Revista Teletime - 153 - Abril 2012

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banda larga fixa da Oi de pelo menos 5 Mbps nos bairros do Leblon e Ipanema, no Rio de Janeiro. “Estamos em teste­ -piloto com usuários residenciais no Rio. Precisamos fazer alguns ajustes, mas em breve também terão a opção de compar­ tilhar suas conexões”, garante. No caso das redes metropolitanas, a Oi montou uma primeira rede na orla das praias de Ipanema e Leblon, no Rio de Janeiro, e agora começa a implatação também em locais populares de Salvador, como o Farol da Barra e o Pelourinho. “E sempre que a gente cobre uma área externa, começamos a expandir também a capilaridade com a rede Fon nos esta­ belecimentos comerciais”, completa.

Se não houvesse o off-load, o crescimento do tráfego nas redes móveis seria de 22 vezes até 2016. Aliado à estratégia de Internet everywhere, a Oi também tem o objetivo de desaforgar a rede móvel 3G. “No fundo, o WiFi é uma forma de propaga­ ção a partir de uma conexão fixa e é sim um modo de diminuir a necessidade de expansão das redes 3G”, admite o execu­ tivo da Oi. “Com o off-load de tráfego 3G na orla do Rio, por exemplo, posso levar muito mais tempo para ampliar a capa­ cidade da cobertura móvel celular”. Com apenas três meses de operação do Oi WiFi, a tele tem verificado um cres­ cimento exponencial do tráfego nas três redes combinadas. “São 32 terabytes (TB) de dados de tráfego se somarmos os hotspots das três redes e 960 mil sessões nesse período e ainda nem começamos o roll-out no Brasil todo”. A Oi totaliza até o momento cerca de 2,1 mil hotspots no País e o objetivo é chegar às principais capitais brasileiras até dezembro com as redes metropolitanas e Fon. Os clientes da Oi de banda larga fixa a partir de 5 Mbps e banda larga móvel com franquia de 2 GB têm acesso gratui­ to à Oi WiFi e a autenticação é feita com login e senha no portal do serviço. “Estamos

“No fundo, o WiFi é sim um modo de diminuir a necessidade de expansão das redes 3G. Com o off-load de tráfego 3G na orla do Rio, por exemplo, posso levar muito mais tempo para ampliar a capacidade da cobertura móvel celular.” Abel Camargo, da Oi abr_2012 Teletime 7

implantando também outros tipos de autenticação para automatizar o processo com segurança a partir do SIMcard, mas para funcionar o smartphone precisa ter a tecnologia EAP-SIM embarcada”, reve­ la. Ele explica que smartphones com sis­ temas operacionais iOS, da Apple, e BlackBerry (RIM) já têm a funcionalidade, bem como os mais recentes lançamentos nas plataformas Android e Windows Phone. “Estamos nos testes finais do nosso aplicativo para esses sistemas ope­ racionais, que além de fazer a autentica­ ção automática do usuário, ainda trará serviços agregados, como a distância até o hotspot mais próximo”, conta. A TIM também decidiu investir em uma rede própria com tecnologia WiFi para desafogar suas antenas 3G. A operadora instalará 10 mil pontos de acesso em áreas públicas com grande concentração de pessoas, como pra­ ças, estádios e aeroportos nas princi­ pais cidades do Brasil, tarefa que deve estar concluída até o fim de 2012. A RFP para consulta de preços está em anda­ mento e a expectativa é de que até o final de abril sejam anunciados o fornecedor ou fornecedores dos hotspots. Alguns pontos, como em aeroportos, já foram instalados para testes. “A TIM vem em uma batida forte de crescimento de mercado desde que lança­ mos em 2010 os novos modelos de tarifa­ ção de voz e dados ilimitados, e com o expressivo crescimento da base de usuá­ rios, aumentou também o uso médio da rede de dados”, conta o diretor de marke­ ting da TIM/Intelig, Rafael Marquez. A tele vem observando de perto a movimentação das operadoras interna­ cionais para off-load WiFi há dois anos. “Queríamos uma solução para não ter que ‘tirar o pé’ quando a rede ficasse sobrecarregada, e é mais inteligente em termos de custo utilizar WiFi para expan­ dir capacidade do que o 3G”. A estratégia WiFi da TIM só começou a ser posta em marcha despois das aqui­ sições da Intelig, em 2009, e da AES Atimus, em 2010, que deram origem no ano passado à divisão TIM Fiber. “Para con­ tinuar agressivos no mercado precisávamos não depender tanto de redes fixas dos con­ correntes. Hoje temos mais de 20 mil km de fibra no Brasil”, diz Marquez. A TIM conseguiu grande capilaridade nas regiões FOTO: divulgação

dos hotspots WiFi poderá ser feito nas redes de cabo (HFC) e xDSL em pontos de acesso de demanda moderada, como bares e restaurantes. Já para escoamento de tráfego em grandes centros, a tendên­ cia é de que sejam atendidos com fibra. O primeiro movimento nesse sentido aconteceu em meados de 2011 com a disputa entre Telefônica, TIM e Oi pela Vex. A Oi ganhou a disputa e levou em agosto os 1,6 mil hotspots da empresa por R$ 27 milhões. “O WiFi é uma tecno­ logia de acesso complementar e a aquisi­ ção da Vex foi uma consequência da nossa estratégia de oferecer Internet everywhere e com experiência muito melhor aos nossos clientes”, conta o dire­ tor de desenvolvimento e gestão de novos negócios da Oi, Abel Camargo. A Oi juntou três redes WiFi distintas em uma única, batizada de “Oi WiFi”. Assim, a tele une os 1,6 mil hotspots da Vex no Brasil e mais de 40 mil ao redor do mundo através de acordos de roa­ ming às redes metropolitanas WiFi cons­ truídas pela Oi em espaços abertos e ainda à Fon, rede WiFi compartilhada pelos próprios usuários. O objetivo é alcançar um milhão de hotspots no País até o final de 2013. Pode parecer ambicioso, num primeiro momento, ainda mais se considerarmos que o Brasil tem menos de 5 mil hotspots instalados, mas ela é factível, segundo Camargo, por conta da parceria com a Fon, “que nos dará capilaridade muito rápida em vários pontos de interesse”. A Fon atua em 11 países e com mais de 4 milhões de hotspots WiFi e sua rede é composta por roteadores em pequenos estabelecimentos comerciais que cedem 1 Mbps de sua conexão fixa para o acesso público WiFi. Quem cede sua rede tem direito a acessar de graça os 4 milhões de hotspots da Fon no mundo. Na Fon, mesmo usuários residenciais podem se juntar à rede, compartilhando sua banda larga para terem o benefício recíproco proporcionado por outros usuários. No caso do Brasil, a rede da Fon está funcionando em restaurantes e outros estabelecimentos comerciais que usam


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