • Marcelo Spinassé, Truetech • Maurício Portela, Esporte Interativo • Ricardo Anderáos, MTV • Milton Neto, LG • Marcelo Varon, Sony • Rafael Cintra, Samsung • Rafael Lunes, Claro • Roberto Piazza, Telefônica • Salustiano Fagundes, HXD • Gustavo Caetano, Sambatech • João Worcman, Synapse • Rogério Francis, Viacom

Centro de Convenções Frei Caneca - São Paulo-SP

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A luta pelo espectro

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om as empresas de televisão e de telecomunicações brigando pela fatia do espectro de frequências liberado a partir do fim das transmissões analógicas nos EUA, o tema não podia ser ignorado na CES, pois uma definição sobre o uso dessas frequências terá impacto direto no consumo de dispositivos eletrônicos. Julius Genachowski, presidente da FCC, órgão regulador norteamericano, reforçou em sua participação na feira que o espectro de frequências é cada vez mais crítico para o desenvolvimento da banda larga nos EUA. “Nesse evento, tudo ficou ‘smart’. São smart TVs, smartphones, smartcars… O que permite esse nível de inovação que vemos aqui é a banda larga, sobretudo a banda larga móvel”, disse ele, referindo-se aos principais destaques da exposição. Segundo ele, a agência de telecomunicações norte-americana definiu como metas para a banda larga a ubiquidade, a necessidade de mais espectro, a necessidade de zonas de inovação e universalidade. “Um terço da nossa população ainda não tem acesso à banda larga. Reduzir essa deficiência é não só incluir essas pessoas em um universo de informação, mas introduzi-las à economia do século 21”, disse. O problema colocado por Genachowski é uma disputa interna que a FCC enfrenta com o Congresso e a pressão de alguns grupos para que as regras de licenciamento de espectro sejam alteradas. Basicamente, o que os opositores da atual política seguida pela FCC querem é que a agência seja 18

proibida de liberar espectro para tecnologias não-licenciadas (como Wi-Fi, NFC, Bluetooth etc.) e que não possa mais estabelecer restrições a quem compra espectro. Também existe muita resistência a uma nova política de licenciamento de espectro que a FCC pretende seguir, que é a de leilões incentivados, em que quem tem espectro e quer se desfazer dele pode vender pra quem quer comprar espectro.

disse. Ele lembrou que os EUA sempre foram pioneiros na forma de distribuir e utilizar o espectro. “Coisas como o espectro não-licenciado, Wi-Fi, uso do white space (espaço entre os canais de radiodifusão) para banda larga foram inovações que nós (os EUA) apresentamos. Temos que continuar inovando na forma de utilizar e gerir o espectro”, disse o principal homem da FCC. Ele foi especialmente crítico em relação às empresas de radiodifusão. “Em Nova York, por exemplo, existem 28 estações. As pessoas não são nem capazes de lembrar o nome de todas elas. Acho que cabe ao mercado, a elas inclusive, decidirem se querem continuar existindo ou se devem passar o espectro que ocupam para alguma outra atividade”. Ao final da apresentação de Genachowski, TELA VIVA falou com Fernando Bittencourt, diretor geral de

uso de frequências liberadas com fim de transmissões analógicas terá impacto no consumo de dispositivos eletrônicos. É o caminho que a FCC encontrou para conseguir passar parte do espectro dos broadcasters (radiodifusores) para as empresas de banda larga. “É uma forma justa porque deixa o mercado decidir como o espectro vai ser utilizado pela sociedade”. O presidente da FCC lembrou que os EUA têm hoje o maior número de usuários 3G no mundo e o maior número de usuários 4G. “Estamos liderando a inovação na banda larga móvel, mas para isso continuar o espectro é vital”,

“O que permite esse nível de inovação que vemos aqui é a banda larga, sobretudo a banda larga móvel.” Julius Genachowski, da FCC •

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engenharia da TV Globo, que assistia à apresentação. Sobre uma repetição deste debate no Brasil, o executivo foi enfático: “Todo o mundo, inclusive os broadcasters, precisa de espectro”, disse, lembrando que todos os serviços evoluem. “É um problema que todos enfrentam”, disse, lembrando que no Japão, a única coisa que funcionava após o terremoto do começo de 2011 eram as redes de TV. Ao ser questionado se acredita que a TV em ultra alta definição demonstrada durante a CES, com quatro mil linhas de resolução (contra mil atuais), chegaria ao broadcast no Brasil, ele disse que sim. “E essa é apenas uma tecnologia intermediária. No Japão já testam a TV 8k, com um canal de 6 MHz transmitindo a 70 Mbps”, disse.

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O maior encontro de mídias convergentes do país completa 20 anos em 2012, em um dos melhores momentos já vividos pelo setor. A ABTA 2012 traz um congresso com temas relevantes, área de exposição com o melhor das tecnologias e do conteúdo mundial para quem atua no mercado de TV por assinatura, vídeo on-demand, banda larga e serviços digitais avançados, além de ampla oportunidade de network.

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(regulamentação)

Fernando Lauterjung e Samuel Possebon

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Embate final Depois de quatro anos de discussões no Congresso Nacional, Serviço de Acesso Condicionado chega na etapa final dos debates, com sua regulamentação em consulta pública.

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s minutas de duas Instruções Normativas (IN) foram colocadas em consulta pública pela Ancine em janeiro deste ano. As INs regulamentarão a camada de comunicação do Serviço de Acesso Condicionado – SeAC, criado pela Lei 12.485/2011. Estes instrumentos regulatórios trarão definições que foram deixados, no processo de criação e tramitação da lei, para esta etapa. Uma das duas consultas se refere à revisão da Instrução Normativa 91, que trata do credenciamento de empresas nas atividades reguladas pela agência. O objetivo da Ancine é adequar as regras de credenciamento aos dispositivos da Lei 12.485. Basicamen­te, as novas regras estabelecem como se dará o credenciamento de empresas produtoras e programadoras e brasilei­ras independentes, empacota­ doras e outras modalidades que agora passam a ser reguladas no âmbito do SeAC. Conforme apontava a nova lei, não serão consideradas produtoras brasileiras independentes aquelas que mantiverem vínculo de exclusividade que as impeçam de produzir ou comercializar para terceiros os conteúdos audiovisuais por ela produzidos. Da mesma forma, a IN mantém o entendimento já previsto na Lei 12.485 de que qualquer programadora poderá ser considerada independente se não tiver vinculação de controle com uma empresa distribuidora ou empacota­ dora. Isso significa que a Band, por exemplo, por ser controladora da TV Cidade, será considerada uma programadora não-independente, mas 20

a Globosat, caso o grupo Globo de fato saia do controle da Net Serviços, será considerada independente. A própria definição de controle está na revisão da IN 91, ganhando uma redação considerada mais flexível, alinhada com a Lei das S/A. A Ancine propôs atenuar os conceitos de empresa controlada e controladora da IN 91 em vigor hoje, retirando alguns elementos de caracterização. Por exemplo, a existência de veto estatutário ou contratual em qualquer matéria ou deliberação. Desta forma, se a Globo mantiver poderes de veto e voto qualificado na Net Serviços, por exemplo, isso não caracterizará relação de controle aos olhos da Ancine. No caso da Band, a operação seria mais complexa, pois antes de mais nada ela precisaria vender suas participações na TV Cidade. Manifestações Em duas audiências públicas promovidas pela agência reguladora em setembro, a flexibilização da definição de Pessoa Jurídica Controlada foi duramente criticada por programadoras e entidades da sociedade civil. Em audiência, Tereza Trautman, do canal CineBrasilTV, afirmou que há hoje um claro bloqueio de acesso ao mercado de TV por assinatura, que pode ser mantido caso esta “atenuação” da definição se perpetue. O temor é justamente que a Globosat possa ser qualificada como independente, ainda mantendo alguma voz de decisão na programação da Net e da Sky. João Brant, do Grupo Intervozes, seguiu o mesmo caminho de Tereza, afirmando que esta flexibilização “permitirá que haja um controle de fato por parte de uma programadora ‘dita independente’”. Ricardo Bocão, do canal independente Woohoo (distribuído pela Turner), também questionou se uma programadora numa

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situação semelhante à da Globosat, pelas regras propostas, seria considerada programadora independente. O Instituto Telecom e o Clube de Engenharia também atacaram a flexibilização da Ancine, afirmando que a Globosat poderá ocupar os 12 canais de cota total de canais. Segundo Maurício Hirata, superin­ ten­dente de registro da agência, a pro­gramadora só não seria qualificada co­mo independente se fossem apresen­tados indícios suficientes de controle ou coligação. Ele explica que a agência optou por rever a definição de pessoa jurídica controlada para se aproximar à definição da Lei da S/A. Segundo Hirata, era necessário “buscar maior segurança jurídica”, uma vez que a Lei 12.485, que cria o SeAC, não traz esta qualificação. No Seminário Políticas de (Tele) Comunicações, organizado no meio de fevereiro em Brasília pela Converge, Manoel Rangel, presidente da Ancine, foi enfático ao dizer que a Ancine pode sim trabalhar em cima dos conceitos de influência significativa e preponderância nas deliberações, que ficaram abertos na Lei das S/A, para ser mais ou menos rigoroso em função de abusos detectados no mercado. Preparando-se para ter a Globosat como concorrente na cota de programadoras independentes, programadoras pediram em audiência para que os dois canais de conteúdo qualificado (obrigatórios no SeAC) sejam de empresas distintas. Cícero Aragón, da programadora Box Brazil, pediu que seja criada uma regra determinando que os dois canais não possam ser programados pela mesma programadora, da mesma forma que

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acontece com os dois canais de jornalismo obrigatórios.

