“Há a possibilidade de a indústria, que nasceu de TV por assinatura, se transformar em telecom”. José Felix, da Net Serviços
mudança começou muito antes da entrada das telcos. “Quando as operações começaram a construir redes e investiram no estado da arte. Se deram conta que era uma indústria em transformação. Se falava em convergência, mas não se sabia o que era. Mesmo assim, vislumbraram um futuro promissor. Poderiam ter feito a ‘argentinização’ da TV, investindo em equipamentos baratos ou recondicionados”, diz. Mais tarde, diz o executivo, veio outro marco, quando se entendeu a convergência, “e se colocou tudo no cabo”.
Futuro Questionados sobre o futuro, todos acreditam na consolidação da alta definição e de uma forte presença da classe C na base de assinantes, mas cada um segue seu próprio caminho. A Sky aposta no HDTV, uma “estrada sem retorno e nem acostamento”, diz Baptista. Segundo ele, o HD vai crescer muito rapidamente no país. “Até o fim do ano, teremos 150 mil assinantes, 300 mil até a Copa do Mundo (de 2010)”. A Embratel aposta em outro segmento. Segundo Antônio João, sua missão na empresa é criar um novo mercado. “A maioria dos nossos clientes nunca assinou TV paga. 55% a 60% dos assinantes FOTO: ricardo ferreira
de assinantes. Perderam, juntas US$ 1 bilhão para se manter até a fusão”, diz Baptista, lembrando que a materialização da fusão veio em 2004. Leila Lória diz que a quebra de exclusividade de programação, por decisão do Cade, também foi um marco. “Foi uma decisão histórica, mas que refletiu todas as distorções de mercado”, diz. Mas principal mudança, na visão de Leila, foi a entrada das teles no setor. Segundo ela, isso começou com a entrada da Telmex na Net. “A operadora passou de um investimento anual de R$ 100 milhões para R$1 bilhão”, diz. “A banda larga só se desenvolveu com a entrada das empresas de telecomunicações”, completa. Segundo ela, o setor ainda não aprendeu a vender telefonia. Felix, da Net, diz que essa
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