Foto: Alberto Ruy

Produção independente Um dos aspectos fundamentais da Instrução Normativa sobre o SeAC trata da definição de conteúdo independente. Trata-se de um aspecto crítico para programadoras como a Globosat, que têm canais com grande quantidade de conteúdos produzidos por produtoras terceirizadas e que tinham a expectativa de que esses canais pudessem ser classificados dentro das regras de conteúdos independentes. Mas a Ancine diz que na análise da condição de independência serão consideradas as “relações de controle, coligação, associação ou vínculo da empresa produtora com I – empresa concessionária de serviço de radiodifusão de sons e imagens; ou II agente econômico que exerça atividade de programação ou empacotamento que detenha direito de comunicação pública sobre o conteúdo audiovisual produzido.” Mais importante ainda é a classificação das obras. Segundo a proposta da Ancine, “a obra audiovisual brasileira que contenha elementos ou criações intelectuais protegidas, cuja maioria dos direitos patrimoniais seja de titularidade de terceiros, somente será considerada de produção independente caso o titular desses direitos conceda autorização por escrito que permita a exploração econômica, pela produtora brasileira independente, da obra audiovisual, incluídos os referidos elementos, sem que haja a necessidade de anuência para cada contratação, respeitando-se os direitos do titular para outros fins.” Esta condição se aplica caso a produtora apresente à Ancine, ao registrar a obra, “contratos ou compromissos referentes a qualquer modalidade de exploração econômica T e l a

da obra, bem como da exploração econômica de produtos, serviços ou marcas associadas ao conteúdo”. A ABPTA, que reúne a maioria dos programadores estrangeiros, foi quem fez mais críticas à regulamentação proposta, e, embora não tenha feito sugestões na audiência, pediu para ser ouvida e propor mudanças. Carlos Alkimin, diretor da entidade, afirmou que a nova lei “trará profundas alterações na atividade de programação de TV por assinatura” e que, portanto, as programadoras gostariam de contribuir na revisão do texto proposto “de modo a fazer uma atividade de regulamentação simples, em atenção ao princípio de intervenção mínima previsto na Lei 12.485”. Segundo ele, as programadoras se preocupam com “temas que não estão previstos na lei e que acabam por gerar mais dificuldades para esse novo modelo de TV por assinatura”. Os temas que não estariam previstos na lei, diz Alkimin, afastam o investimento estrangeiro em produção “de qualidade” no país, justamente ao exigir que produtoras brasileiras sejam proprietárias do conteúdo para fins de cumprimento das cotas. Outros pontos apontados por ele são a exigência de intermediação de empresas brasileiras no fornecimento de programação internacional;

restrições à liberdade de programação de conteúdos brasileiros de espaço qualificado, e o limite às reprises; e imposição de deveres de apresentação de contratos privados. TVs comunitárias Outro ponto que ganhou destaque nas audiências públicas da Ancine foi a proibição de veiculação de publicidade (salvo aquela de cunho institucional) nos canais comunitários. As associações que congregam os canais comunitários, bem como representantes de diversos destes canais, se manifestaram para pedir o fim desta limitação. O problema é que a proibição está na própria lei, e não em sua regulamentação, o que impede a Ancine de revogar ou alterar a medida. “A preocupação (dos canais) é legítima, mas a proibição está prevista em lei. O regulamento não pode modificar esta decisão”, disse Alex Patez Galvão, assessor da diretoria colegiada da agência reguladora. No entanto, “10% do Fundo Setorial do Audiovisual deve ser alocado a conteúdos destinados à exibição em universitários e comunitários”, completou Patez.

Lei de comunicação social O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou durante o Seminário Políticas de (Tele)Comunicações, organizado pela Converge em parceria com o Centro de Estudos de Políticas de Comunicação da Universidade de Brasília, que o Brasil tem “maturidade e necessidade” para fazer o debate sobre o novo marco legal da comunicação social. E ressaltou que é preciso encaminhar a questão com o cuidado para que o assunto não seja tratado como censura. “Vamos avançar e fazer esse debate dentro do governo para discutir a forma e o prazo para colocar o projeto em discussão”. Ele indicou que o debate sobre isso já está maduro dentro do ministério, envolverá mudanças também no arcabouço legal das telecomunicações, mas agora precisa ser avaliado pela presidência da República e pela Casa Civil para seguir adiante, o que deve acontecer provavelmente em março. O ministro indicou que as cotas de produção nacional e de produção independente, assim como foram introduzidas na Lei do SeAC, deverão também constar do novo marco legal das comunicações. Sobre a qualidade da programação, Bernardo demostrou sua preocupação em não cair na questão da censura. “Acho que não temos solução para o lixo que existe em alguns horários porque aí nós estaríamos resvalando na censura”, afirmou Bernardo. E brincou: “o único controle para esses casos é o controle remoto”. (Helton Posseti)

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RESERVE JÁ OS MESES QUE IRÃO MOVIMENTAR OS NEGÓCIOS DA SUA EMPRESA EM dias12e13

2012.

Centro de Convenções Frei Caneca São Paulo, SP

Os negócios e as tendências em vídeo on-demand, over the top e dispositivos conectados.

MARÇO

6a

Pioneiro na discussão da internet 2.0 em todos seus aspectos: tecnologia, negócios, marketing, comunicação, mobilidade, tendências e redes sociais.

Debate anual sobre as perspectivas políticas e regulatórias do setor de comunicações e a política industrial para o setor de TICs no Brasil.

dias16e17

Centro de Convenções Frei Caneca São Paulo, SP

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a

Encontro que discute modelos de negócio, conteúdos e aplicações móveis voltadas ao usuário final.

dias4e5

Centro de Convenções Frei Caneca São Paulo, SP

JUNHO

11a

13a

O ponto de encontro entre quem faz, distribui e exibe programas de TV. Um evento dinâmico com foco em negócios. EDIÇÃO

Fórum Saúde Digital

EDIÇÃO

dia22

Hotel Paulista Plaza São Paulo, SP

Fórum

dias31/07a02/08

1a

As tendências e diretrizes EDIÇÃO tecnológicas na área de banda larga, mobilidade, redes convergentes e sistemas para operadoras de telecomunicações.

Transamérica Expo Center São Paulo, SP

3a

Debate sobre tendências, inovações e soluções de mobilidade para a área de saúde. EDIÇÃO

AGOSTO

ABRIL

7a

EDIÇÃO

EDIÇÃO

MAIO

FEVEREIRO

Nobile Lakeside Convention & Resort Brasilia, DF

Amcham Business Center São Paulo-SP

Centro de Convenções Frei Caneca São Paulo, SP

EDIÇÃO

dias14e15

dias3e4

dias15e16

20a

O maior encontro de mídias convergentes do país. Congresso e área de exposição de tecnologia e conteúdo para o mercado de TV por assinatura, vídeo on-demand, banda larga e serviços digitais avançados. EDIÇÃO


dias18e19

Centro de Convenções Frei Caneca São Paulo, SP

7a

Discute e apresenta soluções e tecnologias envolvendo toda a cadeia de atendimento B2B e B2C.

dias25e26

EDIÇÃO

Centro de Convenções Frei Caneca São Paulo, SP

dias13e14

Royal Tulip Rio de Janeiro Rio de Janeiro-RJ

5a

Apresenta as inovações e soluções de mobilidade para negócios: M-Marketing, M-Payment, M-CRM, M-commerce, M-banking entre outros. EDIÇÃO

dia08

12a

Único evento de satélites da América Latina, para debater os temas mais importantes do setor. EDIÇÃO

dia30

Hotel Paulista Plaza São Paulo, SP

2a

Discute a sustentabilidade para os negócios de TIC. EDIÇÃO

NOVEMBRO

Hotel Paulista Plaza São Paulo, SP

OUTUBRO

SETEMBRO

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A Converge Comunicações apresenta o calendário de eventos 2012, para você aumentar a sinergia do seu plano de ações e expandir o relacionamento junto ao público qualificado e tomador de decisão do seu mercado. Converse com nossa equipe comercial sobre as novidades e possibilidades de negócios que virão por aí.

4a

Debate as perspectivas para o Cloud Computing, Virtualização, Software as a Service (SaaS) e Comunicação como Serviço (CaaS). EDIÇÃO


(audiência - TV paga)

SporTV é líder de alcance em 2011

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Foto: divulgação

a TV por assinatura, 2011 foi o ano do esporte. O canal SporTV desbancou o TNT do primeiro lugar do ranking de canais pagos com melhor alcance entre os adultos na média do ano, com 11,42% de alcance diário médio e tempo médio diário de audiência de 40 minutos. Embora não tenha exibido grandes eventos mundiais, como Copa do Mundo de Futebol ou Olimpíadas, ano passado o canal de esportes da Globosat teve como destaque a transmissão das competições de futebol, como os campeonatos regionais e o Brasileirão, além da Superliga de Vôlei e os campeonatos de MMA, que se tornaram muito populares no Brasil. Segundo dados do Ibope fornecidos pelo canal, o SporTV atingiu cerca de 4,3 milhões de

MMA foi um dos destaques do canal no ano.

pessoas diferentes todos os dias em 2011, tendo registrado o crescimento de 13% em relação ao ano anterior. Também destaca-se o crescimento do SporTV 2, que subiu do décimo lugar no ranking de alcance em 2010 para o sexto em 2011. Em 2012, o esporte deve ganhar ainda mais destaque na TV paga, com a transmissão dos Jogos Olímpicos de

Londres, a entrada do Fox Sports no mercado nacional, e o crescimento do SporTV 3, lançado em outubro de 2011. Além dos esportivos, outros canais destacaram-se no ranking de alcance de 2011. O Megapix, por exemplo, passou do 15° lugar para o 7°. O Viva e o Space entraram na lista dos vinte canais com melhor alcance diário médio, no lugar de Telecine Premium e AXN. No total, os canais pagos registraram alcance diário médio de 46,26% e tempo médio diário de audiência de duas horas e 26 minutos. Entre o público de 4 a 17 anos, o líder do ranking de alcance de canais pagos também mudou: em 2011, o Cartoon Network assumiu a liderança, deixando o Disney Channel, primeiro lugar em 2010,

Alcance* e Tempo Médio Diário – TOTAL 2011

Alcance (%) Indivíduos (mil) Tempo Médio Total canais pagos 46,26 4.657,09 02:26:31 SporTV 11,42 1.149,71 00:40:57 TNT 9,94 1.000,63 00:31:07 Multishow 9,46 952,77 00:19:10 Globo News 8,11 816,31 00:27:53 Fox 8,10 815,68 00:29:46 SporTV 2 7,76 780,97 00:24:08 Megapix 7,41 745,42 00:28:48 Cartoon Network 7,33 737,53 00:39:48 Viva 7,25 729,60 00:30:29 Discovery Kids 6,68 672,45 01:01:55 Warner Channel 6,27 631,57 00:29:22 Universal Channel 6,22 626,03 00:28:02 Disney Channel 6,15 618,82 00:40:07 National Geographic 5,87 591,09 00:19:29 Discovery Channel 5,68 571,78 00:21:15 Space 5,45 548,01 00:31:47 GNT 5,24 527,05 00:16:05 Telecine Pipoca 5,10 513,99 00:34:16 Telecine Action 4,16 419,05 00:25:14 Nickelodeon 4,15 417,36 00:32:02

(Das 6h às 5h59)

Alcance (%) Indivíduos (mil) Tempo Médio Total canais pagos 46,87 1.120,55 02:43:23 Cartoon Network 15,87 379,35 01:09:12 Disney Channel 15,78 377,31 01:07:40 Discovery Kids 13,48 322,23 01:06:35 Nickelodeon 11,71 279,73 00:58:03 Multishow 8,87 212,05 00:24:15 Fox 8,30 198,69 00:31:29 TNT 7,67 183,37 00:29:37 SporTV 7,29 174,16 00:33:53 Disney XD 6,50 155,31 00:53:34 Megapix 6,23 149,09 00:28:45 SporTV 2 4,94 117,92 00:21:14 Telecine Pipoca 4,25 101,36 00:32:31 Viva 4,17 99,72 00:23:59 Universal Channel 4,06 97,13 00:21:28 Space 3,98 95,18 00:25:13 Discovery Channel 3,94 94,09 00:19:50 Warner Channel 3,85 92,13 00:20:20 Boomerang 3,80 90,90 00:26:27 National Geographic 3,40 81,32 00:15:55 Globo News 3,12 74,58 00:12:30

*Alcance é a porcentagem de indivíduos de um “target” que estiveram expostos por pelo menos um minuto a um determinado programa ou faixa horária.

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**Universo 2.391.700 indivíduos Fonte: IBOPE Media Workstation – Tabela Minuto a Minuto - Ano de 2011

De 4 a 17 anos**

(Das 6h às 5h59)

**Universo 10.067.200 indivíduos

Acima de 18 anos**


na segunda posição. Em seguida, aparecem Discovery Kids, Nickelodeon e Multishow. No total, os canais pagos tiveram entre o público infantojuvenil alcance diário médio de 46,87% e tempo médio diário de audiência de duas horas e 43 minutos.

Em novembro do ano passado, o SporTV liderou o ranking de alcance entre os adultos, e entre as crianças o Disney Channel conquistou o primeiro lugar. Em dezembro, o TNT ocupou a primeira posição do ranking de alcance entre os adultos, enquanto o Cartoon Network foi o primeiro entre o público de 4 a 17 anos.

O levantamento do Ibope Mídia considera as praças Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Distrito Federal, Florianópolis e Campinas. Daniele Frederico

De 4 a 17 anos**

(Das 6h às 5h59)

Alcance (%) Indivíduos (mil) Tempo Médio Total canais pagos 46,63 4.661,90 02:27:53 SporTV 11,61 1.160,19 00:40:35 TNT 9,72 971,51 00:29:17 Multishow 9,29 928,44 00:19:00 Fox 8,49 848,88 00:30:20 Megapix 8,14 813,95 00:31:47 Globo News 8,05 804,24 00:29:51 Cartoon Network 7,73 772,82 00:45:22 SporTV 2 7,68 767,80 00:23:32 Viva 7,64 763,83 00:30:10 Discovery Kids 6,88 687,84 00:55:42 Space 6,54 654,13 00:34:08 Disney Channel 6,30 629,72 00:41:23 Universal Channel 6,23 622,65 00:26:51 Warner Channel 5,76 576,23 00:29:28 National Geographic 5,51 550,38 00:20:08 GNT 5,30 529,66 00:14:50 Discovery Channel 5,18 518,15 00:21:23 Telecine Pipoca 5,02 502,00 00:36:12 FX 4,75 474,92 00:22:58 Nickelodeon 4,05 404,91 00:30:33

**Universo 9.996.600 indivíduos

Acima de 18 anos**

(Das 6h às 5h59)

Alcance (%) Indivíduos (mil) Tempo Médio Total canais pagos 48,15 1.185,13 02:42:33 Disney Channel 17,29 425,54 01:04:09 Cartoon Network 16,97 417,66 01:14:15 Discovery Kids 13,37 329,02 01:02:54 Nickelodeon 11,59 285,24 00:54:45 Fox 9,94 244,63 00:35:50 Multishow 8,95 220,39 00:23:08 TNT 8,34 205,42 00:30:20 Megapix 7,44 183,09 00:32:07 SporTV 7,04 173,17 00:29:57 Disney XD 6,36 156,39 00:46:03 SporTV 2 4,56 112,34 00:18:09 Universal Channel 4,54 111,82 00:20:18 Space 4,46 109,91 00:23:01 Viva 4,24 104,28 00:21:18 FX 4,01 98,79 00:27:23 Telecine Pipoca 4,01 98,53 00:37:27 Discovery Channel 3,86 95,05 00:23:30 National Geographic 3,78 93,18 00:22:16 Warner Channel 3,65 89,81 00:19:29 Boomerang 3,51 86,41 00:30:19

**Universo 2.461.700 indivíduos Fonte: IBOPE Media Workstation – Tabela Minuto a Minuto - Novembro/2011

Alcance* e Tempo Médio Diário – novembro/2011

De 4 a 17 anos**

(Das 6h às 5h59)

Alcance (%) Indivíduos (mil) Tempo Médio Total canais pagos 44,18 4.410,69 02:29:35 TNT 9,56 954,82 00:29:57 SporTV 9,31 929,99 00:34:50 Multishow 8,35 833,35 00:18:15 Fox 8,21 819,85 00:29:28 Megapix 7,71 769,69 00:33:30 Cartoon Network 7,48 746,92 00:43:10 Globo News 7,36 735,20 00:27:32 Viva 7,15 713,55 00:25:51 SporTV 2 7,07 705,39 00:21:30 Discovery Kids 7,04 702,63 01:08:48 Space 6,73 671,42 00:31:59 Universal Channel 5,78 576,71 00:26:09 Disney Channel 5,73 572,01 00:41:02 Warner Channel 5,69 568,39 00:29:29 National Geographic 5,50 549,41 00:21:24 GNT 5,16 515,04 00:15:24 Discovery Channel 4,96 495,36 00:20:56 Telecine Pipoca 4,58 457,32 00:37:30 FX 4,43 442,15 00:22:45 Telecine Action 4,10 409,73 00:31:30

**Universo 9.983.300 indivíduos

Acima de 18 anos**

(Das 6h às 5h59)

Alcance (%) Indivíduos (mil) Tempo Médio Total canais pagos 44,21 1.093,80 02:50:59 Cartoon Network 15,71 388,66 01:08:16 Disney Channel 15,68 388,00 01:11:26 Discovery Kids 13,49 333,72 01:13:39 Nickelodeon 10,17 251,56 00:52:09 Fox 8,63 213,51 00:31:54 Multishow 8,31 205,55 00:24:43 TNT 8,17 202,13 00:33:11 Megapix 6,78 167,87 00:34:47 SporTV 5,66 139,99 00:26:11 Disney XD 5,35 132,28 00:54:50 Space 5,19 128,55 00:31:57 SporTV 2 4,33 107,21 00:18:07 Viva 4,30 106,43 00:20:54 Warner Channel 4,17 103,25 00:21:17 Universal Channel 3,99 98,72 00:23:23 FX 3,83 94,67 00:27:49 Boomerang 3,71 91,81 00:30:03 Discovery Channel 3,63 89,80 00:20:54 Telecine Pipoca 3,41 84,27 00:31:42 National Geographic 3,07 76,07 00:14:44

*Alcance é a porcentagem de indivíduos de um “target” que estiveram expostos por pelo menos um minuto a um determinado programa ou faixa horária.

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**Universo 2.474.900 indivíduos Fonte: IBOPE Media Workstation – Tabela Minuto a Minuto - Dezembro/2011

Alcance* e Tempo Médio Diário – dezembro/2011


cobertura

Oferecidapor

( evento ) Daniele Frederico, de Miami

d a n i e l e @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

A cara de Miami Mercado da Natpe, realizado pela segunda vez na Flórida, contou com forte participação de estrangeiros. Importância dos canais hispânicos foi um dos temas principais do congresso.

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FOTOs: SWPIX/@ NATPE

o segundo ano de realização em Miami Beach, o mercado de conteúdo da Natpe (National Association of Television Program Executives), realizado no Fontainebleau Resort, teve bons motivos para celebrar. Além do aumento no número de participantes, o evento, que aconteceu de 23 a 25 de janeiro, comemorou a redução dos problemas que incomodaram os participantes na edição anterior, quando longas filas nos elevadores impediram a chegada às suítes das empresas. Mais de 5,1 mil pessoas, de 70 países, participaram do encontro este ano. Segundo Rick Feldman, presidente e CEO da Natpe até 30 de abril, quando passa a assumir um posto de consultor para a associação, cerca de um terço dos participantes do evento eram de fora dos Estados Unidos. A importância do mercado internacional pode ser notada nos corredores, onde se escutavam diferentes línguas, em especial o espanhol, e também durante o congresso. Embora não seja adepto do conceito de “mercado internacional” adotado pelos americanos, o presidente da NBC Universal International, Jeff Shell, disse durante uma das sessões que aposta nos países desse mercado para crescer. “O conceito de ‘internacional’ é ridículo. É um termo dos americanos, mas a verdade é que são muitos países diferentes, com características diferentes”, afirmou. Para Shell, é preciso pensar em

Realizado pela segunda vez no Fontainebleau Resort, mercado de conteúdo da Natpe comemorou a presença de mais de 5 mil pessoas e redução de problemas da edição anterior.

como crescer internacionalmente, já que atualmente, apenas 8% das receitas da NBC Universal são do mercado internacional, e esses números não acompanham os movimentos econômicos. “Enquanto os Estados Unidos crescem 1%, o Brasil cresce 9%”, exemplificou. O executivo conta que a NBC Universal tem procurado tratar os negócios internacionais de maneira integrada. “Estamos colocando os negócios juntos. Não queremos que o negócio de vendas seja separado do de publicidade ou do de theatrical. Estamos juntando tudo. E isso vale para nosso time no Brasil também”, disse. Ele aposta ainda na chegada de novos formatos estrangeiros ao mercado americano. “Os bons programas não vêm apenas dos Estados

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Unidos. Mesmo que não funcione para este mercado, é possível utilizar o formato”. Força hispânica Em meio à exaltação do mercado internacional como fonte de renda para grupos globais, um segmento específico chamou bastante a atenção durante o mercado da Natpe. Com uma população de aproximadamente 50 milhões de hispânicos nos Estados Unidos, as redes de TV e as produtoras que realizam e distribuem conteúdo para este público ganharam evidência no mercado de televisão norteamericano. Durante o congresso, alguns acordos de cooperação foram

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anunciados para a produção de conteúdos para o mercado hispânico, além de novidades nos canais já existentes. A Televisa, rede mexicana de televisão, anunciou uma parceria com a tradicional produtora e distribuidora de conteúdos dos Estados Unidos Lionsgate para a produção de programas de TV para o mercado norteamericano, com histórias e características da comunidade latina. “Para os canais de TV, é uma oportunidade de olhar para esses 50 milhões de hispânicos”, disse o presidente e CEO da Televisa, Emilio Azcarraga, lembrando que destes 50 milhões, cerca de 70% são mexicanos. A parceria prevê a produção de programas roteirizados e nãoroteirizados e um fundo destinado à produção de seis a oito projetos por ano. “A população hispânica nos Estados Unidos cresce quatro vezes mais rapidamente que o total, assiste a duas vezes mais horas de cinema e passa mais tempo na frente da TV”, lembrou o co-chairman e CEO da Lionsgate, Jon Feltheimer. “Vamos apostar em programas ‘mainstream’, mas que agradem a este público. Queremos fazer ‘hits’, mas com uma sensação latina”, completou. Segundo Azcarraga, esse acordo faz parte da estratégia da Televisa de se unir a parceiros locais para a produção de conteúdo que seja adequado aos diferentes países. No Brasil, a rede mexicana tem um acordo de produção com a Record. “A Univision teve muito sucesso com programação para a população hispânica em espanhol. Olhamos para esse acordo com a Lionsgate como uma oportunidade de desenvolver conteúdo para o mercado geral dos Estados

“O conceito de ‘internacional’ é ridículo. É um termo dos americanos, mas a verdade é que são muitos países diferentes, com características diferentes.” Jeff Shell, da NBC Universal International

Unidos”, disse Azcarraga. A Univision, maior rede de televisão dos Estados Unidos voltada ao mercado hispânico, não ficou para trás na oferta de conteúdo em inglês para o mercado norteamericano. Também durante a Natpe, anunciou que o primetime do canal passaria a contar com closed caption em inglês a partir do final de janeiro. “Há muitos bilíngues que assistem ao nosso canal. E sabemos que a nossa audiência não assiste ao canal apenas porque é uma opção em espanhol. Só conseguimos atingir esses altos números de audiência que

seu canal de notícias, além de conteúdo esportivo do canal Fox Deportes. Segundo Hernan Lopez, presidente e CEO da Fox International Channels, a transmissão do novo canal deve começar no segundo semestre deste ano. Apesar de representar mais concorrência, o presidente da Univision, Cesar Conde, afirmou durante a Natpe que a entrada da Fox com a RCN apenas fortalece o mercado. “Achamos que a competição é ótima. É uma outra voz no mercado, falando da importância dessa comunidade”, disse.

canais voltados ao público hispânico dos eua estão em evidência, mas enfrentam dificuldades para aumentar suas receitas publicitárias.

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atingimos porque as pessoas nos escolheram”, disse o presidente da Univision, Cesar Conde. Outro acordo que foi fechado na semana do evento e que afetará o mercado hispânico nos Estados Unidos é o que cria o Mundo Fox, nova rede em espanhol realizada em parceria entre a Fox International Channels e a colombiana RCN. A base do novo canal será o conteúdo da RCN e do NTN24,

Assim como Conde, o presidente da Telemundo Media, Emilio Romano, disse achar positiva a concorrência com a Mundo Fox. “A concorrência é boa, valida a indústria. A entrada de uma companhia poderosa mostra o potencial desse mercado”, afirmou o presidente da rede aberta ligada à NBC que também mira a população hispânica nos Estados Unidos. O entrante terá de enfrentar uma das principais dificuldades encaradas pelos canais concorrentes voltados aos hispânicos: o

Televisa e Lionsgate anunciaram acordo para a produção de programas de TV para o mercado norteamericano, com histórias e características da comunidade latina.

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( evento) FOTOs: SWPIX/@ NATPE

aumento das receitas publicitárias. Segundo Conde, um dos obstáculos para que isso aconteça são algumas ideias préconcebidas sobre esses canais. “Existe uma percepção errada de que não há escala para os canais. A verdade é que essas redes têm apelo universal”, lembrou Conde. “A segunda concepção errada é a de que são pessoas mais velhas que assistem a esses canais, mas isso não é verdade. A terceira é que a língua é uma barreira. Mas existem muitos bilíngues assistindo”. Com um poder de consumo estimado em US$ 1 trilhão, o mercado hispânico dos Estados Unidos é uma oportunidade para a publicidade na TV. Romano, da Telemundo Media, afirmou, assim como fez o presidente da Univision anteriormente, que está buscando aumentar a publicidade do canal, e uma das maneiras de fazer isso é através de conteúdo original. “Podemos incluir os anunciantes no nosso primetime, com merchandising, já que o produzimos totalmente”, afirmou. Ele lembrou ainda que a produção original é necessária para criar identidade com o público, já que os latinos que vivem nos Estados Unidos têm histórias de vida diferentes dos que vivem na América Latina. “Não podemos apenas adquirir programação do Chile ou da Colômbia. As pessoas que estão nos Estados Unidos muitas vezes se arriscaram para estar aqui e moram longe de suas famílias. O mercado hispânico dos Estados Unidos tem a sua própria realidade”. Entre as produções originais, ele destacou as novelas “El Clon”, realizada em parceria com a Globo, e “Una Maid en Manhattan”, parceria com a Sony.

“Não podemos apenas adquirir programação do Chile ou da Colômbia. O mercado hispânico dos Estados Unidos tem a sua própria realidade” Emilio Romano, da Telemundo Media

Passaporte brasileiro Do lado brasileiro, o diretor de produção e conteúdo internacional da Globo, Guilherme Bokel, afirmou que a emissora continua sua aposta em coproduções de novelas. No momento, desenvolve com a TV Azteca a versão de “Rainha da Sucata”, de Silvio de Abreu. “Também estamos conversando com a Telemundo, com quem coproduzimos ‘O Clone’, para a realização de, provavelmente, quatro projetos, para os próximos três ou quatro anos”, disse Bokel. Em Portugal, a versão de “Dancing Days”, realizada em parceria com a SIC, entrou em produção em janeiro. “Também estamos conversando com a

acordo fechado na semana do evento cria o mundo fox, nova rede em espanhol realizada em parceria entre a fox e a rcn. SIC sobre um projeto de série”, adiantou Bokel. Além desses, a emissora dá continuidade ao seu esforço de expansão das coproduções internacionais para o mercado de língua inglesa, com a adaptação de títulos para formatos mais indicados para o mercado americano, assim como anunciou a Televisa. A Globo, que apresentou uma parceria com dois consultores do mercado de

“Achamos que a competição é ótima. É uma outra voz no mercado, falando da importância da comunidade hispânica.” Cesar Conde, da Univision

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televisão dos Estados Unidos durante a Natpe 2011, tem nove projetos em desenvolvimento para o mercado norteamericano, sendo dois em fase de contrato. Na Natpe deste ano, a Globo TV International aproveitou a ocasião para promover um café-da-manhã e apresentar alguns dos itens de seu catálogo para 2012 aos compradores internacionais e à imprensa presentes no evento. Após um Mipcom, em outubro passado, enfraquecido pela crise europeia, as perspectivas para as vendas na primeira feira do ano para o mercado de conteúdos de TV, eram otimistas. “Aqui (na América) está difícil, mas na Europa está mais complicado. Fizemos uma previsão de vendas bem realista para este evento, mas estamos animados”, disse o diretor da Central Globo de Negócios Internacionais, Ricardo Scalamandré. Entre os títulos no catálogo da emissora estão “Mulher Invisível”, “Insensato Coração”, “Araguaia” e

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“O Astro”. A Globo TV International levou ainda para o evento três novos títulos de sua série GloboDoc, de documentários. Os títulos “The Color of Culture”, “After the End” e “Extreme Planet” foram produzidos em HD especialmente para o mercado internacional. A Globo apresentou também, durante o café da manhã, as novidades para o catálogo no segundo semestre: as novelas “Fina Estampa” e “Cordel Encantado”. Além da Globo e da Record, que participaram do evento com suítes

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alugadas para reuniões, outras emissoras enviaram representantes para o evento, tanto para comprar quanto para vender conteúdo. A diretora de vendas da Band, Elisa Ayub, contou que os programas de comédia têm sido muito procurados pelos executivos de canais com os quais tem conversado. Além das emissoras de TV, Elisa conta que a procura de conteúdo para serviços de VOD tem sido muito grande. Um pacote com programas da emissora foi negociado para o Sky Online, serviço over-the-top de locação virtual da Sky. Neste pacote, estão as quatro temporadas de “CQC”, “A Liga” e “É Tudo Improviso”. A Band comemorou também a venda da novela “Dance Dance Dance” para o canal pago Yups, da Argentina, voltado para o público adolescente, e dos programas “É Tudo Improviso” e “Escolinha Muito Louca” para o canal TBS Muito Divertido, da Turner. Oferta de plataformas Além de discussões sobre o mercado internacional, o congresso da Natpe contou com painéis sobre produção audiovisual, tendências, publicidade e plataformas digitais, com destaque para a apresentação do chief content officer da Netflix, Ted Sarandos, para quem os conteúdos distribuídos pela plataforma digital ganham mais espectadores na TV quando estão sendo oferecidos também na Netflix. “Para todos os programas que estão no ar hoje, a Netflix foi positiva”, disse, afirmando que as pessoas assistem às primeiras temporadas das séries pelo serviço, para depois começar a acompanhar a nova temporada pela TV. “Enquanto em todas as emissoras de TV a audiência de um programa cai a cada

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Painel com produtores independentes mostrou que enquanto a concorrência entre eles aumenta, surgem novos espaços para seus projetos.

semana, na Netflix ela cresce”, completou. Atualmente, cerca de 60% da audiência da Netflix é de programas de TV, enquanto os outros 40% são de filmes. Sem acordos com produtores premium de conteúdo, como HBO e Showtime, a Netflix tem feito suas primeiras apostas em conteúdo original. A primeira experiência é a série ambientada na Noruega “Lillyhammer”. Além dela, a Netflix lançará a quarta temporada de “Arrested Development”, a nova série “House of Cards” e outros dois projetos ainda não revelados. “Se a HBO não vai vender para a Netflix, então vamos produzir”, disse Sarandos. “Vamos nos distinguir lançando a temporada completa no mesmo dia. É o ‘core’ da proposta da Netflix: escolha”, completou o executivo. Alguns produtores americanos veem nessas novas empresas de distribuição grandes oportunidades para emplacar seus produtos. Durante o painel “Deixando uma pegada em um espaço lotado: como os independentes deixam sua

marca”, que aconteceu durante o congresso da Natpe 2012, ficou claro que enquanto a concorrência entre produtores aumenta, estes veem mais espaços para seus projetos. “Além das plataformas como Hulu e Netflix, há muito mais canais a cabo hoje, e alguns estão diversificando o tipo de programação que exibem. Há mais saídas para a programação”, afirmou Justin Hochberg, cofundador da The Hochberg Ebersol Company. Uma das maneiras para conseguir um espaço nas disputadas grades de TV é aproveitar a agilidade e a liberdade que uma produtora independente tem para trabalhar, diferente das grandes redes de TV, ou produtoras e distribuidoras que atuam em diversos países. Produtores independentes que querem emplacar seus programas também precisam preocupar-se em construir relacionamentos. “Preocupe-se com a sua reputação e com como vai empacotar a sua ideia. Caso não tenha essa reputação construída, associe-se a alguém que tenha. Além disso, foque no seu core business, naquilo que você faz melhor. E, então, faça esse negócio crescer”, disse Colby Gaines, fundador da Back Roads Entertainment.

“Enquanto em todas as emissoras de TV a audiência de um programa cai a cada semana, na Netflix ela cresce.” Ted Sarandos, da Netflix

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(programação)

Jogo travado Negociação para a entrada do Fox Sports nas grandes operadoras ganha dimensão pública, com as partes apelando até aos assinantes para pressionar o outro lado.

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udanças no line-up das operadoras sempre geram algum tipo de comoção entre os assinantes, e às vezes se tornam debates públicos, com os lados buscando culpar um ao outro pelos entraves na negociação. Foi assim há alguns anos com a disputa entre Abril e Sky, que acabou tirando a MTV Brasil de seu line-up até hoje. A bola da vez é o Fox Sports. A princípio, a programadora teria proposto às operadoras a substituição do canal Speed pelo Fox Sports. Acontece que, segundo uma fonte do setor, o canal estaria cobrando valores altos, em torno de R$ 1,5 por assinante/mês, e exigindo o empacotamento nos canais básicos, enquanto o Speed é um canal com valor em torno de R$ 0,10 por assinante/mês. Em uma conta rápida, considerando que aproximadamente 80% dos 12 milhões de assinantes estão nestes pacotes básicos, a conta para o conjunto das operadoras ficaria em aproximadamente R$ 14,5 milhões mensais. E há temores de que o canal possa ficar ainda mais caro no futuro, com a renovação dos contratos de licenciamento de campeonatos, cujos preços estão subindo por conta da competição pelos direitos. A fonte descarta a hipótese de que fatores externos (especificamente uma ação de bastidores da Globo) estejam interferindo nas negociações, como vem sendo ventilado. “Hoje, o que existe é uma queda de braço, com uma negociação forte por preço e

Equipe do Fox Sports, lançado no Brasil em fevereiro.

empacotamento”, diz. A solução do impasse passaria tanto por uma adequação do valor mensal quanto do enquadramento do canal em pacotes mais premium. “Não tem nada a ver com a Globo ou qualquer outro tipo de pressão”, diz a fonte. Outra fonte, esta ligada à própria Fox, confirma a informação, e diz que o problema é simplesmente negocial. O presidente da Sky, Luiz Eduardo Baptista (Bap), também reforçou esta posição durante evento da operadora em fevereiro. “É insano achar que eu não quero ter o canal. Eu quero muito, mas é uma questão de preço”, disse. Bap lembra que a Libertadores (principal atração do canal) dura três meses, mas depois a operadora tem que pagar o canal pelo resto do ano. “Além disso, este ano tem muito time do Rio e de São Paulo, então muitos dos jogos principais vão passar na TV aberta”, completou. “Os caras chegam em dezembro e querem negociar o canal assim, na hora, quando já está tudo montado.

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Parece um cara que chega no avião na última hora e quer sentar de graça na classe executiva, no lugar de um outro que comprou a passagem um ano antes para pagar mais barato”, comparou. “Agora a Fox quer renegociar todos os canais. Eles já têm o Speed, que há três anos disseram que ia ser sensacional e hoje ninguém assiste. Passem os jogos lá”, completou Bap. Com o início dos jogos da Libertadores, a estratégia da Fox passou a ser de fato colocar seus sinais nos canais da programadora já distribuídos pelas operadoras, como Speed e FX, e pedir aos assinantes, nas transmissões, que solicitem o canal junto ao operador. O movimento ganhou força nas redes sociais em manifestações que, em sua maioria, creditam à falta de vontade das operadoras a falta de distribuição do Fox Sports. Uma fonte envolvida na negociação diz que estas atitudes estão gerando mal-estar entre as partes. A

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“É insano achar que eu não quero ter o canal. Eu quero muito, mas é uma questão de preço.”

FOTO: ARQUIVO

estratégia de exibir os jogos em outros canais também deve ser abandonada pela Fox, diz a fonte da programadora, porque seria prejudicial às operadoras que já fecharam a distribuição do Fox Sports. Pelo seu lado, Sky também passou a usar o Twitter para explicar a seus assinantes a ausência, por enquanto, do canal em seu line-up. O perfil oficial da operadora (@skybrasil) jogou “na conta” da Fox a dificuldade em fechar o negócio, ao afirmar que “não vamos aceitar ofertas inadequadas que impactem em um alto custo na assinatura”. A operadora pediu aos assinantes que pressionem a programadora para transmitir os jogos da Libertadores nos canais existentes. Do ponto de vista de uma operadora, a entrada do canal nos pacotes básicos é um mau negócio, pois o custo não poderia ser repassado aos assinantes com aumento da mensalidade. Já a entrada em pacotes mais avançados poderia gerar um upgrade de parte da base para estes pacotes, gerando uma receita adicional e cobrindo parte dos custos da programação. Ainda assim, Bap acredita que em algum momento as partes chegarão a um bom termo. “Talvez para a Libertadores do ano que vem, ou até este ano ainda, quem sabe”, arriscou. A outra fonte não se arrisca a prever um prazo para o acerto, mas lembra que há uma pressão forte de tempo, por causa da Libertadores, que já começou. Mas esta pressão, diz, vale para os dois lados, canal e operadoras. Net Serviços e Via Embratel não se manifestaram publicamente sobre a negociação. Pequenos e médios Enquanto não fecha com os três

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diferente. Nem a programadora, nem as operadoras estão dispostas a usar a ameaça de retirada dos canais do ar. É uma guerra fria, na qual nenhum dos lados quer apertar o botão”, explica.

Luiz Eduardo Baptista, da Sky

Band Dentre as informações desencontradas que circularam em janeiro, durante a negociação do canal, estava uma possível compra do BandSports pela Fox. Oficialmente, ambas negam o acordo. Mas as programadoras admitem que há uma parceria em negociação, que não envolve a aquisição. Um executivo do canal esportivo da Fox afirma apenas que vem negociando conteúdo com

grandes, que representam juntos mais de 80% da base de assinantes do país, a Fox fecha contratos de distribuição do Fox Sports com pequenos e médios operadores. A programadora anunciou acordos com CTBC, Nossa TV, Telefônica TV Digital, TVA, Oi TV, GVT, RCA e com 28 associados da Neo TV (neste caso é fechada a negociação com a associação, mas a adesão das operadoras é independente, uma a uma). O DTH

solução do impasse passa por uma negociação envolvendo o valor do canal e o empacotamento. o Grupo Bandeirantes, mas que também há conversas com outros canais esportivos, como a ESPN e a própria Globosat. Outras fontes familiarizadas com a negociação dizem que está na mesa um possível acordo de uso de infraestrutura do BandSports para geração de eventos, visto que o Fox Sports ainda não conta com este tipo de estrutura no Brasil. Aliás, sabe-se no mercado que a programadora estrangeira chegou a sondar outras emissoras de TV aberta em busca de infraestrutura compartilhada. A Band não descartaria, no entanto, alguma troca de conteúdo, pelo menos até que o Fox Sports tenha uma distribuição mais relevante. Contudo, para a Band o terreno é delicado, pois tem uma sólida parceria com a Globo para exibição de jogos do Brasileirão e sabe que a entrada do Fox Sports no Brasil desagrada a Globosat.

Nossa TV só oferece o canal no pacote Ouro. Na GVT o canal também não entrou no pacote básico. Uma fonte de mercado explica que a Fox está negociando a renovação de seus contratos com algumas operadoras, incluindo seu novo canal na negociação. Segundo esta fonte, com estas operadoras a programadora tem uma força maior de barganha, já que elas não podem se dar luxo de não ter os outros canais da Fox. Já com as três maiores, as forças se equiparam. “Com Net, Sky e Via Embratel a negociação é

Além da Libertadores O Fox Sports América Latina e o MP & Silva, distribuidor internacional dos direitos de mídia para a Lega Nazionale Professionisti Serie A (a “Liga Italiana”) até 2015, assinaram um acordo de sublicenciamento exclusivo para todas as partidas da Serie A em todas as mídias na América Latina, inclusive no Brasil, começando com a temporada 2012/2013. O canal tem ainda a Copa Bridgestone SulAmericana e a Barclays Premier League (campeonato inglês).

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André Mermelstein, Fernando Lauterjung e Samuel Possebon

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( making of )

Daniele Frederico

d a n i e l e @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

O esporte dominou a cidade

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FOTOs: divulgação

m processo muito colaborativo. É assim que o diretor Carlos Manga Jr, da ParanoidBr, define a realização do comercial “Sonhos”, da agência DCS para a Olympikus. O filme contou com a participação do produtor musical Apollo Nove e da Tribbo Post, empresa de pósprodução, desde o planejamento do filme, fazendo com que tanto a trilha quanto os efeitos fossem construídos simultaneamente às filmagens. O comercial mostra atletas em pontos diferentes do Rio de Janeiro em plena prática esportiva, mas de maneira inusitada. Um nadador mergulha em uma piscina “vertical”, que toma o lugar da lateral de um prédio; um grupo de velocistas desafia a gravidade ao correr perpendicularmente ao chão; e jogadores de basquete realizam pulos impossíveis aos humanos para acertar suas jogadas. “Não há pessoas voando sobre a cidade, ou soltando raios. Há pessoas realizando coisas impossíveis, mas de maneira realista”, diz Manga Jr. Para manter o aspecto realista, o diretor optou por não usar animação ou cenas em estúdio. A técnica mais utilizada foi a composição. “A melhor maneira para chegar a esse resultado é filmar ao ar livre. Alguns atletas foram filmados na locação onde a cena ia acontecer mesmo, e outros foram filmados em outros pontos, em uma espécie de ‘estúdio ao ar livre’, que permite captar a luz solar, as sombras reais, tudo para ajudar no tom realista do filme”, explica o diretor. Para manter-se fiel ao realismo, poucos detalhes foram feitos em 3D, como algumas das bolas que cortam o céu da cidade, e a bola que chega aos pés de um menino na praia. “Um atleta chuta a bola, a partir de um ponto alto da cidade, e

Técnica mais utilizada no comercial dirigido por Carlos Manga Jr foi a composição.

a bola é substituída por outra em 3D”, explica Manga Jr. As cenas em topos de prédios foram todas filmadas sem os atletas. A do nadador, por exemplo, foi filmada com a ajuda de uma grua, que avançava para fora do prédio. “O nadador foi enquadrado na beirada de uma piscina, que foi substituída pelo prédio na pósprodução”, conta o diretor. Como as imagens seriam compostas na pós, um extenso planejamento foi necessário antes das filmagens. “O grande desafio desse comercial foi o planejamento. Você precisa juntar a parte técnica com uma satisfação do ponto de vista da linguagem do filme”, diz Manga Jr. “Tivemos que fazer cálculos muito fieis de distância, de lente, para que as medidas fossem iguais ou pelo menos tivessem a mesma proporção”, comenta. Para a sequência dos jogadores de basquete, os irmãos Fratelli, especialistas em acrobacias, armaram

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uma estrutura de trapézio para que os atletas, com elásticos presos à cintura, fizessem pulos muito mais altos do que seriam capazes normalmente. O diretor optou por utilizar a câmera parada durante praticamente todo o comercial. “É o que chamamos de câmera explicativa: ela só apresenta as situações. A ideia era mostrar a beleza plástica, a loucura, o non sense”, conclui Manga Jr. ficha técnica Título “Sonhos” Produto Institucional Agência DCS Comunicações Cliente Vulcabras|azaleia Produtora ParanoidBr Direção Carlos Manga Jr Direção de fotografia Lito Mendes da Rocha Montagem Alex Lacerda Pós-produção Tribbo Post Produtora de som A9

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Sabor de férias

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asta um picolé de frutas para ser transportado de um clima urbano e sério para um cenário de verão e de férias. Pelo menos essa é a ideia do comercial criado pela BorghiErh/Lowe para a Fruttare, com direção de Carlão Busato e produção da Hungry Man. O filme mostra um executivo que ao tomar um Fruttare transforma o ambiente em que se encontra. As salas de um escritório dão lugar a cenários mais descontraídos, como um hotel e uma praia. Os funcionários também ganham novos trajes, e a decoração ganha, no lugar de mesas, cadeiras e computadores, alguns guardasóis, árvores e ventiladores. Para realizar essas transformações de cenário e de clima, o diretor optou por fazer as mudanças sem efeitos de computação gráfica. “Quando recebi o briefing, tive ‘abertura’ para pensar em como fazer a mudança de cenários. Optei por fazer isso de uma maneira mais lúdica, trabalhando com a imaginação das pessoas. Tudo tem um aspecto analógico, mais teatral. Com isso, conseguimos reforçar o humor do filme”, diz o diretor Carlão Busato. Para realizar essas mudanças, uma série de engrenagens, com roldanas, cordas e contrapesos, foram montadas no estúdio. Foram construídos três módulos de cenário, com arquitetura de Daniel Flaksman: um para o hotel, outro para a praia e um outro para a rede, onde o ator se deita pouco antes de terminar o sorvete e perceber que está de volta ao escritório. Esses módulos estavam localizados um ao lado do outro, para causar a impressão de que não havia cortes. “A primeira

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parte, do hotel, é quando acontece a grande transformação, que precisava criar um impacto visual”, diz Busato. É quando a secretária é puxada para o

teto e sua mesa dá lugar a um balcão de hotel com uma bela recepcionista. “Queria passar a ideia de que as duas, secretária e recepcionista, são a mesma pessoa. Para isso, contamos com atrizes gêmeas”, conta o diretor. A cena de transição, em que o rapaz termina seu sorvete e a praia dá lugar ao escritório novamente, foi feita sem efeitos. “Tivemos que filmar essa cena no dia seguinte, pois o escritório já estava cheio de areia e parcialmente transformado por conta das cenas de praia. Para isso, precisamos colocar a câmera no mesmo eixo, acertar o ângulo e as posições da cabeça e do corpo”, conta o diretor. O comercial foi filmado no primeiro semestre do ano passado, e exibido primeiro no México, com outro sabor de Fruttare em destaque no final. Para a exibição no México, uma versão um pouco maior, com cerca de 40 segundos foi finalizada. “Nessa versão, os planos são um pouco maiores e há uma troca de roupa, que contou com ajuda de efeitos”, lembra o diretor. Na versão exibida no Brasil, a pós-produção entrou em cena apenas para esconder parte da engenharia por trás dos movimentos e apagar cabos.

ficha técnica Título “Hotel” Agência BorghiErh/Lowe Produtora Hungry Man Direção Carlão Busato Produção Rodrigo Castello Direção de fotografia Russo Loyola Cenografia Daniel Flaksman Computação gráfica Tribbo Post e e pós-produção Hungry Man Montagem André Mello Trilha Cabaret

Transformação de ambientes foi feita com a ajuda de traquitanas, sem efeitos de computação gráfica.

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( cinema)

Ocupação de mercado Mercado de exibição estabelece recordes e produção nacional mantém participação.

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bilheteria nacional vem crescendo constante­men­ te, mostra um relatório divulgado pela Ancine em janeiro com dados do ano de 2011. No último ano o mercado estabeleceu novos recor­des, com 143,9 milhões de ingressos vendidos e renda bruta de R$ 1,44 bilhão. “O cinema está em uma curva ascendente que reflete a expansão do parque exibidor, o crescimento da economia brasileira e a ascensão da classe C”, diz Manoel Rangel, presidente da Ancine. Para ele, o crescimento deve ser acelerado com a MP 545/2011 (aprovada na Câmara dos Deputados e aguardando apreciação do Senado), que cria o Programa Cinema Perto de Você e o Recine. Com os recursos do programa e os incentivos fiscais do Recine, a tendência é que haja um investimento ainda mais acelerado na modernização das salas e na amplia­ ção do parque. “Nos próximos anos, o Brasil deve ser majoritariamen­te digital. A multiprogramação, viabiliza­ da pela digitalização da exibição, deve levar ao aumento da ocupação média das salas”, diz, referindo-se à possibilidade de uma mesma sala programar títulos de gêneros distintos em um mesmo dia ou semana. Com o regime especial de tributa­ ção, que suspende a cobrança de tributos federais sobre investimentos na construção ou moderniza­ção de

salas de exibição, os custos de implantação de uma sala serão reduzidos em 30%. As linhas de crédito e financiamento do Programa Cinema Perto de Você operam com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual. Cerca de R$ 500 milhões estão disponíveis para empresários que atuem ou queiram atuar no segmento de exibição de filmes. Ainda neste trimestre entrará em operação uma linha específica para a digitalização do parque, atendendo 750 salas na primeira fase. Participação nacional A bilheteria dos filmes brasileiros, com quase 18 milhões de ingressos vendidos e mais de R$ 163 milhões de renda bruta, ficou entre as três melhores dos dez últimos anos, em números absolutos. No entanto, houve queda de aproximadamente 30% na bilheteria de filmes nacionais em relação ao

lançamentos no brasil 51

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Lançamentos estrangeiros

Lançamentos brasileiros

Fontes: 2002 a 2008: Filme B; 2009 a 2011: SADIS Agregado

ano anterior (2010). A participação do filme nacional no mercado de exibição ficou em 12,4%. “A participação dos títulos nacionais depende de como se organiza a safra de filmes brasileiros e também de filmes estran­geiros”, diz Manoel Rangel. Para ele, a performance em 2011 foi positiva. “O filme brasileiro só ficou atrás, em número de ingressos, dos resultados de 2003 e 2010. Foi a terceira maior bilhe­ te­ria de desde 1988”, diz o presidente da Ancine. Ele lembra que 2010 foi um ano atípico, com “Tropa de Elite 2” e “Nosso Lar” vendendo, juntos, aproxi­ ma­da­mente 15 milhões de ingressos. “Em 2011, sete filmes venderam mais de um milhão de ingressos. Foram lançados 99 longas, o que é um dado expressivo, porque não dá para para ocupar o mercado sem ter volume”, destaca Rangel. Estrangeiros A renda bruta de bilheteria dos filmes estrangeiros dobrou de valor em cinco anos, refletindo um crescimento do número de ingressos vendidos de cerca de 60% e um aumento do preço médio dos ingressos de 30%. As distribuidoras brasileiras independentes mantiveram a sua tendência de crescimento, tendo assegurado uma participação de mercado de 27,5% no total de filmes exibidos e de 69% na exibição de filmes brasileiros. Fernando Lauterjung

Evolução do mercado de 2002 a 2011 Ingressos Totais Renda Total (R$) Ingressos Filmes Brasileiros Renda Filmes Brasileiros (R$) PMI Total* (R$)

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 90.865.988 102.958.314 114.733.498 89.761.095 90.283.635 89.319.290 89.960.164 112.683.201 134.836.600 143.886.208 529.558.406 647.590.276 766.939.146 644.145.666 694.965.217 712.623.707 729.522.782 969.782.850 1.260.372.943 1.437.801.236 7.299.790 22.055.249 16.410.957 10.744.280 9.932.474 10.310.965 9.143.052 16.092.300 25.687.247 17.869.385 40.360.345 134.087.505 110.144.572 73.854.761 73.725.826 79.095.892 70.244.803 131.935.388 225.957.181 163.270.076 5,83 6,29 6,68 7,18 7,7 7,98 8,11 8,61 9,35 9,99

*Preço Médio de Ingresso. Fontes: 2002 a 2008: Filme B; 2009 a 2011: SADIS Agregado.

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4 e 5 de junho de 2012

CENTRO DE CONVENÇÕES FREI CANECA, SÃO PAULO, SP


( case )

Xingu Longa-metragem produzido para O2 gera subprodutos de entretenimento e material publicitário para os patrocinadores Fiat e Natura.

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FOTOs: Beatriz Lefèvre

om estreia prevista para o dia 6 de abril, o longa-metragem “Xingu” é mais que uma superprodução da O2. O filme, que gira em torno da história dos irmãos Orlando, Claudio e Leonardo Villas Bôas, com ênfase na criação do Parque Indígena do Xingu, gerou subprodutos como uma série para a televisão e uma exposição, além de inaugurar na produtora um modelo de geração de material publicitário para patrocinadores. No caso, a Natura e a Fiat, que entraram no projeto não com recursos incentivados, mas com dinheiro tirado da verba de marketing. A produção do filme “Xingu” vinha sendo amadurecida na O2 desde 2007, quando Noel Villas Bôas, filho de Orlando, procurou a produtora para apresentar material sobre seu pai e seus tios. Fernando Meirelles leu o livro “A Marcha para o Oeste”, uma espécie de diário em que os irmãos narram a experiência na expedição Roncador-Xingu, criada na década de 40 pelo governo federal para explorar áreas pouco desbravadas. O diretor acreditou que dali poderia sair uma boa história e chamou o diretor Cao Hamburger para uma conversa. “Achamos que a história permanece muito atual. Hoje, o modelo desastroso de progresso se repete”, destaca Andrea Barata Ribeiro, produtora executiva do filme. Foram dois anos de trabalho no roteiro até chegar à história ideal para filmar. Paralelamente à elaboração do roteiro, a produtora trabalhava na captação de recursos para o longa-metragem, orçado em

Equipe passou dez semanas em locações no Tocantins, Mato Grosso e São Paulo.

R$ 15 milhões. Aproximadamente 65% dos recursos foram captados via leis de incentivo. Os 35% restantes são recursos não-incentivados. O projeto foi apresentado à Fiat e Natura, dois clientes de publicidade da casa, que identificaram elementos de suas marcas no filme e aceitaram entrar nele com

Longa orçado em R$ 15 milhões teve 65% dos recursos captados via leis de incentivo. dinheiro de suas verbas de marketing. Segundo Andrea, foi a participação das duas empresas com “aportes significativos” que possibilitou, por exemplo, o deslocamento da equipe

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para locações como o Jalapão e o Parque Indígena do Xingu. Entre os outros patrocinadores estão Net, Ambev, Grupo Newcomm, Sabesp, Eletrobras, BB DTVM e BNDES. A Copag entrou como apoiadora. Selva Foram dez semanas de filmagens, entre julho e outubro de 2010, em locações no Tocantins (Palmas, São Félix, Caseara, Novo Acordo e Miracema), Mato Grosso (Parque Indígena do Xingu) e São Paulo. Antes disso, entre maio e junho de 2010, a equipe de préprodução também esteve no local para entender a realidade dos índios e fazer o casting na tribo. Os índios passaram por uma

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preparação de elenco e os atores principais – Caio Blat, João Miguel e Felipe Camargo – também tiveram um período de preparo físico para realizar atividades como o remo. Andrea conta que foi uma das produções mais difíceis das quais ela participou, devido às situações inóspitas nas locações. Durante as filmagens, a equipe teve que se acomodar nas casas de moradores locais, enfrentar o calor de 45ºC e dificuldades de deslocamento. Até uma queimada na mata chegou perto do set de filmagem. O período de filmagens rendeu além do longa-metragem outros produtos de entretenimento. Uma série de televisão foi produzida para a Globo, que entrou como coprodutora no projeto, usando recursos do Artigo 3ºA. A emissora solicitou uma série com 40 minutos de material inédito. A atração já está editada, mas ainda

filmagens, os produtores alinharam o tipo de conteúdo que poderia ser gerado para cada uma das marcas. A montadora, por exemplo, forneceu um Doblô para acompanhar a equipe, que produziu material com o carro. “Foi uma

não tem data para ir ao ar. O material de “Xingu” também rendeu uma exposição que aconteceu em julho de 2011, em São Paulo, no Sesc Pompeia, com vídeos, instalações interativas e objetos de cena usados no longa. A O2, detentora dos direitos da

a Globo entrou como coprodutora com recursos do 3ºA e terá minissérie com 40 minutos de imagens exclusivas. experiência com clientes e patrocinadores recebendo contrapartidas interessantes. Queremos fazer mais para que mais clientes queiram apoiar”, observa Andrea. O longa foi selecionado para o Panorama do Festival de Berlim, que acontece em fevereiro. A distribuição será feita pela Dowtown em parceria com a Sony. Será lançado com 300 mil cópias.

obra dos irmãos Villas Bôas, também autorizou que a Ioiô Filmes produzisse um quadro para o “Fantástico” sobre eles. Na atração, o repórter Rodrigo Alvarez refaz, na companhia de universitários, o caminho da Expedição Roncador-Xingu. Contrapartida As filmagens renderam também material para os sites e para filmes publicitários dos patrocinadores Natura e Fiat. Antes de partir para as

Ana Carolina Barbosa

Xingu

longa-metragem Formato Cao Hamburger Direção Ribeiro, ea Fernando Meirelles, Andr BarataBerlinck Produção Bel Elena Soares, Cao Hamburger Roteiro e Anna Muylaert Barata Ribeiro ea Andr e nck Produção Executiva Bel Berli Cassio Amarante

Direção de Arte

Sinopse: Xingu conta a história dos irmãos Villas Bôas e a criação do primeiro parque indígena de grandes proporções no Brasil. Uma parte esquecida e dramática da história, que permanece atual e urgente.

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( tecnologia)

Pé na produção

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GRPCOM - Grupo Paranaense de Comunicação fincou mais um pé na produção de conteúdo. O grupo, dono da rede RPC (afiliada Globo no Paraná), vem investindo sistematicamente para ter maior expertise na criação e produção, com ampliação do espaço na emissora para conteúdos gerados localmente, a abertura de um canal de TV por assinatura local, o ÓTV, e agora com uma nova unidade de negócios destinada ao serviço de captação e transmissão de eventos em alta definição. Trata-se da HDView, lançada no início do ano. A ideia é que a nova unidade de negócios preste serviços às empresas do grupo e também ao mercado, não apenas no Paraná. Segundo Eduardo Fontana, diretor de novos negócios do GRPCOM, a RPC e outras empresas do grupo devem ser responsáveis por aproximadamente 30% do uso do caminhão. “A unidade móvel já está homologada pela Globosat”, diz o executivo, lembrando que a programadora é hoje o principal cliente no mercado brasileiro de unidades móveis, por conta das partidas do Campeonato Brasileiro exibidas na TV por assinatura. Segundo o executivo, o investimento na primeira unidade móvel foi feito principalmente em busca de conhecimento e para marcar a entrada no mercado de serviços de produção. Fontana prefere não tentar prever em quanto tempo a nova unidade de negócios, que recebeu um investimento de R$ 10 milhões, se viabilizará. “Trata-se de um investimento estratégico do grupo, que busca maior expertise em produção de conteúdo”, explica. 38

FOTO: euricles macedo/divulgação

Grupo paranaense investe R$ 10 milhões em sua primeira unidade móvel de produção HD, de olho no mercado de serviço de produção em todo o país, não apenas no estado.

Capacidade da unidade pode aumentar se houver demanda.

A HDView está apta a atender eventos esportivos, jornalísticos, culturais e shows até demandas corporativas como congressos, teleconferências e festas. De acordo com Vandelino Gonçalves, consultor da HDView, há uma grande demanda para esse tipo de serviço e não existem no país unidades móveis para atender todo esse mercado. Segundo ele, a unidade também é um embrião para investimentos futuros em produção de conteúdo. Gonçalves destaca que, além do investimento em hardware, a empresa recebeu recursos no treinamento de pessoal. “Recebemos ajuda dos próprios fabricantes de equipamentos e estamos chamando especialistas de diversas áreas para treinar nossa equipe”, conta. HD e expansível O caminhão é equipado com 12 câmeras Sony HDC 1400R, uma câmera robótica Sony BRCH700 e quatro microcâmeras HD. O switcher é um Sony MVS 6000 com 32 entradas, além de um roteador/switcher reserva da Harris com 64x64 I/Os. Há ainda dois exibidores com replay da EVS de seis canais cada. “Já encomendamos um upgrade para oito canais. Poderemos operar com 16 câmeras, ou 12, quando precisarmos de slow motion”, explica Vandelino Gonçalves, idealizador da nova

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unidade. Compõem ainda a estrutura de vídeo um gerador gráfico Epsio, para tira-teima; um gerador de caracteres Inscriber G5; dois VTs Sony PDW-HD1500 para gravação de matérias; e duas gruas Cammates de 7,5 metros e girocam. Segundo ele, o caminhão já foi preparado para receber um upgrade para mais câmeras, dependendo apenas de uma demanda do mercado. A parte de áudio conta com um console digital Struder Vista 5 e console reserva Yamaha DM 1000. Gonçalves destaca que houve um trabalho junto ao mercado para levantar as demandas atuais antes de trabalhar no desenvolvimento da unidade móvel. “No início, pensamos em fazer a unidade em uma carreta, mas percebemos que seria difícil o acesso a alguns estádios”, explica. Justamente para dar mais mobilidade, a estrutura foi dividida em dois veículos. A unidade móvel HD está montada em um Volvo VM260 com cabine leito, com um baú de 9,3 metros de comprimento, 2,6 metros de largura e 3,3 metros de altura. O baú conta ainda com expansão lateral. O outro veículo é uma unidade de apoio, com baú de 7,5 metros. Além disso, o grupo já conta com outra unidade para fazer a transmissão em HD. Construção e integração A construção do caminhão durou um pouco mais de um ano. O baú foi feito pela RF Com e a integração foi da Sony Professional. “Esta é a primeira unidade móvel integrada pela nova área de negócios da Sony”, explica Luis Fernando Fabichack, gerente de marketing da Sony Professional.

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Fernando Lauterjung


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( upgrade )

Fernando Lauterjung

f e r n a n d o @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

Zoom e extensor

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XA20 é a primeira lente da série Exceed, da Fujinom, a incluir um extensor de duas vezes.

FOTOs: divulgação

Fujifilm lançará na NAB, que acontece em abril, em Las Vegas, uma nova lente para ENG (para jornalismo) com um extensor de 2 vezes. A XA20xs8.5BERM, é o mais novo membro da família Exceed, de lentes para ENG de 2/3”. Trata-se de uma tele com um extensor de alcance, servo ergonômico digital, Quick Zoom e foco interno. Ela também apresenta melhorias na resolução de canto da imagem. A lente é a primeira da série Exceed a incluir um extensor de duas vezes. Segundo a fabricante, a nova lente é ideal para uma variedade de aplicações, desde produção para jornalismo até uso em estúdio. Ela também pode ser usada com os controles traseiros para zoom e foco, sendo adequada também para utilização em tripé.

Painel customizável

Além disso, a HA19x7.4BERM/BERD, com zoom de 19 vezes, apresentada pela primeira vez na IBC 2011, fará sua aparição no evento nos Estados Unidos. A lente é a primeira a reunir em um tamanho compacto três grupos de zoom flutuantes e elementos esféricos, resultando em um excelente desempenho óptico. O modelo é a mais recente adição à série Premier de lentes de alto desempenho de produção ENG, projetada para aplicações top de produção de televisão.

Da câmera para a ilha

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Série UCP-LC oferece 16 ou 32 botões em uma unidade compacta de 1-RU e um painel de 3-RU com telas touch-screen de LCD.

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Utah Scientific leva para a NAB 2012 uma nova linha de paineis de controle para os switchers Utah-400. Os novos painéis contam com alta resolução, telas coloridas LCD e botões, com operação mais amigável para os complexos sistemas de roteamento. Os painéis da série UCP-LC oferecem 16 ou 32 botões em uma unidade compacta de 1-RU e um painel de 3-RU com telas touch-screen de LCD. Todos os novos painéis são baseados em um sistema de menu completamente novo, definíveis pelo usuário, que fornece uma plataforma aberta para a definição de todas as funções do painel de operação básico - para as funções de gestão mais sofisticadas do roteador. 40

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a NAB desta ano, a Fast Forward Video estreia o Sidekick HD, um gravador de imagem de alta qualidade montável na câmera. Projetado para facilitar o fluxo de produção e satisfazer as demandas dos produtores e editores de pós-produção, o equipamento é capaz de gravar a 220 Mbps. O Sidekick HD grava em drives SSD (em estado sólido) de 2,5” em formatos nativos ProRes (para Final Cut Pro) e DNxHD (Avid). Para transportar os arquivos para uma ilha de edição, basta desconectar o gravador da câmera e conectar na ilha, sem a necessidade de transcodificação. Outra novidade é o Sidekick HD Studio, um DVR com montagem em rack para uso em estações de base e locais de estúdio. Ocupando meia RU de largura e 2 RU de altura, o equipamento também permite transferir imagens de estúdio diretamente para uma ilha de edição. Usando a conexão padrão RS422, é possível controlar o equipamento para habilitar funcionalidades estendidas como controle de slow-motion e execução reversa. A unidade inclui uma porta Gigabit Ethernet para facilitar o upload e download de conteúdo.

Sidekick HD, da Fast Forward Video, grava a 220 MB/s em drives SSD.

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( agenda ) 12 a 13 de março Feira, workshop, seminários e palestras discutem e analisam as tendências da web 2.0 no mais importante e completo evento do setor no Brasil. Web Expo Forum, Centro de Exposições Frei Caneca, São Paulo, SP. Tel.: (11) 3138-4660. E-mail: info@convergecom.com.br. Web: www.webexpoforum.com.br

15 e 16 de março As estratégias e tecnologias para a entrega de conteúdo audiovisual em múltiplas plataformas. Congresso TV 2.0, Centro de Convenções Frei Caneca, São Paulo, SP. Tel.: (11) 3138-4660. E-mail: info@convergecom.com.br. Web: www.convergeeventos.com.br

MARÇO

11 a 22 14º Buenos Aires Festival Internacional de Cine Independiente (Bafici), Buenos Aires, Argentina. E-mail: info@festivales.gob.ar. Web: www.bafici.gob.ar

2 a 10 27º Festival Internacional de Cine en Guadalajara, Guadalajara, México. E-mail: info@festivalcinegdl.udg.mx. Web: www.fcg.mx

14 a 19 Nab Show, Las Vegas, EUA. Tel.: (1 202) 595-2052. Web: www.nabshow.com

22 a 1/04 17º É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, São Paulo e Rio de Janeiro. Tel.: (11) 3164-7485. E-mail: info@etudoverdade.com.br. Web: www.itsalltrue.com.br

26 a 2/5 16º Cine PE Festival do Audiovisual, Olinda, PE. Tel.: (81) 3461-3773. Web: www.cine-pe.com

30 a 31 Mipdoc, Cannes, França. E-mail: registration.depttele@ reedmidem.com. Web: www.mipdoc.com

MAIO

6 a 10 Rose d’Or Festival, Lucerne, Suíça. E-mail: info@rosedor.ch. Web: www.rosedor.ch

30 a 31 Mipformats, Cannes, França. E-mail: registration.depttele@ reedmidem.com. Web: www.mipformats.com

16 e 17 11º Tela Viva Móvel, Centro de Convenções Frei Caneca, São Paulo, SP. Tel.: (11) 3138-4660. E-mail: info@convergecom.com.br. Web: www.telavivamovel.com.br

ABRIL

1 a 4 MipTV, Cannes, França. E-mail: registration.depttele@ reedmidem.com. Web: www.miptv.com

16 a 25 Festival de Cannes, Cannes, França. Tel.: (33 01) 5359-6110. E-mail: festival@festival-cannes.org

4 e 5 de junho O ponto de encontro entre quem faz, distribui e exibe programas de TV. Um evento dinâmico, com foco em negócios. Fórum Brasil de Televisão, Centro de Exposições Frei Caneca, São Paulo, SP. Tel.: (11) 3138-4660. E-mail: info@convergecom.com.br. Web: www.convergeeventos.com.br 21 a 23 NCTA - The Cable Show 2012, Boston, EUA. Tel.: (202) 222-2430. E-mail: thecableshow@ncta.com. Web: http://2012.thecableshow.com 29 a 30 Mediahub Market, Bangkok, Tailândia. E-mail: info@mediahub. Web: www.mediahubmarket.com

JUNHO 4 a 9 Festival Internacional de Animação de Annecy, Annecy, França. Tel.: (33 04) 5010-0900. E-mail: info@citia.org. Web: www.annecy.org 17 a 23 Cannes Lion, Cannes, França. Tel.: (44 0 20) 7728-4040. Web: www.canneslion.com 21 a 24 Sunny Side of the Doc, La Rochelle, França. Tel.: (33 05) 4634-4652. Web: www.sunnysideofthedoc.com

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